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ASMA DEFINIÇÃO: Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas com hiper-responsividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou no início da manhã. Esses episódios geram obstrução do fluxo aéreo (detectado pela espirometria). FISIOPATOLOGIA: • Infiltração das vias aéreas por mononucleares, eosinófilos, macrófagos e neutrófilos. • Remodelamento brônquico e produção de citocinas: eosinófilos e linfócitos Th2. • Componente humoral na inflamação: produção de IgE. Sempre que biopsiar o brônquio será encontrado padrão inflamatório. O parênquima pulmonar não é afetado; a doença acomete a via aérea. A asma pode ser alérgica, não alérgica, de início tardio, relacionada à obesidade, com limitação fixa ao fluxo aéreo. QUADRO CLÍNICO: • Tríade: dispneia + tosse + sibilância • Podem melhorar espontaneamente • Melhora total ou parcial com tratamento • Opressão/desconforto torácico • Piora com exposição a alérgenos • Sintomas: noturnos/primeiras horas do dia • Período intercrise – assintomático ou olingossintomático DIAGNÓSTICO: Antecedentes = início de sintomas respiratórios na infância; rinite; história família de asma ou alergia. Espirometria: Demonstrar limitação ao fluxo de ar e/ou resposta ao broncodilatador. Usar espiro para acompanhamento e resposta ao tratamento (3/6 meses após o início do tratamento). Achados na asma: Sinais de obstrução: VEF1/CVF e VEF1 Resposta positiva ao broncodilatador: aumento de 7% e 200 mL no VEF1 e/ou CVF; GINA utiliza 12%. Asmáticos podem ter espirometria normal. Teste de broncoprovocação positivo para asma = clínica + queda de 20% no VEF1 após metacolina. Pico de fluxo expiratório = mede longitudinalmente o grau diurno de obstrução das vias aéreas. PFE seriado em 10 a 14 dias > ou = a 20% em adultos. Raio x: excluir outros diagnósticos. TRATAMENTO: Em todos os steps deve conter um CORTICOIDE! Preferencialmente corticoide inalatório + formoterol. SABA = beta agonista 2 de curta ação (salbutamol e terbutalina); é um broncodilatador LABA = beta agonista 2 de longa ação (formoterol e salmeterol); é um broncodilatador LAMA = anti-muscarínico de longa ação (tiotrópio); é um broncodilatador SAMA = anti-muscarínico de curta ação (ipratrópio); é um broncodilatador Corticoide inalatório = budesonida, beclometasona, fluticasona Paciente com asma controlada STEP DOWN Paciente com asma não controlada STEP UP Ou seja, o paciente sobe ou desce um step de tratamento de acordo com o controle da asma. REAVALIAÇÃO: • Escalonar se necessário: sintomas não controlados ou exacerbações; rever técnica e adesão antes • Descalonar se possível: sintomas controlados por 3 meses; baixo risco de exacerbações; não suspender ICS GRAVIDADE DA ASMA: Leve, moderada e grave pelos Steps (step 1 e 2 leve, 3 e 4 moderada, e 5 grave) CONTROLE DA ASMA: De acordo com os sintomas nas últimas 4 semanas (controlada, parcialmente controlada e não controlada) – De Li Si A. CRISE DE ASMA: Episódio agudo ou subagudo de piora progressiva da dispneia, chiado, tosse e aperto no peito. Principais causas: tratamento irregular; infecção viral; exposição a alérgenos/irritantes; comorbidades (rinossinusopatia, DRGE, obesidade, SAOS). TRATAMENTO da crise LEVE A MODERADA: SABA + considerar SAMA O2 / CTC oral SABA + SAMA O2 / CTC oral ou EV Considerar CI e sulfato de magnésio REAVALIAR FREQUENTE: alta se melhora clínica com PFE 60 a 80%.
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