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Plano
de Aula: Teoria e
prática da Argumentação Jurídica
TEORIA E
PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA  SEMANA 5     Estratégias argumentativas:
técnicas de elaboração de hipóteses
Objetivos
-
Compreender que as hipóteses são argumentos possíveis a serem utilizados na
fundamentação.
-
Desenvolver o hábito de ponderar a força persuasiva do argumento antes mesmo de
redigi-lo.
- Redigir
estruturas de valor hipotético com verbos no futuro do pretérito e com função
persuasiva.
-
Selecionar fatos, provas e indícios que se prestem à produção das hipóteses.
Estrutura do Conteúdo
1. Estrutura da hipótese causal
1.1. Uso de conectores e tempo verbal adequados
1.2. seleção de fatos que
se prestem a esse tipo de hipótese
2. Estrutura da hipótese condicional
2.1. Uso de conectores e tempo verbal adequados
2.2. seleção de fatos que
se prestem a esse tipo de hipótese
3. Diferenças estruturais e argumentativas entre as
hipóteses e os argumentos
Aplicação Prática Teórica
Hipóteses são raciocínios
previamente construídos que poderão ser utilizados no
texto argumentativo como estratégia persuasiva. Partindo de fatos comprovados,
o argumentador tira uma inferência. Há, assim, uma relação lógica entre as duas
partes da hipótese.
Para
esclarecer como são produzidas essas hipóteses, conheça exemplos extraídos de Lições
de Argumentação Jurídica:
1) Já que
somente o quarto da dona da casa havia sido vasculhado, o assalto teria sido planejado.
2) Uma vez
que Sueli
afirmou que trouxera as joias para casa a fim de
dividi-las com as filhas, o assaltante teria
conhecimento da atual localização das joias.
3) Tendo
em vista que o assaltante sabia o que desejava furtar, seria alguém íntimo da família.
4) Se houve
participação de um dos empregados da casa, deveria
o crime a ele imputado ser qualificado pelo abuso de confiança.
Com
base nessas hipóteses, todas relacionadas pelo mesmo objetivo - provar que
houve a participação, no furto, de alguém conhecido da família - o texto
argumentativo será estruturado. Nele, as suposições se transformarão em
afirmações, isso é, em inferências das quais não se
tem dúvida. Tais afirmações ainda deverão estar acompanhadas das justificativas
que representarão como se processou a conexão entre o fato, a prova, o indício
e a conclusão, que se extraiu a partir dessa conexão.
 
Questão
Leia o caso concreto e produza
pelo menos três hipóteses.
CASO CONCRETO
Em depoimento, testemunhas dizem que viram
trava de brinquedo abrir
Adolescente de 14 anos morreu após ser
lançada de atração em parque de diversão
Três das quatro
testemunhas ouvidas pelo delegado titular da Polícia Civil de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior, sobre o acidente no parque de
diversões Hopi Hari, em
Vinhedo, no interior de São Paulo, que matou
uma adolescente de 14 anos, disseram ter visto a trava do
brinquedo onde a vítima estava abrir antes da queda. A auxiliar de escritório Cátia Damasceno contou que o dispositivo de segurança do
brinquedo abriu na descida. "No primeiro 'tranco' da descida, eu vi a trava
do assento dela abrir. Só a trava dela abriu', conta a testemunha. "Depois
disso, o corpo dela foi lançado para o chão", completou Cátia. A jovem caiu de bruços e chegou morta ao hospital
Paulo Sacramento, em Jundiaí, com sinais de traumatismo craniano.
Além da auxiliar de
escritório, o delegado de Vinhedo ouviu
o marido dela e um outro casal. Álvaro Santucci Júnior disse que apenas o marido de Cátia Damasceno relatou, em depoimento, não ter visto o
momento exato da abertura da trava porque não estava olhando fixamente para o
assento onde a adolescente estava.
Os funcionários do
parque que trabalhavam na atração só serão ouvidos pela Polícia Civil no início
da próxima semana, de acordo com Álvaro Santucci
Noventa Júnior, a pedido dos advogados do parque. O delegado acredita que a hipótese mais provável para o acidente tenha
sido falha mecânica. Ele acompanhou o trabalho dos peritos no Hopi Hari e acredita que a menina
caiu de uma altura entre 25 e 30
 metros.
A trava, segundo o
delegado, deve ter aberto durante a frenagem do brinquedo. O equipamento,
também conhecido como elevador, leva o visitante a 69 metros de altura e,
depois de um tranco, despenca a uma velocidade que pode chegar a 94 quilômetros por
hora, segundo anunciado no site do
parque.
A assessoria de
imprensa do parque de diversões informou que a queda aconteceu às 10h20min. A
adolescente estava no parque acompanhada dos pais. Em
nota, o Hopi Hari lamentou
o incidente e informou que está prestando toda a assistência à família da
vítima e apoiando os órgãos responsáveis na investigação sobre as causas do
acidente. A direção do parque decidiu encerrar as atividades no começo da tarde
desta sexta-feira, mas o local será reaberto neste sábado (25), das 10h às 19h.
A atração La Tour Eiffel permanecerá
fechada até que as causas do acidente sejam esclarecidas.
 
 
 
 
Veja abaixo a íntegra da nota divulgada pelo
parque de diversões:
COMUNICADO - O Hopi
Hari informa que por volta das 10h20min de hoje houve
um acidente envolvendo uma visitante de 14 anos que estava no brinquedo La Tour
Eiffel. A visitante foi socorrida e levada para o Hospital Paulo Sacramento, na
cidade de Jundiaí, aonde chegou em óbito. Após o acidente, o Parque decidiu encerrar as suas
atividades do dia. Hopi Hari
reabre amanhã, sábado, das 10h às 19h. A La Tour Eiffel permanecerá fechada até
que as causas do acidente sejam esclarecidas. A perícia do brinquedo foi
realizada pela Polícia Técnica, que vai investigar as hipóteses do acidente. O
parque lamenta profundamente o ocorrido e está prestando toda a assistência à
família da vítima e apoiando os órgãos responsáveis na investigação sobre as
causas do acidente.
(Disponível em:
<http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2012/02/em-depoimento-testemunhas-dizem-que-viram-trava-de-brinquedo-abrir.html>.
Acesso em: 25 fev. 2012).
 
SE JULGAR CONVENIENTE, RECORRA ÀS FONTES:
Art. 6º do CDC: São direitos básicos do
consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança
contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços
considerados perigosos ou nocivos;
III - a informação
adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação
correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como
sobre os riscos que apresentem;
VI - a efetiva prevenção e reparação de
danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
Art. 14 do CDC: O
fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1° O serviço é defeituoso quando não
fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que
razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso
pela adoção de novas técnicas.
§ 3° O fornecedor de serviços só não será
responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o
defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de
terceiro.
§ 4° A responsabilidade pessoal dos
profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

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