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Matemática aplicada à Administração II FACAPI Faculdade de Ciências Aplicada Piauiense Educação Superior por Excelência Prof.: Me. Reginildo Amorim Coelho Eu ouço e esqueço. Eu vejo e lembro. Eu faço e aprendo. Provérbio Chinês Sumário 01. Palavra do Professor ...................................................................................................03 02. O contexto das Finanças na História 2.1 Dinheiro e o Tempo ............................................................................................04 2.2 Juros ....................................................................................................................05 03. Multiplicação e Divisão 3.1 Multiplicação........................................................................................................09 3.2 Divisão..................................................................................................................10 04. Relação Algébrica 4.1 Razão ...................................................................................................................09 4.2 Aplicações ...........................................................................................................11 05. Potencialização 5.1 Potencialização ....................................................................................................13 06. Porcentagem .................................................................................................................18 07. Taxas e Coeficientes 7.1 Taxas ....................................................................................................................22 08. Juros e Aplicações Financeiras 8.1 E os juros? ............................................................................................................25 8.2 Definições usuais .................................................................................................28 8.3 Regra de três ........................................................................................................30 8.4 Proporcionalidade ................................................................................................32 09. Juros Simples 9.1 Fórmula para Cálculo do Juros Simples ..............................................................35 10. Juros Compostos 10.1 Fórmula para Cálculo do Juros Compostos ........................................................40 11. Equivalência de Taxas 11.1 Taxas Equivalentes ............................................................................................45 11.2 A taxa Nominal ..................................................................................................47 11.3 A taxa Efetiva .....................................................................................................49 11.4 A taxa Real .........................................................................................................50 12. Operações Sobre Fluxo de Caixa 12.1 Diagrama de fluxo de caixa ................................................................................55 12.2 Valor presente ....................................................................................................57 12.3 Séries de pagamentos .........................................................................................59 12.4 Descontos ...........................................................................................................60 13. Bibliografia .................................................................................................................62 Queridos estudantes, Estamos iniciando este curso de matemática para o curso de Administração com o intuito de apreender a manipular as fórmulas e os cálculos necessários para um bom empreendendor/administrador. Inciaremos com um breve resumo sobre a história do dinheiro e sua aplicação em sociedade. Em seguida, uma revisão necessária das operações de multiplicação e divisão, ferramentas imprescindiveis para o trabalho com valores monetários. Logo após, passaremos ao estudo da razão e da porcentagem que estão presentes na fórmulas de Juros Simples e Juros Compostos. Ainda, estudaremos as taxas envolvidas nas diversas transações financeiras e, por fim, veremos um pouco sobre as operações sobre fluxo de caixa e descontos. Ao final deste curso, vocês deverão ser capazes de entender como funcionam os cálculos de juros simples e compostos, ainda entender as diversas taxas envolvidas nas operações financeiras bem como serem capazes trabalhar com caixa de empresas. Desejo a todos muito sucesso e aprendizado! Sincero abraço! Professor Reginildo Amorim Coelho Palavra do Professor 04 1.1 Conceitos essenciais de juros simples e compostos pois R$ 1.000,00 hoje não terá o mesmo poder de compra que R$ 1.000,00 daqui a 1 ano e vice- -versa, assim descobrir como e porque o valor do dinheiro muda ao longo do tempo é o objetivo principal da Matemática Financeira. E para aprendermos o conteúdo da Matemática Financeira alguns conceitos são essenciais, sem os quais não é possível ler e aprender sobre o tema. Segue alguns destes conceitos: AGENTE ECONÔMICO É uma pessoa física ou jurídica que pratica um evento financeiro, como uma compra, venda ou empréstimo que possua consequências financeiras. Como exemplo, podemos citar quando você vai ao supermercado e faz compras: você está realizando um evento financeiro. CAPITAL (C), CAPITAL INICIAL (C0) OU PRINCIPAL (P) É o valor disponível representado por moeda (dinheiro) ou outro bem que uma pessoa ou uma empresa possui, como uma máquina, mercadorias, um imóvel; enfim, tudo que pode ser convertido em dinheiro. Este capital permite que aconteçam as trocas entre bens, possibilitando os eventos financeiros. 1. As Finanças na História Humana e seus Conceitos https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/20442 2/2/MATEM%C3%81TICA%20FINANCEIRA.pdf A disciplina Matemática Financeira é um ramo que estuda as alterações do valor do dinheiro com o passar do tempo, assim como apresenta diversos mecanismos que permitem avaliar como essas alterações ocorrem com o passar do tempo. Possui linguagem própria, que possibilita a leitura e interpretação pelo olhar das finanças. Deste modo, alguns conceitos são fundamentais para esta leitura na ótica das finanças. Entender Matemática Financeira é entender como funciona o mundo do dinheiro, as transações de compra juros, dívidas e todas as operações que envolvem 05 e venda, empréstimo, prestações, analisar o valor do dinheiro no tempo, OPERAÇÃO FINANCEIRA É a transferência de capital entre quem possui capital (o credor) e quem necessita desse capital (o tomador), desde que estabelecidas as condições necessárias para a realização da operação. Tais condições estabelecem: valor da operação, prazo, taxa de juros contratada, garantias por parte do tomador, etc. JURO (J) É o valor remunerado (pago) ao capital acordado entre as partes, o tomador e o credor em uma operação financeira. MONTANTE (M) ou (Cn) Podemos conceituar montantecomo a soma do capital (C) mais os juros (J) de uma operação financeira. VALOR PRESENTE (VP) É o valor de uma operação financeira hoje. É um valor intermediário entre o montante (M) e o capital (C). VALOR FUTURO (VF ou FV) É o valor de um recurso ou operação em uma data futura. Por vezes, é citado como sinônimo de montante. TAXA DE JUROS A taxa de juros é a relação entre o capital emprestado e o juro devido. DATA FOCAL É a data a ser considerada como base de comparação de valores referidos a datas diferentes, é conhecida também como data de avaliação ou data de referência. EQUAÇÃO DE VALOR É a equação que possibilita realizar a igualdade de capitais diferentes, em períodos diferentes, trazidos para uma mesma data focal com taxa de juros fixada. CUSTO DE OPORTUNIDADE DO CAPITAL Representa a ação de você abrir mão de uma decisão por outra, como por exemplo, deixar o dinheiro na poupança ou investir em uma renda fixa. FLUXO DE CAPITAIS Representa um deslocamento do capital (dinheiro), ou seja, é o movimento do dinheiro. Geralmente quando falamos deste tema nos referimos aos recursos que circulam em âmbito de países como o fluxo de capital entre os países em desenvolvimento principalmente os pertencentes aos BRIC'S que são: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. ANUIDADES OU RENDAS CERTAS São pagamentos ou recebimentos feitos ao longo do tempo. AMORTIZAÇÃO É o processo de pagamento de uma dívida. CAPITALIZAÇÃO É o processo de constituição de um capital futuro. TERMOS OU PARCELAS Representam os valores que devem ser pagos ou recebidos ao longo do tempo. PERÍODO Representa o intervalo de tempo existente entre dois termos consecutivos. 06 PRAZO É o tempo de duração da renda. CREDOR Pessoa ou instituição que fornece o empréstimo. DEVEDOR Pessoa ou instituição que recebe o empréstimo. ENCARGOS FINANCEIROS Custo da operação (juros) para o devedor que retorna para o credor. AMORTIZAÇÃO Pagamento do principal (capital emprestado), geralmente por meio de parcelas periódicas. IOF Imposto sobre Operações Financeiras. SALDO DEVEDOR Valor da dívida em um determinado momento, depois de deduzido o valor já pago ao credor a título de amortização. PRESTAÇÃO É composta pela soma do valor da amortização mais os encargos financeiros devidos em determinado período. CARÊNCIA É o período concedido ao credor para início do pagamento do principal. Pode também ser utilizada para postergar o início do pagamento dos juros. 1. 2 Exercício Proposto Faça as palavras cruzadas abaixo com perguntas ligadas ao nosso conteúdo 1. Pagamentos feitos ao longo do tempo. 6. Quem toma ou recebe dinheiro emprestado. 2. Valor disponível representado por moeda (dinheiro). 7. Quem deve e não paga fica 3. Valor de remuneração ao capital. 8. Parte dos recursos guardados por uma pessoa 4. É a soma do capital mais os juros. 9. Aumento de preço de um produto é chamado. 5. Pessoa ou instituição que empresta dinheiro. 10. Período concedido ao credor para o início do 07 pagamento. 2.1 Conceito de Porcentagem Toda razão da forma a/b na qual o denominador b =100, é chamada taxa de porcentagem ou simplesmente porcentagem ou ainda percentagem. Historicamente, a expressão por cento aparece nas principais obras de aritmética de autores italianos do século XV. O símbolo % surgiu como uma abreviatura da palavra cento utilizada nas operações mercantis. Para indicar um índice de 10 por cento, escrevemos 10% e isto significa que em cada 100 unidades de algo, tomaremos 10 unidades. O cálculo de 10% de 80, por exemplo, pode ser obtido como o produto de 10% por 80, isto é: 10% . 80 = 10 100 . 80 = 800 100 = 8 ou Exemplo 1. Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão etiquetadas com um número par. Quantas fichas têm a etiqueta com número par? Quantas fichas têm a etiqueta com número ímpar? Exemplo 2. Num torneio de basquete, uma determinada seleção disputou quatro partidas na primeira fase e venceu três. Qual a porcentagem de vitórias obtida por essa seleção nessa fase? Exemplo 3. Ao comprar uma mercadoria, obtive um desconto de 8% sobre o preço marcado na etiqueta. Pagou-se R$690,00 pela mercadoria. Qual o preço original da mercadoria? 2. Porcentagem 80 100 % x 10 % 100x = 800 X = 800 100 x = 8 2. 2 Exercícios Propostos 01. Uma aplicação financeira rende 8,5% ao ano. Investindo R$ 700,00 nessa aplicação, que montante uma pessoa terá após um ano? 02. Na minha cidade, foi feita uma pesquisa sobre o meio de transporte utilizado pelos alunos para chegarem à escola. Responderam à essa pergunta 2 000 alunos. 42% responderam que vão de carro, 25% responderam que vão de moto, e o restante de ônibus. Calcule todas as porcentagens possíveis. 03. Ao comprar um produto que custava R$ 1.500,00 obtive um desconto de 12%. Por quanto acabei pagando o produto? Qual o valor do desconto obtido? 04. Comprei 30 peças de roupa para revender. Na primeira saída eu estava com sorte e consegui vender 60%. Quantas peças de roupa eu vendi? 05. Um supermercado está fazendo a seguinte promoção: “leve 4 e pague 3”. Isso equivale a conceder a quem leva 4, um desconto de: a) 40% b) 35% c) 33,33% d) 30% e) 25% 06. Um carro custa R$ 25000,00 à vista, mas pode ser pago em duas vezes: R$ 15000,00 de entrada e R$ 15000,00 ao fim de 30 dias. Que taxa de juros mensal a loja está cobrando do cliente que paga em 2 vezes? a) 20% b) 30% c) 40% d) 45% e) 50% NÌVEL: FÁCIL NÌVEL: MÉDIO 07. (Bradesco) Uma pessoa contrata um advogado e este consegue receber 90% do valor de uma questão avaliada em R$300.000,00. O advogado cobra a título de honorários 15% da quantia recebida. Portanto quanto o advogado deve receber? 08. A população atual de uma cidade é de 50.000 habitantes. Sabendo que essa população cresce a uma taxa de 2% ao ano, qual será a população dessa cidade daqui a três anos? 09. A cada ano que passa o valor de um carro usado diminui 15% em relação ao seu preço original. Se um carro zero quilômetro custa R$ 12.000,00 qual será o seu valor aqui a 2 anos? 10. Durante uma viagem para visitar familiares com diferentes hábitos alimentares, Alice apresentou sucessivas mudanças em seu peso. Primeiro, ao visitar uma tia vegetariana, Alice perdeu 20% de seu peso. A seguir, passou alguns dias na casa de um tio, dono de uma pizzaria, o que fez Alice ganhar 20% de peso. Após, ela visitou uma sobrinha que estava fazendo um rígido regime de emagrecimento. Acompanhando a sobrinha em seu regime, Alice também emagreceu, perdendo 25% de peso. Finalmente, visitou um sobrinho, dono de uma renomada confeitaria, visita que acarretou, para Alice, um ganho de peso de 25%. O peso final de Alice, após essas visitas a esses quatro familiares, com relação ao peso imediatamente anterior ao início dessa sequência de visitas, ficou: a) exatamente igual b) 5% maior c) 5% menor d) 10% menor e) 10% maior NÌVEL: DIFÍCIL 3.1 Taxas As taxas se referem aos valores expressos preferencialmente em porcentagem; enquanto que os coeficientes são estritamente numéricos (números decimais). Veja um exemplo: Note que a taxa básica de juros, a chamada Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) estará sempre atrelada a um valor decimal expresso em porcentagem.A taxa é fixada pelo COPOM (Comitê de Política Monetária), órgão representado pelo presidente e diretores do Banco Central. Durante as reuniões, eles decidem se abaixam, se aumentam ou se mantém a Selic. A decisão deles é baseada em cumprir a meta de inflação do Brasil. Quanto maior a taxa Selic, menor é a inflação. Se a taxa básica de juros cai, a inflação sobe. 3.1.1 Taxa nominal É quando o período de capitalização dos juros ao capital não coincide com aquele a que a taxa está referida. Exemplos: 1200% a.a. com capitalização mensal. 450% a.s. com capitalização mensal. 300% a.a.com capitalização trimestral 3.1.2 Taxa Efetiva É quando o período de capitalização dos juros ao capital coincide com aquele a que a taxa está referida. Exemplos: 120% a.m. com capitalização mensal. 450% a.s. com capitalização semestral. 1300% a.a.com capitalização anual. 3. Taxas e Coeficientes “Se, de um lado, a expectativa de um corte maior nos juros indica inflação mais alta para 2012 e 2013, seu impacto na atividade deve acelerar o crescimento econômico no próximo ano, avaliam economistas ouvidos pelo Valor. Após a redução de 0,75 ponto percentual na Selic, que foi para 9,75% ao ano na semana passada, analistas revisaram ligeiramente para cima suas projeções para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, de 4,15% para 4,20%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. As estimativas para este ano foram mantidas em 3,3%.” Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/2566168/queda-da-selic-eleva-projecoes-para-o-pib-de-2013-no-focus, acessado em 03/12. 3.1.3 Taxa Real É a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação. 3.2 Coeficientes Já os coeficientes dizem respeito a valores independentes da representação em porcentagem, os valores passam a ser absolutos. Ou seja, se as taxas são expressas em grupos de 100 partes (por cento), os coeficientes servem para qualquer quantidade de dados numéricos e ajudam a representar intervalos, variações de máximo e mínimo, de correlação com tabelas preestabelecidas. https://www.foregon.com/blog/5-taxas-que-o-cartao-de-credito-pode- conter/ 4.1 Conceito de juros Mathias e Gomes (2013) acrescentam ainda que as pessoas têm preferência temporal em consumir ao invés de poupar. Assim temos a seguinte fórmula para calcular os juros: para a taxa (i) igual ao tempo (t). para a taxa (i) ao ano e o tempo (t) em meses. para a taxa (i) ao ano e o tempo (t) em dias. Exemplo 1 Qual o juro pago em um empréstimo de R$ 1.000,00 aplicado por dois anos a taxa de 5% ao ano? Exemplo 2 Qual o valor de um capital que, aplicado à taxa de juros simples de 2% ao mês, rendeu depois de um ano R$240,00 de juros? 4. Juros Simples O termo juro (s) vem de uma premissa básica da economia que diz que os recursos são escassos. Voltando um pouco ao passado, na época do escambo tínhamos a troca de bens entre indivíduos que não possuíam uma moeda. Foi a partir da invenção da moeda que as trocas entre bens ficaram mais bem evidenciadas ou compreensíveis. A moeda trouxe outro avanço importante: a possibilidade de ao invés de trocar bens por outros, trocá-los por dinheiro. Mathias e Gomes (2013) definem juro como o custo do crédito ou a remuneração de uma aplicação; é o pagamento pela um período de tempo. Logo, quem toma dinheiro empresta receberá juros. https://eutenhodireito.com.br/juros-abusivos-acao- revisional/ utilização do poder aquisitivo durante emprestado pagará juros e quem J = 𝑐.𝑖.𝑡 100 J = 𝑐.𝑖.𝑡 1200 J = 𝑐.𝑖.𝑡 36000 Exemplo 3 Um empréstimo de R$10.000,00 rendeu juros simples de R$2.700,00 ao final de 6 meses. Qual a taxa mensal de juros do empréstimo? Exemplo 4 Determinar o montante correspondente a uma aplicação de R$450.000,00 por 225 dias com taxa de juros simples de 5,6% ao mês. Exemplo 5 Em quanto tempo um capital duplica de valor à taxa de 10% ao ano? Exemplo 6 Por quanto tempo um capital deve ser empregado a 20% ao ano para que o juro obtido seja igual a 2/5 do capital? Exemplo 7 Empregam-se 3/4 de um capital a 15% ao ano e o restante a 20% ao ano, obtendo-se, assim, um ganho anual de R$ 3.600,00. Qual é o valor desse capital? Exemplo 8 Maria, dispondo de R$ 1.200,00, resolveu aplicá-los em duas financeiras. Na primeira aplicou uma parte a 5% a.m. por 2 meses e na segunda aplicou o restante a 6% a.m. por 5 meses. Sendo de R$ 2.400,00 a soma dos juros auferidos nas duas aplicações, determine o valor dessas aplicações. 4.2 Exercícios Propostos 11. Qual o valor do juro correspondente a um empréstimo de R$ 3.200,00, pelo prazo de 18 meses, sabendo que a taxa cobrada é de 3% ao mês? 12. A que taxa o capital de R$ 24.000,00 rende R$ 1.080,00 em 6 meses? 13. Uma aplicação de R$ 400.000,00, pelo prazo de 180 dias, obteve o rendimento de R$ 60.000,00. Qual a taxa anual correspondente a essa aplicação? 14. A que taxa o capital de R$ 24.000,00 rende R$ 1.080,00 em 6 meses? 15. Qual a taxa de juro cobrada em um empréstimo de R$ 1.500,00 a ser resgatado por R$ 2.700,00 no final de 2 anos? 16. Em quanto tempo um capital triplica de valor à taxa de 20% ao ano? 17. Por quanto tempo um capital deve ser empregado a 40% ao ano para que o juro obtido seja igual a 4/5 do capital? 18. Sabendo que um capital foi duplicado em 8 anos a juro simples, a que taxa foi empregado esse capital? NÌVEL: FÁCIL NÌVEL: MÉDIO 19. É mais vantajoso empregar R$ 5.260,00 a 24% ao ano ou R$ 3.510,00 a 22% ao ano e o restante a 28% ao ano? 20. Empregam-se 2/3 de um capital a 24% ao ano e o restante a 32% ao ano, obtendo-se, assim, um ganho anual de R$ 8.640,00. Qual é o valor desse capital? 21. Determine a aplicação inicial que, à taxa de 27% ao ano, acumulou em 3 anos, 2 meses e 20 dias um montante de R$ 586.432,00. 22. Maria, dispondo de R$ 3.000,00, resolveu aplicá-los em duas financeiras. Na primeira aplicou uma parte a 8% a.m. por 6 meses e na segunda aplicou o restante a 10% a.m. por 8 meses. Sendo de R$ 1.824,00 a soma dos juros auferidos nas duas aplicações, determine o valor dessas aplicações. 23. O capital de R$ 7.812,00 foi dividido em 2 partes. A primeira, colocada a 4% ao mês, rendeu durante 5 meses o mesmo juro que a segunda durante 8 meses a 2% ao mês. Calcule o valor de cada parte. NÌVEL: DIFÍCIL 5.1 Conceito de Juros Compostos Quando vimos na seção anterior os juros simples, entendemos que ele representava um valor calculado em cima do valor da dívida, e que o mesmo valor se repetiria mês a mês ou ano a ano conforme fosse contratada a operação. No entanto juros simples quase não aparecem nas operações financeiras, na sua grande maioria prevalece o regime de juros compostos que veremos com mais detalhes agora. Esta modalidade de regime é a mais utilizada no dia-a-dia pelo sistema financeiro. Nesta modalidade, os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para calcular os juros do período seguinte. Então, os rendimentos auferidos pela aplicação serão incorporados à aplicação, participando da geração do rendimento no período seguinte. Quando trabalhamos com juros compostos, o dinheiro cresce muito mais rapidamente. Neste caso, temos um crescimento exponencial em progressão geométrica ao longo do período. Este modelo nos leva àquela expressão que escutamos no nosso cotidiano: "juro sobre juro". O modelo descritoacima é conhecido também como regime de capitalização composta. Nesse regime consideramos que os juros formados em cada período são adicionados ao capital formando o montante (capital + juros) do período, esse montante passa a ser o novo capital e irá incidir juros sobre esse novo capital e assim sucessivamente. Dizemos ainda que os juros são capitalizados, e como não apenas o capital inicial rende juros, denominamos juros compostos. Entendemos, então, que a composição do capital mais os juros transformam-se em um novo capital. Cada vez que os juros são incorporados ao principal, denominamos capitalização. Este termo representa a principal diferença entre juros simples e compostos. 5. JUROS COMPOSTOS https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/204422/2/MATEM%C3%81TICA%20FINANCEIRA.pdf Vejamos o exemplo abaixo sobre a diferença entre juros simples e compostos. Graficamente, os juros simples têm crescimento linear enquanto os juros compostos têm crescimento exponencial. Como calcular os juros compostos da aplicação de um determinado capital a uma certa taxa num determinado tempo. Ou M = Montante final da aplicação ( M = C + J ) C = Capital i = Taxa n = Tempo Podemos utilizar a fórmula acima para verificar o rendimento futuro de algumas aplicações e também retornar “puxa" grandezas para trás, possibilitando encontrar o principal de um determinado montante, ou seja, traz um valor futuro à data anterior. https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/204422/2/MATEM%C3%81TICA%20FINANCEIRA.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/204422/2/MATEM%C3%81TICA%20FINANCEIRA.pdf M = C. (1 + i)n J = C [(1 + i)n – 1] • Para n positivo temos O fator (1 + i)n "joga" grandezas para frente, possibilitando encontrar o montante ou valor futuro da aplicação. É a capitalização para data posterior. • Para n negativo temos O fator (1 + i)-n "puxa" grandezas para trás, possibilitando encontrar o principal de um determinado montante, ou seja, traz um valor futuro à data anterior. Vejamos abaixo alguns exemplos resolvidos de cálculo de juros compostos Exemplo 1 Um capital de R$ 1.000,00 aplicado a taxa de 10% a.m. durante quatro meses rende quanto de juros? Exemplo 2 Determine o valor dos juros pagos em um empréstimo de R$ 2.000,00 com taxa de juros de 1% a.m. pelo período de cinco meses. Exemplo 3 Suponha um capital de R$ 100.000,00 aplicado a juros compostos capitalizados mensalmente durante oito meses resulta ao final do período a R$ 148.000,00. Determine a taxa de juros utilizada. Exemplo 4 Determinado valor foi aplicado a juros compostos de 12% a.s. durante dois anos. Sabendo-se que rendeu R$ 2.600,00 de juros, qual o montante obtido? Considere 1,064 = 1,26. 5.2 Períodos não-inteiros Quando tivermos períodos não-inteiros, devemos adequar a fórmula para obtenção da parcela equivalente a esse período, são as denominadas capitalizações descontinuas. Nestas situações você terá operações com capitalizações anuais e um período fornecido em ano e meses. Deste modo, é necessário determinar a parcela equivalente aos meses. Neste material, utilizaremos a convenção exponencial. A fórmula para encontramos os juros é: Para determinar este valor, temos dois passos a seguir: 1º) Determinar o montante em juros compostos: M = C.(1+i)n 2º) Calcular a taxa equivalente. A partir da fração p/q, calcula-se primeiramente a taxa equivalente ao intervalo de tempo 1/q aplicando uma das seguintes fórmulas: imaior = (1 + imenor) n – 1 imenor = (1 + imaior) 1/n – 1 iq + 1 = q√1 + 𝑖 iq + 1 = (1 + i)1/q O passo seguinte é capitalizar pelo período em que o montante deve ser aplicado, obtendo: [(1+iq)]p = [(1+i)1/q]p Chegamos à seguinte fórmula: C’n,p/q = Cn (1+i) p/q Substituindo o valor de Cn C’n,p/q = C0.(1+i) n . (1+i)p/q então p = representa o período fracionado no caso mês, se estivermos trabalhando com anos. q = representa o período inteiro. C’n,p/q = C0.(1+i) n+p/q Exemplo 4 Suponha um capital de R$ 1.000,00 emprestado a uma taxa de juros de 15% a.a., em um prazo de quatro anos e seis meses. Assumindo uma capitalização anual, determine o montante final. Exemplo 5 Suponha um capital de R$ 2.400,00 emprestado a uma taxa de juros de 5% a.a., em um prazo de dois anos e três meses. Assumindo uma capitalização anual, determine o montante final. 5.3 Taxas equivalentes Consideram-se duas taxas como equivalentes, se na hipótese de aplicá-las a um mesmo prazo e a um mesmo capital for indiferente aplicar em uma ou em outra. Sejam as taxas: i = referente a um intervalo de tempo p; iq = corresponde a um intervalo de tempo igual a fração própria p/q onde q > p; Assim a fórmula para cálculo de taxas equivalentes é: Exemplo 6 Determine a taxa mensal equivalente a uma taxa de 100% a.a. iquero = (1+itenho) q - 1 Outra forma de resolução para problemas de taxas equivalentes é a seguinte: a) De um período menor para um maior Onde n = corresponde ao período considerado, ou seja, o problema tem uma taxa de um período menor, que deve ser transformado em i equivalente de um período maior. Exemplo 7 5% a. m. corresponde a que i trimestral. No primeiro caso abaixo, n = 3, pois um trimestre corresponde a três meses. b) De um período maior para um menor Exemplo 8 15,7625% a. t. corresponde a que i mensal? Exemplo 9 Suponha que você tem um capital de R$ 1.000,00 e duas taxas de 11,60% a.m. e 39% a.t. aplicados durante três meses. Perguntamos: essas taxas são equivalentes? imaior = (1 + imenor) n – 1 imenor = (1 + imaior) 1/n – 1 Utilize as fórmulas acima para encontrar as taxas equivalentes. if = (1+i) q -1 5.4 Taxas Efetivas Segundo Lima (1998), é a taxa realmente cobrada no período em que foi fornecida, independentemente do período de capitalização. Então, quando queremos ajustar uma taxa ao período de capitalização, utilizamos a equivalência de capitais. É o processo de formação de juros pelo regime de juros compostos ao longo dos períodos de capitalização. É obtida pela seguinte expressão: Taxa efetiva Onde q representa o número de períodos de capitalização dos juros. Exemplo 10 Suponha uma taxa de juros de 3,8% a.m. Quanto representaria em termos efetivos ao ano. Exemplo 11 Suponha uma taxa de juros de 2,5% a.m. Quanto representaria em termos efetivos ao ano. Exemplo 12 Suponha uma taxa de juros de 2,0% a.t. Quanto representaria em termos efetivos ao ano. 01. Quanto é 13% de R$850,00? a) 130,00 b) 120,50 c) 110,50 d) 108,00 e) 100,00 02. Um aluguel de R$550,00 sofreu um aumento de 18%. Ele passou a valer: a) 649,00 b) 612,00 c) 504,00 d) 99,00 e) 200,10 03. Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias. a) 5000,00 b) 9999,20 c) 4488,55 d) 5857,59e) 1616,56 04. Calcular os juros simples de R$1.200,00 a 13 % a.t. por quatro meses e 15 dias. a) 234,00 b) 199,20 c) 148,50 d) 150,00 e) 166,00 05. Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros em 75 dias? a) 116.666,67 b) 125.445,20 c) 441.488,55 d) 581.657,59 e) 161.216,56 6. EXERCÍCIOS DE REVISÃO 06. Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar um capital aplicado através de capitalização simples? a) 20 meses b) 15 meses c) 12 meses d) 8 meses e) 2 meses 07. Aplicou-se a juros compostos uma capital de R$1.400.000.00, a 4% ao mês, durante 3 meses. O montante produzido neste período é igual a: Obs.: devemos lembrar que 4% = 4/100 = 0,04 a) 1.880.809,60 b) 1.990.555,00 c) 1.988.520,00 d) 2.700.790,00 e) 1.574.809,60 08. Qual o capital aproximado que aplicado a juros compostos a 8% ao mês, produz em dois meses um montante de R$18.915,00 de juros. a) 12.880,60 b) 13.990,20 c) 14.988,55 d) 15.700,59 e) 16.216,56 09. A que taxa ao mês esteve aplicado, em uma caderneta de poupança, um capital de R$1.440,00 para, em dois meses, produzir um montante de R$1.512,90? a) 2,5% ao mês b) 2,4% ao mês c) 2,3% ao mês d) 2,2% ao mês e) 2,1% ao mês 10. Uma calculadora é vendida por R$ 140,00 à vista ou em pagamento dividido em dois meses com uma taxa de juros compostos de 5% a.m. Qual o valor a ser pago? 11. Calcule o juro composto que será obtido na aplicação de R$25.000,00 a 25% a.a., durante 72 meses. 12. Uma pessoa aplicou R$10.000,00 a juro composto de 1,8% a.a. Após quanto tempo terá um total de R$11.534,00? 13. Um investidor aplicou R$14.000,00 a juro composto de 2% a.m. Sendo assim, quantos reais terá após 8 meses de aplicação? 14. Aplicou-se a juros compostos um capital de R$1.400.000.00, a 4% ao mês, durante 3 meses. Determine o montante produzido neste período. 15. Qual o capital que, aplicado a juros compostos a 8% ao mês, produz em 2 meses um montante de R$18.915,00 de juros. 16. A que taxa ao mês esteve aplicado, em uma caderneta de poupança, um capital de R$440,00 para, em 2 meses, produzir um montante de R$1.512,90? 17. Qual a taxa anual equivalente a 8% ao semestre? 18. Qual a taxa anual equivalente a 0,5% ao mês? 19. Qual a taxa mensal equivalente a 60% ao ano? 20. Qual a taxa mensal equivalente a 24% ao ano? GABARITO DO EXERCÍCIOS DE REVISÃO 01. C 02. A 03. A 04. A 05. A 06. D 07. E 08. E 09. A 10. 154,35 11. 70.367,43 12. 8 meses 13. 16.403,23 14. 1.574.809,600 15. 16.216,56. 16. 2,5% 17. 16,64% a.a. 18. 6,16% a.a. 19. 20. Quando usamos juros simples e juros compostos? A maioria das operações envolvendo dinheiro utiliza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Os bancos utilizam os juros compostos, é o modo dessas Instituições lucrarem com a concessão de crédito, financiamentos, todas as operações bancárias envolvem juros e riscos. As operações de baixo risco rendem pouco juro e as de alto risco rendem mais juros. Raramente encontramos uso para o regime de juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo de desconto simples de duplicatas. Tal fato ocorre dado o risco de se emprestar dinheiro e não receber o pagamento pela dívida, como o risco de uma pessoa (ou empresa) contrair uma dívida alta e não poder pagar, as instituições financeiras optam por regimes mais rentáveis de cobrança de juros. 01. MEDEIROS JUNIOR, Roberto José. Matemática Financeira. Disponível em: <http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/proeja/matematica_fin.pdf> Acesso em: 11 de Outubro de 2018. 02. MACÊDO, Alvaro, F, P. Matemática Financeira. Disponível em: <https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/204422/2/MATEM%C3%81TICA%20F INANCEIRA.pdf> Acesso em: 11 de Outubro de 2018. 7. BIBLIOGRAFIA http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/proeja/matematica_fin.pdf%3e%20Acesso https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/204422/2/MATEM%C3%81TICA%20FINANCEIRA.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/204422/2/MATEM%C3%81TICA%20FINANCEIRA.pdf
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