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FACULDADE DE ANICUNS CURSO DE DIREITO GABRIEL M. MENDES LAURA FERNANDA P. SILVA MARIA EDUARDA G. ARAÚJO NATÁLYA ARAÚJO CASTRO VICTÓRIA C. R. ROCHA WÉLLIDA JACKELINE H. FERNANDES FICHAMENTO DO LIVRO: “O QUE É O DIREITO” Anicuns 2023 GABRIEL M. MENDES LAURA FERNANDA P. SILVA MARIA EDUARDA G. ARAÚJO NATÁLYA ARAÚJO CASTRO VICTÓRIA C. R. ROCHA WÉLLIDA JACKELINE H. FERNANDES FICHAMENTO DO LIVRO: “O QUE É O DIREITO” Fichamento do livro “O que é o Direito” apresentado ao curso de Direito, como parte dos requisitos necessários à obtenção de nota parcial na disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica. Prof. Raul Oliveira Porto Anicuns 2023 RESUMO Uma introdução à discussão sobre o que realmente é a essência do direito, embasado nas contribuições de sociólogos que se dissertaram, ao longo dos tempos, para entender a relação, que as bases aristotélicas e socráticas já propunham, entre homem, sociedade, moral e lei, na busca pelo exemplo ideal para alcançar o fim do direito, que é o equilíbrio da justiça. Palavras-chave: Direito; Sociologia; Jurídico. 3 SUMÁRIO 1 DIREITO E LEI 4 2 IDEOGIA JURÍDICA 5 3 PRINCIPAIS MODELOS DE IDEOLOGIA JURÍDICA 5 4 SOCIOLOGIA E DIREITO 6 5 DIALÉTICA SOCIAL DO DIREITO 7 REFERÊNCIAS 9 4 1 DIREITO E LEI No livro intitulado “O Que É Direito” o autor dá a entender que a lei é instrumento do Estado, sendo assim, permanecendo juntamente a classe dominante, ou seja, aquela que controla o Estado. Roberto Lyra Filho inicia dizendo que para entender “o que é o direito” é preciso entender “o que não é direito”. Desta maneira, na primeira parte de sua narrativa “Direito e Lei” o autor destaca que o Direito é um padrão de condutas impostas pelo Estado e adotam posições vanguardeiras, tem o Direito autêntico ou global indica normas e princípios libertadores, considerando a lei um simples acidente no processo jurídico transportando ou não as melhores conquistas, mas isso depende da legislação do estado, se ele é autoritário ou democrático entre outras características. O direito representa a dominação ilegítima, além de que uma ciência verdadeira não pode fundar-se com “dogmas”. Lyra Filho argumenta que o direito não pode ser compreendido de forma isolada, pois está intrinsecamente relacionado à sociedade e à política. Ele afirma que o direito é um produto da sociedade, ou seja, é construído e influenciado pelas relações sociais, políticas e econômicas existentes em determinado contexto histórico. O direito é um conjunto de normas e princípios que regem as relações entre os indivíduos e a sociedade, com o objetivo de garantir a justiça e a igualdade. Ele é essencial para o funcionamento adequado de uma sociedade, pois estabelece as regras que permitem que as pessoas convivam em harmonia e resolvam seus conflitos de forma pacífica. Já a lei é uma das principais fontes do direito, sendo um conjunto de normas criadas pelo Estado para regular as relações entre os indivíduos e a sociedade. A lei tem caráter obrigatório e vinculante, ou seja, deve ser respeitada por todos os cidadãos e autoridades. A lei é um instrumento importante para garantir a segurança jurídica e a previsibilidade nas relações sociais. Ela estabelece as regras que devem ser seguidas pelos indivíduos e as consequências em caso de descumprimento. No entanto, é importante ressaltar que nem todas as normas que regem o direito são leis, e nem todas as leis são justas ou adequadas para a realidade social em que se aplicam. Por isso, o direito é uma área em constante evolução, que busca sempre se adaptar às mudanças e necessidades da sociedade. 5 2 IDEOLOGIA JURÍDICA Já no segundo capítulo, nas ideologias a “essência” do Direito vai transparecendo, embora de forma incompleta ou distorcida. Ideologia é o estudo da origem e funcionamento das ideias em relação aos signos que as representam, o escritor francês Stendhal ficou irritado após descobrir-se que a imagem mental não corresponde à realidade das coisas. É capaz de reuni-la em três modelos: a) Ideologia como crença b) Ideologia como falsa consciência c) Ideologia como instituição Ideologia como crença não tem referência a crenças. A crença não é uma ideologia, mas toda ideologia se manifesta como crença. O escritor Alain cita a ideologia com falsa consciência como um “delírio declamatório”. As formações ideológicas estão relacionadas com a divisão de classes favorece uma privilegiada e outra espoliada ideologia fato social. 3 PRINCIPAIS MODELOS DE IDEOLOGIA JURÍDICA No entanto no terceiro capítulo, Dentro dos principais modelos da ideologia jurídica, tem-se dois grupos principais, o positivismo e o jusnaturalismo e de acordo com o autor do livro," O que é direito ", ambos os dois grupos têm o objetivo de demonstrar a verdade existente. Também se tem outras ideologias, porém são ramificações das duas principais. O positivismo se define como ordem estabelecida, já o jusnaturalismo como ordem justa. O positivismo é dividido em três: 1. O legista é baseado somente na lei e não em costumes. 2. O historicista também chamado de sociologia, baseia-se em analisar as fontes jurídicas para servir de base para a argumentação. 3. A sociologia busca justificar a criação legislativa, segundo o grupo social de determinado indivíduo que tem seus próprios princípios. O iurisnaturalismo também é dividido em três: 6 1. O cosmológico se baseia no direito das coisas da natureza da própria essência do universo. 2. O teológico busca justificar o direito Divino por exemplo, se um rei é rei foi porque Deus quis assim. 3. O antropológico nessa fase o homem se coloca como o indivíduo único e insuperável apagando o conceito Divino de Deus, colocando que toda a capacidade criativa vende si próprio. Esses conceitos são de fundamental importância, pois busca ser justo com todos os campos de visões e pensamentos, buscando assim ser o mais justo e moral possível com todos os indivíduos. 4 SOCIOLOGIA E DIREITO Em Sociologia e Direito, o autor destaca algumas características do Direito que tendem a concentrar-se em visões parciais, sendo elas a dos positivistas que entendem todo o Direito em ordem social, ou seja, constituída pelos grupos dominantes, seguindo normas e as leis do Estado, e os iurisnaturalistas, que visam a precisão da avaliação das normas seguidas pelos positivistas, para determinar a necessidade da “Justiça”, embora não consigam estabelecer um padrão para aplicá-la. Lyra afirma também que a contradição ideológica entre os positivistas e iurisnaturalistas só se anulará quando buscarem a partir do processo histórico-social medidas estáveis, e cita que para se encontrar a ideia central desse fato jurídico e sua associação a vida social, seria indispensável a aplicação de uma abordagem sociológica. Deve-se lembrar que a “essência” do Direito, para não se perder em teorizações irrelevantes, depende de uma perspectiva científica, colocando os registros históricos em movimento, seguindo o modelo geral da constituição de cada um desses registros, pois a História mostra o concreto-singular, e a Sociologia a multiplicidade – generalizada, complementando uma à outra. Ao Direito aplica-se uma visão sociológica, esquematizando pontos de associação do fenômeno jurídico na vida social, percebendo a sua característica que o difere, sendo possível ressaltar as duas possibilidades de entender as relações entre a Sociologia e Direito: a que origina uma Sociologia Jurídica Geral e a outra, uma Sociologia do Direito. A Sociologia Jurídica Geral aborda os aspectos gerais, tais como as mudanças sociais, e a Sociologia doDireito traz o estudo em um contexto mais específico. Apesar destas duas expressões serem associadas, elas formam abordagens distintas. 7 É possível distinguir duas situações essenciais na Sociologia Jurídica Geral, sendo: (a) Sociologia “da estabilidade, harmonia e consenso” e (b) Sociologia “da mudança, conflito e coação”. Na sociologia “da estabilidade, harmonia e consenso” pode-se definir como a visão conservadora de ordem, na estrutura social; já na sociologia “da mudança, conflito e coação”, apresenta o cenário com o desafio ao establishment por parte de progressistas. O autor os resume com a seguinte frase sobre o panorama ‘b’: Neste “o Direito perde a nitidez positivista”, do modelo anterior, “ganhando um difuso colorido iurisnaturalista”, devido à constante reinvindicação de grupos opostos. É preciso desenvolver a dialética social do Direito para que esse possa se aperfeiçoar e superar os vícios das ideologias jurídicas atuais, encontrando sua essência. Afinal, o direito não é norma, sua essência deve ser encontrada no meio social – meio no qual se manifesta – e não nas elucubrações dos teóricos. Lyra Filho afirma “há direito fora das leis”. 5 A DIALÉTICA SOCIAL DO DIREITO No livro pode se dizer que se trata de uma conclusão de ideias apresentadas. Ele resume nesse capítulo e faz um estudo dialético das estruturas do Direito. É estabelecido um direito em âmbito internacional, com a disputa e o controle de estados dominantes contra os estados periféricos dos grandes centros de poder. Na dialética do Direito, a infraestrutura internacional é diferente, e é caracterizada pela simultaneidade pacífica ou violenta. O Direito não se limita a aspecto interno do processo histórico, pois se definem à padrões e acabam melhorando juridicamente. A expressão jurídica em uma dialética é estabelecida pelos povos oprimidos e espoliados, tem se como exemplo, princípios jurídicos, em que os povos desenvolveram sua parte de direitos prolongados. Quando falam sobre o direito e o antidireito, evidentemente não é referindo a duas entidades abstratas e, sim ao progresso dialético do Direito, em que suas negações objetivadas em normas, atribuem-se um elo do mesmo processo e abrem campo a síntese, á superação no itinerário progressivo. O livro diz que a classe dominadora e a dominada é criada através da dialética uma desordem social. Conforme cita Filho (1982, p. 49) “Mostrando a ineficácia relativa e a ilegitimidade das normas dominantes e propondo outras, efetivamente vividas, em setores mais ou menos amplos da vida social”. A síntese não está por cima ou por baixo, mas sim dentro do processo, aqui e agora. Todos sonhavam com a Revolução Francesa; a vitória do socialismo no plano econômico, assim 8 com o avanço proletário e todos sonhavam com a Revolução Russa. A chave para a análise do direito é a sede onde surgem os Direitos Humanos. Nota-se em declaração mais recente e a luta social avançada, a igualdade formal dos homens, sem a violência do trabalhador pelo capitalismo. Marx afirmou que a ‘liberdade é a essência do homem’, o ser humano é um ser natural, social e consciente, em processo de constante universalização. O Direito não é nada mais nada menos que a justiça, como também o antidireito, isto é, normas de imposição em sociedade mal organizada. O Direito não é uma coisa perfeita, em resumo, apresenta liberdade e conquista pelas lutas sociais. A moral é aquilo que é certo perante toda a sociedade, visa o aperfeiçoamento da honestidade de cada um, ela dá restrições a nossa liberdade necessárias para torná-las pessoas melhores. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Lyra Filho, Roberto, 1926 - 1986. O que é Direito, São Paulo: Brasiliense, 1982. 11ª edição. Março 2023.
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