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PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS A elaboração de um esquema completo de proteção para uma instalação elétrica industrial envolve várias etapas, desde o estabelecimento de uma estratégia de proteção, selecionando os respectivos dispositivos de atuação, até a determinação dos valores adequados para a calibração destes dispositivos. Para que o sistema de proteção atinja a finalidade a que se propõe, ele deve responder aos seguintes requisitos básicos: ● Seletividade: É a capacidade que possui o sistema de proteção de selecionar a parte danificada da rede e retirá-la de serviço sem afetar os circuitos sãos; ● Exatidão e segurança: Garante ao sistema uma alta confiabilidade operativa; ● Sensibilidade: Representa a faixa de operação e não operação do dispositivo de proteção. O sistema de proteção deve responder às anormalidades com menor margem possível de tolerância entre a operação e não operação dos equipamentos. ● Todo projeto de proteção de uma instalação deve ser feito globalmente e não setorialmente. Projetos setoriais implicam uma descoordenação do sistema de proteção, trazendo, como consequência, interrupções desnecessárias de setores de produção. De modo geral, a atuação de um sistema de proteção se dá em três níveis ● Proteção principal: Em caso de falta dentro da zona protegida, é quem deverá atuar primeiro; ● Proteção de retaguarda: é aquela que só deverá atuar quando ocorrer falha da proteção principal; ● Proteção auxiliar: é constituída por funções auxiliares das proteções principal e de retaguarda, cujos objetivos são sinalização, alarme, temporização, intertravamento… Basicamente, um projeto de proteção é feito com três dispositivos: fusíveis, disjuntores e relés. E para que eles sejam selecionados adequadamente é necessário se proceder à determinação das correntes de curto-circuito nos vários pontos do sistema elétrico. Proteção contra sobrecorrentes: sobrecargas e curtos-circuitos ● Os fabricantes dos fusíveis fornecem a integral de Joule que esses elementos de proteção deixam passar, de forma a se poder dimensioná-los adequadamente: ● K2 × S2 - integral de Joule para aquecimento do condutor, desde a temperatura máxima para serviço contínuo até a temperatura de curto-circuito, admitindo aquecimento adiabático. Disjuntores: Podem ser fabricados, quanto às unidades de proteção incorporadas, em quatro diferentes tipos: ● Disjuntores somente térmicos: São aqueles que dispõem de somente uma unidade de proteção térmica de sobrecarga. ● Disjuntores somente magnéticos: São aqueles que dispõem de somente uma unidade magnética de proteção contra curtos-circuitos. ● Disjuntores termomagnéticos: São aqueles que dispõem de uma unidade de proteção térmica e outra magnética de curto-circuito. Tipo de maior utilização prática. ○ Utilizam relés térmicos para proteção contra sobrecarga e bobinas para proteção contra curto-circuitos ● Disjuntores termomagnéticos limitadores: São aqueles que dispõem das unidades de proteção térmica e magnética e de um sistema especial capaz de interromper as elevadas correntes de curto-circuito antes que elas atinjam o seu valor de pico. Esse sistema tem como princípio as forças eletrodinâmicas provocadas pela corrente de defeito. Fusíveis: São dispositivos destinados à proteção contra curto-circuito e que se fundem quando percorridos por uma corrente de valor superior àquela para o qual foram projetados. Atuam dentro de determinadas características de tempo de fusão × corrente, fornecidas em curvas específicas de tempo inverso, de acordo com o projeto de cada fabricante ● PRIMEIRA LETRA: ○ a: Fusível limitador de corrente, atuando somente na presença de curto circuito; ○ g: Fusível limitador de corrente, atuando na presença tanto de curto circuito como de sobrecarga; ● SEGUNDA LETRA: ○ G: Proteção de linha, uso geral; ○ M: Proteção de circuitos motores; ○ L: Proteção de linha; ○ Tr: Proteção de transformadores ○ R: Proteção de semicondutores, ultra rápidos; ○ S: Proteção de semicondutores e linha (combinado); ● Tipo gG: utilizados na proteção contra correntes de sobrecarga e curto-circuito. ● Tipos gM e aM: utilizados apenas na proteção contra correntes de curto-circuito, sendo indicados para proteção de circuitos de motores, já que se supõe que haja um dispositivo de proteção de sobrecarga instalado no mesmo circuito. ● Os fusíveis diazed e NH são dotados de características de limitação de corrente. Para correntes elevadas de curto-circuito, atuam em um tempo extremamente rápido que não permite que a corrente de impulso atinja seu valor máximo Proteção dos dispositivos de comando e manobra ● Contator: Chave de operação não-manual, eletromagnética, com uma única posição de repouso, que estabelece, conduz e interrompe correntes em condições normais do circuito. É constituído de uma bobina que, quando alimentada, cria um campo magnético no núcleo fixo que atrai o núcleo móvel que fecha o circuito. Cessando a alimentação da bobina, é interrompido o campo magnético, provocando o retorno do núcleo por molas. ● Relé térmico: devem ser protegidos contra as correntes de falta a jusante do ponto de sua instalação ● Chave seccionadora interruptora: Os fabricantes fornecem a capacidade máxima de corrente que o equipamento poderá suportar, diante da ocorrência de defeito, e/ou indicam o maior valor da corrente do fusível, Infch , que deve ser pré-ligado à chave a fim de protegê-la adequadamente dos efeitos eletromecânicos das correntes de curto-circuito. Existe uma diferença fundamental entre a atuação de fusíveis, disjuntores termomagnéticos e contatores acoplados a relés de sobrecarga. ● Fusíveis interrompem diretamente o circuito, atuando por destruição do seu elemento fusível, tornando-se, na prática, irrecuperáveis; ● Os outros dois elementos atuam mecanicamente por meio da sensibilidade dos relés térmico e magnético a eles ligados, podendo voltar ao estado de operação alguns instantes depois. Relés térmicos de sobrecarga: Dispositivos dotados de um par de lâminas construídas com metais de diferentes coeficientes de dilatação térmica linear que, quando atravessados por uma corrente de intensidade ajustada, aquecendo o bimetal, provocam, sob efeito da dilatação térmica de suas lâminas, a operação do contato móvel. Os relés bimetálicos de sobrecarga são constituídos de modo a permitir ajustes da corrente dentro de determinadas faixas que podem ser escolhidas conforme o valor da corrente e da natureza da carga. ● Atuam com base em curvas de tempo × corrente do tipo inverso. ● O tempo de partida do motor deve ser inferior ao tempo de atuação do relé, Tar , para a corrente de partida correspondente, enquanto o tempo de rotor bloqueado deve ser igual ou superior ao valor da corrente ajustada. Trb Tar Tpm≥ ≥ ● Principais: atuação instantânea (50) e temporizada (51) ● Os relés de aplicação mais comum nos sistemas elétricos necessitam dos valores de tensão, corrente e frequência. O valor de tensão é normalmente obtido pelos transformadores de potencial (TPs); já a corrente elétrica é fornecida ao relé pelos transformadores de corrente (TCs). No entanto, os relés necessitam de uma fonte externa independente, CA ou CC, para poder funcionar. Para pequenas instalações, essa fonte pode ser obtida por meio de um nobreak. Para instalações de médio e grande porte, é utilizado um banco de baterias alimentado por um retificador-carregador. ● Para se determinar os ajustes dos relés digitais de sobrecorrente de fase e de neutro podem ser utilizados os seguintes procedimentos: ○ Unidades temporizadas de fase (51) e de neutro (51N) ● Devem ser ajustadas de forma que o relé não opere para a carga máxima presumida e de acordo com a Equação: ○ (K - fator de sobrecarga do sistema) ● Para utilizar relés eletromecânicos diferenciais na proteção de um transformador de potência trifásico com ligação delta-estrela, os secundários dos TCs instalados no lado delta do transformador de potência devem ser ligados em estrela, enquanto os secundários daqueles instaladosno lado estrela devem ser ligados em delta. COORDENAÇÃO DA PROTEÇÃO DE REDES; PROTEÇÃO DE GERADORES, TRANSFORMADORES, BARRAMENTOS E LINHAS ● Geralmente um sistema de potência possui altas tensões e correntes muito grandes, valores que danificariam um relé ao ligá-lo diretamente a rede. ● Dois elementos que reduzem esses parâmetros a níveis aceitáveis para que o relé funcione adequadamente: Transformador de corrente (TC) e transformador de potencial (TP). ● Podemos resumir um sistema de proteção através do seguinte esquemático: ● O disjuntor é o elemento que desligará de fato o circuito, ele tem que ser construído para suportar arcos voltaicos ou ter formas eficazes de extingui-los. ● O relé é o elemento no qual ajustamos os parâmetros normais de um circuito, funciona como um elemento sensor e o que dispara o sinal de abertura para o DJ. ● Foco principal do estudo está no relé, e secundariamente está os TC e TP; ● TCs e TPs: Necessário saber quais são suas relações entre a tensão e corrente de entrada e a tensão e corrente de saída, as quais serão monitoradas pelo relé; ● É preciso saber se o relé está protegendo contra sobrecorrente, corrente de curto-circuito, sobretensão, inversão de fase e diversas outras funções específicas. ● A forma que um relé é conectado para proteger uma linha de transmissão é diferente da forma que um relé é conectado para proteger um transformador, e vice-versa. TRANSFORMADORES DE CORRENTE, TCs ● São equipamentos que permitem aos instrumentos de medição e proteção funcionarem adequadamente sem que seja necessário possuírem correntes nominais de acordo com a corrente de carga do circuito ao qual estão ligados; ● Primário com poucas espiras, secundário geralmente com 5A; ● RTC: Relação de Transformação Nominal; ● Transformadores de corrente, quando utilizados para a proteção de sistemas, devem apresentar um nível de saturação elevado, maior ou igual a 20 vezes a corrente de curto circuito máxima. No caso da corrente de curto-circuito ser 1300 A, tem-se que a corrente nominal do TC deve estar na faixa de In = 1300/20 = 65 A. TRANSFORMADORES DE POTENCIAL, TPs ● Equipamento usado principalmente para sistemas de medição de tensão elétrica, sendo capaz de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis com a máxima suportável pelos instrumentos de medição; ● Principal aplicação: medição de tensões com valores elevados; ● RTP: Relação de Transformação RELÉ Dispositivo sensor que comanda a abertura do disjuntor quando surgem, no sistema protegido, condições anormais de funcionamento. Identifica os defeitos, localizá-los o mais exato possível, alertar a quem opera o sistema e enviar um sinal para abertura de disjuntores, se for o caso. ● Confiabilidade, fidedignidade e segurança. FUNÇÕES DE PROTEÇÃO ● Função 21: Relé de proteção de distância, utilizados para proteger linhas de transmissão; ● Função 27: Relé de subtensão, protege um equipamento quando a tensão aplicada nos seus terminais é menor que a especificada; ● Função 47: Proteção de desbalanços de tensão, utilizado para proteger quando há muita tensão de sequência negativa, e o nível de desbalanço da instalação está acima do limiar de projeto; ● Função 50: Relé de sobrecorrente instantâneo. Desliga imediatamente um equipamento quando ocorre uma sobrecorrente; ● Função 51: Relé de sobrecorrente temporizado, desliga um equipamento quando ocorre uma sobrecorrente, no entanto o tempo de desligamento é uma função do valor da sobrecorrente; ● Função 59: Relé de sobretensão, desliga um equipamento quando um sobre tensão está presente; ● Função 63: Relé de pressão de gás (Buchholz), relé que protege um transformador de potência quando ocorre um curto interno; ● Função 87: Relé diferencial, relé que protege um elemento quando a fuga de corrente, por exemplo um transformador, que tem corrente de entrada proporcionalmente diferente da corrente de saída. PRINCIPAIS SINAIS DO RELÉ ● Trip – sinal de desligamento enviado por um relé ● Pick-Up – Valor de grandeza (tensão, corrente etc.) para o qual o relé inicia a atuação ● Tape – valor de ajuste de um relé (normalmente para a unidade temporizada) ● Dial de tempo – valor multiplicativo de quanto tempo determinado valor de corrente é suportado. ● Corrente de In Rush – Corrente quando um transformador é energizado, somente aparece no primário. ● A corrente no relé é determinada por: PROTEÇÃO PARA GERADORES, TRAFOS E LINHAS DE TRANSMISSÃO ● Nem sempre um equipamento tem todas as proteções necessárias (contra curto-circuito, sequência de fase, sub ou sobre frequência, perda de campo etc); ● Princípio básico: tudo parte praticamente do relé ou do elemento fusível, que ainda é utilizado em alguns casos. Relé diferencial: Função 87, são relés que operam quando a diferença da corrente de entrada em relação à corrente de saída ultrapassa um valor preestabelecido ou ajustado. Basicamente temos que ajustar o relé para que quando houver um desbalanço entre a corrente de entrada e a de saída o relé envie um sinal (pick-up) para o disjuntor. Relé de distância: Função 21, um relé de distância pode ter esta função desempenhada por um relé de impedância (ou ohm), admitância (ou mho – o contrário de ohm), reatância ou relés poligonais. Este relé utiliza este nome visto que, quando há uma falta em uma linha, a impedância da linha vista pelo relé muda e depende da distância onde foi a falta; QUESTÃO CESPE 2010 Os relés de distância utilizados na proteção de linhas de transmissão também podem ser usados para a proteção de barramentos de subestações. Para tanto, sua característica de operação para curtos-circuitos a jusante do relé pode ter um recuo para também proteger contra curtos-circuitos no barramento. Relé de falta - Motores: protege o motor contra eventuais curto-circuitos, porém o momento da partida do motor pode gerar corrente que chegam a 7 vezes a corrente nominal. Temos que usar curvas de corrente-tempo para fazer um projeto adequado da proteção de um motor. De maneira geral os relés são classificados da seguinte forma quanto ao seu aspecto construtivo: Relés eletromecânicos: ● Mais antigo, movimentos mecânicos devido a campos elétricos e magnéticos; Relés eletrônicos ou estáticos: ● circuitos transistorizados que desempenham funções lógicas e de temporização. Mais velocidade e menos manutenção; Relés digitais: ● relés eletrônicos gerenciados por microprocessadores específicos a este fim; ● controlados por um software que processa a lógica da proteção através de algoritmos; Uma zona de proteção é estabelecida ao redor de cada elemento do sistema, com vistas à seletividade, pelo que disjuntores são colocados na conexão de cada dois elementos. ARRANJOS DE SUBESTAÇÃO ARRANJO DE BARRAMENTO SIMPLES ● A subestação possui uma só barra de AT e/ou BT. Usados em pequenas SEs; ● Falhas ou manutenção no barramento implicam na perda total do sistema; ● Manutenção nos dispositivos do sistema requerem a desenergização das linhas ligadas a eles; ● Nos casos em que o barramento é seccionado, pode haver manutenção de trechos do mesmo sem a interrupção de todos os consumidores ; ARRANJO DE BARRAMENTO PRINCIPAL OU DE TRANSFERÊNCIA ● Energização do barramento de transferência através do disjuntor de interligação; ● Possibilidade de manutenção de um dos barramentos mantendo-se as cargas no outro barramento, ainda que com limitações de proteção; ARRANJO DE BARRAMENTOS DUPLOS ● Dois barramentos principais ligados a cada uma das linhas de transmissão de entrada, possibilitando um bom plano de manutenção; ● Aumento da confiabilidade do sistema, falhas em um barramento não afetam o outro; ARRANJO DE BARRAMENTOS EM ANEL ● Boa flexibilidade para manutenção de disjuntores sem interrupção do fornecimento de energia. Tipos de sistema de distribuição primária Sistema elétrico radial ● A energia elétrica trafega em um só sentido, havendo um curto circuito no sistema radial, a corrente elétrica sempre vem do sentido da fonte para o local do defeito.● Podem-se utilizar relés mais simples sem características direcionais. O objetivo geral da proteção é eliminar o defeito o mais rápido possível, de modo a deixar o menor número de consumidores sem energia. ● Mais barato e mais simples. Mas tem alta taxa de descontinuidade de energia e perdas de consumidores, provocando descontentamento; ● Uma solução adotada é a utilização de chaveamentos, denominada de sistema radial com recursos. Ao haver uma falha, isola-se o trecho com problemas e energiza-se a parte boa do sistema. Sistema elétrico em anel ● A energia pode trafegar em qualquer sentido. No caso do defeito, o curto circuito é alimentado por correntes elétricas proveniente de todos os lados. ● A grande vantagem do sistema em anel, é que nos defeitos das linhas de transmissão. A proteção atua desconectando a linha sem desenergizar as barras, portanto sem perdas de consumidores. ● A proteção deste sistema só é possível com relé de sobrecorrente, monitorado com relé direcional (67). Atendimento por meio de unidade transformadora externa dedicada ● Rede aérea sem previsão de conversão para subterrânea. O limite de demanda da edificação, para atendimento por meio de transformador de distribuição instalado no poste da Light, é de 300 kVA. O ramal de ligação, dependendo da conveniência técnica, poderá ser aéreo ou subterrâneo. ● Rede aérea com previsão de conversão para subterrânea. O limite de demanda da edificação, para atendimento por meio de transformador de distribuição instalado no poste da Light, é de 150 kVA. O ramal de ligação, dependendo da conveniência técnica, poderá ser aéreo ou subterrâneo. ● Rede subterrânea. Quando existe rede subterrânea local, o atendimento será efetivado diretamente por meio de ramal subterrâneo. ● O atendimento mediante ramal de ligação subterrâneo derivado diretamente da rede reticulada generalizada (malha) está limitado para demandas até 300 kVA. Unidades consumidoras com demanda superior a 300 kVA deverão ser submetidas previamente a estudo de viabilidade. Componentes de uma Subestação Abaixadora ● Protetores de descargas atmosféricas: Os para-raios atuam durante uma súbita elevação do valor de tensão nominal da rede de distribuição por ocasião de uma descarga atmosférica. Os raios e chaveamento de equipamentos por vezes causam essa sobretensão ou descargas. Sua construção resistiva não linear se comporta como um "curto circuito" para a “terra” quando a tensão na linha passa dos limites estabelecidos por projeto como “segura” e faz o “excesso” de energia ser desviado para outro local – o solo. ● Chaves de seccionamento: São os dispositivos que em geral são operados SEM carga, ou seja, sem corrente elétrica em suas lâminas e conexões ● Disjuntores: Responsáveis pelas manobras de sistema, interrompendo ou restabelecendo a carga dos circuitos ou da instalação geral. Essas manobras são por conta de operação ou proteção contra defeitos. Podem ter como seu meio isolante óleo, ar, vácuo, ou ainda gás hexafluoreto de enxofre (SF6). Normalmente, e por serem de atuação muito rápida, possuem dispositivos de acúmulo de energia tipo mola, ou pistões para promover a mudança de estado de seus contatos. Essa mudança, acontecendo muito rapidamente, garante o menor tempo de submissão térmica aos contatos causada pela corrente elétrica da carga. Podem atuar por comando manual – efetuado pelo operador – ou por elementos de proteção. Esses elementos podem ser diretos ou indiretos. ● Protetores de circuitos: Dispositivos responsáveis pela garantia da qualidade de fornecimento de energia e da integridade de operação dos circuitos e equipamentos que vêm em seguida. Os relés de proteção podem ser PRIMÁRIOS (acionados diretamente pela corrente do circuito) e SECUNDÁRIOS (acionados pela imagem da corrente do circuito). O uso de transformadores de corrente é o caso típico do segundo tipo citado. A velocidade de atuação dessas proteções, assim como os níveis de sensibilidade, é definida pelos ajustes do equipamento, e seu monitoramento deve ser efetuado periodicamente como princípio de garantia da proteção das suas instalações e de seus operadores. ● Transformadores de força: equipamentos responsáveis pela conversão da energia elétrica recebida em média/alta tensão para baixa. ● Cabos de força: Podem ser instalados por meios aéreos ou subterrâneos, isolados ou semi isolados. Da mesma forma, eles são também elementos limitados e completos, uma vez que têm necessidade de serem testados quanto a sua condição de isolamento elétrico. Os condutores de forca, sempre que afetos a subestações subterrâneas, passam protegidos mecanicamente por condutos ou envelopes de concreto. ● Cabine de medição: dispositivos usados pelo consumidor para garantir que a energia elétrica fornecida será medida dentro de arranjos elétricos preestabelecidos, e que a sua inviolabilidade será alcançada. ● Isoladores e condutores: Esses equipamentos, normalmente fabricados em porcelana, às vezes em resina, determinam o nível de “qualidade” final da instalação quando analisamos sua colaboração para as correntes de fuga por que passam eles. ● Alvenaria e edícula de abrigo: A instalação pode ficar abrigada dentro de prédios, ou em edícula, específicos para esse fim, como já comentado. Quando em montagem de plataformas ou postes, as condições de projeto são alteradas e devem sempre atender as considerações mínimas das normas em vigor. CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA ● O ângulo do fator de potência é a variável de entrada, e a potência aparente reativa ou a potência aparente é variável de saída. Potência ativa não se modifica; ● Calcular Qinicial e Qfinal, com a correção do fp; ● Qbc = Qi - Qf QUESTÕES Em subestações de distribuição de energia elétrica de pequeno porte com tensão de 13,8 kV, os disjuntores podem ser substituídos por fusíveis limitadores primários associados a chaves seccionadoras, utilizadas para eventuais manobras. ● "Os fusíveis limitadores primários são dispositivos extremamente eficazes na proteção de circuitos de média tensão devido às suas excelentes características de tempo e corrente. São utilizados na proteção de transformadores de força, acoplados, em geral, a um seccionador interruptor, ou, ainda, na substituição do disjuntor geral de uma subestação de consumidor de pequeno porte, quando associados a um seccionador interruptor automático." ● Fusível de ação retardada: motores ● Fusível de ação rápida: protegem circuitos eletrônicos domésticos e de iluminação, entre outros ● DIAZED: É o modelo de fusível utilizado em instalações industriais nos circuitos de motores. ● NH: utilizados para proteger as instalações elétricas industriais de sobrecorrentes e curtos-circuitos. Eles possuem a categoria de utilização “gL/gG” ● Quando ocorre a abertura de uma das fases protegida por elo fusível em uma subestação, as instalações dos serviços auxiliares podem entrar em ressonância, devido ao acoplamento entre a capacitância dos cabos e a reatância de magnetização dos transformadores de medida.
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