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Manual_Forense ADRP

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[size=200][b]MANUAL FORENSE[/b][/size][/center]
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[right][size=85][b]DEPARTAMENTO DE POLÍCIA DE LOS SANTOS
ESCRITÓRIO DE DETETIVES
DIVISÃO DE ROUBOS E HOMICÍDIOS[/size][/b][/right]
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[center][thumbnail=150]https://i.imgur.com/kQ3gQpS.png[/thumbnail][thumbnail=150]https://i.imgur.com/wm47nvZ.png[/thumbnail][thumbnail=150]https://i.imgur.com/5jnS7D5.png[/thumbnail][/center]
[center][divbox=black][color=#FFFFFF][b][size=120]INTRODUÇÃO[/size][/b][/color][/divbox][/center]
[justify]A ciência forense é a aplicação da ciência às leis civis e criminais, principalmente durante a investigação de um crime, conforme regido pelos padrões legais de evidências admissíveis e procedimentos apropriados. Ela pode ser vista como o uso dos métodos e processos científicos para solução de crimes.
Os cientistas forenses coletam, preservam e analisam evidências científicas durante o curso de uma investigação. Enquanto alguns viajam para as cenas de crime no intuito de coletar evidências, outros ocupam funções em seus respectivos laboratórios, realizando análises de objetos trazidos a eles por terceiros. Além disso, eles atuam como testemunhas especializadas em casos criminais e civis e podem trabalhar tanto para a acusação quanto para a defesa. No nosso Departamento, estes cientistas estão alocados na Divisão de Investigação Forense.[/justify]
[center][divbox=black][color=#FFFFFF][b][size=120]BIOLOGIA FORENSE[/size][/b][/color][/divbox][/center]
[justify]A biologia forense é a aplicação da biologia para associar uma pessoa, seja ela suspeita ou vítima, a um local, um item (ou coleção de itens) ou mesmo outra pessoa. Dois dos fatores mais importantes a serem considerados durante a coleta, o processamento e a análise de evidências são a manutenção da cadeia de custódia e a prevenção contra adulteração, especialmente considerando a natureza da maioria das evidências biológicas.
[b]ANTROPOLOGIA FORENSE[/b]
Um antropólogo forense pode ajudar na identificação de indivíduos falecidos cujos restos são decompostos, queimados, mutilados ou irreconhecíveis, o que é possível acontecer durante um acidente de avião, por exemplo. Os antropólogos forenses também são fundamentais na investigação e documentação de genocídios e valas comuns. Usando marcadores físicos presentes no esqueleto, um especialista dessa área é capaz de determinar potencialmente a idade, sexo, estatura e ancestralidade de uma pessoa. Isso é útil na identificação de indivíduos vivos para fins legais, como imigrantes sem documentos. Além de identificar as características físicas de determinado sujeito, os antropólogos forenses podem aproveitar de anormalidades esqueléticas para descobrir a causa da morte, traumas passados (como ossos quebrados ou procedimentos médicos) e algumas doenças como câncer ósseo.
[b]PATOLOGIA FORENSE[/b]
Patologia forense é uma aplicação de jurisprudência médica. Um patologista forense realiza autópsias (exames post mortem) para determinar a causa da morte. O relatório de uma autópsia pode conter as seguintes informações:
[list][*]O processo patológico, lesão ou doença que resulta diretamente ou inicia uma série de eventos que culminam na morte de uma pessoa (também chamado de mecanismo da morte), como bala na cabeça, exsanguinação causada por uma facada, estrangulamento, infarto do miocárdio resultante de doença arterial coronariana, etc.
[*]As circunstâncias que envolvem a causa da morte, ou seja, a maneira como determinada pessoa morreu, que normalmente consiste numa das seguintes: homicídio, acidente, suicídio e causa natural.[/list]
A autópsia oferece oportunidade para outras questões levantadas pela morte serem abordadas, como a coleta de evidências vestigiais ou a determinação da identidade do falecido. O especialista forense dessa área examina e documenta ferimentos na autópsia, numa cena de crime e, ocasionalmente, num ambiente clínico, como ocorre em investigações de estupro ou mortes sob custódia. Patologistas forenses coletam e examinam amostras de tecido através de um aparelho microscópio para identificar a presença ou ausência de doenças naturais e outros achados microscópicos, como corpos de amianto nos pulmões ou partículas de pólvora ao redor de uma ferida por arma de fogo. Eles também coletam e interpretam amostras toxicológicas de tecidos e fluidos corporais para determinar a causa química de overdoses acidentais ou envenenamentos deliberados.
[b]ODONTOLOGIA FORENSE[/b]
Odontologia forense é o manuseio, exame e avaliação adequados das evidências dentárias, que serão apresentadas no interesse da justiça. As evidências que derivadas dos dentes são a idade (em crianças) e a identificação da pessoa a quem os respectivos dentes pertencem. Isso é feito usando registros dentários, incluindo radiografias, fotografias ante-mortem (antes da morte) e post-mortem (após a morte) ou até DNA. Marcas de mordida deixadas na vítima pelo atacante, no agressor pela vítima ou num objeto qualquer encontrado numa cena de crime podem servir como provas legais. Essas marcas são frequentemente encontradas em crianças que sofrem abuso. Os profissionais deste campo são responsáveis ​​por seis áreas principais de prática:
[list][*]Identificação de restos humanos
[*]Avaliação de lesões por marcas de mordida
[*]Avaliação de casos de abuso (como abuso infantil, conjugal ou a idosos)
[*]Casos civis envolvendo negligência
[*]Estimativa de idade
[*]Determinação sexual de restos[/list]
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[center][thumbnail=300]https://i.imgur.com/mguRvu7.jpg[/thumbnail]
Análise forense de um dentista acerca de uma marca de mordida.[/center]
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Além de auxiliarem na identificação de restos mortais, dentistas forenses podem fazê-lo com corpos inteiros ou fragmentados. Eles também podem ser solicitados para ajudar na determinação de raça, ocupação, histórico dentário e status socioeconômico de seres humanos não identificados.
[b]GENÉTICA FORENSE[/b]
Trata-se do uso da genética para fins legais e é subdividida entre perfilamento e fenotipagem genéticos.
[list][*][quote]PERFILAMENTO GENÉTICO[/quote]
O primeiro, muito conhecido como impressão digital de DNA, consiste no processo de determinar as características do material genético de um indivíduo. O perfilamento de DNA é uma técnica forense que compara os perfis dos suspeitos com as evidências genéticas, a fim de avaliar suas respectivas probabilidades de envolvimento num crime. Esse processo começa com uma simples amostra de material genético de um indivíduo (normalmente chamado de "amostra de referência"). As amostras de referência são geralmente coletadas através de um cotonete bucal e, inclusive, é desta maneira que qualquer prisioneiro tem seu DNA registrado num banco de dados. Além desse, outros métodos podem servir para coleta de material genético, como uma amostra de sangue, saliva, sêmen, lubrificação vaginal ou outro fluido corporal; até itens de uso pessoal (por exemplo, um escova de dentes ou um aparelho de barbear) são úteis. Amostras obtidas de parentes de sangue também são capazes de indicar o perfil genético de um sujeito, assim como restos humanos previamente perfilados.
[*][quote]FENOTIPAGEM GENÉTICA[/quote]
A fenotipagem de DNA é o processo de prever o fenótipo de um organismo usando apenas informações genéticas coletadas. Esse termo, também conhecido como adaptação molecular, é usado principalmente para se referir à previsão da aparência física de uma pessoa e/ou ancestralidade biogeográfica para fins forenses. Variantes genéticas significativas associadas a uma característica específica são descobertas através de um estudo de associação ampla do genoma, na qual centenas de milhares ou milhões de polimorfismos de nucleotídeo único são testados em relação a cada característica de interesse. A modelagem preditiva é então utilizada
para construir um modelo matemático para fazer previsões de características sobre novos assuntos.[/list]
[divbox=white][center][thumbnail=300]https://i.imgur.com/9UNCfB7.png[/thumbnail]
Resultado da fenotipagem genética do DNA de Shaquana Marie Caldwell, vítima de homicídio.[/center]
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Os métodos de análise de DNA mudaram várias vezes ao longo dos anos, à medida que a tecnologia melhora e permite que mais informações sejam determinadas com menos material inicial. A análise moderna do DNA é baseada no cálculo estatístico da raridade do perfil produzido dentro de uma população.[/justify]
[center][divbox=black][color=#FFFFFF][b][size=120]QUÍMICA FORENSE[/size][/b][/color][/divbox][/center]
[justify]A química forense é a aplicação da química e sua única subdivisão, a toxicologia forense, num âmbito legal. Um químico forense pode ajudar na identificação de materiais desconhecidos encontrados em cenas de crime. Os especialistas neste campo têm uma ampla variedade de métodos e instrumentos para ajudar a identificar substâncias desconhecidas. A variedade de métodos diferentes é importante devido à natureza destrutiva de alguns elementos.
[b]TOXICOLOGIA FORENSE[/b]
Toxicologia forense é o uso de toxicologia e disciplinas como química analítica, farmacologia e química clínica para ajudar na investigação médica ou legal de morte, envenenamento e uso de drogas. A principal preocupação da toxicologia forense não é o resultado legal da investigação ou a tecnologia utilizada, mas a obtenção e interpretação dos resultados. Um toxicologista forense deve considerar o contexto de uma investigação, em particular quaisquer sintomas físicos registrados e qualquer evidência coletada numa cena de crime que possa restringir a pesquisa, como frascos de comprimidos, pós, resíduos e outros produtos químicos. Abastecido com essas informações e amostras com as quais possa trabalhar, o toxicologista forense deve especificar quais substâncias tóxicas estão presentes, em que concentrações, e o provável efeito desses químicos em determinada pessoa.[/justify]
[center][divbox=black][color=#FFFFFF][b][size=120]CRIMINALÍSTICA[/size][/b][/color][/divbox][/center]
[justify]Criminalística é a aplicação de várias ciências para responder perguntas relacionadas à análise e comparação de evidências biológicas, evidências vestigiais, evidências de impressões (como impressões digitais, impressões de calçados e marcas de pneus), substâncias controladas, exames de balística, exames de armas de fogo, marcas de ferramentas, entre outros semelhantes, em investigações criminais.
[b]ANÁLISE DE MANCHAS DE SANGUE[/b]
Consiste, como o próprio nome já diz, na avaliação forense de manchas de sangue numa cena de crime conhecida ou suspeita, com o objetivo de tirar conclusões sobre a natureza, época e outros detalhes relacionados a um crime. Os especialistas são capazes de usar biologia, física (dinâmica de fluidos) e cálculos matemáticos para reconstruir, precisamente, eventos acerca de determinada situação. Por exemplo, o formato das gotas de sangue pode ser utilizado para tirar conclusões sobre o quão longe a vítima estava de uma arma quando foi baleada. Também é possível determinar o ângulo do impacto que provocou uma mancha de sangue em específico, a fim de revelar a origem do sangue, além de outros pormenores.
[b]DERMATOGLIFIA FORENSE[/b]
Uma impressão digital é uma espécie de desenho deixada pelas papilas (elevações da pele) presentes nos dedos das mãos. A recuperação de impressões digitais parciais de uma cena de crime é um método importante da criminalística. As digitais humanas são detalhadas, quase únicas, difíceis de alterar e extremamente duráveis, tornando-as adequadas como marcadores de longo prazo da identidade humana. Elas podem ser empregadas para identificar indivíduos que se recusam a identificar-se, pessoas incapacitadas ou até cadáveres.
[list][*]Impressões exemplares são impressões digitais coletadas de um sujeito, seja para fins de inscrição num sistema ou para registro de ficha criminal.
[*]Impressões patentes são impressões visíveis a olho nu, causadas pela transferência de material estranho de um dedo para uma superfície. Essa estirpe de impressão digital pode ser deixada por substâncias como tinta, sujeira, sangue, óleo, entre outras.
[*]Uma impressão digital parcial retirada de uma superfície é chamada de impressão latente. A umidade e a gordura nos dedos resultam em impressões latentes quando em contato com superfícies como metal, porém, uma vez que não são nitidamente visíveis, sua detecção e extração exigem um processo químico realizado através de pó revelador, pulverização de ninidrina, fumigação com iodo ou imersão em nitrato de prata. Diferentes técnicas são utilizadas para superfícies porosas (como papel, madeira inacabada e cartolina) e superfícies não porosas (como vidro, metais e plástico).
[*]Impressões plásticas são impressões de rebordo deixadas num material que mantém a forma exata da impressão. Esse tipo de impressão digital é perfeitamente visível, portanto não requer nenhum tipo de processo químico para ser revelado. Os exemplos comumente encontrados são cimento, sabão, gesso e argila.[/list]
[spoiler=EXEMPLOS DE IMPRESSÕES LATENTES NUMA FACA][img]https://i.imgur.com/XwuxM4D.jpg[/img][/spoiler]
[b]BALÍSTICA FORENSE[/b]
Consiste no processo forense de examinar características de armas de fogo ou balas deixadas para trás numa cena de crime. Os especialistas neste campo têm a tarefa de vincular balas a armas e armas a indivíduos. Números de série obliterados podem ser recuperados digitalmente e registrados na tentativa de encontrar o proprietário registrado da arma. Examinadores também podem procurar impressões digitais na arma e nos cartuchos. Impressões latentes são as principais evidências. Mediante a análise de estriações únicas e possíveis arranhões marcados na bala e na arma, os projéteis disparados podem ser ligados a uma arma de modelo específico.[/justify]
[center][divbox=black][color=#FFFFFF][b][size=120]KIT FORENSE[/size][/b][/color][/divbox][/center]
[justify]Consiste numa maleta equipada com ferramentas forenses de manejo relativamente simples e que podem ser utilizadas por detetives qualificados para encontrar e recolher variados tipos de evidências em cenas de crime. Instrumentos investigativos genéricos como lupas, marcadores de evidência, lâminas de vidro, luvas, pinceis, entre outros, não serão listados abaixo mas estão inclusos no kit.
[b]LUMINOL[/b]
[aligntable=right,0,0,0,1,0,0][thumbnail=275]https://i.imgur.com/OSYg3m7.jpg[/thumbnail]
[size=60][color=white]Luminol sendo empregado para revelar uma substância oculta no carpete.[/color][/size][/aligntable]
[br][/br]O luminol é um famoso produto químico que exibe⠀ quimioluminescência de cor azul ao ser misturado com um⠀ agente oxidante apropriado. Trata-se de um sólido cristalino⠀ branco a amarelo pálido que é solúvel na maioria dos⠀ solventes orgânicos polares, mas insolúvel em água. É⠀ utilizado para detectar vestígios de sangue em cenas de⠀ crime,⠀pois ele reage com o ferro na hemoglobina, mas⠀ também pode ser usado para revelar algumas outras⠀ substâncias, como cianetos e cobre. Quando se borrifa a⠀ solução do luminol com um oxidante ativador (que normalmente consiste em peróxido de hidrogênio e íons hidróxidos) no sangue, ocorre um processo químico que emite a característica luminescência azulada. O efeito dura cerca de 30 segundos, portanto deve ser documentado numa fotografia de longa exposição.
[b]LUZ NEGRA[/b]
Uma luz negra, também referida como luz UV-A, é uma lâmpada ou lanterna que emite luz ultravioleta de onda longa e sem muita luminosidade visível. Dispositivos de luz negra são essenciais na observação da fluorescência, o brilho que muitas substâncias como sangue, saliva e sêmen emitem quando expostas à luz ultravioleta, semelhante ao efeito do luminol.
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[center][thumbnail=300]https://i.imgur.com/uK265TF.jpg[/thumbnail]⠀⠀⠀[thumbnail=270]https://i.imgur.com/9gIjys6.jpg[/thumbnail]
À esquerda, o efeito fluorescente do sangue quando em contato com luz negra. À direita, o uso de um pincel especial para revelar impressões digitais latentes por intermédio de pó revelador.[/center]
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[b]PÓ REVELADOR DE IMPRESSÕES DIGITAIS[/b]
Trata-se de um pó fino que, como o próprio nome já diz, é usado ​​para revelar e colher impressões latentes deixadas em cenas de crime. O processo de extrair impressões digitais através desse tipo de pó envolve vários métodos destinados a fazer com que as partículas do pó adiram ao formato dos resíduos deixados pelas papilas (elevações da pele) dos dedos, mãos ou pés numa superfície. Os pós reveladores de digitais possuem diferentes formulações químicas, sendo assim, o pó apropriado deve ser aplicado na superfície apropriada; por exemplo, pós de cores escuras mostrarão resultados mais satisfatórios quando sobre superfícies claras. O instrumento certo para distribuir pós desta estirpe numa superfície é um pincel com fibras muito finas, projetadas especialmente para espalhar a substância sem adulterar a impressão latente a ser revelada. Eles também podem ser derramados nas impressões digitais e soprados em seguida para retirada de excesso. Normalmente são armazenados em potes.[/justify]
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[right][size=60]((Créditos: Paulo Roberto))[/size][/right]

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