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Hospital Regional de Taguatinga Arq João Figueiras Lima, Lelé Daniela Bertuol - Construção 3 – Prof Hilton Fagundes Unisinos 2015/1 Fachada frontal – bloco de internações Dados Gerais: Localização: Taguatinga, Brasília - DF Arquiteto: João Figueiras Lima, Lelé Área: 27,690 m² Ano de projeto: 1968 Material: pré- moldados em concreto armado Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Primeiro hospital projetado por Lelé, o Hospital Regional de Taguatinga foi projetado com base em orientação fixada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal e pelo Arquiteto Oscar Niemayer. Devido à inclinação do terreno o projeto foi concebido em três níveis, abrigando 371 leitos. Lelé contou com a ajuda do Dr Carlos Gonçalves Ramos para organização do programa e construtor hospitalar no desenvolvimento do projeto. Dados Gerais: Fachada bloco de emergência Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga N N Localização: Localiza-se fora do plano piloto, em Taguatinga, a leste do plano. Trata-se de uma área planejada para este uso como equipamento de bairro e cidade. O terreno possui um frente para um parque, enquanto as outras faces dão para o bairro Imagens áreas – google maps Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Implantação: Implantação em diferentes blocos para diferentes funções em diferentes níveis Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Setorização: ambulatórios emergência bloco cirúrgico circulação vertical internações principais acessos serviços gerais Os setores organizam-se em torno de uma circulação central que cruza todo o complexo. Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Setorização: ambulatórios emergência bloco cirúrgico circulação vertical internações principais acessos serviços gerais Serão analisados os setores de internações e emergência, marcados no mapa Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga - Flexibilidade e extensibilidade - Iluminação natural - Espaços verdes como tratamento Conceitos e ideais: Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Devido ao programa estar sempre em mudança em prol de melhor atender e conforme aos avanços da tecnologia, esses conceitos se tornam fundamentais no projeto de hospitais. Flexibilidade e extensibilidade: Neste projeto, Lelé cria o volume dos leitos em escalonamento, que ao mesmo tempo que configuram jardins, com a inserção de mais módulos poderiam se tornar mais leitos. Também foram pensadas em área com divisões móveis e estrutura que permite flexibilidade de planta. Imagem da maquete - archdaily Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga O objetivo de flexibilidade e extensibilidade só é alcançado desde que os anexos não interfiram na qualidade e praticidade do funcionamento do hospital. Aumentar sim, mas não perder em qualidade. Flexibilidade e extensibilidade: Montagem com maquete de possíveis extensões Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Espaços verdes como tratamento: Lelé e estudiosos afirmavam que jardins deveriam existir próximos as alas de internação, com um fácil acesso, como se o hospital pudesse recriar o quintal da casa, apostando no contato com a natureza como aliado nos tratamentos. Imagem esquerda vista aérea do terraço (google Earth). Imagem direita, croqui do próprio Lelé Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Na ala da emergência e ambulatórios, a cobertura é em forma de shed, proporcionando iluminação natural. Iluminação natural e conforto térmico: Imagem lobby do setor de emergências (archdaily) Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga As peças que formam a laje se sobrepõem, causando um sombreamento sobre a abertura, o que permite entrada somente de iluminação barrando os raios solares, permitindo assim iluminação e conforto térmico Iluminação natural e conforto térmico: Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Sistema Construtivo: “usando o sistema de concreto pré-moldado, O edifício é uma barra alongada construído a partir de um sistema pré-fabricado de concreto armado. Longitudinalmente é definido por uma seqüência de pórticos centrais cujas mísulas apoiam vigas. Esse sistema configura a circulação principal do edifício.” (extraído de texto do website Archdaily) Croqui do próprio arquiteto Lelé Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga ........ “Caixas vazadas estruturais constituem as fachadas mais extensas. São unidas estruturalmente e separadas verticalmente por uma viga de bordo contínua moldada in loco. No sentido transversal, lajes tubadas vinculam-se àquela viga de bordo e se apoiam nas vigas dos pórticos centrais.” Sistema Construtivo: Imagem da construção (archdaily) Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Cada peça corresponde a um “v” do shed, estes são apoiados em uma viga fundida em obra Ala de Emergências: Imagem lobby do setor de emergências (archdaily) Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Cada peça corresponde a um “v” do shed, estes são apoiados em uma viga fundida em obra Imagem lobby do setor de emergências (archdaily) Ala de Emergências: Eixos longitudinais (2,20m) Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga 2,20m2,20m Ala de Emergências: Imagem lobby do setor de emergências (archdaily) Cada peça corresponde a um “v” do shed, estes são apoiados em uma viga fundida em obra Eixos longitudinais (2,20m) Eixos transversais (7,70 m) Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga 2,20m2,20m Ala de Emergências: Pilares pré-moldados ........ Vigas concretadas “in loco” Peça “SHED” já com aberturas Formas para concretagem de viga Escoramentos verticais Vigas concretadas “in loco” Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga .55x .77m O sitema é formado basicamente por 3 diferentes peças, o shed, pilar e viga 7,70 2 ,2 0 2 ,2 0 contínua 7 ,7 0 m Pilar .55 x .77 Viga .55 x .77 Vista frontal Vista superior Isométrica Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Ala de Internações: Possuindo uma fachada toda envidraçada, o bloco de emergências apresenta o módulo representado pelo shed subdividido em quatro partes diferentes que formam hora as portas e hora aberturas de baixa altura para circulação de ar http://www.archdaily.com.br/br/760028/classicos-da-arquitetura-hospital-regional-de-taguatinga-joao-filgueiras-lima-lele/54ca602be58ece990100028f http://www.archdaily.com.br/br/760028/classicos-da-arquitetura-hospital-regional-de-taguatinga-joao-filgueiras-lima-lele/54ca602be58ece990100028f Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Ala de Internações: Possuindo uma fachada topda envidraçada, o bloco de emergências apresenta o módulo representado pelo shed subdividido em quatro partes diferentes que formam hora as portas e hora aberturas de baixa altura para circulação de ar 1,10 2 ,2 0 1 ,1 0 Ala de Internações: Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Lelé usou a medida parâmetro a largura da laje. Foram usadas lajes tubulares com um metro e dez de largura. O módulo assim, é formado por 3 lajes, cada módulo de planta e fachada constitui 3,30 metros. Sendo este módulo a marcação da fachada e planta. Cada módulo simboliza um quarto de internação Ala de Internações: 1,10 7 ,7 0 3,30 1,10 2,20 7 ,7 0 Módulo parâmetro- laje Módulo 3x laje módulo = 1 leito módulo = 1 fachada Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga 2,201,10 terraços leitos circulação Ala de Internações:O bloco de internações forma-se pelo espelhamento dos módulos, com uma circulação longitudinal centralizada contando com terraços no fim destas. Fachada frontal - maquete) Planta baixa esquemática ) Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Ala de Internações: Planta baixa esquemática 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 138 m Eixos transversais Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga 3,30 3,30 3,30 3,30 7 ,7 0 7 ,7 0 3 ,3 0 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 138 m Ala de Internações: Eixos transversais Eixos longitudinais Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga 3,30 3,30 3,30 3,30 7 ,7 0 7 ,7 0 3 ,3 0 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 138 m Ala de Internações: Eixos transversais Eixos longitudinais Eixos dos pórticos Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Ala de Internações: Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga terraços leitos circulação Ala de Internações: Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Eixos verticais Eixos horizontais Eixos dos pórticos 1.1 7,70 3,30 7,70 1.1 2 ,7 0 + .2 = 2 ,9 0 2 ,9 0 2 ,9 0 2 ,9 0 2 ,9 0 Ala de Internações: 7, 70 ( 7 m ó d u lo s) 1, 10 m 1,10 m 2,20 m 1,10 m Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga O módulo de internação é formado por 7 módulos em uma direção e três em outra, sendo que esta modulação aparece também na fachada e corte módulo em planta módulo em fachada módulo em corte Ala de Internações: 7, 70 ( 7 m ó d u lo s) 1, 10 m 1,10 m 2,20 m 1,10 m Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga O módulo de internação é formado por 7 módulos em uma direção e três em outra, sendo que esta modulação aparece também na fachada e corte módulo em planta módulo em fachada módulo em corte Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Ala de Internações: A abertura localizada dentro do caixão de concreto pré-moldado, também possui uma modulação, dividida em quatro partes diferentes, porém com medidas múltiplas, sendo uma dela de abrir enquanto as demais são fixas. A abertura ainda conta com um toldo fixo por uma estrutura mnetálica móvel para proteção solar ,70,70,70 1 ,4 0 ,1 0 Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Ala de Internações: A abertura localizada dentro do caixão de concreto pré-moldado, também possui uma modulação, dividida em quatro partes diferentes, porém com medidas múltiplas, sendo uma dela de abrir enquanto as demais são fixas. A abertura ainda conta com um toldo fixo por uma estrutura mnetálica móvel para proteção solar Ala de Internações: Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Peças em vermelho são concretadas in loco Caracteriza-se por um sistema de pórtico central, onde as lajes são apoias sobre uma viga pré moldada apoiada no pórtico, nas bordas uma viga de bordo contínua concretada no local solidifica a fachada possuindo um extensão entre os caixões de concreto 2 ,7 0 m 2 ,7 0 m Ala de Internações: Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Peças em vermelho são concretadas in loco 2 ,9 0 m 2 ,7 0 m 1 ,6 0 m Ala de Internações: Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Laje tubular 1,10 x7,70 Laje central inteira 3,30 x7,70 Viga de bordo e solidificação lateral .55x.22 – altura de 1,60 Pórtico espessura .55 x.55 vão 2.70 com mísulas para apoio de viga Viga pré-moldada apoiada no pórtico .55x.22 Caixão de fachada vazado 2,20x2,70, 10cm de espessura, bordas levemente arredondadas 1 ,6 0 .55x.22 Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Ala de Internações: Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Conclusão: Este projeto teve papel fundamental na vida e carreira de Lelé, pois após foi o primeiro em Brasília, somente anos depois ele projeta a rede Sara. Neste projeto, o arquiteto fez inúmeras experimentações que após foram sendo cada vez mais desenvolvidas e aparecem em outros projetos deste arquiteto. O que mais se pode destacar é a preocupação com a estética e conforto, onde o pioneiro em pré- moldados já dominava a técnica criando projetos dinâmicos e harmônicos, seguindo também os ideais de arquitetura hospitalar da época. Mesmo com mão de obra desqualificada, poucos conhecimentos e profissionais trabalhando em pré- moldados, pode-se dizer que neste caso o uso desta técnica auxiliou na execução, sendo esta mais rápida. Nesta função, rapidez na execução é fundamental. Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Conclusão: Hospital Regional de Taguatinga Hospital Sarah kubitschek Rio de Janeiro Hospital SK São Luís Podemos observar diversas variações das soluções aplicadas no hospital regional de Taguatinga em diversos projetos de Lelé, principalmente nos hospitais da rede Sarah Kubitschek em todo país. Sendo assim, pode-se dizer que o HRT foi uma experiência para os tão renomados hospitais de Lelé. Daniela Bertuol Unisinos 2015/1Hospital Regional de Taguatinga Bibliografia LATORRACA, Giancarlo; João Filgueiras Lima - Lelé; São Paulo: Instituto Lina Bo e Pietro Maria Bardi, 2000 LIMA, João Figueiras; "Arquitetura: uma experiência na área da saúde”; São Paulo; Romano Guerra, 2012 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/15.0 87/53619 (consulta março 2015) http://www.archdaily.com.br/br/760028/classicos- da-arquitetura-hospital-regional-de-taguatinga-joao- filgueiras-lima-lele (consulta em março 2015) RONCONI Reginaldo, DUARTE, Denise, João Figueiras Lima, Lelé- (tese) Pós Graduação usp- São Paulo, 2007 PEIXOTO, Elaine Ribeiro, Pra sempre moderno. (tese) UNB, 2009 VILELA, Adalberto, João Figueiras Lima e a alegoria da construção,(tese) UNB, 2010 WESTPHAL, Eduardo, A linguagem da arquitetura hospitalar de João Figueiras Lima, Lelé. (tese) UFRGS, 2007 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/15.087/53619 http://www.archdaily.com.br/br/760028/classicos-da-arquitetura-hospital-regional-de-taguatinga-joao-filgueiras-lima-lele
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