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1 REDES ATM ASSYNCRHONOUS TRANSFER MODE 1- Histórico: � Padrão dos anos 1980/1990 para altas taxas de transmissão (155Mbps a 622 Mbps e mais alto) arquitetura de Broadband Integrated Service Digital Network (B-ISDN) 2- Objetivo: transporte integrado de voz, dados e imagens com foco nas redes públicas de comunicação 3- Características do ATM: � O ATM possui modelos de serviços conhecidos como: � Serviço de Taxa Constante (CBR) - faz com a conexão da rede pareça uma conexão dedicada - a taxa oferecida é usada pelo usuário com o menor atraso fim-a-fim - baixa taxa de atraso e perda de pacotes ATM - ideal para transmitir áudio de taxa constante de bits (ligação telefônica digitalizada) e tráfego de vídeo em tempo real � Serviço de Taxa Variável (VBR) - objetiva serviços em tempo real e não real (única diferença com relação a CBR) - todos os outros parâmetros são iguais ao CBR 2 � Serviço de Taxa Disponível (ABR) - garantia de uma taxa mínima para transmissão de células (MCR – minimum cell rate- como a CIR no Frame Relay) - realimentação para o transmissor sobre congestionamento na rede � Serviço de taxa Não Especificada (UBR) - não especifica qualquer nível de qualidade, sendo usada para transmissão de dados comuns, como arquivos, textos, etc.. - não há garantia na entrega das células - existe apenas o controle para entrega das células na ordem correta � O ATM usa comutação de pacotes com pacotes de tamanho fixo de 53 bytes (5 bytes de cabeçalho e 48 bytes de carga útil), chamados “células”; Usa circuitos virtuais(ou canais virtuais): � Cabeçalho ATM possui um campo para o número do canal virtual => identificador de canal virtual (VCI) � Comutadores de pacotes ATM usam o VCI para rotear as células até o seu destino � O ATM não fornece retransmissão. 3 � Se um comutador ATM detectar um erro no cabeçalho de célula, tenta corrigir o erro; � Caso não consiga corrigir, descarta a célula sem pedir retransmissão; � Fornece controle de congestionamento. � O ATM usa normalmente como meio de transmissão (camada física), fibras óticas (utiliza o padrão SONET com velocidades de 155,52Mbps a 622Mbps). 4- Arquitetura ATM: - Funções das camadas de forma geral: � camada de adaptação (ATM adaptation layer– AAL): -apenas nos dispositivos ATM na borda de uma rede ATM - corresponde de forma grosseira a camada de transporte do modelo OSI ou TCP/IP - Tarefas dessa camada: � permiti que os protocolos (Ex: IP) e as aplicações existentes (Ex: vídeo) de taxa constante rodem sobre ATM. � segmentação e remontagem dos dados � reagrupa as células, retornando os dados ao formato original e entregando à camada superior (remontagem) � camada ATM: camada de “rede” mais “enlace” � comutação de células (roteamento) � controla fluxo durante a transmissão 4 � camada física � lida com tensões, temporização de bits e transmissão de bits no meio físico (acesso ao meio de transmissão) � detecção de erros (sem solicitar retransmissão) � geração e delimitação das células ATM de 53 bytes Questão: ATM: camada de rede ou de enlace? Visão: transporte ponto-a-ponto: “ATM de computador a computador” � ATM é uma tecnologia de camada de enlace dentro de regiões localizadas da Internet; Realidade: usada para conectar roteadores IP de backbone � “IP sobre ATM” � ATM é usado como uma camada de enlace comutada, conectando roteadores IP 5 4.1 – Camada Física A camada física se compõe de duas partes (subcamadas ): � Subcamada de Convergência de Transmissão (TC- Transmission convergence): adapta a camada ATM acima à subcamada física abaixo (PMD)(como LLC na Enlace). � Subcamada Dependente do Meio (PMD - Physical Medium Dependent): depende do tipo de meio físico que está sendo empregado(como MAC na Enlace). Camada Física TC PMD 6 � Subcamada Dependente do Meio Físico (PMD) � Duas classes de subcamadas PMD: � PMD com estrutura de transmissão de quadros; e � PMD sem estrutura de Tx de quadros. � PMD com estrutura de transmissão de quadros: � Função: responsável pelo mecanismo de transmissão dos quadros � Tecnologias que fazem parte dessa PMD: � SONET/SDH: estrutura de transmissão de quadros com alta velocidade. � Possue sincronização de bits entre transmissor e receptor; � Várias velocidades: � OC1 = 51.84 Mbps; � OC3 = 155.52 Mbps; � OC12 = 622.08 Mbps. � T1/T3: estrutura de transmissão de quadros (velha hierarquia de telefonia: 1.5 Mbps/ 45 Mbps. (SMDS) � No Brasil usa-se a hierarquia européia E1/E3: 2 / 34 Mbps � Trabalha sobre fibra ótica, microondas e cobre. 7 � PMD sem estrutura de transmissão de quadros: � Baseada em células sem quadro (mesmo que não haja dados para transmitir, envia células vazias => faz parte da tecnologia para manter sincronismo entre Tx e Rx). � Subcamada de Convergência de Transmissão(TC): Funções da TC : � No lado transmissor gera: 8 bits de CRC; � No lado receptor: usa os 8 bits CRC para correção de erros; � Delineamento de célula(verificação de erros) � Geração de células � Geração de quadro � Geração e verificação de soma de verificação 4.2 Camada ATM � Roteamento e Controle de fluxo � A célula possui 53 bytes (5 bytes de cabeçalho e 48 bytes de carga útil) Formato da célula � Questão: Carga útil com 48 bytes. Porque? 8 � carga útil pequena => pequeno atraso de criação de célula para voz digitalizada � rápido roteamento - Cabeçalho da celula ATM Cabeçalho da célula (40 bits = 5 bytes) � Campos: � Cabeçalho: � VCI: identificador de canal virtual � pode mudar de enlace para enlace através da rede � PT: Tipo de payload (ex. célula de dados, célula inativa(sem dados)) � CLP: bit de Prioridade de Perda de Célula � CLP = 1 => implica célula de baixa prioridade, pode ser descartada em caso de congestão � HEC: Verificação de Erros no Cabeçalho � verificação cíclica de erros (CRC) � ATM Cell Payload => carga útil (48 bytes) 9 4.1.1 Canais virtuais (CV) � Transporte em CV: células são transportadas sobre CV da fonte ao destino. � estabelecimento de conexão, necessário para cada chamada antes que o fluxo de dados possa ser iniciado. � cada pacote transporta um identificador de CV (VCI). � recursos do enlace e do comutador (banda passante, buffers) podem ser alocados por CV: para obter um comportamento semelhante a um circuito físico � CVs Permanentes (PVCs) � conexões de longa duração � tipicamente: rota “permanente” entre roteadores IP � CVs Comutados (SVC): � dinamicamente criados, conforme a passagem pelos comutadores (rotas diferentes) � Vantagens do uso de circuitos virtuais no ATM: � índices de QoS garantidos para conexões mapeadas em circuitos virtuais (banda passante, buffers pré- estabelecidos, estabelecimento de prioridades) � Problemas no uso de circuitos virtuais: � um PVC entre cada par origem/destino não tem boa escalabilidade (rotas fixas). 10 � CVC introduz latência (variação) de estabelecimento de conexão e atrasos de processamento para conexões de curta duração. 4.3 Camada de Adaptação ATM (AAL) � Camada de Adaptação ATM (AAL): permite que protocolos (Ex: IP) e as aplicações existentes (Ex: Vídeo de taxa constante) rodem sobre o ATM. � AAL presente apenas nos sistemas finais, não nos comutadores ATM (“switches”) � A ITU e o Fórum ATM padronizaram diversas AALs, quais sejam: � AAL1 => para serviços de taxa constante de bits (CBR) (Ex: Emulação de circuitos de voz ou videoconferência em tempo real); � AAL2 => para serviços de taxa variável de bits (VBR) (Ex: Vídeo, MPEG); � AAL5 => para transporte de datagramas IP 11 - Será comentada apenas a AAL5 pela sua (importância para a nossa disciplina(as AAL3 e 4, são usadas por provedores de serviço) � AAL5 (Camada de Adaptação Simples e Eficiente) � Usada para transportar datagramas IP. � Unidade de dados de protocolo AAL (PDU AAL) �Equivalente a um segmento UDP ou TCP: - PAD => garante que a PDU seja um numero inteiro de 48 bytes - Comprimento => identifica o tamanho da carga útil da PDU - CRC => detecção de erro - Carga útil => dados do usuário � Os segmentos da camada são fragmentados em múltiplas células ATM 5. IP sobre ATM - Cada interface de roteador que se conecta à rede ATM terá dois endereços: - Um endereço IP - Um endereço ATM (é um endereço de LAN em uma rede ATM) Carga util 0-65535 PAD 0-47 Comprimento 2 CRC 4 12 5.1 -Viagem de um Datagrama numa Rede IP-sobre-ATM: � Roteador de entrada: � Examina o endereço de destino do datagrama � Indexa sua tabela de roteamento e determina o endereço IP do roteador de saída (próximo roteador na rota do datagrama) � Para levar o datagrama até o roteador de saída, o roteador de entrada vê a rede ATM simplesmente como um outro protocolo de camada de enlace. Para transportar o data grama até o roteador seguinte, deve ser determinado o endereço físico do roteador do próximo salto. No caso de uma interface ATM, o roteador de entrada indexa uma tabela ARP ATM com o endereço IP do roteador de saída e determina o endereço ATM desse roteador de saída. � Após a conclusão das etapas anteriores, a tarefa de levar o datagrama até o roteador de saída sai das mãos do IP e passa para as mãos do ATM. O ATM deve levar o datagrama até o endereço de destino ATM. O ATM tem duas tarefas: � Segmentar o datagrama em células no lado remetente do canal virtual ( roteador de entrada- camada AAL) � Determinar o VCI para o canal virtual que leva ao endereço de destino ATM(camada ATM) 13 � O roteador de entrada então passa o datagrama, juntamente com o endereço ATM do roteador de saída, para baixo, para a camada de enlace (camada ATM) � O roteador de saída ao receber as células faz o seguinte: �Remontar as células do datagrama original no lado receptor do canal virtual (roteador de saída- camada AAL) Rede Aplicação Transporte Rede Aplicação Transporte HTTP,FTP, etc TCP, UDP IP HTTP,FTP, etc TCP, UDP IP 14 5.2- ARP e ATM ARP tem a importante incumbência de traduzir o endereço do roteador de saída para um endereço de destino ATM. Se o mapeamento não existir na tabela, o protocolo ARP deverá entrar em contato com o roteador de saída e obter o mapeamento. A tecnologia Ethernet envia uma mensagem de requisição ARP dentro de um pacote broadcast. O ATM não faz igual à Ethernet => é uma tecnologia de comutação. O ATM para conseguir o mapeamento pode fazer o seguinte: -Transmitir mensagens de requisição ARP para todos os destinos -Usar um servidor ARP Transmitindo mensagens de requisição ARP: Roteador de entrada constrói mensagem de requisição ARP; Converte a mensagem em células e envia para a rede ATM através de um canal virtual especial. Roteador de saída recebe a mensagem de requisição ARP e envia ao roteador de entrada uma resposta ARP. Roteador de entrada atualiza sua tabela. 15 Servidor ARP Um servidor ARP é agregado diretamente a um dos comutadores ATM com CVPs entre cada roteador e o servidor ARP. Cada CVP tem o mesmo VCI em todos os enlaces; O servidor ARP contém uma tabela ARP atualizada que confronta endereços IP com endereços ATM. 6 – Interface ATM A definição de interface entre dois dispositivos ATM e conhecido como Network Interface. Esse conjunto de especificações define o meio físico e as regras especificas de sinalização entre os dispositivos ATM. Em uma conexão ATM típica podem existir dois tipos de interface: - interface estação para switch (UNI) - interface switch para switch (NNI) UNI (User-to-Network Interface) -Especifica a conexão de um usuário a rede ATM. -Existe UNI privada (usuário de rede local) e UNI publica (liga usuário remoto a rede ATM) NNI (Network-to-Network Interface) - Especifica a conexão entre dois switches ATM. - Existe NNI privada (switch ATM de uma rede local) e NNI publica (switch de uma rede remota) 16 Nas células NNI, não existe o campo GFC (Controle de Fluxo Genérico), ao contrário do que acontece nas células UNI. Como este campo é raramente utilizado não há, na prática, diferenças funcionais entre células UNI e NNI.
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