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A respeito de Fato Social, Durkheim escreve em sua obra As Regras do Método Sociológico: “Se a população se amontoa nas cidades em vez de se dispersar nos campos, é que há uma corrente de opinião, um movimento coletivo que impõe aos indivíduos essa concentração (...). As vias de comunicação determinaram de maneira imperiosa o sentido no qual se fazem as migrações interiores e as trocas e mesmo a intensidade dessas trocas, e mesmo a intensidade dessas migrações, etc., etc.” (p. 11-12) A Geografia, porém, em seu método analítico, discorda desta afirmativa (e do método de Durkheim) pela perda de sua operacionalidade quando se experimenta sua funcionalidade em diferentes períodos históricos, como por exemplo, na transição do feudalismo para o capitalismo, Marx nos mostra em O Capital, que: “...esses recém-emancipados só se tornam vendedores de si mesmos após terem sido despojados de todos os seus meios de produção e de todas as garantias de existência que lhes ofereciam as velhas instituições feudais. Essa história de sua expropriação se acha inscrita com letras de sangue e fogo nos anais da humanidade. (...). (...) grandes massas humanas são repentina e violentamente despojadas de seus meios de subsistência e jogadas ao mercado sob forma de proletários privados de tudo. Todo o processo repousa sobre a expropriação do produtor rural, do camponês.” (p. 172-173) Outro exemplo disso pode ser encontrado em Pierre George quando ele escreve sobre as migrações de populações na idade contemporânea e as divide em 3 tipos: I – As Transferências de População, ocasionadas por decisão política no final da Segunda Guerra Mundial; II – Migrações Econômicas Temporárias e III – As Grandes Migrações Definitivas. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Durkheim, Emile. As Regras do Método Sociológico. Tradução Paulo Neves; revisão da tradução Eduardo Brandão. – 2ª – ed. – São Paulo. Livraria Martins Fontes Editora Ltda., 1999. [2] Marx, Karl. O Capital. Resumo dos três volumes por Julian Borchardt. Tradução de Ronaldo Alves Schmidt. 7ª edição. Editora JC. [3] George, Pierre. Geografia da População. S. Paulo: Difel, 1981.
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