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Aulas de Parasitologia - C Básicos 2022

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Profª Me. Regina Ruete
Medicina - 2023
Conceitos Básicos
Os Parasitas, o Homem e a Sociedade
• Doenças parasitárias são graves e constantes 
no nosso meio tropical, do México à 
Argentina.
• Ocorrem nas camadas sociais pobres, sem 
condições adequadas de trabalho, de 
educação, de moradia e principalmente 
sanitárias.
⚫ Segundo Neves, duas razões levaram o nosso 
país a conviver com o desnível social e as 
doenças parasitárias:
⚫ 1. A forma de colonização da América Latina
⚫ 2. A submissão do povo em relação à Igreja 
Católica, aos nobres, militares e comerciantes 
:- donos do poder e o povo.
• Falência de políticas públicas leva à falta de 
educação e de saneamento básico.
• O aumento das doenças parasitárias é causa 
e consequência do subdesenvolvimento, 
acompanhadas do analfabetismo, 
subnutrição, alienação do povo, corrupção e 
irresponsabilidade de políticos e empresários.
 Aspectos importantes que devem ser 
observados em relação às Doenças 
Parasitárias:-
- Urbanização da sociedade
- Migração interna
- Zoogeografia
- Presença ou ausência de vetores
- Ciclo pobreza e saúde
 Ciclo doença e pobreza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento médico elevado e baixa aplicação em profilaxia.
baixa produção
energia humana
deficiente
salários
de subsistência 
doença
Relação parasita x hospedeiro
1. Atitudes predatórias para o meio ambiente, 
estrutura política e econômica voltada para 
pequenos grupos sãos os principais fatores 
responsáveis pela manutenção do país no 
subdesenvolvimento, com aumento considerável 
de várias parasitoses.
 
2. O meio ambiente e os seres vivos estão em 
permanente processo de adaptação.
Distribuição Geográfica das Parasitoses
• Presença de hospedeiros suscetíveis 
• Migrações humanas
• Condições ambientais(temperatura, umidade, 
altitude)
• Potencial biótico elevado
• Densidade populacional
• Hábitos religiosos
• Falta de princípios higiênicos
• Baixas condições de vida e ignorância
 “O homem não nasce, vive, sofre e morre 
de maneira idêntica nas diversas partes do 
mundo”
 Analise a frase acima sob uma ótica 
parasitológica.
 Podemos dizer que os relacionamentos 
entre os seres vivos existem devido à 
procura de alimento e/ou proteção. Você 
concorda, sim ou não. Justifique.
Reflexões sobre parasitologia
Origem do parasitismo
• O parasitismo ocorreu quando na evolução 
de uma associação entre um organismo 
menor e seu hospedeiro, este sentiu-se 
beneficiado, quer pela proteção, quer pela 
obtenção de alimento.
• Esta relação ocorreu ao acaso e no 
decorrer de milhares de anos houve uma 
evolução efetivando o relacionamento.
Tipos de adaptações
• 1. Morfológicas:- 
a. degenerações (perdas ou atrofias de orgãos 
locomotores, aparelho digestivo, etc)
b. hipertrofia (órgãos de fixação, resistência ou 
proteção e reprodução)
• 2. Biológicas:- capacidade reprodutiva com 
variedade sexuada e assexuada, produção de 
antiquinases (resistência à agressão do 
hospedeiro) e tropismos.
Associações entre os seres vivos
 Relações Harmônicas: 
-comensalismo
-mutualismo
-cooperativismo 
 
 
Associações entre os seres vivos
Relações Desarmônicas:
-competição
-canibalismo
-predatismo
-parasitismo
Exercícios
• Compare comensalismo com parasitismo.
• A unilateralidade de benefícios é típica do 
parasitismo ? Justifique.
• A mosca doméstica é um parasita do ser 
humano ? Justifique.
Tipos de parasitas
⚫ 1. Ocasional ou acidental : é o que parasita 
outro hospedeiro que não o seu normal. Ex: 
Dipylidium caninum, parasitando criança.
⚫ 2. Facultativos ou oportunistas : Parasito 
facultativo: é o que pode viver parasitando 
um hospedeiro ou não, isto é, pode ter 
hábitos de vida livre ou parasitária. Ex.: as 
larvas de moscas Sarcophagiae podem 
provocar miíases humanas, desenvolver-se 
em cadáveres ou ainda fezes.
• 3. Obrigatórios, necessários ou absolutos : só 
sobrevivem às custas de um hospedeiro.
Os parasitas obrigatórios classificam-se em :
1. Permanente :- com a morte do hospedeiro eles 
não sobrevivem. Ex: piolho
2.Temporário : - usa o hospedeiro para se 
alimentar. Ex:- hematófagos (pulgas).
3.Periódicos :- podem parasitar o hospedeiro na 
fase larval (Proteleanos –ex: berne) ou na fase 
adulta (Teleanos –ex: Schistosoma mansoni).
Conceitos sobre Parasitas
 Ectoparasita ; parasita externo, como a pulga, 
o carrapato, etc.
 Endoparasita : parasita interno, como a maioria 
dos protozoários, platelmintos e nematelmintos.
 Parasita Monoxeno : necessitam de um único 
hospedeiro para completar seu ciclo de vida.
 Parasita Heteroxeno : necessitam de dois ou 
mais hospedeiros para completar seu ciclo de 
vida.
⚫ Parasitas Monogenéticos: apresentam apenas 
um tipo de reprodução ( sexuada ou assexuada).
⚫ Parasitas Heterogeneticos: apresentam dois ou 
mais tipos de reprodução (sexuada/assexuada).
⚫ Parasita Estenoxeno: parasita apenas um tipo de 
espécie de ser vivo ou espécies muito próximas.
⚫ Parasita Eurixeno: parasita várias espécies 
diferentes de seres vivos.
⚫ Especificidade Parasitária –relaciona-se 
com a capacidade do parasita em 
completar seu ciclo de vida em um único 
tipo de ser vivo ou em várias espécies de 
seres vivos.
⚫ Parasita estenoxeno possui alta 
especificidade parasitária.
⚫ Parasita eurixeno possui baixa 
especificidade parasitária.
Conceito de Hospedeiros
• Hospedeiro definitivo: é aquele onde o 
parasita se reproduz sexuadamente.
• Hospedeiro intermediário: é aquele onde o 
parasita se reproduz assexuadamente.
Exercícios de fixação de conceitos
1. Ancilostoma duodenale é um parasita monogenético, 
porque apenas completa o seu ciclo de vida na 
espécie humana. C ou E? Justifique . 
2. O parasita Toxoplasma gondii é considerado eurixeno, 
pois completa o seu ciclo de vida apenas na espécie 
humana. C ou E ? Justifique.
3. Parasitas heteroxenos podem ser heterogenéticos. 
Comente justificando.
4. O homem, normalmente, é o hospedeiro definitivo na 
maioria das doenças parasitárias, pois nele ocorre 
reprodução sexuada do parasita. C ou E? Justifique. 
5. O parasitismo é uma associação desarmônica que visa, 
apenas, o benefício do parasita. Você concorda? Justifique.
6. Na doença esquistossomose, o caramujo é o hospedeiro 
intermediário pois, nele ocorre a reprodução sexuada do 
parasita. Você concorda? Justifique.
7.Normalmente, o homem é considerado o hospedeiro 
definitivo nas doenças parasitárias pois, apresenta alta 
especificidade parasitária. Certo ? Justifique
8.No parasitismo facultativo do tipo proteleano, o parasita 
vive sua fase larval como parasita. Certo ? Justifique .
Analise os textos abaixo e discuta-os 
1. O Ascaris lumbricóides é o causador de uma verminose. Ele é 
considerado um parasita eurixeno, pois completa o seu ciclo de vida 
apenas na espécie humana. Sua alta especificidade parasitária 
deve-se ao fato de ser monogenético.
2. O Toxoplasma gondii é um protozoário que completa o seu ciclo de 
vida em várias espécies animais (coelho, papagaio, homem, etc) 
devido a este fato possui alto potencial biótico. Possui o homem 
como hospedeiro definitivo, pois os gatos liberam em suas fezes 
oocistos, resultado de uma reprodução sexuada .
3. O causador da lumbriga é um verme que vive, apenas, dentro do 
intestino humano e sua contaminação ocorre ao ingerir-se alimentos 
ou água contendo ovos do parasita. Ele é considerado 
monogenético, ectoparasita com alto potencial biótico e baixa 
especificidade parasitária.
Conceitos importantes
• Agente etiológico: ser vivo responsávelpor uma 
doença; causador da doença(agente etiológico).
• Agente transmissor: ser vivo veiculador da 
doença, normalmente é o H.I. (agente 
transmissor).
• Profilaxia: medidas realizadas para impedir a 
ocorrência de uma parasitose.
• Fômites: objetos que podem veicular A.E., como 
o garfo, a toalha,etc
• Ciclo evolutivo: é o ciclo de vida do A.E. desde 
um ovo ou cisto até adulto. 
Mecanismos de transmissão
Transmissão de parasitas. 
Os parasitas que entram pela boca são deglutidos e 
podem permanecer no intestino ou penetrar pela parede 
intestinal invadindo outros órgãos. Muitas vezes os 
parasitas penetram na boca por transmissão 
fecal-oral.
 Porta de entrada :- boca, pele e contato direto 
(relação sexual).
Veículos de contaminação :-fômites (objetos de uso 
pessoal), poeira, água, mãos sujas, solo, vetores, 
etc.
Vetores
Tipos de vetores :- biológico(H.I.), mecânico 
(moscas), inanimado (fômites : talher, seringa, 
espéculo, toalha, etc).
 Ser vivo ou outro veículo capaz de transmitir o 
parasita entre dois hospedeiros. Podem ser:
vetor biológico:- quando o parasita se 
reproduz ou se desenvolve nele.
vetor mecânico:- apenas transporta o parasita.
 vetor inanimado ou fômite:- quando o 
parasita é transportado por objetos, lenço, 
seringas, espéculo, etc
Noções de epidemiologia
 
Epidemiologia:
 As doenças não ocorrem por acaso, e, sim por fatores 
que determinam sua ocorrência e distribuição: fonte de 
contaminação, forma de dispersão, hábitos da 
população, etc
 A relação entre o parasita, o hospedeiro e o meio ou as 
circunstâncias em que ambos ocorrem determinam as 
causas de uma doença.
 Nos dá os detalhes da doença para que possamos 
perceber os pontos vulneráveis nos quais existe a 
intervenção profilática.
Três perguntas básicas, segundo os princípios da 
Epidemiologia;-
 1.Quem adoece e por que adoece ;
 2.Onde a doença ocorre; 
 3.Quando a doença ocorre e por que apresenta 
variações em sua ocorrência?
Destas identificamos as características demográficas 
(sexo, idade, raça, etc), biológicas(ac,hormônios etc), 
sociais( nível social e escolar), pessoais(fumante) e 
genéticas; área geográfica específica; ocorre a longo 
tempo ou é recente.
Princípios básicos de epidemiologia
Fatores que determinam a ocorrência de 
doenças:- fonte de contaminação, forma de 
dispersão, hábitos da população, condições 
sociais e sanitárias, nível de escolaridade e 
presença de vetores.
Em relação ao doente:- características 
demográficas (sexo, idade, raça), sociais, 
pessoais (dieta, uso de álcool, fumo) e genéticas.
Objetivos da epidemiologia
Identificar a etiologia da doença
Conhecer a história da doença.
Determinar o estado da saúde da população e a 
extensão das doenças.
Avaliar as intervenções profiláticas e os programas 
de saúde existentes.
Conhecer em detalhes a cadeia epidemiológica 
(interação entre o agente etiológico, hospedeiro e 
meio ambiente), nos dá a importância da 
Epidemiologia.
Dinâmica da transmissão das doenças
Fonte de infecção ou reservatório é o local onde a doença 
se origina; o reservatório perfeito é o local onde o A.E. se 
instala sem apresentar sintomas (humanos e animais).
Dependendo o reservatório podemos ter:-
Zoonose:- quando o reservatório é humano ou animal e a 
doença se manifesta em ambos. Ex. toxoplasmose, 
doença de Chagas
Enzoose:- reservatório animal e doença em animais. Ex. 
peste suína, anemia infecciosa em equinos.
Antroponose:- reservatório humano, doença em humanos. 
Ex. sarampo, amarelão, filariose etc
 
 
Quando a doença existe em uma população sua 
dinâmica de distribuição pode ser caracterizada 
por :-
Endemia:- a doença ocorre em um número 
esperado da população.
Epidemia :- a doença ocorre em um número muito 
acima do esperado em determinada população.
Pandemia :- a doença ocorre de forma epidêmica 
em vários países simultaneamente. Ex. Aids, 
COVID
Resposta imunológica contra os parasitos
Para que uma infecção desenvolva-se em um 
indivíduo são necessárias complexas interações 
entre o micro-organismo e o hospedeiro, como por 
exemplo a entrada do patógeno, a invasão e 
colonização dos tecidos, o escape do sistema 
imune e a lesão tecidual.
As infecções parasitárias são aquelas causados por 
protozoários (Plasmodium sp., T. gondii, T. cruzi etc.), 
helmintos (S. mansoni, Taenia sp., F. hepatica, E. 
vermicularis etc.) e ectoparasitos (pulgas, carrapatos, 
piolhos etc.).
A maioria dessa infecções é crônica devido a fraca 
imunidade inata e a capacidade de os parasitas 
evadirem ou resistirem à eliminação pela imunidade 
adaptativa.
Imunidade inata
Protozoários e helmintos ativam mecanismos diferentes 
de imunidade inata.
A principal resposta imunológica inata aos protozoários é 
a fagocitose, porém a maioria desses são resistentes à 
morte fagocítica, replicando-se dentro de macrófagos.
Os helmintos são muito grandes para serem fagocitados 
e, além disso, possuem tegumentos espessos que os 
tornam resistentes às substâncias microbicidas 
secretadas pelos fagócitos (neutrófilos e macrófagos).
Imunidade adaptativa
Helmintos e protozoários variam muito suas propriedades 
estruturais e bioquímicas e ciclos de vida, por isso induzem 
a imunidade adaptativa.
O principal mecanismo de defesa contra protozoários 
intracelulares é semelhante à defesa contra bactérias 
intracelulares, ou seja, imunidade mediada por 
células, particularmente a ativação de macrófagos por 
citocinas derivadas de linfócitos Th1.
Protozoários que se replicam no interior de células do 
hospedeiro e causam lise dessas células, como por 
exemplo o Plasmodium sp., estimulam a produção de 
anticorpos específicos e ativação dos linfócitos T CD8+ 
(similar à resposta contra os vírus citopáticos).
A principal defesa contra os helmintos é mediada por 
linfócitos Th2, resultando na produção de IgE e 
ativação de eosinófilos.
A interleucina 4 (IL-4) estimula a produção de 
anticorpos IgE e a IL-5 a ativação e desenvolvimento 
de eosinófilos e mastócitos. Os eosinófilos produzem 
enzimas oxidativas e hidrolíticas que são tóxicas para 
os parasitos.
Dentre os mecanismos de escape estão a mudança de antígenos de superfície; os protozoários “se escondem” do 
sistema imunológico (vivem dentro da célula ou formam cistos); e há estímulo de linfócitos T reguladores que 
suprimem a resposta imunológica.Dentre os mecanismos de escape estão a mudança de antígenos de superfície; os 
protozoários “se escondem” do sistema imunológico (vivem dentro da célula ou formam cistos); e há estímulo de 
linfócitos T reguladores que suprimem a resposta imunológica.
Dentre os mecanismos de escape estão a mudan- ça 
de antígenos de superfície; os protozoários “se 
escondem” do sistema imunológico (vivem dentro da 
célula ou formam cistos); e há estímulo de linfócitos T 
reguladores que suprimem, a resposta imunológica.
 Premunição ou imunidade concomitante: é um tipo 
especial de estado imunitário ligado à necessidade da 
presença do agente etiológico, com a manutenção de 
taxas elevadas da resposta imune. Normalmente 
durante o estado da premunição há certa dificuldade 
do paciente em se reinfectar, havendo um equilíbrio 
entre o parasito e o hospedeiro. Ocorre na fase crônica 
de várias doenças.
Mecanismos de defesa do hospedeiro
Barreiras inespecíficas :- pele e seu pH ácido, 
movimentos ciliares da árvore brônquica, 
fagocitose, fagócitos fixos (sistema mononuclear 
fagocitário) presentes no baço, fígado, linfonodo, 
por exemplo, processo inflamatório (granuloma 
esquistossômico ).
Barreiras específicas (resposta imunológica), 
realizada pelas:-
 Células T –imunidade celular, linfócitos timo 
dependentes; mais comum em rejeição de 
tecidos implantados e infecções virais, fúngicas 
e parasitárias.
 Células B –resposta humoral (Ig), linfócitos timo 
independentes; mais comum em infecções 
bacterianas.
 Imunogamaglobulinas: IgA, IgG, IgM, IgD e IgE
Imunidadeativa (natural-doença 
/artificial-vacina) 
 Imunidade passiva (natural - amamentação e 
artificial- uso de soro)
Imunidade parasitária
Os protozoários, assim como os vírus e bactérias, se 
reproduzem dentro do hospedeiro, induzindo um tipo de 
resposta diferente da infecção por helmintos.
Quando o hospedeiro é infectado, este reconhece o 
agente como estranho e desenvolve uma resposta 
imune para eliminá-lo em 2 ou 3 semanas. O hospedei- 
ro passa a ser resistente à uma reinfecção da mesma 
espécie. Entretanto na maior parte das doenças causa- 
das por protozoários, estes, conseguem se desenvolver 
e permanecer no hospedeiro; assim apenas parte dos 
parasitas conseguem ser eliminados. Imunidade conco- 
mitante.
Nas doenças causadas por Leishmanias, ocorre 
um fenômeno interessante, no qual esse proto- 
zoário é fagocitado pelos macrófagos, porém o 
vacúolo formado e o lisossomo não são capazes 
de eliminar o parasito, pelo contrário, funcionam 
como escudo de defesa para a Leishmania, 
permitindo sua multiplicação de forma intensa, 
com posterior rompimento do macrófago e libe- 
ração dos protozoários, que serão fagocitados 
por outros macrófagos.
Mecanismos de ação dos parasitas
• As doenças parasitárias são pouco numerosas se 
comparadas ao elevadíssimo número de pessoas 
parasitadas. A prevalência é muito alta mas a morbi- 
dade é baixa. Na realidade, a doença parasitária é um 
acidente que ocorre em consequência de um desequi- 
líbrio entre hospedeiro e parasito. A manutenção desse 
equilíbrio depende da espécie do parasito, idade, 
estado nutricional, condições sanitárias e nível de 
resposta imunitária do hospedeiro.
Ação patogênica dos parasitos
Espoliativa: Quando o parasito absorve 
nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. 
É o caso dos Ancylostomatidae, que ingerem 
sangue da mucosa intestinal (utilizam esse 
sangue para obtenção de Fe e O, e não para 
se nutrirem dele diretamente) e deixam pon- 
tos hemorrágicos na mucosa, quando aban- 
donam o local da sucção. Outro exemplo é o 
hematofagismo dos triatomíneos ou de 
mosquitos.
•Tóxica: Algumas espécies produzem enzimas ou 
metabólitos que podem lesar o hospedeiro. Exemplos: 
as reações alérgicas provocadas pelos metabólitos do 
A. lumbricoides, as reações teciduais (intestino, 
figado, pulmões) produzidas pelas secreções no 
miracídio dentro do ovo do S. mansoni etc. 
• Irritativa:Deve-se a presença constante do parasito 
que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local 
parasitado. Como exemplo, temos a ação das 
ventosas dos Cestoda ou dos lábios dos A. 
lumbricoides na mucosa intestinal. a presença 
constante do parasito em um tecido ou órgão pode 
provocar sua lesão por meio de seus órgãos de 
fixação;
•Mecânica: Algumas espécies podem impedir o 
fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. 
Assim, o enovelamento de A. lumbricoides dentro 
de uma alça intestinal, obstruindo-a; a G. lamblia, 
"atapetando" o duodeno etc. 
•Traumática:É provocada, principalmente, por 
formas larvárias de helmintos, embora vermes 
adultos e protozoários também sejam capazes de 
fazê-lo. Assim, a migração cutânea e pulmonar 
pelas larvas de Ancylostomatidae; as lesões 
hepáticas pela migração de Fasciola hepática 
jovem; as úlceras intestinais provocadas pelos 
Ancylostomatidae e T. trichiura; o rompimento 
das hemácias pelos Plasmodium etc. 
•
Consequências da ação parasitária
 Hipóxia ou anóxia tecidual causando isquemia
Lesão da membrana celular levando a morte 
celular
Alteração da resposta imune
Inflamação aguda ou crônica do tecido conjuntivo
Regeneração e cicatrização que pode ser 
exacerbada promovendo reconstituição 
inadequada
Hiperplasia, hipertrofia, metaplasia e neoplasia, 
alterações que podem ocorrer pela ação do 
parasito, muitas vezes agravando sua presença 
no órgão.
Doença Parasitária
A doença parasitária é um reflexo da luta parasita x 
hospedeiro.
A simples presença do parasita nem sempre significa 
doença parasitária, pois são necessários inúmeros 
fatores para que ela se instale ( número de 
exemplares, tamanho do parasita, sua localização, 
multiplicação, virulência, etc).
Em relação ao hospedeiro precisamos considerar sua 
imunidade, doenças recorrentes, uso de medicação 
imunossupressora, hábitos alimentares, etc.
Glossário David Pereira Neves 
Agente Etiológico. É o agente causador ou 
responsável pela origem da doença. Pode ser um 
vírus, bactéria, fungo, protozoário, helminto. 
Agente Infeccioso. 
Parasito, sobretudo, microparasitos (bactérias, 
fungos, protozoários, vírus etc.), inclusive helmintos, 
capazes de produzir infecção ou doença infecciosa 
(OMS, 1973). 
Antroponose. 
Doença exclusivamente humana. Por exemplo, a 
filariose bancrofiiana, a necatoríasese, a gripe etc. 
Antropozoonose. 
Doença primária de animais, que pode ser transmitida 
aos humanos. Exemplo: brucelose, na qual o homem 
é um hospedeiro acidental. 
Enzoose. 
Doença exclusivamente de animais. Por exemplo, a 
peste suína, o Dioctophime renale, parasitando rim de 
cão e lobo etc. 
Endemia. 
É a prevalência usual de determinada doença 
com relação a área. Normalmente, considera-se 
como endêmica a doença cuja incidência 
permanece constante por vários anos, dando 
uma idéia de equilíbrio entre a doença e a 
população, ou seja, é o número esperado de 
casos de um evento em determinada época. 
Exemplo: no início do inverno espera-se que, de 
cada 100 habitantes, 25 estejam gripados. 
Epidemia ou Surto Epidêmico. 
É a ocorrência, numa coletividade ou região, de casos 
que ultrapassam nitidamente a incidência normalmen- 
te esperada de uma doença e derivada de uma fonte 
comum de infecção ou propagação. 
Quando do aparecimento de um único caso em área 
indene de uma doença transmissível (p. ex.: esquis- 
tossomose em Curitiba), podemos considerar como 
uma epidemia em potencial, da mesma forma que o 
aparecimento de um único caso onde havia muito 
tempo determinada doença não se registrava (p. ex.: 
varíola, em Belo Horizonte). 
Epidemiologia. 
É o estudo da distribuição e dos fatores determinantes 
da frequência de uma doença (ou outro evento). Isto é, 
a epidemiologia trata de dois aspectos fundamen- tais: 
a distribuição (idade, sexo, raça, geografia etc.) e os 
fatores determinantes da freqüência (tipo de pató- 
geno, meios de transmissão etc.) de uma doença. 
Exemplo: na epidemiologia da esquistossomose 
mansoni, no Brasil, devem ser estudados: idade, sexo, 
raça, distribuição geográfica, criadouros peridomi- 
ciliares, suscetibilidade do molusco, hábitos da 
população etc.
Fase Aguda. 
É aquele período após a infecção em que os sintomas 
clínicos são mais marcantes (febre alta etc.). É um 
período de definição: o indivíduo se cura, entra na fase 
crônica ou morre. 
Fase Crônica. 
É a que se segue a fase aguda; caracteriza-se pela 
diminuição da sintomatologia clínica e existe um 
equilíbrio relativo entre o hospedeiro e o agente 
infeccioso. O número do parasitos mantém uma certa 
constância. E importante dizer que este equilíbrio pode 
ser rompido em favor de ambos os lados. 
Hábitat. 
É o ecossistema, local ou órgão onde determinada 
espécie ou população vive. Ex.: o Ascaris lumbricoides 
tem por hábitat o intestino delgado humano. 
Hospedeiro. 
É um organismo que alberga o parasito. Exemplo: o 
hospedeiro do Ascaris lumbricoides é o ser humano. 
Hospedeiro Definitivo. 
É o que apresenta o parasito em fase de maturidade 
ou em fase de atividade sexual.
Hospedeiro Intermediário. 
É aquele que apresenta o parasito em fase larvária ou 
assexuada. 
Hospedeiro Paratênico ou de Transporte. 
É o hospedeiro intermediário no qual o parasito não 
sofre desenvolvimento, mas permanece encistado até 
que o hospedeiro definitivo o ingira. Exemplo: 
Hymenolepis nana em coleópteros. 
Incidência. 
É a frequência com que uma doença ou fato ocorre 
num período de tempo definido e com relação à 
população (casos novos, apenas). Exemplo: a 
incidência de piolho (Pediculus humanus)no Grupo 
Escolar X, em Belo Horizonte, no mês de dezembro, 
foi de 10%. (Dos 100 alunos com piolho, 10 adquiriram 
o parasito no mês de dezembro.) 
Morbidade. 
Expressa o número de pessoas doentes com relação a 
população. Exemplo: na época do inverno, a morbidade 
da gripe é alta [isto é, o número de pessoas doentes 
(incidência) é grande]. 
Mortalidade. 
Determina o número geral de óbitos em determinado 
período de tempo e com relação a população. Exemplo: 
em Belo Horizonte morreram 1 .O32 pessoas no mês de 
outubro de 2004 (acidentes, doenças etc.). 
Parasitemia. 
Reflete a carga parasitária no sangue do hospedeiro. 
Exemplo: camundongos X apresentam 2.000 
tripanossomas por cm3 de sangue. 
Parasito Estenoxênico. 
É o que parasita espécies de vertebrados muito próximas. 
Exemplo: algumas espécies de Plasmodium só parasitam 
primatas; outras, só aves etc. 
Parasito Eurixeno. 
É o que parasita espécies de vertebrados muito diferentes. 
Exemplo: o Toxoplasma gondii, que pode parasitar todos os 
mamíferos e até aves. 
Parasito Heterogenético. 
É o que apresenta altemância de gerações. Exemplo: 
Plasmodium, com ciclo assexuado no mamífero e sexuado no 
mosquito
Parasito Monogenético. 
É o que não apresenta alternância de gerações (isto é, possui 
um só tipo de reprodução sexuada ou assexuada). Exemplos: 
Ascaris lumbricoides, Ancylostomatidae, Entamoeba 
histolytica. 
Parasito Heteroxênico. 
É o que possui hospedeiro definitivo e intermediário. 
Exemplos: Trypanosoma cruzi, S. mansoni. 
Parasito Monoxênico. 
É o que possui apenas o hospedeiro definitivo. Exemplos: 
Enterobius vermicularis, A. lumbricoides. 
Partenogênese. 
Desenvolvimento de um ovo sem interferência de 
espermatozóide (parthenos = virgem, mais genesis = 
geração). Ex.: Strongvloides stercoralis. 
Patogenia ou Patogênese. 
É o mecanismo com que um agente infeccioso provoca 
lesões no hospedeiro. Ex.: o S. mansoni provoca lesões no 
organismo através de ovos, formando granulomas. 
Patogenicidade. 
É a habilidade de um agente infeccioso provocar lesões. 
Ex.: Leishmania braziliensi tem urna patogenicidade alta; 
Taenia saginata tem patogenicidade baixa. 
Patognomônico. 
Sinal ou sintoma característico de uma doença. Ex.: sinal 
de Romana, típico da doença de Chagas. 
Portador. 
Hospedeiro infectado que alberga o agente infeccioso, sem 
manifestar sintomas, mas capaz de transmiti-lo a outrem. 
Nesse caso, é também conhecido como "portador assinto- 
mático"; quando ocorre doença e o portador pode conta- 
minar outras pessoas em diferentes fases, temos o "porta- 
dor em incubação", "portador convalescente", "portador 
temporário", "portador crônico". 
Prevalência. 
Termo geral utilizado para caracterizar o número total de 
casos de uma doença ou qualquer outra ocorrência numa 
população e tempo definidos (casos antigos somados aos 
casos novos). Ex.: no Brasil (população definida), a 
prevalência da esquistossomose foi de 8 milhões de 
pessoas em 1992. 
Profilaxia. 
É o conjunto de medidas que visam a prevenção, erradica- 
ção ou controle de doenças ou fatos prejudiciais aos seres 
vivos. Essas medidas são baseadas na epiderniologia de 
cada doença. (Prefiro usar os termos "profilaxia", quando 
uso medidas contra uma doença já estabelecida e 
"prevenção", quando uso medidas para evitar o 
estabelecimento de uma doença.) 
Vetor. 
É um artrópode, molusco ou outro veículo que 
transmite o parasito entre dois hospedeiros. 
Vetor Biológico. 
É quando o parasito se multiplica ou se desenvolve 
no vetor. Exemplos: o T cruzi, no T infestans; o S. 
mansoni, no Biomphalaria glabrata. 
Vetor Mecânico. 
É quanto o parasito não se multiplica nem se 
desenvolve no vetor, este simplesmente serve de 
transporte. Ex.: Tunga penetrans veiculando 
mecanicamente esporos de fungo.
Classificação dos seres vivos
Taxonomia ou sistemática é o estudo teórico da 
classificação, com suas regras, princípios e 
normas.
A classificação no início visava aspectos 
morfológicos (baleia / tubarão),hoje 
analisam-se aspectos biológicos e evolutivos 
(homem/ baleia ).
 
 
A espécie é a unidade básica da classificação 
biológica. 
A organização do Sistema de Classificação 
Biológica é baseada nas idéias de Lineu.
Categorias Básicas de classificação: -
 Reino>Filo>Classe> 
Ordem>Família>Gênero>Espécie
Espécies parecidas entre si formam os gêneros; 
gêneros ~ formam famílias; famílias parecidas 
formam as ordens que são agrupadas em 
classes, que constituem os filos que fazem parte 
de um reino. 
Exemplo de Classificação
Classificação da espécie humana
REINO : Animalia
SUBREINO :Metazoa
FILO :Chordata
CLASSE :Mamalia
ORDEM :Primata
FAMÍLIA :Hominidae
GÊNERO :Homo
ESPÉCIE :Homo sapiens
Regras internacionais de Nomenclatura Zoológica
• Nomenclatura binária (gênero e espécie) --Linnaeus,1758
• Latina e binominal - primeiro gênero em letra maiúscula e 
depois a espécie em letra minúscula; devem ser grifadas 
ou escritas em itálico.
• Quando um nome científico foi descrito pela primeira vez 
em um trabalho (ou livro), a primeira deverá ter a citação 
do autor. Ex: Polygenis guimaraesi Linardi,1978
• Quando a espécie possuir subgênero, este virá interposto 
entre o gênero e a espécie, separado por parênteses.
Protozoários
Os protozoários, organismos do Reino Protoctista, são unicelulares, eucarióticos e 
heterotróficos.
"Os protozoários são organismos unicelulares, eucarióticos e que apresentam nutrição 
heterotrófica. Apesar de ser um termo bastante usado, não apresenta nenhum valor 
taxonômico, sendo considerado, portanto, um agrupamento artificial.
Os protozoários, em sua grande maioria, apresentam vida livre e são encontrados em 
diferentes ambientes aquáticos e úmidos. Existem, no entanto, espécies que vivem em 
associação com outros organismos, como é o caso dos parasitas."
"Entre as doenças humanas causadas por protozoários, podemos citar a amebíase, 
tricomoníase, toxoplasmose, leishmaniose (visceral e tegumentar), doença de Chagas e 
malária."
"Os protozoários apresentam reprodução assexuada com divisão binária, mas há algumas 
espécies que apresentam reprodução sexuada. Nesse último caso, observa-se a fusão 
desses organismos, a formação de zigoto e uma posterior divisão. Esse processo garante a 
recombinação genética. Outra forma de recombinação é a conjugação, que é considerada 
por alguns autores como um tipo de reprodução sexuada. Outros protozoários são capazes 
de produzir esporos que se espalham pelo ambiente."
"Classificação dos seres vivos
Um tipo bastante comum de classificação dos protozoários 
usa como critério o modo de locomoção desses seres no 
meio aquático. De acordo com esse sistema, existem 
protozoários ciliados, flagelados, rizópodos e esporozo- 
ários."
"Os protozoários ciliados são aqueles que se locomovem por 
auxílio de estruturas denominadas de cílios, como o 
Paramecium. Os flagelados, por sua vez, utilizam como meio 
de locomoção os flagelos, como é o caso do Tripanosoma 
cruzi, causador da doença de Chagas."
"Existem ainda protozoários que se movimentam com a ajuda 
de pseudópodes, que são prolongamentos citoplasmáticos 
que modificam a forma do corpo do organismo e promovem a 
locomoção. Esse grupo, do qual fazem parte as amebas, é 
chamado de rizópodos.
Os esporozoários, por sua vez, não apresentam nenhum tipo 
de estrutura locomotora e são levados, na forma de esporos, 
pelo ar, água e até mesmo por animais. Como exemplo desse 
grupo, podemos citar o Plasmodium vivax, responsável por 
provocar a malária."
"Os protozoários possuem uma classificação bastante 
controversa e complexa. Atualmente, alguns 
pesquisadores classificam esses seres em dezenas de 
filos diferentes dentro do Reino Protoctista. Como esses 
sistemas de classificação são inviáveis para estudo por 
leigos, muitos livros didáticos consideram apenas seis filos 
principais.” São eles:
→ Filo Rhizopoda: refere-se aos protozoários rizópodos, 
ou seja, que se locomovem por pseudópodes.
"→ Filo Actinopoda: refere-seaos protozoários que 
apresentam locomoção por pseudópodes, mas com essa 
estrutura em formato afilado.
→ Filo Foraminifera: Engloba os protozoários que possuem 
carapaça externa à célula, rica em perfurações de onde 
saem os pseudópodes.
→ Filo Aplicomplexa: refere-se aos protozoários 
esporozoários, ou seja, que não possuem meios de 
locomoção.
→ Filo Zoomastigophora: Engloba os protozoários que 
apresentam flagelos como estrutura locomotora.
→ Filo Ciliophora: Engloba os protozoários ciliados, ou 
seja, que possuem cílios como meio de locomoção."
Reprodução nos protozoários
"A reprodução assexuada dos protozoários pode ocorrer de 
duas formas:
● Divisão binária → também chamada por alguns autores 
de cissiparidade, a divisão binária é o tipo de reprodução 
assexuada em que uma célula se divide ao meio 
originando duas células idênticas. Ela ocorre em 
protozoários do filo Sarcodina, filo Cilliophora, filo 
Zoomastigophora e filo Apicomplexa.
"
"● Divisão múltipla → nesse tipo de reprodução 
assexuada, o núcleo de uma célula se multiplica várias 
vezes, originando várias células-filhas.
Muitos autores não consideram a conjugação realizada por 
alguns protozoários como reprodução sexuada por esse 
processo não resultar em aumento de indivíduos, enquanto 
que outros consideram esse processo como sendo um tipo 
de reprodução sexuada por haver troca de material 
genético. Discussões à parte, vamos ao que interessa."
"A conjugação é um processo que consiste na união parcial 
de dois indivíduos que se emparelham e através de uma 
ponte citoplasmática trocam material genético. Após a 
troca, esses indivíduos, que passam a ter novas 
combinações genéticas, separam-se e dividem-se por 
divisão binária. Esse processo ocorre nos protozoários 
ciliados."
Generalidades sobre Protozoários
São organismos unicelulares, microscópicos, 
com formas variadas.
Pertencem ao Reino Protista ( organismos 
unicelulares eucariontes).
São desprovidos de clorofila vivem isolados ou 
em grupos formando colônias, nos mais variados 
tipo de habitat.
Podem apresentar vida livre no meio ambiente ou 
associar-se a outros organismos. Nesse caso, alguns 
se comportam como simples comensais, isto é , 
alojam-se num determinado hospedeiro, nutrindo-se 
de seus restos alimentares; é o caso da Entamoeba 
coli, protozoário comensal que pode ser encontrado 
no intestino humano. Em outros casos podem se 
comportar como parasitas.
Classificação ou Sistemática
• Toma como base a característica de poderem ser fixos ou 
se deslocar no ambiente onde vivem por meio de cílios, 
flagelos, ou pseudópodes, além de servirem para a captura 
de alimentos.
• Dessa forma, de acordo com o tipo e a presença de 
organelas locomotoras, situam-se em várias classes :-
Classe Rhizopoda : rizópodes ou sarcodinos 
locomovem-se por meio de pseudópodes. Ex: 
amebas
Classe Flagellata : flagelados ou mastigofaros, 
locomovem-se por meio de flagelos. Ex: Giardia, 
Tripanosomas
Classe Ciliophora : locomovem-se por meio de cilíos. 
Ex: Paramecium
Classe Sporozoa : desprovida de organelas 
locomotoras, sendo parasitas humanos ou de outros 
animais. Ex: Plasmodium
Fisiologia dos Protozoários
Possuem digestão do tipo intracelular onde o 
alimento será digerido através de um vacúolo 
digestivo.
As suas células são delimitadas pela membrana 
plasmática, permitindo a movimentação de gases 
e de moléculas de água, mas não de açcares e 
sais.
Reprodução assexuada por divisão binária; 
alguns da classe flagelata podem apresentar 
reprodução sexuada por conjugação.
Atividade de fixação
1. A respeito dos protozoários, são feitas as afirmações a seguir:
I. Todos eles apresentam vacúolos contráteis em suas células.
II. Todos eles são heterótrofos e de respiração aeróbia.
III. Alguns podem se reproduzir sexuadamente.
Assinale:
a) se todas estiverem corretas.
b) se todas estiverem erradas.
c) se apenas I e II estiverem corretas.
d) se apenas I e III estiverem corretas.
e) se apenas III estiver correta.
2. Sabemos que os protozoários são seres unicelulares e eucariontes que, 
juntamente às algas, fazem parte do Reino Protista. A respeito da 
reprodução desse grupo de seres vivos, marque a alternativa correta:
a) Os protozoários reproduzem-se apenas por reprodução assexuada.
b) Os protozoários reproduzem-se exclusivamente por reprodução 
sexuada.
c) Na conjugação, um processo assexuado, os protozoários trocam 
material genético.
d) Na divisão binária, um indivíduo divide-se ao meio, formando dois.
e) A grande maioria dos protozoários reproduz-se por divisão múltipla.
3. São doenças causadas por protozoários flagelados:
1. Amebíase.
2. Doença de Chagas.
3. Leishmaniose tegumentar (úlcera de bauru).
4. Tricomoníase.
5. Malária (febre terçã).
Estão corretas apenas
a) 1,2 e 4.
b) 2 e 4.
c) 2, 3 e 4.
d) 3 e 5.
4. Os protozoários são um grupo de organismos heterotróficos que não 
constituem uma categoria taxonômica válida. Didaticamente, muitos autores 
dividem esse grupo baseando-se principalmente na forma de locomoção. No 
filo Rhizopoda, por exemplo, os protozoários locomovem-se graças a 
expansões citoplasmáticas chamadas de:
a) flagelos.
b) cílios.
c) pseudópodes.
d) tentáculos.
5. Geralmente os protozoários são classificados com base em seu método de 
locomoção. Diante disso, marque a alternativa que indica corretamente a 
estrutura locomotora presente nos protozoários zoomastigóforos.
a) Cílios.
b) Flagelos.
c) Pseudópodes.
d) Não apresentam estrutura locomotora.
Morfologia
• Forma Trofozoítica - forma comum, normal e ativa, 
nutre-se por fagocitose e reproduz-se por cissiparidade.
• Forma Cística - forma de resistência no meio externo; 
quando melhorarem as condições, voltam a viver e a 
reproduzir na forma trofozoítica.
Principais protozoários 
Endolimax nana
Entamoeba histolytica
Giardia lamblia
Giardia lamblia
Amebas
Trichomonas vaginalis

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