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Raízes da epidemiologia na clínica médica

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Raízes da Epidemiologia na Clínica Médica 
 
Para o filósofo Michel Foulcault (1926 – 1984) o hospital nem sempre foi um 
lugar de cura. Em seus relatos presentes no livro O nascimento da clínica, cuja 
primeira edição foi em 1963, Foulcault reporta que a Sociedade de Medicina de 
Paris, fundadora da clínica moderna do século XVIII, organizou-se a partir da ordem 
real dada aos médicos para que investigassem uma epizootia (doença infecciosa 
que acomete uma grande quantidade de animais) que vinha dizimando o rebanho 
ovino. 
A novidade dessa investigação era a contagem de casos, ou seja, a contagem 
de ovelhas doentes e mortas. Tal fato representou os primórdios da quantificação 
dos problemas de saúde mediante a quantificação dos dados de morbidade 
(doença) e mortalidade, uma importante contribuição para a introdução da 
metodologia epidemiológica. 
 
Dentro desse contexto, é importante reforçar que o saber clínico moderno e 
racionalista, constitui a base fundamental para a formação histórica da 
Epidemiologia. Uma importante etapa na constituição desse saber está relacionada 
à Medicina Científica: o saber científico e o tecnológico. 
 
As contribuições de Claude-Bernard (1813-1878) e Louis Pasteur (18221895) 
para a Fisiologia e a Microbiologia, respectivamente, desempenharam importante 
papel na institucionalização das práticas médicas contemporâneas. Claude-Bernard 
ganhou um prêmio da Academia Francesa com a descoberta da função glicogênica 
do fígado. 
 
Louis Pasteur, conhecido como o “pai da Bacteriologia”, que era químico e 
não biólogo nem médico, em 1880 passou a investigar doenças que afetavam os 
seres humanos, constituindo as bases biológicas para o estudo das enfermidades 
infecciosas. Seus estudos sobre a fermentação da cerveja e do leite e os princípios 
da “pasteurização”, constituíram a descoberta dos agentes causais (etiológicos) das 
 
 
 
 
 
 
 
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doenças. Identificou e isolou numerosas bactérias, inclusive patogênicas, e através 
dos princípios da pasteurização determinou meios de destruí-las ou impedir sua 
proliferação. 
 
 Em 1882, Robert Koch (1843-1910) descobriu o agente causador da 
tuberculose e estabeleceu os postulados da Teoria Microbiana da doença, 
abandonando-se a Teoria dos Miasmas.

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