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E-BOOK Análises Clínicas O laboratório de Análises Clínicas (Patologia Clínica / Laboratório Clínico) é responsável por auxiliar o médico na detecção de patologias e condições fisiológicas através de exames em materiais biológicos. HOMEOSTASE INTRODUÇÃO Quando ocorre alteração na homeostase do organismo, ele responde por meio de mecanismos internos que são possíveis de detectar nos exames laboratoriais, seja por um aumento ou redução de proteínas, hormônios, açucares, gorduras, ou até mesmo pelo aumento das próprias células de defesa, e seus mediadores químicos. Inflamação Calor Rubor Inchaço Dor Perda de Função E COMO DESCOBRIR SE O ORGANISMO ESTÁ PASSANDO POR ALGUM DESEQUILÍBRIO HOMEOSTÁTICO?? FASES DOS LABORATÓRIOS COMO REALIZAR COLETA DAS AMOSTRAS BIOLÓGICAS? Sangue Urina Fezes Escarro Fluídos corpóreos O sangue é formado pela parte de elementos figurados (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas) e plasma. Sua principal função é transportar gases (O2 e CO2). COLETA DE SANGUE Dependendo da análise é possível utilizar diferentes componentes do sangue, tais como ele todo, plasma ou soro. COLETA DE SANGUE PROCESSAMENTO DA AMOSTRA 1- EDTA: Usado no setor de Hematologia; 2- CITRATO DE SÓDIO: Geralmente utilizado no estudo da coagulação; 3- FLUORETO DE SÓDIO: Utilizado na dosagem de glicemia; 4- HEPARINA: Dosagem de carga viral. EM EXAMES COM ANTICOAGULANTES SÃO USADOS OS SEGUINTES TUBOS: OBS: Após a coleta de sangue com tubo anticoagulante é de extrema importância realizar a homogeneização por inversão de 5 a 8 vezes. • Orientar o Paciente; • Antes da coleta é necessário movimentar o êmbulo da seringa e pressioná-lo para retirar o ar; • Também é importante realizar a assepsia corretamente, no sentido contrário ao pelos ou em caracol, como algodão umedecido em álcool 70%; • Para a escolha da veia do paciente, é necessário garrotear o braço e tatear a veia para ter a certeza; • O sistema a vácuo permite uma coleta com um maior número de tubos, diferente da coleta com agulha e seringa. PARA REALIZAR A COLETA DO SANGUE SÃO NECESSÁRIAS ALGUMAS CONDIÇÕES: Sala bem iluminada e ventilada; Cadeira com Braçadeira; Lavatório; Instrumentos (Agulha e seringa descartáveis, algodão, garrote, álcool 70%); Tubos (Com ou sem anticoagulante) e etiquetas de identificação; Avental, luvas, máscara. PROCEDIMENTO COLETA SANGUE Fezes URINA ESCARRO LCR E OUTROS LÍQUIDOS Ao chegarem no laboratório de análises clínicas, como são processadas as amostras?? Agulha finaPeritoneo O laboratório clínico se divide em diversas áreas, entre elas: É responsável pela análise dos componentes do sangue, fezes, urina e fluídos orgânicos. É responsável pela análise minuciosa dos componentes das células do sangue. É responsável pela análise de todos os corpos estranhos através das reações antígeno-anticorpo. Urinalise É responsável pela detecção de bactérias e fungos no sangue, fezes e fluídos orgânicos (Micologia Clínica). É responsável pela detecção de parasitas nas fezes e no sangue. É responsável pelos exames de urina e eventualmente alguns fluídos orgânicos. Bioquímica Hematologia Imunologia Microbiologia Parasitologia ERROS EM LABORATÓRIO FREQUÊNCIA DE ERROS EM CADA ETAPA CLASSIFICAÇÃO DOS LABORATÓRIOS Laboratório Clínico: Serviço destinado à análise de amostras de pacientes, com a finalidade de oferecer apoio ao diagnóstico e terapêutico, compreendendo as fases pré-analítica, analítica e pós-analítica. Laboratório de Apoio: Laboratório clínico que realiza análises em amostras enviadas por outros laboratórios clínicos. Laboratórios de Emergência: Atendem as UTI´S. BIOSSEGURANÇA- BARREIRA DE CONTENÇÃO A Bioquímica Clínica compreende mais de 1/3 de todas as investigações laboratoriais de um hospital. Propicia análise de amostras biológicas, que se pode mensurar valores de analitos (substância química alvo) importantes para controle e manutenção da homeostasia orgânica. BIOQUÍMICA CLÍNICA Bioquímica clínica é a ciência que medeia a química e a patologia, investigando alterações metabólicas do corpo com o intuito de obter diagnóstico e tratamento das doenças. USO DE TESTES BIOQUÍMICOS o Diagnóstico o Exclusão de Diagnóstico o Monitoramento de tratamento o Monitoramento curso da doença o Estabelecer prognóstico o Triagem 1. Biomarcadores do metabolismo dos Carboidratos (Glicêmicos) 2. Biomarcadores Proteicos 3. Biomarcadores Renais 4. Biomarcadores do Metabolismo Lipídico 5. Biomarcadores do Metabolismo Hepático 6. Biomarcadores Cardíacos 7. Biomarcadores de Equilíbrio Hidroeletrolítico 8. Biomarcadores de Metabolismo Ósseo 9. Biomarcadores Tumorais CORPO Organização do corpo Composição Química do Organismo BIOMARCADORES 1. Biomarcadores do Metabolismo dos Carboidratos (Glicêmicos) Através do processo digestivo é realizada a absorção das moléculas de carboidratos. As moléculas de carboidratos entram na circulação sanguínea, aumentando os níveis séricos de glicose. Diabetes Hiperglicemia A quantidade excessiva de glicose no sangue causa um inchaço do cristalino (lente do olho), o que faz mudar a sua forma e flexibilidade, diminuindo a capacidade de foco Não deve ter valores inferiores a 70 mg/dL em nenhuma altura do dia. Nesse caso falamos de hipoglicemia ou "baixa de açúcar", uma situação que pode ser perigosa e se deve evitar. ACIDOSE METABÓLICA COM ANION CAP > 10 HÁLITO CETONÚ RIA Presença de Cetomia ou Cetonúria GLIGEMIA ACIMA DE 250 MG/ DL 1. Biomarcadores do Metabolismo dos Carboidratos (Glicêmicos) Glicemia de jejum e após sobrecarga Prandial – 2h (sangue) Curva Glicêmica (sangue) Hemoglobina glicada (sangue) Insulina (sangue) Exames Complementares Frutosamina Proteína glicosilada/glicada (ex: albumina – controle de 2 a 3 semanas e pacientes anêmicos). Insulina Doença autoimune destrói células produtoras de insulina (↓TIPO 1 e ↑TIPO 2). Peptídeo C Diagnóstico / resposta terapêutica - detectar e quantificar a produção de insulina (secretado juntamente). Corpos Cetônicos Diagnóstico / consumo de lipídeos (produto derivado da quebra de ácido graxo em casos de hiperglicemia). Eliminado na urina A concentração é influenciada de forma direta: Estado nutricional Função hepática Função renal ¤ Albumina (sangue) ¤ Globulinas (sangue) ¤ Eletroforese de Proteínas (sangue) 2. Biomarcadores Proteicos Existem mais de 300 proteínas diferentes já identificadas no sangue. Proteínas avaliadas rotineiramente no plasma albumina e as globulinas. Amostras mais usadas: sangue, urina, LCR, líquido amniótico, peritoneal, pleural ou sinovial, saliva ou fezes. PT = Albumina + Globulinas Albumina Alfa 1 globulina Alfa 2 globulina Beta globulina Gama globulina A eletroforese de uma amostra de soro separa suas proteínas em cinco bandas: A globulina ligadora de tiroxina TBG (α1), é uma das 03 proteínas (transtirretina e albumina) responsáveis pelo transporte de hormônios da tireoide (T4). Haptoglobina (α2), usado para detectar e avaliar anemia hemolítica. Proteína C reativa (PCR) É uma proteína produzida pelo fígado e está presente em pequenas quantidades no plasma. Proteína de fase aguda da inflamação, que aumenta pelo menos 25% da concentração sérica durante estados inflamatórios. Não confundir com reação em cadeia da polimerase (PCR); PCR é a técnica da biologia molecular. Sorologia : Espectrofotometria (Qualitativo) Imunologia Aglutinação: Semiquantitativo Sistema Urinário Sistema responsável em produzir e excretar a urina. Regulam a concentração de hidrogênio, sódio, potássio, fosfato Creatinina, ureia, ácido úrico, são metabólitos nitrogenados depurados pelos rins após a filtração glomerular. Dosar [] de metabólitos e proteínas no soro e metabólitos, glicose e proteínas na urina, são usados como indicadores de função renal. Acumulo de ureia, creatinina, ácido úrico, sódio, fosfato, potássio no sangue, promove desequilíbriono organismos. Creatinina (sangue ou urina) Clearance de Creatinina Ácido Úrico (sangue) Ureia (sangue / urina) Cistatina C Exame de Urina. []urina/[]plasma Gota Não excretada, filtrada 3. Biomarcadores Renais Proteínas Aminoácido Amônia Ureia 4. Biomarcadores de Metabolismo Lipídico Glicerídeos (óleos - líquido TA) e gorduras (sólidos TA) são os triglicerídeos mais abundantes); Ceras (cera de ouvido, da colmeia das abelhas, das cascas de frutas); Esteróides (hormônios sexuais, hormônios corticoides, colesterol); Fosfolipídeos, glicolipídeos. •Colesterol total (sangue) •Lipoproteína de alta e baixa densidade (sangue) •Triglicerídeos Bom Ruim Bilirrubinas (sangue) Aspartato aminotransferase - AST/TGO (sangue) Alanina aminotransferase – ALT/TGP (sangue) Gama Glutamil Transferase (sangue) Fosfatase alcalina (sangue) Lesão Hepatocelular Profunda – Mitocôndrias Lesão Hepatocelular Superficial – Citoplasma Lesão Hepatocelular, Hepatobiliar, Cirrose É uma enzima encontrada em diversos tecidos do corpo, com concentrações maiores no fígado (Lesões Hepatobiliares) e nos ossos. Sintetizada pelo trofoblasto e é elevada no soro de mulheres gravidas. Ricas em triglicerídeos de origem intestinal. Origem hepática Transporta triglicerídeos para a corrente sanguínea. Intermediária entre VLDL e LDL – Leva triglicerídeos para a CS e ganha colesterol. 5. Biomarcadores do Metabolismo Hepático Rica em colesterol Distribui colesterol para todas as células (ateroma). Pobre em colesterol (tem mais proteínas do que lipídeos. Retira colesterol sangue e leva para o fígado. A bilirrubina livre formada liga-se à albumina, conhecida como bilirrubina não conjugada ou indireta, para ser transportada até o fígado, onde é convertida em bilirrubina conjugada ou direta. Está é então liberada na bile, que dá coloração às fezes, e uma pequena parte é reabsorvida e dá coloração a urina (urobilinogênio). Hiperbilirrubinemia fração não conjugada/Indireta: Encontrada em recém- nascidos, anemias hemolíticas e malária. Hiperbilirrubinemia fração conjugada/Direta: Hepatites, tumores hepáticos, cálculos biliares, agressão medicamentosa, esteatose hepática e cirrose. Hiperbilirrubinemia de ambas frações: Problemas pós-hepáticos como a colestase (↓Bile). É a redução ou a interrupção do fluxo biliar. Apesar da bile não estar fluindo, o fígado continua a produzir bilirrubina, que escapa para o interior da corrente sanguínea. 6. Biomarcadores Cardíacos Creatinoquinase (sangue) Mioglobina (sangue) Troponinas (sangue) Lactato Desidrogenase (sangue). Músculo e Cérebro Troponinas São proteínas estruturais envolvidas no processo de contração das fibras musculares esqueléticas e cardíacas e normalmente não estão encontradas na circulação. Mioglobina é uma proteína do grupo heme, encontrada no músculo esquelético e cardíaco, transportadora de O2 no musculo e é liberada na circulação rapidamente após lesão muscular. Desidrogenase lática (LDH) LDH é uma enzima que atua na oxidação do lactato a piruvato. É indicador geral da existência e severidade de um dano tecidual. Enzima de ampla distribuição pelos tecidos, está aumentada em varias situações, como: Doenças hepáticas; Infarto agudo do miocárdio; Anemia hemolítica. Inicio da lesão Cardíaca 1 2 3 4 5 6 Mioglobina Troponinas CK- MB H 7. Biomarcadores de Equilíbrio Hidroeletrolítico O organismo usa os eletrólitos como mecanismo para manter o equilíbrio: • Pressão arterial • pH • Reconstrução de tecidos danificados • Contração dos músculos • Hidratação ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS NOS NÍVEIS DE SÓDIO Dieta diária de 8 a 15 g de NaCl ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS NOS NÍVEIS DE POTÁSSIO Valores Normais: 3,5 a 5 mEq/l (miliequivalentes/l) ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS NOS NÍVEIS DE CÁLCIO ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS NOS NÍVEIS DE MAGNÉSIO Plasma (47% livre ou iônico - ativo e 43% ligados a proteínas) ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS NOS NÍVEIS DE CLORO É essencial para a formação de HCl (suco gástrico), auxiliando na digestão; O cloro, juntamente com o sódio, controla os volume de água no organismos; Regulação ácido-base; Encontrado em sal, alga e azeitona; Fibrose cística (dosagem de cloro no suor). ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS NOS NÍVEIS DE FOSFÓRO 85% estoque nos ossos. Age no metabolismo mineral ósseo combinado com o cálcio. 8. Biomarcadores de Metabolismo Ósseo Alguns hormônios também estão relacionados com o equilíbrio hidroeletrolítico. Hormônios ↑ H2O Aldosterona (↑Na+ ↓K+) ADH (↓ Urina) Mineral (65%) - Hidroxiapatita • Cálcio • Fósforo • Magnésio Matriz 35% • Colágeno I Células: Osteócitos: manutenção da matriz óssea; Osteoblastos: ajudam na reparação do osso fraturado/quebrado (sintetiza a matriz óssea); Osteoclastos: reabsorvem tecido ósseo (degrada a matriz óssea). A dosagem do fósforo é solicitada junto com outros testes como cálcio, paratormônio (PTH) e vitamina D (↑ cálcio) para auxiliar no diagnóstico e para monitorar o tratamento de doenças que causam desequilíbrio ósseo. DOSAGEM DE MINERAIS NO SANGUE E NA URINA Dosagem sérica e urina: Cálcio, Fósforo e Magnésio. 9- Biomarcadores Tumorais 1- Fosfatase Alcalina (ALP): Osso e Fígado 2- Lactato Desidrogenase (LDH) : Não Específico: Fígado,estômago, mama... 3- Antígeno prostático específico (PSA): Próstata 4- Alfa-fetoproteína (AFP): Carcinoma hepatocelular e células germinativas 5- Tireoglobulina (TG): Tireoide 6- Β-HCG: Câncer de Testículo e Ovário 7- Antígeno Carcinoembriogênico (CEA): Baixa especificidade, gastrointestinal, pulmão, ovário, reto, mama e útero. 8- CA 15-3: Mama 9- CA 125: Ovário 10- CA 19-9: Pâncreas/Vesícula/ Gástrico Hematologia Eritrócito ou Hemácia HEMOGRAMA Leucócitos Leucócitos Exame hematológico mais solicitado; Consiste na análise qualitativa e quantitativa das células sanguíneas; Fornece parâmetros para controle e auxílio no diagnóstico das anemias, de vários processos infecciosos e de alterações no número das plaquetas. • Em mamíferos, apresentam forma de discos bicôncavos anucleados. • A principal característica fisiológica dos eritrócitos é a deformabilidade, que facilita a sua passagem pelos capilares. • Após a perda da maleabilidade, os eritrócitos são retirados da circulação e levados para o baço, onde ocorre a hemocaterese. EXTENSÃO SANGUÍNEA Como visualizamos estas células? • Extensão sanguínea • Coloração da extensão sanguínea COLORAÇÃO SANGUÍNEA São misturas que contem eosina e azul de metileno dissolvidos em metanol Na solução envelhecida (após dias do preparo do corante), o azul de metileno se oxida em gradações diferentes, originando os azures de metileno. May-Grunwald ou Jenner Giemsa Leishman Wright Corantes do Tipo Romanovsky Encontrados no comércio na forma de reagentes ou em soluções já preparadas pelo fornecedor • Anisocitose: alteração no tamanho da hemácia, que pode ser microcítica, normocítica ou macrocítica; • Anisocromasia: alteração na cor da hemácia, de acordo com a carga de hemoglobina, podendo ser hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica; • Poiquilocitose: alteração na forma da hemácia, que pode apresentar forma de foice, na anemia falciforme, dacriócitos, estomatócitos etc. As alterações morfológicas podem ser agrupadas em três grandes grupos: • Anisocitose: Tamanho • Anisocromasia: Cor • Poiquilocitose: Forma Reconhecendo a presença de aglutininas e aglutinogênios, fica claro que alguns tipos sanguíneos não são compatíveis com outros. Ao colocar sangue A em uma pessoa de tipo sanguíneo B, a aglutinina anti-A aglutina as hemácias do doador. Isso também ocorrerá se sangue B for colocado em uma pessoa de sangue tipo A, a qual possui anticorpos anti-B. O sangue AB não possui aglutininas em seu plasma e, portanto, pode receber sangue de pessoas de qualquer tipo sanguíneo. Já a pessoa de sangue tipo O não pode receber sangue de nenhum outro tipo sanguíneo, uma vez que possui aglutinina anti-A e anti-B. Anti-B Anti-A XAnti- A e B Podemos concluir que o sangue tipo O é um doador universal (não possui aglutinogênio) só pode receber sangue tipo O. O sangue AB é receptor universal, pois pode receber sangue de qualquer tipo, porém só pode doar para ele mesmo. O sistema ABO reúne os grupos sanguíneos descobertos no início do século XX por Karl Landsteiner. Em seus estudos, o pesquisador percebeu que existia uma incompatibilidade sanguínea entre algumas pessoas e, quando ocorria a mistura de alguns tipos de sangue, ocorria a aglutinação. Landsteiner e sua equipe, então, classificaram o sangue em quatro tipos: A, B, AB e O. Surgia aí o sistema ABO. Tipagem Sanguínea Como são Produzidas as Células Sanguíneas? A medula óssea (tecido encontrado no interior dos ossos também conhecido popularmente por “tutano”) tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. O que é Medula Óssea? • Medula vermelha : Ao nascermos todos os nossos ossos contêm medula capaz de produzir sangue • Medula amarela : Com a passagem dos anos, a maior parte da medula vai perdendo sua função, sendo substituída por tecido gorduroso A medula óssea se localiza na parte esponjosa dos ossos chatos (por exemplo, a bacia), onde o desenvolvimento das células do sangue acontece. A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação de 24 horas. A medula é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções. O procedimento leva em torno de 90 minutos. A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana após a doação. Método de doação chamado coletapor aférese • O doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco (células mais importantes para o transplante de medula óssea) circulantes no seu sangue. • Após esse período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as células- tronco e devolve os eelemento do sangue que não são necessários para o paciente. • Não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia. Imunologia Clínica As células são acondicionadas em uma bolsa de criopreservação de medula óssea, congeladas e transportadas em condições especiais (maleta térmica controlada com termômetro, em temperatura entre 4 Cº e 20 Cº) até o local onde acontecerá o transplante. A Imunologia Clínica é a especialidade da medicina que faz o diagnóstico e o tratamento das doenças que afetam o funcionamento do sistema imunológico. Sistema Imunológico É o sistema responsável pela defesa do organismo contra a ação de agentes patogênicos (que causam doenças). Imunidade Adaptativa Quando microorganismos ou agentes patogênicos conseguem escapar das defesas inespecíficas do corpo, é necessária a ação da resposta imunológica específica (adquirida/adaptativa). Tipos de Imunidades Específicas 1- Imunidade Humoral (Produção de Anticorpos por Linfócitos B); 2- Imunidade Celular (Mediada por Linfócitos T). Imunidade Humoral Uma vez produzidos os anticorpos, eles podem ser quantificados por testes imunológicos por meio de reações antígeno-anticorpo. Os anticorpos podem ficar armazenados na nossa resposta imunológica de memória para nos defender em próximas infecções. SOROLÓGICOS RÁPIDOS Diagnóstico sorológico das hepatites Diagnóstico sorológico do HIV Diagnóstico sorológico da dengue Diagnóstico sorológico COVID Diagnóstico sorológico VDRL Proteína C Reativa Fator Reumatóide Toxoplasma ASLO O Laboratório de Imunologia Clínica desenvolve análises sobre a resposta imunológica a infecções causadas por fungos, vírus, protozoários e micobactérias e à vacinação. IMUNOENSAIO ELISA Alérgenos do alimento Detectando vírus usando vírus Detecção de anticorpos da plaqueta Leishmaniose URINÁLISE Urinálise é a análise da urina com fins de diagnóstico ou prognóstico de estados fisiológicos ou patológicos. Consiste em uma subespecialidade da Patologia clínica. A análise da urina é um dos métodos mais comuns de diagnóstico médico. Preparando o Paciente Alterações na urina não conservada adequadamente Obs: Analise no máximo 2h após a coleta EXAME DE URINA O exame de urina é considerado um exame de ROTINA. •O que você....... 》come, bebe, 》rotina de exercícios, 》funcionamento dos rins, 》distúrbios ou doenças 》podem afetar a sua aparência e composição normal da urina. Por isso esse exame é utilizado muitas vezes para confirmar ou rejeitar diagnósticos. CRITÉRIOS PARA SOLICITAÇÃO Avaliação médica de rotina: rastreio geral, avaliação pré-operatória, triagem de doença renal, diabetes mellitus, hipertensão arterial, doença hepática etc. Avaliação de sintomas particulares: dor abdominal, micção dolorosa, febre, sangue na urina ou outros sintomas urinários. Diagnóstico de condições médicas: Infecção do trato urinário, infecção renal, cálculos renais, diabetes descontrolada, insuficiência renal, proteína na urina, rastreio de drogas e inflamação renal. Monitoramento da progressão da doença e resposta à terapia: Doença renal relacionada ao diabetes, insuficiência renal, doença renal relacionada à pressão arterial, infecção renal etc. COLETA DE URINA A primeira amostra da manhã é ideal para o exame de urina de rotina; A região urogenital deve estar limpa e o primeiro jato de urina deve ser desprezado; Coletar urina do jato médio até cerca de 1/3 ou metade da capacidade do frasco; Desprezar o restante de urina no vaso sanitário; A qualidade do resultado depende da qualidade e confiabilidade da coleta da amostra. A coleta adequada é importante para evitar contaminação e a necessidade de realizar outro exame. Na coleta a domicílio, o laboratório fornece as orientações e o paciente deve entregar a urina no laboratório no prazo máximo de 2 horas após a coleta ou então manter a amostra refrigerada. Fazer higiene no local. A coleta é feita com coletor de urina infantil estéril, o qual deve ser trocado a cada 30 minutos e no máximo 1 hora até se obter a amostra. FRASCOS PARA COLETA A urina deve ser coletada em frasco limpo, seco e à prova de vazamento e descartável; Os recipientes devem ter boca larga para facilitar o uso, devem ser feitos de material que permita a fácil visualização da cor e aspecto da urina. Meta maior Diagnóstico e seguimento das doenças dos rins: Insuficiência renal, cistos renais, cálculos renais, esteatose, câncer do rim, infecção renal, estenose renal - vias urinárias Urina tipo 1: Preferencialmente a primeira urina da manhã, caso isso não ocorra, ficar sem urinar por pelo menos duas horas que antecedem a coleta. Cultura de urina (Urocultura): A coleta deverá ser realizada preferencialmente, de manhã cedo, pelo menos quatro horas após a última micção. Realizar higienização, coletar e entregar adequadamente a amostra ao laboratório. Urina de 24 horas: Pela manhã despreze toda a urina e anote o horário. A partir deste momento, toda vez que urinar recolha integralmente a urina de cada micção, colocando‐a no mesmo frasco de coleta (recipiente descartável). Se a quantidade de urina for maior que o frasco, use frascos adicionais para conter todo o volume de 24 horas. Atenção!! MÉTODOS DE ANÁLISE DE URINA Urinas com contaminações fecais, menstruação ou recipiente em más condições de assepsia serão rejeitadas e uma nova amostra será solicitada. Características físicas Bioquímicas Microscópicas Característica Física Aparência física ou macroscópica (cor, turbidez, odor e volume). ANÁLISE BIOQUÍMICA Amarelo escuro: pode indicar a presença de bilirrubina (característica de problemas hepáticos). Esbranquiçada: pode ser sinal de infecção bacteriana ou fúngicado trato urinário. Laranja: ingestão de alimentos ricos em betacaroteno, pode indicar doenças no fígado e também uso de certos medicamentos. Vermelha/marrom: indica a presença de sangue, hemácias, hemoglobina, mioglobina, porfirinas, excesso de bilirrubina. Pode estar relacionada a infecção urinária, problemas renais e também no fígado. Verde/azul: corantes, medicamentos e contraste utilizados em exames de diagnóstico. Leucócitos: indica doença do trato urinário e inflamação renal. Hemácias: infecções, pedras nos rins e doenças renais graves. Células epiteliais: pode estar relacionada a algum problema renal grave, como síndrome nefrótica. Cristais: podem indicar cálculos renais. Parasitas: infecção por cândida ou protozoários. Bactérias ou leveduras: infecção urinária. ANÁLISE MICROSCÓPICA REVELA PRESENÇA DE CÉLULAS, CRISTAIS MINERAIS E AGENTES PATOGÊNICOS, COMO BACTÉRIAS OU FUNGOS. ATLAS DE URINÁLISE Cristais Hemácias MICRORGANISMOS Milhares de microrganismos vivem no interior e ao redor de nossos corpos e, muitos deles, podem ocasionar doenças graves. Para estudar os microrganismos foram desenvolvidas diversas técnicas para isolar e identificar o agente em laboratório. Classificação Estrutura Reprodução Hereditariedade Atividades Bioquímicas Nutrição Atividades e relações entre si e com outros seres vivos Habilidade em causar mudanças físicas e químicas no ambiente MICROBIOLOGIA CLÍNICA Microbiologia: Mikros (=pequeno) + Bio (=vida) + logos (+ciência) A Microbiologia é classicamente definida como a área da ciência que dedica-se ao estudo de organismos que somente podem ser visualizados ao microscópio. Assim, a microbiologia envolve o estudo de organismos procarióticos (bactérias), eucarióticos (algas, protozoários, fungos) e também seres acelulares (vírus). O QUE SE ESTUDA NA MICROBIOLOGIA? A microbiologia clínica tem um papel importante no diagnóstico e controle de doenças infecciosas. Porém a qualidade da análise está diretamente relacionada a qualidade de espécime coletado do paciente, a maneira como é transportado e as técnicas para detecção do microrganismo na amostra. Meio Stuart: Haemophilus spp., Pneumococcus, Salmonella spp., Shigella spp. Agar Nutriente: Leite, Alimentos, Água - Bacilos Gram positivos. Agar CLED: Urina- Gram positivos, Gram negativos e leveduras. Agar MacConkey: Isolar bacilos Gram negativos (enterobactérias e não fermentadores) e verificar a fermentação ou não da lactose. Agar Salmonella Shigella (SS): Selecionar e isolar espécies de Salmonella e Shigella, em amostras de fezes, alimentos e água, lactose + (rosa) ou – (transparente). Agar Sabouraud Dextrose: Cultivo e crescimento de espécies de Candidas e fungos filamentosos, particularmente associados a infecções superficiais. Agar Sal Manitol: Meio seletivo utilizado para o isolamento de estafilococos. Agar Mueller Hinton: Teste de avaliação da resistência aos antimicrobianos pelos métodos de difusão em disco e e-test para enterobactérias, não fermentadores, Staphylococcus, Enterococcus sp. A maioria dos testes baseia-se na capacidade de crescimento do microrganismo. Assim, as condições de coleta e transporte são fundamentais para garantir a viabilidade do patógeno. Mas o que é necessário para cultivar microrganismos em laboratório? MORFOLOGIA Coco: De forma esférica ou subesférica ( do gênero Staphylococcus) Bacilo ou Bastonete: Em forma de bastonete (do gênero Bacillus); Vibrião: Em forma de vírgula (do gênero Vibrio); Espiroqueta: Em forma de espiral (do gênero Treponema e Leptospira). Bactérias Gram-positivas são aquelas cujas paredes celulares não perdem a cor azul-arroxeada quando submetidas a um processo de descoloração depois de terem sido coloridas pela violeta de genciana. As que assumem um tom róseo avermelhado quando submetidas ao mesmo processo são ditas Gram- negativas. 3- Exigências Nutricionais: Autotróficas X Heterotróficas. A maioria das espécies bacterianas de interesse médicos apresentam nutrição heterotrófica, ou seja, tanto a fonte de energia quanto a de átomos são moléculas orgânicas que a bactéria ingere como alimento. 4- Tipagem Enzimática: Enzimas do Metabolismo: - Enzimas Respiratórias (pesquisa de catalase) - Metabolismo Glicídico – a maioria das bactérias utiliza os hidratos de carbono hidrolisando-os até a formação de ácidos com consequente alteração do PH do meio. Em alguns casos essa hidrólise conduz a formação de gases. 5 Enzimas Extracelulares e Toxinas - Pesquisa de Coagulase: A presença desta enzima indica patogenicidade; na presença de plasma, os produtores de coagulase (como Staphylococcus aureus) vão desencadear os mecanismos da coagulação. - Pesquisa de enzimas hidrolíticas: esta prova tem a sua principal aplicação na caracterização de espécies do gênero Streptococcus, alguns dos quais elaboram enzimas hemolíticas. DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA CLÍNICA A parasitologia é uma ciência biomédica que estuda parasitas e protozoários causadores de doenças no corpo humano, tendo como principal objetivo o tratamento destas condições. São várias as doenças causadas por estes microorganismos, como a malária, a amebíase, a leishmaniose, entre outras, por isso é importante que o profissional além de conhecer bem o ciclo de vida dos parasitas, também entenda suas formas de infestação, identificando padrões que podem apontar uma possível epidemia, para notificar os órgão de saúde e promover políticas de prevenção e reabilitação. Atlas de Parasitologia Iodomoeba bütschilii Ascaris lumbricoides Ascaris lumbricoides infantil Anciliostomídeo Entamoeba coli Entamoeba histolyca Giardia lambia Endolimax nana Trichuris trichira Enterobius vermicularis E-book oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a professora Kaline Sousa cessetembro
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