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12-PlanoDeAula_109239

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Plano
de Aula: Teoria e
Prática da Argumentação Jurídica
TEORIA E
PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
Título
Teoria e Prática da Argumentação Jurídica
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
12 
Tema
Produção do texto jurídico argumentativo
Objetivos
- Produzir fundamentação e
conclusão do texto jurídico-argumentativo
Estrutura do Conteúdo
1.
Planejamento do texto argumentativo
1.1.
Situação de conflito
1.2. Tese
1.3.
Contextualização do real
1.4.
Hipóteses
2.
Produção da fundamentação jurídica
2.1.Uso
de tipos de argumento diversificados
3.
Conclusão
Aplicação Prática Teórica
Vimos, ao
longo do semestre, as características do texto jurídico-argumentativo e suas
condições de produção. Refletimos, ainda, sobre as principais estratégias
argumentativas e conhecemos os tipos de argumento disponíveis ao profissional
do direito.
Adiante,
você encontrará um texto que trata de mais uma questão polêmica: a indenização
por danos morais decorrente de falha em dispositivo contraceptivo que
possibilita a gravidez de consumidora.
 
QUESTÃO DISCURSIVA
Leia o
caso concreto e identifique cada um dos elementos da argumentação: situação de
conflito, tese, contextualização do real e hipóteses. Produza também, em um
texto de até 30 linhas, a fundamentação e a conclusão para a questão trazida à
discussão.
 
Caso
concreto
O MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, por meio do Promotor de Justiça
infra-assinado, em esteio de suas atribuições constitucionais e consoante o
disposto no art. 220 da Carta Federal e o artigo 149 da Lei n. 8.069/90 –
Estatuto da Criança e do Adolescente – vem, através do presente, na defesa de
interesse difuso afeto aos adolescentes, narrar os fatos adiante aduzidos para,
posteriormente, requerer o seguinte:
1) O Requerente é Titular
da 7ª. Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da Comarca da Capital,
Órgão de Execução com atribuição para o processamento dos adolescentes
envolvidos em práticas infracionais no Rio de Janeiro e, concorrentemente, com
atribuição para oficiar perante a Justiça da Infância e da Juventude.
2) Como é por demais sabido,
diferentemente do que ocorre em outras Comarcas do País, no Rio de Janeiro há
uma característica peculiar: cerca de 70% (setenta por cento) das apreensões de
adolescentes infratores referem-se a tráfico de substâncias entorpecentes (art.
33 da Lei n. 11.343/06), aumentando ainda mais esse percentual quando,
independentemente do tipo de ato infracional perpetrado, a sua origem se dá não
só por envolvimento, mas também o uso (artigos 20 a 26 da Lei n. 11.343/06),
de substâncias entorpecentes ou que causam dependência física ou psíquica.
3) No último dia 16 de
março do corrente ano, entrou em circuito o filme “Traffic”, dirigido por Steven Soderbergh, recomendado nacionalmente
pela Coordenadoria Geral de Classificação, Títulos e Qualificação da Secretaria
Nacional de Justiça para “maiores de 18 anos de idade”, impossibilitando dessa
forma que os adolescentes habitantes desta Cidade do Rio de Janeiro possam,
sozinhos, assistir à referida produção.
4) O filme em questão
retrata o submundo do narcotráfico nos Estados Unidos e mostra uma realidade
muito próxima do que ocorre no Rio de Janeiro, onde os adolescentes que são
apreendidos e chegam à Justiça da Infância e da Juventude têm como motivo
principal o envolvimento no mundo das drogas.
5) Em reportagem veiculada
hoje pela Imprensa (em anexo), especialistas em drogas puderam emitir suas
opiniões e parecem concordar com o Ministério Público quando priorizam a
educação na difícil tarefa de combater o tráfico de drogas. Segundo Maria
Thereza de Aquino, Diretora do NEPAD, o filme “tem o mérito de tratar a questão sem preconceito ou falsos moralismos. Saídas? Há, sim. Elas dependem
de nós”.
6. EX POSITIS, pelas razões
aduzidas, requer o Ministério Público seja autorizada judicialmente, mediante
Alvará, a entrada de adolescentes desacompanhados dos pais ou responsável, a
partir de 16 anos, nos estúdios de exibição da Cidade do Rio de Janeiro,
intimando-se a direção da Europa Filmes, Distribuidora do Filme “Traffic” e o Departamento de
Classificação Indicativa do Ministério da Justiça, para a ciência e demais
providências cabíveis.
 
Se julgar pertinente, recorra às fontes a seguir:
Art. 220 da CRFB: A manifestação do
pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo
ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta
Constituição.
Art. 149, I, “e” do ECA:
Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou autorizar,
mediante alvará, a entrada e permanência de criança ou adolescente,
desacompanhado dos pais ou responsável, em estúdios cinematográficos, de
teatro, rádio e televisão.
Art. 33 da Lei n. 11.343/06: Importar, exportar, remeter, preparar,
produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena -
reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
Art. 20 da Lei n. 11.343/06: Constituem atividades de atenção ao
usuário e dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito desta Lei,
aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos e dos
danos associados ao uso de drogas.

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