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Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13/28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (21) 3974-2300 Fax: (21) 2240-8249/2220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 2003, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados AGO 2003 NBR 14974-2 Bloco sílico-calcário para alvenaria Parte 2: Procedimentos para execução de alvenaria Origem: Projeto 02:155.22-002:2002 ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02:155.22 - Comissão de Estudo de Bloco Sílico-Calcário NBR 14974-2 - Calcium silicate bricks for mansory - Part 2: Procedure for application Descriptors: Bricks. Masonry Válida a partir de 29.09.2003 Palavras-chaves: Bloco. Alvenaria 9 páginas Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências nor mativas 3 Definições 4 Requisitos gera is 5 Requisitos específicos 6 Inspeção Prefácio A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. A NBR 14974 é constituída pelas seguintes parte, sob o título geral “Bloco sílico-calcário para alvenaria”: - Parte 1: Requisitos, dimensões e métodos de ensaio; - Parte 2: Procedimentos para execução de alvenaria. 1 Objetivo Esta parte da NBR 14974 fixa os requisitos exigíveis que devem ser obedecidos na execução e no controle de obras em alvenaria estrutural (não armada, autoportante e armada) com blocos sílico-calcários maciços, perfurados e vazados. 2 Referências no rmativas As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta parte da NBR 14974. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. NBR 5732:1991 - Cimento Portland comum - Especificação NBR 5733:1991 - Cimento Portland de alta resistência inicial - Especificação D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 07 /2 02 0 13 :0 9: 40 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E FE D ER AL D O R IO G R AN D E D O S U L Documento impresso em 24/07/2020 13:09:40, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL NBR 14974-2:20032 NBR 5735:1991 - Cimento Portland de alto-forno - Especificação NBR 5736:1991 - Cimento Portland pozolânico - Especificação NBR 5737:1992 - Cimentos Portland resistentes a sulfatos - Especificação NBR 5738:1994 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismaticos de concreto - Procedimento NBR 5739:1994 - Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos - Método de ensaio NBR 5741:1993 - Extração e preparação de amostras de cimentos - Procedimento NBR 6471:1998 - Cal virgem e cal hidratada - Retirada e preparação de amostra - Procedimento NBR 7175:2003 - Cal hidratada para argamassas - Requisitos NBR 7211:1983 - Agregado para concreto - Especificação NBR 7215:1996 - Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão NBR 7480:1996 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado - Especificação NBR 8215:1983 - Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural - Preparo e ensaio à compressão - Método de ensaio NBR 8798:1985 - Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto - Procedimento NBR 9287:1986 - Argamassa de assentamento para alvenaria de bloco de concreto - Determinação da retenção de água - Método de ensaio NBR 11578:1991 - Cimento Portland composto - Especificação NBR 12655:1996 - Concreto - Preparo, controle e recebimento NBR 13281:2001 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Requisitos NBR 14974-1:2003 - Bloco sílico-calcário para alvenaria - Parte 1: Requisitos, dimensões e métodos de ensaios NBR NM 26:2001 - Agregados - Amostragem NBR NM 67:1998 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone ASTM-C-91:2001 - Standard Specification for Masonry Cement BS 5628-1:1992 - Code of pratice for use of masonry. Structural use of unreinforced masonry DIN 106:1980 - Kalksandsteine - Vollsteine, Lochsteine, Blocksteine, Hohlblocksteine - Teil 1 DIN 106:1980 - Kalksandsteine - Vormauersteine und Verblender - Teil 2 DIN 18.555:1982 - “Mörtel aus mineralischen Bindemitteln, Prüfung” (Argamassas de aglomerantes minerais; Ensaios) 3 Definições Para os efeitos desta parte da NBR 14974, aplicam-se as seguintes definições: 3.1 estruturas de a lvenaria não armada de blocos sílico-calcários: Estruturas de alvenaria em que as paredes suportam cargas além do seu peso próprio, não possuindo armaduras verticais e possuindo uma cinta horizontal nas aberturas de vãos (vergas e contravergas) e na última fiada do último pavimento, onde será apoiada a laje de cobertura e, em alguns casos, ligações entre paredes de topo (ferros de amarração ou tela). Os blocos em geral são do tipo maciço ou perfurado. Conforme DIN 106 - Partes 1 e 2. 3.2 estruturas de a lvenaria armada de blocos sílico-calcários: Estruturas de alvenaria nas quais são dispostas armaduras ao longo do componente estrutural, constituindo um todo solidário com os elementos da alvenaria, para resistir aos esforços calculados. Os blocos em geral são vazados. 3.3 parede: Componente laminar vertical, apoiado de modo contínuo em toda a sua base, com comprimento maior que 1/5 de sua altura. 3.3.1 parede estrutu ral: Toda parede admitida no projeto como suporte de outras cargas, além de seu peso próprio. 3.3.2 parede de veda ção: Toda parede não admitida no projeto como suporte de outras cargas, além de seu peso próprio. 3.3.3 parede de cont raventamento: Toda parede estrutural admitida no projeto para absorver forças horizontais provenientes de ações externas e/ou de efeitos de 2ª ordem. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 07 /2 02 0 13 :0 9: 40 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E FE D ER AL D O R IO G R AN D E D O S U L Documento impresso em 24/07/2020 13:09:40, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL NBR 14974-2:2003 3 3.4 pilar: Compone nte estrutural vertical em que a maior dimensão de sua seção transversal utilizada no cálculo do esforço resistente é menor do que 1/5 de sua altura. 3.5 cinta: Componente estrutural apoiado continuamente na parede, ligado ou não às lajes ou vergas das aberturas, com a finalidade de transmitir cargas uniformes à parede que lhe dá apoio ou ainda servir de travamento e amarração. 3.6 coxim: Componente estrutural não contínuo apoiado na parede, possuindo relação de comprimento para altura menor ou igual a 3, com a finalidade de distribuir cargas concentradas à parede que lhe dá apoio. 3.7 verga e contra verga: Componente estrutural colocado sobre ou sob os vãos de aberturas das paredes, com a finalidade de transmitir esforços verticais aos trechos de parede adjacentes às aberturas. 3.8 enrijecedor: Componente estrutural, horizontal ou vertical, vinculado a uma parede estrutural, com a finalidade de obter enrijecimento na direção perpendicular à parede. O enrijecedor pode ser embutido total ou parcialmente na parede, podendo, quando vertical, absorver cargas segundo seu eixo. 3.9 travamento: Componente estrutural do tipo barra, cuja função é limitar ouanular deslocamentos normais ao plano dos esforços solicitantes de outros componentes estruturais a ele vinculados externamente. 3.10 excentricidade : Distância do eixo baricêntrico do componente estrutural ao eixo da resultante das cargas. 3.11 excentricidade estrutural: Excentricidade resultante da posição prevista para a carga. 3.12 excentricidade acidental: Excentricidade resultante de imprecisão na execução. 3.13 juntas de traba lho: Juntas usualmente verticais e interrompidas, criadas nos painéis de alvenaria e que seccionam todos os elementos, apenas para expansão da alvenaria. 3.14 juntas de dilatação: Juntas usualmente verticais e contínuas que seccionam todos os componentes estruturais, isolando trechos da construção. 3.15 argamassa de assentamento: Componente utilizado na ligação entre os blocos sílico-calcários, garantindo distribuição uniforme de esforços, a estanqueidade da alvenaria e a absorção de deformações naturais a que a alvenaria estiver sujeita (com baixo módulo de elasticidade e resiliência adequada). É composta de cimento, agregado miúdo, água e cal ou outro aditivo, com as seguintes propriedades: trabalhabilidade (consistência, plasticidade e coesão); retenção suficiente de água, para que uma elevada sucção do elemento não prejudique suas funções primárias; resistência à compressão final adequada para não comprometer a alvenaria, nunca sendo mais resistentes que os componentes que os une; aderência adequada aos componentes para garantir a resistência de esforços de cisalhamento e tração; e durabilidade. 3.16 graute: Compo nente para preenchimento dos vazios dos blocos e canaletas de concreto para solidarização da armadura a estes elementos e aumento da capacidade portante, composto de cimento, agregado miúdo (areia), agregado graúdo (pedrisco), água e cal ou outra adição, que lhe confira plasticidade, retenção de água de hidratação à mistura, módulo de elasticidade e resistência à compressão adequados. 3.17 dosagem: Proc edimento para o estabelecimento do traço de uma argamassa ou um graute. Deve estar de acordo com NBR 12655. 3.18 traço: Expressã o das proporções adequadas a cada caso, entre as quantidades dos materiais que compõem argamassa ou graute. 3.19 controle de produção: Conjunto de operações que permite ao produtor manter a qualidade do produto dentro de padrões preestabelecidos. 3.20 controle de ace itação: Conjunto de verificações destinadas a comprovar se o produto atende a padrões previamente estabelecidos nas especificações e no projeto da obra. 3.21 argamassas in dustrializadas: Produtos aos quais falta obrigatoriamente água e opcionalmente cimento, para se obter, através da mistura adequada determinada pelo fabricante, uma argamassa. Conforme DIN 18555. 3.22 grauteamento: Conjunto de operações de preparo dos vazios dos blocos e canaletas, lançamento, adensamento e cura do graute. 3.23 módulo de elas ticidade: Coeficiente de proporcionalidade entre as forças que atuam no domínio elástico sobre um material e as deformações causadas por estas forças. 4 Requisitos gerais 4.1 Materiais e componentes 4.1.1 Blocos Os blocos devem atender à NBR 14974-1. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 07 /2 02 0 13 :0 9: 40 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E FE D ER AL D O R IO G R AN D E D O S U L Documento impresso em 24/07/2020 13:09:40, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL NBR 14974-2:20034 4.1.2 Argamassa de assentamento e graute 4.1.2.1 Materiais e componentes Os materiais e componentes são os seguintes: a) cimento: - cimento Portland comum (deve atender à NBR 5732); - cimento Portland de alta resistência inicial (deve atender à NBR 5733); - cimento Portland de alto forno (deve atender à NBR 5735); - cimento Portland pozolânico (deve atender à NBR 5736); - cimento Portland de moderada resistência a sulfatos e moderado calor de hidratação e cimento Portland de alta resistência a sulfatos (devem atender à NBR 5737); - cimento Portland composto (deve atender à NBR 11578); b) cal hidratada (deve satisfazer os requisitos da NBR 7175); c) agregados (deve atender à NBR 7211); d) água: - a água destinada ao amassamento da argamassa e do graute deve ser isenta de teores prejudiciais de substâncias estranhas, devendo possuir pH entre 5,8 e 8,0; e) aditivos e adições; - os aditivos e adições devem obedecer as normas brasileiras (especificações) ou, na falta destas, se suas propriedades tiverem sido verificadas experimentalmente em laboratório nacional idôneo, tendo sido considerados satisfatórios; - para fins desta Norma, são permitidos os óxidos puros minerais como corantes. 4.1.2.2 Argamassa industrializada Deve atender as condições de 3.18 e da NBR 8798. 4.1.2.3 Dosagem A dosagem estabelece o traço da argamassa e/ou graute, que lhe confira a resistência e a trabalhabilidade desejadas. Deve-se levar em consideração a correlação entre as características de resistência e durabilidade da argamassa e/ou graute e a relação água/cimento, a trabalhabilidade (expressa pela consistência) e as seguintes condições: a) a fixação da relação água/cimento deve decorrer: - da resistência de dosagem aos 28 dias (fad28 ou fgd28), ou na idade prevista para que a resistência seja atingida; - das peculiaridades da obra relativas à sua durabilidade, tais como impermeabilidade, resistência à ação de líquidos e gases agressivos, a altas temperaturas e variações bruscas de temperatura e umidade, e relativas à prevenção contra retração exagerada; b) a trabalhabilidade deve ser compatível com as características dos materiais constituintes, com o equipamento a ser empregado no preparo da argamassa e/ou graute, e no adensamento, no caso do graute; c) a dimensão máxima do agregado do graute deve ser inferior a 1/3 da menor dimensão dos furos a preencher; d) o teor de cal em relação ao cimento (em volume), não deve ser inferior aos limites de 0,50 para argamassas e de 0,10 para grautes; este teor dependerá da capacidade de retenção de água necessária à hidratação do cimento e diminuição da retração. 4.1.2.4 Desempenho A argamassa e o graute devem atender as exigências da tabela 1. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 07 /2 02 0 13 :0 9: 40 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E FE D ER AL D O R IO G R AN D E D O S U L Documento impresso em 24/07/2020 13:09:40, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL NBR 14974-2:2003 5 Tabela 1 - Exigências mínimas para argamassa e graute Propriedade Argamassa Graute Exigência Método Exigência Método Consistência 1) 230 mm ± 10 mm NBR 7215 20 cm ± 3 cm3) NBR NM 26 Retenção de água ≥ 90% ASTM C-912) - - Resistência à compressão axial ≥ 4 MPa NBR 7215 ≥ 14 MPa ou ≥ fgkj 4) NBR 5738 NBR 5739 1) É a medida no máximo após 15 min do amassamento com a quantidade máxima de água a ser empregada. 2) Até que se publique norma brasileira sobre o assunto. 3) De 17 cm a 20 cm para adensamento por apiloamento; de 20 cm a 23 cm para adensamentos pelo peso próprio do material (quando o graute é simplesmente vertido nos furos da alvenaria); quando for usado vibrador mecânico adequado, a consistência deve ser a menos fluida possível. 4) fakj e fgkj = resistências características à idade de j dias, expressas no projeto da obra, respectivamente para a argamassa e o graute. 4.1.3 Aço O aço deve atender à NBR 7480. 4.1.4 Controle de aceitação 4.1.4.1 Blocos Os blocos devem atender à NBR 14974-1. 4.1.4.2 Cimento A amostra deve obedecer aos critérios da NBR 5741. 4.1.4.3 Cal hidratada A amostra deve obedecer aos critérios da NBR 6471. 4.1.4.4 Agregados A amostra deve obedecer aos critérios da NBR NM 67. O controle de aceitação deve seguir o prescrito na NBR 7211. 4.1.4.5 Aditivos De cada fornecimento de aditivo deve ser retirada uma amostra de 1 L, ou quantidade de pó para 1 L, para eventuais comprovações de composição e/ou desempenho. 4.1.4.6 Argamassa (fe itas naobra ou industrializadas) 4.1.4.6.1 Consistência A consistência da argamassa deve obedecer à NBR 7215 ou NBR NM 26. 4.1.4.6.2 Traço em volume O traço em volume deve ter um registro de execução. 4.1.4.6.3 Resistência à compressão A resistência à compressão aos 28 dias faj deve obedecer à NBR 5739. 4.1.4.6.4 Retenção de água A retenção de água deve obedecer à NBR 9287. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 07 /2 02 0 13 :0 9: 40 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E FE D ER AL D O R IO G R AN D E D O S U L Documento impresso em 24/07/2020 13:09:40, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL NBR 14974-2:20036 4.1.4.6.5 Módulo de elat icidade O módulo de elasticidade é dado pela seguinte equação: Ea = 1 000 x faj Onde faj é a resistência à compressão aos 28 dias. 4.1.4.7 Aço O controle e as condições de aceitação são os prescritos na NBR 7480. 4.1.5 Armazenamen to 4.1.5.1 Blocos Os blocos devem ser armazenados sobre local limpo, seco e plano, preferencialmente sobre base de areia compactada ou piso cimentado. As pilhas devem ter altura máxima que possibilitem o seu manuseio (de 1,50 m a 2,5 m), devendo ser protegidas da chuva. 4.1.5.2 Cimento O cimento deve ser armazenado em local protegido da ação das intempéries, da umidade do solo, paredes ou tetos de depósitos e de outros agentes nocivos às suas qualidades, tomando o cuidado de não misturar lotes recebidos em épocas diversas, para facilitar a inspeção e promover o uso na ordem cronológica de recebimento. Para período de armazenamento menor que 15 dias, pode-se utilizar pilhas com até 15 sacos; se o período de armazenamento for maior, as pilhas terão no máximo 10 sacos. 4.1.5.3 Cal hidratada A cal hidratada deve ser armazenada em local protegido da ação das intempéries, da umidade do solo, paredes ou tetos de depósitos e de outros agentes nocivos às suas qualidades, tomando o cuidado de não misturar lotes recebidos em épocas diversas, para facilitar a inspeção e promover o uso na ordem cronológica de recebimento. 4.1.5.4 Agregados Os agregados miúdos e graúdos devem ser depositados em plataformas separadas, para evitar que se misturem com outros agregados ou mesmo materiais estranhos que venham a prejudicar sua qualidade. Os montes de estocagem devem ter sistema de drenagem adequado. 4.1.5.5 Argamassa industrializada Deve-se seguir as recomendações do fabricante, desde que atendam à NBR 13281. 4.1.5.6 Aço O armazenamento deve ser feito sobre suportes que não permitam o contato do aço com o solo. O período de armazenamento deve ser pequeno o suficiente para evitar oxidação do material e deposição de agentes nocivos presentes no ar. 4.2 Execução 4.2.1 Argamassa Quando da utilização de argamassa tipo (iii), descrita na tabela 2, recomenda-se o seguinte procedimento: a) preparar com água até saturação uma argamassa de cal hidratada e areia média a fina peneirada no traço 1:5, devendo deixar descansar (curtir) por dois a três dias; b) adicionar cimento a esta argamassa de cal e areia, na proporção em volume de 1:6 (cimento:argamassa). O amassamento, manual ou mecânico, deve ser feito até obter uma mistura homogênea, acrescentando água até a saturação. Outros traços podem ser utilizados mediante ensaios que garantam as condições necessárias de resistência, plasticidade e módulo de elasticidade. Para os demais tipos de argamassa, devem ser obedecidos os mesmos procedimentos. Para argamassas industrializadas, devem ser seguidas as recomendações do fabricante, desde que atendam à NBR 13281. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 07 /2 02 0 13 :0 9: 40 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E FE D ER AL D O R IO G R AN D E D O S U L Documento impresso em 24/07/2020 13:09:40, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL NBR 14974-2:2003 7 Tabela 2 - Argamassas recomendadas (proporções em volume)1) Argamassa tipo Tipo de argamassa Proporção em volume Resistência média à compressão aos 28 dias N/mm² Cimento: cal: areia cimento de alvenaria: areia Cimento: areia com plastificante ensaios preliminare (de laboratório) Ensaios in loco (i) 1:0 a ¼:3 - - 16,0 11,0 (ii) 1:½:4 a 4 ½ 1:2 ½ a 3 ½ 1:3 a 4 6,5 4,5 (iii) 1:1:5 a 6 1:4 a 5 1:5 a 6 3,6 2,5 Aumento da resistência Aumento da capacidade de acomodação de movimentos devidos ao assentamento, variações de temperatura e umidade (iv) 1:2:8 a 9 1:5 ½ a 6 ½ 1:7 a 8 1,5 1,0 A direção da mudança nas propriedades é mostrada pelas setas Aumento da resistência ao congelamento durante a construção Melhoria das juntas e conseqüente resistência à penetração da chuva - 4.2.2 Graute Os materiais constituintes devem ser medidos de acordo com o traço estabelecido, respeitando uma tolerância de 3% para cimento, cal hidratada, agregados miúdo e graúdo e água, e de 5% para os aditivos. O amassamento, manual ou mecânico, deve ser feito até obter uma mistura homogênea. O transporte do graute para o local de lançamento deve ser efetuado em um tempo compatível com o início da pega do cimento, utilizando-se de um meio que não acarrete segregação ou desagregação de seus elementos. As demais recomendações devem seguir a orientação do projetista e de 4.2.2 da NBR 8798:1985. 4.2.3 Armações Devem ser utilizados aços de qualidades e categoria especificados no projeto. O dobramento, as emendas e os demais detalhes devem ser executados de acordo com o projeto e demais recomendações de 4.2.3 da NBR 8798:1985. 4.2.4 Assentamento A base para assentamento dos blocos deve estar devidamente plana e nivelada. Nivelamentos acima de 2,0 cm devem ser feitos com concreto de resistência (fck) maior do que a resistência do bloco (fbk). Primeiramente devem ser assentados os blocos situados nos cantos e nos encontros de paredes, sendo estes blocos denominados blocos-chave. Os blocos-chave marcam a posição exata das paredes, devendo ser assentados de acordo com a planta de modulação. A primeira fiada deve ser assentada entre os blocos-chave, respeitando a modulação que foi determinada pelo calculista/projetista. Nos cantos da edificação, devem ser colocados gabaritos de altura com a marcação das fiadas, de acordo com a altura do bloco utilizado, que servirá como base para a linha de nível. Em cada encontro de parede, levantam-se quatro fiadas em forma de escantilhão, mantendo-se o nível e o prumo. Devem ser respeitados os detalhes de amarrações de paredes previstos no projeto. Não deve ser assentado mais que 1,5 m de altura de alvenaria por dia. Nos casos em que a alvenaria não seja revestida, deve-se proceder ao acabamento da junta para comprimir a argamassa de encontro aos blocos (frisamento). O frisamento deve ser feito com o auxílio de uma ferramenta apropriada, que pode ser uma barra lisa com diâmetro de 5/8”, dobrada nas extremidades de uma desempenadeira. 4.2.5 Escoramento Deve obedecer os critérios de 4.2.4 da NBR 8798:1985. 4.2.5.1 Colocação da a rgamassa Deve obedecer os critérios de 4.2.5.2 da NBR 8798:1985. ________________ 1) Baseado na BS 5628-1:1992. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 07 /2 02 0 13 :0 9: 40 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E FE D ER AL D O R IO G R AN D E D O S U L Documento impresso em 24/07/2020 13:09:40, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL NBR 14974-2:20038 4.2.6 Grauteamento Deve obedecer aos critérios de 4.2.6 da NBR 8798:1985. 4.2.6.1 Lançamento Deve obedecer aos critérios de 4.2.6.2 da NBR 8798:1985. 4.2.6.2 Adensamento Deve obedecer aos critérios de 4.2.6.3 da NBR 8798:1985. 4.2.6.3 Cura Deve obedecer aos critérios de 4.2.6.4 da NBR 8798:1985. 5 Requisitos esp ecíficos 5.1 Controle de produção 5.1.1 Da argamassa O principal parâmetro de controle de produção é a consistência, podendo-se empregar a “Mesa de Fluidez” descrita na NBR 7215 ou o Tronco de Cone de Abrams, descrito na NBR NM 26. 5.1.2 Do graute O parâmetrode controle de produção a ser adotado deve ser a consistência, descrita na NBR NM 26. 5.1.3 Dos componentes O controle de produção deve basear-se na verificação das tolerâncias dimensionais da tabela 3. Tabela 3 - Tolerâncias dimensionais Fator Tolerância Junta horizontal Espessura padrão (10 mm) ± 5 mm1) Junta vertical Espessura padrão (10 mm) ± 5 mm Aprumo das paredes Até 15% da espessura da parede sem revestimento Alinhamentos horizontais ± 2 mm/m Superfície superior das paredes portantes Variação no nível entre elementos de piso adjacentes ± 1 mm/m Variação no nível dentro da largura de cada bloco isoladamente ± 1,5 mm 1) Tolerância referida às juntas de 10 mm de espessura nominal; nos demais casos, considerar 30% da espessura correspondente. NOTA - O aumento da espessura da argamassa, bem como desaprumos e desalinhamentos, reduzem a capacidade de carga das paredes, como indica BS 5628-1, tabela 7. 6 Inspeção 6.1 Controle de aceitação 6.1.1 Argamassa e g raute Para argamassas e grautes, o parâmetro de controle deve ser a resistência à compressão, obtida no ensaio de cilindros, moldados e rompidos de acordo com a tabela 4. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 07 /2 02 0 13 :0 9: 40 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E FE D ER AL D O R IO G R AN D E D O S U L Documento impresso em 24/07/2020 13:09:40, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL NBR 14974-2:2003 9 Tabela 4 - Métodos para ensaios de aceitação Procedimento de Dimensões Material Moldagem e cura Ruptura à compressão dos corpos-de-prova Argamassa NBR 5738 NBR 7215 Altura: Diâmetro: 10 cm 5 cm Graute NBR 5738 NBR 5739 Altura mínima: Diâmetro: 15 cm 7,5 cm 6.1.1.1 Amostragem As amostras de argamassa de assentamento e graute devem ser coletadas no mesmo dia da sua utilização. O número de corpos-de-prova deve seguir a NBR 7215 para a argamassa e a NBR 5739 no caso do graute. As amostras devem ser constituídas de argamassas ou grautes que utilizem os mesmos materiais, proporções e características. 6.1.1.2 Aceitação e rej eição A aceitação ou rejeição do lote terá como parâmetros os requisitos estabelecidos nesta Norma. Para resultado não-conforme, deve-se repetir o ensaio. Caso seja confirmada a não-conformidade, rejeita-se o lote. 6.1.1.3 Componentes O parâmetro de aceitação do componente parede deve ser a resistência à compressão medida no ensaio de prismas cheios ou ocos, conforme a NBR 8215. ________________ D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 07 /2 02 0 13 :0 9: 40 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E FE D ER AL D O R IO G R AN D E D O S U L Documento impresso em 24/07/2020 13:09:40, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL