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Estudos Disciplinares XIII Os Estudos Disciplinares (ED) são unidades de estudos de caráter obrigatório nos cursos de graduação da Universidade Paulista – UNIP. Tem por objetivo a formação inter e multidisciplinar. Os EDs utilizam a resolução sistemática de exercícios, indutores do desenvolvimento das competências e habilidades para sua área de formação. A avaliação de desempenho dos alunos nos Estudos Disciplinares resultará da combinação do seu aproveitamento nas diferentes atividades. Neste semestre, os Estudos Disciplinares serão realizados na forma de exercícios para o aprimoramento de habilidades de raciocínio lógico e de leitura e interpretação de textos, imagens, gráficos e tabelas. Para isso, os Estudos Disciplinares são compostos por questões, nas quais o aluno terá oportunidade de exercitar suas habilidades na leitura e solução de questões de múltipla escolha, que utilizam recursos de comunicação de diferentes formas, como charges, tirinhas de humor, gráficos, fotos, textos e outros. Formação Geral – Objetivos da Lei – Art. 43 – LDB V. suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI. estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; A relação ensino-aprendizagem em EaD precisa da participação e do protagonismo do aluno. Os Estudos Disciplinares são excelente contribuição para essa participação ativa do aluno. UNIDADE I Estudos Disciplinares Raciocínio Lógico Leitura e Interpretação de Textos Prof. Bruno César Argumentação Argumentar é a arte de convencer e persuadir. Convencer é saber gerenciar informações, demonstrando, provando – vencer junto com o outro. Razão Persuadir é saber gerenciar a relação, é falar à emoção do outro. Emoção Diferença entre convencer e persuadir: Convencer é construir algo no campo das ideias. O outro passa a pensar como nós. Por exemplo, as informações em circulação na sociedade. Auditório universal. Diferença entre convencer e persuadir: Persuadir é construir no terreno das emoções. É sensibilizar para agir. O outro realiza algo que desejamos que ele realize. Por exemplo, informações que circulam em contextos particulares. Auditório particular. Argumento lógico e quase lógico: Lógico é baseado em conhecimentos do real. Quase lógico são argumentos baseados na possibilidade. Exemplo de raciocínio lógico: “Quanto mais chove, mais o rio transborda.” Os argumentos são baseados nos conhecimentos prévios. Exemplo de raciocínio quase lógico: “O anão quanto mais sobe, menor se apresenta.” Ocorre uma ruptura com os conhecimentos prévios, indicando outras possibilidades. Exemplo de argumentação lógica e quase lógica: “Enquanto o professor falava, os alunos aprendiam.” “Enquanto o professor falava, os alunos dormiam.” No marco das cognições sociais que se referem aos conhecimentos prévios, o papel do professor é ensinar. Assim, ocorre uma nova circunstância. Interatividade (Questão 1 – ENADE 2009). A urbanização no Brasil registrou um marco histórico na década de 1970, quando o número de pessoas que viviam nas cidades ultrapassou o número daquelas que viviam no campo. No início deste século, em 2000, segundo dados do IBGE, mais de 80% da população brasileira já era urbana. Considerando essas informações, estabeleça a relação entre as charges. Com base nas informações dadas e na relação proposta entre as charges, é correto afirmar que: a) A primeira charge é falsa, e a segunda é verdadeira. b) A primeira charge é verdadeira, e a segunda é falsa. c) As duas charges são falsas. d) As duas charges são verdadeiras, e a segunda explica a primeira. e) As duas charges são verdadeiras, mas a segunda não explica a primeira. Aula 02 Pensando na lógica da resposta O texto inicial diz que “a urbanização no Brasil registrou um marco histórico na década de 1970, quando o número de pessoas que viviam nas cidades ultrapassou o número daquelas que viviam no campo. No início deste século, em 2000, segundo dados do IBGE, mais de 80% da população brasileira já era urbana”. Ou seja, houve uma inversão do percentual de pessoas que viviam no campo e na cidade: “antes”, a maioria da população do Brasil vivia no campo; “hoje”, a maioria da população do Brasil vive na cidade. Isso se traduz nas charges da seguinte maneira: “hoje” temos “enxadas paradas” (ou seja, “pouca gente no campo”) e “inchadas paradas” (ou seja, “muita gente na cidade”). Pela leitura do texto inicial e pela lógica, concluímos que as duas charges são verdadeiras. A palavra porque, que “liga” as duas charges, indica que a segunda charge seria a causa e a primeira charge seria a sua consequência. Usando a lógica, concluímos que esse raciocínio não é correto, pois foi a saída de pessoas do campo que ocasionou o “caos” urbano. Assim, pela análise lógica de “causa e efeito”, que as duas charges são verdadeiras, mas a segunda não explica a primeira. Processos dedutivos e indutivos Abdução, indução e dedução são momentos diferentes que constroem o conhecimento e que são tratados como métodos de investigação científica. A abdução é utilizada quando ocorre um problema e se buscam os conhecimentos prévios já adquiridos para uma resposta. A indução é o método caracterizado pela observação, assim o elemento observado é singular e o conhecimento adquirido do seu exame é generalizado para todos os seres da mesma espécie através do processo da dedução. Dedução é feita das formas de conhecimentos já cristalizados e devidamente generalizados. Por exemplo: uma rachadura na parede. Dedutivo: hipotético-dedutivos, formulação da hipótese, dedução das consequências, observação ou experimentação para determinar a validade das consequências. Indutivo: argumentar por enumeração/estatísticas, ver os perigos, generalização e tendências, analogia (comparação – ver qualidades específicas daquilo que se compara), autoridade (autoridade também erra). Interatividade Em “todo brasileiro é corintiano”, qual é a negação total dessa afirmação? a) Nenhum brasileiro é corintiano. b) Existe brasileiro que não é corintiano. c) Todo não brasileiro é corintiano. d) Todo não brasileiro não é corintiano. e) Todo brasileiro não é corintiano. Aula 03 Deduzindo a lógica da resposta Se pelo menos um brasileiro não for corintiano, a proposição “todo brasileiro é corintiano” torna- se falsa. Ou seja, se existir brasileiro que não seja corintiano, então se nega que “todo brasileiro é corintiano”. Ou ainda, basta que um único brasileiro não seja corintiano para que “todo brasileiro é corintiano” seja uma proposição falsa. Dedução: raciocínio que parte de uma proposição geral para uma proposição particular. Frege, Russell e Wittgenstein pensaram na linguagem significativa em termos da lógica. Sobre dois princípios da lógica, denominados de Princípio do Terceiro Excluído e Princípio da Não Contradição. Conectivos Os conectivos são palavras que “ligam” proposições, ou seja, são palavras usadas na formação de outras sentenças. Os principais conectivos são as partículas “e”, “ou”, “se e somente se” e “se... então”. Os conectivos fazem o papel de modalizadores e têm a função de determinar o modo como aquilo que se diz é dito. Operadores argumentativos: Indicam a força argumentativa dos enunciados, o sentido para o qual apontam; introduzem no enunciado conteúdos semânticos adicionais, conteúdos que ficam à margem da discussão (pressupostos); as marcas que os introduzemsão os marcadores de pressuposição. a) Operadores que assinalam o argumento mais forte de uma escala orientada no sentido de determinada conclusão: até, mesmo, até mesmo, inclusive. Ou de escala subentendida: ao menos, pelo menos, no mínimo. b) Operadores que somam argumentos a favor de uma mesma conclusão: e, também, ainda, nem (= e não), não só... mas também, tanto... como, além de, a par de..., aliás. c) Operadores que introduzem uma conclusão relativa a argumentos apresentados em enunciados anteriores: portanto, logo, por conseguinte, pois, em decorrência, consequentemente. d) Operadores que introduzem argumentos alternativos que levam a conclusões diferentes ou opostas: ou, ou então, quer... quer, seja... seja etc. e) Operadores que estabelecem relações de comparação entre elementos, com vistas a uma dada conclusão: mais que, menos que, tão... como etc. f) Operadores que introduzem uma justificativa ou explicação relativa ao enunciado anterior: porque, que, já que, pois etc. Principais tipos de modalidade: necessário/possível; certo/incerto; duvidoso; obrigatório/facultativo. Ex.: mesmo conteúdo proposicional veiculado sob modalidades diferentes: É (necessário/possível/certo/provável) que a guerra termine. É (obrigatório/facultativo) o uso de crachás. Interatividade Existem três suspeitos de invadir uma rede de computadores: Luiz, Thais e Felipe. Sabe-se que a invasão foi de fato cometida por um ou por mais de um deles, já que podem ter agido individualmente ou não. Sabe-se, ainda, que: I. Se Luiz é inocente, então Thais é culpada. II. Ou Felipe é culpado ou Thais é culpada, mas não os dois. III. Felipe não é inocente. Com base nessas considerações, conclui-se que: a) Somente Luiz é inocente. b) Somente Thais é culpada. c) Somente Felipe é culpado. d) Thais e Felipe são culpados. e) Luiz e Felipe são culpados. Aula 04 Conectando a resposta Por III, sabemos que Felipe é culpado, pois Felipe não é inocente. Por II, sabemos que Thais é inocente, pois Felipe é culpado e foi dito que ou Felipe é culpado ou Thais é culpada, mas ambos não são culpados simultaneamente. Por I, como sabemos que Thais é inocente, então Luiz não é inocente, ou seja, Luiz é culpado. Operadores argumentativos Outras formas de expressão de modalidade: a) Certos advérbios ou locuções adverbiais (talvez, provavelmente, certamente, possivelmente, seguramente, indubitavelmente etc.). b) Verbos auxiliares modais (poder, dever etc.). c) Construções de auxiliar + infinitivo (ter de, precisar, dever + inf.): os candidatos deverão apresentar RG. d) Orações modalizadoras (tenho a certeza de que..., não há dúvida de que..., há possibilidade de..., todos sabem que..., suponho que..., creio que..., exige-se que...). Um mesmo indicador modal pode exprimir modalidades diferentes: Todos os candidatos devem comparecer em traje social (= é obrigatório). O tempo deve melhorar amanhã (= é possível). Vamos, a reunião deve estar começando (= é provável). Os candidatos podem apresentar-se em traje esportivo (= é facultativo). Os preços podem cair nos próximos meses (= é possível). Indicadores da enunciação Indicadores atitudinais (de estado psicológico, atitude subjetiva): infelizmente, felizmente, pesarosamente, francamente, é com prazer... Índices de avaliação (valoração dos fatos, estados ou qualidades atribuídas a um referente): em geral, expressões adjetivas e formas intensificadoras: excelente, extremamente... Índices de domínio (operadores que delimitam domínio dentro do qual o enunciado deve ser entendido (a e b) ou o modo como ele é formulado pelo locutor (c e d)): a) Politicamente, ele está desmoralizado. b) Geograficamente, o Brasil é um dos maiores países do mundo. c) Resumidamente, pode-se dizer que a desavença se deu da seguinte maneira. d) Vou abordar concisamente esse aspecto da questão. Índices de polifonia: formas linguísticas que funcionam como índices, no texto, da presença de outra voz, com a qual o locutor se identifica ou não. a) Ao contrário, pelo contrário. Ex.: Roberto não é um traidor. Pelo contrário, tem-se mostrado um bom amigo. b) Operadores do grupo do mas e do embora. c) Operadores conclusivos. Ex.: Carlos é dorminhoco. Não pode, portanto, vencer na vida. (“Quem cedo madruga, Deus ajuda.”) d) Os marcadores de pressuposição. Ex.: Mariana continua linda. e) O uso do futuro do pretérito como metáfora temporal (o locutor não se responsabiliza pelo que é dito, atribuindo-o a outrem). Ex.: O técnico do Corinthians estaria disposto a se demitir (= ouvi dizer). f) O uso de aspas (como modo de manter distância do que se diz, colocando-o “na boca” de outros). g) A intertextualidade, o discurso indireto livre, a ironia etc. Interatividade (ENADE 2008). Émile Durkheim e Marcel Mauss figuram entre grandes expoentes da sociologia francesa. Ambos contribuíram para a elaboração de noções como “representações individuais” e “representações coletivas”. Em uma de suas formulações clássicas, a noção de representações coletivas – em oposição à de representações individuais – é definida como as maneiras de agir e pensar, consagradas pela tradição e impostas pela sociedade aos indivíduos. Considerando essa definição, assinale a opção correta. a) A prece, na qualidade de fenômeno religioso, é um ato individual e, por essa razão, trata-se de uma representação individual. b) Durante a realização de ritos funerários, o choro e a lamentação decorrentes do sentimento de perda do ente querido são expressões de uma representação individual. c) A noção de pessoa e os sobrenomes são impostos aos membros de uma sociedade conforme a tradição desta. d) Uma vez criada, a tradição se transmite de geração a geração de forma inalterada nas representações coletivas. e) Direito e moral, religião e magia, mitos e contos são comuns a muitas sociedades e é essa generalidade que faz deles representações coletivas. Questionário Unidade I PERGUNTA 1 (ENADE-2008) A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção correta a respeito da interação leitor-texto: “A leitura de um texto exige muito mais que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores: o leitor é, necessariamente, levado a mobilizar uma série de estratégias tanto de ordem linguística como de ordem cognitivo-discursiva, com o fim de levantar hipóteses, validar ou não as hipóteses formuladas, preencher as lacunas que o texto apresenta, enfim, participar, de forma ativa, da construção do sentido. Nesse processo, autor e leitor devem ser vistos como ‘estrategistas’ na interação pela linguagem” (KOCH, Ingedore Villaça. “Ler e compreender os sentidos do texto”. 2a ed. São Paulo: Contexto, 2008, p. 7) a) A interação entre o leitor e o texto deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “livre interpretação”. b) A aproximação, no texto, entre o que sabe o autor e o que sabe o leitor, é incoerente, porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes. c) A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como expressão do outro. d) A leitura como descoberta pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição da leitura como confirmação da fala de uma autoridade. e) A interação entre o leitor e o texto se dá por meio de sujeitos sociais, estabelece diálogo por meio de ações linguísticas e sociocognitivas, construindo propostas de sentido. Alternativa: E Comentário: o texto produto, acabado, apresentado ao leitor possui a intenção e os objetivos do autor. Assim, o leitor deverá interpretar as possibilidades de sentidos mobilizadas pelo autor no texto produzido. PERGUNTA 2 A comunicação mediada pelo computador traz uma nova abordagem no tratamento dosgêneros textuais discursivos, na medida em que repensa a relação entre as pessoas e suas práticas sociais. A internet para além da revolução tecnológica seja uma revolução dos modos sociais de interação por meio da língua. Desse modo, considerando a charge, pode-se concluir que: a) O conhecimento da tecnologia digital está totalmente democratizado no Brasil. b) A preocupação social é fazer planejamento para o domínio da informática. c) O apelo à inclusão digital atrai os jovens para o universo da computação. d) A dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidadão um excluído social. e) As novas tecnologias são imediatamente incorporadas à vida cotidiana. Alternativa: E Comentário: As novas tecnologias modificaram os meios de interação social. A cada dia, incorporamos novas tendências, novos recursos em nossos meios de produção e consumo, seja de informação ou de bens. PERGUNTA 3 A linguagem, de modo geral, reflete as atividades humanas. Assim, nas pesquisas de Habilidades Sociais um dos temas abordados é a assertividade que enfatiza as condições antecedentes e reforçadoras do comportamento humano, dependendo do contexto em que o indivíduo está inserido. Desse modo, considerando a tirinha, identifique qual é a assertiva: http://www.nacascadoovo.com.br/2008/07/na-casca-do-ovo-06/ a) A fé na existência de Deus. b) A credulidade das pessoas de modo geral. c) A esperança de que “tudo vai dar certo”. d) O ceticismo de algumas pessoas. e) A crítica aos dogmas da Igreja. Alternativa: D Comentário: assertividade refere-se às convicções, ou seja, uma assertiva é uma afirmação que reflete um conjunto de conhecimentos e experiências que levam o indivíduo a defender ideias de acordo com seu ponto de vista. A convicção é construída por meio dos argumentos lógicos, baseados no conhecimento do real. PERGUNTA 4 De acordo com o texto “Presença”, de Mario Quintana, podemos afirmar que: Presença “É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos... É preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo... Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te, azul e luminosa, no ar. É preciso a saudade para eu sentir como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida... Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com o teu retrato... http://www.nacascadoovo.com.br/2008/07/na-casca-do-ovo-06/ E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.” (Mario Quintana) a) Os avanços tecnológicos aos poucos aproximam as pessoas. b) O sentimento de falta exige constante atenção, mas não reduz a saudade. c) Sentir saudade é relembrar sempre. d) Deixar de sentir saudade é um fato da vida. e) Sentir saudade reflete problemas de comunicação. Alternativa: C Comentário: a saudade reflete uma ausência que é constante. Sendo assim, relembrar é presença da ausência. PERGUNTA 5 De acordo com os pesquisadores, a intertextualidade pressupõe um universo cultural muito amplo e complexo, pois implica a identificação e o reconhecimento de retomadas e remissões a obras, textos mais ou menos conhecidos, além de exigir do leitor a capacidade de interpretar a função daquela citação ou alusão. Desse modo, os conectores contribuem para a construção dos textos adequados a cada modalidade de situação de comunicação. Considerando o fragmento de texto de Bertold Brecht, identifique os operadores argumentativos: “Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.” (Bertold Brecht) a) Índice de domínio. b) Índice de justificativa. c) Índice de polifonia. d) Índice de avaliação. e) Índice de atitude. Alternativa: C Comentário: o uso do verbo “diz-se” apresenta índices de polifonia (formas linguísticas que funcionam como índices, no texto, da presença de outra voz, com a qual o locutor se identifica ou não), pois atribui aos outros o julgamento de valor, desse modo, possibilita a identificação com o leitor ou não. O operador “mas” indica uma oposição em relação à informação exposta inicialmente, estabelecendo uma contraposição. PERGUNTA 6 O homem é um ser social e está sujeito a uma organização caracterizada pela solidariedade entre o individual e o social. Do ponto de vista social, podemos constatar que a construção do homem ocorre por meio da diversidade cultural, ou seja, pela maneira de se localizar no mundo, identificando fronteiras e possibilidades de atuação. Desse modo, considerando a tirinha, a construção da identidade ocorre por meio do raciocínio: a) Indutivo. b) Dedutivo. c) Abdutivo. d) Recíproco. e) Intencional. Alternativa: B Comentário: refere-se à formulação de hipóteses, possibilita a dedução das consequências por meio da observação ou experimentação para determinar a validade das consequências do fato observado. Assim, temos a personagem da tirinha que por meio do processo dedutivo questiona a validade do “destino” da “gente”, indivíduo e grupo social. PERGUNTA 7 O homem na pós-modernidade estabelece-se como centro do universo. Sendo assim, o imaginário decorre de um processo que constrói a realidade. Desse modo, considerando a tirinha do Calvin, podemos afirmar que entre a realidade e a ficção: www.depositodocalvin.com a) Ocorre uma construção por meio dos valores individuais, das crenças e dos costumes. b) Ocorre a construção segundo os valores instituídos pelo indivíduo em sociedade. c) Ocorre a construção da ficção por meio da realidade. d) Ocorre a construção da realidade por meio da ficção. e) Ocorre que a realidade não é possível de ser constatada. Alternativa: B Comentário: a construção da realidade decorre das experiências vivenciadas de modo individual e também em grupo. É por meio da observação e da experiência que representamos a nossa realidade. PERGUNTA 8 Para Bauman (2010), o processo da tomada de decisão busca explicações na forma de resultados de uma causa; em geral, satisfazemos nossa curiosidade concluindo que o evento era inevitável ou pelo menos provável. Segundo o autor, a forma de explicar a conduta humana é mais complexa, pois implica as motivações que orientam as ações. http://www.depositodocalvin.com/ http://fegiusti.blogspot.com/2010/09/tirinha-genial-de-frank-e-ernest-criado.html a) As pessoas são capazes de extrair todas as informações no seu ambiente de trabalho. b) As pessoas rejeitam as ações motivadoras para o sucesso do trabalho. c) As pessoas ignoram as circunstâncias do contexto do trabalho. d) As pessoas tendem a responder somente aos estímulos proporcionados no trabalho. e) As pessoas interpretam corretamente o objetivo das ações que devem ser postas em prática. Alternativa: C Comentário: as pessoas que fazem ações de modo rotineiro, de modo geral, têm dificuldade de entender os desdobramentos e as consequências dos seus atos, da sua contribuição segundo uma perspectiva mais abrangente, dentro das instituições. Desse modo, considerando a tirinha, podemos afirmar: PERGUNTA 9 Sócrates defendia que a ética decorre da sabedoria, ou seja, segundo ele basta saber o que é ser bom para que seja bom. Assim, é importante saber para ser ético. A cada contemporaneidade as noções de ética e moral modificam-se em decorrência das mudanças sociais e a necessidade de ganhos para a sobrevivência. Desse modo, considerando a tirinha da Mafalda, podemos afirmar que a moral: a) Refere-se às obrigações do indivíduo em sociedade. b) Refere-se aos costumes,condutas sociais do indivíduo em sociedade. c) Refere-se à construção do caráter do indivíduo. d) Refere-se aos aspectos culturais particulares. e) Refere-se às ações e aos pensamentos. Alternativa: B Comentário: a moral está ligada aos costumes adotados pelos indivíduos na sociedade. PERGUNTA 10 Todo texto revela os valores e as crenças de um grupo social e algumas vezes ocorrem conflitos intergrupais. No texto da tirinha, a personagem do Calvin tem uma intenção ao dizer o que é dito. Assim, identifique na tirinha qual é a estratégia de Calvin para conseguir o que quer. http://fegiusti.blogspot.com/2010/09/tirinha-genial-de-frank-e-ernest-criado.html a) Imperativo. b) Persuasão. c) Conversação. d) Convencimento. e) Discernimento. Alternativa: B Comentário: argumentar é a arte de convencer e persuadir. No caso apresentado na tirinha, temos a persuasão, pois persuadir é saber gerenciar a relação, é falar à emoção do outro. Desse modo, persuadir é construir no terreno das emoções, é uma tentativa de sensibilizar o outro. Unidade II Ética Para Sócrates, a ética decorre da sabedoria, ou seja, por exemplo: basta saber o que é ser bom para que seja bom. Saber x conhecer. Questão 1 (adaptada – Enade 2010). Analise a charge abaixo. A charge acima representa um grupo de cidadãos pensando e agindo de modo diferenciado, frente a uma decisão cujo caminho exige um percurso ético. Considerando a imagem e as ideias que ela transmite, avalie as afirmativas a seguir. I. A ética não se impõe imperativamente nem universalmente a cada cidadão; cada um terá de escolher por si mesmo os seus valores e ideias, isto é, praticar a autoética. II. A ética política supõe o sujeito responsável por suas ações e pelo seu modo de agir na sociedade. III. A ética pode se reduzir ao político, do mesmo modo que o político pode se reduzir à ética, em um processo a serviço do sujeito responsável. IV. A ética prescinde de condições históricas e sociais, pois é no homem que se situa a decisão ética, quando ele escolhe os seus valores e as suas finalidades. V. A ética se dá de fora para dentro, como compreensão do mundo, na perspectiva do fortalecimento dos valores pessoais. É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I e V. c) II e IV. d) III e IV. e) III e V. PORQUE A ética não se impõe imperativamente nem universalmente a cada cidadão; cada um terá de escolher por si mesmo os seus valores e ideias, isto é, praticar a autoética. A ética política supõe o sujeito responsável por suas ações e pelo seu modo de agir na sociedade. Questão 19 (Enade 2004). A charge de Millôr aponta para: a) A fragilidade dos princípios morais. b) A defesa das convicções políticas. c) A persuasão como estratégia de convencimento. d) O predomínio do econômico sobre o ético. e) O desrespeito às relações profissionais. Interatividade Questão 2 (adaptada – Enade 2009). O Ministério do Meio Ambiente, em junho de 2009, lançou campanha para o consumo consciente de sacolas plásticas, que já atingem, aproximadamente, o número alarmante de 12 bilhões por ano no Brasil. Veja o slogan dessa campanha: O possível êxito dessa campanha ocorrerá porque: I. Se cumprirá a meta de emissão zero de gás carbônico estabelecida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, revertendo o atual quadro de elevação das médias térmicas globais. II. Deixarão de ser empregados, na confecção de sacolas plásticas, materiais oxibiodegradáveis e os chamados bioplásticos que, sob certas condições de luz e de calor, fragmentam-se. III. Serão adotadas, por parcela da sociedade brasileira, ações comprometidas com mudanças em seu modo de produção e de consumo, atendendo aos objetivos preconizados pela sustentabilidade. IV. Haverá redução tanto no quantitativo de sacolas plásticas descartadas indiscriminadamente no ambiente, como também no tempo de decomposição de resíduos acumulados em lixões e aterros sanitários. Estão corretas somente as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. Língua e linguagem Questão 7 (adaptada – Enade 2010). Leia as asserções abaixo. Para preservar a língua, é preciso o cuidado de falar de acordo com a norma padrão. Uma dica para o bom desempenho linguístico é seguir o modelo de escrita dos clássicos. Isso não significa negar o papel da gramática normativa; trata-se apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola é um lugar privilegiado de limpeza dos vícios de fala, pois oferece inúmeros recursos para o domínio da norma padrão e consequente distância da não padrão. Esse domínio é o que levará o sujeito a desempenhar competentemente as práticas sociais; trata-se do legado mais importante da humanidade. Porque A linguagem dá ao homem uma possibilidade de criar mundos, de criar realidades, de evocar realidades não presentes. E a língua é uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de criar mundos. A língua, nesse sentido, é a concretização de uma experiência histórica. Ela está radicalmente presa à sociedade. Analisando a relação proposta entre as duas asserções, assinale a opção correta. a) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira. b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda é uma proposição falsa. d) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira. e) As duas asserções são proposições falsas. Gráfico Questão 9. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de pobreza, alfabetização e esperança de vida para os diversos países do mundo. Seu cálculo resulta em valor que vai de 0 (zero) a 1 (um), sendo que, quanto mais próximo da unidade, mais desenvolvido é considerado o país. A escolaridade inclui a alfabetização dos adultos e a educação primária, secundária e terciária da população em geral. O PIB per capita entra no cálculo do IDH como um substituto de uma medida do padrão de vida ou de distribuição de renda. O gráfico abaixo mostra a evolução do IDH de 1975 a 2004 para várias regiões do planeta. Com base nos dados apresentados no gráfico, pode-se concluir que: a) Todos os continentes apresentaram aumento no valor do IDH no período de 1975 a 2004. b) O fator que mais influencia o aumento do IDH é o aumento do número de matrículas no ensino primário, secundário e de nível superior. c) Os países árabes nunca terão valores de IDH comparáveis aos da Europa. d) O leste da Ásia é mais desenvolvido que o sul do continente. e) Os países da África logo atingirão valores de IDH correspondentes aos do sul da Ásia. Interatividade Questão 5 (Enem 2004). A conversa entre Mafalda e seus amigos: a) Revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir. b) Desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas. c) Expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições divergentes. d) Ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de ideias. e) Mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências. Sociologia (Enade 2015). Leia o texto a seguir. “A ideia segundo a qual todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno corresponde a um valor moral. O pluralismo político, por exemplo, pressupõe um valor moral: os seres humanos têm o direito de ter suas opiniões, expressá-las e organizar-se em torno delas. Não se deve, portanto, briga-los a silenciar ou a esconder seus pontos de vista; vale dizer, são livres. Na sociedadebrasileira, não é permitido agir de forma preconceituosa, presumindo a inferioridade de alguns (em razão de etnia, raça, sexo ou cor), sustentando e promovendo a desigualdade. Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática: sem esse conjunto central, cai-se na anomia, entendida como ausência de regras ou como total relativização delas.” (Enade 2015). Leia o texto a seguir. Com base nesse fragmento de texto, infere-se que a sociedade moderna e democrática: a) Promove a anomia, ao garantir os direitos de minorias étnicas, de raça, sexo ou cor. b) Admite o pluralismo político, que pressupõe a promoção de algumas identidades étnicas em detrimento de outras. c) Sustenta-se em um conjunto de valores pautados pela isonomia no tratamento dos cidadãos. d) Apoia-se em preceitos éticos e morais que fundamentam a completa relativização de valores. e) Adota preceitos éticos e morais incompatíveis com o pluralismo político. RESPOSTAS: Análise das alternativas. A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Anomia, na concepção de Durkheim, significa enfraquecimento dos vínculos sociais e perda da capacidade da sociedade em regular os indivíduos. Esse não é objetivo da sociedade moderna e democrática. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O pluralismo político não deve agir em detrimento de quaisquer identidades étnicas. C – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. Isonomia significa igualdade perante as leis e deve ser a base de uma sociedade moderna e democrática. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A completa relativização de valores pode ferir, em alguns casos, preceitos éticos e morais. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O pluralismo político é elemento essencial da sociedade moderna e democrática. Cidadania Questão 13 (Enade 2009). Leia o trecho: Quais as possibilidades, no Brasil atual, de a cidadania se enraizar nas práticas sociais? Essa é uma questão que supõe discutir as possibilidades, os impasses e os dilemas da construção da cidadania, tendo como foco a dinâmica da sociedade. Antes de mais nada, é preciso dizer que tomar a sociedade como foco de discussão significa um modo determinado de problematizar a questão dos direitos. Os direitos são aqui tomados como práticas, discursos e valores que afetam o modo como as desigualdades e diferenças são figuradas no cenário público, como interesses se expressam e os conflitos se realizam. TELLES, 2006. (Adaptado) Na abordagem salientada nesse trecho, qual direito social você destacaria para diminuir as desigualdades de renda familiar no Brasil? Apresente dois argumentos que deem suporte à sua resposta. Possíveis argumentos Acesso à educação pública, gratuita e de qualidade; Permanência do estudante na escola, em todos os níveis escolares – da educação infantil à educação superior; Condições dignas de trabalho, com remuneração que garanta qualidade de vida do indivíduo; Assistência à saúde; Ser proprietário do imóvel em que se reside. Biodiversidade Questão 26 (Enem 2003). A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas, como a funções, e coloca problemas de gestão muito diferenciados. É carregada de normas de valor. Proteger a biodiversidade pode significar: 1 a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia radical; a proteção das populações cujos sistemas de produção e cultura repousam num dado ecossistema; a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matéria-prima, para produzir mercadorias. Biodiversidade De acordo com o texto, no tratamento da questão da biodiversidade no planeta: a) O principal desafio é conhecer todos problemas dos ecossistemas, para conseguir protegê-los da ação humana. b) Os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente do equilíbrio ecológico. c) Deve-se valorizar o equilíbrio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da terra e seus recursos. d) O enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações não devem constituir preocupação para ninguém. e) Há diferentes visões em jogo, tanto as que só consideram aspectos ecológicos, quanto as que levam em conta aspectos sociais e econômicos. Questão 26 (Enem 2003). A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas, como a funções, e coloca problemas de gestão muito diferenciados. É carregada de normas de valor. Proteger a biodiversidade pode significar: a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia radical; a proteção das populações cujos sistemas de produção e cultura repousam num dado ecossistema; a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matéria-prima, para produzir mercadorias. De acordo com o texto, no tratamento da questão da biodiversidade no planeta: a) O principal desafio é conhecer todos problemas dos ecossistemas, para conseguir protegê-los da ação humana. b) Os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente do equilíbrio ecológico. c) Deve-se valorizar o equilíbrio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da terra e seus recursos. d) O enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações não devem constituir preocupação para ninguém. e) Há diferentes visões em jogo, tanto as que só consideram aspectos ecológicos, quanto as que levam em conta aspectos sociais e econômicos. Interatividade Questão 27 (Enem 2007). A figura abaixo é parte de uma campanha publicitária. Essa campanha publicitária se relaciona diretamente com a seguinte afirmativa: a) O comércio ilícito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, é uma ameaça para a biodiversidade nacional. b) A manutenção do mico-leão-dourado em jaula é uma medida que garante a preservação dessa espécie animal. c) O Brasil, primeiro país a eliminar o tráfico do mico-leãodourado, garantiu a preservação dessa espécie. d) O aumento da biodiversidade em outros países depende do comércio ilegal da fauna silvestre brasileira. e) O tráfico de animais silvestres é benéfico para a preservação das espécies, pois lhes garante a sobrevivência. Educação Questão 20. Leia o texto a seguir e dê sua opinião a respeito. “País não atinge meta em português no Ensino Fundamental. Desempenho de estudantes em matemática foi melhor, segundo relatório do movimento Todos Pela Educação. Meta era que 29% dos alunos da quarta série estivessem em nível adequado de aprendizado em português, mas índice ficou em 27,9%. Fábio Takahashi - Da reportagem local O Brasil conseguiu atingir metas de qualidade em matemática no Ensino Fundamental, mas não em português, aponta relatório divulgado ontem pelo movimento ‘Todos pela Educação’ – organização que reúne empresários, educadores e gestores, entre outros segmentos. Com o apoio do Ministério da Educação e de secretários estaduais, o movimento fixou cinco objetivos de melhoria no ensino a serem alcançados até 2022. Para o período, há metas intermediárias. Ontem foi divulgado o primeiro relatório de acompanhamento. Um dos objetivos está relacionado à aprendizagem dos estudantes (‘alunos com aprendizado adequado à série’). Tanto na quarta quanto na oitava série, foram atingidas as metas para matemática, mas não para português. Leia o texto a seguir e dê sua opinião a respeito. Os resultados têm como base os exames federais Prova Brasil e Saeb. Língua portuguesa da quarta série foi o recorte em que o resultado ficou mais abaixo do esperado: o objetivo era que 29% das crianças estivessem em um nível considerado adequado (equivalente à média dos países desenvolvidos) em 2007, mas o índice ficou em 27,9%. Por outro lado, foi na quarta,em matemática, em que houve o melhor resultado. A meta era que 21,1% dos alunos estivessem no patamar adequado, e o percentual ficou em 23,7%. Os resultados do Ensino Médio foram piores. Em matemática a meta não foi alcançada, e português ficou dentro da margem de erro (diferentemente do Ensino Fundamental, nesta etapa a prova é amostral). Segundo o presidente-executivo do Todos Pela Educação, Mozart Neves, os resultados relativos à aprendizagem ‘são muito preocupantes’, considerando o desempenho em língua portuguesa e a queda no rendimento, nas duas disciplinas, com o passar das séries. O relatório não explica o porquê da diferença de rendimento dos alunos em língua portuguesa e matemática. A recomendação do grupo para melhorar o quadro é que haja uso de programas adequados para formação de professores e melhoria nas condições de trabalho dos educadores.” Problema: “A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar, disse que ‘a aprendizagem é o nosso grande problema’. Para ela, matemática melhorou mais rapidamente porque a área passou a ser prioridade, ‘após anos de preocupação quase exclusiva com a alfabetização’. Pilar afirma que o Proletramento, programa criado em 2005 pelo governo federal que foca a formação dos professores em matemática e português, é uma das explicações para a melhora em matemática. Sobre o desempenho insatisfatório de português, ‘o próprio debate sobre alfabetização na década passada, muito centrado na disputa entre teorias, acabou atrapalhando’. Outras duas das cinco metas fixadas pelo movimento já puderam ser avaliadas. O país não cumpriu a de número de jovens de 4 a 17 anos na escola e alcançou a de jovens de 19 anos com ensino médio concluído. No geral, o relatório afirma que houve avanços, ‘mas não na velocidade esperada’.” Pensando na resposta Ao dar a opinião é necessário considerar: A importância de ações conjuntas (empresários, educadores, gestores etc.). Objetivos propostos pelo Ministério da Educação e de Secretarias Estaduais que visam à melhoria do ensino. O aumento das médias dos alunos. Relacionar os resultados às ações de aperfeiçoamento. Discurso publicitário Questão 33 (Enem 2003). A Propaganda pode ser definida como divulgação intencional e constante de mensagens destinadas a um determinado auditório visando criar uma imagem positiva ou negativa de determinados fenômenos. A Propaganda está muitas vezes ligada à ideia de manipulação de grandes massas por parte de pequenos grupos. Alguns princípios da Propaganda são: o princípio da simplificação, da saturação, da deformação e da parcialidade (adaptado de: BOBBIO, Norberto. et al. Dicionário de Política). Segundo o texto, muitas vezes, a propaganda: a) Não permite que minorias imponham ideias à maioria. b) Depende diretamente da qualidade do produto que é vendido. c) Favorece o controle das massas difundindo as contradições do produto. d) Está voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto. e) Convida o comprador à reflexão sobre a natureza do que se propõe vender. O discurso publicitário objetiva transformar seu interlocutor em consumidor. Para que isso aconteça, o anúncio publicitário cria uma necessidade de consumo, garante que o consumidor satisfará plenamente sua necessidade, em pouco tempo e com pouco custo (Sant´Anna,1999). O discurso publicitário estabelece uma relação com a cultura do auditório para o qual ele é dirigido, de forma a criar com seu auditório um “acordo”, acatando a opinião pública. Interatividade Questão 37 (Enem 2005). A situação abordada na tira torna explícita a contradição entre a(s): a) Relações pessoais e o avanço tecnológico. b) Inteligência empresarial e a ignorância dos cidadãos. c) Inclusão digital e a modernização das empresas. d) Economia neoliberal e a reduzida atuação do Estado. e) Revolução informática e a exclusão digital. Questionário unidade II PERGUNTA 1 (ENEM 2003-Adaptada). A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas, como as funções, e coloca problemas de gestão muito diferenciados. É carregada de normas de valor. Proteger a biodiversidade pode significar: a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia radical; a proteção das populações cujos sistemas de produção e cultura repousam num dado ecossistema; a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matéria-prima, para produzir mercadorias. (Adaptado de GARAY, I. & DIAS, B. “Conservação da biodiversidade em ecossistemas tropicais”) http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2009/12/ a) O desafio é conhecer todos os problemas dos ecossistemas, para conseguir protegê-los da ação humana. b) Os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente do equilíbrio ecológico. c) Deve-se valorizar o equilíbrio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da terra e seus recursos. d) O enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações não devem constituir preocupação para ninguém. e) Há diferentes visões em jogo, tanto as que só consideram aspectos ecológicos, quanto as que levam em conta aspectos sociais e econômicos. PERGUNTA 2 A noção de gêneros textuais é apoiada em práticas sociais e em saberes socioculturais, porém podem sofrer variações, na medida em que, um texto representativo de um gênero pode incorporar outras características. Desse modo, considerando a charge, comente a exemplificação de: a) Sustentabilidade. b) Informatividade. c) Intertextualidade. http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2009/12/ d) Solidariedade. e) Aplicabilidade. Alternativa: C Comentário: a charge faz intertextualidade entre a paz com a natureza e a pomba como representação da paz. PERGUNTA 3 Ao designar o mundo, utilizamos termos de um mesmo campo de sentido em que se relacionam a uma espécie, como propostas de sentidos. O texto produzido pressupõe uma organização discursivo- textual adequada à situação de comunicação. Desse modo, identifique qual a predominância do tipo de texto que constitui o fragmento da música: De bar em bar, de mesa em mesa (Aviões do Forró) “De bar em bar, de mesa em mesa Bebendo cachaça, tomando cerveja. De bar em bar, de mesa em mesa Bebendo cachaça, tomando cerveja. (...)” a) Descritivo. b) Narrativo. c) Argumentativo. d) Enunciativo. e) Dissertativo. Alternativa: B Comentário: o fragmento de texto da música apresenta uma sequência de ações, dando a ideia de progressão e continuidade. PERGUNTA 4 Com o advento das novas tecnologias, a questão da escolha profissional e das estratégias utilizadas para sua melhor aplicação técnica vem sendo discutida com mais frequência entre os especialistas. O contexto escolar exige cada vez mais o maior número de fontes de informações possíveis, além do quadro negro e do giz. Desse modo, podemos pensar na prática didático-pedagógica cotidiana para estabelecer ações dinâmicas que tornam mais acessíveis os conteúdos na relação de aprendizagem. Assim, indique a alternativa que demonstra uma atitude dinâmica do trabalho docente: a) Indicar uma literatura especializada da área escolhida. b) Priorizar alguns conteúdos e disciplinas relacionadas às demandas de mercado. c) Incentivar o uso da tecnologia para complementar a relação professor/aluno. d) Organizar o espaço físico de modo a propiciar e influenciar o trabalho docente. e) Instituir regras que deverão guiar os objetivos da instituição escolar. Alternativa: C Comentário: as novas tecnologias podem dinamizar e implementar as ações pedagógicas de modo mais eficiente. PERGUNTA 5 De acordo com a charge, ficaimplícito que: http://www.blogdajoice.com/2012/06/charge-182/ a) Os partidos políticos são formados por pessoas que não têm dinheiro, mas têm ideais. b) Os partidos políticos são formados por pessoas que têm boas condições financeiras e grandes ideais. c) A formação de um partido político pode ser a solução para os problemas financeiros. d) Os partidos políticos são sempre formados por pessoas que têm apenas boas intenções. e) Os partidos políticos são formados por pessoas que defendem ideais que representam o grupo social. Alternativa: E Comentário: de modo geral, de acordo com a realidade brasileira, os políticos defendem os interesses de seu grupo, seu partido. PERGUNTA 6 De modo geral, o saber científico decorre do saber popular, assim, discutir o papel da ciência na sua articulação com o senso comum é fundamental para compreender as necessidades de cada comunidade e as intervenções que contribuem para o seu desenvolvimento. A partir do texto “O problema é do sistema”, indique a alternativa que reflete as novas tecnologias e a divulgação de conhecimento: http://www.blogdajoice.com/2012/06/charge-182/ 19 de março de 2011 POLÊMICA MARIA BETHÂNIA O PROBLEMA É DO SISTEMA POR LEANDRO VALIATI | PROFESSOR, PESQUISADOR E CONSULTOR EM ECONOMIA DA CULTURA “Com uma velocidade típica de nossa era, imprensa, tuiteiros de plantão, classe cultural e sociedade civil ocuparam-se, nos últimos dias, de um assunto: o blog ‘O Mundo Precisa de Poesia’, projeto de Maria Bethânia. A pauta, porém, não foi a poesia, tampouco a música, mas sim o valor do orçamento do blog. Foi aprovada para captação, no sistema da Lei Rouanet, a quantia de R$ 1,3 milhão. Certo? Errado? Desperdício? Caro? Barato diante da carreira da artista e de seu valor cultural? Peço a paciência de vocês, leitores, para, ao invés de clicar no botão tweet, publicando opinião calorosa sobre o assunto, trazer a discussão para um contexto mais amplo e estruturante. Para início de debate, devemos considerar que políticas públicas estruturadas para a cultura no Brasil são muito jovens. O Ministério da Cultura foi criado apenas em 1985, tendo o economista Celso Furtado como ministro (ah, se já pensássemos sobre a economia da cultura naquela época…). Somente no início da década de 1990, período das ‘trevas’ do governo Collor, quando o orçamento para a cultura diminui drasticamente e há o rebaixamento do ministério à condição de Secretaria Nacional, é que o Estado brasileiro lança mão de um instrumento de política cultural por renúncia fiscal, a fim de captar recursos no mercado privado para o financiamento de atividades e bens culturais. Sérgio Rouanet, o então secretário nacional de Cultura, implanta um modelo de incentivo fiscal que, com poucas alterações pontuais ao longo do tempo, está em vigor até os dias de hoje: a Lei Rouanet. O mecanismo parece simples e mágico: o governo federal confere poder aos representantes da sociedade civil para que escolham projetos que notadamente têm valor cultural e que receberão a permissão pública para captar recursos no mercado, sendo permitido que estes sejam deduzidos do imposto a ser pago pela empresa investidora. Após essa distinção conferida a alguns projetos, um ‘selo’ que reconhece o valor cultural, o proponente pode, então, colocar seu projeto embaixo do braço e bater à porta do empresariado para angariar fundos a fim de viabilizá-lo. Parece uma equação exata: diminuem-se os custos da burocracia, evita-se a ingerência política do Estado, antecipam-se recursos, dividem-se custos com a iniciativa privada na parcela de projetos que requerem alguma contrapartida e mobiliza-se a sociedade empresarial em torno do ‘fazer cultural’. Contudo, a equação é errática. Esse modelo tem imperfeições que o tornam ineficiente como instrumento e carente de lógica pública como conceito. Em um plano conceitual, estamos conferindo ao empresariado poder para definir uma grande parte do investimento público em cultura. Imposto não pago é dinheiro público, e a decisão seletiva em última instância sobre o investimento em cultura é do empresário (ou melhor, do seu gerente de marketing). Esse agente econômico tem poder de influenciar o mercado e o tipo de bens culturais dispo-níveis para a sociedade, se teremos como cultura Autrans, Gilbertos, Glaubers ou Ivetes, Bondes ou Zicos&Zecas. Não é um julgamento estético. Pelo contrário, é em prol da diversidade e da multiplicidade de bens que não é recomendável transferir essa decisão para um grupo específico. Na parte instrumental, a Lei Rouanet não tem servido para dinamizar a Economia da Cultura e dar pluralidade ao mercado: gera concentração e não influencia positivamente a estruturação da cadeia produtiva. Além disso, a maioria avassaladora das empresas recolhe seu imposto por lucro presumido, e as únicas que podem participar da Lei Rouanet são as tributadas por lucro real. Esse é o quadro geral que nos mostra problemas estruturais da Lei Rouanet. A questão, no entanto, é ainda pior: esse instrumento corresponde hoje a uma fatia muito grande dos nossos esforços em termos de investimento para a cultura. O instrumento quase se confunde com a própria política cultural. Nesse contexto, tem-se uma grande quantidade de bens culturais que são aprovados nos conselhos para a captação e pouquíssimos bens culturais que realmente chegam a captar de fato – e estes o fazem de forma reiterada. Concentração é a palavra de ordem. Então, meus caros, onde entra o blog da Bethânia nisso tudo? Garanto para vocês que ele faz parte do seleto grupo de projetos que conseguem captar recursos. Logo, a chancela obtida para a captação é quase uma garantia de que recursos públicos serão utilizados, em detrimento de diversos outros projetos incipientes, que poderiam ser financiados se tivessem poder de marketing ou algum mecanismo público que os contemplasse. Da mesma forma que ecoa por aí a tese de que ‘não podemos discriminar os famosos’, é justo do ponto de vista da equidade da política pública que também não discriminemos quem não tem poder de alcançar a captação, seja por falta de capital social ou poder de divulgação a oferecer para as empresas. Devemos responsabilizar, então, os grandes artistas ou as empresas que operam no sistema? Não seria justo. Não fazem nada de ilegal. Leis e instituições são expressões de acordos sociais, e o projeto cultural de grande artista que se utiliza do sistema vigente da Rouanet opera dentro do que é permitido, e seria um contrassenso não fazê-lo. Até porque, até mesmo para esses, o mercado não oferece meios para um voo solo consistente. O problema não é um artista ou um projeto específico: é sistêmico. Temos que amadurecer como sociedade, pautando políticas culturais que incorporem proteção e apoio estruturante ao que não tem mercado, cumuladas com um amplo programa de incentivos ao empreendedorismo individual daqueles que têm mercado. Faço fé de que essa pauta seja tão tuitada e retuitada quanto o blog da Maria Bethânia e que disso brote conscientização da sociedade brasileira quanto à necessidade de novos parâmetros estruturantes de economia da cultura em sentido estrito e de políticas culturais em sentido amplo.” a) Todo conhecimento científico é social. b) Todo conhecimento local é global. c) Todo conhecimento é autoconhecimento. d) Todo conhecimento científico torna-se senso comum. e) Todo senso comum torna-se conhecimento científico. Alternativa: D Comentário: as descobertas científicas estão a serviço das pessoas que, ao utilizarem em seu cotidiano, transformam o conhecimento científico em senso comum de modo recursivo. PERGUNTA 7 De modo geral, todos os textos revelam os valores e as crenças de um grupo social e algumas vezes ocorrem conflitos intergrupais. A argumentação é a arte de convencere persuadir. E decorre do posicionamento do enunciador. Sendo assim, é correto afirmar que: a) A argumentação não está presente em qualquer texto. b) A argumentação pode ser compreendida como uma estratégia utilizada pelo autor do texto com o objetivo de levar o leitor a dar adesão às ideias defendidas pelo texto. c) Para convencer, é necessário que o texto apresente opiniões contrárias as do seu leitor. d) Usar ideias racionais é indispensável para estabelecer uma relação lógica entre os segmentos do texto. e) A noção de sentido do texto é verificada pelas repetições e/ou redundâncias. Alternativa: B Comentário: a argumentação ocorre a partir das informações baseadas nos conhecimentos prévios do leitor. PERGUNTA 8 Nos textos de modo geral, a orientação argumentativa pode realizar-se pelo uso de termos ou expressões com o objetivo de caracterizar uma situação de determinada maneira. Desse modo, identifique como foi construído o sentido no texto de Fernando Pessoa: “Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.” (Fernando Pessoa) a) Sentido hiperbólico. b) Sentido categórico. c) Sentido metodológico. d) Sentido filosófico. e) Sentido metafórico. Alternativa: E Comentário: o autor constrói uma relação de comparação entre a grandeza do indivíduo e a lua, por meio de metáfora que faz comparação entre dois seres diferentes e estabelece um traço de semelhança entre eles. PERGUNTA 9 O discurso de eficiência da empresa Chevron não se comprovou e teve repercussão na mídia mundial. Considerando a charge, podemos afirmar que a “violência” nos mares do Rio de Janeiro ao se referir às UPPs: http://blogdotarso.com/2011/11/page/2/ a) Precisa ser controlada pelas organizações não governamentais. b) Precisa ser controlada pelos meios de comunicação de imprensa. c) Precisa ser controlada pelas empresas responsáveis. d) Precisa ser controlada pelas autoridades policiais. e) Precisa ser controlada pelo próprio ecossistema. http://blogdotarso.com/2011/11/page/2/ http://blogdotarso.com/2011/11/page/2/ Alternativa: D Comentário: o escândalo provocado pela empresa Chevron e as ações de pacificação nas favelas do Rio são considerados casos a serem resolvidos pela polícia. PERGUNTA 10 Para Bauman (2006), a individualização se tornou o destino de todo habitante de uma grande cidade contemporânea, não uma opção. A sociedade estimula os indivíduos a agirem em função dos problemas e dos medos que surgem diariamente. E, ao tentar fazer com que as vidas tenham sentido, os homens tendem a culpar suas próprias falhas e fraquezas pelos desconfortos e derrotas que enfrentam. Segundo Bauman, a reação só leva a mais isolamento. Desse modo, considerando a tirinha e a visão de Bauman, podemos afirmar que a noção de comunidade ideal: http://mafalda-portugues.blogspot.com.br/2010/03/analise-da-charge-no-tocante-ao.html a) Significa entendimento compartilhado de modo natural e implícito. b) Significa desentendimento decorrente do não compartilhamento. c) Significa entendimento dos valores hierarquizados socialmente. d) Significa desentendimento entre grupos sociais. e) Significa desentendimento entre indivíduos. Alternativa: A Comentário: para Bauman, a noção de comunidade é construída pelas ideias em comum. Assim, na tirinha temos dois posicionamentos que refletem ideias diferentes. Cada personagem pertence a uma comunidade e dentro do grupo suas ideias são compartilhadas de modo natural. A tirinha apresenta um conflito entre grupos sociais. http://mafalda-portugues.blogspot.com.br/2010/03/analise-da-charge-no-tocante-ao.html PERGUNTA 1 PERGUNTA 2 PERGUNTA 3 PERGUNTA 4 PERGUNTA 5 PERGUNTA 6 PERGUNTA 7 PERGUNTA 8 PERGUNTA 9 PERGUNTA 10 PERGUNTA 1 PERGUNTA 2 PERGUNTA 3 PERGUNTA 4 PERGUNTA 5 PERGUNTA 6 PERGUNTA 7 PERGUNTA 8 PERGUNTA 9 PERGUNTA 10
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