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Estudos Disciplinares XIII

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Estudos Disciplinares XIII 
 Os Estudos Disciplinares (ED) são unidades de estudos de caráter obrigatório nos cursos de 
graduação da Universidade Paulista – UNIP. 
 Tem por objetivo a formação inter e multidisciplinar. 
 Os EDs utilizam a resolução sistemática de exercícios, indutores do desenvolvimento das 
competências e habilidades para sua área de formação. 
 A avaliação de desempenho dos alunos nos Estudos Disciplinares resultará da combinação do seu 
aproveitamento nas diferentes atividades. 
 Neste semestre, os Estudos Disciplinares serão realizados na forma de exercícios para o 
aprimoramento de habilidades de raciocínio lógico e de leitura e interpretação de textos, imagens, 
gráficos e tabelas. 
 Para isso, os Estudos Disciplinares são compostos por questões, nas quais o aluno terá 
oportunidade de exercitar suas habilidades na leitura e solução de questões de múltipla escolha, que 
utilizam recursos de comunicação de diferentes formas, como charges, tirinhas de humor, gráficos, 
fotos, textos e outros. 
Formação Geral – Objetivos da Lei – Art. 43 – LDB 
V. suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a 
correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa 
estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; 
VI. estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e 
regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de 
reciprocidade; 
 A relação ensino-aprendizagem em EaD precisa da participação e do protagonismo do aluno. 
 Os Estudos Disciplinares são excelente contribuição para essa participação ativa do aluno. 
UNIDADE I 
Estudos Disciplinares Raciocínio Lógico Leitura e Interpretação de Textos 
Prof. Bruno César 
Argumentação 
 Argumentar é a arte de convencer e persuadir. 
 Convencer é saber gerenciar informações, demonstrando, provando – vencer junto com o outro. 
Razão 
 Persuadir é saber gerenciar a relação, é falar à emoção do outro. Emoção 
Diferença entre convencer e persuadir: 
 Convencer é construir algo no campo das ideias. 
 O outro passa a pensar como nós. 
 Por exemplo, as informações em circulação na sociedade. 
 Auditório universal. 
Diferença entre convencer e persuadir: 
 Persuadir é construir no terreno das emoções. 
 É sensibilizar para agir. 
 O outro realiza algo que desejamos que ele realize. 
 Por exemplo, informações que circulam em contextos particulares. 
 Auditório particular. 
Argumento lógico e quase lógico: 
 Lógico é baseado em conhecimentos do real. 
 Quase lógico são argumentos baseados na possibilidade. 
Exemplo de raciocínio lógico: 
 “Quanto mais chove, mais o rio transborda.” 
 Os argumentos são baseados nos conhecimentos prévios. 
Exemplo de raciocínio quase lógico: 
 “O anão quanto mais sobe, menor se apresenta.” 
 Ocorre uma ruptura com os conhecimentos prévios, indicando outras possibilidades. 
Exemplo de argumentação lógica e quase lógica: 
 “Enquanto o professor falava, os alunos aprendiam.” 
 “Enquanto o professor falava, os alunos dormiam.” 
 No marco das cognições sociais que se referem aos conhecimentos prévios, o papel do professor é 
ensinar. Assim, ocorre uma nova circunstância. 
Interatividade 
 (Questão 1 – ENADE 2009). A urbanização no Brasil registrou um marco histórico na década de 
1970, quando o número de pessoas que viviam nas cidades ultrapassou o número daquelas que 
viviam no campo. No início deste século, em 2000, segundo dados do IBGE, mais de 80% da 
população brasileira já era urbana. Considerando essas informações, estabeleça a relação entre as 
charges. Com base nas informações dadas e na relação proposta entre as charges, é correto afirmar 
que: 
a) A primeira charge é falsa, e a segunda é verdadeira. 
b) A primeira charge é verdadeira, e a segunda é falsa. 
c) As duas charges são falsas. 
d) As duas charges são verdadeiras, e a segunda explica a primeira. 
e) As duas charges são verdadeiras, mas a segunda não explica a primeira. 
 
 
 
Aula 02 
 
Pensando na lógica da resposta 
 O texto inicial diz que “a urbanização no Brasil registrou um marco histórico na década de 1970, 
quando o número de pessoas que viviam nas cidades ultrapassou o número daquelas que viviam no 
campo. No início deste século, em 2000, segundo dados do IBGE, mais de 80% da população 
brasileira já era urbana”. Ou seja, houve uma inversão do percentual de pessoas que viviam no 
campo e na cidade: “antes”, a maioria da população do Brasil vivia no campo; “hoje”, a maioria da 
população do Brasil vive na cidade. 
 Isso se traduz nas charges da seguinte maneira: “hoje” temos “enxadas paradas” (ou seja, “pouca 
gente no campo”) e “inchadas paradas” (ou seja, “muita gente na cidade”). Pela leitura do texto 
inicial e pela lógica, concluímos que as duas charges são verdadeiras. 
 A palavra porque, que “liga” as duas charges, indica que a segunda charge seria a causa e a 
primeira charge seria a sua consequência. Usando a lógica, concluímos que esse raciocínio não é 
correto, pois foi a saída de pessoas do campo que ocasionou o “caos” urbano. 
 Assim, pela análise lógica de “causa e efeito”, que as duas charges são verdadeiras, mas a segunda 
não explica a primeira. 
Processos dedutivos e indutivos 
 Abdução, indução e dedução são momentos diferentes que constroem o conhecimento e que são 
tratados como métodos de investigação científica. 
 A abdução é utilizada quando ocorre um problema e se buscam os conhecimentos prévios já 
adquiridos para uma resposta. 
 A indução é o método caracterizado pela observação, assim o elemento observado é singular e o 
conhecimento adquirido do seu exame é generalizado para todos os seres da mesma espécie através 
do processo da dedução. 
 Dedução é feita das formas de conhecimentos já cristalizados e devidamente generalizados. 
 Por exemplo: uma rachadura na parede. 
 Dedutivo: hipotético-dedutivos, formulação da hipótese, dedução das consequências, observação 
ou experimentação para determinar a validade das consequências. 
 
 
 Indutivo: argumentar por enumeração/estatísticas, ver os perigos, generalização e tendências, 
analogia (comparação – ver qualidades específicas daquilo que se compara), autoridade (autoridade 
também erra). 
 
 
 
Interatividade 
 
Em “todo brasileiro é corintiano”, qual é a negação total dessa afirmação? 
a) Nenhum brasileiro é corintiano. 
b) Existe brasileiro que não é corintiano. 
c) Todo não brasileiro é corintiano. 
d) Todo não brasileiro não é corintiano. 
e) Todo brasileiro não é corintiano. 
 
Aula 03 
 
Deduzindo a lógica da resposta 
 
 Se pelo menos um brasileiro não for corintiano, a proposição “todo brasileiro é corintiano” torna-
se falsa. Ou seja, se existir brasileiro que não seja corintiano, então se nega que “todo brasileiro é 
corintiano”. Ou ainda, basta que um único brasileiro não seja corintiano para que “todo brasileiro é 
corintiano” seja uma proposição falsa. 
 Dedução: raciocínio que parte de uma proposição geral para uma proposição particular. 
 Frege, Russell e Wittgenstein pensaram na linguagem significativa em termos da lógica. Sobre dois 
princípios da lógica, denominados de Princípio do Terceiro Excluído e Princípio da Não Contradição. 
Conectivos 
 Os conectivos são palavras que “ligam” proposições, ou seja, são palavras usadas na formação de 
outras sentenças. Os principais conectivos são as partículas “e”, “ou”, “se e somente se” e “se... 
então”. 
 Os conectivos fazem o papel de modalizadores e têm a função de determinar o modo como aquilo 
que se diz é dito. 
Operadores argumentativos: 
 Indicam a força argumentativa dos enunciados, o sentido para o qual apontam; introduzem no 
enunciado conteúdos semânticos adicionais, conteúdos que ficam à margem da discussão 
(pressupostos); as marcas que os introduzemsão os marcadores de pressuposição. 
 
a) Operadores que assinalam o argumento mais forte de uma escala orientada no sentido de 
determinada conclusão: até, mesmo, até mesmo, inclusive. Ou de escala subentendida: ao menos, 
pelo menos, no mínimo. 
b) Operadores que somam argumentos a favor de uma mesma conclusão: e, também, ainda, nem (= 
e não), não só... mas também, tanto... como, além de, a par de..., aliás. 
c) Operadores que introduzem uma conclusão relativa a argumentos apresentados em enunciados 
anteriores: portanto, logo, por conseguinte, pois, em decorrência, consequentemente. 
d) Operadores que introduzem argumentos alternativos que levam a conclusões diferentes ou 
opostas: ou, ou então, quer... quer, seja... seja etc. 
e) Operadores que estabelecem relações de comparação entre elementos, com vistas a uma dada 
conclusão: mais que, menos que, tão... como etc. 
f) Operadores que introduzem uma justificativa ou explicação relativa ao enunciado anterior: 
porque, que, já que, pois etc. 
 Principais tipos de modalidade: necessário/possível; certo/incerto; duvidoso; 
obrigatório/facultativo. Ex.: mesmo conteúdo proposicional veiculado sob modalidades diferentes: 
 É (necessário/possível/certo/provável) que a guerra termine. 
 É (obrigatório/facultativo) o uso de crachás. 
Interatividade 
Existem três suspeitos de invadir uma rede de computadores: Luiz, Thais e Felipe. Sabe-se que a 
invasão foi de fato cometida por um ou por mais de um deles, já que podem ter agido 
individualmente ou não. Sabe-se, ainda, que: 
I. Se Luiz é inocente, então Thais é culpada. 
II. Ou Felipe é culpado ou Thais é culpada, mas não os dois. 
III. Felipe não é inocente. 
Com base nessas considerações, conclui-se que: 
a) Somente Luiz é inocente. 
b) Somente Thais é culpada. 
c) Somente Felipe é culpado. 
d) Thais e Felipe são culpados. 
e) Luiz e Felipe são culpados. 
 
Aula 04 
 
Conectando a resposta 
 
 Por III, sabemos que Felipe é culpado, pois Felipe não é inocente. 
 Por II, sabemos que Thais é inocente, pois Felipe é culpado e foi dito que ou Felipe é culpado ou 
Thais é culpada, mas ambos não são culpados simultaneamente. 
 Por I, como sabemos que Thais é inocente, então Luiz não é inocente, ou seja, Luiz é culpado. 
Operadores argumentativos 
Outras formas de expressão de modalidade: 
a) Certos advérbios ou locuções adverbiais (talvez, provavelmente, certamente, possivelmente, 
seguramente, indubitavelmente etc.). 
b) Verbos auxiliares modais (poder, dever etc.). 
c) Construções de auxiliar + infinitivo (ter de, precisar, dever + inf.): os candidatos deverão 
apresentar RG. 
d) Orações modalizadoras (tenho a certeza de que..., não há dúvida de que..., há possibilidade de..., 
todos sabem que..., suponho que..., creio que..., exige-se que...). 
Um mesmo indicador modal pode exprimir modalidades diferentes: 
 Todos os candidatos devem comparecer em traje social (= é obrigatório). 
 O tempo deve melhorar amanhã (= é possível). 
 Vamos, a reunião deve estar começando (= é provável). 
 Os candidatos podem apresentar-se em traje esportivo (= é facultativo). 
 Os preços podem cair nos próximos meses (= é possível). 
Indicadores da enunciação 
 Indicadores atitudinais (de estado psicológico, atitude subjetiva): infelizmente, felizmente, 
pesarosamente, francamente, é com prazer... 
 Índices de avaliação (valoração dos fatos, estados ou qualidades atribuídas a um referente): em 
geral, expressões adjetivas e formas intensificadoras: excelente, extremamente... 
Índices de domínio (operadores que delimitam domínio dentro do qual o enunciado deve ser 
entendido (a e b) ou o modo como ele é formulado pelo locutor (c e d)): 
a) Politicamente, ele está desmoralizado. 
b) Geograficamente, o Brasil é um dos maiores países do mundo. 
c) Resumidamente, pode-se dizer que a desavença se deu da seguinte maneira. 
d) Vou abordar concisamente esse aspecto da questão. 
 Índices de polifonia: formas linguísticas que funcionam como índices, no texto, da presença de 
outra voz, com a qual o locutor se identifica ou não. 
a) Ao contrário, pelo contrário. Ex.: Roberto não é um traidor. Pelo contrário, tem-se mostrado um 
bom amigo. 
b) Operadores do grupo do mas e do embora. 
c) Operadores conclusivos. Ex.: Carlos é dorminhoco. Não pode, portanto, vencer na vida. (“Quem 
cedo madruga, Deus ajuda.”) 
d) Os marcadores de pressuposição. Ex.: Mariana continua linda. 
e) O uso do futuro do pretérito como metáfora temporal (o locutor não se responsabiliza pelo que é 
dito, atribuindo-o a outrem). Ex.: O técnico do Corinthians estaria disposto a se demitir (= ouvi 
dizer). 
f) O uso de aspas (como modo de manter distância do que se diz, colocando-o “na boca” de outros). 
 g) A intertextualidade, o discurso indireto livre, a ironia etc. 
Interatividade 
 (ENADE 2008). Émile Durkheim e Marcel Mauss figuram entre grandes expoentes da sociologia 
francesa. Ambos contribuíram para a elaboração de noções como “representações individuais” e 
“representações coletivas”. Em uma de suas formulações clássicas, a noção de representações 
coletivas – em oposição à de representações individuais – é definida como as maneiras de agir e 
pensar, consagradas pela tradição e impostas pela sociedade aos indivíduos. Considerando essa 
definição, assinale a opção correta. 
a) A prece, na qualidade de fenômeno religioso, é um ato individual e, por essa razão, trata-se de 
uma representação individual. 
b) Durante a realização de ritos funerários, o choro e a lamentação decorrentes do sentimento de 
perda do ente querido são expressões de uma representação individual. 
c) A noção de pessoa e os sobrenomes são impostos aos membros de uma sociedade conforme a 
tradição desta. 
d) Uma vez criada, a tradição se transmite de geração a geração de forma inalterada nas 
representações coletivas. 
e) Direito e moral, religião e magia, mitos e contos são comuns a muitas sociedades e é essa 
generalidade que faz deles representações coletivas. 
 
Questionário Unidade I 
PERGUNTA 1 
(ENADE-2008) A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção correta a respeito da 
interação leitor-texto: 
 
“A leitura de um texto exige muito mais que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos 
interlocutores: o leitor é, necessariamente, levado a mobilizar uma série de estratégias tanto de 
ordem linguística como de ordem cognitivo-discursiva, com o fim de levantar hipóteses, validar ou 
não as hipóteses formuladas, preencher as lacunas que o texto apresenta, enfim, participar, de forma 
ativa, da construção do sentido. Nesse processo, autor e leitor devem ser vistos como ‘estrategistas’ 
na interação pela linguagem” 
 
(KOCH, Ingedore Villaça. “Ler e compreender os sentidos do texto”. 2a ed. São Paulo: Contexto, 2008, 
p. 7) 
a) A interação entre o leitor e o texto deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer 
uma espécie de “livre interpretação”. 
b) A aproximação, no texto, entre o que sabe o autor e o que sabe o leitor, é incoerente, porque 
os respectivos horizontes de expectativa são diferentes. 
c) A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em 
detrimento da leitura como expressão do outro. 
d) A leitura como descoberta pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição da 
leitura como confirmação da fala de uma autoridade. 
e) A interação entre o leitor e o texto se dá por meio de sujeitos sociais, estabelece 
diálogo por meio de ações linguísticas e sociocognitivas, construindo propostas de 
sentido. 
Alternativa: E 
Comentário: o texto produto, acabado, apresentado ao leitor possui a intenção e os objetivos do 
autor. Assim, o leitor deverá interpretar as possibilidades de sentidos mobilizadas pelo autor no texto 
produzido. 
PERGUNTA 2 
A comunicação mediada pelo computador traz uma nova abordagem no tratamento dosgêneros 
textuais discursivos, na medida em que repensa a relação entre as pessoas e suas práticas sociais. A 
internet para além da revolução tecnológica seja uma revolução dos modos sociais de interação por 
meio da língua. Desse modo, considerando a charge, pode-se concluir que: 
 
a) O conhecimento da tecnologia digital está totalmente democratizado no Brasil. 
b) A preocupação social é fazer planejamento para o domínio da informática. 
c) O apelo à inclusão digital atrai os jovens para o universo da computação. 
d) A dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidadão um excluído social. 
e) As novas tecnologias são imediatamente incorporadas à vida cotidiana. 
Alternativa: E 
Comentário: As novas tecnologias modificaram os meios de interação social. A cada dia, 
incorporamos novas tendências, novos recursos em nossos meios de produção e consumo, seja de 
informação ou de bens. 
PERGUNTA 3 
A linguagem, de modo geral, reflete as atividades humanas. Assim, nas pesquisas de Habilidades 
Sociais um dos temas abordados é a assertividade que enfatiza as condições antecedentes e 
reforçadoras do comportamento humano, dependendo do contexto em que o indivíduo está 
inserido. Desse modo, considerando a tirinha, identifique qual é a assertiva: 
 
 http://www.nacascadoovo.com.br/2008/07/na-casca-do-ovo-06/ 
a) A fé na existência de Deus. 
b) A credulidade das pessoas de modo geral. 
c) A esperança de que “tudo vai dar certo”. 
d) O ceticismo de algumas pessoas. 
e) A crítica aos dogmas da Igreja. 
Alternativa: D 
Comentário: assertividade refere-se às convicções, ou seja, uma assertiva é uma afirmação que 
reflete um conjunto de conhecimentos e experiências que levam o indivíduo a defender ideias de 
acordo com seu ponto de vista. A convicção é construída por meio dos argumentos lógicos, baseados 
no conhecimento do real. 
PERGUNTA 4 
De acordo com o texto “Presença”, de Mario Quintana, podemos afirmar que: 
 
Presença 
 
“É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, 
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento 
das horas ponha um frêmito em teus cabelos... 
É preciso que a tua ausência trescale 
sutilmente, no ar, a trevo machucado, 
as folhas de alecrim desde há muito guardadas 
não se sabe por quem nalgum móvel antigo... 
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela 
e respirar-te, azul e luminosa, no ar. 
É preciso a saudade para eu sentir 
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida... 
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista 
que nunca te pareces com o teu retrato... 
http://www.nacascadoovo.com.br/2008/07/na-casca-do-ovo-06/
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.” 
(Mario Quintana) 
a) Os avanços tecnológicos aos poucos aproximam as pessoas. 
b) O sentimento de falta exige constante atenção, mas não reduz a saudade. 
c) Sentir saudade é relembrar sempre. 
d) Deixar de sentir saudade é um fato da vida. 
e) Sentir saudade reflete problemas de comunicação. 
Alternativa: C 
Comentário: a saudade reflete uma ausência que é constante. Sendo assim, relembrar é presença da 
ausência. 
PERGUNTA 5 
De acordo com os pesquisadores, a intertextualidade pressupõe um universo cultural muito amplo e 
complexo, pois implica a identificação e o reconhecimento de retomadas e remissões a obras, textos 
mais ou menos conhecidos, além de exigir do leitor a capacidade de interpretar a função daquela 
citação ou alusão. Desse modo, os conectores contribuem para a construção dos textos adequados a 
cada modalidade de situação de comunicação. Considerando o fragmento de texto de Bertold Brecht, 
identifique os operadores argumentativos: 
 
“Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o 
comprimem.” 
(Bertold Brecht) 
a) Índice de domínio. 
b) Índice de justificativa. 
c) Índice de polifonia. 
d) Índice de avaliação. 
e) Índice de atitude. 
Alternativa: C 
Comentário: o uso do verbo “diz-se” apresenta índices de polifonia (formas linguísticas que funcionam 
como índices, no texto, da presença de outra voz, com a qual o locutor se identifica ou não), pois 
atribui aos outros o julgamento de valor, desse modo, possibilita a identificação com o leitor ou não. 
O operador “mas” indica uma oposição em relação à informação exposta inicialmente, estabelecendo 
uma contraposição. 
PERGUNTA 6 
O homem é um ser social e está sujeito a uma organização caracterizada pela solidariedade entre o 
individual e o social. Do ponto de vista social, podemos constatar que a construção do homem ocorre 
por meio da diversidade cultural, ou seja, pela maneira de se localizar no mundo, identificando 
fronteiras e possibilidades de atuação. Desse modo, considerando a tirinha, a construção da 
identidade ocorre por meio do raciocínio: 
 
a) Indutivo. 
b) Dedutivo. 
c) Abdutivo. 
d) Recíproco. 
e) Intencional. 
Alternativa: B 
Comentário: refere-se à formulação de hipóteses, possibilita a dedução das consequências por meio 
da observação ou experimentação para determinar a validade das consequências do fato observado. 
Assim, temos a personagem da tirinha que por meio do processo dedutivo questiona a validade do 
“destino” da “gente”, indivíduo e grupo social. 
PERGUNTA 7 
O homem na pós-modernidade estabelece-se como centro do universo. Sendo assim, o imaginário 
decorre de um processo que constrói a realidade. Desse modo, considerando a tirinha do Calvin, 
podemos afirmar que entre a realidade e a ficção: 
 
 www.depositodocalvin.com 
a) Ocorre uma construção por meio dos valores individuais, das crenças e dos costumes. 
b) Ocorre a construção segundo os valores instituídos pelo indivíduo em sociedade. 
c) Ocorre a construção da ficção por meio da realidade. 
d) Ocorre a construção da realidade por meio da ficção. 
e) Ocorre que a realidade não é possível de ser constatada. 
Alternativa: B 
Comentário: a construção da realidade decorre das experiências vivenciadas de modo individual e 
também em grupo. É por meio da observação e da experiência que representamos a nossa realidade. 
PERGUNTA 8 
Para Bauman (2010), o processo da tomada de decisão busca explicações na forma de resultados de 
uma causa; em geral, satisfazemos nossa curiosidade concluindo que o evento era inevitável ou pelo 
menos provável. Segundo o autor, a forma de explicar a conduta humana é mais complexa, pois 
implica as motivações que orientam as ações. 
http://www.depositodocalvin.com/
 
http://fegiusti.blogspot.com/2010/09/tirinha-genial-de-frank-e-ernest-criado.html 
a) As pessoas são capazes de extrair todas as informações no seu ambiente de trabalho. 
b) As pessoas rejeitam as ações motivadoras para o sucesso do trabalho. 
c) As pessoas ignoram as circunstâncias do contexto do trabalho. 
d) As pessoas tendem a responder somente aos estímulos proporcionados no trabalho. 
e) As pessoas interpretam corretamente o objetivo das ações que devem ser postas em prática. 
Alternativa: C 
Comentário: as pessoas que fazem ações de modo rotineiro, de modo geral, têm dificuldade de 
entender os desdobramentos e as consequências dos seus atos, da sua contribuição segundo uma 
perspectiva mais abrangente, dentro das instituições. 
Desse modo, considerando a tirinha, podemos afirmar: 
PERGUNTA 9 
Sócrates defendia que a ética decorre da sabedoria, ou seja, segundo ele basta saber o que é ser bom 
para que seja bom. Assim, é importante saber para ser ético. A cada contemporaneidade as noções 
de ética e moral modificam-se em decorrência das mudanças sociais e a necessidade de ganhos para 
a sobrevivência. Desse modo, considerando a tirinha da Mafalda, podemos afirmar que a moral: 
 
a) Refere-se às obrigações do indivíduo em sociedade. 
b) Refere-se aos costumes,condutas sociais do indivíduo em sociedade. 
c) Refere-se à construção do caráter do indivíduo. 
d) Refere-se aos aspectos culturais particulares. 
e) Refere-se às ações e aos pensamentos. 
Alternativa: B 
Comentário: a moral está ligada aos costumes adotados pelos indivíduos na sociedade. 
PERGUNTA 10 
Todo texto revela os valores e as crenças de um grupo social e algumas vezes ocorrem conflitos 
intergrupais. No texto da tirinha, a personagem do Calvin tem uma intenção ao dizer o que é dito. 
Assim, identifique na tirinha qual é a estratégia de Calvin para conseguir o que quer. 
http://fegiusti.blogspot.com/2010/09/tirinha-genial-de-frank-e-ernest-criado.html
 
a) Imperativo. 
b) Persuasão. 
c) Conversação. 
d) Convencimento. 
e) Discernimento. 
Alternativa: B 
Comentário: argumentar é a arte de convencer e persuadir. No caso apresentado na tirinha, temos a 
persuasão, pois persuadir é saber gerenciar a relação, é falar à emoção do outro. Desse modo, 
persuadir é construir no terreno das emoções, é uma tentativa de sensibilizar o outro. 
 
 
Unidade II 
 
Ética 
 Para Sócrates, a ética decorre da sabedoria, ou seja, por exemplo: basta saber o que é ser bom 
para que seja bom. 
 Saber x conhecer. 
 Questão 1 (adaptada – Enade 2010). Analise a charge abaixo. 
 
 A charge acima representa um grupo de cidadãos pensando e agindo de modo diferenciado, frente 
a uma decisão cujo caminho exige um percurso ético. Considerando a imagem e as ideias que ela 
transmite, avalie as afirmativas a seguir. 
I. A ética não se impõe imperativamente nem universalmente a cada cidadão; cada um terá de 
escolher por si mesmo os seus valores e ideias, isto é, praticar a autoética. 
II. A ética política supõe o sujeito responsável por suas ações e pelo seu modo de agir na sociedade. 
III. A ética pode se reduzir ao político, do mesmo modo que o político pode se reduzir à ética, em um 
processo a serviço do sujeito responsável. 
IV. A ética prescinde de condições históricas e sociais, pois é no homem que se situa a decisão ética, 
quando ele escolhe os seus valores e as suas finalidades. 
V. A ética se dá de fora para dentro, como compreensão do mundo, na perspectiva do 
fortalecimento dos valores pessoais. 
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) I e V. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
e) III e V. 
PORQUE 
 A ética não se impõe imperativamente nem universalmente a cada cidadão; cada um terá de 
escolher por si mesmo os seus valores e ideias, isto é, praticar a autoética. 
 A ética política supõe o sujeito responsável por suas ações e pelo seu modo de agir na sociedade. 
 Questão 19 (Enade 2004). 
 
 
A charge de Millôr aponta para: 
a) A fragilidade dos princípios morais. 
b) A defesa das convicções políticas. 
c) A persuasão como estratégia de convencimento. 
d) O predomínio do econômico sobre o ético. 
e) O desrespeito às relações profissionais. 
 
Interatividade 
 
Questão 2 (adaptada – Enade 2009). O Ministério do Meio Ambiente, em junho de 2009, lançou 
campanha para o consumo consciente de sacolas plásticas, que já atingem, aproximadamente, o 
número alarmante de 12 bilhões por ano no Brasil. Veja o slogan dessa campanha: O possível êxito 
dessa campanha ocorrerá porque: 
I. Se cumprirá a meta de emissão zero de gás carbônico estabelecida pelo Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente, revertendo o atual quadro de elevação das médias térmicas globais. 
II. Deixarão de ser empregados, na confecção de sacolas plásticas, materiais oxibiodegradáveis e os 
chamados bioplásticos que, sob certas condições de luz e de calor, fragmentam-se. 
III. Serão adotadas, por parcela da sociedade brasileira, ações comprometidas com mudanças em 
seu modo de produção e de consumo, atendendo aos objetivos preconizados pela sustentabilidade. 
IV. Haverá redução tanto no quantitativo de sacolas plásticas descartadas indiscriminadamente no 
ambiente, como também no tempo de decomposição de resíduos acumulados em lixões e aterros 
sanitários. 
Estão corretas somente as afirmativas: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
Língua e linguagem 
 
 Questão 7 (adaptada – Enade 2010). Leia as asserções abaixo. 
 Para preservar a língua, é preciso o cuidado de falar de acordo com a norma padrão. Uma dica 
para o bom desempenho linguístico é seguir o modelo de escrita dos clássicos. Isso não significa 
negar o papel da gramática normativa; trata-se apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola é 
um lugar privilegiado de limpeza dos vícios de fala, pois oferece inúmeros recursos para o domínio 
da norma padrão e consequente distância da não padrão. Esse domínio é o que levará o sujeito a 
desempenhar competentemente as práticas sociais; trata-se do legado mais importante da 
humanidade. 
 Porque 
 A linguagem dá ao homem uma possibilidade de criar mundos, de criar realidades, de evocar 
realidades não presentes. E a língua é uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de criar 
mundos. A língua, nesse sentido, é a concretização de uma experiência histórica. Ela está 
radicalmente presa à sociedade. 
 Analisando a relação proposta entre as duas asserções, assinale a opção correta. 
a) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da 
primeira. 
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da 
primeira. 
c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda é uma proposição falsa. 
d) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira. 
e) As duas asserções são proposições falsas. 
 
Gráfico 
 
 Questão 9. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de pobreza, 
alfabetização e esperança de vida para os diversos países do mundo. Seu cálculo resulta em valor 
que vai de 0 (zero) a 1 (um), sendo que, quanto mais próximo da unidade, mais desenvolvido é 
considerado o país. A escolaridade inclui a alfabetização dos adultos e a educação primária, 
secundária e terciária da população em geral. O PIB per capita entra no cálculo do IDH como um 
substituto de uma medida do padrão de vida ou de distribuição de renda. O gráfico abaixo mostra a 
evolução do IDH de 1975 a 2004 para várias regiões do planeta. 
 
 
Com base nos dados apresentados no gráfico, pode-se concluir que: 
a) Todos os continentes apresentaram aumento no valor do IDH no período de 1975 a 2004. 
b) O fator que mais influencia o aumento do IDH é o aumento do número de matrículas no ensino 
primário, secundário e de nível superior. 
c) Os países árabes nunca terão valores de IDH comparáveis aos da Europa. 
d) O leste da Ásia é mais desenvolvido que o sul do continente. 
e) Os países da África logo atingirão valores de IDH correspondentes aos do sul da Ásia. 
 
Interatividade 
 
Questão 5 (Enem 2004). A conversa entre Mafalda e seus amigos: 
 
a) Revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir. 
b) Desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as 
pessoas. 
c) Expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições 
divergentes. 
d) Ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político 
de ideias. 
e) Mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar 
divergências. 
 
Sociologia 
 
(Enade 2015). Leia o texto a seguir. 
 “A ideia segundo a qual todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno corresponde a 
um valor moral. O pluralismo político, por exemplo, pressupõe um valor moral: os seres humanos 
têm o direito de ter suas opiniões, expressá-las e organizar-se em torno delas. Não se deve, 
portanto, briga-los a silenciar ou a esconder seus pontos de vista; vale dizer, são livres. Na sociedadebrasileira, não é permitido agir de forma preconceituosa, presumindo a inferioridade de alguns (em 
razão de etnia, raça, sexo ou cor), sustentando e promovendo a desigualdade. Trata-se de um 
consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática: sem 
esse conjunto central, cai-se na anomia, entendida como ausência de regras ou como total 
relativização delas.” 
(Enade 2015). Leia o texto a seguir. Com base nesse fragmento de texto, infere-se que a sociedade 
moderna e democrática: 
a) Promove a anomia, ao garantir os direitos de minorias étnicas, de raça, sexo ou cor. 
b) Admite o pluralismo político, que pressupõe a promoção de algumas identidades étnicas em 
detrimento de outras. 
c) Sustenta-se em um conjunto de valores pautados pela isonomia no tratamento dos cidadãos. 
d) Apoia-se em preceitos éticos e morais que fundamentam a completa relativização de valores. 
e) Adota preceitos éticos e morais incompatíveis com o pluralismo político. 
RESPOSTAS: Análise das alternativas. 
 A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Anomia, na concepção de Durkheim, significa 
enfraquecimento dos vínculos sociais e perda da capacidade da sociedade em regular os indivíduos. 
Esse não é objetivo da sociedade moderna e democrática. 
 B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O pluralismo político não deve agir em detrimento de 
quaisquer identidades étnicas. 
 C – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. Isonomia significa igualdade perante as leis e deve ser a 
base de uma sociedade moderna e democrática. 
 D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A completa relativização de valores pode ferir, em alguns 
casos, preceitos éticos e morais. 
 E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O pluralismo político é elemento essencial da sociedade 
moderna e democrática. 
 
Cidadania 
Questão 13 (Enade 2009). Leia o trecho: 
Quais as possibilidades, no Brasil atual, de a cidadania se enraizar nas práticas sociais? Essa é uma 
questão que supõe discutir as possibilidades, os impasses e os dilemas da construção da cidadania, 
tendo como foco a dinâmica da sociedade. Antes de mais nada, é preciso dizer que tomar a 
sociedade como foco de discussão significa um modo determinado de problematizar a questão dos 
direitos. Os direitos são aqui tomados como práticas, discursos e valores que afetam o modo como 
as desigualdades e diferenças são figuradas no cenário público, como interesses se expressam e os 
conflitos se realizam. TELLES, 2006. (Adaptado) 
 Na abordagem salientada nesse trecho, qual direito social você destacaria para diminuir as 
desigualdades de renda familiar no Brasil? Apresente dois argumentos que deem suporte à sua 
resposta. 
Possíveis argumentos 
 Acesso à educação pública, gratuita e de qualidade; 
 Permanência do estudante na escola, em todos os níveis escolares – da educação infantil à 
educação superior; 
 Condições dignas de trabalho, com remuneração que garanta qualidade de vida do indivíduo; 
 Assistência à saúde; 
 Ser proprietário do imóvel em que se reside. 
Biodiversidade 
Questão 26 (Enem 2003). A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas, como 
a funções, e coloca problemas de gestão muito diferenciados. É carregada de normas de valor. 
Proteger a biodiversidade pode significar: 1 
 a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia radical; 
 a proteção das populações cujos sistemas de produção e cultura repousam num dado ecossistema; 
 a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matéria-prima, 
para produzir mercadorias. 
Biodiversidade 
 De acordo com o texto, no tratamento da questão da biodiversidade no planeta: 
a) O principal desafio é conhecer todos problemas dos ecossistemas, para conseguir protegê-los da 
ação humana. 
b) Os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente 
do equilíbrio ecológico. 
c) Deve-se valorizar o equilíbrio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da 
terra e seus recursos. 
d) O enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações não 
devem constituir preocupação para ninguém. 
e) Há diferentes visões em jogo, tanto as que só consideram aspectos ecológicos, quanto as que 
levam em conta aspectos sociais e econômicos. 
Questão 26 (Enem 2003). A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas, como 
a funções, e coloca problemas de gestão muito diferenciados. É carregada de normas de valor. 
Proteger a biodiversidade pode significar: 
 a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia radical; 
 a proteção das populações cujos sistemas de produção e cultura repousam num dado ecossistema; 
 a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matéria-prima, 
para produzir mercadorias. 
 De acordo com o texto, no tratamento da questão da biodiversidade no planeta: 
a) O principal desafio é conhecer todos problemas dos ecossistemas, para conseguir protegê-los da 
ação humana. 
b) Os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente 
do equilíbrio ecológico. 
c) Deve-se valorizar o equilíbrio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da 
terra e seus recursos. 
d) O enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações não 
devem constituir preocupação para ninguém. 
e) Há diferentes visões em jogo, tanto as que só consideram aspectos ecológicos, quanto as que 
levam em conta aspectos sociais e econômicos. 
Interatividade 
 Questão 27 (Enem 2007). A figura abaixo é parte de uma campanha publicitária. 
 
Essa campanha publicitária se relaciona diretamente com a seguinte afirmativa: 
a) O comércio ilícito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, é uma ameaça para a 
biodiversidade nacional. 
b) A manutenção do mico-leão-dourado em jaula é uma medida que garante a preservação dessa 
espécie animal. 
c) O Brasil, primeiro país a eliminar o tráfico do mico-leãodourado, garantiu a preservação dessa 
espécie. 
d) O aumento da biodiversidade em outros países depende do comércio ilegal da fauna silvestre 
brasileira. 
e) O tráfico de animais silvestres é benéfico para a preservação das espécies, pois lhes garante a 
sobrevivência. 
 
Educação 
 
 Questão 20. Leia o texto a seguir e dê sua opinião a respeito. 
 “País não atinge meta em português no Ensino Fundamental. Desempenho de estudantes em 
matemática foi melhor, segundo relatório do movimento Todos Pela Educação. Meta era que 29% 
dos alunos da quarta série estivessem em nível adequado de aprendizado em português, mas índice 
ficou em 27,9%. Fábio Takahashi - Da reportagem local 
 O Brasil conseguiu atingir metas de qualidade em matemática no Ensino Fundamental, mas não 
em português, aponta relatório divulgado ontem pelo movimento ‘Todos pela Educação’ – 
organização que reúne empresários, educadores e gestores, entre outros segmentos. Com o apoio 
do Ministério da Educação e de secretários estaduais, o movimento fixou cinco objetivos de 
melhoria no ensino a serem alcançados até 2022. Para o período, há metas intermediárias. Ontem 
foi divulgado o primeiro relatório de acompanhamento. Um dos objetivos está relacionado à 
aprendizagem dos estudantes (‘alunos com aprendizado adequado à série’). Tanto na quarta quanto 
na oitava série, foram atingidas as metas para matemática, mas não para português. 
Leia o texto a seguir e dê sua opinião a respeito. 
 Os resultados têm como base os exames federais Prova Brasil e Saeb. Língua portuguesa da quarta 
série foi o recorte em que o resultado ficou mais abaixo do esperado: o objetivo era que 29% das 
crianças estivessem em um nível considerado adequado (equivalente à média dos países 
desenvolvidos) em 2007, mas o índice ficou em 27,9%. Por outro lado, foi na quarta,em matemática, 
em que houve o melhor resultado. A meta era que 21,1% dos alunos estivessem no patamar 
adequado, e o percentual ficou em 23,7%. Os resultados do Ensino Médio foram piores. Em 
matemática a meta não foi alcançada, e português ficou dentro da margem de erro (diferentemente 
do Ensino Fundamental, nesta etapa a prova é amostral). 
 Segundo o presidente-executivo do Todos Pela Educação, Mozart Neves, os resultados relativos à 
aprendizagem ‘são muito preocupantes’, considerando o desempenho em língua portuguesa e a 
queda no rendimento, nas duas disciplinas, com o passar das séries. O relatório não explica o porquê 
da diferença de rendimento dos alunos em língua portuguesa e matemática. A recomendação do 
grupo para melhorar o quadro é que haja uso de programas adequados para formação de 
professores e melhoria nas condições de trabalho dos educadores.” 
 
Problema: 
 “A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar, disse que ‘a aprendizagem é o nosso 
grande problema’. Para ela, matemática melhorou mais rapidamente porque a área passou a ser 
prioridade, ‘após anos de preocupação quase exclusiva com a alfabetização’. Pilar afirma que o 
Proletramento, programa criado em 2005 pelo governo federal que foca a formação dos professores 
em matemática e português, é uma das explicações para a melhora em matemática. Sobre o 
desempenho insatisfatório de português, ‘o próprio debate sobre alfabetização na década passada, 
muito centrado na disputa entre teorias, acabou atrapalhando’. 
 Outras duas das cinco metas fixadas pelo movimento já puderam ser avaliadas. O país não cumpriu 
a de número de jovens de 4 a 17 anos na escola e alcançou a de jovens de 19 anos com ensino 
médio concluído. 
 No geral, o relatório afirma que houve avanços, ‘mas não na velocidade esperada’.” 
Pensando na resposta 
Ao dar a opinião é necessário considerar: 
 A importância de ações conjuntas (empresários, educadores, gestores etc.). 
 Objetivos propostos pelo Ministério da Educação e de Secretarias Estaduais que visam à melhoria 
do ensino. 
 O aumento das médias dos alunos. 
 Relacionar os resultados às ações de aperfeiçoamento. 
Discurso publicitário 
 Questão 33 (Enem 2003). A Propaganda pode ser definida como divulgação intencional e 
constante de mensagens destinadas a um determinado auditório visando criar uma imagem positiva 
ou negativa de determinados fenômenos. A Propaganda está muitas vezes ligada à ideia de 
manipulação de grandes massas por parte de pequenos grupos. Alguns princípios da Propaganda 
são: o princípio da simplificação, da saturação, da deformação e da parcialidade (adaptado de: 
BOBBIO, Norberto. et al. Dicionário de Política). Segundo o texto, muitas vezes, a propaganda: 
a) Não permite que minorias imponham ideias à maioria. 
b) Depende diretamente da qualidade do produto que é vendido. 
c) Favorece o controle das massas difundindo as contradições do produto. 
d) Está voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto. 
e) Convida o comprador à reflexão sobre a natureza do que se propõe vender. 
 O discurso publicitário objetiva transformar seu interlocutor em consumidor. Para que isso 
aconteça, o anúncio publicitário cria uma necessidade de consumo, garante que o consumidor 
satisfará plenamente sua necessidade, em pouco tempo e com pouco custo (Sant´Anna,1999). 
 O discurso publicitário estabelece uma relação com a cultura do auditório para o qual ele é 
dirigido, de forma a criar com seu auditório um “acordo”, acatando a opinião pública. 
Interatividade 
 Questão 37 (Enem 2005). 
 
 
A situação abordada na tira torna explícita a contradição entre a(s): 
a) Relações pessoais e o avanço tecnológico. 
b) Inteligência empresarial e a ignorância dos cidadãos. 
c) Inclusão digital e a modernização das empresas. 
d) Economia neoliberal e a reduzida atuação do Estado. 
e) Revolução informática e a exclusão digital. 
 
 
Questionário unidade II 
 
PERGUNTA 1 
(ENEM 2003-Adaptada). A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas, como as 
funções, e coloca problemas de gestão muito diferenciados. É carregada de normas de valor. 
Proteger a biodiversidade pode significar: a eliminação da ação humana, como é a proposta da 
ecologia radical; a proteção das populações cujos sistemas de produção e cultura repousam num 
dado ecossistema; a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como 
matéria-prima, para produzir mercadorias. (Adaptado de GARAY, I. & DIAS, B. “Conservação da 
biodiversidade em ecossistemas tropicais”) 
 
 
 
http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2009/12/ 
a) O desafio é conhecer todos os problemas dos ecossistemas, para conseguir protegê-los da 
ação humana. 
b) Os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, 
independentemente do equilíbrio ecológico. 
c) Deve-se valorizar o equilíbrio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso 
da terra e seus recursos. 
d) O enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações 
não devem constituir preocupação para ninguém. 
e) Há diferentes visões em jogo, tanto as que só consideram aspectos ecológicos, quanto 
as que levam em conta aspectos sociais e econômicos. 
 
PERGUNTA 2 
A noção de gêneros textuais é apoiada em práticas sociais e em saberes socioculturais, porém podem 
sofrer variações, na medida em que, um texto representativo de um gênero pode incorporar outras 
características. Desse modo, considerando a charge, comente a exemplificação de: 
 
a) Sustentabilidade. 
b) Informatividade. 
c) Intertextualidade. 
http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2009/12/
d) Solidariedade. 
e) Aplicabilidade. 
Alternativa: C 
Comentário: a charge faz intertextualidade entre a paz com a natureza e a pomba como 
representação da paz. 
PERGUNTA 3 
Ao designar o mundo, utilizamos termos de um mesmo campo de sentido em que se relacionam a 
uma espécie, como propostas de sentidos. O texto produzido pressupõe uma organização discursivo-
textual adequada à situação de comunicação. Desse modo, identifique qual a predominância do tipo 
de texto que constitui o fragmento da música: 
 
De bar em bar, de mesa em mesa 
 (Aviões do Forró) 
“De bar em bar, de mesa em mesa 
Bebendo cachaça, tomando cerveja. 
De bar em bar, de mesa em mesa 
Bebendo cachaça, tomando cerveja. 
(...)” 
a) Descritivo. 
b) Narrativo. 
c) Argumentativo. 
d) Enunciativo. 
e) Dissertativo. 
Alternativa: B 
Comentário: o fragmento de texto da música apresenta uma sequência de ações, dando a ideia de 
progressão e continuidade. 
PERGUNTA 4 
Com o advento das novas tecnologias, a questão da escolha profissional e das estratégias utilizadas 
para sua melhor aplicação técnica vem sendo discutida com mais frequência entre os especialistas. O 
contexto escolar exige cada vez mais o maior número de fontes de informações possíveis, além do 
quadro negro e do giz. Desse modo, podemos pensar na prática didático-pedagógica cotidiana para 
estabelecer ações dinâmicas que tornam mais acessíveis os conteúdos na relação de aprendizagem. 
Assim, indique a alternativa que demonstra uma atitude dinâmica do trabalho docente: 
a) Indicar uma literatura especializada da área escolhida. 
b) Priorizar alguns conteúdos e disciplinas relacionadas às demandas de mercado. 
c) Incentivar o uso da tecnologia para complementar a relação professor/aluno. 
d) Organizar o espaço físico de modo a propiciar e influenciar o trabalho docente. 
e) Instituir regras que deverão guiar os objetivos da instituição escolar. 
Alternativa: C 
Comentário: as novas tecnologias podem dinamizar e implementar as ações pedagógicas de modo 
mais eficiente. 
PERGUNTA 5 
De acordo com a charge, ficaimplícito que: 
 
http://www.blogdajoice.com/2012/06/charge-182/ 
 
a) Os partidos políticos são formados por pessoas que não têm dinheiro, mas têm ideais. 
b) Os partidos políticos são formados por pessoas que têm boas condições financeiras e 
grandes ideais. 
c) A formação de um partido político pode ser a solução para os problemas financeiros. 
d) Os partidos políticos são sempre formados por pessoas que têm apenas boas intenções. 
e) Os partidos políticos são formados por pessoas que defendem ideais que representam 
o grupo social. 
 Alternativa: E 
Comentário: de modo geral, de acordo com a realidade brasileira, os políticos defendem os interesses 
de seu grupo, seu partido. 
PERGUNTA 6 
De modo geral, o saber científico decorre do saber popular, assim, discutir o papel da ciência na sua 
articulação com o senso comum é fundamental para compreender as necessidades de cada 
comunidade e as intervenções que contribuem para o seu desenvolvimento. A partir do texto “O 
problema é do sistema”, indique a alternativa que reflete as novas tecnologias e a divulgação de 
conhecimento: 
 
http://www.blogdajoice.com/2012/06/charge-182/
 
19 de março de 2011 
POLÊMICA MARIA BETHÂNIA 
 
O PROBLEMA É DO SISTEMA 
 
POR LEANDRO VALIATI | PROFESSOR, PESQUISADOR E CONSULTOR EM ECONOMIA DA CULTURA 
 
 “Com uma velocidade típica de nossa era, imprensa, tuiteiros de plantão, classe cultural e sociedade 
civil ocuparam-se, nos últimos dias, de um assunto: o blog ‘O Mundo Precisa de Poesia’, projeto de 
Maria Bethânia. A pauta, porém, não foi a poesia, tampouco a música, mas sim o valor do orçamento 
do blog. Foi aprovada para captação, no sistema da Lei Rouanet, a quantia de R$ 1,3 milhão. Certo? 
Errado? Desperdício? Caro? Barato diante da carreira da artista e de seu valor cultural? Peço a 
paciência de vocês, leitores, para, ao invés de clicar no botão tweet, publicando opinião calorosa 
sobre o assunto, trazer a discussão para um contexto mais amplo e estruturante. 
 Para início de debate, devemos considerar que políticas públicas estruturadas para a cultura no 
Brasil são muito jovens. O Ministério da Cultura foi criado apenas em 1985, tendo o economista Celso 
Furtado como ministro (ah, se já pensássemos sobre a economia da cultura naquela época…). 
Somente no início da década de 1990, período das ‘trevas’ do governo Collor, quando o orçamento 
para a cultura diminui drasticamente e há o rebaixamento do ministério à condição de Secretaria 
Nacional, é que o Estado brasileiro lança mão de um instrumento de política cultural por renúncia 
fiscal, a fim de captar recursos no mercado privado para o financiamento de atividades e bens 
culturais. Sérgio Rouanet, o então secretário nacional de Cultura, implanta um modelo de incentivo 
fiscal que, com poucas alterações pontuais ao longo do tempo, está em vigor até os dias de hoje: a Lei 
Rouanet. 
 O mecanismo parece simples e mágico: o governo federal confere poder aos representantes da 
sociedade civil para que escolham projetos que notadamente têm valor cultural e que receberão a 
permissão pública para captar recursos no mercado, sendo permitido que estes sejam deduzidos do 
imposto a ser pago pela empresa investidora. Após essa distinção conferida a alguns projetos, um 
‘selo’ que reconhece o valor cultural, o proponente pode, então, colocar seu projeto embaixo do 
braço e bater à porta do empresariado para angariar fundos a fim de viabilizá-lo. Parece uma 
equação exata: diminuem-se os custos da burocracia, evita-se a ingerência política do Estado, 
antecipam-se recursos, dividem-se custos com a iniciativa privada na parcela de projetos que 
requerem alguma contrapartida e mobiliza-se a sociedade empresarial em torno do ‘fazer cultural’. 
 Contudo, a equação é errática. Esse modelo tem imperfeições que o tornam ineficiente como 
instrumento e carente de lógica pública como conceito. Em um plano conceitual, estamos conferindo 
ao empresariado poder para definir uma grande parte do investimento público em cultura. Imposto 
não pago é dinheiro público, e a decisão seletiva em última instância sobre o investimento em cultura 
é do empresário (ou melhor, do seu gerente de marketing). Esse agente econômico tem poder de 
influenciar o mercado e o tipo de bens culturais dispo-níveis para a sociedade, se teremos como 
cultura Autrans, Gilbertos, Glaubers ou Ivetes, Bondes ou Zicos&Zecas. Não é um julgamento estético. 
Pelo contrário, é em prol da diversidade e da multiplicidade de bens que não é recomendável 
transferir essa decisão para um grupo específico. Na parte instrumental, a Lei Rouanet não tem 
servido para dinamizar a Economia da Cultura e dar pluralidade ao mercado: gera concentração e 
não influencia positivamente a estruturação da cadeia produtiva. Além disso, a maioria avassaladora 
das empresas recolhe seu imposto por lucro presumido, e as únicas que podem participar da Lei 
Rouanet são as tributadas por lucro real. Esse é o quadro geral que nos mostra problemas estruturais 
da Lei Rouanet. A questão, no entanto, é ainda pior: esse instrumento corresponde hoje a uma fatia 
muito grande dos nossos esforços em termos de investimento para a cultura. O instrumento quase 
se confunde com a própria política cultural. Nesse contexto, tem-se uma grande quantidade de bens 
culturais que são aprovados nos conselhos para a captação e pouquíssimos bens culturais que 
realmente chegam a captar de fato – e estes o fazem de forma reiterada. Concentração é a palavra de 
ordem. 
 Então, meus caros, onde entra o blog da Bethânia nisso tudo? Garanto para vocês que ele faz parte 
do seleto grupo de projetos que conseguem captar recursos. Logo, a chancela obtida para a captação 
é quase uma garantia de que recursos públicos serão utilizados, em detrimento de diversos outros 
projetos incipientes, que poderiam ser financiados se tivessem poder de marketing ou algum 
mecanismo público que os contemplasse. Da mesma forma que ecoa por aí a tese de que ‘não 
podemos discriminar os famosos’, é justo do ponto de vista da equidade da política pública que 
também não discriminemos quem não tem poder de alcançar a captação, seja por falta de capital 
social ou poder de divulgação a oferecer para as empresas. 
 Devemos responsabilizar, então, os grandes artistas ou as empresas que operam no sistema? Não 
seria justo. Não fazem nada de ilegal. Leis e instituições são expressões de acordos sociais, e o 
projeto cultural de grande artista que se utiliza do sistema vigente da Rouanet opera dentro do que é 
permitido, e seria um contrassenso não fazê-lo. Até porque, até mesmo para esses, o mercado não 
oferece meios para um voo solo consistente. O problema não é um artista ou um projeto específico: é 
sistêmico. Temos que amadurecer como sociedade, pautando políticas culturais que incorporem 
proteção e apoio estruturante ao que não tem mercado, cumuladas com um amplo programa de 
incentivos ao empreendedorismo individual daqueles que têm mercado. Faço fé de que essa pauta 
seja tão tuitada e retuitada quanto o blog da Maria Bethânia e que disso brote conscientização da 
sociedade brasileira quanto à necessidade de novos parâmetros estruturantes de economia da 
cultura em sentido estrito e de políticas culturais em sentido amplo.” 
a) Todo conhecimento científico é social. 
b) Todo conhecimento local é global. 
c) Todo conhecimento é autoconhecimento. 
d) Todo conhecimento científico torna-se senso comum. 
e) Todo senso comum torna-se conhecimento científico. 
 Alternativa: D 
Comentário: as descobertas científicas estão a serviço das pessoas que, ao utilizarem em seu 
cotidiano, transformam o conhecimento científico em senso comum de modo recursivo. 
PERGUNTA 7 
De modo geral, todos os textos revelam os valores e as crenças de um grupo social e algumas vezes 
ocorrem conflitos intergrupais. A argumentação é a arte de convencere persuadir. E decorre do 
posicionamento do enunciador. Sendo assim, é correto afirmar que: 
a) A argumentação não está presente em qualquer texto. 
b) A argumentação pode ser compreendida como uma estratégia utilizada pelo autor do 
texto com o objetivo de levar o leitor a dar adesão às ideias defendidas pelo texto. 
c) Para convencer, é necessário que o texto apresente opiniões contrárias as do seu leitor. 
d) Usar ideias racionais é indispensável para estabelecer uma relação lógica entre os segmentos 
do texto. 
e) A noção de sentido do texto é verificada pelas repetições e/ou redundâncias. 
 Alternativa: B 
Comentário: a argumentação ocorre a partir das informações baseadas nos conhecimentos prévios 
do leitor. 
PERGUNTA 8 
Nos textos de modo geral, a orientação argumentativa pode realizar-se pelo uso de termos ou 
expressões com o objetivo de caracterizar uma situação de determinada maneira. Desse modo, 
identifique como foi construído o sentido no texto de Fernando Pessoa: 
 
“Para ser grande, sê inteiro: nada 
Teu exagera ou exclui. 
Sê todo em cada coisa. 
Põe quanto és No mínimo que fazes. 
Assim em cada lago a lua toda 
Brilha, porque alta vive.” 
(Fernando Pessoa) 
a) Sentido hiperbólico. 
b) Sentido categórico. 
c) Sentido metodológico. 
d) Sentido filosófico. 
e) Sentido metafórico. 
Alternativa: E 
Comentário: o autor constrói uma relação de comparação entre a grandeza do indivíduo e a lua, por 
meio de metáfora que faz comparação entre dois seres diferentes e estabelece um traço de 
semelhança entre eles. 
PERGUNTA 9 
O discurso de eficiência da empresa Chevron não se comprovou e teve repercussão na mídia 
mundial. Considerando a charge, podemos afirmar que a “violência” nos mares do Rio de Janeiro ao 
se referir às UPPs: 
 
http://blogdotarso.com/2011/11/page/2/ 
a) Precisa ser controlada pelas organizações não governamentais. 
b) Precisa ser controlada pelos meios de comunicação de imprensa. 
c) Precisa ser controlada pelas empresas responsáveis. 
d) Precisa ser controlada pelas autoridades policiais. 
e) Precisa ser controlada pelo próprio ecossistema. 
http://blogdotarso.com/2011/11/page/2/
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Alternativa: D 
Comentário: o escândalo provocado pela empresa Chevron e as ações de pacificação nas favelas do 
Rio são considerados casos a serem resolvidos pela polícia. 
PERGUNTA 10 
Para Bauman (2006), a individualização se tornou o destino de todo habitante de uma grande cidade 
contemporânea, não uma opção. A sociedade estimula os indivíduos a agirem em função dos 
problemas e dos medos que surgem diariamente. E, ao tentar fazer com que as vidas tenham 
sentido, os homens tendem a culpar suas próprias falhas e fraquezas pelos desconfortos e derrotas 
que enfrentam. Segundo Bauman, a reação só leva a mais isolamento. Desse modo, considerando a 
tirinha e a visão de Bauman, podemos afirmar que a noção de comunidade ideal: 
 
 http://mafalda-portugues.blogspot.com.br/2010/03/analise-da-charge-no-tocante-ao.html 
a) Significa entendimento compartilhado de modo natural e implícito. 
b) Significa desentendimento decorrente do não compartilhamento. 
c) Significa entendimento dos valores hierarquizados socialmente. 
d) Significa desentendimento entre grupos sociais. 
e) Significa desentendimento entre indivíduos. 
Alternativa: A 
Comentário: para Bauman, a noção de comunidade é construída pelas ideias em comum. Assim, na 
tirinha temos dois posicionamentos que refletem ideias diferentes. Cada personagem pertence a 
uma comunidade e dentro do grupo suas ideias são compartilhadas de modo natural. A tirinha 
apresenta um conflito entre grupos sociais. 
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