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Síndromes Clínicas do Fígado, Hepatites e Doenças da Vesícula Biliar


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ASPECTOS GERAIS DA DOENÇA HEPÁTICA
Principais doenças primárias: Hepatite viral, doença hepática alcoólicas, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), 
carcinoma hepatocelular (CHC).
Principais lesões secundárias: Descompensação cardíaca, câncer disseminado, infecções extra-hepáticas
Processos insidiosos: demoram semanas ou meses para ocorrer descompensação (exceto Insuficiência hepática fulminante).
Geralmente só percebíveis por exames laboratoriais anormais
Categoria Medição
Integridade dos hepatócitos Enzimas citosólicas
Asp. aminot. sérica - AST
Alanina a. s. - ALT
Lactato desidrog. - LDH
Função excretora biliar Subst. da bile:
Bilirrubina sérica
Total: conj. + n-conj
Direta: conjugada
Indireta: ligada à albumina
Bilir. na urina
Ác. biliares séricos
Enzimas da m. plasmática
Fosfatase alcalina sérica
GGT
5'-nucleotidase
Função dos hepatócitos Ptnas do sangue
Albumina sérica*
Tempo de protrombina (FV, VII, X, protromb. e fibrinog)
Metabolismo hepatócitos
Amônia sérica
Exalação com aminopirina (desmetilação hepática)*
Eliminação de galactose (injeção intravenosa)*
*se reduz = lesão
Padrões de Lesão Hepática
Respostas celulares à lesão:
Degeneração de hepatócitos e acúmulos intracelulares-
Necrose e apoptose de hepatócitos-
Inflamação-
Regeneração-
Fibrose-
Insuficiência Hepática
Consequência clínica mais severa
Estágio final de lesão crônica progressiva do fígado
Quando 80-90% da função perdida
Mortalidade de 80% caso não seja feito transplante
Insuficiência Hepática Aguda Fulminante (quando acompanhada de encefalopatia após 2 semanas de 
icterícia)
-
Subfulminante (quando acompanhada de encefalopatia após 3 meses de 
icterícia)
-
Necrose hepática maciça por fármacos e toxinas (acetaminofeno em 50% dos 
casos)
HAV 4% dos casos•
HBV 8% dos casos•
HCV raramente causa•
-
Doença Hepática Crônica Via mais comum para insuficiência-
Termina em cirrose-
Disfunção hepática sem necrose evidente Hepatócitos viáveis, mas incapazes de desempenho funcional -
Toxicidade por tetraciclina ou fígado gorduroso agudo da gravidez-
Síndromes Clínicas do Fígado, Hepatites e Doenças da Vesícula Biliar
 Página 1 de Medicina 
Toxicidade por tetraciclina ou fígado gorduroso agudo da gravidez-
Aspectos Clínicos
Resultam da incapacidade funcional dos hepatócitos
Sinais característicos de disfunção hepática grave
Icterícia e colestase 
Hipoalbuminemia → Edema periférico
Hiperamoniemia → Disfunção cerebral
Fetor hepaticus → Cheiro de ovo podre (formação de mercaptanos + shunt portossitêmico)
Hipoglicemia
Eritema palmar → Hiperestrogenemia 
Angiomas tipo spider → Hiperestrogen.
Hipogonadismo (masculino)
Ginecomastia (masc.)
Perda de peso
Atrofia muscular
Hipertensão portal associada à cirrose
Ascite com ou sem peritonite bacteriana espontânea
Esplenomegalia
Varizes esofágicas
Hemorroidas
Cabeça de medusa - pele abdominal
Complicações pela insuficiência hepática
Coagulopatia → Falha hepática na produção de fatores da coagulação → Sangramento GI → Carga hepática extra
Encefalopatia hepática
Síndrome hepatorrenal
Hipertensão portopulmonar
Síndrome hepatopulmonar
Encefalopatia Hepática Perturbações da consciência: anormalidades comportamentais → confusão acentuada + 
estupor → coma e morte
-
Rigidez-
Hiper-reflexia-
Asterixe (mov. De extensão-flexão rápidos não-ritmados de extremidades quando membros 
retos)
-
Associada a elevação da amônia no sangue e SNC
Promove edema cerebral•
-
Reversível se quadro hepático puder ser tratado-
Síndrome Hepatorrenal Insuficiência renal que surge em pacientes hepáticos sem causa intrínseca-
Retenção de sódio + prejuízo da excreção de água livre + dim. Da perfusão renal/filtração 
glomerular
-
Vasodilatação sistêmica + ativação SNA simpático renal com vasoconstrição das a. aferentes + 
síntese de vasoativos = ↓filtração glomerular
-
Inicia com diminuição do débito urinário + elev. Ureia e creatinina no sangue-
Associado a fator de estresse precipitante: infecção, hemorragia GI, grande cirurgia-
Prognóstico ruim: sobrevida 2 semanas com início rápido, 6 meses se insidioso -
Tratamento: transplante-
Síndrome Hepatopulmonar Tríade clínica de doença hepática crônica-
Hipoxemia-
Dilatações vasculares intrapulmonares-
Causas: 
Deseq. Ventilação-perfusão (ausência de fluxo uniforme)•
Limitação da difusão de oxigênio (alto fluxo nos vasos dilatados)•
Desvio do sangue das artérias pulmonares para veias pulmonares•
-
Principal mediador: NO produzido pelo pulmão-
Redução da saturação arterial + aumento da dispneia à mudança de posição + spider nevi
cutâneos
-
Maioria responde ao tratamento com O2, mas definitivo só transplante-
PRINCIPAIS CAUSAS DA ICTERÍCIA
 Página 2 de Medicina 
PRINCIPAIS CAUSAS DA ICTERÍCIA
Hiperbilirrubinemia Predominantemente não Conjugada
- Produção excessiva = ↑bilirrubinemia
Anemias hemolíticas○
Reabsorção de sangue de hemorragias internas ○
Síndromes de eritropoiese ineficaz (anemia perniciosa e talassemia)○
- Captação hepática reduzida
Interferência de drogas no transp. de membrana○
Doença hepatocelular difusa (hepatite viral, cirrose)○
- Conjugação Prejudicada da Bilirrubina
Icterícia fisiológica do recém-nascido○
Hiperb. predominantemente conjugada
- Excreção hepatocelular diminuída
Def. de transportadores na membrana canalicular○
Disf. da membrana canalic. por drogas (contracepticos, ciclosporina)○
Dano ou toxicidade hepatocelular (hepatites, nutrição parenteral, infecção sistêmica)○
- Fluxo biliar prejudicado
Destruição inflamatória dos ductos (cirrose, colangite, transplante...); cálculos e carcinomas do pâncreas○
DISTÚRBIOS INFECCIOSOS
Hepatite viral Pode ser atingido por infecções virais sistêmicas:-
Mononucleose infecciosa (vírus Epstein-Barr)1.
Citomegalovírus (recém-nascidos ou imunossup.)2.
Febre amarela (países tropicais)3.
Vírus da Hepatite A Incubação de 3-6 semanas-
Não cronifica e raramente é fulminante (fatalidade < 0,1%)-
Endêmico em locais com pouca higiene / saneamento-
Sintomas inespecíficos: fadiga + perda de apetite + icterícia-
Hepatovírus
Ingestão de água + alimentos contaminados•
Liberado 2-3 semanas antes até 1 semana após icterícia nas fezes•
-
Detectado no soro e saliva-
Viremia transitória: raramente sanguínea (não testado em transfusão)-
Lesão celular por ação células T CD8+ não por vírus (não citopático)-
IgM específicos surgem com sintomas-
Quando IgM aumenta, eliminação fecal termina-
IgG Anti-HAV pode durar a vida toda e atuar contra todas as cepas de HAV-
Vírus da Hepatite B Infecção pode resultar em:
Hepatite aguda com recuperação de eliminação do vírus1.
Hep. Crônica não progressiva2.
Doença crôn. Progressiva com cirrose3.
Hepatite fulminante com necrose hepática maciça4.
Estado de portador assintomático-
Transmissão em países com alta prevalência maior por via perinatal-
Países com prev. Intermediária transmissão maior na infância -
 Página 3 de Medicina 
Países com prev. Intermediária transmissão maior na infância -
Países desenvolvidos com transmissão sexual maior-
Incubação de 4-26 semanas com permanência no sangue-
70% assintomáticos ou sintomas leves, maioria sem icterícia-
30% com sintomas inespecíficos: anorexia, febre, icterícia e dor HD
Quase todos autolimitados e cede sem tratamento•
-
Doença crônica rara em países não endêmicos
Fulminante também rara (0,1-0,5%)•
-
Hepadnaviridae
HBsAg (ptna central do nucleocapsídeo) aparece antes dos sintomas e diminui a níveis 
indetectáveis em 3-6 meses
-
Anti-HBs não aumenta até doença aguda passar e não detectável por meses
Perduram para a vida (base da vacina)○
-
Enzimas HBeAg, HBV-DNA e DNA-polimerase surgem após HBsAg no sangue = replicação viral 
ativa
-
Anti-HBc detectável pouco antes dos sintomas e aminotransferases-
-
Níveis de HBV DNA podem ser detectados por PCR, mas não se sabe se é de infecção recente ou não-
Lesão dos hepatócitos por células T CD8+ citotóxicas-
Prevenção por vacinação + triagem sangue, órgão e tecido doado-
Vírus da Hepatite C Infecção transmitida pelo sanguemais comum
Metade dos casos de doença hepática crônica-
-
Redução depois de triagem sanguínea-
Maioria dos infectados crônicos: 20-30% com acometimento cirrótico-
Fatores de risco mais comuns (múltiplos):
Drogas intravenosas (54%)-
Múltiplos parceiros (36%)-
Cirurgia nos últimos 6 meses (16%)-
Ferimento por picada de agulha (10%)-
Contatos com pessoas infectadas (10%)-
Atividade profissional médica ou odonto (1,5%)-
Desconhecido (32%)-
-
Flaviridae
Baixa fidelidade do RNA polimerase = vírus inerentemente instável = múltiplos 
genótipos/subtipos
-
Aspecto característico da lesão: surtos repetidos de lesão pela reativação de infecção pré-
existente OU emergência de cepa endógena mutada
-
-
Intubação 2-26 semanas (média de 6-12)-
Curso clínico assintomático na maioria (85%)-
Anti-HCV detectável no sangue por 1-3 semanas junto com aumento de transaminases:
Pequena minoria dos pacientes consegue eliminar o vírus-
Respostas potentes de CD8 e CD4 associadas a doença autolimitada-
-
Infecção persistente e hepatite crônica são marcas registradas
Cirrose em 5-20 anos em 20-30% dos infectados-
-
HCV inibe ativamente respostas antivirais mediadas por interferon através da sinalização do receptor 
toll-like e sinalização de receptores de IFN 
-
Característica clínica é elevação episódica das aminotransferases séricas
Insuficiência fulminante é rara-
-
Vírus da Hepatite D RNA único que depende do HBV para infectar
Coinfecção aguda: exposição simultânea; HBV fornece HBsAg para desenvolver vírions HDV 
completos
Resulta em hepatite B + D aguda○
Não difere clinicamente da Hepatite B nem na cronicidade○
Alta incidência de insuficiência relatada em usuários de drogas○
-
Superinfecção: portador crônico de HBV infectado com HDV (nova doença 30-50 dias mais 
tarde)
Hepatite aguda severa em portador crônico assintomático ou exacerbação de Hepatite 
pré-existente
-
Fase aguda com replicação ativa de HDV e aumento de ALT-
Fase crônica com dim. De HDV e aumento de HBV + flutuação de ALT: doença progride 
para cirrose e câncer hepatocelular (CHC)
-
-
Infecção latente independente do auxiliar: casos de transplante de fígado doente-
-
 Página 4 de Medicina 
Infecção latente independente do auxiliar: casos de transplante de fígado doente
Sem evidência de doença hepática○
Viremia só ocorre se HBV sobreviver ou infectar de novo e ativar HDV-
-
Antígeno Delta: única proteína produzida pelo vírus
Recoberto pelo revestimento de HBsAg○
RNA de fita única: menor de todos os vírus animais○
-
Detectável no sangue e fígado dias após sintomas
Mais fácil identificar pelo igM contra HDAg e HBcAg (denota nova infecção por hept. B) ○
-
Tratamento limitado a IFN-a: agentes antivirais para HBV sem eficácia-
Vacinação contra HBV previne HDV-
Vírus da Hepatite E Doença Zoonótica com reservatório animal: macacos, gatos, cachorros e porcos.-
30-60% dos casos de hepatite aguda na índia (>HAV)-
Alta taxa de mortalidade entre gestantes: até 20%-
Não associado a hepática crônica ou viremia persistente-
Incubação média de 6 semanas, geralmente autolimitada-
Herpesvirus-
HevAg: antígeno que pode ser detectado no citoplasma dos hepatócitos na infecção ativa
Vírions eliminados nas fezes •
-
Dx por PCR das fezes
Elevação de IgM anti-HEV, aminotransferases e clínica são simultâneas•
Sintomas cedem em 2-4 semanas e IgM substituída por IgG anti-HEV•
-
Vírus da Hepatite G Flavivirus com similaridade ao HCV-
Nome inadequado pois não é hepatotrópico nem eleva aminotransferases séricas
Vírus replica no baço e medula óssea-
-
Transm. Sanguínea ou sexual
Não causa doença conhecida: não triado nos bancos de sangue-
Efeito protetor em coinfecção com HIV -
-
Síndromes Clinicopatológicas da Hepatite Viral
HCV é notório pela cronicidade; apenas um pequeno número de HBV a desenvolvem; HAV e HEV não causam 
cronicidade;
Outras causas de hepatite crônica incluem: alcoolismo, medicamentos, toxinas, doença de Wilson, deficiência a-
antitripsina e autoimunidade.
○
-
Hepatite fulminante é pouco comum, mas vista primariamente em HBV;-
Infecção Assintomática 
Aguda com Recuperação
Apenas evidência sorológica-
Elevação mínima de AST e ALT ou após sintomas, pelos anticorpos virais-
HAV e HBV são notórios na infecção de crianças pelo mundo todo-
Infecção Sintomática Aguda 
com Recuperação
Ictérica ou não-
Qualquer hepatotrópico pode causar-
Divide-se em:
Período de incubação1.
Fase pré-ictérica sintomática2.
Fase ictérica sintomática3.
Convalescença4.
-
Infectividade máxima nos últimos dias assintomáticos e primeiros dias sintomáticos-
 Página 5 de Medicina 
Hepatite Crônica Com ou sem progressão para cirrose-
Evidência sintomática, bioquímica ou sorológica de infecção > 6 meses-
Clínica extremamente variável e sem refletir evolução-
Alguns com único sintoma elevação de transaminases
S. mais comum: fadiga•
S. menos comum: perda de apetite, surtos de icterícia leve•
-
Achados físicos: angiomas, eritema palmar, hepatomeglia, sensibilidade hepática e 
esplenomegalia
-
Lab: elevação tempo de protrombina
Alguns: hiperglobulinemia, hiperbilirrubinemia, elevação leve ALP•
Vasculite e glomerulonefrite pode se desenvolver em B e C•
Também ocorre crioglobulinemia em 35% dos C crônicos.•
-
Idade no momento da infecção é o melhor determinante de B crônica
Mais jovem (perinatal) mais chance de ser crônico: atentar infecção vertical mãe-filho•
-
HCV é o maior responsável pela cronicidade
Tratamento atual usa de IFN-a e Ribavirina •
Genótipos 2 e 3 mais responsivos ao tratamento•
-
 Página 6 de Medicina 
Genótipos 2 e 3 mais responsivos ao tratamento•
Estado de Portador Indivíduos que abrigam vírus mas não possuem doença hepática1.
Indivíduos que abrigam vírus mas apresentam lesão não progressiva, permanecendo 
assintomáticos ou com capacidade preservada
2.
Ambos atuam como reservatório para a infecção-
Em HBV, portador saudável = sem HBeAg, mas com anti-Hbe, aminotransferares normais, 
HBV DNA ausente ou normal, biópsia sem lesão hepática/inflamação/necrose
-
HIV e Hepatite Viral Crônica 10% dos HIV positivos possuem HBV e 30% HCV; -
Principais causas de morbidade + segunda causa de morte mais comum em AIDS-
HIV exacerba HBV e HCV; mas não se sabe se o contrário é válido-
Agentes anti-HIV podem causar hepatotoxicidade-
Insuficiência Hepática 
Fulminante
Com necrose hepática submaciça ou maciça-
Progressão em 2-3 semanas com encefalopatia hepática-
Hepatite viral responsável por 12% dos casos-
8% HBV e restante HAV → apoptose maciça
HCV, dengue e herpesvírus podem causar-
Não infecto: acetaminofeno-
15% idiopático-
-
Pode ocorrer regeneração completa a partir de células progenitoras dos Canais de Hering.
Destruição maciça dos lóbulos confluentes permite regeneração, mas nodosa e irregular-
Evolução prolongada pode resultar em cicatrização fibrosa levando à cirrose-
-
Transplante é única opção para pacientes com doença que não cede antes do 
desenvolvimento de nova infecção secundária e insuficiência de outro órgão
-
Mortalidade de 80% sem transplante e 35% com transplante-
HEPATITES
 Página 7 de Medicina 
HEPATITES
TIPOS
HAV
Infecção aguda (<6 meses)-
Transmissão por rota fecal-oral-
RNA de fita simples (+), não-envelopado-
HBV
Inf. Aguda e crônica -
Transm. sexual, transfusão ou perinatal (vertical)-
DNA de fita dupla (parcial, +), envelopado-
HCV
Inf. Aguda e crônica-
Transm. Sexual, transfusão ou perinatal-
RNA de fita simples (+), envelopado-
HDV
Inf. Crônica (aguda por vezes)-
T. sexual, transfusão ou perinatal-
Necessita HBV 
Co-infecção: simultâneo HBV○
Superinfecção: após HBV○
-
RNA de fita simples (-), envelopado-
HEV
Inf. Aguda-
T. Fecal-oral-
RNA de fita simples (+), não-envelopado-
FISIOPATOLOGIA
Vírus de RNA (HAV, HEV, HCV, HDV)
Adentram por endocitose
Liberam RNA de fita simples
Usam ribossomos p/ sintetizar proteínas
Capsômeros-
Antígenos -
Polimerases de RNA e DNA-
Adentram complexo de Golgi
Encapsulam proteínas e enzimas produzidas
RNA Polimerase dependenteProduz mais RNAs a partir de molde
Junta RNA + proteínas envelopadas 
Liberação da célula
Vírus de DNA (HBV)
Adentram célula (endocitose) → Núcleo 
Enzimas reparadoras de DNA 
Reparam DNA de fita dupla parcial do vírus → fita dupla completa
Produção de mRNA viral e liberação do núcleo
Ribossomos produzem capsômeros, antígenos, polimerases...
Produção de PG RNA (PRÉ-GENÔMICO) 
→ Transcriptase reversa 
→ forma DNA viral a partir do RNA
DNA de fita dupla parcial produzido 
Se junta às proteínas produzidas
= Liberação na circulação
DNA inserido no núcleo pode continuar replicando e produzindo novas moléculas de si mesmo
Princípio para surgimento de câncer
Dano no hepatórico
Lise do hepatócito = morte celular-
MHC-I → Ptna viral pode ligar-se → Linfócitos citotóxicos CD8+ reconhecem → secreção de perforinas → buracos na 
membrana plasmática permitem entrada de granzimas → indução de apoptose = morte celular
-
Liberação de IFN-Y → Ativação de macrófagos → indução de Ltcitotóxicos-
Citopatologia
 Página 8 de Medicina 
Citopatologia
FASE PRODRÔMICA
Produção de IL-1, IL-6, TNF-a
No SNC induz PGE e PGF à Febre (hipotálamo)
No tronco encefálico induz zona de êmese (vômito) → Náusea e vômito 
Dim. Da volemia-
Desbalanço eletrolítico-
Perda ponderal-
Também induz diarreia-
FASE ICTÉRICA 
Diminuição da conjugação de bilirrubina → liberação no sangue (direta e indireta)
+ Inflamação do fígado → Pode afetar canais biliares intra-hepáticos → Liberação de sais biliares no sangue
Depositam na conjuntiva ocular (icterícia) + pele (palma e planta)
Rins excretam bilirrubina direta (indireta não filtrada) → Urina escurecida (colúria) 
Diminuição da produção de Bile → ↓bilirrubina no trato GI → ↓Urobilinogênio → ↓Estercobilina → Fezes cor cinza (ACOLIA)
Inflamação do fígado gera aumento de tamanho = Hepatomegalia → Dor no HD
Liberação de enzimas
AST-
ALT-
ALP (BILIAR)-
GGT (BILIAR)-
↓Proteínas coagulantes
Vias intrínsecas 
↑Tempo de protrombina (PTT)▪
-
Vias Extrínsecas
↑TP/INR▪
-
-
Manifestações Extra-hepáticas: HBV e HCV 
Indução de resposta auto-imune → formação de complexo imune → depósito em tecidos
Sinóvia = Artrite-
Paredes vasculares = Vasculites (Artrite polinodosa) - HBV-
Miocárdio e Pericárdio = Miocardite e Pericardite-
Glomérulos renais = Glomerulonefrite 
Membranosa-
Membrano-proliferativa-
-
Plaquetas = Trombocitopenia-
Hemácias = Anemia hemolítica-
Neutrófilo = Neutropenia-
Aumento de linfócitos (atípicos)! (típico de infecção)
FASE CONVALESCENTE
Resolução dos problemas 
DOENÇA HEPÁTICA INDUZIDA POR DROGAS OU TOXINAS
Órgão metabolizador e detoxificador; lesão pode ocorrer por toxicidade direta (conversão hepática de xenobióticos ou mec. 
imunes). Exposição à toxina sempre incluída na Diag dif. → Álcool principal agente de lesão hepática;
Doença hepática → manifestação de insuficiência aguda ou doença crônica → remédios fitoterápicos, suplementos, aplicações 
tópicas (pomada, shampoo e perfume), exposição ambiental (solventes, pesticidas...);
Reações previsíveis: dose-dependente (ex. acetaminofeno → metabólitos tóxicos do CyP-450); imprevisíveis: variações 
individuais/idiossincrásicas
Overdoses (acidentais e intencionais) ocorrem porque citotoxicidade é dependente do sistema do cit. P450 → insuficiência 
hepática fulminante
Drogas que causam reações idiosincrásicas: clorpromazina (colestase), halotano (hepatite imuno), sulfonamidas, a-metildopa 
e alopurinol → frequentemente cit. direta mediada por resp. imuno (destroi hepatócitos e ductos b.)
Padrão de Lesão Achados Morfológicos Exemplos de Agentes Associados
Colestática Colestase hepatocelular branda, sem inflamação Esteroides contraceptivos e anabólicos; terapia 
de reposição estrogênica
 Página 9 de Medicina 
Hepatite 
Colestática 
Colestase com atividade ncroinflamatória lobular, pode 
exibir destruição do ducto biliar
Numerosos antibióticos; fenotiazinas
Necrose 
hepatocelular
Necrose pontilhada dos hepatócitos
Necrose submaciça, zona 3
Necrose maciça
Metildopa, fenitoína
Acetaminofeno, halotano
Isoniazida, fenitoína
Esteatose Macrovesicular Etanol, metotrexato, corticosteroides, nutrição 
parenteral total
Esteato-hepatite Microvesicular, corpos de Mallory Amiodarona, etanol
Fibrose e Cirrose Fibrose periportal e pericelular Metotrexato, isoniazida, enalapril
Granulomas Granulomas epitelioides não caseosos Sulfonamidas, numerosos outros agentes
Lesões 
vasculares
Síndrome da obstrução sinusoidal (doença veno-
oclusiva): obliteração das veias centrais
Síndrome de Budd-chari
Dilatação dos sinusoides
Peliosis hepatis: cavidades preenchidas por sangue, não 
revestidas por células endoteliais
Quimioterapia em alta dose, alguns chás de 
ervas
Contraceptivos orais
Contraceptivos orais, outros agentes
Esteroides anabólicos, tamoxifeno
Neoplasias Adenoma hepático
Carcinoma hepatocelular
Colangiocarcinoma
Angiossarcoma
Contracept. Orais, esteroides anab.
Thorotrast
Thorotrast
Thorotrast, cloreto de vinil
DOENÇAS DA VESÍCULA BILIAR 
COLELITÍASE
Cálculos biliares
PATOLOGIA
Hipomotilidade da vesícula (estase) ou hipersecreção de muco (aprisionamento dos cristais) → colesterol supersaturado 
= monoidrato de colesterol
Ocorre mais com presença de bilirrubina não-conjugada (anemias hemolíticas e infecções) → precipitados de sais de 
cálcio de bilirrubina insolúveis
FATORES DE RISCO:
- Idade e gênero > 80 anos e mulheres 2x mais
- Etnia e geo: alguns nativos com hipersecreção biliar
 Página 10 de Medicina 
- Etnia e geo: alguns nativos com hipersecreção biliar
- Hereditariedade: erros inatos do metabolismo relacionados a síntese e secreção de sais biliares
- Ambientais: estrogênio, atcpnl oral e gravidez aumentam risco + obesidade e tratamento com 
hipocolesterolêmico clofibrato 
- Transt. adquiridos: qualquer transt. de mobilidade da vesícula
MORFOLOGIA
50-100% colesterol (+ amarelados)
Adição de cálcio, fosfatos e bilirrubina escurece
Forma ovoide firme
Maioria radiotransparente (apenas 20% dos cálculos com carbonato de cálcio suficiente p/ radiopaco)
Cálculos de pigmentos: 50-75% dos cálculos negros são radiopacos
+ cálculos castanhos radiotransparentes
CLÍNICA
70-80% sem dor até fim da vida
Dor excruciante no QSD ou Epig
Constante ou espasmódica
Obstrução da via ou inflamação da VB
Complicações: empiema, perfuração, fístulas, inflamação da árvore biliar, colestase obstrutiva e pancreatite
Cálculos pequenos (areia) são mais perigosos
Cálculos grandes podem erodir p/ alça de intestino delgado (íleo de cálculo bilair)
COLECISTITE
Aguda, crônica ou aguda superposta à crônica
MORFOLOGIA
Alteração de cor vermelho-vivo ou manchada, violeta a verde-negro (hemorragias)
90% dos casos com cálculos
Bile enevoada ou turva com fibrina, sangue e pus franco
Se pus puro: empiema da vesícula
Parede espessa, edematosa, e hiperêmica
Grave: órgão necrosado verde-negro → Colecistite gangrenosa
Colecistite crônica quase não diferenciável: cálculos = diagnóstico
Ulcerações não frequentes
CALCULOSA AGUDA
Obstrução do colo da vesícula ou ducto cístico
Principal complicação e causa de colecistectomia de emergência
Irritação da mucosa por isolecitina (lecitina biliar hidrolisada por fosfolipases)
Inflamação mucosa e mural pelas prostaglandinas liberadas
Acontecem na ausência de infecção bacteriana (posterior)
ACALCULOSA AGUDA
Cirurgia não biliar
Trauma grave
Queimaduras graves
Sepse
+ desidratação, estase, comprometimento vascular, infecção bacteriana
CRÔNICA
Quase sempre associada a cálculos
Supersaturação da bile predispõe a inflamação e cálculos
+ pode infeccionar por E. coli e enterococos em 1/3 dos casos
Obstrução na saída da vesícula não é requisito
CLÍNICA
Acalculosa aguda
Dor biliar por ao menos 6h
Dor intensa QSD e irradia ao ombro direito
+ Febre, náusea, leucocitose, prostração
Hiperbilirrubinemia = obstrução do ducto biliar comum
Região subcostal direita rígida (espasmos)
Vesícula distendida pode ser palpável
Ataque regride em 1-10dias mas recorrência comum
1/4 dos pacientes requerem cirurgia
Diagnóstico geralmente obscurecido pela condição do paciente
Crônica
Dor epig. cte + náusea, vômito e intolerância a alim. gordurosos
Diagnóstico de cálculos por ultrassonografia + patologia da vesícula ressecada
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Diagnóstico de cálculos por ultrassonografia + patologia da vesícula ressecada
Complicações:
- Superinfecção bacteriana c/ colangite / sepse
- Formação de abscesso com perfuração da vesícula
- Ruptura com peritonite
- Fístula bilioentérica (colecistoentérica) → ar + bacs e pode obstruir intestino com cálculos
- Descompensação cardio, pulmo, renal ou hepato
DOENÇAS NOS DUCTOS BILIARES EXTRA-HEPÁTICOS
COLECOLITÍASE1 E COLANGITE2
1. Cálculos na árvore biliar
Sintomas pela: obstrução; colangite; abscesso; doença hepática crônica; colecistite calculosa aguda
2. Inflamação aguda nas paredes dos ductos → por infecção pois luz sempre estéril (geralmente pelo esfíncter de oddi)
Outras causas (além da colecolitíase): cirurgia, stents, ou catéteres de demora, pancreatite aguda ou estenose benigna;
Geralmente forma mais grave = colangite supurativa ( bile purulenta distende ductos)
CIRROSE BILIAR SECUNDÁRIA
Obstrução da árvore biliar = dano ao fígado 
Geralmente por colelitíase extra-hepática
+ atresia biliar, canceres, estenoses
Inflamação secundária com fibrogênese periportal (gera fibrose e nódulos)
ATRESIA BILIAR
Principal colestase neonatal
Destruição ou ausência de parte dos ductos biliares extra-h
Características
- inflamação estenose fibrosante dos ductos extra-h
- inf. dos ductos intra-hepáticos
- aspectos floridos de obstrução biliar em biópsia
- fibrose periportal e cirrose 3-6m após nasc.
CURSO CLÍNICO
Perda de peso + fezes acólicas conforme desenvolve;
S/ distinção laboratorial atresia biliar e colestase intra-hepática
Exceto com biópsia
Transplante de fígado é o tratamento definitivo 
Morte até 2 anos s/ tratamento
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins patologia básica. Rio de 
Janeiro: Elsevier Editora, 2013. P.603-644
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