Buscar

APG 5 - hipo e hiperpituitarismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HIPÓFISE 
A glândula hipófise secreta vários hormônios que controlam outras glândulas endócrinas. Essa 
glândula possui relação com o hipotálamo que secreta hormônios que controlam a hipófise, sendo 
a principal conexão entre o sistema nervoso e endócrino. 
 Hipotálamo  secreta nove hormônios 
 Hipófise  secreta sete hormônios 
A hipófise é uma glândula em forma de ervilha com 1-1,5 cm de diâmetro, sendo localizada na fossa 
hipofisial da sela turca do esfenoide. 
 Infundíbulo  fixa a hipófise ao hipotálamo 
 Adeno-hipófise (lobo anterior)  75% da glândula, sendo formada por tecido epitelial 
1. Parte distal = porção maior 
2. Parte tuberal = forma uma bainha ao redor do infundíbulo 
 Neuro-hipófise (lobo posterior)  composta por tecido neural 
1. Parte nervosa = porção bulbosa maior 
2. Infundíbulo 
 Parte intermediaria que se atrofia durante o desenvolvimento fetal humano, deixando de 
existir como um lobo separa em adultos 
Distúrbios endócrinos 
OBJETIVOS: 
1. Revisar a morfofisiologia da glândula hipófise 
2. Categorizar os distúrbios hormonais 
3. Compreender a etiologia, fisiopatologia e manifestações clínicas do hipo e 
hiperpituitarismo 
 
ADENO-HIPÓFISE: 
 Secreta hormônios que regulam uma ampla variedade de atividades corporais 
 A liberação dos hormônios é estimulada por hormônios liberadores e suprimida por 
hormônios inibidores do hipotálamo 
 Sistema porta hipofisário  por onde os hormônios liberadores e inibidores chegam à 
adeno-hipófise 
 O sangue flui de uma rede capilar para uma veia porta e depois para uma segunda 
rede capilar, ou seja, nesse sistema, o sangue flui de capilares do hipotálamo para 
veias porta que levam o sangue para capilares da adeno-hipófise 
 Artérias hipofisárias superiores  levam sangue para o hipotálamo 
 Plexo primário do sistema porta hipofisário  divisão das artérias hipofisárias 
superiores na junção entre o hipotálamo e o infundíbulo 
 O sangue passa desse plexo primário para as veias porto-hipofisárias que se dividem 
na adeno-hipófise em um plexo secundário do sistema porta hipofisária (rede de 
capilar) 
1. Células neurossecretoras  sintetizam os hormônios hipotalâmicos liberadores e 
inibidores, além de envolverem os hormônios em vesículas que alcançam os 
terminais axônicos por meio do transporte axônico 
2. Exocitose das vesículas por impulsos nervosos 
3. Hormônios chegam ao plexo primário do sistema porta hipofisário 
4. Eles fluem com o sangue pelas veias porto-hipofisárias, alcançando o plexo 
secundário 
 Os hormônios secretados pelas células da adeno-hipófise passam pelos capilares do plexo 
secundário que drenam para veias porto-hipofisárias anteriores e caem na circulação geral 
 Hormônios tróficos ou trofinas  hormônios da adeno-hipófise que atuam sobre outras 
glândulas endócrinas 
Células da adeno-hipófise e seus hormônios: 
1. Somatotrofos  secretam hormônio do crescimento (GH)/somatotrofina 
2. Tireotrofos  secretam hormônio tireoestimulante (TSH)/tireotrofina 
3. Gonadotrofos  secretam duas gonadotrofinas que atuam nas gônadas 
a. Hormônio foliculoestimulante (FSH) 
b. Hormônio luteinizante (LH) 
4. Lactototrofos  secretam prolactina (PRL) 
5. Corticotrofos  secretam o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)/corticotrofina e 
hormônio melanócito-estimulante (MSH) 
Hormônios: 
1. GH  promover a síntese e secreção de fatores de crescimento insulinosímiles (IGFs) 
 Em resposta ao GH, as células do fígado, no músculo esquelético, na cartilagem e 
nos ossos ocorre a secreção de IGFs (crescimento corporal + regulação de aspectos 
do metabolismo) 
 
2. TSH  estimula a síntese a secreção de T3 e T4 pela glândula tireoide 
 
3. FSH  estimula o desenvolvimento de folículos ovarianos, a secreção de estrogênio e a 
produção de espermatozoides nos testículos 
4. LH  desencadeia a ovulação (liberação do ovócito secundário), a formação do corpo lúteo 
e a secreção de progesterona, além de estimular a secreção de testosterona 
5. PRL  inicia e mantem a produção de leite nas glândulas mamárias 
6. ACTH  estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar glicocorticoides (cortisol) 
 
7. Hormônio melanócitoestimulante 
 
HORMÔNIO SECRETADO 
POR 
HORMÔNIO 
HIPOTALÂMICO 
LIBERADOR 
HORMÔNIO 
HIPOTALÂMICO 
INIBIDOR 
 
GH 
 
Somatotrofos 
Hormônio liberador do 
hormônio do crescimento 
(GHRH) – somatocrinina 
Hormônio inibidor do 
hormônio do crescimento 
(GHIH) – somatostatina 
TSH Tireotrofos Hormônio liberador de 
tireotrofina (TRH) 
Hormônio inibidor do 
crescimento (GHIH) 
FSH Gonadotrofos Hormônio liberador de 
gonadotrofina (GnRH) 
 
LH Gonadotrofos Hormônio liberador de 
gonadotrofina (GnRH) 
 
PROLACTINA 
Lactotrofos 
Hormônio liberador de 
prolactina (PRH) 
Hormônio inibidor da 
prolactina (PIH) – 
dopamina 
ACTH Corticotrofos Hormônio liberador de 
corticotrofina (CRH) 
 
Hormônio 
melanócitoestimulante 
Corticotrofos Hormônio liberador de 
corticotrofina (CRH) 
Dopamina 
Controle da secreção pela adeno-hipófise: 
1. Células neurossecretoras no hipotálamo secretam cinco hormônios liberadores que irão 
estimular a secreção de hormônios pela adeno-hipófise, além de secretar dois hormônios 
inibidores que suprimem a secreção de hormônios adeno-hipofisários 
2. Feedback negativo  hormônios liberados pelas glândulas-alvo diminuem a secreção de 
três tipos de células da adeno-hipófise (tireotrofos, corticotrofos e gonadotrofos) 
NEURO-HIPÓFISE: 
 Não sintetiza hormônios 
 Armazenamento e liberação de dois hormônios 
 Formada por axônios e terminais axônicos de células hipotalâmicas neurossecretoras 
 Núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo  onde se encontram os corpos 
celulares das células neurossecretoras 
 Trato hipotálamo-hipofisial  formado pelos axônios das células neurossecretoras, se 
iniciando no hipotálamo e terminando próximo dos capilares sanguíneos na neuro-hipófise 
 
 Corpos celulares das células neurossecretoras  sintetizam o hormônio ocitocina e o 
hormônio antidiurético (ADH)/vasopressina 
 Após a produção desses hormônios, eles são envolvidos em vesículas secretoras que se 
movem por transporte axônico rápido até os terminais axônicos na neuro-hipófise, onde 
ficaram armazenado até os impulsos nervosos desencadearem a exocitose e liberação 
hormonal 
 Artérias hipofisárias inferiores  por onde o sangue chega na neuro-hipófise 
 Essas artérias drenam para o plexo capilar do infundíbulo 
 Plexo capilar do infundíbulo  rede capilar que recebe ocitocina e ADH 
 Em seguida, esses hormônios passam para as veias porto-hipofisárias posteriores para 
atingir as células-alvo 
Controle da secreção pela neuro-hipófise: 
1. Ocitocina  atua sobre o útero e as mamas 
 Intensifica as contrações das células musculares lisas da parede uterina 
 Estimula a ejeção de leite das glândulas mamárias 
2. Hormônio antidiurético (ADH)  diminui a produção de urina 
 ADH  faz com que os rins devolvam mais água no sangue, diminuindo o volume 
urinário 
 Ausência de ADH  aumento do débito urinário 
 Diminui a perda de água pela sudorese 
 Vasoconstrição das arteríolas, elevando a PA 
 Controle da PA: 
a. Pressão osmótica sanguínea alta ou diminuição do volume urinário 
b. Estimula os osmorreceptores 
c. Ativação das células hipotalâmicas neurossecretoras 
d. Sintetização e liberação de ADH 
e. Impulsos nervosos 
f. Exocitose das vesículas com ADH 
g. Liberação de ADH  atinge rins, glândulas sudoríferas e musculatura lisa das 
paredes dos vasos sanguíneos 
h. Rins  retem água, reduzindo o débito urinário 
i. Glândulas sudoríferas  reduz a atividade secretora 
j. Musculatura lisa das paredes dos vasos  vasoconstrição 
k. Eleva a pressão sanguínea 
 
 
HORMÔNIO TECIDOS-ALVO CONTROLE DA SECREÇÃO AÇÕES PRINCIPAIS 
 
 
 
 
 
Ocitocina 
 
 
 Útero 
 Mamas 
 
Células neurossecretoras do 
hipotálamo secretamocitocina em 
resposta à distensão uterina e à 
estimulação dos mamilos 
Estimula a contração uterina 
pela contração das células 
musculares lisas 
Promove a ejeção de leite 
por estimular a contração 
das células mioepiteliais nas 
glândulas mamárias 
 
 
 
 
 
ADH 
 
 
 Rins 
 Glândulas 
sudoríferas 
 Arteríolas 
Células neurossecretoras do 
hipotálamo secretam ADH em 
resposta a elevação da pressão 
osmótica do sangue, desidratação, 
perda de volume sanguíneo, dor ou 
estresse 
Inibição de ADH – baixa da pressão 
osmótica do sangue, volume 
sanguíneo elevado e álcool etílico 
Conserva a água corporal 
por meio da redução do 
volume de urina 
Reduz a perda de água pela 
perspiração 
Eleva a pressão arterial pela 
vasoconstrição das 
arteríolas 
 
 
REFERÊNCIAS: 
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
DISTÚRBIOS HORMONAIS 
GLÂNDULAS DISTÚRBIOS 
HORMONAIS 
MANIFESTAÇÕES 
CLÍNICAS 
FISIOPATOLOGIA 
 
Hipófise 
 
Hiperpituitarismo 
Distúrbios visuais, 
amenorreia, galactorreia, 
infertilidade, gigantismo, 
acromegalia, síndrome de 
Cushing 
Secreção excessiva de 
hormônios tróficos que 
resulta em adenoma da 
hipófise anterior 
 
 
 
Hipófise 
 
 
 
Hipopituitarismo 
Diabetes insípido, síndrome 
de Sheehan, nanismo 
hipofisário, amenorreia, 
infertilidade, redução da 
libido, perda de pelos 
pubianos, sintomas de 
hipotireoidismo e 
hipossuprarrenalismo 
Deficiência de hormônios 
tróficos que resulta em 
processos destrutivos 
como lesão isquêmica, 
cirurgia ou irradiação e 
reações inflamatórias 
 
 
Hipófise 
 
Efeito de massa local – 
anomalias radiográficas 
da sela túrcica 
Anomalias do campo visual, 
hemianopsia bitemporal, 
convulsões, hidrocefalia 
obstrutiva, paralisia de nervo 
craniano, queda do nível de 
consciência, hemorragia 
aguda 
 
Expansão selar, erosão 
óssea e ruptura do 
diafragma selar 
 
 
 
Tireoide 
 
 
 
Hipertireoidismo 
Estado hipermetabólico, 
hiper-reatividade do SN 
simpático, rubor, intolerância 
ao calor, sudorese excessiva, 
hipermotilidade intestinal, 
fraqueza muscular, tremor, 
irritabilidade 
 
 
Liberação excessiva de 
hormônios tireoidianos 
 
 
Tireoide 
 
 
Hipotireoidismo 
Cretinismo (retardo mental, 
baixa estatura), mixedema 
(apatia generalizada, lentidão 
mental, sintomas de 
depressão), cansaço 
 
Deficiência de hormônio 
tireoidiano 
 
Tireoide 
 
Tireoidite 
Disfunção tireoidiana, 
aumento da tireoide, dor a 
deglutição, febre, mal-estar 
 
Inflamação da tireoide 
 
Tireoide 
 
Doença de Graves 
Tireotoxicose, oftalmopatia, 
dermopatia, hiperplasia 
difusa da tireoide 
 
Hipertireoidismo 
endógeno 
 
 
Tireoide 
 
Bócio difuso e 
multinodular 
 
Aumento da tireoide, 
obstrução de vias aéreas, 
hipertireoidismo 
Comprometimento da 
síntese de hormônios 
tireoidiano, elevação de 
TSH que leva a hipertrofia 
e hiperplasia da tireoide 
 
Paratireoides 
 
Hiperparatireoidismo 
Hipercalcemia, dor nos ossos, 
cálculos renais, distúrbios 
gastrointestinais, depressão, 
letargia, anomalias ósseas 
 
Produção excessiva de 
PTH 
 
 
Paratireoides 
 
 
Hipoparatireoidismo 
Hipocalcemia, formigamento, 
espasmos musculares, 
arritmias cardíacas, aumento 
da pressão intracraniana, 
convulsões 
 
 
Deficiência de PTH 
Paratireoides Tumores Secreção excessiva de 
PTH 
 
Pâncreas 
endócrino 
 
Diabetes mellitus 
Poliúria, polidipsia, polifagia, 
perda ponderal, fadiga 
Autoimune, resistência 
insulínica, disfunção das 
células beta  tipo 1 e tipo 
2 
Pâncreas 
endócrino 
Insulinomas Hipoglicemia, confusão 
mental, estupor 
Hipersecreção de insulina 
Pâncreas 
endócrino 
Gastrinomas Úlcera péptica Hipersecreção de gastrina 
 
Córtex 
suprarrenal 
 
Hiperadrenalismo 
Síndrome de Cushing, 
hiperaldosteronismo, 
síndromes adrenogenitais 
Hiperfunção 
adrenocortical – elevação 
dos glicocorticoides, 
excesso de secreção de 
aldosterona 
 
Córtex 
suprarrenal 
 
Hipoadrenalismo, 
insuficiência 
suprarrenal 
Fadiga, fraqueza, perda peso, 
sintomas digestivos, 
pigmentação progressiva da 
pele (doença de Addison) 
 
Queda da função 
suprarrenal 
Medula 
suprarrenal 
Neoplasias neuronais 
(neuroblastomas) 
Abdome protuberante, febre, 
perda ponderal 
Secreção de 
catecolaminas 
Medula 
suprarrenal 
 
Feocromocitoma 
Hipertensão, taquicardia, 
cefaleia, sudorese, tremor, 
dor abdominal, náuseas e 
vômitos 
Produção de 
catecolaminas, ACTH e 
somatostatina 
REFERÊNCIAS: 
KUMAR, V.; ABBAS, A.; ASTER, J. Robbins: Patologia Básica. 9° edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2013. 
HIPOPITUITARISMO 
O hipopituitarismo surge da deficiência parcial ou completa dos hormônios tróficos. 
 Surge de distúrbios hipofisários ou hipotalâmicos adquiridos e, raramente, hereditários 
 Pode ser isolada (único hormônio) ou múltipla 
 Pan-hipopituitarismo  deficiência de todos os hormônios da adeno-hipófise 
A falência hormonal da hipófise anterior tende a seguir uma ordem: GH  LH/FSH  TSH  ACTH 
 prolactina. 
ETIOLOGIA: 
 Processos destrutivos 
 Lesão isquêmica 
 Cirurgia ou radiação 
 Reações inflamatórias 
 Adenomas hipofisários não funcionantes 
 Doenças hipotalâmicas  embriopatias congênitas, citogenética (cromossomo), hereditária, 
neoplásica ou infiltrada 
Lesões de massa Adenomas hipofisários – efeito compressivo: esporádicos ou associados a 
NEMs-1 
Tumores cerebrais 
Metástase para hipófise 
Granulomas 
Cistos da bolsa de Rathke 
Histiocitose X 
Doenças vasculares/isquêmicas Necrose hipofisária pós-parto (Sheehan) 
Apoplexia hipofisária 
Anemia falciforme 
Eclâmpsia 
Isquemia 
Aneurisma cerebral 
Doenças infiltrativas/infecciosas Hemocromatose 
Sarcoidose 
Granulomatode de Wegener 
Tuberculose 
Neurossífilis 
Encefalite 
Doenças autoimunes Hipófise linfocítica 
Agentes externos Trauma cranioencefálico 
Cirurgia ou radioterapia cerebral 
Causas congênitas Deficiência de fatores de transcrição envolvidos na embriogênese da hipófise 
que leva a deficiências de múltiplos hormônios (PIT-1, PROP-1, HESX-1, LHX-
3) 
Deficiências isoladas (GH, gonadotrofinas, TSH) 
FISIOPATOLOGIA: 
1. Hipopituitarismo congênito  desenvolvimento anormal da hipófise por mutações em 
genes que codificam as moléculas sinalizadoras (FGF8, Shh, BMP2 e BMP4) e os fatores 
de transcrição (HSX-1, LHX-3, PROP-1, PITX1/2, PAX6, SOX-3). 
HESX-1/Rpx: papel na determinação e diferenciação inicial da hipófise. 
 Defeitos no HESX-1 leva a deficiência isolada de GH ou associada à deficiência de TSH, 
prolactina, ACTH, LH e FSH 
 Varia desde uma deficiência isolada de GH até pan-hipopituitarismo 
PROP-1: envolvida na ontogênese, diferenciação e na função dos somatotrofos, lactotrofos, 
tireotrofos e gonadotrofos. 
 Deficiência de GH, TSH, prolactina, LH, FSH e ACTH 
PIT-1: encontrada nos somatotrofos, lactotrofos e tireotrofos 
 Defeitos na PIT-1  deficiência de GH, TSH e prolactina 
SOX-3: fator de transcrição para o desenvolvimento hipotálamohipofisário 
 Deficiência de GH 
2. Hipopituitarismo adquirido 
 Traumatismo cranioencefálico  deficiência de GH 
 Cirurgia hipofisária (ressecção de um tumor hipofisário)  perda do tecido normal  
deficiência hormonal 
 Radioterapia (tratamento de adenomas hipofisários)  lesão direta a hipófise e de vasos 
sanguíneos hipotalâmicos  redução da produção de hormônios liberadores 
 Deficiência de GH  gonadotrofinas  ACTH  TSH 
 Hemocromatose  deposição de ferro nas células hipofisária  deficiência de 
gonadotrofinas 
 Hemossiderose  deposição de ferro na forma de hemossiderina 
 Deficiência de GH e gonadotrofinas 
 Deficiência de TSH 
 Deficiência de ACTH 
 Sarcoidose  presença de granulomas não caseosos que afetam o SNC e SNP 
 Deficiência de GH e gonadotrofinas 
 Hipófise-linfocítica  autoimune  processo inflamatório crônico com fibrosee aumento do 
volume hipofisário 
 Lesões isquêmicas  hemorragia e infarto hipofisário 
a. Síndrome de Sheehan  hemorragia pós-parto, necrose hipofisária, falha da lactação e 
hipopituitarismo 
b. Apoplexia hipofisária  hemorragia aguda no interior da hipófise 
 Deficiência de ACTH e cortisol 
 Lesões hipotalâmicas  deficiência na secreção de hormônios hipofisiotróficos 
 Redução da secreção de vasopressina  diabetes insípido 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
1. Deficiência de GH 
 Baixa estatura 
 Redução da taxa de crescimento 
 Obesidade central 
 HAS 
 Hipercolesterolemia 
 Redução do DC 
 Astenia 
 Perda de massa muscular 
2. Deficiência de GH associada a gonadotrofinas, TSH e ACTH  déficit neurológico, retardo 
mental, epilepsia, hemiparesia 
3. Deficiência de TSH  hipotireoidismo secundário 
4. Defeitos na PIT-1 com deficiência de GH, TSH e prolactina  hipófise reduzida, baixa 
estatura e hipotireoidismo neonatal 
5. Deficiência de GH e gonadotrofinas  baixa estatura, atraso puberal e hipogonadismo 
6. Deficiência de LH/FSH  hipogonadismo: perda de pelos, diminuição da libido, risco 
aumentado de osteoporose, infertilidade 
7. Deficiência de ACTH  insuficiência adrenal secundaria 
8. Deficiência de prolactina  incapacidade de amamentar 
9. Hipófise-linfocítica  cefaleia, alterações visuais 
10. Síndrome de Sheehan  falha na lactação, fadiga, anorexia, perda de peso, amenorreia, 
perda de pelos sexuais 
11. Apoplexia  cefaleia intensa, diplopia, comprometimento do campo visual, redução da 
acuidade visual 
HIPERPITUITARISMO 
O hiperpituitarismo surge do excesso de secreção dos hormônios tróficos. 
ETIOLOGIA: 
 Adenoma hipofisário  mais comum adenoma que surge no lobo anterior 
 Hiperplasia e carcinomas da adeno-hipófise 
 Secreção de hormônios pelos tumores não hipofisários 
 Distúrbios hipotalâmicos (menos comum) 
 Carcinomas hipofisários (menos comum) 
Adenoma  tumores benignos que são classificados com base nos hormônios produzidos pelas 
células neoplásicas que são detectados por reações imunoistoquímicas. 
TIPO DE CÉLULA 
HIPOFISÁRIA 
HORMÔNIO SUBTIPOS DE ADENOMA SÍNDROME ASSOCIADA 
 
 
Lactotrófico 
 
 
Prolactina 
a. Adenoma lactotrófico 
b. Adenoma lactotrófico 
silencioso 
a. Galactorreia e 
amenorreia 
b. Disfunção sexual, 
infertilidade 
 
 
 
Somatotrófico 
 
 
 
GH 
a. Adenoma 
somatotrófico 
densamente granulado 
b. Adenoma 
somatotrófico 
esparsamente 
granulado 
c. Adenoma 
somatotrófico 
silencioso 
a. Gigantismo em 
crianças 
b. Acromegalia em 
adultos 
 
 
Mamossomatotrófico 
 
Prolactina, GH 
Adenomas 
mamossomatotróficos 
Características 
combinadas de GH e 
excesso de prolactina 
 
 
Corticotróficos 
ACTH e outros 
peptídeos 
derivados de 
POMC (pro-
opiomelanocortina) 
a. Adenoma corticotrófico 
densamente granulado 
b. Adenoma corticotrófico 
esparsamente 
granulado 
c. Adenoma corticotrófico 
silencioso 
a. Síndrome de 
Cushing 
b. Síndrome de 
Nelson 
 
Tireotrófico 
 
TSH 
a. Adenomas tireotróficos 
b. Adenoma tireotrófico 
silencioso 
a. Hipertireoidismo 
 
Gonadotrófico 
 
FSH, LH 
a. Adenomas 
gonadotróficos 
b. Adenomas 
gonadotróficos 
silencioso (“célula 
nula”, adenomas 
oncocíticos) 
a. Hipogonadismo, 
efeito de massa e 
hipopituitarismo 
 
1. Adenomas funcionantes  associados ao excesso de hormônios e suas respectivas 
manifestações clínicas 
2. Adenomas não funcionantes  sem sintomas clínicos do excesso de hormônios, 
apresentando evidencias clínicas em estágios mais avançados 
Os adenomas não funcionantes (silenciosos) expressam hormônios correspondentes no interior 
das células neoplásicas, mas não produzem síndrome clínica associada e apresentam efeitos de 
massa acompanhados de hipopituitarismo pela destruição do parênquima hipofisário. 
**grandes adenomas hipofisários e adenomas não funcionantes podem causar hipopituitarismo 
pela destruição do parênquima da hipófise. 
Os adenomas podem ser classificados em: 
a. Microadenomas  menos de 1 cm de diâmetro 
b. Macroadenomas  mais que 1 cm de diâmetro 
Anomalias genéticas associadas aos adenomas hipofisários: 
1. Ganho de função: 
GENE FUNÇÃO DA PROTEÍNA MECANISMO DE 
ALTERAÇÃO 
ASSOCIADO AO 
TUMOR HIPOFISÁRIO 
 
 
 
GNAS 
Codifica para subunidade alfa da 
proteína-G estimuladora (Gs-
alfa). Mutação oncogênica de 
GNAS constitutivamente ativa 
Gs-alfa, levando a regulação 
positiva da atividade intracelular 
ao AMP cíclico (cAMP) 
 
 
 
Mutação ativadora 
 
 
 
Adenomas de GH 
 
Proteína-cinase A 
(subunidade 
reguladora 1) = 
PRKAR1A 
Codifica um regulador negativo 
da proteína-cinase A (PKA), um 
mediador decorrente de 
sinalização de cAMP. A perda de 
regulação PKA leva a uma 
atividade não apropriada de 
cAMP 
Inativação de mutações 
da linha germinativa de 
PRKAR1A estão 
presentes no complexo 
dominante autossômico 
Carney 
 
 
Adenomas de GH e 
prolactina 
 
Ciclina D1 
Proteína regulatória do ciclo 
celular que promove a transição 
de G1-S 
 
Superexpressão 
 
Adenomas agressivos 
 
HRAS 
Regula várias vias oncogênicas, 
incluindo a proliferação, 
sobrevivência celular e 
metabolismo 
 
Mutação ativadora 
 
Carcinomas 
hipofisários 
 
2. Perda de função: 
GENE FUNÇÃO DA PROTEÍNA MECANISMO DE 
ALTERAÇÃO 
ASSOCIADO AO 
TUMOR 
HIPOFISÁRIO 
 
 
MEN1 
Codifica menin, uma proteína 
com funções variáveis na 
supressão de tumores, 
incluindo a repressão do fator 
de transcrição oncogênico 
 
Mutações inativadoras na 
linha germinativa de MEN1 
(neoplasia endócrina 
múltiplas tipo 1) 
 
 
Adenomas de GH, 
prolactina e ACTH 
JunD e na modificação de 
histona 
 
CDKN1B 
A proteína p27 é um regulador 
negativo do ciclo celular 
Inativações de mutações da 
linha germinativa de 
CDKN1B 
 
Adenomas de ACTH 
Proteína 
interativa do 
receptor de 
hidrocarboneto 
de arilo (AIP) 
Receptor de hidrocarbonetos 
de arila é um fator de 
transcrição ativado por ligante 
Mutações germinativas da 
AIP que causa 
predisposição à síndrome 
do adenoma hipofisário 
 
Adenomas de GH 
Retinoblastoma 
(RB) 
Regulador negativo do ciclo 
celular 
Metilação do promotor do 
gene RB 
Adenomas 
agressivos 
 
As mutações na proteína G são as alterações mais comuns nos adenomas hipofisários. Essa 
proteína desempenha papel na transdução de sinais, transmitindo sinais de receptores específicos 
da superfície celular (GHRH) para efetores intracelular (adenilciclase) que geram mensageiros 
secundários (cAMP). Esses mensageiros são proteínas heterotriméricas, compostas de uma 
subunidade-alfa especifica que se liga ao nucleotídeo guanina e interage com receptores de 
superfície celular e efetores intracelulares. Já as subunidade beta e gama se ligam de forma não 
covalente à subunidade alfa específica. A Gs é uma proteína G estimulatória que desempenha 
papel na transdução de sinais em órgãos endócrinos como a hipófise. 
 
FISIOPATOLOGIA: 
1. Adenomas lactotróficos  secretores de prolactina 
 Adenomas lactotróficos esparsamente granulados  composto por células 
cromofóbas com localização próxima ao núcleo do fator de transcrição PIT-1 
 Adenomas lactotróficos densamente granulados  localização da expressão de PIT-
1 difusa no citoplasma 
2. Adenomas somatotróficos  secretores de GH 
 Densamente granulados  células monomórficas e acidófilas com forte reatividade 
ao GH citoplasmático 
 Esparsamente granulados  células cromófobas com pleomorfismo nuclear e 
citológico 
 Níveis elevados de GH  estimula a secreção hepática de IGF-1 
3. Adenomas corticotróficos  produção excessiva de ACTH  hipersecreção de cortisol 
4. Adenomas mamossomatotróficos  produz mais de um hormônio 
5. Adenomas gonadotróficos  produz LH e FSH 
6. Adenomas tireotróficos  produz TSH 
7. Adenomas hipofisários não funcionantes 
8. Carcinomas hipofisários  presença de metástase cranioespinhais e sistêmicas 
 Funcionantes produção de ACTH e prolactina 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
Os sinais e sintomas dos adenomas hipofisários estão relacionados as alterações endócrinas e aos 
efeitos de massa. 
 Efeitos de massa  anormalidade radiográficas da sela túrcica, anormalidades do campo 
visual, sinais e sintomas de pressão intracraniana elevada, hipopituitarismo 
 Hemorragia aguda 
 Prolactinemia  amenorreia, galactorreia, perda de libido, infertilidade 
 Adenomas somatotróficos  gigantismo, acromegalia, hiperostose (aumento da densidade 
óssea), prognatismo (aumento do maxilar), disfunção gonodal, DM, fraqueza muscular, HAS, 
artrite, ICC 
 Adenomas corticotróficos  hipercortisolismo (síndrome de Cushing), síndrome de Nelson 
 Adenomas gonadotróficos  distúrbio visual, cefaleia, diplopia, apoplexia hipofisária, 
diminuição da libido 
 Adenomas tireotróficos  hipertireoidismo 
REFERÊNCIAS: 
VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. 7° edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022. 
KUMAR, V.; ABBAS, A.; ASTER, J. Robbins: Patologia Básica. 9° edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2013.

Continue navegando