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MODULO 2 - DESCANSO INTERVALOS INTRAJORNADA E INTERJORNADA DESCANSO SEMANAL REMUNERADO FÉRIAS ANUAIS BANCO DE HORAS

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10/03/2023, 17:17 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/46
Módulo 2 - Períodos de Descanso. Intervalos Intrajornada e Interjornada. Descanso Semanal Remunerado. Férias
Anuais. 
 
 
PERÍODOS DE DESCANSO
 
INTRODUÇÃO
 
De maneira geral, a duração normal da jornada diária surge entrecortada por períodos de
descanso mais ou menos curtos em seu interior - os chamados intervalos intrajornadas -
e outros mais extensos, que separam, efetivamente, um dia de jornada de outro, que são
os chamados intervalos entrejornadas ou interjornadas. Ainda, entre duas semanas de
labor, existe um intervalo mais extenso, denominado descanso semanal e,
extraordinariamente, são determinados certos dias de descanso por meio de leis, os
chamados feriados.
 
Assim, os períodos de descanso são lapsos de tempo, remunerados ou não, situados
dentro da própria jornada de trabalho ou entre períodos de trabalho, em que o
empregado deixa de prestar serviço ao seu empregador, e que tem a finalidade de
garantir a saúde física e mental do trabalhador, bem como a manutenção de sua vida
social e familiar.
 
São os períodos de descanso previstos na lei trabalhista: os intervalos intrajornadas, os
intervalos entrejornadas ou interjornadas, os descansos semanais ou DSR, os feriados e
as férias anuais.
 
 
DOS INTERVALOS INTRAJORNADAS
 
Os intervalos intrajornadas definem-se como lapsos temporais regulares, remunerados ou
não, situados no interior da duração diária de trabalho, em que o empregado pode sustar
a prestação de serviços e sua disponibilidade perante o empregador.
 
Os intervalos intrajornadas, por serem curtos espaços de tempo situados no meio da
própria jornada diária de trabalho, têm o único objetivo de proporcionar ao empregado
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tempo para que este recupere suas energias e se alimente, com a finalidade de se ter
sempre preservada a saúde física e mental do trabalhador ao longo da prestação diária de
serviços.
 
Os intervalos intrajornadas podem ser classificados em comuns e especiais. Os intervalos
são comuns quando abrangem as mais diversas categorias de trabalhadores e são
especiais quando aplicáveis somente a determinados profissionais de determinadas áreas
de atuação no mercado de trabalho.
 
São COMUNS os intervalos previstos no artigo 71 da CLT, que determina que para os
trabalhos de contínuos de duração superior a 04 horas até o limite de seis horas, deve
existir uma pausa de 15 minutos e, ainda, que para trabalhados de duração superior a
seis horas, deve existir uma pausa de 1 a 2 horas.
 
Esse limite de 01 hora, imposto no art. 71, caput, nos termos do mesmo artigo, §3º,
poderia ser reduzido com autorização do Ministério do Trabalho quando se verificar que o
estabelecimento possui refeitório próprio e suficiente ao bom atendimento dos
empregados.
 
 
Não obstante, o TST, em sua Súmula 437, item II, pacificou entendimento de que é
inválida qualquer cláusula, ainda que coletiva, que pretenda reduzir este período de
intervalo para refeição e descanso, justamente por se tratar de norma de saúde e higiene
do trabalhador e, por tal motivo, impossível de ser flexibilizada.
 
Súmula 437. INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E
ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT.
 I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão
parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a
empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período
correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no
mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho
(art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor
para efeito de remuneração.
 
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho
contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque
este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho,
garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da
CF/1988), infenso à negociação coletiva. 
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III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT,
com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994,
quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo
intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo
de outras parcelas salariais.
 
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é
devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o
empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não
usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma
prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.
 
Entretanto, com o advento da Reforma Trabalhista, foi autorizada a possibilidade de
redução do intervalo de 1 hora para, no mínimo, 30 minutos, mediante ajuste em
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho da categoria, (CLT, art. 611-B, § único).
 
Importante ainda ressaltar que houve autorização, por parte do legislador ordinário, de
redução do intervalo, nos mesmos moldes acima, em razão de negociação entre
empregado hipersuficiente e empregador (CLT, art. 444, § único).
 
Os intervalos comuns não são computados para efeito de jornada de trabalho e, por isso,
não são remunerados, consistindo em verdadeira interrupção do contrato de trabalho, a
não ser que haja disposição contratual ou coletiva nesse sentido.
 
Art. 71 (omissis)
(...)
§2º os intervalos de descanso não serão computados na duração
do trabalho
 
 
As normas instituidoras dos intervalos são normas imperativas e sua infração implica em
falta administrativa por parte da empresa, por conspirar contra os critérios de
preservação da saúde no ambiente de trabalho.
 
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Os intervalos não remunerados, se desrespeitados, deixavam de ser mera infração
administrativa e apenavam o empregador que não os concedesse com o pagamento das
horas trabalhadas em períodos destinados às pausas em questão com o adicional de
50%, conforme o §4º do art. 71, da CLT.
 
Art. 71. (omissis)
(...)
§4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto
neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará
obrigado a remunerar o período correspondente com um
acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da
hora normal de trabalho.
 
Importante destacar que, segundo a Súmula 437, item I do TST, mesmo se o empregado
usufruisse apenas de uma parcela do intervalo, deveria seu empregador paga-lo de forma
integral, com adicional de 50%.
 
Entretanto, após o advento da lei da Reforma Trabalhista, quando o intervalo para
repouso e alimentação não for concedido, no todo ou em parte, o empregador ficará
obrigado no pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com
acréscimo correspondente ao adicional de hora extra de, no mínimo, 50% sobre o valor
da remuneração da hora normal, nos termos do art. 71, § 4º.
Art. 71 – omissis
(...)
 § 4º - A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para
repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de
natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta
por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho
 
Segundo o TST, a parcela paga pelo empregador em decorrência da não concessão do
intervalo para repouso e alimentação teria natureza salarial, repercutindo no cálculo de
outras parcelas salariais (Súmula 437, item III).
 
Damesma forma, após o advento da lei da Reforma Trabalhista, a parcela paga pelo
empregador em decorrência da não concessão do intervalo para repouso e alimentação
passou a ter natureza indenizatória, nos termos do mesmo art. 71, § 4º.
 
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 Os intervalos ESPECIAIS, por exemplo, os intervalos concedidos aos prestadores
de serviços de mecanografia (datilografia, escrituração e cálculos), que devem desfrutar
de uma pausa de 10 minutos a cada período de 90 minutos de trabalho (art. 72, CLT).
Neste mesmo sentido, o TST pacificou entendimento que os operadores de telex e
digitadores que também fazem serviços de mecanografia também devem desfrutar do
citado intervalo (Sumula. 346)
 
Art. 72. Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia,
escrituração ou calculo), a cada período de 90 minutos de trabalho
consecutivo corresponderá um repouso de 10 minutos não deduzidos da
duração normal de trabalho
Súmula 346. Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT,
equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia
(datilografia, escrituração ou calculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de 10 minutos a cada 90 de trabalho consecutivo.
 
As pausas de 10 minutos são computadas como jornadas de trabalho e por isso, são
remuneradas e, ainda, devem ser cumuladas com os intervalos normais para refeição e
descanso previsto no art. 71 e seu parágrafo 1º.
 
Ainda, para os trabalhadores em áreas frigoríficas ou câmaras frias, havendo
movimentação de mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio, após 1:40min
ou a cada 100 minutos, deve haver uma pausa de 20 minutos para repouso, computada
essa pausa como de trabalho efetivo sendo, portanto, remunerada. (art. 253, CLT).
 
Art. 253. Para os empregados que trabalham no interior das câmaras
frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente
ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 hora e 40 minutos de
trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 minutos de
repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo
 
Os mineiros devem ter um intervalo de 15 minutos de repouso para cada 03
horas consecutivas de trabalho, sendo esse intervalo computado como jornada de
trabalho e, portanto, remunerado. (art. 298, CLT)
 
 
Art. 298. Em cada período de 3 horas consecutivas de trabalho, será
obrigatória a pausa de 15 minutos para repouso, a qual será computada
na duração normal de trabalho efetivo.
 
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Também a mulher que está em fase de amamentação deve usufruir dois intervalos de 30
minutos cada em cada jornada de trabalho, até que seus filhos completem seis meses,
sendo esses intervalos deduzidos da jornada de trabalho, uma vez que a lei não faz
qualquer disposição de modo diverso. (art. 396, CLT)
 
Art. 396, Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até
que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante
a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora cada
um 
 
 
A mulher e o menor, tinham, por força de lei, o direito de usufruir pausa de 15 minutos
após a jornada normal de trabalho e antes do inicio da sobrejornada, segundo os artigos
384 e 413, parágrafo único, da CLT, não se computando esses intervalos na jornada para
efeito de pagamento de horas extras.
 
Art. 384. Em caso de prorrogação de horário normal, será obrigatório um
descanso de 15 minutos no mínimo, antes do inicio do período
extraordinário de trabalho
Art. 413. (omissis)
(...)
Parágrafo único. Aplica-se à prorrogação do trabalho do menor o disposto
no art. 375, no parágrafo único do art. 376, no art. 378 e no art. 384
desta Consolidação.
 
Tais dispositivos foram revogados com a lei da Reforma Trabalhista, não existindo mais
essa obrigatoriedade.
 
Podem existir, também, intervalos espontaneamente concedidos pelo empregador, não
previstos em lei e, segundo o art. 4º da CLT e a Sumula. 118 do TST, devem estes ser
considerados tempo à disposição do empregador e remunerados como tal.
 
Súmula 118. os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de
trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da
empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao
final da jornada.
 
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Além disso, em se tratando de intervalos remunerados, ou seja, computados como
jornada de trabalho efetiva, uma vez já incluídos dentro do pagamento do trabalhador, só
terá consequências o seu desrespeito caso o empregador não o compute na jornada de
trabalho e conte somente o tempo efetivamente de trabalho pelo empregado, caso que se
deverão horas extras ao mesmo.
 
 
DOS INTERVALOS INTERJORNADAS
 
Os intervalos interjornadas podem ser definidos como os lapsos temporais regulares,
distanciadores de uma duração de labor e outra imediatamente precedente e posterior,
caracterizada pela sustação da prestação de serviços e pela disponibilidade do obreiro
perante o empregador.
 
A lei celetista prevê que entre duas jornadas de trabalho deve haver um intervalo mínimo
de 11 horas consecutivas, conforme se vê pelo art. 66, sendo este o intervalo
interjornada padrão, aplicável à maioria das categorias de trabalhadores.
 
Art. 66. Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de
11 horas consecutivas para descanso.
 
Não obstante, existem intervalo especiais, como o intervalo de 17 horas que deve existir
entre duas jornadas vizinhas para os empregados sujeitos à horários variáveis e jornadas
de 7 horas diárias, no setor de telefonia, radiotelegrafia e radiotelefonia. (art. 229, CLT).
 
Os intervalos interjornadas, tanto os comuns como os especiais são intervalos não
remunerados e não computados para efeitos de jornada de trabalho.
 
A jurisprudência também assegura o direito à remuneração como extraordinárias das
horas decorrentes da inobservância desse intervalo. Nesse sentido é a Súmula 110 do
TST e a Orientação Jurisprudencial n 355 do TST, que asseguram o período não usufruído
como hora extraordinária.
.
O.J n° 355: INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA.
HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66
DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT . O
desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66
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da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no §
4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se
pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do
intervalo, acrescidas do respectivo adicional.
 
Súmula 110. No regime de revezamento, as horas trabalhadas em
seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do
intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre
jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive
com o respectivo adicional.
 
 
DOS DESCANSOS SEMANAIS REMUNERADOS E FERIADOS
 
ORIGEM
O repouso semanal se origina dos costumes religiosos. Os hebreus e judeus descansam no
sábado. A partir da morte de Cristo, a Igreja Católica substituiu o descanso aos sábados, para
instituí-lo nos domingos do latim “dies domini”, que quer dizer celebrar o dia do Senhor para
recordar a Ressurreição de Jesus Cristo ocorrida num domingo.
 
Constantino, em 321, proibiu o trabalho de qualquer espécie aos domingos, salvo nas
atividades agrícolas.
 
Com a Revolução Industrial do Século XVIII e as leis trabalhistas, tornou-se repouso semanal
remunerado.
 
No plano do direitointernacional do trabalho, em 1876, foi fundada a Federação Internacional
para a Observância do Descanso Dominical.
 
A Suíça em 1877 instituiu obrigatoriamente o descanso dominical e a partir de então o
referido descanso foi instituído em outros países.
 
A Encíclica “Rerum Novarum”, do Papa Leão XIII, declarou que “o direito ao descanso de cada
dia, assim como à cessação do trabalho no dia do Senhor, deve ser a condição expressa ou
tácita de todo contrato feito entre patrões e operário”.
 
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A Conferência de Paz, de 1919, recomendou que incluísse no Tratado de Versailles, dentre os
princípios gerais, “a adoção de um repouso hebdomadário de 24 horas no mínimo, que deverá
compreender o domingo, sempre que possível”.
 
A Convenção n. 1 da OIT, de 1919, celebrada em Washington, esclareceu que a jornada de
trabalho deve ser de 8 horas por dia ou 48 por semana (art. 2º), assegurando implicitamente
o repouso semanal remunerado, pois se trabalharia 6 dias por semana, ficando o 7º dia para
repouso.
 
A Conferência Internacional da Organização Internacional do Trabalho (OIT), reunida em
Genebra, em 1921, aprovou a Convenção n. 14, dispondo, no art. 2º, que “todo pessoal
empregado em qualquer empresa industrial, pública ou privada, ou em suas dependências,
deverá desfrutar, no curso de cada período de 7 dias, de um descanso que compreenda como
mínimo 24 horas consecutivas. Esse descanso será concedido ao mesmo tempo, sempre que
possível, a todo pessoal de cada empresa. O descanso coincidirá sempre que seja possível,
com os dias consagrados pela tradição ou os costumes do país ou da religião”. Em 1957, a
OIT aprovou a Convenção n. 106, estabelecendo um descanso semanal mínimo de 14 horas
para o pessoal do Comércio.
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (art. 24), de 1948, o Pacto Internacional de
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (art. 7º, alínea d), de 1966, e a Carta Social Europeia
(art. 2º, alínea 5) declararam o direito ao repouso semanal.
 
NO BRASIL:
A primeira norma que veio tratar do tema foi o Decreto n. 21.186/32, estabelecendo o
descanso semanal obrigatório para os trabalhadores do comércio, de 24 horas, de preferência
aos domingos. A partir de então outros decretos estabeleceram o descanso semanal para
outras categorias, como o Decreto n. 21.364/32, para os trabalhadores na indústria; Decreto
n. 23.152/33, para as casas de diversão; Decreto n. 23.766/34 para os empregados em
transporte terrestres; e Decreto n. 24.562/34 para os empregados na indústria frigorífica.
 
A CF de 1934 dizia que o trabalhador teria direito ao repouso hebdomadário, de preferência
aos domingos (art. 121, § 1º, e). Verifica-se que o repouso não era remunerado e deveria ser
concedido de preferência aos domingos, mas não necessariamente nesse dia.
 
A CF de 1937 esclarecia que o “operário terá direito ao repouso semanal aos domingos e, nos
limites das exigências técnicas da empresa, aos feriados civis e religiosos, de acordo com a
tradição local” (art. 137, d). Ainda não se falava em repouso semanal remunerado, mas
também concedia o repouso nos feriados civis e religiosos.
 
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A CF de 1943 tratou do tema nos artigos 67 a 70.
 
A CF de 1946 estabelecia “repouso semanal remunerado, preferentemente aos domingos e,
no limite das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com
a tradição local” (art. 157, VI). O repouso semanal passa a ser remunerado a nível
constitucional.
 
A Lei n. 605/49 versa especificamente sobre o repouso semanal remunerado e o pagamento
de salário nos dias feriados e religiosos. O Decreto n. 27.048/49 regulamentou a referida lei.
 
A CF de 1967 mostrava que o trabalhador teria direito ao “repouso semanal remunerado e nos
feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local” (art. 158, VII).
 
A Emenda Constitucional n. 1, de 1969, repetia a redação da Norma Ápice anterior no inciso
VII do art. 165.
 
A CF de 1988 foi mais sintética, mencionando apenas “repouso semanal remunerado,
preferencialmente aos domingos” (art. 7º, XV). Nada foi versado sobre os feriados civis e
religiosos, o que não impede a legislação ordinária de fazê-lo.
 
Assim, o direito ao repouso semanal remunerado vem assegurado a todos os trabalhadores
que prestem serviços subordinados e também são abrangidos os trabalhadores avulsos, os
domésticos e os temporários.
 
 
 
CONCEITO
O DSR ou RSR define-se como o lapso temporal de 24 horas consecutivas situado entre os
módulos semanais de duração do trabalho do empregado, coincidindo preferencialmente com
o domingo, em que o obreiro pode sustar a prestação de serviços e sua disponibilidade
perante o empregador, com o objetivo de recuperação e implementação de suas energias e
aperfeiçoamento em sua inserção familiar, comunitária e política.
 
Os feriados são os lapsos temporais de um dia, situados ao longo do ano-calendário, eleitos
pela legislação em face de datas comemorativas cívicas ou religiosas especificas, em que o
empregado pode sustar a prestação de serviços e sua disponibilidade perante o empregador.
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Os feriados podem ser civis e religiosos, e são os seguintes:
 
Feriados civis: 1º de janeiro, 21 de abril (Tiradentes), 1º de maio (Dia do Trabalho), 7
de setembro (Independência do Brasil), 15 de novembro (Proclamação da República).
São instituídos por lei federal.
 
Feriados religiosos: dias de guarda, 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida, a
Padroeira do Brasil), Sexta-feira da Paixão e 25 de dezembro (Natal). Normalmente,
estes são determinados por lei municipal, e não podem ser superiores a 4 feriados, mas
pode ocorrer de ser instituído por lei federal.
 
O direito ao descanso semanal remunerado funda-se na Constituição Federal de 1988, art. 7º,
XV, e na lei ordinária, Lei nº 605/1949. Os arts. 67 a 70 da CLT, também disciplinam a
matéria, mas como é anterior a Lei nº 605/1949, que é específica sobre repouso semanal
remunerado, naquilo que contrariar a lei específica encontra-se revogada. Finalmente o
Decreto nº 21.048/49 regulamenta a Lei nº 605/49.
 
PRINCÍPIOS:
 
SEMANALIDADE - significa que a cada 6 dias segue-se o direito ao descanso semanal de
24 horas.
 
DOMINICALIDADE - o descanso semanal é, preferentemente, aos domingos, mas não
obrigatoriamente. Pode ser concedido em outro dia da semana, compensatoriamente ao
trabalho prestado no domingo.
 
O domingo é o dia de descanso em geral, mas há exceções. Há setores de atividade produtiva
que estão autorizados a abrir nos domingos em razão das exigências técnicas da empresa (Lei
n. 905/49, art. 8º). Constituem exigências técnicas aquelas que, em razão do interesse
público, ou pelas condições peculiares às atividades da empresa ou ao local onde as mesmas
se exercitarem, tornem indispensável a continuidade do trabalho, em todos ou alguns dos
respectivos serviços (Decreto n. 27.048/49, art. 6º). Há uma relação do Ministério do
Trabalho com essas atividades incluindo setores da indústria - ex.: laticínios; comércio - ex.:
hotéis, hospitais etc.; transporte; comunicações; educação e cultura - ex.: museus, serviços
funerários; agricultura e pecuária - ex.: limpeza e alimentação de animais. Nos serviços que
exijam o trabalho nos domingos, com exceção dos teatrais e congêneres, é obrigatória escala
de revezamento (Decreto n. 27.048/49, art. 6º, § 2º) sujeito à fiscalização. A finalidade é
permitir a coincidência do descanso semanal com alguns domingos.
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INCONVERSIBILIDADE - não é lícito converter em pagamento o direito ao descanso
semanal, embora seja possível fazê-lo quanto aos feriados civis e religiosos (Lei 605/49,
art. 9º), quanto a estes facultando-se ao empregador, alternativamente, a substituição
por outro dia compensatório ou, sem compensação, o pagamento em dobro.
 
REMUNERABILIDADE - é integral, igual ao dos dias úteis, com inclusão até mesmo dos
pagamentos correspondentes às horas extras.
 
O descanso semanal remunerado, de obrigatoriedade colocada pela CLT em seu art. 67 e pela
CF, em seu art. 7º, XV, é caracterizado pela existência de um lapso temporal de descanso de
24 horas consecutivas, pela ocorrência regular deste lapso, pela coincidência, via de regra,
com o domingo e, finalmente, pela remuneração do dia.
 
Art. 67. É assegurado a todo empregado um repouso semanal remunerado de vinte e quatro
horas consecutivas, preferencialmente aos domingos. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 905, de 2019) .
 
Vale ressaltar que a redação deste artigo está em vigor através da MP 905/2019 e terá
validade até 20/04/2020. Caso não haja a apreciação pelo Congresso até essa data,
retornará a redação anterior que assim determinava:
Art. 67. Será assegurado a todo o empregado um descanso semanal de 24 horas
consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade
imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
 
As 24 horas devem ser consecutivas, não aceitando a lei quaisquer fracionamentos deste
período de descanso. Há, porém, grande número de trabalho que gozam de 48 de descanso e
não somente 24. No entanto, a jurisprudência, para efeitos legais, não considera que exista,
nesta situação um duplo DSR, mas sim um DSR e um dia útil não trabalhado, conforme se
depreende da leitura do Súmula 113 do TST, que muito embora seja especificamente para
bancários, é aplicado, analogicamente, à outras categorias.
 
Súmula 113. O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunerado.
Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.
 
O DSR tem que ser semanal, ou seja, é o DSR que faz a linha divisória entre uma semana de
trabalho e outra e deve ser desfrutado, preferencialmente, aos domingos, conforme
ressaltado na CLT, na CF e na Lei 605/49.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28
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Art. 7º, XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
 
Lei 605/49, art. 1º - Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado, de 24
horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das
empresas, nos feriados civis, religiosos, de acordo com a tradição local.
 
Essa coincidência é preferencial e não absoluta, existindo empresas com autorização para o
funcionamento nos domingos, nas quais o empregado, em escala de revezamento, deve folgar
pelo menos um domingo a cada sete semanas. (Portaria 471/66, art. 2º, MT).
 
O sistema de escalas de revezamento pode ser adotado nas seguintes hipóteses:
- por força maior, independentemente de autorização (art. 8º, Decreto nº 27.048/49);
- em caráter transitório, por motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa, com
autorização do Ministério do Trabalho (art. 67 e 68, CLT) e em caráter permanente, na
hipótese do art. 68, da CLT.
Quanto ao determinado nos artigos 67 e 68 da CLT, deve-se observar que referidos artigos
foram modificados pela MP 905/2019, cuja validade expira em 20/04/2020, e possuem
atualmente a seguinte redação:
Art. 67. É assegurado a todo empregado um repouso semanal remunerado de vinte e quatro
horas consecutivas, preferencialmente aos domingos. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 905, de 2019)
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos
elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e
constando de quadro sujeito à fiscalização.
Art. 68. Fica autorizado o trabalho aos domingos e aos feriados. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)
§ 1º O repouso semanal remunerado deverá coincidir com o domingo, no mínimo, uma vez
no período máximo de quatro semanas para os setores de comércio e serviços e, no mínimo,
uma vez no período máximo de sete semanas para o setor industrial. (Incluído pela
Medida Provisória nº 905, de 2019)
§ 2º Para os estabelecimentos de comércio, será observada a legislação local. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019)
 
 A lei autoriza o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral, observada a
legislação municipal quanto ao horário de funcionamento do comércio, e desde que autorizado
em convenção coletiva de trabalho (Lei nº 10.101/00, arts. 6º e 6º-A).
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Cabe aqui novamente observar a MP 905/2019, pois nesta Medida Provisória houve a
revogação dos respectivos artigos 6 e 6-A da Lei 10.101/00, prevalecendo a revogação, num
primeiro momento, até 20/04/2020, data em que expirará a validade da referida Medida
Provisória, caso o Congresso Nacional não aprecie a norma em apreço.
 
Para os empregados que são autorizados por lei a trabalhar nos dias de descanso, o repouso
semanal deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de quatro semanas para os
setores de comércio e serviços e, no mínimo, uma vez no período máximo de sete semanas
para o setor industrial, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao
trabalho e outras estipuladas em negociação coletiva mais benéficas.
 
Quanto a remuneração do DSR temos os seguintes critérios objetivos:
 
- para trabalhadores que recebem por dia, semana, quinzena ou mês de serviço: o DSR
equivalerá a um dia de serviço, computadas inclusive as horas extras habituais. (Súmula
172). É certo que os empregados que recebem por quinzena ou mês já tem o valor do DSR
incluídos em seus salários, não havendo, pois, pagamento especifico a este título. (lei 605/49,
art. 7º, §2º)
- trabalhadores que recebem por hora: o DSR equivalerá a uma jornada diária regular,
acrescida das horas extras habituais.
- Trabalhadores que recebem por produção, tarefa ou peças: o DSR equivalerá ao resultado
da divisão do salário percebido na semana pelos dias de serviço prestados naquela mesma
semana, até o limite máximo de seis dias.
- Trabalhador em domicilio: DSR é resultado da divisão por seis da importância total da
produção na semana (Lei 605/49, art. 7º)
- Comissionistas: por analogia, aplica-se o cálculo do tarefista. (Súmula 27)
- Professor: o professor recebe salário mensal à base de hora-aula e seu DSR equivale ao
acréscimo de 1/6 desse valor, considerando-se o mês de percebimento com 4 e 1/2 semanas.
(Súmula 351)
 
O desrespeito à concessão do DSR implica, além de infração administrativa, o pagamento em
dobro do dia trabalhado, conforme entendimento do Súmula 146 do TST.
 Os feriados seguem, basicamente, as mesmas regras do DSR.
 
FÉRIAS 
 DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
 
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As férias são o lapso temporal remunerado, de freqüência anual, constituído de diversosdias seqüenciais, em que o empregado pode sustar a prestação de serviços e sua
disponibilidade perante o empregador, com o objetivo de recuperação e implementação
de suas energias e de sua inserção familiar, comunitária e política.
 
Assim, as férias fazem parte de uma estratégia concertada de enfrentamento dos
problemas relativos à saúde e segurança no trabalho, na medida em que favorecem a
ampla recuperação das energias dos empregados, tanto física como mental, após um
longo período de prestação de serviço continuado.
 
As férias são direito do trabalhador, não estando sua concessão vinculada a qualquer tipo
de conduta do trabalhador, mais ou menos produtiva. Elas são um verdadeiro direito
trabalhista, inerente ao contrato de trabalho, direito esse que corresponde a uma
obrigação empresarial, segundo o art. 129, da CLT
 
Art. 129. Todo o empregado terá direito anualmente ao gozo de
um período de férias, sem prejuízo da remuneração.
 
 CARACTERÍSTICAS
 
O instituto das férias tem algumas características, a saber:
 
 CARATER IMPERATIVO: uma vez que estritamente relacionada as
normas de saúde e segurança do trabalho, o caráter imperativo das férias faz com que as
mesmas não possam ser objeto de transação ou de renúncia por parte do trabalhador,
mesmo que esta transação tenha sido feita por norma coletiva. Assim, qualquer acerto
lesivo ao trabalhador, que implique em prejuízo no gozo ou aquisição de seu direito às
férias é nula de pleno direito, nos termos do art. 468 da CLT.
 
Tendo em vista tal caráter imperativo, não há possibilidade, mesmo com a anuência ou
pedido do próprio trabalhador, que o empregador substitua o período de férias por parcela
em dinheiro, pelo menos não por inteiro. A CLT possibilitou a conversão apenas de 1/3 do
período total de férias em parcela pecuniária, não podendo a vontade das partes ir além
da norma legal.
 
 COMPOSIÇÃO TEMPORAL COMPLEXA: as férias são compostas de um
conjunto de dias seqüenciais, formando estes uma unidade. Por esta característica, este
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conjunto de dias seqüenciais não podem ser pulverizados ao longo de ano, em pequenos
períodos, salvo na hipótese prevista em lei quanto ao parcelamento em até três períodos.
 
É importante ressaltar, porém, que a composição temporal das férias é dependente da
freqüência do obreiro ao seu serviço, conforme tabela estabelecida na própria CLT.
 
ANUALIDADE: as férias devem ser concedidas anualmente.
 
 INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: durante o período de
férias, o contrato de trabalho do empregado é interrompido, ou seja, apesar de não haver
prestação de serviço, todas as vantagens contratuais estão garantidas ao obreiro, como a
contagem de tempo de serviço, o recolhimento de FGTS, etc... Apenas as vantagens
estritamente ligadas à prestação de serviço em si que podem ser suprimidas, como por
exemplo o fornecimento de vale transporte.
 
 
 PROPORCIONALIDADE: a duração das férias pode sofrer reduções em
função de faltas injustificadas do empregado, como, também, será assegurado ao
empregado um pagamento proporcional remuneratório dos períodos aquisitivos não
completados em decorrência da extinção do contrato de trabalho.
 
 
AQUISIÇÃO DO DIREITO ÀS FÉRIAS E DURAÇÃO
 
Para poder gozar das férias que lhe são garantidas pela legislação, o empregado deve,
antes adquirir o direito às mesmas a aquisição pelo obreiro das férias ao longo de seu
contrato de trabalho e seu correspondente período de duração são critérios estipulados
pela ordem jurídica.
 
 CLT estabelece uma relação direta entre a assiduidade do empregado e a aquisição das
férias, bem como estabelece relação entre a assiduidade do empregado e a duração de
suas férias, o que a doutrina chama de noção de proporcionalidade das férias.
 
Quanto a aquisição do direito às férias, também chamado de período aquisitivo das férias,
a CLT estabelece que o mesmo se completa a cada 12 meses contratuais. Assim, segundo
o art. 130 da CLT, cada vez que se completar doze meses de prestação de serviço
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continuada por parte do empregado, o mesmo adquire o direito de gozar de um
determinado tempo de férias.
 
 
Art. 130. Após cada período de doze meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na
seguinte proporção:
 
O inicio de fluência do período aquisitivo inicia-se do termo inicial do contrato de trabalho,
contando-se desde o primeiro dia contratual, inclusive, excluindo-se o dia do final,
quando completados os doze meses. Para todos os efeitos, o período de férias
desfrutados dentro do período aquisitivo das férias seguintes fazem parte da contagem,
assim como, em caso de rescisão de contrato, o aviso prévio, mesmo que indenizado.
(art. 487, §1º, CLT)
 
Art. 487, §1º. A falta de aviso prévio por parte do empregador dá
ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do
aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo
de serviço.
 
 
Ainda, é importante se atentar para o fato de que a ordem jurídica estabelece alguns
fatores que, uma vez tipificados, impedem a aquisição do direito às férias por parte do
empregado. Tais fatores estão, geralmente, relacionados ao comparecimento do
trabalhador à prestação de serviço.
 
O primeiro destes fatores diz respeito à ausência injustificada do trabalhador ao trabalho
por mais de 32 dias durante o correspondente período aquisitivo (art. 130, IV, CLT),
Nesse caso, o trabalhador perde seus direito às férias no período correspondente ao que
apresentou as faltas.
 
Art. 130. Após cada período de doze meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na
seguinte proporção:
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IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e
quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
 
 
O art. 133 da CLT estabeleceu, ainda, quatro outros fatores que retiram do empregado o
direito às férias: a saída de emprego por parte do empregado, sem que o mesmo seja
readmitido em 60 dias de sua saída. Assim, se o trabalhador pede demissão ou se
aposenta e não é recontratado pela empresa em 60 dias, seu período aquisitivo anterior
fica perdido.
 
Neste mesmo sentido, perde direito às férias o empregado que ficar afastado do emprego
por mais de 30 dias com ganho de salários (licença remunerada), ou o empregado que
deixar de trabalhar por mais de 30 dias em virtude de paralisação total ou parcial da
empresa.
 
Por fim, perde o direito às férias o empregado que receber auxílio da previdência por mais
de 06 meses, mesmo que descontínuos, durante o período aquisitivo, em virtude de
acidente de trabalho ou doença.
 
Art. 133. Não terá direito a férias o empregado que, no curso do
período aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta)
dias subseqüentes a sua saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salário,
por mais de 30 (trinta) dias;
III - deixar de trabalhar, com percepção de salário, por mais de
30 (trinta) dias em virtude paralisação parcial ou total dos
serviços da empresa;
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente
de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses,
embora descontínuos.
 
 
Prejudicado o período aquisitivo por um dos fatores acima mencionados, o novo período
aquisitivo se inicia assim que o empregado retornar ao serviço, conforme art. 133, §2º,
CLT
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Art. 133, §2º. Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo
quando o empregado, após o implemento de qualquer das
condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.
 
 
Existem, ainda, algumas situações que recebem tratamento especial, mesmo quando não
há freqüência contínua do obreiro ao serviço. Tais situações estão enfocadas nos arts. 131
e 132 da CLT.
 
A primeira situação especial diz respeito ao empregado afastado do labor para a
prestação de serviço militar. A lei diz que, neste caso, seu tempo de trabalho anterior à
apresentação ao serviço militar será computado para fins de cálculo de período aquisitivo
de férias, caso o obreiro retorne ao emprego em 90 dias da data da correspondente
baixa. (art. 132, CLT)
 
A segunda situação é a dos casos previstos no art. 473 da CLT, onde se elencam as
chamadas faltas justificadas:
 
Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao
serviço sem prejuízo do salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento
do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa
que, declara em sua CTPS, viva sob sua dependência
econômica;
II - até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;
III - por um dia, em caso de nascimento de filho, no
decorrer da primeira semana;
IV - por um dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso
de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
V - até 2 dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar
eleitor, nos termos da lei respectiva;
VI - no período de tempo em que tiver que cumprir as
exigências do serviço militar referidas na letra "c" do art.
65 da Lei 4375/64;
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VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando
provas de exame vestibular para ingresso em
estabelecimento de ensino superior;
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que
comparecer em juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade
de representante de entidade sindical, estiver participando de
reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil
seja membro.
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e
exames complementares durante o período de gravidez de
sua esposa ou companheira
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6
(seis) anos em consulta médica. 
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho,
em caso de realização de exames preventivos de câncer
devidamente comprovada. 
 
 A próxima situação diz respeito à empregada gestante. A lei diz que o período de
afastamento por licença-maternidade ou mesmo em virtude aborto, seja legal ou ilegal,
será computado normalmente no respectivo período aquisitivo de férias, nos termos do
art. 131, II da CLT.
 
Outra situação refere-se ao empregado afastado por motivo de acidente de trabalho ou
enfermidade atestada pelo INSS, desde que o afastamento não seja superior a seis
meses, mesmo descontínuos. O art. 131, III da CLT dispõe que, neste caso, o período de
afastamento computa-se no período aquisitivo de férias. Neste sentido estão a Súmula
46, do TST e a Súmula 198, STF
 
Súmula. 46. As faltas ou ausências decorrentes de acidente de
trabalho não são consideradas para efeitos de duração das férias
e calculo da gratificação natalina
Súmula 198. As ausência motivadas por acidente de trabalho não
são descontáveis do período aquisitivo de férias
 
 
Por fim, no que diz respeito ao empregado suspenso para responder a inquérito
administrativo ou em face de prisão preventiva, caso seja este empregado absolvido ou
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impronunciado, computa-se no período aquisitivo de férias o tempo de afastamento, nos
termos do art. 131, V, da CLT.
 
Art. 131. Não será considerada falta ao serviço, para efeitos do
artigo anterior, a ausência do empregado:
I - nos casos referidos no art. 473;
II - durante licenciamento compulsório da empregada por motivo
de maternidade ou aborto, observados os requisitos para a
percepção do salário-maternidade custeado pelo Previdência
Social;
III - por motivo de acidente de trabalho ou de enfermidade
atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,
excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133;
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não
tiver determinado o desconto do correspondente salário;
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito
administrativo ou prisão preventiva, quando for impronunciado ou
absolvido; e,
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese
do inciso III do art. 133.
 
Art. 132. O tempo de trabalho anterior à apresentação do
empregado para serviço militar obrigatório será computado no
período aquisitivo, desde que ele compareça no estabelecimento
dentro de 90 (noventa ) dias da data em que se verificar a
respectiva baixa.
 
 DURAÇÃO DAS FÉRIAS
 
A regra geral de duração das férias é de 30 dias corridos, ressalvados prazos menores em
função de faltas. Assim, de acordo com a tabela do art. 130 da CLT, de acordo com a
freqüência do empregado, o mesmo pode desfrutar de 12 a 30 dias corridos de férias.
Somente as faltas injustificadas tem o condão de interferir na duração das férias; as
justificadas não.
 
Para os empregados domésticos, aplica-se a Lei Complementar n° 150/2015 que também
dispõe que referido empregado terá 30 dias de férias anuais, nos termos do art. 17.
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CONCESSÃO E GOZO DAS FÉRIAS
 
A concessão das férias submete-se, do mesmo modo que a aquisição das mesmas, à
determinadas regras objetivas estipuladas pela ordem jurídica.
 
O período regular de concessão das férias, situado no curso do contrato de trabalho, é
chamado de período concessivo ou período de gozo, ou ainda, período de fruição. Ele se
posiciona nos 12 meses subseqüentes ao termo final do período aquisitivo do direito às
férias, nos termos do art. 134, CLT. Assim, período concessivo é o lapso temporal de 12
meses imediatamente seguinte ao respectivo período de aquisição das férias.
 
A CLT determina que o gozo das férias seja feito em um só período, contínuo,
privilegiando a ordem jurídica a concessão unitária do prazo das férias ao longo do
período de gozo, também nos dizeres do art. 134, CLT:
 
Art. 134. As férias serão concedidas por ato do empregador, em
um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que
o empregado tiver adquirido o direito.
 
 
Não obstante tal determinação, é possível o fracionamento do prazo de duração das férias
anuais, uma vez que permite, tanto no caso de férias individuais, como no caso de férias
coletivas. No caso das férias individuais, caso haja a concordância do empregado, é
possível o fracionamento da duração das férias em até três períodos, sendo que um deles
não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferior a 5 dias
corridos cada um (CLT, art. 134, § 1º).
 
Já para a concessão de férias coletivas, que poderão ser usufruídas em dois períodos (art.
139, § 1º), nenhuma das duas parcelas poderá ter prazo inferior a dez dias corridos.
Inclusive, nas férias coletivas, mesmo que o empregado não tenha direito aos 30 dias
completos, o empregador, ao proporcionar uma pausa geral nos trabalhos da empresa,
deve arcar com estas diferenças de dias, o que acaba beneficiando aquele trabalhador
que, em caso de férias individuais, não teria direito ao período concessivo completo.
 
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Art. 139, §1º. As férias poderão ser gozadas em dois períodos
anuais., desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias
corridos.
 
 A época de concessão ou de fruição das férias será o que melhor atender os interesses
do empregador, conforme os dizeres do art. 136, CLT. Assim, o empregador pode
determinar a data em que seus empregados sairão de férias, independentemente da
vontade dos mesmos e desde que respeitado o limite máximo do período concessivo.
 
Art. 136. A época da concessão das férias será a que melhor
consulte os interesses do empregador
 
 Não obstante, existem três restrições legais à prerrogativa empresarial de definição da
época de gozo das férias: a primeira, como já dito acima, a concessão dever sempre
recair dentro do período de concessão das férias; em segundo lugar, o estudante menor
de 18 anos tem direito a fazer coincidir suas férias trabalhistas com suas férias escolares
(art. 136, §2º) e, em terceiro lugar, os membros de uma mesma família tem direito de
usufruírem de suas férias no mesmo período, se assim desejarem e se não resultar em
prejuízo para o serviço.
 
Então, as duas primeiras hipóteses tratam de restrições absolutas, em que não há
qualquer modo do empregador se utilizar de seu poder de direção. Já na terceira
hipótese, o empregador pode se contrapor ao interesse dos empregados uma vez que
haja risco de prejudicar o serviço.
 
Art. 136. omissis
§1º Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou
empresa, terão direito a gozar de férias no mesmo período, se assim o desejarem e se
disto não resultar prejuízo para o serviço.
§2º. O empregado estudante, menor de 18 anos, terá direito a fazer coincidir suas férias
com as férias escolares.
 
Um detalhe importante é que, apesar do instituto das férias ser destinado a beneficiar, em
grande parte, o empregado, não lhe é permitida a escolha entre desfrutar das férias ou
não. É dever do empregado de usufruir de suas férias, abstendo-se de assumir atividades
remuneradas incompatíveis com seu período de descanso, conforme prega o art. 138, CLT
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Art. 138. Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro
empregador, salvo se estiver obrigado a faze-lo em virtude de contrato de trabalho
mantido com aquele.
 
É vedado o início das férias no período de 2 dias que antecede feriado ou dia de repouso
semanal remunerado (CLT, art. 134, § 3º).
 
O início das férias deve ser em dia útil, não podendo coincidir com sábado, domingo,
feriado ou dia de compensação de repouso semanal (Precedente Normativo em Dissídios
Coletivos do TST nº 100).
 
A concessão será participada por escrito, não há a possibilidade da comunicação das
férias de maneira verbal, com antecedência de, no mínimo, 30 dias. Dessa participação o
empregado dará recibo (CLT, art. 135).
 
As férias deverão ser anotadas na CTPS do empregado, que não poderá entrar em seu
gozo sem apresentá-la ao empregador, para a devida anotação. A concessão das férias
será também anotada no livro ou na ficha de registro do empregado (CLT, art. 135, §§ 1º
e 2º).
 
Via de regra, as férias tem que ser concedidas pelo empregador nos 12 meses
subseqüentes ao respectivo período aquisitivo. Caso não sejam as mesmas concedidas
neste prazo, a lei impõe quatro consequências.
 
Em primeiro lugar, mesmo que não concedidas as férias dentro do período concessivo, a
obrigação de concessão não desaparece, remanescendo e devendo o empregador
concedê-las o mais breve possível.
 
Também e em segundo lugar, remanesce o direito do empregado usufruir de suas férias,
mesmo que a concessão das mesmas tenha sido dada fora do prazo. No entanto, caso o
empregado queira usufruir de suas férias e o empregador não permita, pode aquele
pleitear, junto à Justiça do Trabalho, a fixação por sentença da época de gozo das férias,
sob pena do empregador pagar multa de 5% do salário mínimo ao empregado até que
cumpra a determinação (art. 137, parágrafos, da CLT):
 
Art. 137. omissis
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§1º. Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha
concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a
fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas.
§2º. A sentença cominará pena diária de 5% do salário mínimo da região,
devida ao empregado até que seja cumprida.
§3º Cópia da decisão judicial transita a em julgado será remetida ao
órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação de multa de
caráter administrativo.
 
Em terceiro lugar, a remuneração das férias concedidas extemporaneamente será
dobrada, assim como o terço constitucional será calculado em cima desta dobra. (art.
137, caput):
 
Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que
trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva
remuneração.
 
FÉRIAS INDIVIDUAIS E COLETIVAS
 
Férias individuais são aquelas cuja fixação da data de gozo consuma-se de modo
específico com respeito ao trabalhador envolvido. O procedimento de fixação é
individualizado, ainda que a data e o pagamento coincidam com os efetivados a outros
trabalhadores.
 
Férias coletivas são férias cuja fixação da data de gozo consuma-se de modo genérico
com respeito a uma pluralidade de trabalhadores envolvidos, que se submetem às regras
comuns estabelecidas.
 
 A - FÉRIAS INDIVIDUAIS: férias individuais são aquelas concedidas
como ato singular do empregador, não envolvendo, portanto, o conjunto de trabalhadores
da empresa. Esta modalidade supõe o cumprimento de determinados atos administrativos
pelos pares do contrato.
 
O empregador deve, como ato administrativo, comunicar as férias ao empregado, por
escrito, com antecedência mínima de 30 dias, mediante a assinatura de recibo escrito,
nos termos do art. 135, CLT.
 
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Além disso, o empregador deve anotar as informações referentes às férias concedidas na
CTPS do obreiro e no livro ou ficha de registro de empregados, nos termos do art. 135,
§§1º e 2º, da CLT.
 
Art. 135. A concessão de férias será participada, por escrito, ao
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 dias. Dessa
participação o interessado dará recibo.
§1º O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que
apresente ao empregador sua CTPS, para que nela seja anotada a
respectiva concessão.
§2º A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou
nas fichas de registro dos empregados.
 
 
Também, o empregador deve efetuar o pagamento da remuneração das férias, com seu
terço constitucional, de quaisquer abonos (se houverem) e ainda, da metade do 13º
salário, se tal parcela foi previamente requerida pelo empregado, nos termos da Lei
4.479/95, art. 2º, §2º. Tais pagamentos deverão ser efetuados até dois dias antes do
inicio da fruição das férias. (art. 145, CLT)
 
Art. 145. O pagamento da remuneração das férias, e se for o
caso, do abono referido no art. 143, serão efetuados até dois dias
antes do inicio do respectivo período.
PARAGRAFO ÚNICO. O empregado dará quitação do pagamento
com indicação do inicio e termo de suas férias.
 
Art. 2º, Lei 4.479/95 - Entre os meses de Fevereiro e Novembro
de cada ano, o empregador pagará, como adiantamento da
gratificação referida no artigo precedente, de uma só vez, metade
do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior.
§1º O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento,
no mesmo mês, a todos os seus empregados.
§2º O adiantamentoserá pago ao ensejo das férias do
empregado, sempre que este o requerer no mês de janeiro do
correspondente ano.
 
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Já o empregado pode pedir o pagamento de metade de seu 13º salário quando da fruição
das férias, concessão do recibo de comunicação das férias. Pode também requerer a
conversão de 1/3 de suas férias em abono pecuniário, desde que faça até quinze dias
antes do termino de seu período aquisitivo (art. 143, §1º, CLT). Deve, ainda, entregar
sua CTPS para anotação e assinar os recibos de pagamento de férias.
 
 B - FÉRIAS COLETIVAS: as férias coletivas são aquelas concedidas ao
empregado unilateralmente ou em virtude de negociação coletiva, abrangendo o conjunto
de trabalhadores da empresa.
 
 As férias são coletivas, então, na medida em que envolvem, em um
único ato, uma comunidade de trabalhadores. Podem, assim, abranger uma única
empresa ou alguns setores desta empresa. (art. 139, CLT).
 
 Para a concessão das férias coletivas, o empregador pode assim
determinar a seus empregados, por ato unilateral, ou ainda através de instrumento
coletivo regular do gozo de referido tipo de férias.
 
 Como já visto, as férias coletivas podem ser fracionadas em dois
períodos, à vontade do empregador, em períodos nunca inferiores à dez dias cada um.
Não obstante, elas elidem o direito do empregado estudante e menor de 18 anos fazer
coincidir suas férias com as férias escolares, bem como de empregados da mesma família
alcançarem o gozo unificado de suas férias, se, obviamente, as mesmas alcançarem
apenas determinados setores da empresa. Ainda, elidem as férias coletivas, a
possibilidade do empregado requerer a conversão de 1/3 de suas férias em abono
pecuniário, nos termos do art. 143, §2º, CLT.
 
Por fim, as férias coletivas eliminam, caso gozadas, as férias proporcionais de
empregados admitidos há menos de doze meses, devendo-se iniciar novo período
aquisitivo de férias individuais deste empregado quando do retorno ao serviço das férias
coletivas. (art. 140)
 
Art. 139. Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os
empregados de uma empresa ou a determinados
estabelecimentos ou setores da empresa.
§1º As férias poderão ser gozadas em dois períodos anuais, desde
que nenhum deles seja inferior a 10 dias corridos.
 
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Art. 140. Os empregados contratados há menos de 12 meses
gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se,
então, novo período aquisitivo.
 
 
Os procedimentos de concessão das férias coletivas resumem-se em alguns atos
administrativos praticados pelo empregador.
 
Nesta esteira, deve o empregador comunicar, com antecedência mínima de 15 dias, ao
órgão do Ministério do Trabalho, a data de inicio e fim das férias, bem como os
estabelecimentos ou setores abrangidos pelas mesmas. (art. 139, §2º, CLT). Em igual
prazo, o empregador deverá enviar comunicação aos sindicatos das categorias
profissionais, caso as mesmas sejam provenientes de ato unilateral. (art. 139, §3º, CLT).
No mesmo prazo, ainda, o empregador deve proceder à afixação de aviso correspondente
às férias nos respectivos locais de trabalho. (art. 139, §3º, CLT).
 
Os pagamentos referentes às férias coletivas seguem os mesmos prazos das férias
individuais, devendo ser realizados em até dois dias antes do inicio da fruição das férias.
 
Art. 139. omissis
§2º. Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará
ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência
mínima de 15 dias as datas de inicio e fim das férias, precisando
quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.
§3º Em igual prazo o empregador enviará copia da aludida
comunicação aos sindicatos representativos da respectiva
categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos
locais de trabalho.
 REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS
 
 O valor pecuniário das férias ou a "remuneração das férias"
corresponde ao valor do salário, considerado o correspondente período de trabalho. A
este valor deve se acrescer o percentual de 1/3 (art. 142, CLT e art. 7º, inc. XVII, CF).
 
Art. 142. O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que
lhe for devida na data de sua concessão.
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Art. 7º, XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um
terço a mais que o salário normal;
 
Tratando-se de salário-hora, com jornadas variáveis, o cálculo observará a media de
horas trabalhadas nos últimos 12 meses do período aquisitivo ou, a media do tempo
trabalhado anteriormente à fruição das férias, se o período de 12 meses não se houver
completado. (art. 142, §1º, CLT)
 
Art. 142, §1º - Quando o salário for pago por hora, com jornadas
variáveis, apurar-se-á a média do período aquisitivo aplicando-se o valor
do salário na data de concessão das férias.
 
Tratando-se de salário-tarefa ou por peça, o cálculo obedecerá à média da produção no
período aquisitivo, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa ou peça no momento
da fruição das férias. (art. 142, §2º)
 
Art. 142, §2º - Quando o salário for pago por tarefa, tomar-se-á por base
a média da produção no período aquisitivo do direito às férias, aplicando-
se o valor da remuneração da tarefa na data de concessão das férias.
 
Se o caso for de salário pago por percentagem, o salário padrão corresponderá à média
alcançada nos últimos 12 meses que precederam a concessão das férias.(art. 142, §3º)
 
Art. 142, §3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou
viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 meses
que precederam a concessão das férias.
 
Se o obreiro receber salário utilidade, sua correspondente fração será calculada de acordo
com a respectiva anotação em CTPS (art. 142, §4º)e, caso não haja a devida anotação, o
calculo será feito segundo o valor estimado da utilidade, nos termos do Enunciado 258,
do TST.
É importante observar que só existe necessidade de tal cálculo caso o trabalhador,
quando das férias, deixe de receber a utilidade, hipótese em que se deve ao mesmo a
parcela pecuniária equivalente. Assim, as utilidades mantidas em posse do empregado,
como a habitação ou o veículo, não são pagas em dinheiro quando da ocasião das férias,
por já estarem sendo efetivamente fruídas. Nestes casos, a estimativa só se presta ao
cálculo do terço constitucional das férias.
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Art. 142, §4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de
acordo com a anotação na CTPS.
 
Súmula 258 - Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in
natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe
salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade.
 
Integram o salário referencial das férias, todas as parcelas de natureza salarial, como os
adicionais legais ou convencionais e as parcelas habituais de salário variável. As parcelas
que não possuam natureza salarial, não deverão integrar o valor referência para efeito de
férias. Por fim, algumas parcelas que têm caráter salarial, deixam de integrar o salário
referência, como as gratificações anuais, trimestrais ou semestrais, já que estas tem data
certa para serem pagas aos empregados.
 
Art. 142 -
§5º - Os adicionais pagos por trabalho extraordinário, noturno, insalubre
ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao calculoda remuneração de férias.
§6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o
mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver
sido uniforme, será computada a média duodecimal recebida, naquele
período, após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência
dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes.
 
A remuneração padrão das férias é a remuneração simples acrescida do terço
constitucional e esta corresponde às férias gozadas no período concessivo ou devidas em
caso de dispensa neste mesmo período - são as chamadas férias simples. (art, 146)
 
Art. 146. Na cessação do contrato de trabalho , qualquer que seja a sua
causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro,
conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha
adquirido.
 
No caso de rescisão contratual durante o período de gozo das férias, sem que o
empregado as tenha efetivamente desfrutado, será pago ao mesmo o valor
correspondente às férias simples, observados, inclusive a projeção do aviso prévio, se for
o caso.
 
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As férias proporcionais também observam o padrão anterior, sendo calculadas pela
remuneração base proporcionalmente ao tempo trabalhado, respeitando-se, também, a
projeção do aviso prévio. No entanto deve se observar que fração temporal superior a 14
dias já deve ser contada com mês cheio (art, 146, parágrafo único).
 
Art. 146, parágrafo único. Na cessação do contrato de trabalho, após 12
meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por
justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de
férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 por mês de
serviço ou fração superior a 14 dias.
 
As férias pagas em dobro são as chamadas férias vencidas e são devidas sempre que a
concessão das férias ocorrer em período posterior ao período concessivo correspondente.
(art. 137, CLT).
 
Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que
trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva
remuneração.
 
Se parte das férias for usufruída dentro do período concessivo e parte fora, a dobra vai
incidir sobre o período vencido, nos termos da Súmula 81 do TST.
 
Súmula. 81 - Os dias de férias gozados após o período legal de concessão
deverão ser remunerados em dobro.
 
A dobra das férias é devida em qualquer caso, inclusive quando haja dispensa por justa
causa, já que as férias forma um direito adquirido pelo empregado no decorrer do
contrato de trabalho.
 
A dobra deve ser calculada da seguinte maneira: salário correspondente ao período mais
o terço constitucional multiplicado por dois.
 
A conversão pecuniária das férias ou o abono pecuniário foi trazido para a CLT pelo
Decreto_lei 1535/77 e possibilitou que o empregado convertesse em dinheiro fração
correspondente a 1/3 de suas férias. Essa figura foi descrita, pela própria lei, como abono
pecuniário ou abono de férias (art. 143, CLT).
 
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Assim, o abono pecuniário é a parcela indenizatória resultante da conversão pecuniária do
valo correspondente a um terço do período de férias. Esse valor é calculado sobre o valor
global das férias, incluindo-se o terço constitucional.
 
A conversão é direito do empregado, desde que se trate de férias individuais. Quando se
fala em férias coletivas, mesmo com o requerimento do empregado, não há possibilidade
de se efetuar tal conversão.
 
Art. 143. É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a
que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe
seria devida nos dias correspondentes.
§1º. O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do termino
do período aquisitivo.
§2º. Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere o artigo
deverá ser objeto de acordo coletivo entre empregado e empregador e o
sindicato representativo da respectiva categoria profissional,
independendo de requerimento individual a concessão do abono.
§3º O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob regime de
tempo parcial.
 
Exercício 1:
Considerando os intervalos interjornada (entre jornadas), para um empregado que trabalha de segunda a
sábado, quantas horas de descanso este terá de gozar, antes de iniciar uma nova jornada de trabalho?
A)
35 (trinta e cinco) horas.
 
 
B)
24 (vinte e quatro) horas.
 
 
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C)
44 (quarenta e quatro) horas.
 
 
D)
11 (onze) horas.
 
 
E)
18 (dezoito) horas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 2:
Intervalo intrajornada previsto pela CLT:
 
A)
20 minutos a cada 3 horas para o trabalho em minas em subsolo.
 
 
B)
20 minutos a cada 2 horas para os serviços frigoríficos.
 
 
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C)
10 minutos a cada 1 hora para o trabalho de mecanografia, aplicado ao digitador.
 
 
D)
Nenhum intervalo para refeição e descanso é devido para a jornada de 4 horas.
 
 
E)
10 minutos a cada 90 minutos de trabalho para bancário.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 3:
No tocante aos intervalos, assinale a alterna�va incorreta:
A)
Em jornada de trabalho com duração superior a 6 horas diárias, o intervalo intrajornada deve ter a duração
máxima de 2 horas, salvo acordo escrito ou contrato cole�vo.
 
 
B)
Entre 2 jornadas haverá um período mínimo de 11 horas para repouso, além do descanso semanal, perfazendo
um total de 34 horas de intervalo interjornada semanal.
 
 
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C)
Nos serviços permanentes de mecanografia (digitador), a cada 90 minutos de trabalho consecu�vo deve haver
repouso de 10 minutos, não deduzidos da duração da jornada normal.
 
 
D)
Quando a duração do trabalho for de 5 horas diárias, o intervalo para descanso é de 15 minutos.
 
 
E)
Nenhum intervalo para refeição e descanso é devido para a jornada de até 4 horas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 4:
Leia o enunciado e complete, assinalando a alterna�va correta abaixo: Se o empregado com jornada normal de
trabalho das 8:00 às 17:00 horas, com intervalo de 1:00 hora, entre 12:00 e 13:00 horas, em determinado dia
prestar serviços das 8:00 às 16:00 horas, sem intervalo:
A)
não será devida hora extra e não estará configurada infração administra�va.
 
 
B)
será devida hora extra, mas não estará configurada infração administra�va.
 
 
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C)
será devida hora extra e estará configurada infração administra�va.
 
 
D)
não será devida hora extra, mas estará configurada infração administra�va.
 
 
E)
será devida hora extra, que deverá constar como crédito de horas em Banco de Horas, para futura
compensação.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 5:
No tocante aos princípios que regem o direito a férias, assinale qual não correspondeàs férias.
A)
renunciabilidade.
 
 
B)
anualidade.
 
 
C)
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remunerabilidade.
 
 
D)
con�nuidade.
 
 
E)
proporcionalidade.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 6:
O empregado não terá direito a férias, caracterizando hipóteses de interrupção do período aquisi�vo, iniciando-
se novo período após o implemento das condições ali arroladas, quando:
A)
o empregado permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por até 30 dias.
 
 
B)
empregado ficar afastado do serviço durante o período aquisi�vo, decorrente da concessão pelo INSS de auxílio-
doença previdenciário ou acidentário, quando referido afastamento ultrapassar de 6 meses, con�nuos ou
descon�nuos.
 
 
C)
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o emprgado deixar de trabalhar, com percepção de salários, devido a paralisação da empresa parcial ou total
por até 30 dias.
 
 
D)
o empregado deixar o emprego e for readmi�do dentro dos 60 dias subsequentes a sua saída.
 
 
E)
o empregado �ver pra�cado 30 faltas injus�ficadas no período aquisi�vo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 7:
As férias serão concedidas após cumprido o período aquisi�vo, que corresponde ao período de 12 meses em
que o empregado precisa cumprir para adquirir o direito de férias. Sobre as férias assinale a alterna�va
incorreta:
A)
Cumprido o período aquisi�vo pelo empregado, terá o empregador que conceder férias ao empregado no
período concessivo, que corresponde a 6 meses.
 
 
B)
O empregado tem direito a 30 dias de férias, recebendo o salário acrescido do terço cons�tucional.
 
 
C)
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O empregado que pra�car mais de 32 faltas injus�ficadas no período aquisi�va, perde o direito ao gozo de
férias.
 
 
D)
O afastamento decorrente de salário-maternidade, não terá nenhuma implicação nem prejudicará os direitos da
empregada, porque é de interrupção remunerada do contrato de trabalho.
 
 
E)
As férias concedidas após o período concessivo serão remuneradas em dobro, acrescidas o terço cons�tucional.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 8:
Férias Coletivas. Empregado com menos de um ano de serviço. Indicar a alternativa correta:
A)
o período de férias gozado “a maior” não poderá ser compensado;
 
B)
o período de férias gozado “a maior” poderá ser compensado se houver despedimento por justa
causa ou pedido de demissão;
 
C)
o período de férias gozado “a maior” poderá ser compensado se houver despedimento por justa
causa;
 
10/03/2023, 17:17 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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D)
o período de férias gozado “a maior” poderá ser compensado se houver despedimento por justa
causa, pedido de demissão ou culpa recíproca;
E)
nenhuma das alterantivas anteriores.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 9:
O empregado foi admitido em 02.01.1998. Nos meses de janeiro e fevereiro faltou
injustificadamente 3 dias em cada mês. Em 1° de março ficou doente, e esteve afastado por
doença, recebendo auxílio previdenciário, até 30 de setembro. Em 1° de outubro retornou ao
trabalho, e não teve mais nenhuma falta até o final do ano. Dia 01.01.1999 esse empregado:
A)
tinha direito a 24 dias de férias vencidas, pois o afastamento por doença não prejudica o direito à
férias;
 
B)
tinha direito a cinco doze avos de 30 dias de férias vencidas, proporcionais aos meses
trabalhados;
 
C)
tinha direito a seis doze avos de 24 dias de férias vencidas, proporcionais aos meses trabalhados,
computando o mês de março;
 
D)
não tinha direito a férias, em razão do período de afastamento por doença.
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E)
nenhuma das alternativas anteriores.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 10:
Mário, Daniel e Douglas são empregados da empresa “X”. Mário, após cinco meses de sua
contratação, pediu demissão por ter recebido proposta de trabalho mais vantajosa. Daniel, após
dois anos e quatro meses de sua contratação, foi dispensado sem justa causa e Douglas, após um
ano e três meses de sua contratação foi dispensado com justa causa em razão de ter cometido
falta grave tipificada pela Consolidação das Leis do Trabalho. Quanto às férias proporcionais:
A)
apenas Mário e Daniel terão direito;
 
B)
Mário, Daniel e Douglas terão direito;
 
C)
apenas Daniel terá direito;
 
D)
apenas Mário terá direito;
 
E)
apenas Daniel e Douglas terão direito;
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 11:
Chico Bento foi admitido como empregado pela pessoa jurídica Turma da Mônica Gastronomia
Ltda. em 03.03.2005. Sofreu acidente de trabalho em 10.07.2005 e em decorrência deste
infortúnio ficou afastado do serviço, em gozo de auxílio-doença acidentário, no período de
26.07.2005 a 25.11.2005. Retornou ao trabalho em 26.11.2005, porém, não se sentindo apto
para trabalhar, requereu novo afastamento em 02.12.2005. Constatada pelo órgão previdenciário
a permanência da aptidão para o trabalho, em decorrência do acidente, foi estabelecido o
benefício previdenciário no período de 02.12.2005 a 05.03.2007. Cessada a inaptidão, o
empregado retornou ao trabalho em 06.03.2007e em 14.08.2007 entrou em gozo de auxílio-
doença previdenciário, sem relação com a causa de afastamento anterior, retornando ao trabalho
em 10.03.2008. Foi despedido sem justa causa em 29.04.2008, dispensado do cumprimento do
aviso prévio. Após formalização da homologação da rescisão contratual, não tendo recebido
pagamentos à título de férias e terço constitucional, o empregado ingressou com ação trabalhista
pleiteando as férias integrais e proporcionais de todo o período de vigência do vínculo
empregatício. Assinale a alternativa correta.Chico Bento foi admitido como empregado pela pessoa
jurídica Turma da Mônica Gastronomia Ltda. em 03.03.2005. Sofreu acidente de trabalho em
10.07.2005 e em decorrência deste infortúnio ficou afastado do serviço, em gozo de auxílio-
doença acidentário, no período de 26.07.2005 a 25.11.2005. Retornou ao trabalho em
26.11.2005, porém, não se sentindo apto para trabalhar, requereu novo afastamento em
02.12.2005. Constatada pelo órgão previdenciário a permanência da aptidão para o trabalho, em
decorrência do acidente, foi estabelecido o benefício previdenciário no período de 02.12.2005 a
05.03.2007. Cessada a inaptidão, o empregado retornou ao trabalho em 06.03.2007e em
14.08.2007 entrou em gozo de auxílio-doença previdenciário, sem relação com a causa de
afastamento anterior, retornando ao trabalho em 10.03.2008. Foi despedido sem justa causa em
29.04.2008, dispensado do cumprimento do aviso prévio. Após formalização da homologação da
rescisão contratual, não tendo recebido pagamentos à título de férias e terço constitucional, o
empregado ingressou com ação

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