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HM Abdome (Oficina 3) - 3 Período

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Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2022.1 
1 
 
Exame Físico: Abdome 
OFICINA 3 – HABILIDADES MÉDICAS 
Posição do paciente: deitado em posição supina, 
cabeça apoiada e relaxada, com braços ao longo do 
corpo e pernas esticadas. 
Médico: deve se posicionar à direita do leito. 
1º - Inspeção 
O abdome pode ser segmentado anatomicamente de 
duas formas. 
Após a segmentação deve-se examiná-lo avaliando a 
presença de lesões na pele, abaulamentos, distensões, 
cicatrizes cirúrgicas, queloides. A presença destes 
achados contribuirá para o raciocínio clínico 
subsequente. Por fim, deve se avaliar se o paciente se 
encontra em posição antálgica, procurando cobrir a 
área de dor com as mãos, seja para proteger ou tentar 
aliviar a sensação. 
O abdome pode apresentar diversas formas: 
2º - Ausculta 
Deve ser realizada antes da percussão e palpação 
evitando a peristalse, o que poderia afetar a correta 
interpretação desta etapa. 
Utilizar o diafragma do estetoscópio para avaliar os 
ruídos hidroaéreos produzidos pela relação entre 
líquidos e ar causados pela movimentação intestinal 
(peristalse) 
Deve-se auscultar os quatros quadrantes e área 
periumbilical, em busca dos sons de estalidos ou 
gorgolejos (sons de “água”), que surgem geralmente 
entre 5 a 10 segundos. 
3º - Percussão 
Realize a percussão de todo o abdome em busca dos 
sons de cada setor, avaliando os sons encontrados. 
Os sons podem ser timpânicos (mais esperado ao 
exame normal), hipertimpânico (normal quando do 
aumento de ar dentro das alças intestinais, mas 
aletrado se por obstrução ou perfurações), maciço e 
submaciço. 
4º Palpação 
Deve ser iniciada com a pessoa em decúbito dorsal, 
tocando o ambiente suavemente, para avaliar 
sensibilidade dolorosa. 
Iniciar pelo quadrante inferior direito, seguindo para os 
demais, em sentido horário, concluindo na região 
umbilical. Realizar palpação superficial e profunda, 
com atenção especial para fígado (QSD/HD) e baço 
(QSE/HE). 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2022.1 
2 
 
Pode-se fazer a palpação com uma mão ou com ambas. 
Deslize a mão contra o plano profundo, estirando a 
pele, sendo melhor realizada durante a expiração do 
paciente. 
Para explorar a palpação hepática, retorne aos limites 
detectados na percussão (hepatimetria) no 
hipocôndrio direito, na linha hemiclavicular direita, a 
partir do 2º espaço intercostal ipsilateral, até perceber 
alteração no som, por volta do 5º espaço intercostal (o 
que configura o limite superior do fígado). 
Percuta então do quadrante inferior até o superior 
direito, até determinar a transição do som timpânico 
para maciço. 
Meça esses limites com uma fita, que deve estar entre 
8 e 12 cm no normal do adulto. Então inicie a palpação, 
podendo utilizar a técnica de Lemos Torres e a de 
Mathieu. 
 
Técnica de Lemos Torres: A pessoa encontra-se em 
decúbito dorsal e o avaliador deve colocar sua mão 
esquerda, espalmada, sob a região lombar direita, 
enquanto a direita fica sob a parede anterior do 
abdome, paralela e lateral ao reto abdominal. 
Técnica de Mathieu: Utilizam-se as mãos em garra, 
com a pessoa em decúbito dorsal, posicionada à altura 
do ombro do avaliador. A mão esquerda elevará o 
fígado anteriormente, empurrando-o para cima, 
enquanto a direita procura palpar a borda inferior. 
Baço: Deve ser avaliado pela percussão e em seguida 
pela palpação com a pessoa na posição de Shuster 
utilizando os dedos em garra, realizando discreta 
elevação da área, palpando o abdome em sentido 
diagonal até o hipocôndrio esquerdo, no momento da 
inspiração. 
Normalmente, o baço não é palpável. 
POSIÇÃO DE SHUSTER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINAL DE MURPHY: A direita do paciente, apoie a mão 
direita (ou esquerda) na região posterior do flanco, e o 
polegar direito e a borda lateral do músculo reto 
abdominal. Peça que o paciente inspire 
profundamente, enquanto você aprofunda a palpação 
com o polegar. Caso haja interrupção abrupta da 
inspiração, por causa de dor à compressão, é sugestivo 
de colicistite aguda. 
 
SINAL DE CURVOISIER-TERRIER: Em pessoas com 
icterícia e vesícula palpável. É indolor à palpação. 
Sugestiva de obstrução progressiva da via biliar, 
geralmente de causa neoplásica. 
 
 
 
 
 
 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2022.1 
3 
 
DESCOMPRESSÃO BRUSCA DOLOROSA OU DB: 
Pressione a parede abdominal com a falange dos dedos 
da mão, soltando-a bruscamente. A dor mais intensa â 
descompressão em relação à compressão significa DB 
positiva, que é sugestiva de peritonite. 
 
 
 
 
 
 
SINAL DE BLUMBERG: Realizar a descompressão 
brusca no ponto de McBurney (linha imaginária entre a 
cicatriz umbilical e a crista ilíaca direita, dividindo-a em 
três porções). Comprima o ponto entre a transição dos 
terços médios e lateral, com os dedos sobrepostos. Se 
na descompressão brusca houver dor, o sinal é 
positivo, e sugestivo de apendicite aguda. 
 
SINAL DE ROVSING: Palpando a fossa ilíaca esquerda, 
o paciente relata dor em fossa ilíaca direita, que é 
sugestivo de apendicite ou inflamação do ceco. 
 
 
 
SINAL DO OBTURADOR: Fletir a coxa direita sobre o 
quadril, até o máximo tolerado, mantenha o joelho 
flexionado e faça uma rotação interna do quadril 
(joelho para dentro). Se houver dor em região 
hipogástrica será considerado positivo e sugestivo de 
inflamação do assoalho pélvico, inclusive de 
apendicite. 
 
SINAL DO PSOAS: Pedir ao paciente que eleve uma 
perna por vez, contra uma resistência exercida por sua 
mão, segurando o joelho ou coxa, isso levará ao 
estiramento das fibras do músculo psoas, que se 
estiverem inflamadas, causará sinal de dor, sendo 
assim sinal positivo. Sugestivo para apendicite e 
diverticulite. 
 
 
 
 
 
 
SINAL DE GIORDANO (PUNHO PERCUSSÃO): Com a 
pessoa sentada na maca e mantendo mãos nos joelhos, 
você pode fazer o exame direto ou indireto. O exame 
direto utiliza a mão do avaliador, com a borda ulnar 
golpear o dorso do paciente, com força suficiente para 
promover um estímulo doloroso – mas não para ferir a 
pessoa ou causa dor só pela manobra. Deve ser feito 
em ambos os lados. Na manobra indireta coloca-se sua 
outra mão entre o dorso e o punho antes do teste. Em 
caso positivo, ele pode sugerir calculose retal ou 
lombalgia mecânica aguda.

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