Buscar

Respostas Prova AV1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Disciplina: Direito do Trabalho II
	Nota:
	Professor: Catiane Melo
	AV 1
	Data: 01/10/2020
	Curso: Direito
	Turma: 1005
	Campus: Ilha do Governador
	Aluno: Dominique Walquíria Ribeiro Santos
	Matrícula: 201902120795
	Instruções
· Leia com atenção antes de responder.
1-) (Valor: 1,6) João da Silva foi contratado pela empresa XX, para exercer a função de recepcionista em 15 de janeiro de 2016, sendo dispensado sem justa causa mediante aviso prévio indenizado em 15 de Fevereiro de 2018. Ressalta-se que João da Silva durante o contrato de trabalho não gozou férias. Considerando a situação acima, responda:
a) Diante da extinção do contrato de trabalho, João terá direito a receber remuneração de quais períodos de férias? Indique todos os períodos aquisitivos, inclusive o incompleto.
R: Diante da extinção do contrato de trabalho, João terá direito a receber remuneração de 2 férias completas e 1 férias em fração. Como o rapaz não tirou férias no período concessivo de 15 de janeiro de 2017 até 14 de janeiro de 2018 (referente ao período aquisitivo de 15 de janeiro de 2016 a 14 de janeiro de 2017), teve sua férias vencida. 
O empregado entrou em um novo período aquisitivo (15 de janeiro de 2017 a 14 de janeiro de 2018), e deveria tirar a 2º férias entre o período concessivo de 15 de janeiro de 2018 até 14 de janeiro de 2019, porém acabou sendo demitido antes do período concessivo terminar, mas recebe férias integral por ter trabalhado completamente no período aquisitivo.
João também terá direito a receber férias proporcionais ao período aquisitivo trabalhado entre 15 de janeiro de 2018 à 15 de fevereiro de 2018, onde ocorreu sua demissão.
b) Como deverão ser pagas, na rescisão, as remunerações das férias não gozadas? Indique para cada período se a remuneração será em dobro, simples ou proporcional.
R: Na rescisão, o empregador deverá pagar ao João uma férias vencida, referente ao período aquisitivo de 15 de janeiro de 2016 à 14 de janeiro de 2017, onde o pagamento é em dobro (2 salários + 2/3), segundo o art. 137, da CLT; uma férias simples, referente ao período aquisitivo de 15 de janeiro de 2017 à 14 de janeiro de 2018, onde o pagamento é normal (1 salário + 1/3); e uma férias proporcional, referente ao período aquisitivo incompleto de 15 de janeiro de 2018 à 15 de fevereiro de 2018 ( 1/12 salário + 1/36).
 2-) (Valor: 1.60) Pedro Lucas é empregado da empresa Cervejas e Vinhos Especiais Ltda., exercendo a função de degustador. Para tanto, deve provar uma pequena quantidade de vinho de cada lote, o que gera, ao final de cada semana, a ingestão de 7 litros de vinho. Em razão disso, tornou-se dependente de álcool, o que levou ao seu afastamento do emprego e seu encaminhamento ao INSS. Foi constatado pela perícia que havia o nexo técnico epidemiológico, e o benefício correspondente foi deferido pelo INSS. Diante do caso, responda ao item a seguir. 
Na qualidade de advogado do empregado, terá ele direito a contagem do período de afastamento? A empresa deverá recolher alguma verba de natureza trabalhista? Justifique.
R: Após a perícia do INSS constatar que houve uma incapacidade desenvolvida pelo trabalho, eles colocarão Pedro Lucas em auxílio doença (B-91), podendo ser convertida para aposentadoria por invalidez. Nos 15 primeiros dias, o empregado será afastado por atestado médico, havendo interrupção do contrato de trabalho, onde os dias serão contados como tempo de serviço e o funcionário receberá por parte do empregador. A partir do 16º dia de afastamento, com o CAT dado pelo empregador, o funcionário ingressa no INSS por acidente de trabalho (art. 19 da lei 8213/91) e ocorrerá uma suspensão do contrato de trabalho, ele receberá seu salário pelo INSS, mas seu tempo de serviço será contado (art. 4º, parágrafo 1º, CLT) e o empregador terá que depositar o FGTS; caso fique mais de 6 meses no benefício, Pedro Lucas perde suas férias (art. 133, IV, CLT).
 3-) (Valor:1.60) Joana, auxiliar admistrativo foi contratada em 15/01/2018 pela empresa Sol ltda. Ocorre que Joana foi dispensada em 20/02/2020 e dias após a comunicação da dispensa descobriu que estava com 2 meses de gestação. Joana foi orientada por uma amiga, estudante de direito a comunicar o empregador sobre seu estado gravídico para tentar retornar ao emprego. O empregador ao tomar conhecimento da gravidez de Joana, a infomou que ela não teria direito a retornar a empresa. Diante da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado de Joana qual seria a medida judicial cabível e qual a fundamentação jurídica para buscar os direitos da sua cliente? 
R: A medida judicial cabível para ajudar Joana é entrar com uma ação contra a empresa Sol Ltda, pois ela não poderia ser demitida por ser estável. Sua estabilidade iniciou-se com o ato de concepção (art. 10, II, a, do ADCT) e mesmo que o empregador desconhecesse sua gravidez, a estabilidade deve ser garantida (Súmula 244, I, do TST). O advogado deve entrar com uma ação de reintegração, dentro do prazo de estabilidade (Súmula 244, II, do TST), para que Joana possa ser reintegrada a equipe de funcionários da empresa SOL Ltda. Caso não seja possível sua reintegração, o empregador deverá pagar uma indenização substitutiva (salvo violação da boa-fé processual).
4-) (Valor: 1,60) Luiz Azevedo, professor, candidatou-se em uma chapa para a direção do sindicato dos professores do Município de Tribobó, sendo eleito. Contudo, o sindicato não comunicou o registro da candidatura, eleição ao empregador. Durante o mandato de Luiz Azevedo, o empregador a dispensou sem justa causa e com cumprimento do aviso prévio. Azevedo, então, enviou uma notificação dando-lhe ciência dos fatos, mediante prova documental. Apesar das provas, a empresa não aceitou suas razões e ratificou o desejo de romper o contrato de trabalho. Sobre o caso narrado, de acordo com a jurisprudência do TST, responda de forma fundamentada se a empresa agiu corretamente? 
R: A empresa agiu de forma incorreta, pois Luiz Azevedo não pode ser simplesmente demitido, já que ocupa cargo de direção do sindicato. A estabilidade do professor se iniciou no registro de sua candidatura e termina 1 ano após o final do mandato (art. 8º, VIII, CRFB/88). Mesmo que o sindicato tenha esquecido de comunicar o registro da candidatura, o próprio empregado pode comunicar sua candidatura, mesmo que fora do prazo, contanto que ocorra na vigência do contrato de trabalho (Súmula 369, I, do TST ). O funcionário é estável e não pode ser demitido. Mesmo se a demissão tivesse ocorrido por justa causa, o empregador deveria suspender seu empregado, e teria 30 dias para entrar com um inquérito de falta grave (Súmula 379, do TST) para, só então, o judiciário analisar se o funcionário poderia ou não ser demitido.
5-) (Valor: 1,60) Bruna de Souza, secretária, contratada pela Empresa Amor Ltda, admitida em 20/02/2018, se ausentou do serviço por 5 dias para resolver problemas pessoais em 20/03/2018, em 15/04/2018 Bruna novamente se ausentou para acompanhar seu filho em uma viagem por 3 dias. Ressalta-se que o empregador não autorizou nenhuma dessas ausências ao serviço, pergunta-se: 
Bruna terá direito a férias? Quantos dias? Como será realizado o pagamento? Fundamente.
R: Bruna de Souza, mesmo tendo se ausentado sem a permissão do empregador, terá direito a férias. Por serem faltas injustificadas, suas férias serão descontadas. Segundo o artigo 130, 1º parágrafo, da CLT, é vedado ao empregador descontar os dias, mas ele não pode descontar o valor das férias. Como a funcionária teve 8 faltas injustificadas, então suas férias serão de 24 dias (art. 130, II, CLT). Em relação ao pagamento, o empregador deverá pagar férias integrais, e o desconto dos dias faltados deve ser feito no pagamento seguinte ao mês que houve falta; caso o empregador resolva não descontar os dias faltosos, é considerado perdão tácito e ele não poderá descontar no pagamento de suas férias.

Continue navegando