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PROJETO DE INTERIORES RESIDENCIAIS Jaqueline Ramos Projeto executivo para interiores residenciais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Definir as especificidades do projeto executivo de interiores residenciais. � Identificar as plantas do projeto. � Construir as plantas de um projeto de baixa complexidade. Introdução Neste capítulo, você vai conhecer os documentos necessários para a realização de um projeto executivo de interiores residenciais, com as particularidades e especificações necessárias para cada elemento utili- zado. Você vai ver também as plantas baixas necessárias para a correta execução do projeto. Para qualificar o seu estudo, você vai ver ainda a descrição das plantas necessárias para a elaboração de um projeto de baixa complexidade. Assim, você vai estar apto a realizar projetos de interiores residenciais, com as especificações necessárias e os detalhamentos pertinentes a cada projeto. Especificidades do projeto executivo de interiores residenciais Um projeto arquitetônico é composto por diversas etapas, como você pode ver a seguir (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1995). � Levantamento — corresponde à coleta de informações que direcionam a elaboração do projeto. É composto por dados físicos, técnicos, sociais e econômicos. � Programa de necessidades — é constituído pelas expectativas e neces- sidades que devem ser supridas com a execução do projeto. � Estudo de viabilidade — é formado pela análise e pela avaliação dos itens anteriores, resultando em alternativas para a criação do projeto em si. � Estudo preliminar — contém informações técnicas iniciais que permitem compreender a distribuição dos elementos constituintes da edificação. � Anteprojeto — são estimativas de custos e prazos, opções de detalha- mentos sugeridas, porém não definitivas. � Projeto legal — é necessário para a aprovação do projeto junto aos órgãos competentes e para a obtenção dos documentos necessários para o funcionamento da edificação; na gama de requisitos exigidos, atende às legislações federais, estaduais e municipais. � Projeto básico — antecede o documento final, apresentando dados completos, mas também parciais das atividades a serem desenvol- vidas. O projeto básico é um item opcional nas etapas de aprovação de projeto. � Projeto executivo — corresponde à representação técnica final, que apresenta todas as informações necessárias para a execução da obra e de seus elementos. O projeto executivo compreende a síntese das informações acordadas entre cliente e projetista para a execução ade- quada da obra. Essa apresentação deve ser clara e precisa, de forma que todas as informações sejam transmitidas aos profissionais que executarão o projeto. Lembre-se de que nem sempre o projetista está presente na obra, ou seja, o projeto deve ser autoexplicativo (DUARTE; SALGADO, 2002). O projeto se inicia pela identificação do problema apresentado pelo cliente. Assim, são levantadas as informações necessárias para a posterior realização do projeto. É preciso analisar as necessidades apresentadas pelo cliente, as suas preferências e os seus objetivos relativos à realização do projeto. Nem sempre o cliente deixa claras as intenções de projeto. Portanto, é necessário que o projetista analise o contexto e as percepções para avaliar quais objetivos devem ser alcançados. Com essas definições acertadas, o projetista realiza o levantamento físico do ambiente. As medidas devem ser levantadas com precisão de Projeto executivo para interiores residenciais2 centímetros, pois um bom levantamento é essencial para a execução de um projeto de qualidade e para reduzir os erros que poderiam surgir no decorrer do processo. Para complementar o material coletado, é importante também realizar um levantamento fotográfico. Esse levantamento pode auxiliar na explanação de dúvidas surgidas no decorrer do processo (SIQUEIRA; COSTA FILHO, 2015). Para a elaboração do projeto, é necessário ser sensível às expectativas do cliente e utilizar a experiência projetual obtida por meio de pesquisas e também de projetos anteriores. As texturas e cores da preferência do cliente são muito importantes para a definição dos materiais a serem utilizados, assim como dos elementos que devem ser mantidos ou alterados, como portas, janelas e paredes. Todos os meios de interferência do projeto devem ser cuidadosamente analisados e avaliados. Lembre-se sempre de que para realizar a remoção de elementos estruturais (como vigas, pilares, lajes e paredes) deve ser realizada uma avaliação preliminar por um profissional especialista em estruturas (VALLADARES; MATOSO, 2002). O projeto executivo é composto por plantas, cortes, vistas e imagens 3D. Esses elementos são detalhados de forma que apresentem todas as informações necessárias para a confecção do mobiliário, do gesso, dos pontos luminotéc- nicos e hidráulicos. Um projeto bem elaborado garante que as intenções do projetista sejam realizadas e que as exigências do cliente sejam atendidas (DUARTE; SALGADO, 2002). A planta baixa corresponde à apresentação de tudo o que se encontra abaixo de 1,20 m do chão, como se fosse realizado um corte na edificação exatamente nessa altura. Como você pode ver na Figura 1, a planta baixa é a planificação dos ambientes, ou seja, a transformação do construído, ou 3D em 2D. 3Projeto executivo para interiores residenciais Figura 1. Plano de corte apresentando os elementos que devem ser visualizados em planta baixa. Fonte: Ching (2012, p. 147). Assim como nas plantas baixas, os cortes também correspondem à planifica- ção dos elementos, porém essa planificação é realizada na vertical. Tudo o que se encontra atrás desse plano de corte deve ser apresentado no corte, seja com a seção cortada ou em vista, o que varia conforme a sua localização em planta. Para a adequada compreensão dos elementos apresentados, é essencial sinalizar em planta o local onde o corte está passando e indicar a direção desse corte. Podem ser realizados quantos cortes forem necessários em uma única planta, sempre optando por apresentar todas as informações relevantes e as particula- ridades do projeto. Na Figura 2, você pode ver um exemplo de plano de corte. Projeto executivo para interiores residenciais4 Figura 2. Plano de corte apresentando os elementos que devem ser visualizados em corte. Fonte: Ching (2012, p. 171). O projeto executivo é composto por planta de construção e demolição, planta de paginação de piso, planta de forro, planta de pontos elétricos, planta de eixos hidráulicos, detalhamentos (marcenaria, soleiras, desníveis, etc.), vistas, cortes e imagens 3D ou croquis. A representação projetual executiva de interiores residenciais envolve plantas com cotas de níveis, cotas parciais e totais, cotas de alturas em vistas e cortes, definições de pé-direito, delimitações de ambientes, escolha de materiais e acabamentos, indicação de equipamentos e mobiliários. No Quadro 1, a seguir, você pode visualizar as simbologias utilizadas em projeto para a indicação de níveis, marcações de vistas, marcações de cortes, indicação de paginação, de eixos e de norte, de acordo com a NBR 6492 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994). Esses elementos são fundamentais para o perfeito entendimento do projeto. 5Projeto executivo para interiores residenciais Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994). Símbolo Nomenclatura Local de utilização Cota de nível Planta baixa Cota de nível Cortes e vistas Indicação de vista Planta baixa Marcação de corte Planta baixa Indicação de paginação Planta baixa, cortes e vistas Marcação de eixos Planta baixa Indicação de norte Plantas de situação, localização e implantação Quadro 1. Simbologia utilizada em projeto Projeto executivo para interiores residenciais6 A marcação de eixos é realizada em planta baixa. Ela sinaliza os eixos das paredes, facilitandoa localização de vigas, pilares e paredes. Plantas do projeto O projeto executivo de interiores residenciais é um documento composto por diversas plantas. Estas apresentam de forma clara todas as definições e vali- dações acordadas entre o cliente e o projetista (SIQUEIRA; COSTA FILHO, 2015). Normalmente, o projeto executivo é composto por planta de construção e demolição, planta de paginação de piso, planta de forro, planta de pontos elétri- cos, planta de eixos hidráulicos, detalhamentos de marcenaria, com mobiliário proposto, imagens 3D e memoriais descritivos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994; VALLADARES; MATOSO, 2002). Porém, nem todos os projetos apresentam todos os itens que deveriam constar nessas plantas. Por exemplo, no projeto executivo de uma sala de estar, normalmente não há a indicação de uma tubulação hidráulica, pois não existe a necessidade de implantação de um ponto de água. Consequentemente, no projeto executivo dessa sala não haverá uma planta de eixos hidráulicos. O projeto executivo deve apresentar uma planta baixa com todas as cotas dos elementos fixos, como paredes, divisórias, pilares, bancadas, ou seja, todos os locais que definem os ambientes. Na Figura 3, você pode observar um exemplo de planta baixa com essas cotas. 7Projeto executivo para interiores residenciais Figura 3. Planta baixa de projeto executivo de interiores. Fonte: Milani e Rezende (2016a, documento on-line). Quando houver alterações nos ambientes, como demolições de paredes ou divisórias, assim como a construção de novas paredes ou o nivelamento de pisos, essas alterações devem ser sinalizadas em uma planta baixa específica, a planta de construção e demolição, apresentando diferenciação de hachuras para cada uma das alterações (SACCOMORI, 2015). Essa planta deve ser cotada e apresentar os níveis admitidos para cada ambiente. Essas informações podem ser representadas em uma única planta ou divididas em plantas separadas. Na Figura 4, você pode observar a marcação das paredes a serem mantidas com hachura sólida escura, das paredes a serem construídas com hachura sólida clara e das paredes a serem demolidas com as linhas tracejadas. Alterações e deslocamentos de louças sanitárias também podem ser marcados nessa planta. Como você pode notar, essa é uma planta baixa que nem sempre faz parte do projeto executivo, assim como a planta de eixos hidráulicos. Projeto executivo para interiores residenciais8 Figura 4. Exemplo de planta de construção e demolição. Fonte: Roldão (2017, documento on-line). A planta de paginação de piso corresponde à planta baixa do ambiente projetado, com a identificação dos pisos utilizados, as marcações e as defini- ções a serem realizadas. Toda ela é cotada, utilizando um ponto de referência como início da marcação de cota. Esse ponto de referência corresponde ao local onde deverá ser aplicada a primeira peça de piso no ambiente; as demais peças devem utilizá-la como guia. Com isso, as peças que precisarão ser cortadas para fazer o fechamento do piso estarão no lado oposto da indicação da paginação (VALLADARES; MATOSO, 2002). Na Figura 5, você pode observar a marcação de paginação do piso no canto inferior direito do am- biente maior. Já no ambiente central, a marcação inicia-se no canto superior esquerdo. A definição desse ponto inicial é determinada pela distribuição das funções e mobiliários que serão utilizados naquele local. Por exemplo, em um quarto onde será instalado um armário em determinada parede, não há a necessidade de a paginação iniciar onde se encontra esse armário, pois o piso ficará coberto pelo móvel. 9Projeto executivo para interiores residenciais Figura 5. Exemplo de planta de paginação de piso. Fonte: Milani e Rezende (2016b, documento on-line). A paginação não é utilizada apenas em piso. Em paredes que possuem revestimentos em peças, a paginação é indicada nas respectivas vistas e cortes. Na planta de forro, são apresentadas as marcações dos pontos elétricos e os detalhamentos realizados no gesso, como as sancas, os rasgos, os rebaixos e todos os desenhos, devidamente cotados para que possam ser realizados em obra pelo gesseiro. Os pontos de iluminação e as luminárias utilizadas devem estar identificados para que os recortes necessários sejam realizados nos locais previstos. Para que não ocorram fissuras devido à dilatação, é recomendado realizar um negativo ou uma moldura em todas as faces de ligação das paredes com o gesso. Em ambas as situações, o forro de gesso não deve ser fixado nas paredes; deve ficar suspenso pelos elementos de fixação. Já os negativos e Projeto executivo para interiores residenciais10 as molduras devem ser fixados diretamente nas paredes, mas não podem ter contato direto com o forro (BENIGNO, 2009). Como você pode ver na Figura 6, os rebaixos realizados no gesso podem ser sinalizados com hachura, mas deve também ser indicado o pé-direito de cada área demarcada. Vistas, cortes e detalhamentos facilitam o entendimento dos executores e garantem que o projeto seja realizado conforme a aprovação do cliente (DUARTE; SALGADO, 2002). Figura 6. Planta de forro, com indicação de pontos luminotécnicos. Fonte: Gerolla (2009, documento on-line). O pé-direito é um fator determinante nas sensações que os ambientes ocasionam. Um pé-direito muito alto está associado à sensação de poder e imponência, enquanto pés-direitos mais baixos proporcionam a sensação de intimidade (CHING, 2013). A planta de pontos elétricos deve apresentar todas as tomadas, interruptores, pontos de telefone, pontos de segurança e internet. Eles devem ser instalados no ambiente com as suas devidas cotas horizontais e verticais e as indicações de alturas. Os quantitativos de materiais elétricos, marcas e modelos escolhidos devem ser apresentados por meio de uma tabela com a sinalização da simbologia utilizada em planta para cada elemento (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994). 11Projeto executivo para interiores residenciais Para a distribuição dos pontos elétricos, é preciso levar em considera- ção a finalidade do ambiente, o tempo de permanência dos usuários e as sensações que o projetista pretende transmitir. A temperatura de cor é um fator importante para a especificação das luminárias e lâmpadas a serem utilizadas, sendo medida em Kelvin (K) e normalmente variando de 3.000 K a 6.500 K, mas podendo apresentar valores superiores. Uma lâmpada com temperatura de cor de 3.000 K emite um facho de luz amarelo, que é ideal para transmitir conforto, sendo indicada para ambientes como salas e dormitórios. A temperatura de cor de 4.500 K é indicada para ambientes de trabalho, como lavanderia, cozinha e serviços, por apresentar uma iluminação de cor neutra. Já a temperatura de cor de 6.500 K é indicada apenas para áreas técnicas, como indústrias e áreas de trabalho, não sendo comumente utilizada em residências, por apresentar um facho de luz branca. Porém, você deve notar que a escolha do cliente é o principal determinante da iluminação de cada ambiente (BRILUMEN, 2018). A distribuição dos interruptores deve ser feita, sempre que possível, de forma a facilitar a rotina dos usuários e a tornar os ambientes mais seguros. Dê preferência para interruptores paralelos (do tipo utilizado em hotéis) em corredores extensos, em acessos e saídas de ambientes de transição e em dormitórios em que a cabeceira da cama será posicionada distante da porta de acesso do quarto. Para um projeto luminotécnico mais intimista, prefira interruptores dimerizados. Com apenas um toque, é possível controlar a intensidade da iluminação, tornando salas e dormitórios mais aconchegantes e confortáveis. A planta de mobiliário deve ser apresentada com todas as dimensões cotadas e com textos explicativos para facilitar o entendimento. O mobiliário pode ser indicado por meio de tabelas quando forem utilizados móveis prontos; e detalhados com cotas, níveis, cortes e vistas específicosquando os móveis forem realizados em marcenaria (Figura 7). É fundamental apresentar um detalhamento extremamente completo. Assim, o marceneiro pode executar todas as especificações aprovadas pelo cliente. Projeto executivo para interiores residenciais12 Figura 7. Planta baixa de mobiliário. Para facilitar o entendimento dos profissionais que irão executar os projetos realizados, é importante realizar croquis ou imagens 3D. Eles são fundamentais para a apresentação do projeto ao cliente, pois muitos leigos não conseguem visualizar determinados projetos em 2D. Construção de plantas de um projeto de baixa complexidade O termo “complexidade” está diretamente ligado à definição de dificuldade, algo grandioso que exige diversos conhecimentos para a realização de deter- minado objetivo. Porém, estudos afirmam que a complexidade de determinado projeto não está necessariamente ligada à sua grandeza, e sim ao seu geren- ciamento, devido à redução de riscos e de incertezas no decorrer do processo (GAGGIOTO, 2017). Ao reduzir as incertezas acerca de um projeto, este se torna mais sim- ples e de fácil entendimento. Para isso, é necessário compreender todas as exigências e prioridades do cliente. Um projeto de baixa complexidade não 13Projeto executivo para interiores residenciais é necessariamente um projeto pequeno, mas um projeto desenvolvido com maior rapidez, pois todas as incertezas encontradas no início do processo já foram devidamente esclarecidas. Um projeto de baixa complexidade requer o delineamento do problema a ser resolvido, todas as premissas apresentadas pelo cliente e a solução mais acertada entre todas as desenvolvidas. Inicia-se pela transcrição dos dados levantados e pela sua transferência para um software. Contudo, lembre-se de que é possível realizar o desenvolvimento do projeto à mão. Ao avaliar o espaço existente, você deve verificar se há elementos que deverão ser removidos ou adicionados, como paredes e divisórias. Esses elementos devem ser marcados em uma planta de construção e demolição, com cotas horizontais, verticais e de níveis. Lembre-se: a marcação com hachuras específicas para cada ação facilita a visualização em obra do que deve ser realizado. Definidos os elementos fixos, parte-se para a criação dos ambientes, sejam eles dormitórios, salas, cozinhas ou banheiros, por exemplo. É importante você notar que nem sempre a primeira ideia elaborada será a definitiva. Além das alterações solicitadas pelo cliente, o profissional pode e deve realizar algumas alternativas que lhe pareçam atender melhor aos objetivos finais. Lembre-se de criar vários layouts e até mesmo mesclá-los para que a proposta possa sempre evoluir. Layout é a disposição geral dos elementos de projeto, a organização dos elementos fixos e móveis. O mobiliário a ser utilizado é apresentado em planta específica, com o detalhamento dos elementos que deverão ser realizados em marcenaria e a indicação dos que serão adquiridos prontos, em lojas especializadas. O detalhamento de marcenaria deve ser elaborado de forma que não haja dúvidas no momento da execução. Para isso, são elaboradas plantas, cortes e vistas; mobiliários com portas e gavetas devem apresentar as vistas internas e externas. Projeto executivo para interiores residenciais14 É de extrema importância que todas as cotas sejam indicadas em planta, apresentando profundidades e larguras dos elementos criados. Nos cortes e nas vistas, devem ser apresentadas apenas cotas verticais. Não é reco- mendado apresentar cotas horizontais pois elas “poluem” esses desenhos e geram informações desnecessárias, que já foram apresentadas em planta. As cotas de níveis devem ser marcadas em planta, cortes e vistas, cada uma com o seu respectivo símbolo (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994). Para a construção da planta de forro, é preciso levar em consideração os ambientes e as sensações que devem ser valorizados. O gesso deve ser indi- cado com parcimônia, evitando exageros e recortes desnecessários. Com a definição da planta de gesso, faz-se a distribuição dos pontos de iluminação. Com a intenção já definida, é preciso determinar se a iluminação será direta ou difusa, quais temperaturas de cores serão utilizadas e quais locais serão destacados. Salas de jantar exigem um ponto de iluminação sobre o centro da mesa, que abranja toda a área a ser utilizada. Contudo, isso não impossibilita a colocação de sancas com iluminação ao redor da locação da mesa ou nas extremidades do ambiente. Tanto a indicação do gesso como a dos pontos de luz devem ser realizadas com o foco nos objetivos a serem alcançados (SACCOMORI, 2015). O projeto executivo de interiores residenciais deve ser realizado com a finalidade de atender a todas as expectativas do cliente. Para isso, é necessário que seja realizado de forma clara e que seja entregue integralmente. Assim, você garante uma execução que corresponda exatamente ao projeto e ao sonho do cliente. Acesse o link a seguir para conhecer acabamentos para interiores. https://goo.gl/eDPsqX 15Projeto executivo para interiores residenciais 1. O forro de gesso pode ser utilizado para funções estéticas, delimitação visual de espaços, distribuição de diversos pontos elétricos e melhorias no desempenho térmico e acústico. Nesse contexto, qual é a função dos negativos e das molduras no forro de gesso? a) Permitir que os diferentes materiais se dilatem. b) Realizar um acabamento estético no gesso. c) Permitir a fixação do forro de gesso. d) Realizar o alinhamento do forro de gesso com a parede. e) Garantir que a altura determinada para o pé-direito seja respeitada. 2. Assinale a alternativa que apresenta a indicação da planta necessária para o projeto executivo de interiores residenciais de um dormitório, sendo a premissa estabelecida pelo cliente a criação de móveis sob medida sem que haja a realização de obras. a) Planta de eixos hidráulicos. b) Planta de construção. c) Planta de demolição. d) Planta de forro. e) Planta de mobiliário. 3. Para realizar um projeto executivo de interiores residenciais, algumas etapas devem ser seguidas. Assinale a alternativa que apresenta todas as etapas percorridas para a realização de um projeto executivo de interiores residenciais. a) Programa de necessidades, estudo de viabilidade, estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo. b) Levantamento, programa de necessidades, estudo de viabilidade, estudo preliminar, anteprojeto, projeto básico e projeto executivo. c) Levantamento, programa de necessidades, estudo de viabilidade, estudo preliminar, projeto legal e projeto executivo. d) Levantamento, programa de necessidades, estudo de viabilidade, estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo. e) Programa de necessidades, estudo de viabilidade, estudo preliminar, anteprojeto, pré- executivo e projeto executivo. 4. Sempre que o projetista indicar ao cliente a aplicação de um novo piso no ambiente projetado, o projeto executivo de interiores residenciais deve apresentar a planta de paginação de piso. Qual é o objetivo do projetista ao apresentar essa planta? a) Indicar onde deve ser iniciada a pintura das paredes. b) Indicar o local para a colocação da peça de piso guia. c) Indicar quantas peças de piso devem ser removidas. d) Indicar a marca de pisos a ser utilizada. e) Indicar a distribuição do mobiliário a ser implantado. Projeto executivo para interiores residenciais16 5. Para a realização de um projeto executivo de interiores residenciais completo, é necessário apresentar diversas informações em plantas, vistas e cortes. Em planta baixa, quais são os símbolos necessários para classificar o projeto de interiores como completo? a) Cota de nível, indicação de vista, indicação de corte, paginação de piso e marcação de eixos. b) Cota de nível, indicação de vista, indicação de corte, paginação de piso e indicação de norte. c) Cota de nível,indicação de vista, paginação de piso, indicação de norte e marcação de eixos. d) Cota de nível, indicação de norte, indicação de corte, paginação de piso e marcação de eixos. e) Cota de nível, indicação de vista, indicação de norte, paginação de piso e marcação de eixos. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13531. Elaboração de projetos de edificações – Atividades técnicas. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492. Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. BENIGNO, F. Instalação de forro de gesso em placas. Construção, mar. 2009. Disponível em: <http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/92/ instalacao-de-forro-de-gesso-em-placas-298959-1.aspx>. Acesso em: 17 out. 2018. BRILUMEN. Temperatura de cor (CCT). 2018. Disponível em: <https://www.brilumen. com/geral/Temperatura-de-Cor-(CCT)>. Acesso em: 17 out. 2018. CHING, F. D. K. Desenho para arquitetos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. CHING, F. D. K. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. DUARTE, T. M. P.; SALGADO, M. S. O projeto executivo de arquitetura como ferramenta para o controle da qualidade na obra. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 9. Foz do Iguaçu, Paraná, 7 a 10 de maio de 2002. Disponível em: <http://www.proarq.fau.ufrj.br/pesquisa/geparq/wp/22.pdf>. Acesso em: 18 out. 2018. GAGGIATO, F. E. et al. A importância da análise de complexidade em projetos. PMKB, 1 abr. 2017. 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ROLDÃO, A. Apartamento MR. Archdaily, 22 out. 2017. Disponível em: <https://www.ar- chdaily.com.br/br/881965/apartamento-mr-angela-roldao/59e885f7b22e384f1400005f- -apartamento-mr-angela-roldao-planta-demolicao-e-cosntrucao>. Acesso em: 17 out. 2018. SACCOMORI, D. Plantas técnicas: piso, teto, demolir: construir. 24 nov. 2015. Disponí- vel em: <https://pt.slideshare.net/danilosaccomori/plantas-tcnicas-de-piso-teto-e- -demolirconstruir>. Acesso em: 17 out. 2018. SIQUEIRA, C. N.; COSTA FILHO, L. L. As necessidades dos usuários nos espaços residen- ciais, na percepção de arquitetos e designers de interiores. Estudos em Design, Rio de Janeiro, v. 23, n. 3, p. 36-45, 2015. VALLADARES, P.; MATOSO, D. Projeto de interiores: apostila de projeto executivo e deta- lhamento. 2002. Disponível em: <https://daniloarquiteto.files.wordpress.com/2008/11/ apostila_exec_det.pdf>. Acesso em: 17 out. 2018. Leituras recomendadas BUXTON, P. 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