Buscar

Resumo da matéria Alfabetização e Letramento (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Resumo da matéria Alfabetização e Letramento
Édy Carlos Monteiro
UNIP - Pedagogia
Introdução
Na Mesopotâmia é onde acontece a elaboração da escrita. Criação da fonetização pelos Sumérios. 
Fonetização é o uso de signos representativos de uma palavra para representar outra palavra. 
A letra cursiva ou manuscrita é influenciada pelo trabalho do calígrafo Ludovico Vicentino Degli Arrighi.
A Unesco aponta o Brasil como um dos doze países que concentram um grande número de pessoas com idade acima de quinze anos que não sabem ler nem escrever, portanto, é preciso lembrar que a educação é construída pela sociedade em um contexto sociopolítico, econômico, histórico e cultural.
Papel do professor
Um dos equívocos que se dá em relação à aprendizagem é que ela acontece ao mesmo tempo e da mesma forma para todas as crianças.
O professor tem um papel muito importante no período de alfabetização, mas não podemos esquecer que a criança traz consigo experiências, formas de pensar e hipóteses sobre a realidade.
Aprender a ler e a escrever significa adquirir uma tecnologia, porém, somente adquirir não é o suficiente, é necessário se apropriar dela.
Alfabetização e Letramento
O conceito de letramento entende que os sentidos e significados se constituem segundo as relações que cada um mantém com a língua, com o tema sobre o qual fala ou escreve, ouve ou vê e assim por diante.
Segundo a declaração da Unesco, de 1958, uma pessoa sabe ler e escrever quando consegue ler ou escrever compreensivamente um pequenos texto relacionado à sua vida diária, tempos depois definiu como uma pessoa sabe ler e escrever quando o sabe o suficiente para inserir-se em seu meio, e quando seu desempenho envolve tarefas de leitura, escrita e cálculo.
Alfabetização e Letramento
Fases do desenvolvimento
•primeira fase: o modelo sociológico de desenvolvimento;
•segunda fase: Piaget desenvolveu o modelo sensório-motor;
•terceira fase: Piaget elaborou o modelo lógico de desenvolvimento intelectual;
•quarta fase: Piaget estudou o pensamento figurativo.
Fases do desenvolvimento
As quatro fases de desenvolvimento são descritas na teoria de Piaget como:
•1º período: sensório-motor (0 a 2 anos);
•2º período: pré-operatório (2 a 7 anos);
•3º período: operações concretas (7 a 11 ou 12 anos);
•4º período: operações formais (11 ou 12 anos em diante).
Fases do desenvolvimento
Os cinco níveis conceituais estruturados por Emilia Ferreiro são:
•nível 1: pré-silábico – fase pictórica, gráfica primitiva e pré-silábica;
•nível 2: intermediário I;
•nível 3: silábico;
•nível 4: intermediário II ou silábico-alfabético;
•nível 5: alfabético.
Construtivismo e alfabetização
Concepções linguísticas da alfabetização
Questão 1
Ao afirmarmos que a educação escolar é promotora de “desenvolvimento cognitivo”, baseamos essa afirmação no(s) seguinte(s) fato(s):
I. A pedagogia fundamenta-se na psicologia para compreender os processos de aprendizagem das crianças.
II. A pedagogia se apoia em Vygotsky e em sua abordagem sociointeracionista para afirmar que as relações entre os indivíduos são mediadas por instrumentos e signos.
III. A pedagogia inspira-se em Piaget para justificar que as crianças possuem capacidades inatas e imutáveis para aprender.
IV. A pedagogia se apoia em Emilia Ferreiro. Segundo ela, para que alguém aprenda é preciso: motivo + ação = motivação.
Questão 1
Análise das afirmativas: 
Afirmativa I: é verdadeira porque muitos teóricos da educação, dentre eles Piaget, Vygotsky e Emilia Ferreiro, realizaram pesquisas na área da psicologia a fim de desvendar a aprendizagem tanto do ponto de vista da biologia e da estrutura cerebral, quanto dos fatores emocionais, afetivos e motivacionais.
Afrmativa II: é verdadeira porque Vygotsky é o criador da abordagem sociointeracionista da aprendizagem, ou seja, aprendemos a partir da relação com as experiências e os objetos empíricos e com os símbolos e conceitos presentes na linguagem.
Afrmativa III: é falsa porque Piaget partiu de uma concepção de desenvolvimento que envolve processos de contínuas trocas entre o indivíduo e o ambiente, portanto, a capacidade de aprendizagem não é inata e imutável.
Afrmativa IV: é verdadeira porque, segundo Emilia Ferreiro, para que alguém aprenda é preciso: motivo + ação = motivação, ou seja, fatores que influenciem determinados comportamentos. No caso da cognição, fatores que levem o indivíduo a aprender.
Questão 2
(ENADE 2005) A professora Maria Amélia, que atua no Ensino Fundamental, trabalha a literatura infantil como uma das possibilidades de alargamento dos horizontes cognitivos do leitor iniciante. Com essa abordagem, deseja ir além com o seu grupo da “alfabetização”, entendida como o processo de codificação/decodificação de sons e letras visando ao letramento.
Questão 2
A atividade proposta pela professora possibilitou à criança:
I. Explorar a rima para aumento de vocabulário.
II. Desenvolver os elementos sensório-motores.
III. Emitir opinião sobre a situação narrada.
IV. Analisar questões de comportamento.
 C) As afirmativas I, III e IV são verdadeiras. 
Questão 2
Análise das afirmativas: 
 
A afirmativa I é verdadeira porque é comprovado nos estudos de linguagem e ensino de línguas que, ao explorar as rimas, há uma ampliação do vocabulário. Por esse motivo, parlendas, canções e poesia são utilizadas desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental. 
 
A afirmativa II é falsa porque fala de desenvolvimento sensório-motor, que é uma fase de desenvolvimento das crianças pequenas, portanto objeto de estudo da Educação Infantil e não do Ensino Fundamental, abordado na questão. 
 
A afirmativa III é verdadeira porque o aluno, ao elaborar o seu texto, pode emitir opinião sobre o fato narrado na estória contada pela professora, conforme pode se ver da maneira com que ele inicia o seu texto: “Eu gosto dessa estória porque (...)”. 
 
A afirmativa IV é verdadeira porque o aluno analisou o comportamento de Rodrigo, o protagonista da estória. 
 
ATIVIDADE TELEAULA I
Como o professor alfabetizador pode intervir na reconstrução da escrita da criança?
a. Partindo de dois eixos básicos de trabalho: textual e análise linguística.
Escolha a alternativa correta, considerando os pressupostos da alfabetização hoje:
b. O desenvolvimento da competência de ler e escrever é um longo processo que vai além do domínio do sistema da escrita.
ATIVIDADE TELEAULA I
O homem pré-histórico já lia os sinais da natureza e os interpretava, assim como tentava reproduzir mensagens nas pedras e rochas. Isso deu origem aos primeiros pictogramas com intenção de se comunicar. Esta colocação relaciona-se com o seguinte fato:
a. A criança percorre, no seu desenvolvimento, dentro de seu ambiente cultural, o mesmo caminho percorrido pela humanidade na organização dos símbolos, da linguagem e do conhecimento.
Sobre Piaget, é correto afirmar:
c. Sua preocupação foi explicar como a criança pensava e interagia com o mundo e com as pessoas para adquirir conhecimentos.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Das afirmativas abaixo:
II. O conhecimento do educador sobre as hipóteses que o aprendiz tem a respeito da língua escrita lhe possibilita propor jogos e atividades que desestruturam essas hipóteses e, por meio de conflito, assimilação e acomodação, um encaminhamento para a hipótese alfabética.
III. A integração da criança com seus colegas nos trabalhos de sala de aula é essencial para a sua reflexão pessoal na reconstrução da língua escrita. Assim, é possível comparar, discutir, argumentar. O trabalho em duplas ou trios cria o que chamamos de grupos produtivos.
Estão corretas: b. II e III.
Justificativa: diante dos materiais de estudo apresentados, pode-se observar que a criança passa, conforme Emilia Ferreiro, por etapas na construção do conhecimento das fases da escrita. Nesse sentido, o professor, enquanto mediador, observador, vai criar situações de aprendizagemdesafiadoras e coletivas.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
De acordo com os autores Cócco e Hailer (1996), a leitura e a escrita são instrumentos básicos de ingresso e participação do cidadão na sociedade letrada. Portanto, é correto afirmar que:
a. são ferramentas facilitadoras da compreensão e comunicação do homem.
Justificativa: as autoras defendem que a leitura e a escrita são a chave para a apropriação dos saberes conquistados historicamente pela humanidade, razão pela qual as chamamos de ferramentas de comunicação e compreensão.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Durante o processo de aquisição da leitura e da escrita, foram ditadas as seguintes palavras para um grupo de crianças: CÃO – GATO – VACA – GALINHA – CAVALO – TARTARUGA – BORBOLETA. Tendo como referência o texto trabalhado, marque com V (verdadeiro) e F (falso):
( V ) Mariana escreveu, respectivamente: CAOU – GATO – VACA – GALINA – CAVALU – TATARUGA – BOBOLETA. Portanto, encontra-se no nível alfabético deste processo.
( F ) Carla escreveu, respectivamente: LACAR – CLAAR – ALARC – LAARC – CLAAR – RALCA – ACAAR. Portanto, encontra-se no nível silábico deste processo.
( V ) Júlio escreveu, respectivamente: COU – HO – VK – HIA – KAO – AARH – OOLA. Portanto, encontra-se no nível silábico deste processo.
( F ) Mário escreveu, respectivamente: AAOU – EIOJ – FAGHLA – ALVIJE – EIOMNPI – SVMX – MIO.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
( V ) Mariana escreveu, respectivamente: CAOU – GATO – VACA – GALINA – CAVALU – TATARUGA – BOBOLETA. Portanto, encontra-se no nível alfabético deste processo.
( F ) Carla escreveu, respectivamente: LACAR – CLAAR – ALARC – LAARC – CLAAR – RALCA – ACAAR. Portanto, encontra-se no nível silábico deste processo.
( V ) Júlio escreveu, respectivamente: COU – HO – VK – HIA – KAO – AARH – OOLA. Portanto, encontra-se no nível silábico deste processo.
( F ) Mário escreveu, respectivamente: AAOU – EIOJ – FAGHLA – ALVIJE – EIOMNPI – SVMX – MIO.
Justificativa: Mariana está na fase alfabética, praticamente escreve quase todas as palavras corretamente, com algumas pequenas trocas ou omissões que, com a intervenção do professor, poderá refletir e entender as convenções da escrita. Carla não está no nível silábico, e sim no pré-silábico, pois percebe-se que ela já consegue diferenciar letras de números, mas usa um certo padrão de letras e as repete de maneira aleatória. Júlio também está na fase silábica, pois observa-se na sua escrita que registra letras com valor sonoro parecido com o que foi ditado ou anota a primeira e a última sílabas corretamente. Mário não está no nível alfabético, pois seu registro não reflete as palavras ditadas.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Em relação a Lev S. Vygotsky, pode-se afirmar que:
I. suas pesquisas apontaram para o papel da linguagem e da aprendizagem no desenvolvimento do indivíduo, cujo pensamento se constrói num ambiente histórico-cultural.
II. a relação do homem com o mundo não é direta, mas mediada; o professor é um mediador entre o aluno que aprende e o conhecimento.
Justificativa: as afirmativas I e II correspondem à teoria sociointeracionista.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Leia com atenção a afirmação abaixo e assinale o pensamento correto:
Emlia Ferreiro desenvolveu teses sobre as hipóteses do pensamento da criança a respeito da linguagem escrita.
A autora:
c. esclarece a compreensão de como funciona o código linguístico.
Justificativa: Emilia Ferreiro estudou o pensamento da criança na reconstrução do código linguístico, e seus estudos ajudam o professor a entender a lógica da alfabetização.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Leia com atenção a situação abaixo e responda a questão:
Hoje é o primeiro dia de Bruna na escola. Ela vai para o Primeiro Ano do Fundamental de nove anos. Sua professora a recebe na entrada da escola e começam a conversar. A professora explica que Bruna fará uma atividade de escrita, registrando o seu nome no papel entregue, e que irá acompanhá-la em sua escrita.
Este procedimento descreve uma atividade para:
b. conhecer o que o aluno já sabe. 
Justificativa: os textos orientam que o professor precisa iniciar suas atividades com atitudes que favoreçam saber o conhecimento prévio do aluno. Este será um bom começo – levantar os saberes de seu grupo. Podemos dizer que a professora está fazendo uma sondagem inicial.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Numa escola, quando da realização de uma reunião proposta pela coordenadora pedagógica, cuja pauta era a discussão a respeito de alfabetização, algumas professoras manifestaram-se com as seguintes falas:
Joana: “A representação do processo pedagógico pauta-se em ler como sinônimo de decodificar; e escrever, de copiar”.
Ana Flávia: “Saber ler e escrever é condição necessária à participação na sociedade letrada em que vivemos e pré-requisito para a cidadania”.
Mônica: “A contribuição de Piaget para a compreensão da elaboração do pensamento do ser que aprende apresenta o conhecimento como construído na interação do sujeito com o objeto de aprendizagem”.
Cristina: “Emilia Ferreiro vem desenvolvendo teses sobre as hipóteses de pensamento que a criança pode apresentar a respeito da linguagem escrita”.
Adriana: “As ideias de Vygotsky sobre linguagem ajudaram a esclarecer as relações entre pensamento, linguagem, desenvolvimento e aprendizagem”.
De acordo com nossos estudos, as professoras cujas participações estão coerentes são:
d. Ana Flávia, Mônica, Cristina e Adriana.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Numa escola, quando da realização de uma reunião proposta pela coordenadora pedagógica, cuja pauta era a discussão a respeito de alfabetização, algumas professoras manifestaram-se com as seguintes falas:
Joana: “A representação do processo pedagógico pauta-se em ler como sinônimo de decodificar; e escrever, de copiar”.
Ana Flávia: “Saber ler e escrever é condição necessária à participação na sociedade letrada em que vivemos e pré-requisito para a cidadania”.
Mônica: “A contribuição de Piaget para a compreensão da elaboração do pensamento do ser que aprende apresenta o conhecimento como construído na interação do sujeito com o objeto de aprendizagem”.
Cristina: “Emilia Ferreiro vem desenvolvendo teses sobre as hipóteses de pensamento que a criança pode apresentar a respeito da linguagem escrita”.
Adriana: “As ideias de Vygotsky sobre linguagem ajudaram a esclarecer as relações entre pensamento, linguagem, desenvolvimento e aprendizagem”.
De acordo com nossos estudos, as professoras cujas participações estão coerentes são:
d. Ana Flávia, Mônica, Cristina e Adriana.
Justificativa: a única professora que está diferente do grupo é Joana, pois vê a alfabetização como uma técnica de memorização, desconsiderando as práticas sociais da escrita. Os outros professores estão fundamentados em autores e teorias para favorecer a prática docente.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Sabemos que a sociedade tem o hábito de tecer críticas a respeito da alfabetização, sobretudo na atualidade, pois temos visto alunos que terminam o Ensino Fundamental escrevendo de forma precária. Assim, podemos afirmar que:
c. muitos dos jovens brasileiros não conseguem se expressar por meio da escrita e nem entender um texto quando leem.
Justificativa: segundo Magda Soares, temos vivido alguns movimentos, como o primeiro, que ela chama de desinvenção da alfabetização. É quando os educadores param de usar os métodos da alfabetização e deixam “os alunos sozinhos construírem o conhecimento”. Depois, temos a invenção do letramento, ou seja, o excesso no uso de leituras de textos e produções orais e o abandono da técnica e reinvenção da alfabetização – quando se deve trabalhar de forma indissociável a alfabetização com o letramento. Todo esse processo tem criado muitas possibilidades, mas pouca fundamentação teórica.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Sobre Piaget, é correto afirmar que:
I. sua preocupação foi em explicar como a criança pensava e interagia com o mundo e com as pessoas para adquirir conhecimentos.
III. definiu que o conhecimento é construído a partir da interaçãodo sujeito com o objeto de aprendizagem.
Justificativa: o texto aponta o pensamento de Piaget, e as questões expostas norteiam o trabalho dos alfabetizadores que buscam o entendimento da teoria construtivista, que explicita a pesquisa do autor.
QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Sobre a alfabetização e o socioconstrutivismo, estão corretas as alternativas abaixo, com exceção de:
c. Somente por volta dos 6 ou 7 anos de idade e tendo um professor diante de si é que a criança tem seu primeiro contato com a escrita.
Justificativa: a criança tem contato com a escrita desde muito pequena, quando observa seus familiares lendo jornais ou se apropriando da leitura e escrita para as diferentes práticas do cotidiano.
Aprender a compreender o mundo 
Basicamente, a escola precisa apoiar a criança por meio dos seguintes mecanismos:
•organização do ambiente e de rotinas destinadas à aprendizagem pela ação;
•estabelecimento de um clima de interação social positivo;
•encorajamento de ações intencionais, de resolução de problemas e da reflexão verbal por parte das crianças;
•observação e interpretação das ações da criança em termos de desenvolvimento e de suas incorporações nas experiências do currículo escolar;
•planejamento de experiências que tenham alicerce nas ações e interesses da criança;
•assegurar o primeiro contato com a escola, que deve se constituir em uma combinação de atividades prazerosas e estimulantes. 
Enfim, a escola precisa instituir circunstâncias que ampare a criança a conhecer e a adaptar-se às especificidades do ambiente escolar, tornando-se hábil para ressignificá-lo e até modificá-lo. 
Alfabetização com Emilia Ferreiro
Ela sugere a atenção para o auxílio constante dos processos das crianças à medida que alcancem novas formas de entendimento, de acordo com a teoria piagetiana. 
Assim, dentro da pedagogia proposta por Emilia Ferreiro, não existe uma única forma fechada de alfabetizar, assim como não existe uma única língua, nem uma única forma de escrever. 
A norma deve ser entendida como resultado de um processo e não como um limite do conhecimento. 
Eventualmente, precisamos ainda desenvolver formas de atuar para que a criança consiga internalizar as formas da escrita como objetos concretos que podem ser moldados. 
Por outro lado, não devemos considerar os limites da concretude como limitadores da possibilidade da formação de novos processos.
 A linguagem escrita
Frente às pesquisas científicas, como o professor pode intervir na reconstrução do código linguístico da criança? 
Cócco e Hailer (1996) propõem dois eixos no trabalho de alfabetização da criança:
1. o trabalho textual, porque permite à criança compreender como funciona a escrita e como pode ser empregada socialmente.
2. a análise linguística, porque embasa a aquisição do valor sonoro convencional à criança e a ajuda na reconstrução do código linguístico.
 Síntese das unidades I e II
 Questão 1
Vovô tuitou a uva
Com um método empoeirado pelo tempo, a cartilha “Caminho Suave” resiste para não desaparecer da memória após alfabetizar 40 milhões de brasileiros nas últimas seis décadas. Em sua 129ª. edição, a obra de Branca Alves de Lima ensina por meio de memorização de imagens relacionadas a letras do nosso alfabeto.
A lição da letra “V” – até hoje associada a “Caminho Suave”, mesmo não se tendo certeza de sua origem – que embora já não exista sob a forma de “Vovô viu a uva. A uva é da vovó”, até hoje povoa o imaginário coletivo por meio de trocadilho politicamente incorreto que originou. O MEC, contudo, considera metodologia ultrapassada e aboliu a cartilha da rede pública do país. Graças a isso, a tiragem, que até os anos 1990 ultrapassava o milhão de cópias, agora chega a menos de 5.000 exemplares.
Ainda assim, a cartilha está entre as obras mais vendidas da Edipro [...]. Segundo a editora, o livro ainda é usado como material de apoio na alfabetização de adultos, árabes e orientais – estes últimos pouco familiarizados ao nosso alfabeto. 
 Questão 1
A alfabetização por meio de cartilhas é considerada “metodologia ultrapassada” porque:
As novas abordagens de alfabetização buscam conduzir a criança à construção de seu próprio texto, e não seguindo um modelo previamente pronto.
A utilização de diversos jogos e materiais para o período de alfabetização é de suma importância. 
As atuais práticas educativas entendem que as letras, sílabas, frases contextualizadas são as bases da alfabetização.
A atual concepção didática reconhece que o processo de alfabetização não é único e que a diversidade de materiais é fundamental para um trabalho bem planejado e centrado nas necessidades dos alunos.
A atual concepção didática vê o aluno e não a cartilha como “sujeito” do conhecimento.
 Questão 2
(ENADE 2005) Na fgura abaixo, de Francesco Tonucci, a professora reage ao “erro” do aluno de forma contundente, desvalorizando o seu raciocínio analógico. O erro e sua correção tiveram, ao longo do tempo, diferentes abordagens relacionadas a concepções e reflexões sobre a avaliação da aprendizagem.
 Questão 2
O procedimento docente que caracteriza uma concepção mediadora de avaliação é:
C) Analisar as várias manifestações dos alunos em situações de aprendizagem, considerando suas hipóteses, para exercer uma ação educativa.
Justificativa: a alternativa é correta, pois a afirmação é a que condiz com a atual concepção de educação sobre como o professor deve tratar o erro do aluno: o mais importante é verificar as hipóteses construídas pelo aluno para chegar à resposta do que a resposta em si. No caso do erro, o professor contribui com o aluno à medida que o ajuda a pensar sobre ele ao invés de simplesmente apontá-lo. 
 
 ATIVIDADE TELEAULA II
O termo consciência fonológica refere-se a:
a. um conjunto de habilidades relacionadas à capacidade de a criança refletir e analisar a língua oral, capacidade essa que será desenvolvida ao longo do processo de aquisição do sistema de escrita.
Por que a leitura e a escrita são considerados os conteúdos centrais da escola?
a. Porque têm a função de incorporar a criança à cultura do grupo em que ela vive.
 ATIVIDADE TELEAULA II
Qual será uma das razões por se condenar o uso da cartilha nos dias de hoje?
a. Sua linguagem é irreal.
Por que a leitura e a escrita são considerados os conteúdos Uma prática pedagógica que seja relevante para assegurar o processo de ensino/aprendizagem deve:
c. proporcionar à criança o contato com diversos portadores textuais, tais como: livros literários, revistas, jogos, jornais, internet e textos variados.
 QUESTIONÁRIO UNIDADE II
(ENADE 2011) No que se refere à aprendizagem inicial da língua portuguesa, alfabetização e letramento são processos independentes
PORQUE a alfabetização é o desenvolvimento de competências e habilidades para o uso efetivo da língua portuguesa em práticas sociais, enquanto o letramento é a aprendizagem do sistema de utilização das letras, na escrita.
Acerca dessas asserções (afirmações), assinale a opção correta.
e. Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
Comentário: o enunciado está incorreto, pois alfabetização e letramento são processos indissociáveis, e na segunda parte os conceitos estão trocados. Quando a escrita é simplesmente apresentada como um código de transição entre fonemas e sinais, sua aquisição se organiza enquanto técnica. Por outro lado, se é aprendida enquanto um sistema de representação, ela se torna instrumento de representação e interpretação do mundo. Neste momento, o conhecimento deixa de ser apenas um objeto externo à criança e passa a ser uma forma de perceber a realidade.
 QUESTIONÁRIO UNIDADE II
A criança cuja resposta para “qual palavra é maior, aranha ou boi?” é boi, com a justificativa “acho que é boi porque o boi é maior que a aranha”, ainda crê no fenômeno chamado de:
d. realismo nominal.
Comentário: são nessas experiências iniciais que se encontram as crianças que acreditam que a palavraestá ligada ao tamanho do objeto representado. A essa reação damos o nome de realismo nominal. O professor pode intervir nessa fase e criar oportunidades para que a criança atinja o conhecimento do sistema alfabético da escrita e rompa com o realismo nominal:
• situações como brincadeiras de “faz de conta”, em que um brinquedo representa determinado objeto;
• atividades de adivinhação que utilizem mímica, desenhos para representar o que pensamos;
• registros de atividades planejadas com o intuito de não esquecermos compromissos agendados;
• anotações por representações da rotina da sala etc.
 QUESTIONÁRIO UNIDADE II
A criança percebe e entende o mundo que a cerca. Na mais tenra idade, ela tem de se relacionar com determinadas heranças culturais e momentos históricos que fazem parte do mundo e com as pessoas a sua volta. Para isso, ela utiliza as várias formas de expressão de que dispõe: a fala, a expressão corporal, o desenho e a escrita. No processo de aquisição da escrita, a criança aprende a língua escrita de maneira ativa, retirando das relações sociais e do meio em que vive as informações necessárias para se apropriar desse objeto de conhecimento.
Considerando o texto acima e a perspectiva da psicogênese da língua escrita de Emilia Ferreiro:
.
( F ) A criança que vive no meio urbano raramente está exposta a estímulos gráficos, por isso seu interesse pela escrita demora a despertar.
( V ) A criança é capaz de formular várias hipóteses de escrita por observar as pessoas escrevendo e as variadas formas de comunicação escrita que existem em seu meio.
( V ) A língua é um patrimônio de uma cultura, e sua representação gráfica faz parte dessa cultura.
( V ) As práticas sociais, assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.
Comentário: segundo Ferreiro (1996), a leitura e escrita são sistemas que podem ser paulatinamente construídos pela criança. As primeiras formas escritas feitas pelas crianças no início da aprendizagem devem ser consideradas como produções importantes, pois demonstram os seus esforços para representar algo. A autora realizou diversos estudos sobre o processo de alfabetização e, segundo ela, “o desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas sociais, assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças” (FERREIRO, 1996, p. 24). Isto porque a língua é um patrimônio de uma cultura, e sua representação gráfica faz parte desta cultura.
 QUESTIONÁRIO UNIDADE II
A professora Luciana utiliza poesias da tradição oral para fazer as crianças refletirem na segmentação das palavras. Ela tem o hábito de registrar os textos num papel, afixá-lo e, então, apresentá-los para que os alunos observem as características do sistema notacional, e também pergunta quais são as palavras que rimam, por que rimam, e coloca o dedo em baixo de cada segmento para que eles observem suas partes. Exemplo: ro-da. Essas atividades contribuem para que seus alunos pensem sobre as palavras e sobre suas partes orais e escritas.
O CRAVO BRIGOU COM A ROSA
EM FRENTE DE UMA SACADA
O CRAVO SAIU FERIDO
E A ROSA DESPEDAÇADA.
Esse trabalho irá desencadear:
b. a consciência fonológica. 
Comentário: a reflexão sobre as unidades sonoras das palavras faz parte de um conjunto de habilidades metafonológicas, também conhecido como consciência fonológica. Deve-se atentar para que não seja confundida consciência fonológica com consciência fonêmica. As habilidades de consciência fonológica são importantes e necessárias, embora insuficientes para que o aprendiz do sistema de escrita alcance o nível alfabético. Isso significa que a aquisição do sistema de escrita alfabética é muito mais do que possuir um bom desenvolvimento da consciência fonológica. Envolve outros aspectos conceituais e de reconstrução do sistema de escrita (MORAIS, 2012). Texto AVA: Contribuições para Alfabetizar Letrando.
 QUESTIONÁRIO UNIDADE II
Ao desenvolver a pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita, Emilia Ferreiro nos fala da criação de hipóteses criadas pelos alunos durante a aprendizagem da leitura e da escrita, de acordo com os estágios de conhecimento de cada uma. Pode-se relacionar essa ideia com o que Piaget chamou de:
a. erro construtivo. 
Comentário: Piaget classifica o erro como a oportunidade de pensar para aprender.
 QUESTIONÁRIO UNIDADE II
As afirmações a seguir tratam do processo de alfabetização e do papel do professor nessa construção.Leia-as com atenção e depois assinale F (falso) ou V (verdadeiro) na frente de cada uma delas.
( V ) Organizar a sala de aula de maneira que a leitura e a escrita estejam presentes, mesmo antes de a criança ler e escrever convencionalmente.
( V ) Considerar o conhecimento prévio das crianças, pois, embora pequenas, trazem para a escola o conhecimento já adquirido.
( V ) Propor aos alunos práticas de leitura e escrita, contemplando a diversidade dos estilos de texto.
( F ) No início do processo de alfabetização, ignorar a apresentação de versos e/ou poesias, musicadas ou não.
( V ) Utilizar textos reais, que circulam na sociedade.
Comentário: Conforme a abordagem feita no livro-texto, as práticas escolares devem estar direcionadas ao desenvolvimento e à construção da linguagem, do gesto, dos sons, da imagem, da fala e da escrita, por meio de jogos e atividades que permitam à criança pensar e dialogar sobre essa linguagem. Ensinar, isto é, alfabetizar, significa transmitir o máximo de informações a respeito de como as letras se combinam para compor as palavras. Além disso, o educador deve estimular a criança com questões formuladas a partir das respostas dadas por ela, para que aprenda a refletir sobre o que faz e diz sobre suas próprias ações. À medida que as reflexões dela avançam, as respostas infantis se modificam e, consequentemente, a abordagem do educador também deve mudar. Este deve passar a propor desafios maiores, fazendo com que o desenvolvimento da criança avance.
 QUESTIONÁRIO UNIDADE II
No que diz respeito ao oferecimento de teorias fundamentais à compreensão do processo de alfabetização, diferentes pensadores podem contribuir com a formação do professor. Assim:
segundo as proposições piagetianas, a criança se apropria de um conhecimento se “agir” sobre ele, pois aprender é descobrir, inventar, modificar.
segundo Emilia Ferreiro, o que leva a criança à alfabetização é a compreensão do funcionamento do código linguístico.
segundo as proposições piagetianas, o conhecimento é construído na interação do sujeito 
Emilia Ferreiro não defendia uma alfabetização pautada nos princípios dos métodos tradicionais, ou seja, não é necessário que a criança, inicialmente, reconheça o valor sonoro de todas as letras para depois aprender a “juntá-las” em sílabas significativas.
 QUESTIONÁRIO UNIDADE II
São situações favorecedoras da leitura e escrita e ainda aproximam o alfabetizando de práticas sociais:
Ler e escrever, diante dos alunos, os mais variados tipos de texto, contribui para que construam o significado social da leitura e da escrita.
Interpretar figuras e/ou situações do cotidiano é um excelente exercício de representação.
Comentário: a criança precisa ver o adulto em situação de escrita e leitura para que ela perceba a função social destes instrumentos. Ao contar histórias e registrá-las, o professor torna-se um escriba para o alfabetizando. Deve-se promover práticas de oralidade e de escrita integradas, favorecendo a identificação das relações estabelecidas entre a fala e a escrita; portanto, é preciso cuidado com o erro para este não se tornar um mecanismo de inibição e de medo de exposição para a criança. Exercícios repetitivos não levam à reflexão do sistema da escrita.
 QUESTIONÁRIO UNIDADE II
Um elemento importante do trabalho de alfabetização é a criação (na sala de aula e na escola como um todo) de um ambiente alfabetizador, tanto por parte do professor, quanto dos outros profissionais da instituição. Nesse sentido, o professor deve:c. selecionar, além de materiais produzidos para o uso escolar, os diversos tipos de texto que circulam na sociedade, de preferência em seus suportes originais, cumprindo a mesma função que exercem fora da escola.
Comentário: nas palavras de Emilia Ferreiro, “a escrita é importante na escola porque é importante fora dela, e não o contrário” (1979). Nesse sentido, é necessário que na escola como um todo e na sala de aula os textos sejam naturais, reflitam práticas do cotidiano para que os alunos percebam a função social da escrita e da leitura. Os alunos devem ser desafiados e estimulados a pensar, comparar, criticar, estabelecer relações com essas produções. Portanto, todo o material exposto é objeto de reflexão para o aluno e para o professor que intencionalmente os seleciona.
 QUESTIONÁRIO UNIDADE II
“[...] não basta apenas saber ler e escrever, é preciso também saber fazer uso do ler e do escrever, saber responder, também, às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz continuamente”.
É dessa maneira que a professora e pesquisadora Magda Soares nos apresenta a concepção de:
d. letramento.
Comentário: essa é a concepção de letramento de Magda Soares, pesquisadora da linguagem e autora do livro Letramento: um tema em três gêneros, em que aborda este conceito introduzido no campo da educação e que tem causado muitas discussões.
 O conhecimento pré-existente e o letramento
O mais interessante é que esta forma autocentrada de adquirir conhecimento permanece por toda vida: mesmo estudantes universitários, muitas vezes desenvolvem crenças sobre fenômenos físicos e biológicos que se enquadram nas suas experiências pessoais, mesmo que não se encaixem nas fórmulas científicas que os professores utilizam para explicar estes fenômenos. 
Por outro lado, um equívoco comum a respeito do “construtivismo” é que o conhecimento existente deve ser usado para construir um conhecimento novo. 
Assim, tem-se a falsa ideia que os professores nunca devem dizer nada aos alunos diretamente, mas, devem permitir que os alunos construam o conhecimento por si mesmos. 
Esta perspectiva confunde uma teoria da pedagogia (ensino) com uma proposta de teoria do conhecimento. Trabalhar da forma construtivista não é negar a história do conhecimento e assumir que todo conhecimento é construído a partir de conhecimentos prévios individuais, independentemente de como se é ensinado (Cobb, 1994). 
 Aprendizagem ativa
O desenvolvimento da ciência da aprendizagem também enfatiza a importância de se ajudar as pessoas a assumirem o controle de sua própria aprendizagem. Já que a compreensão é muito importante para o processo, as pessoas devem aprender a reconhecer quando eles entenderam as informações e quando eles precisam de mais informações para entender e aprender. 
Que estratégias que o aluno pode usar para avaliar se ele realmente entende o que outra pessoa quer dizer? Quais os tipos de evidência que eles precisam para acreditarem no conhecimento que estão recebendo? Como eles podem construir suas próprias teorias de fenômenos e testá-los eficazmente, para perceberem que estão certos ou errados? Muitas atividades importantes que suportam a aprendizagem ativa têm sido estudadas sob o título de “metacognição”. 
A metacognição refere-se à capacidade das pessoas de prever a sua performance em várias tarefas diferentes. Por exemplo, o quanto elas se lembram bem de vários estímulos diferentes. Além disso, como podemos monitorar os seus níveis atuais de domínio e compreensão de um tema (Brown, 1975; Flavell, 1973)? 
As práticas pedagógicas que concordam com a abordagem para aprendizagem metacognitiva incluem aquelas que se concentram em sensibilização, autoavaliação e reflexão sobre o que funcionou e o que precisa ser melhorado. 
Essas práticas têm demonstrado elevar o grau de facilidade com que os alunos transferem as suas novas percepções e conhecimentos da realidade para entendimentos de novos fatos (Palincsar e Brown, 1984; Scardamalia et al., 1984;. Schoenfeld, 1983, 1984, 1991).
 Implicações das práticas para a educação 
A pedagogia contemporânea ressalta a importância de repensar o que é ensinado, como é ensinado, e como é avaliado o aprendizado. O avanço científico tem uma compreensão mais completa:
(1) da memória e da estrutura de conhecimento;
(2) da resolução de problemas e raciocínio; 
(3) dos fundamentos iniciais de aprendizagem; 
(4) dos processos regulamentares que regem a aprendizagem, incluindo metacognição; e 
(5) como a representação simbólica emerge da cultura e da comunidade do aluno.
Estas características-chave da proficiência do aprendizado não esgotam de maneira nenhuma toda cognição humana e toda aprendizagem. O que aprendemos até hoje sobre os princípios que norteiam alguns aspectos da aprendizagem não se constituem num quadro completo de todos os princípios que regem os domínios da aprendizagem.
 Atividade significativa
“Quando gera conhecimento útil para a vida do aluno; quando lhe oferece condições de, tendo consciência do conhecimento apropriado, vir a utilizá-lo nas diferentes situações de sua vida” (NaspolinI, 2006, p. 12).
As pesquisas a respeito do baixo aproveitamento escolar de nossos alunos apontam para uma de suas dificuldades: a de relacionarem o que aprenderam na escola com o seu dia a dia. 
Relacionar os textos escritos e aprendidos na escola com a sua necessidade de ler, escrever, ter conhecimento e interpretar o que lê e escreve. Cabe a reflexão sobre as atividades aplicadas em sala de aula.
Paulo Freire criticou as cartilhas e as comparou às roupas de tamanho único, que servem para todo mundo e, ao mesmo tempo, para ninguém; as cartilhas estão longe de abordar a realidade vivida por nossos alunos (Aranha, 1989).
 Atividade significativa
Adriane Andaló (1996) sugere como atividade significativa de leitura e escrita as seguintes atividades, que objetivam o que denominou de “redes de significado”:
• trabalhar com o nome dos alunos, identificando palavras, sílabas e letras do próprio nome da criança e de seus colegas em outras atividades; 
• escrever listas de palavras do mesmo campo lexical, como nome de animais, nome de frutas, nome de brinquedos, compras de supermercado;
• recortar e colar figuras e associá-las com a escrita de letras móveis de plástico;
• utilizar, em sala de aula, a letra bastão maiúscula até as crianças estarem alfabéticas;
• montar e desmontar palavras;
• montar quebra-cabeças com palavras e gravuras;
• fornecer palavras e pedir às crianças que as representem por meio de desenhos.
 Exemplos de questões de cada processo cognitivo
 Níveis de alfabetismo
 Níveis de alfabetismo
Roteiro para produzir um texto escrito
Questão 1
Quando as crianças do Ensino Fundamental I começam a ampliar o seu vocabulário, é muito comum ocorrerem confusões de sentido como a que aparece na tirinha abaixo. Observe que a expressão “cabeça de gado” não quer dizer exatamente uma parte do animal, como conclui o personagem Chico Bento. 
Questão 1
Esse fato é um bom exemplo para o professor de Ensino Fundamental I de que:
C) As crianças nesta faixa etária, a princípio, têm dificuldade em entender que uma mesma palavra pode ter sentidos distintos, mas vão compreendendo esse mecanismo naturalmente.
Justificativa: o processo de ampliação de vocabulário pode parecer simples, porém demanda esforço da criança de Ensino Fundamental I. Um ditado popular como: “quem casa quer casa” traz duas palavras totalmente distintas em termos de sentido e função na frase, e são grafadas de maneira absolutamente idêntica. Esse mecanismo de abstração vai sendo compreendido naturalmente pelos alunos no processo de criação de intimidade com os usos da língua.
Questão 2
(ENADE 2008) Numa sala de aula de terceiro ano do Ensino Fundamental, com crianças oriundas de várias regiões do Brasil, um aluno pronunciou a palavra olho como [oio]. Outra criança da turma chamou-lhe a atenção, corrigindo-lhe a fala.A professora aproveitou a oportunidade e pediu a todos para que, a partir dali, falassem sempre como se escreve, ou seja: os que falassem [sau] deveriam sempre falar [sal]; os que falassem [viage] deveriam sempre falar [viagem]; os que falassem [bodi] deveriam sempre falar [bode]; os que falassem [cantano] deveriam sempre falar [cantando]. Rapidamente, as crianças perceberam que ficou muito difícil falar e que seria impossível falar sempre exatamente como se escreve. A professora aproveitou para explicar que ninguém fala exatamente como se escreve.
Essa professora sabe que as variações da língua falada têm significados afetivos e culturais.
Justificativa: a alternativa é correta, pois os estudos lingüísticos apontam que, para além da estrutura gramatical, existem inúmeras nuances de variação da língua que podem ter significados afetivos e culturais diversos e devem ser respeitados enquanto construção e estrutura de comunicação. 
 
ATIVIDADE TELEAULA III
Alguns fatores podem contribuir para melhorar o ensino aprendizagem:
Considerar os conhecimentos prévios dos alunos.
Criar ambientes favorecedores da troca, do diálogo e da cooperação.
Mediar as relações que os alunos estabelecem com a construção de novos saberes.
Explicitar os “porquês” para que os alunos elucidem suas dúvidas.
ATIVIDADE TELEAULA III
Como diz Vygotsky, o ensino deve ser organizado de forma que a leitura e a escrita se tornem necessárias às crianças. Baseado no que estudamos, responda como o professor de 1° ano deve atuar na construção da escrita:
a. Deverá permitir que a criança faça parte no processo da construção da escrita, favorecendo momentos lúdicos e de escrita espontânea, mediando a criança.
ATIVIDADE TELEAULA III
Como um professor pode promover uma “boa” atividade?
b. Criando situações significativas, produtivas e desafiadoras.
Para que serve uma atividade de avaliação?
a. Para diagnosticar o que o aluno é capaz de realizar sozinho.
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
A professora Valquíria, da 4ª série/5º ano, identificou na produção escrita de seus alunos muitos problemas de natureza ortográfica. Com objetivo de ajudar os alunos a escrever melhor, procedeu da seguinte forma: analisou as produções dos alunos, listou as principais questões que precisam ser abordadas, identificou a natureza dos erros ortográficos (regulares e irregulares), elegeu o tipo de erro que será trabalhado com os alunos, planejou atividades e intervenções em que os alunos possam refletir sobre a questão em foco. Os procedimentos da professora se opõem a que ideias sobre o ensino de ortografia?
I. Em nosso sistema alfabético há muitos casos em que o mesmo som pode ser grafado por mais de uma letra, por isso é necessário realizar variadas atividades de discriminação auditiva.
II. A análise das produções escritas dos alunos permite valiosas informações acerca do que cada um já sabe sobre a escrita correta e o que ainda falta aprender.
III. Que é preciso corrigir o quanto antes e o maior número de erros cometidos para que não se fixem.
IV. Os erros ortográficos têm diferentes causas, por isso para superá-los é necessário o uso de diferentes estratégias de ensino.
V. É imprescindível que o professor encare os erros cometidos pelos alunos como indicadores das reais necessidades do grupo, para que os alunos possam aceitá-los como fonte de reflexão sobre a escrita.
Opõem-se aos procedimentos da professora as alternativas:
c. I e III
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Comentário: Com relação à gramática e à ortografia é preciso cuidado, os erros não podem ser apontados com rigor para não se tornarem inibidores das produções textuais. Copiar repetidas vezes, não memoriza. Exercícios de discriminação auditiva não garantem o entendimento da escrita. Seguem abaixo algumas sugestões de trabalho com textos que conduzirão o aluno a uma reflexão da gramática e da ortografia, lembrando que todo processo é mediado pelo professor, o aluno não descobre sozinho!
Algumas possibilidades para o trabalho com a produção de textos
• Trabalhar com textos escritos individualmente, em pequenos grupos ou coletivamente.
• Propor para os alunos a escrita de vários tipos de textos: relatórios, contos, poesias etc.
• Pedir aos alunos que descrevam fotos e paisagens.
• Solicitar que criem histórias a partir de recortes de gibis, paisagens etc.
• Orientar os alunos a entrevistarem conhecidos e descreverem como foi a entrevista.
• Sugerir que escrevam jornais da sala, reportagem da escola e outros.
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Adriane Andaló (1996) explica que apesar de muitas gerações terem aprendido com o método da cartilha, a memorização de letras e o ajuntamento de sílabas e palavras isso não garantiu uma boa aprendizagem da criança. Isso significa que:
I. Alguns leem, fazem cópias, mas não entendem o que escrevem.
IV. A cartilha não ajuda a criança perceber a função social da escrita.
Comentário: Adriane Andaló (1996) explica que o ajuntamento de sílabas e palavras não garante a aprendizagem da criança; alguns leem, fazem cópias, mas não compreendem o que escrevem. A cartilha apresenta palavras e frases escritas com letra cursiva e minúscula e a criança identifica com facilidade a letra bastão maiúscula por visualizá-la, frequentemente, nas escritas de seu meio social.
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Ana Maria, aluna do 3º ano do Ensino Fundamental, produziu uma história a partir do trabalho feito com a história dos Três Porquinhos. Essa produção permitiu Ana Maria se expressar, produzir conhecimento aperfeiçoando os conhecimentos que tinha. O trabalho foi contextualizado pela sua professora ao discutir com a turma as características do gênero trabalhado. Em casa, Ana Maria ainda produziu outro reconto a partir da história que sua mãe contou na hora de dormir.
Esse tipo de atividade em que o aluno aprende e constrói conhecimento é classificada de:
a. Atividade produtiva. 
Comentário: A atividade produtiva se dá quando o aluno aprende, constrói o conhecimento e, além de desenvolvê-lo, o aperfeiçoa nas atividades cotidianas.
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Ao analisar os resultados da sondagem, o professor pode agrupar crianças que apresentam determinada dificuldade e planejar atividades diversificadas de ensino e de aprendizagem. O que isso significa?
I. As atividades diversificadas são compostas por jogos e conforme a evolução do conhecimento dos alunos.
II. A sondagem deve ser feita periodicamente e os resultados devem ser comparados com os resultados da sondagem anterior.
Comentário: Ao analisar os resultados da sondagem, o professor pode agrupar crianças que apresentam determinada dificuldade e planejar atividades diversificadas de ensino e de aprendizagem. As atividades diversificadas podem ser compostas por jogos e de acordo com a evolução do conhecimento dos alunos. Além disso, a sondagem deve ser feita periodicamente e os resultados devem ser comparados com os resultados da sondagem anterior.
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Considere a cantiga e os conhecimentos desenvolvidos em sala de aula para responder a esta questão:
“O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
Ele mora lá na lagoa
Não lava o pé porque não quer...”
Trabalhar com textos como o da cantiga acima é importante por quê?
• Permite a leitura, mesmo que as crianças ainda não saibam ler.
• Permite a escrita, mesmo que ainda não saibam escrever.
• Permite a leitura pela combinação de estratégias de antecipação (a partir de informações obtidas no contexto).
• Permite refletir sobre as unidades sonoras, brincando.
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Em relação à questão anterior, podemos dizer que essa proposta atende:
I. Um caminho para alfabetizar letrando através de jogos e brincadeira.
III. Faz parte da tradição oral, mas não garante a alfabetização.
Comentário: Consciência Fonológica e a alfabetização  Algumas habilidades fonológicas (e não necessariamente fonêmicas) são essenciais para a criança avançar em suas hipóteses sobre o sistema alfabético; no entanto,os autores defendem que só a consciência fonológica, por si só, não faz uma criança se tornar alfabética (MORAIS, 2012).
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Em seu livro “Didática de língua portuguesa para o Ensino Fundamental” (1996), Adriane Andaló sugere algumas atividades significativas de leitura e escrita que têm como finalidade o que denominou de “redes de significado”.
Entre as alternativas a seguir, selecione aquela que contém uma dessas atividades.
c. Trabalhar com o nome dos alunos, identificando palavras, sílabas e letras do próprio nome da criança e de seus colegas em outras atividades. 
Comentário: A autora sugere como atividade significativa de leitura e escrita sete atividades que objetivam o que ela chamou de “redes de significado”. Uma delas está descrita na alternativa C, as outras são: escrever listas de palavras do mesmo campo lexical, como nomes de animais, frutas, brinquedos, compras de supermercado etc.; montar quebra-cabeças com palavras e gravuras, recortar e colar figuras e associá-las com a escrita de letras móveis de plástico, utilizar em sala de aula a letra bastão maiúscula até as crianças estarem alfabetizadas, montar e desmontar palavras, fornecer palavras e pedir às crianças que as representem por meio de desenhos.
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Em “Jogo e Letramento”, Kishimoto et al. apresentam uma pesquisa desenvolvida na escola de aplicação da USP, nos períodos de 2006 a 2010 com cinco turmas do primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos. Nesse sentido, as autoras destacam as experiências de pesquisa e sinalizam a importância do lúdico para a aprendizagem da leitura e da escrita. Marque o(s) item(s) que estão de acordo com o estudo apresentado no texto.
I. A brincadeira é entendida como possibilidade para conhecer mais as crianças e as infâncias que constituem os anos/séries iniciais do Ensino Fundamental de nove anos.
II. Para a ampliação do Ensino Fundamental de nove anos, a escola precisou repensar os espaços educativos, rever currículos e repensar todo o Ensino Fundamental.
V. O letramento e a integração das linguagens aparecem em todos os momentos da rotina.
Comentário: O trabalho desenvolvido nessa instituição reafirma a brincadeira e o jogo como processos da alfabetização e do letramento em uma fase em que as crianças ainda necessitam brincar e com proposta de ensino de 9 anos que deve se reorganizar. O que vemos é a intencionalidade da equipe ao provocar e estimular situações de aprendizagem lúdicas e desafiadoras.
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Imagine a seguinte situação: os professores fizeram o seguinte comentário a respeito de um aluno:
– Ele termina antes de todo mundo e não sabe ficar quieto.
Diante do exposto, podemos verificar que esses professores estão apresentando certo tipo de atividades aos seus alunos. Como podemos classificar essas atividades?
e. Como sendo fáceis demais. 
Comentário: Naspolini (1996) sugere que o professor trabalhe com situações de aprendizagem desafiadoras, provocativas e instigantes, as quais deverão ser construídas sobre aspectos conhecidos anteriormente pelo aluno, mas não devem ser tão fáceis a ponto dele desenvolvê-las rapidamente, sem que o estimulem a refletir sobre elas.
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
A alfabetização não precede e nem é pré-requisito para o letramento.
Por meio da alfabetização, o homem se torna um ser global, simbólico, social, um cidadão inserido na vida moderna, pois tem o domínio de símbolos e signos da comunicação humana.
A primeira e mais significativa capacidade que a criança adquire no processo de construção de esquemas conceituais é quando ela percebe a distinção entre o desenho e a escrita. 
Comentário: Quando a criança chega à escola para aprender a ler, sabe que a escrita quer dizer alguma coisa, embora não saiba de que maneira os sinais escritos funcionam para transmitir a mensagem. Para a criança, a alfabetização constitui o primeiro passo de uma longa carreira escolar, que provavelmente terminará na universidade. Ferreiro, em suas pesquisas, deixa claro o entendimento da escrita como um sistema notacional e o seu aprendizado como um processo evolutivo. A passagem do desenho para a escrita é um marco para a criança, uma vez que em um primeiro momento ela escreve desenhando.
QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Os murais da sala da professora Carmem continham, ao final do primeiro mês do ano letivo, o seguinte material: lista do nome dos alunos, um calendário anual, o mapa do Brasil, textos produzidos e ilustrados pelos alunos e o conjunto de letras do alfabeto.
I. A lista do nome dos alunos era utilizada para fazer a chamada.
II. O calendário anual era consultado sempre que necessário.
III. No mapa do Brasil, foi marcado, pelos alunos, o local de origem de suas famílias.
IV. Os textos foram produzidos em dupla durante um projeto de leitura e escrita.
V. O conjunto de letras do alfabeto servia de material de apoio nas atividades de escrita.
É possível considerar que havia realmente um ambiente alfabetizador porque:
b. Proporcionava a interação entre os alunos e o material exposto. 
Comentário: Ao proporcionar um ambiente de sala de aula centrado no conhecimento, o professor precisa dar mais atenção àquilo que é ensinado e que competência deve ser estimulada para cada domínio do aprendizado. A aprendizagem com compreensão é importante para o desenvolvimento de competências, porque torna o aprendizado de novos conhecimentos mais fácil, ou seja, dá suporte à transferência do conhecimento. A aprendizagem com compreensão é, muitas vezes, mais difícil de alcançar do que uma simples memorização e leva mais tempo. É por esse motivo que é preciso criar na sala um ambiente alfabetizador com textos reais que criem sentido e significado a aprendizagem.