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1 UNIDADE 4 - OUTRAS TECNOLOGIAS Aula 1 Alta frequência e ozonioterapia Introdução da unidade Objetivos da Unidade Ao final desta Unidade, você será capaz de: • descrever o mecanismo de ação de equipamentos de alta frequência; • analisar o uso eficaz da ozonioterapia; • classificar o conceito de tecnologia da ozonioterapia para o profissional de estética. Olá, estudante! Abordaremos conceitos importantes para você, futuro profissional da área de estética, compreender todo o mecanismo de ação de equipamentos utilizados na prática clínica facial e corporal para diferentes disfunções estéticas. Durante a prática clínica, você encontrará diversos métodos de tratamentos que garantem melhora do quadro clínico do seu cliente/paciente, porém cabe ao profissional selecionar o que é realmente comprovado cientificamente. Quando nos referimos a este assunto, o equipamento ou o método de tratamento necessita comprovar sua ação através de estudos, utilizando, de preferência, grupos de pessoas, com os quais será analisado o antes e o depois do tratamento realizado. Mas, por que abordar isso? Porque o que temos observado no meio estético é uma infinidade de tratamentos que prometem efeitos extraordinários e, muitas vezes, nos iludimos, pensando que será o grande divisor de águas em nossa profissão, mas não podemos nos esquecer que um bom estudante ou profissional necessita ter discernimento do que é realmente eficaz ou não, baseando-se sempre na fisiologia humana. Então, o que precisamos esclarecer para você é que não se deixe iludir por métodos midiáticos, tenha total compreensão do que está executando, pois, desta forma, você se destacará e terá bons resultados, sem comprometer a saúde do seu cliente/paciente, lembrando-se sempre de que estética é saúde. Introdução da aula Qual é o foco da aula? Nesta aula, você aprenderá sobre o uso da ozonioterapia e alta frequência utilizados na área da estética. 2 Objetivos gerais de aprendizagem Ao final desta aula, você será capaz de: • classificar o uso da ozonioterapia para fins terapêuticos; • descrever a técnica de alta frequência e como é utilizada na estética; • analisar quais as indicações para o uso de ozonioterapia. Situação-problema Olá, estudante! Boas-vindas, á disciplina de Eletrotermofototerapia, que abordará temas importantes para você, futuro profissional da área de estética, como ozonioterapia e alta frequência. Estas são técnicas que existem há algum tempo, porém a ozonioterapia, em especial, foi introduzida na área de estética para fins terapêuticos há pouco tempo, garantindo efeitos surpreendentes na melhora da celulite, da gordura localizada, da acne, no rejuvenescimento, na alopecia e em fibroses e cicatrizes. Existem várias formas de administração da ozonioterapia – utilizando bag, água ozonizada, subcutânea, óleos, creme ozonizado –, porém compete ao profissional executar de forma precisa a técnica baseado na queixa principal do paciente e na avaliação prévia, sendo absolutamente proibida a administração por via inalatória. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, publicada em 2006, inclui em suas práticas recursos terapêuticos diversos, sendo a ozonioterapia um recurso que está disponível ao alcance de todos os profissionais da saúde do Brasil. Desta forma, é possível encontrar esta prática sendo executada por biomédicos, odontologistas, fisioterapeutas, enfermeiros, médicos, farmacêuticos e esteticistas. (BRASIL, 2006). Como toda técnica, o profissional precisar conhecer o mecanismo de ação, as formas de aplicação e as indicações e contra indicações, pois qualquer erro na prática pode ser fatal ao cliente/paciente. Por isso, a necessidade de cursos de capacitação e profissionais com experiência prática é de extrema importância, para que os futuros profissionais que trabalharão utilizando a ozonioterapia façam tudo adequadamente e não banalizem a técnica. Já a técnica de alta frequência é bem conhecida e utilizada nas diversas áreas da estética, com a utilização de eletrodos de vidro de diferentes formatos para tratamento de disfunções estéticas faciais, corporais e capilares, com efeito bactericida, fungicida e cicatrizante. Regina, 42 anos de idade, sedentária, apresenta queixa de celulite nas coxas e nas nádegas, com piora considerável após um longo período de trabalho em home office. Além disso, ela relata ter engordado 10 quilos e percebeu retenção de líquidos em membros inferiores, por ficar muito tempo trabalhando sentada. Durante o trabalho, descuidou-se da alimentação, consumindo grande quantidade de carboidratos, presentes em lanches, pizzas e pães, sem nenhum valor 3 nutricional. Decidiu iniciar o tratamento de perda de peso com uma nutricionista esportiva, além de realizar exercícios físicos três vezes na semana. Durante o acompanhamento com a nutricionista, Regina conseguiu perder oito quilos, substituindo os alimentos pobres em nutrientes por alimentos ricos nutricionalmente, como batata doce, inhame, frutas, verduras e legumes. Mesmo com a perda de peso, a celulite continua sendo a queixa principal, incomodando esteticamente. Regina procura tratamento estético para melhora do quadro de celulite, e a indicação é o uso de ozonioterapia. Analisando o caso clínico, quais são os efeitos da ozonioterapia na celulite, qual é a forma de aplicação correta da ozonioterapia e quantas vezes na semana este tratamento é indicado? Ficou curioso em conhecer um pouco mais sobre estas técnicas? Convido você, estudante, a “mergulhar” nestes assuntos através dos conteúdos que serão desenvolvidos ao longo desta aula. Você terá a oportunidade de conhecer e se aprofundar nestas técnicas que garantem bons resultados clínicos. Alta frequência Alta frequência é um equipamento muito utilizado na área de estética, pois apresenta resultados satisfatórios nos tratamentos faciais e corporais, pelo seu efeito bactericida e fungicida. A vantagem de trabalhar com ele é seu custo, que é acessível à maioria dos profissionais da área de estética, além da facilidade de aplicação, sendo utilizados diferentes tipos de eletrodos de vidro, com formatos distintos, selecionados de acordo com a região a ser tratada. O equipamento de alta frequência é um aparelho que trabalha com correntes alternadas, as quais variam de 100kHz a 1 MHz, e emite faíscas eletromagnéticas, por meio de eletrodos de vidro, tendo em seu interior um vácuo parcial ou gás, normalmente o néon. 4 Como funciona este equipamento? A passagem de ondas eletromagnéticas pelo ar, quando entra em contato com a pele, produz ozônio. O ozônio (O3) é uma substância instável e se decompõe em oxigênio molecular (O2) e oxigênio atômico (BORGES, 2016). Molécula de ozônio. Fonte: Consulin (2019, p. 7). Um dos efeitos mais comentados do equipamento de alta frequência é o poder bactericida, que é explicado pela ação do oxigênio atômico, o qual é liberado durante a decomposição do ozônio. O ozônio tem como função estimular a produção de citocinas, ativar os linfócitos T, melhorar a oxigenação e o metabolismo por causa da vasodilatação e estimular a resposta enzimática antioxidante, contribuindo de forma eficaz nas lesões cutâneas (MARTINS et al., 2012). Aparelho de alta frequência 5 É um tipo de corrente elétrica alternada de alta frequência, que gera um campo eletromagnético. Utiliza-se de eletrodos de vidros de vários formatos, os quais liberam gás ozônio, que se produz quando a corrente elétrica de alta frequência entra em contato com o oxigênio. Efeitos fisiológicos: • efeito térmico. • vasodilatação. • hiperemia. • aumento da oxigenação celular. Efeitos terapêuticos: • bactericida e antisséptico. • cicatrizante. • anti-inflamatório. Precauções: • evitar contato dos eletrodos com líquidos inflamáveis. • retirar adornos de metais. • higiene dos eletrodos: álcool 70%. Indicações:• desinfecção pós-extração de comedões. • tratamentos capilares em casos em que se deseja o aumento da circulação local ou a redução da seborreia. • acne. • pós-depilação. • na cicatrização de lesões abertas. Contraindicações: • portadores de marca-passo cardíaco. • gestantes. • alterações de sensibilidade. • aplicação em locais onde existem próteses metálicas. • neoplasias. • regiões que apresentam manchas ou nevos de coloração e espessura alteradas. • utilização em regiões onde a pele esteja úmida, com produtos que contenham substâncias inflamáveis. Eletrodos Existem três técnicas de aplicação do aparelho de alta frequência: aplicação direta, aplicação a distância e aplicação indireta. 6 “Efluviação ou aplicação direta do eletrodo sobre a pele realizando deslizamento; faiscamento ou aplicação à distância, com eletrodo a milímetros da pele que produz uma grande diferença de potencial entre este e a pele, tornando o ar um condutor de eletricidade; e saturação ou aplicação indireta com eletrodo em forma de barra metálica, o qual a pessoa tratada segura o porta-eletrodo e o eletrodo durante o tratamento.” (HIGA et al., 2007, p. 6) Os eletrodos estão desenhados de forma que possam se adaptar à zona do corpo tratada. Eles são denominados como: eletrodo standard, esférico, forquilha, fulgurador e saturador e pente. Cada eletrodo é utilizado para um fim terapêutico, de acordo com o local e a disfunção estética que necessitará de tratamento. As formas de aplicação variam conforme o eletrodo a ser trabalhado, por exemplo, os eletrodos standard e esférico são aplicados diretamente sobre a pele do paciente, realizando movimentos circulares e deslizamentos, sem deixar parado, porque facilita o deslizamento. O esteticista pode utilizar um tônico sem álcool na pele e realizar, logo na sequência, a aplicação da alta frequência. Alguns profissionais utilizam a gaze, abrindo este material, posicionando-o sob a face do paciente e realizando sobre ele a aplicação da alta frequência, porém vale ressaltar que o ideal é que o eletrodo seja mantido diretamente na pele, para que os efeitos terapêuticos sejam garantidos ao cliente. Já o eletrodo fulgurador ou cauterizador é utilizado em lesões pontuais, como tratamento de acne ativa, por exemplo, quando é necessário manter uma distância mínima entre o eletrodo fulgurador e a pele do paciente, para que ocorra o faiscamento, como apresentado na figura a seguir. O eletrodo saturador é utilizado no faiscamento indireto, sendo o único usado como cosmético, pois sua propriedade aumenta a vascularização da pele. Muito empregado na massagem. A forma correta de aplicação é oferecer ao cliente que segure com uma mão o porta-eletrodo, e com a outra, o eletrodo de vidro. É o único eletrodo da técnica que é considerado de aplicação indireta, pois não é aplicado diretamente sob a pele. Desta forma, toda a corrente será transmitida pelo corpo do paciente, portanto, independentemente do local do corpo a ser tocado, ele sentirá a corrente sendo transmitida no local. Por isso, esta técnica é muito utilizada quando o intuito é a permeação de ativos na pele, pois, além do estímulo à vasodilatação, temos a concentração aumentada no local de aplicação da energia eletromagnética, favorecendo a permeação dos ativos. O eletrodo pente é utilizado para tratamentos capilares, com o intuito de melhorar a circulação, bactericida e fungicida, e estímulo ao crescimento capilar. Já o eletrodo forquilha, devido ao seu formato, é facilmente acoplado na região do pescoço, local comum de foliculite por causa da quantidade de pelos nesta região em homens. 7 Com relação ao tempo e à intensidade, a aplicação varia de 3 a 5 minutos, podendo chegar a 10 minutos. A intensidade varia de acordo com o máximo de faiscamento e/ou luminosidade do eletrodo, associado ao conforto e à tolerância do cliente. Ozonioterapia Afinal, o que é ozônio? O ozônio é um gás instável, que possui uma molécula formada por três átomos de oxigênio, unidos por ligações simples e duplas. Ele é um gás produzido naturalmente na natureza, formado na estratosfera em pequenas quantidades pela ação da radiação ultravioleta do sol sobre o oxigênio. A ozonioterapia é a administração em diferentes vias de baixas doses de ozônio em sua forma de gás, com o objetivo de modular a maioria das funções protetoras das células, principalmente a nível mitocondrial. O ozônio não é um remédio, e sim um agente condicionador, que ativa um sistema de sinalização que ajuda o corpo a curar por conta própria. Em 1785, houve a primeira menção da molécula de ozônio pelo físico holandês Martinus Van Marum, ao perceber um odor peculiar que era gerado perto das máquinas eletrostáticas. Seguindo esta mesma linha, em 1840, o pesquisador químico Christian Friedrich Schoenbein observou um odor característico quando o oxigênio era submetido a uma descarga elétrica, chamando-o de “ozein”, que, em grego, significa “aquilo que cheira”. Logo depois, em 1857, inventou-se o primeiro protótipo de ozônio. Anos após, utilizou-se pela primeira vez o ozônio com finalidades terapêuticas em saunas a vapor em território americano, pelo médico John Harvey Kellog. Na Primeira Guerra Mundial, a ozonioterapia foi utilizada para tratar feridas, pé de trincheira, gangrena e os efeitos do gás venenoso, sendo que, no século XIX, foi 8 publicado nos EUA um livro listando 114 doenças e como tratá-las com ozonioterapia. Há pouco tempo, a ozonioterapia é utilizada em diversos tratamentos na área de estética, sendo eles faciais, corporais e capilares. Efeitos biológicos Vários são os efeitos causados pela ozonioterapia, dentre eles: • estimula a síntese de enzimas antioxidantes intracelulares; • regula o metabolismo e as funções hepáticas, renais e tireoidianas; • otimiza a liberação de oxigênio nos tecidos; • efeito lipolítico; • efeito bactericida, vermicida, fungicida, virucida e virustático; • libera fatores de crescimento; • modula a cascata inflamatória; • libera óxido nítrico, causando vasodilatação; • modula o sistema imunológico; • melhora a drenagem linfática. Mecanismo de ação O ozônio melhora a oxigenação e o metabolismo do corpo (PINO et al., 1999), tem efeitos bactericida, fungicida e viricida e melhora a circulação sanguínea (GUERRA et al., 1999). A flexibilidade dos eritrócitos é aumentada pelo tratamento com ozônio, pois facilita a passagem deles pelos vasos capilares, garantindo um melhor suprimento de oxigênio tecidual (LEITE, 1999). Também reduz a adesão plaquetária e atua como analgésico, anti-inflamatório e estimulante do sistema retículo-endotelial (HERNÁNDEZ; GONZÁLEZ, 2001). Devido à capacidade antioxidante potente do sangue, parte da dose de ozônio dissolvido no plasma é imediatamente neutralizada por antioxidantes livres (ácido úrico, ácido ascórbico, glutationa reduzida – GSH, cisteína e albumina), enquanto o restante do ozônio reage com os ácidos graxos poliinsaturados (AGPI), continuando a reação dele com o sangue (TRAVAGLI et al., 2010). A alta reatividade do ozônio faz com que as reações bioquímicas ocorram em poucos segundos quando em contato com o sangue (BOCCI; ZANARDI; TRAVAGLI,2011). Efeitos fisiológicos 1. Efeito anti-inflamatório Substâncias, como ácido araquidônico em prostaglandinas, participam do desenvolvimento e da sustentação do processo inflamatório. O ozônio tem a 9 capacidade de oxidar os compostos, contendo ligações duplas destas substâncias, garantindo o efeito anti-inflamatório. 1. Bactericida, fungicida e virucida O ozônio pode destruir todos os tipos de bactérias, vírus, fungos e protozoários, sendo as bactérias gram-positivas e os vírus que possuem uma bicamada lipídica particularmente mais sensível à oxidação. 1. Antioxidante As ações pró e antioxidante são os principais efeitos da ozonioterapia sistêmica, que é realizada através de suaação sobre as membranas celulares para equilibrar os níveis de produtos de peroxidação lipídica e do sistema de defesa antioxidante. Em resposta ao ozônio, ocorre o aumento compensatório na atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase e glutationa peroxidase. 1. Efeito analgésico O efeito analgésico é causado pela normalização do sistema antioxidante e, consequentemente, pela diminuição da quantidade de produtos moleculares tóxicos da peroxidação lipídica nas membranas celulares, além da oxidação dos produtos da albuminose, os chamados oligopeptídeos, agindo nas terminações nervosas do tecido danificado, determinando a intensidade da resposta à dor. 1. Efeito de desintoxicação Ocorre correção e ativação de processos metabólicos nos tecidos hepático e renal, assegurando a principal função de neutralização e evacuação dos compostos tóxicos dos órgãos. 1. Efeito imunomodulador Devido à ação de ozonídeos nas membranas das células fagocitárias, como monócitos e macrófagos, estes estimulam a síntese de citocinas. As citocinas contribuem para ativação adicional do sistema de defesa e, além disso, ativam a imunidade celular e humoral. Indicações: • acne; • celulite; • estrias; • gordura localizada; • microvasos; • fibrose; • cicatriz e queloide; • papada; • obesidade e emagrecimento; 10 • podologia; • rugas de envelhecimento; • flacidez tissular; • tricologia. Contraindicações: • deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase (favismo); • hipertireoidismo descompensado; • anemia grave; • início da gravidez; • trombocitopenia; • ferro sérico livre alto; • HIV tardio; • patologias com alto estresse oxidativo. Vias de administração: • bag; • água ozonizada; • óleo ou creme ozonizado; • subcutânea; • retal; • hidrozonioterapia; • cupping; • bandagem; • vapor ozonizado; • alta frequência. ______ 🔁 Assimile Na ozonioterapia, existem concentrações de placebo terapêuticas e tóxicas. As indicações terapêuticas para o uso do ozônio estão baseadas no conhecimento de que baixas concentrações de ozônio podem desempenhar funções importantes dentro da célula. Por isso, atualmente, aceitam-se concentrações que variam de 5- 60 µ g/ml. ______ 💭 Reflita Você sabia que a ozonioterapia pode ser utilizada na pele no processo de envelhecimento e melhora das rugas? Uma mistura de ozônio e oxigênio e/ou óleo vegetal ozonizado pode ser administrada de forma intracutânea, de uma a duas vezes na semana. ______ 11 📝 Exemplificando A via inalatória está absolutamente proibida, por ser altamente tóxica. As características anatômicas e bioquímicas do pulmão fazem que este sejam extremamente sensível aos danos oxidativos do ozônio. ______ Conseguiu compreender a importância destas técnicas para o tratamento das diversas disfunções estéticas faciais e corporais? Vários efeitos são causados pelo uso da ozonioterapia, sendo estes bactericida, fungicida, virucida, anti- inflamatório, analgésico e desintoxicante, os quais são importantes na melhora das disfunções estéticas. Além disso, atende muito bem as exigências do mercado estético, por ser um equipamento que garante resultados satisfatórios ao cliente quando aplicado corretamente, por isso a importância do conhecimento aprofundado da técnica. Conclusão Ozônio é uma molécula composta por três átomos de oxigênio que se forma quando as moléculas de oxigênio se rompem devido à radiação ultravioleta ou descarga elétrica. O ozônio usado em medicina é produzido a partir de uma máquina (gerador), da qual se obtém uma mistura oxigênio-ozônio, normalmente constituída por 98% de O2 e somente 0,18 a 2% de O3 (4 a 43 microgramas/ml). Duplas ligações de aminoácidos e lipídios formam peróxidos (ozonídeos), e através de oxidações intracelulares realizam várias funções desejáveis. Na celulite, a ozonioterapia melhora a circulação sanguínea, melhora a oxigenação no local, ativa enzimas antioxidantes e otimiza o ciclo de Krebs, aumentando 40% ATP celular. Logo, a ozonioterapia é um tratamento excelente para estimulação mitocondrial. Além disso, esse tratamento apresenta efeito no tecido adiposo, contribuindo para o processo de lipólise. O ozônio desenvolve interação com as duplas ligações de ácidos graxos insaturados na camada fosfolipídica da membrana eritrocitária, aumentando a sua deformação. Desta forma, reduz a viscosidade sanguínea e aumenta a produção de 2,3- difosfoglicerato, responsável pela transferência de oxigênio da hemoglobina para os tecidos com melhor perfusão e transporte ao longo dos leitos vasculares. O ozônio tem ação anti-inflamatória, reduzindo a produção de citocinas pró- inflamatórias, imunoglobulinas e mediadores inflamatórios. A maioria das doenças e disfunções estéticas se baseia no funcionamento inadequado da mitocôndria celular, favorecendo as desordens estéticas. Quando utilizado de maneira complementar, o ozônio medicinal não só contribui para os efeitos esperados nos tratamentos primários, como também age diretamente na cura das disfunções que comprometem a energia das células. 12 A forma de aplicação em celulite pode ser através do uso de bag associado à massagem com ventosa por 15 a 20 minutos em cada região, podendo utilizar o óleo de girassol ozonizado como meio deslizante. Após, seguir com drenagem linfática com o mesmo óleo. O tratamento pode ser realizado duas vezes na semana, com pacote de 10 sessões. O efeito alcançado é conservado por 4 a 6 meses. Após 2 ou 3 meses, as sessões de manutenção podem ser realizadas uma vez por mês. Aula 2 Eletrocautério e jato de plasma Introdução da aula Qual é o foco da aula? Nesta aula, você aprenderá sobre a utilização do eletrocautério e jato de plasma. Objetivos gerais de aprendizagem Ao final desta aula, você será capaz de: • descrever o funcionamento do jato de plasma; • explicar como é aplicado o eletrocautério; • esclarecer efeitos terapêuticos do jato de plasma. Situação-problema Olá, estudante! Em algum momento, você deve ter ouvido falar sobre o jato de plasma. É uma tecnologia recentemente introduzida na área de estética, portanto há necessidade de mais estudos científicos direcionados a ela. O plasma tem indicações em diferentes áreas da saúde e em algumas outras, como: biológica, médica, odontológica, veterinária e industrial. Esse recurso é utilizado nos tratamentos de doenças de pele, cirurgias e, atualmente, na área da estética, com o objetivo principal de rejuvenescimento da face. Há várias facetas da sua aplicação que são divulgadas diariamente em redes sociais, tanto para flacidez tissular quanto como recurso para técnica de blefaroplastia, além da prática em lesão elementar. Quando abordamos sobre lesão elementar, denominamos todas as alterações que ocorrem no tegumento cutâneo ocasionadas por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos e metabólicos, os quais são classificados de acordo com a morfologia, a textura, a cor e o tamanho (LEONE, 2018). Quanto a essas lesões elementares, temos as primárias e as secundárias. 13 Na prática clínica, o mais comum é encontrarmos lesões elementares primárias, por exemplo, mácula, nódulo, pápula, bolha, pústula e tecido neoplásico. O importante é saber que devemos analisar de forma criteriosa cada lesão, pois algumas estão dentro do nosso âmbito de tratamento, e outras, não. É aqui que entra o jato de plasma, elencado por muitos como recurso terapêutico para melhora da estética da pele, sendo que, em muitos casos, não é estética. E se não é estética, não é liberado para nossa atuação tratar lesões que só competem aos médicos especialistas, pois não possuímos instrumentos de avaliação para detecção de malignidade, além de não termos respaldo nem aval para tal ato. Portanto, estudante, muito cuidado quando realizar a avaliação e não souber ao certo do que se trata, pois poderá aplicarum tratamento que causará uma lesão na pele, sem ter a noção de suas consequências para o paciente. Paciente do sexo feminino, 47 anos de idade, com queixa de manchas senis no dorso das mãos. Não se adaptou aos outros tratamentos, como peelings e laser, pois sentiu um desconforto intenso após a aplicação deles e dificuldades na cicatrização pós-procedimentos. Encontrou pesquisas na internet sobre tratamento de eletrocautério para manchas hipercrômicas e se interessou pelo resultado postado. Procurou saber melhor sobre a técnica e descobriu que ela apresenta o princípio da eletrocirurgia, que se baseia na passagem de uma corrente elétrica de alta frequência pelos tecidos, a qual é produzida por um gerador e liberada através de um eletrodo ativo, percorre o corpo do paciente e sai através de um eletrodo neutro ou dispersivo (placa de dispersão). Ao encontrar a resistência do tecido humano, essa corrente elétrica é transformada em calor. Vários efeitos terapêuticos, seja de corte ou de coagulação, podem ser alcançados, dependendo da aplicação do calor. Tais efeitos dependem da resistência dos tecidos, do tempo da exposição, da superfície exposta e da densidade da corrente elétrica. A paciente procurou a clínica de estética para realizar a avaliação. Após completa anamnese, verificou-se que ela se encontrava apta para o procedimento, não apresentando nenhum problema de saúde. Foi classificada pela Escala de Fitzpatrick em fototipo IV e não trabalha exposta ao sol. Realizou-se o registro fotográfico, assim como a assepsia da área com sabonete e clorexidina 2% e a marcação das áreas a serem trabalhadas. Após a aplicação, aplicou-se o LED vermelho, com o intuito de estimular a cicatrização por 30 segundos em cada região da face. Qual explicação você daria a esta cliente sobre os efeitos do LED vermelho após a aplicação de eletrocautério para estímulo de cicatrização? Quer conhecer mais sobre esta técnica? Convido você a se aprofundar neste assunto, que é de interesse de muitos profissionais da área. Você terá a oportunidade de conhecer melhor esta técnica, que garante bons resultados clínicos. Equipamento de jato de plasma 14 Iniciamos com o seguinte questionamento: o que é plasma? Ouvimos muito sobre plasma como a substância que se refere ao líquido presente no sangue, constituída por fatores de crescimento. Mas, será que é sobre isso que estamos nos referindo nesta aula quando falamos de tratamento estético? Não! Neste caso, é o equipamento de jato de plasma, que é um recurso de eletroterapia inovador de alta tecnologia. O plasma é caracterizado como o quarto estado físico da matéria, ou o estágio mais energético depois do estado gasoso. No nosso cotidiano, ouvimos com mais frequência sobre três estados de agregação da matéria, que são o sólido, o líquido e o gasoso. Vamos tentar compreender de uma forma mais simples: para que se forme o plasma, deve ocorrer um aquecimento em altas temperaturas da matéria no estado gasoso. Quando isso acontece, as moléculas do gás se rompem, formando átomos livres, ganhando e perdendo elétrons e gerando íons. Resumindo, plasma é um gás, com uma parte de sua composição formada por moléculas ionizadas, elétrons livres e espécies reativas, como nitrogênio e oxigênio, os quais são importantes por produzirem efeitos sobre os tecidos através de reações químicas e térmicas. Ele tem a capacidade de ter ação na membrana celular e reequilibrar o potencial elétrico, trazendo homeostasia celular, favorecendo o estímulo de produção de colágeno e fibras elásticas e melhorando as queixas comuns relacionadas ao envelhecimento cutâneo. Jato de plasma Em algum momento, você deve ter ouvido falar sobre plasma nos tratamentos estéticos. Há alguns anos, o jato de plasma e o eletrocautério são temas de congressos, palestras e cursos, pois através destas técnicas é possível melhorar os sinais do envelhecimento. Para que você compreenda melhor sobre isso, primeiramente, abordaremos o conceito de plasma. Toda matéria que existe no mundo encontra-se em estado sólido, líquido, gasoso ou plasma. Quando falamos em plasma, este é considerado o quarto estado da matéria. Os outros três são o líquido, representado pela água; o sólido, representado pelo gelo; e o gasoso, representado pelo vapor. O plasma possui características similares ao gás, porém tem em sua constituição partículas carregadas eletricamente, ou seja, são íons e elétrons livres, enquanto os gases são moléculas geralmente sem carga, formadas por prótons, nêutrons e elétrons. No Brasil, o jato de plasma é utilizado na área da estética para auxiliar no clareamento de melanoses, reduzir as rugas e a flacidez e remover verrugas e pequenos sinais (HOCHHEIM, 2018). É importante salientar que ainda não se encontram disponíveis informações científicas suficientes sobre o modo de aplicação, os benefícios e os cuidados referentes a essa técnica. É necessário também verificar sobre qual tipo de lesão será aplicado o jato de plasma, para que não haja remoção de sinais de pele que sejam de cunho médico-dermatológico. Características gerais 15 O jato de plasma é um equipamento que produz um faiscamento causado por uma corrente elétrica de alta voltagem. Essa corrente acaba ionizando o ar atmosférico, produzindo, assim, a pluma de plasma. Apesar de existir o plasma frio (não lesivo), ainda prevalece o plasma quente (lesivo), o qual, no momento, é o mais utilizado na área da estética (JAHARA, 2019). Ele tem como efeito local o aumento da temperatura da pele em até 140 °C e pode ter um efeito terapêutico no local de aquecimento tecidual, e até mesmo uma “queimadura”, mais popularmente conhecida como carbonização local. É importante ter em mente que a lesão que será causada dependerá da avaliação e do quadro clínico, por isso, é importante que a análise seja feita por um profissional formado, que entende do assunto. A avaliação deve conter todo o passo a passo, iniciando pelos dados pessoais. Em seguida, a anamnese, que é a parte da queixa principal, de extrema importância para o direcionamento da conduta terapêutica, pois é uma etapa da avaliação que se deve ter total atenção, pois é neste momento que questionaremos sobre o estilo de vida, os cuidados pessoais, o sono, o estresse, as doenças pré-existentes e outros dados que são relevantes para um bom tratamento estético. Por fim, a avaliação da face da cliente, quando serão analisados textura, coloração e lesões na pele, além de flacidez tissular, muscular e rugas. Observamos que a avaliação ainda é uma dificuldade de muitos profissionais da área, o que dificulta a indicação correta do equipamento, além de resultados ineficazes. Tipos de plasma Existem dois tipos de plasma: o direto e o indireto. A tecnologia mais utilizada é a fonte de plasma da “barreira dielétrica” (plasma direto). Plasmas indiretos são produzidos entre dois eletrodos e transportados para a área de aplicação arrastada em um fluxo de gás. Existem diferentes dispositivos, desde “agulhas de plasma”, as quais são muito estreitas, até “tochas de plasma”, que são maiores (JAHARA, 2019). Eletrocautério O equipamento de eletrocautério transforma a corrente elétrica de baixa frequência em corrente de alta frequência, seguindo o princípio do bisturi elétrico, mas aperfeiçoado para remoção superficial do tecido (sem cortes), para ser utilizado de forma segura por profissionais da área de estética (SCARPIN, 2019). 16 Quando falamos sobre cauterização, este é um termo usado para descrever o ato de queimar parte do corpo humano para remover ou fechar alguma região. A tecnologia do eletrocautério baseia-se na cirurgia elétrica, que tem por objetivo destruir e remover o tecido por meio da aplicação de uma descarga elétrica. No caso, o equipamento utilizado para os tratamentos estéticos apresenta a tecnologia do eletrocautério, com a finalidade de remover superficialmente o tecido,sendo inaplicável para fins de cortes de tecidos ou estancamento de sangramento de pequenos vasos. Equipamentos existentes No mercado, existem alguns modelos de aparelhos que emitem plasma, mas o que predomina são os aparelhos de eletrocautérios, os quais possuem apenas efeito térmico similar e, em relação ao investimento, acabam sendo mais baratos (HOCHHEIM, 2018). Tipos de aparelho Você, enquanto profissional da área de estética, precisará de um equipamento capaz de ser gerador de plasma. É importante que se atente às diferenças que existem entre os aparelhos disponíveis no mercado, pois alguns possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e outros, não. Isso é um dado importante quando o profissional quer investir em um equipamento com respaldo técnico e científico. 17 Ponteiras No mercado, existem vários fabricantes de equipamentos, tanto de jato de plasma quanto de eletrocautérios, que tiveram a necessidade de criar ponteiras de diferentes formatos de acordo com as áreas tratadas. Dependendo do tipo de ponteira, verificou-se, na terapêutica do dia a dia, que algumas mais finas (tipo agulha) concentram mais energia em comparação às maiores (em forma de disco). Por conta disso, essas ponteiras têm um maior poder lesivo em comparação às maiores, que, em nossa análise com nossos pacientes, possui um efeito tipo radiofrequência. 18 • Ponteira esférica: formato similar a um cogumelo, é considerada a menos agressiva. Aplicada diretamente na pele seca, causa uma leve hiperemia. Essa técnica consiste em promover um esfregaço na pele com a ponteira esférica, proporcionando uma esfoliação superficial, retirando camada córnea. Além disso, é possível estimular e aumentar a permeabilidade da membrana celular, aumentando consideravelmente a absorção dos ativos presentes nos dermocosméticos. Ponteira esférica. Fonte: Scarpin (2019, p. 123). • Ponteira L: é menos agressiva, realiza maior estimulação, trabalha maior área de contato, faz peeling elétrico superficial, porém sem a necessidade de anestésico, e ocorre permeação seca. Ponteira L. Fonte: Scarpin (2019, p. 123). • Ponteiras M e G: realiza pontilhamento e carbonização leve. Ocorre agressão e estimulação moderadas, causando processo inflamatório terapêutico leve. • Ponteiras XP, PP e P: para pontilhamento de carbonização. Ocorre processo inflamatório, com regeneração do tecido. Melhora manchas e linhas de expressão, além atuar na de despigmentação de sobrancelhas. Ponteiras XP, PP e P. Fonte: Scarpin (2019, p. 123). Técnicas 19 As técnicas mais utilizadas na harmonização facial com o eletrocautério são: esfregaço e/ou estimulação com a ponteira esférica e fulguração com a ponteira XP. • Técnica de fulguração/pontilhamento: a técnica de fulguração/pontilhamento utiliza a corrente elétrica emitida pelo equipamento de eletrocautério. Para que ocorra o efeito desejado, é necessário o uso da ponteira XP, que ficará próxima ao tecido, com uma distância mínima de 1 a 2 milímetros. O objetivo é causar um efeito térmico na pele, provocando uma lesão tecidual. Como toda e qualquer lesão no tecido, terá indução de processo inflamatório e de estímulo à cicatrização. A partir deste momento, a pele produzirá colágeno, melhorando os sinais do envelhecimento. É importante se atentar à intensidade de aplicação, visto que uma menor área apresenta uma maior intensidade de corrente elétrica, ou seja, quanto menor a ponteira utilizada no equipamento, maior é a intensidade de corrente elétrica no local de aplicação. • Técnica de estimulação com a ponteira esférica: consiste em promover um esfregaço na pele seca com a ponteira esférica, até provocar uma leve hiperemia na sua superfície. Essa técnica promove uma esfoliação, retirando toda camada córnea, além de estimular e aumentar a permeabilidade da membrana celular, aumentando consideravelmente a absorção dos ativos presentes nos dermocosméticos. Jato de plasma e biossegurança As medidas de proteção individuais dos profissionais são importantes, independentemente da técnica a ser realizada, porém, em especial, no jato de plasma, o profissional deve manter o máximo de segurança durante a aplicação, pois esse procedimento gera uma lesão na pele, a quais fica mais suscetível a 20 contaminações, se não forem seguidas corretamente as medidas de segurança tanto do profissional quanto do cliente. Para evitar contaminação por microrganismos, alguns itens são indispensáveis na técnica, como: • luvas, máscara e touca descartáveis; • jaleco, se possível, em TNT descartável; • assepsia de superfícies com álcool 70%. Indicações • despigmentação da pele (removendo manchas/melanoses solares e de micropigmentação); • pigmentação em casos de leucodermias (manchas brancas da pele decorrentes do excesso de exposição solar); • curetagem (remoção superficial de pele) em procedimentos estéticos para limpeza superficial da pele; • rejuvenescimento facial (tratamento de rugas e linhas): indução do processo inflamatório e cicatricial, gerando aumento de colágeno na pele; • tratamento de estrias e cicatrizes: indução do processo inflamatório e cicatricial, com consequente restruturação das fibras de colágeno na pele. Avaliação do paciente A avaliação da pele deve ser um item a ser realizado. A partir dela, é possível indicar ou até mesmo contraindicar alguns procedimentos, além disso, para que o resultado seja satisfatório, torna-se indispensável. Não existe tratamento estético sem avaliação inicial. Dentre os itens a serem investigados para esta técnica, estão: fototipo de pele ( WOLFF et al., 2019), tipos de pele, ciclo de renovação celular, grau de envelhecimento cutâneo, alergias e estilo de vida, doenças pré-existentes, processo de cicatrização, entre outros (AZULAY; AZULAY, 1999). Realizada a avaliação e confirmada a necessidade e indicação do tratamento com jato de plasma, inicia-se o processo com a higienização da pele, considerando sempre o tipo de pele; em seguida, caso seja necessário, aplica-se um anestésico tópico para conforto da paciente durante o procedimento; após, escolhe-se a ponteira a ser utilizada e programa-se a intensidade. Para estímulo da cicatrização, alguns profissionais utilizam o LED vermelho. É importante o profissional orientar seu paciente corretamente após o procedimento, enfatizando os cuidados necessários, como usar protetor solar e evitar exposição ao sol. ______ 🔁 Assimile Existem vários efeitos do plasma na pele. Na área da estética, o mais interessante é que ele tem efeito bactericida, tipo alta frequência e efeito térmico leve, aumentando a temperatura da pele em até 10%, o que causa um efeito de 21 aquecimento muito parecido com alta frequência. Isso causa microlesões e até mesmo lesões mais graves. No caso destas, é utilizado muito por médicos para retirada de sinais ou anormalidades na pele. ______ 💭 Reflita O plasma favorece a penetração de alguns ativos, pois, durante o contato da pele com ele, as estruturas de barreira do estrato córneo se alteram, e os corneócitos ficam mais afastados, permitindo que as substâncias aplicadas de forma tópica e apropriada penetrem com sucesso. ______ 📝 Exemplificando A aplicação tanto do plasma quanto do eletrocautério pode ser realizada de forma pontual ou em varredura. A forma de aplicar dependerá do tamanho da área, do tamanho da ponteira e da necessidade terapêutica. ______ Conseguiu compreender a diferença entre jato de plasma e eletrocautério? Ambos os procedimentos apresentam resultados satisfatórios em relação ao rejuvenescimento e a lesões elementares. O que diferencia um profissional do outro será sempre o olhar clínico e o cuidado no momento da avaliação e do tratamento, almejando ao máximo a segurança do paciente e o resultado sem comprometimento da saúde. Conclusão O LED é um equipamento de fototerapiaque possui grande potencial terapêutico devido à sua capacidade de estimular a produção de colágeno. Além disso, tem efeitos fotobio moduladores, estimulando a síntese de ATP celular, fornecendo energia necessária a nível mitocondrial, para que a célula responsável pelo processo de cicatrização estimula o colágeno na pele, restaurando o processo inflamatório instalado e, consequentemente, a lesão tecidual. A partir de então, é possível verificar melhora nos sinais de envelhecimento da pele, atenuação das rugas e contração dos tecidos, o que promove rejuvenescimento celular e tecidual. Vale ressaltar também a importância do LED como terapia, uma vez que sua ação intracelular não acarreta danos e proporciona resultados semelhantes ao laser de baixa intensidade, a um preço mais acessível. Portanto, há a necessidade de mais estudos relacionados ao uso dos emissores de diodo junto ao eletrocautério, porque os que já existem relatam que é possível observar discreta melhora na regeneração tecidual na região onde foi aplicado o LED comparado com o lado que não foi irradiado. 22 Aula 3 Carboxiterapia Introdução da aula Qual é o foco da aula? Nesta aula, você aprenderá sobre sobre a utilização de carboxiterapia. Objetivos gerais de aprendizagem Ao final desta aula, você será capaz de: • descrever o tratamento adequado para as disfunções estéticas faciais e corporais; • explicar como o profissional habilitado poderá executar o procedimento; • analisar a possibilidade do uso de anestésico tópico para realização da técnica de carboxiterapia. Situação-problema Olá, estudante! Para finalizar, sobre outras tecnologias, abordaremos a carboxiterapia, a qual é um recurso utilizado para o tratamento de disfunções estéticas faciais e corporais, liberado para médicos, fisioterapeutas e biomédicos. É considerado um procedimento estético injetável, no qual se administra o gás carbônico medicinal de alta pureza (99,9% de pureza), portanto o profissional que utilizará este recurso para compor os protocolos de tratamento estético deverá ficar atento a essa informação. Essa técnica é utilizada na medicina há mais de 10 anos em procedimentos cirúrgicos, os quais usam doses elevadas, e é reconhecida cientificamente desde 1953, em estudos sobre o tratamento de arteriopatias periféricas, insuficiência venosa, úlceras de membro inferiores, psoríase, entre outros. Como qualquer técnica, exige um profissional habilitado para executar o procedimento, pois precisa-se ter conhecimento sobre as suas indicações, formas de aplicação e quantidade de gás administrado, considerando o caso clínico do paciente. É uma técnica segura, desde que seja aplicada corretamente. É de fácil aplicação e baixo custo operacional, porém, na prática clínica, é comum verificar uma resistência da maioria das pessoas por esse tratamento, pois é considerado desconfortável. Esse desconforto é variável, visto que depende da sensibilidade do cliente e da forma de aplicação, lembrando que, quanto mais superficial a introdução da agulha na pele, maior o desconforto. Muitos estudantes questionam a possibilidade do uso de anestésico tópico para realização da técnica, mas é importante frisar que não há contraindicação para 23 amenizar a dor do paciente, porém esta é referente ao fluxo de gás que está sendo administrado, e não à introdução da agulha na pele. É um excelente recurso de eletroterapia, com a capacidade de aumentar o fluxo sanguíneo e, consequentemente, estimular a produção de colágeno, que é importante no tratamento de várias disfunções estéticas, como rugas, celulite, estrias, gordura localizada e flacidez tissular. Associado a outras tecnologias e até mesmo à terapia manual, promove um efeito interessante na melhora circulatória local, sendo visível este efeito no momento da aplicação pela hiperemia causada no local de aplicação. Joana, 56 anos de idade, apresenta queixa de flacidez das pálpebras superiores e inferiores. É algo que a incomoda bastante, porém não tem coragem de fazer cirurgia plástica, pois tem medo de fazer um procedimento muito invasivo e apresentar complicações, além de não gostar do resultado. Ela frequenta uma clínica de dermatologia, onde realiza tratamento de rejuvenescimento facial. Um dia, viu na televisão da clínica uma propaganda sobre a técnica de carboxiterapia, a qual é uma das opções de tratamento oferecidas pela dermatologista para rejuvenescimento desta região. A cliente ficou interessada na técnica e quis saber mais sobre o procedimento, então agendou uma avaliação com a profissional. No momento da avaliação, Joana questionou sobre como a técnica é realizada nesta região, a quantidade de sessões necessárias para melhora do quadro, o fluxo e o volume que seria injetado em cada lado. Ela comentou que viu uma reportagem na internet, na qual uma paciente ficou com o olho bem inchado após a carboxiterapia e demorou alguns dias para ele desinchar. O que pode ter acontecido neste caso? É comum, após a técnica, o olho ficar com a presença de inchaço durante vários dias? Há algo que pode ser feito no momento da aplicação que diminui esse risco? Observou que cada recurso estético abordado promove efeitos fisiológicos específicos em células e tecidos? A partir deste momento, lembre-se sempre de que, quando manuseamos qualquer recurso de eletroterapia, estamos agindo na fisiologia humana, por isso, é importante se atentar à técnica e nunca deixar de estudar e se aprofundar no mecanismo de ação de cada aparelho. Quer ter sucesso em seus tratamentos estéticos? Então, nunca pare de estudar! Técnica de carboxiterapia A técnica de carboxiterapia, apesar de ser um tratamento novo na área da estética, é utilizada desde o início do século XX na medicina, com o objetivo de melhorar lesões vasculares. Foi na França, em 1932, na estação térmica de Royat, em Siena, que se iniciou sua aplicação em pacientes com quadros de arteriopatia periférica, úlceras diabéticas e vasculares, feridas, queimaduras e dores crônicas. O primeiro equipamento que fez uso de gás carbônico foi fabricado em 1953 e utilizado na área de cardiologia, porém foi em 1990 que Belotti e colaboradores 24 iniciaram o estudo da carboxiterapia no tratamento do fibroedema gelóide. Esse estudo foi realizado no Instituto de Rabbi, onde a água era semelhante à água termal da estação de Rabbi. A partir desse momento, houve um interesse maior sobre o uso do gás carbônico (CO2) em disfunções estéticas, pois, como o CO2 promovia a melhora da circulação em pacientes com doenças vasculares, poderia ser também um ótimo recurso para melhora das queixas mais comuns dos pacientes em clínicas de estética. No Brasil, esse recurso chegou, inicialmente, na área médica e, depois, foi introduzido na estética, pois apresentava melhora dos parâmetros de circulação e da elasticidade cutânea e redução da adiposidade cutânea. Carboxiterapia A carboxiterapia é uma técnica invasiva, porém não cirúrgica, que consiste em administrar pequenas doses de gás carbônico medicinal com alto grau de pureza (99,9%), próprio para fins terapêuticos. Esse gás é administrado por um dispositivo de controle de fluxo diretamente nas regiões a serem tratadas, com auxílio de agulha de insulina, que é introduzida na pele em diferentes angulações, dependendo da disfunção estética a ser trabalhada. O gás carbônico é considerado um gás atóxico, não embólico, pois se expande rapidamente, presente normalmente como parte do metabolismo de trocas gasosas. O tratamento na área de estética consiste em aplicação subcutânea por meio de injeções hipodérmicas nas regiões afetadas, garantindo melhora da circulação e aumento da oxigenação. Para Borges (2010, um dos principais produtos do metabolismo celular é o ácido carbônico (H2CO3) excretado através dos pulmões sob a forma de gás carbônico (CO2), o qual é transportado no sangue venoso até os pulmões cerca de 200ml/min no adulto em repouso, e 10x mais durante uma atividade física. Quando o gás carbônico próprio para a técnica de carboxiterapia é administrado no local de tratamento, ocorre o que denominamos de efeito Bohr, o que significa que a presença de CO2 nos capilares sanguíneos faz com que a hemoglobina carregadora de oxigênio (O2) se ligue ao CO2 presente no local e libere o O2 para os tecidos. Como consequência, há aumento de oxigenação e circulação no local, uma das principais características desta técnica. Quanto maior a quantidade de gás carbônico disponibilizada no tecido, mais hemoglobinas carreadas com oxigênio chegarão por circulação sanguínea. Devido ao fato de a hemoglobina ter mais afinidade com a molécula de CO2, ocorrerá liberação da molécula de O2 para os tecidos e captação da molécula de CO2, que será transportada e eliminada pela expiração (BORGES, 2016). Agora, reflita: quais disfunções estéticas há necessidade de aumento circulatório para melhora do quadro? Praticamente, todas as disfunções estéticas necessitam de melhora da circulação local para que ocorra evolução do quadro clínico estético, só devemos respeitar as contraindicações da técnica. 25 Equipamento O equipamento utilizado para carboxiterapia utiliza o gás carbônico medicinal, cujos fluxo (velocidade da entrada de gás no organismo em ml/min) e volume (quantidade de gás injetado no local) são devidamente controlados previamente, dependendo da disfunção estética a ser trabalhada. O que observamos na prática é que, quanto maior a velocidade do fluxo e do volume injetados, maior o desconforto, porém isso não é regra, pois cada paciente terá uma sensibilidade diferente ao tratamento. Os valores de volume total de CO2 infundido por sessão variam de 600 ml a 1 litro, chegando a 3 litros, no máximo, nos casos de grandes depósitos de gordura (BORGES, 2016). Cilindro de CO2. Fonte: Borges (2016). Como todo equipamento utilizado para fins terapêuticos e estéticos, deve ter registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), garantindo a segurança ao profissional para sua utilização. O aparelho liga-se ao cilindro de aço ou alumínio, com capacidades variáveis, de 700 g até 33 kg, regulado por regulador de pressão de gás carbônico, conectado a uma sonda com um filtro. É inserida uma agulha pequena de insulina e aplicada diretamente na pele do paciente, em diferentes planos, a depender da disfunção estética a ser trabalhada. Equipamento de carboxiterapia com filtro biológico. Fonte: Borges (2010). Os planos de aplicação podem ser: plano mesoepidérmico ou superficial, plano dérmico ou médio e plano hipodérmico ou profundo Indicações • Fibroedema geloide (FEG) Para o tratamento do FEG, o plano de utilização da carboxiterapia é o hipodérmico (plano profundo), com a implantação da agulha diretamente no tecido no plano subcutâneo. A agulha é inclinada em 45° e introduzida diretamente na camada adiposa. Caso o paciente apresente pouca camada adiposa, pode-se introduzir a agulha em uma angulação inferior. O recomendado é a utilização de fluxo alto, em torno de 150 ml/min a 180 ml/min. A técnica estimula a circulação local e induz à lipólise e lise adipocitária, além de desfibrosagem profunda, uma das principais 26 características da fisiopatologia do FEG. Para reduzir o desconforto do cliente durante a aplicação, realiza-se o pinçamento do local. Nos casos de celulite com presença de traves fibróticas, recomenda-se a técnica de subcisão, que consiste na marcação das traves fibróticas, ponto que há presença dos furinhos, onde é aplicada a técnica para haver deslocamento da pele. A agulha ficará a 90° sob o ponto demarcado, com fluxo de 150 ml/min. O tratamento pode ser realizado duas vezes na semana. • Estrias No tratamento de estrias, há eficácia comprovada na melhora da elasticidade cutânea com aumento e reorganização das fibras elásticas e colágenas da pele. Além disso, há estudos que relatam melhora da textura e firmeza da pele, bem como homogeneidade de coloração e relevo das estrias. Este fato deve-se ao aumento da espessura da derme, devido ao estímulo de neocolagenase. Na prática clínica, a carboxiterapia deve ser feita estria por estria, fazendo com que haja a infusão do gás em toda a extensão de cada uma. É observado que, após a aplicação, a estria fica preenchida com o gás. O plano de aplicação é o mesoepidérmico, em que o bizel é introduzido no leito da estria para promover o deslocamento rápido pela infusão do gás carbônico, mantendo o bizel sempre posicionado para cima. O tempo entre as sessões deve ser de 15 a 21 dias, para formação e maturação do colágeno. • Gordura localizada No tratamento da gordura localizada, o CO2 promove a vasodilatação e o aumento da concentração de O2 na área tratada. Esse aumento da oxigenação leva ao aumento do metabolismo local, favorecendo a lipólise. Além disso, a infusão de fluxos altos promove a ruptura das membranas dos adipócitos, conhecida como carbolipólise. A carbolipólise ocorre também pela estimulação de barorreceptores, os quais liberam substâncias, como bradicinina, serotonina, histamina e catecolaminas, que são responsáveis por estimular os receptores beta- adrenérgicos, com ativação da adenilciclase, que promoverá aumento do AMPc, com ação direta na membrana das células de gordura (BORGES, 2010). O plano de tratamento para gordura localizada é o hipodérmico, com introdução completa da agulha s 45° ou 90°, com o objetivo de lipólise. O fluxo ideal é de 80 ml/min a 150 ml/min, com volumes de até 2.000 ml, sendo realizado o tratamento de duas a três vezes na semana. • Cirurgias plásticas Utiliza-se a carboxiterapia para a melhora de irregularidades presentes no tecido após lipoaspiração. O plano utilizado é o hipodérmico, e o fluxo de 60 a 100 ml/min, com frequência de duas a três vezes por semana. • Flacidez cutânea 27 A carboxiterapia atua na flacidez, estimulando a neocolagênese, neoelastogênese e neoangiogênese. O plano de aplicação nos casos de flacidez é dérmico, agulha inclinada a 25°, com volume máximo até visualizar o microdeslocamento da área. Para estímulo de colágeno, deve-se espeitar o intervalo de, no mínimo, 21 dias. • Rejuvenescimento facial Uma das técnicas mais utilizadas no rejuvenescimento é o tratamento de olheiras, obtendo um resultado satisfatório na melhora do quadro. A aplicação é feita com o objetivo de promover um deslocamento da pálpebra superior e inferior. O fluxo programado é de 80 ml/min a 150 ml/min, com intervalo de um mês entre as sessões. • Capilar Nos tratamentos capilares, auxilia no aumento da vascularização e na oxigenação do bulbo piloso. No caso da alopecia, usa-se um fluxo de 60 a 80 ml/min, de duas a três vezes por semana, utilizando a técnica mesoepidérmica. Contraindicações: • infarto agudo do miocárdio; • angina instável; • insuficiência cardíaca; • epilepsia; • gravidez; • alergias; • doenças do colágeno; • doenças infecciosas, bacterianas, virais e fúngicas; • acne inflamatória no local de aplicação; • herpes simples e zoster; • neoplasias locais. ______ 🔁 Assimile A carboxiterapia como método coadjuvante para pacientes que apresentam sequelas de queimadura tem sido muito utilizada, pois proporciona resultados visíveis na melhora da cicatrização e regeneração do colágeno. ______ 💭 Reflita O meio ácido gerado pela carboxiterapia favorece a afinidade da hemoglobina com a molécula de gás carbônico. Devido a esse fato, há um desprendimento do O2 ligado à hemoglobina e um aumento na concentração de oxigênio nos tecidos. 28 ______ 📝 Exemplificando Na carboxiterapia, ocorre o trauma mecânico, ocasionado pela agulha, e o trauma provocado pelo gás. Um processo inflamatório ocorrerá, seguido de todas as etapas de cicatrização, com proliferação de fibroblastos; posteriormente, a síntese de colágeno, elastina e vasos sanguíneos.______ Conseguiu observar a importância desta técnica para a melhora das disfunções estéticas? Não podemos nos esquecer que o sucesso dos resultados estéticos é uma combinação de uma boa avaliação associada à correta aplicação da técnica, portanto é importante que você, como profissional, treine seu olhar clínico e nunca se esqueça que a palpação do tecido faz parte de uma boa avaliação. A partir daí, você estará apto a aprender e aplicar qualquer recurso eletroterápico com segurança e eficácia. Conclusão No processo de envelhecimento cutâneo, há alterações estruturais em ossos, músculos e peles. Assim, não somente a pele deve ser tratada, mas, sim, todo um conjunto, por isso, a avaliação facial é importantíssima. A área dos olhos é considerada a primeira região da face que mostra os sinais do envelhecimento. Para os pacientes que não querem passar por procedimento cirúrgico, a dermatologia oferece tratamentos alternativos, como toxina botulínica, para as rugas dinâmicas, e preenchimento da região, para os quadros de flacidez e olhar “fundo”, que dão a aparência de rosto cansado. Além desses tratamentos, a carboxiterapia nesta região tem se mostrado eficiente nos quadros de flacidez e olheiras, pois promove um efeito de vasodilatação local, melhorando a nutrição dos tecidos e induzindo ao estímulo de colágeno no local, sendo indicado para flacidez, rugas e olheiras. A técnica nesta região consiste em injetar quantidades suficientes de CO2 em cada região. Estudos relatam que o fluxo na região da área dos olhos deve estar entre 30 ml/min e 50ml/min. Outro detalhe importante é sobre o plano de aplicação, que será o mesoepidérmico, com o bisel da agulha direcionado para cima. É preciso introduzir a agulha no tecido a 45°, e introduzir, em cada região, volume de 3 ml. O intervalo recomendado entre as sessões é de um mês, e o resultado é variável de paciente para paciente, mas são necessárias, em média, três sessões. Outro detalhe que todo profissional que trabalha com a carboxiterapia deve se atentar é sobre a drenagem do equipo antes da aplicação. Essa é uma etapa imprescindível, pois teremos a certeza de que somente o CO2 está sendo injetado na área. Caso o profissional não realize a drenagem do equipo, injetará oxigênio que está presente no interior do equipo na área dos olhos da paciente, e isso causa o inchaço após a aplicação, que permanece durante alguns dias, além de poder 29 causar outras complicações, como neuropraxia, ocasionando ptose da região. Se for realizada a drenagem do equipo antes, somente o CO2 será injetado na região e, por ser um gás muito fácil de perfusão, ocorre a melhora do inchaço rapidamente, logo após a aplicação. Caso ocorra isso, o ideal é realizar uma micromassagem local, além da crioterapia, para melhora do quadro. Videoaula: inovações na estética(1:21:22)
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