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Carla Bertelli – 5° Período Anatomopatologia da Tireoide Anatomopatologia da Tireoide 1 – Captação de Iodeto no folículo pelo Simtransportador de Sódio-Iodeto (NIS) 2 – Vai para o Coloide através da Pendrina (transportador de Iodeto-Cloreto) 3 – No coloide ocorre a oxidação do Iodeto em Iodo 4 – No coloide ocorre a junção: Iodo + Tireoglobulina • DIT • MIT DIT + MIT – T3 DIT + DIT – T4 5 – Por pinocitose, o folículo engloba o T3 e o T4 para dentro 6 – No folículo o lisossomo degrada a tireoglobulina 7 – Liberação de T3 e T5 no sangue Histologia da Tireoide – Folículos contendo coloide no seu interior. Esses folículos são uma camada de epitélio simples cuboide responsáveis pela produção de T3 e T4. O coloide contém tireoglobulina, uma glicoproteína que é a forma de armazenamento dos hormônios tireoidianos Células Parafoliculares – Secretam calcitonina. Formada por lóbulos mal definidos que separam cordões de células densamente organizadas. Os lóbulos são delimitados por tecido conjuntivo Disfunções da Glândula Tireoide Hipertireoidismo – A tirotoxicose é um estado hipermetabólico causado por níveis circulantes elevados de T3 e T4 livres. Como, em geral, essa condição é causada pelo hiperfuncionamento da glândula tireoide, é frequentemente conhecida como hipertireoidismo. A causa mais comum de hipertireoidismo é a hiperplasia difusa da tireoide associada à doença de Graves, que é acompanhada por oftalmopatia (ou dermopatia) e bócio difuso. Outras causas são o bócio multinodular hiperfuncionante e adenoma hiperfuncionante da tireoide Hipotireoidismo – É uma condição causada por um desarranjo estrutural ou funcional que interfere na produção de níveis adequados do hormônio tireoidiano. Pode ocorrer de forma primária, quando há uma alteração intrínseca à tireoide ou pode ocorrer de forma secundária, quando em decorrência de uma desordem hipotalâmica ou hipofisária Carla Bertelli – 5° Período Adenoma Hiperfuncionante Causado por mutações na via de sinalização dos receptores de TSH, resultando na secreção de hormônios tireoidianos independente do estímulo de TSH Lesão solitária, esférica, firme, com cápsula bem definida, completa a íntegra. Apresenta áreas de hemorragia, fibrose, calcificação e formação da cistos Células se organizam em folículos de aparência uniforme, contendo coloide. Pequena variação no tamanho, formato e morfologia nuclear, estroma de tecido conjuntivo mucoide ou gelatinoso. Carcinoma Papilífero É o mais comum, presente em mulheres entre 25-50 anos, associados á exposição a radicação. Tem um bom prognóstico. Ocorre devido mutações de ganho de função em receptores tirosina-quinases (RET ou NTRK1) ou Serina/Treonina quinase (BRAF) da via do MAPK. Lesão solitária ou multifocal, bem circunscritos e encapsuladas ou infiltrativas com margem mal definidas. Pode ter fibrose e calcificação, geralmente cística. Contém papilas ramificadas com eixo fibrovascular, núcleos com cromatina finamente dispersa, aparência clara ou vazia (vidro fosco), sulcos intracelulares • Células em Vidro Fosco • ‘’Dedinhos’’ ou Papilas contendo vasos sanguíneos dentro – Eixo Fibrovascular Carcinoma Folicular Presença de regiões hemorrágicas. É o segundo mais frequente, presente em mulheres entre 40-60 anos, relacionadas a deficiência de iodo. Ocorre mutações no fator de transcrição PAS-X, na proteína RAS e no receptor nuclear PPAR-gama, pode haver perda de genes supressores de tumor. Os carcinomas foliculares são nódulos únicos que podem ser bem circunscritos ou amplamente invasivos. Essas lesões se apresentam, aos cortes, nos tons de cinza, pardo ou rosado, podendo ser um pouco translúcidas devido à presença de grandes folículos repletos de coloides. Mudanças degenerativas, como fibrose central e focos de calcificação, algumas vezes estão presentes. Microscopicamente, a maioria dos carcinomas foliculares é composta de células regularmente uniformes que formam pequenos folículos contendo coloide, que se assemelham muito à tireoide normal os núcleos não apresentam as características típicas de carcinoma papilífero, e os corpos de psamomas não estão presentes. Embora as características nucleares (núcleos opticamente claros, ranhuras nucleares) sejam úteis na distinção das neoplasias papilíferas das foliculares, não há nenhuma diferença citológica confiável entre os adenomas foliculares e os carcinomas foliculares minimamente invasivos. Carla Bertelli – 5° Período Diferentemente do que ocorre nos cânceres papilíferos, a disseminação linfática é incomum nos cânceres foliculares. Tireoidite de Hashimoto Folículos pequenos, pouco coloide, bem vascularizado e com fibrose. Presença de infiltrado inflamatório. A indução da autoimunidade tireoidiana é acompanhada por depleção progressiva das células epiteliais da tireoide por apoptose e substituição do parênquima tireoidiano por infiltração celular mononuclear e fibrose. Múltiplos mecanismos imunológicos podem contribuir para a morte da célula tireoidiana, incluindo Pode estar difusamente aumentada. Há extensiva infiltração do parênquima por um infiltrado inflamatório mononuclear contendo pequenos linfócitos, plasmócitos. Os folículos tireoidianos são atróficos e revestidos, em muitas áreas, por células epiteliais que se distinguem pela presença de citoplasma abundante, eosinófilo e granular, chamadas de células de Hürthle. Essas células são uma resposta metaplásica do epitélio folicular cuboide baixo normal à lesão em andamento. Doença de Graves Ausência de eixo fibrovascular, pouco coloide, bem vascularizado, contém fibrose e está hipertrófico. Presença de infiltrado inflamatório, sem papilas contendo vasos sanguíneos dentro Condição de hipertireoidismo, bócio e oftalmopatia. Ocorre estimulação anormal da tireoide por anticorpos tireoestimulante (contra receptores do TSH). A glândula tireoide está simetricamente aumentada por causa da hipertrofia e da hiperplasia difusas das células epiteliais foliculares da tireoide Em corte, o parênquima tem uma aparência macia e carnosa, assemelhando-se ao músculo. Histologicamente, as células epiteliais foliculares, em casos não tratados, são altas e mais populosas do que o normal. Essa superpopulação frequentemente resulta na formação de pequenas papilas, que se projetam na luz folicular, Carla Bertelli – 5° Período invadindo o coloide e, algumas vezes, enchendo os folículos Essas papilas não apresentam eixo fibrovascular, contrariamente às do carcinoma papilífero O coloide na luz folicular é pálido, com margens recortadas. Os infiltrados linfoides, constituídos predominantemente de células T, com poucas células B e plasmócitos maduros, estão presentes por todo o interstício. Centros germinativos são comuns. Bócio Multinodular O aumento da tireoide, ou bócio, é causado por uma síntese prejudicada de hormônio tireoidiano, mais frequentemente causada pela deficiência alimentar de iodo. O dano na síntese do hormônio tireoidiano leva ao aumento compensatório no nível sérico do TSH, o qual, por sua vez, causa hipertrofia e hiperplasia das células foliculares tireoidianas e, por fim, aumento macroscópico da glândula tireoidiana. A aparência microscópica inclui folículos ricos em coloide, revestidos por um epitélio achatado e inativo, e áreas de hiperplasia folicular, acompanhadas pelas mudanças degenerativas anteriormente observadas. Em contraste com as neoplasias foliculares, não está presente uma cápsula proeminente entre os nódulos hiperplásicos e o parênquima tireoidiano residual • Folículos de tamanho variável, revestido por epitélio achatado e inativo • Nódulos Irregulares • Coloide marrom e gelatinoso • Áreas de hemorragia, calcificação, degeneração cística e fibrose• Assimetricamente aumentado • Bócio intratorácico ou bócio mergulhante
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