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TF - Edição 1304

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TO
S:
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VO
 D
E 
OL
IV
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RA
29 janeiro a 4 de fevereiro 2023 - Ano XXX - nº 1.30429 janeiro a 4 de fevereiro 2023 - Ano XXX - nº 1.304
Páginas: 5 a 7Páginas: 5 a 7
Curso dos Bispos abordou o valioso
papel que as Novas Comunidades
exercem na evangelização
Na comemoração dos 20 anos da Escola Diaconal Santo 
Efrém foram ordenados 14 novos diáconos permanentes
Páginas: 19 a 24Páginas: 19 a 24
2 ARQUIDIOCESE
B i c h e c t o m i a
C i r u r g i a B u c o M a x i l o - F a c i a l 
E n d o d o n t i a
I m p l a n t o d o n t i a
L e n t e d e C o n t a t o
O d o n t o g e r i a t r i a
O d o n t o p e d i a t r i a
O r t o d o n t i a - P a c i e n t e s e s p e c i a i s
P e r i o d o n t i a - P r ó t e s e
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(021) 3301-1271 / 3301-1147
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Vila da Penha Campo Grande
(021) 2415-0014 / 2413-4884
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29 DE JANEIRO 4 DE FEVEREIRO DE 2023 | TESTEMUNHO DE FÉ
ATOS DO GOVERNO
ARQUIDIOCESE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO 
Rua Benjamin Constant, 23 - Glória - 20241-150 - Rio de 
Janeiro - RJ - Tel.: (21) 2292-3132
Arcebispo Metropolitano: Cardeal Orani João Tempesta, 
O.Cist.
Vigário Episcopal para a Comunicação Social: Padre 
Doutor Arnaldo Rodrigues da Silva
Diretor de Jornalismo da Arquidiocese do Rio: Carlos 
Moioli - MTE: 0038788/RJ
FUNDAÇÃO CULTURAL, EDUCACIONAL E DE RADIODIFUSÃO 
CATEDRAL DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO 
Rua Benjamin Constant, 23 - 8º andar - Glória - 20241-150 - 
Rio de Janeiro - RJ - Tel.: (21) 3231-3560 - Fax: 3231-3566
Diretor Geral: Padre Doutor Arnaldo Rodrigues da Silva 
• Diretor Administrativo/Financeiro: Padre Ionaldo 
Pereira da Silva • Diretora Jurídica: Doutora Claudine 
Milione Dutra • Diretor Adjunto: Diácono Claudino Affonso 
Esteves Filho
TESTEMUNHO DE FÉ: Tel.: (21) 3231-3568 / 3231-3569
Banca Digital: https://digital.maven.com.br/pub/
otestemunhodefe/ • Mídias sociais: facebook.com/
jornaltf / @testemunhodefe_ / otestemunhodefe.
blogspot.com.br
Redação e Jornalismo: jornalismo@arquidiocese.org.br 
• Jornalista Responsável: Carlos Moioli • Revisor: Carlos 
Gustavo Trindade • Diagramadora: Elizabeth Eiras • 
Repórter Fotográfico: Gustavo de Oliveira
Atendimento de Publicidade: • Deniere Freitas Fonseca 
- Tel.: (21) 3231-3582 - 99435-2837 - e-mail: deniere@
radiocatedral.com.br
Segundo as normas internacionais sobre a propriedade 
intelectual e direitos autorais, recordamos aos leitores 
que todo o conteúdo do jornal ”Testemunho de Fé” pode 
ser reproduzido, parcial ou totalmente, desde que seja 
citada a fonte. Informes publicitários e anúncios são de 
responsabilidade exclusiva de seus autores, não cabendo 
ao jornal responsabilidade sobre os mesmos.
18 a 24 de janeiro de 2023
• Delegando ao Exmo. e Revmo. 
Dom Antonio Luiz Catelan Fer-
reira, Bispo Titular de Tunes e 
Auxiliar de São Sebastião do Rio 
de Janeiro, a faculdade de dedi-
car a Deus, no dia 25 de janeiro 
de 2023, Festa da Conversão 
de São Paulo Apóstolo, o altar 
da Igreja Paroquial São Paulo 
Apóstolo, em Copacabana, Vi-
cariato Episcopal Sul.
• Transferindo o Revdo. Pe. An-
selmo da Silva Nascimento, 
SDB do ofício de Administrador 
Paroquial da Paróquia Santa 
Bárbara, em Rocha Miranda, 
Vicariato Episcopal Subur-
bano, para o ofício de Vigário 
Paroquial na referida Paróquia 
Santa Bárbara.
• Nomeando o Revdo. Pe. Romeu 
do Nascimento Dias, SDB para 
o ofício de Pároco da Paró-
quia Santa Bárbara, em Rocha 
Miranda, Vicariato Episcopal 
Suburbano.
• Transferindo o Revdo. Pe. Fr. 
Agostinho Morosini, OAR do 
oficio de Vigário Paroquial na 
Paróquia São Januário e Santo 
Agostinho, em São Cristóvão, 
Vicariato Episcopal Urbano, 
para o ofício de Vigário Paro-
quial na Paróquia Santo Agos-
tinho, no Novo Leblon, Barra 
da Tijuca, Vicariato Episcopal 
Jacarepaguá.
• Nomeando o Revdo. Pe. Vag-
ner Lucas Pimentel, SCJ para o 
ofício de Vigário Paroquial na 
Paróquia Bom Jesus da Penha, 
na Penha, Vicariato Episcopal 
Leopoldina.
• Nomeando o Revdo. Pe. Carlos 
Vieira Lima, SVD para o ofício de 
Vigário Paroquial na Paróquia 
Cristo Redentor, em Laranjei-
ras, Vicariato Episcopal Sul.
• Aceitando a renúncia do Revdo. 
Pe. Alexandre Paciolli Moreira 
de Oliveira ao ofício de Vigário 
Paroquial na Paróquia São José, 
na Lagoa, Vicariato Episcopal 
Sul.
• Concedendo ao Revdo. Pe. 
Eduardo Sales de Lima, SSS li-
cença para exercer o ministério 
sacerdotal nesta Arquidiocese.
• Concedendo ao Revdo. Pe. Luiz 
Fernando Klein, SJ licença para 
exercer o ministério sacerdotal 
nesta Arqudiocese.
• Nomeando o Revdo. Diác. Car-
los Alberto dos Santos Mon-
teiro para exercer o ministério 
diaconal na Paróquia São João 
Evangelista, em Campo Gran-
de, Vicariato Episcopal Campo 
Grande.
• Nomeando o Revdo. Diác. Edu-
ardo da Costa Ramos para 
exercer o ministério diaconal na 
Paróquia São Marcelino Cham-
pagnat, em Jacarepaguá, Vica-
riato Episcopal Jacarepaguá.
• Nomeando o Revdo. Diác. Elias 
Ferreira da Silva para exercer o 
ministério diaconal na Paróquia 
Nossa Senhora das Graças, em 
Vila Nova, Campo Grande, Vica-
riato Episcopal Campo Grande.
• Nomeando o Revdo. Diác. Elias 
Pereira dos Santos para exer-
cer o ministério diaconal na 
Paróquia Nossa Senhora da 
Paz, em Ipanema, Vicariato 
Episcopal Sul.
• Nomeando o Revdo. Diác. 
Eraldo Santana Moreira para 
exercer o ministério diaconal 
na Paróquia Nossa Senhora 
da Luz, no Alto da Boa Vista, 
Vicariato Episcopal Norte.
• Nomeando o Revdo. Diác. Gil-
son Bruno Gentil para exercer 
o ministério diaconal na Paró-
quia Apóstolo São Pedro, em 
Cavalcante, Vicariato Episcopal 
Suburbano.
• Nomeando o Revdo. Diác. Jorge 
Luiz de Faria para exercer o 
ministério diaconal na Paróquia 
Santa Rita de Cássia, em Jardim 
Palmares, Paciência, Vicariato 
Episcopal Santa Cruz.
• Nomeando o Revdo. Diác. José 
Carlos Sampaio Fernandes para 
exercer o ministério diaconal no 
Santuário Nossa Senhora de 
Fátima, situado no território da 
Paróquia Imaculada Conceição, 
no Recreio dos Bandeirantes, 
Vicariato Episcopal Jacarepa-
guá.
• Nomeando o Revdo. Diác. 
Marcos Moizes da Silva para 
exercer o ministério diaconal 
na Paróquia Nossa Senhora 
de Guadalupe, em Jardim Gua-
dalajara, Inhaúma, Vicariato 
Episcopal Suburbano.
• Nomeando o Revdo. Diác. Nir-
mo Antonio Araujo Filho para 
exercer o ministério diaconal 
na Paróquia Nossa Senhora da 
Apresentação, em Irajá, Vicaria-
to Episcopal Suburbano.
• Nomeando o Revdo. Diác. Re-
nato Claudio de Souza Mo-
êdo para exercer o ministério 
diaconal na Paróquia Nossa 
Senhora do Bonsucesso, em 
Bonsucesso, Vicariato Episco-
pal Leopoldina.
• Nomeando o Revdo. Diác. Ri-
cardo Antonio Ximenes Arau-
jo para exercer o ministério 
diaconal na Paróquia Nossa 
Senhora Aparecida, na Ilha do 
Governador, Vicariato Episcopal 
Leopoldina.
• Nomeando o Revdo. Diác. Ri-
cardo Lima Miranda para exer-
cer o ministério diaconal na 
Paróquia Santa Rita de Cássia, 
em Vila Santa Rita, Campo 
Grande, Vicariato Episcopal 
Campo Grande.
• Nomeando o Revdo. Diác. Ser-
gio Gonçalves Alencar para 
exercer o ministério diaconal na 
Paróquia Santa Rita de Cássia, 
em Turiaçu, Vicariato Episcopal 
Suburbano.
ANUNCIE AQUI: SÃO MAIS DE 287 PARÓQUIAS VENDO O SEU ANÚNCIO
VOZ DO PASTOR 3 TESTEMUNHO DE FÉ | 29 DE JANEIRO A 4 FEVEREIRO DE 2023
Cardeal Orani João Tempesta, O.Cist. 
Arcebispo do Rio de Janeiro
DIA 29 DE JANEIRO
9h - Missa do padroeiro da Paró-
quia São João Bosco, no Riachuelo
17h - Participação no encerra-
mento da assembleia paroquial 
na Paróquia Nossa Senhora da 
Apresentação, no Irajá
18h - Missa de posse do padre 
Romeu do Nascimento Dias, SDB, 
novo pároco da Paróquia Santa 
Bárbara em Rocha MirandaDIA 30 DE JANEIRO
19h - Missa pelo primeiro aniver-
sário da Paróquia Nossa Senhora 
Aparecida, na Vila Cruzeiro, Penha
DIA 1º DE FEVEREIRO
8h - Missa no Colégio Marista, na 
Barra da Tijuca
19h30 - Missa de posse do padre 
Diogo dos Santos Espagolla, na 
Paróquia Nossa Senhora da Ajuda, 
na Freguesia, Ilha do Governador
DIA 2 DE FEVEREIRO
19h - Missa de renovação do com-
promisso dos membros da comu-
nidade Canção Nova, na Paróquia 
Nossa Senhora de Fátima Rainha 
de Todos os Santos, em Todos os 
Santos
DIA 3 DE FEVEREIRO
9h - Missa na festa do padroeiro da 
Paróquia São Brás, em Madureira
19h30 - Missa pelo 10º aniversário 
da Paróquia Bom Jesus, em Man-
garatiba, Paciência
DIA 4 DE FEVEREIRO
9h - Missa “O Rio Celebra” na Pa-
róquia São João Batista, na Vila São 
João, Campo Grande
16h30 - Missa de apresentação 
de Dom Geraldo de Paula Souza, 
bispo auxiliar de Niterói, na Nova 
Catedral de Niterói
AGENDA DO ARCEBISPO
O Jornal Testemunho de Fé congratula-se com todos os aniversariantes desta semana e suas comunidades
NATALÍCIO
DIA 29 DE JANEIRO
• Pe. Elio Frison, PODP
• Pe. Emerson Manoel da Silva
• Dom Henrique de G. Coelho, OSB
• Pe. José Geraldo Gomes
• Pe. Ricardo Torri de Araújo, SJ
DIA 30 DE JANEIRO
• Pe. Edmilson José dos Santos
• Pe. Eduardo C. da Costa e Silva
• Dom Eduardo de S. Schulz, OSB
• Pe. Frei Gustavo Tubiana, OAD
• Pe. João Henrique Mattos, SSCC
• Diác. Carlos H. Pires Robaço
DIA 31 DE JANEIRO
• Pe. Diogo Rodrigues Oliveira
• Pe. Jan Bacal, MIC
• Pe. José Carlos R. Silva Junior
• Pe. Renato Martins Gonçalves
DIA 1º DE FEVEREIRO
• Pe. Claudio dos S. Fernandes
• Pe. Cristiano Siqueira de Lima
• Pe. Elisandro I. da Silva, SdC
• Pe. Marcelo de Assis Paiva
• Pe. Raúl Escudero González
DIA 2 DE FEVEREIRO
• Dom Antonio Luiz C. Ferreira
• Pe. Samuel Afonso Leonardo
• Diác. Antonio N. Fernandes
DIA 3 DE FEVEREIRO
• Pe. Jean Nicaisse Milien, SSST
• Diác. Sebastião G. Clemente
DIA 4 DE FEVEREIRO
• Pe. Gleiciano de Freitas da Silva
• Pe. Frei Haroldo M. Filho, OSA
ORDENAÇÃO
DIA 29 DE JANEIRO
• Pe. Filipe H. de Araújo, SCJ
• Pe. Rosivaldo D. Vieira, MI
DIA 1º DE FEVEREIRO
• Pe. Manoel Evangelista da Silva
DIA 2 DE FEVEREIRO
• Diác. Lucas da Silva Souza
DIA 4 DE FEVEREIRO
• Pe. Frei Danilo G Almeida, OSA
ANIVERSARIANTES
Celebramos o quarto do Tempo 
Comum, e acompanhamos Jesus em 
sua vida pública anunciando o Reino 
de Deus. Nesse domingo, Jesus sobe ao 
monte para rezar e ensinar os discípulos. 
Ouviremos no Evangelho o conhecido 
“Sermão da Montanha”, iniciando com as 
bem-aventuranças. Em nossa vida somos 
chamados a ser bem-aventurados, ou seja, 
pautar a nossa vida pelos ensinamentos 
de Jesus e buscar a santidade. 
 Bem-aventurados somos nós, quando 
vamos com a nossa família à missa aos 
domingos, escutamos o que o Senhor tem 
a nos falar e comungamos do seu Corpo 
e Sangue. Ao ser batizados, já nos torna-
mos bem-aventurados, pois passamos a 
pertencer a Deus, somos lavados de toda 
a mancha do pecado, nos tornamos novas 
criaturas. Após o batismo, nos tornamos 
testemunhas de Jesus Cristo e somos cha-
mados a trilhar uma vida de santidade, ou 
seja, as bem-aventuranças. 
Após buscar seguir os preceitos do 
Senhor aqui na terra e trilhar um caminho 
de santidade, almejamos o prêmio das 
bem-aventuranças, que é a vida eterna. 
Edifiquemos o Reino de Deus aqui na 
terra, para vivê-lo de maneira definitiva 
no céu. Que possamos tornar as bem-
-aventuranças nosso “programa de 
vida” e pautar a nossa vida segundo 
o Evangelho de Cristo. Sejamos li-
vres para amar a Deus e ao próximo 
e nos tornemos ricos para Deus. 
A primeira leitura da missa 
desse domingo é da profecia de 
Sofonias (Sf 2,3; 3,12-13). O profeta 
diz para o povo buscar o Senhor, e 
praticar tudo aquilo que advém do 
Reino de Deus. Em primeiro lugar, 
aquele que busca a Deus deve ser 
humilde e pautar a vida na caridade, 
no amor e na justiça. Escolhendo 
trilhar o caminho da justiça, da 
caridade e da humildade, seremos 
merecedores do prêmio eterno no 
dia da vinda do Senhor. Coloque-
mos a esperança em Deus e na sua 
misericórdia que jamais falha. 
O salmo responsorial é o 145 
(146), que diz em seu refrão: “Fe-
lizes os pobres em espírito, porque 
deles é o reino dos céus”. Essa 
pobreza de espírito que o salmista diz, 
e que depois Jesus vai falar nas bem-
-aventuranças, não significa a pobreza 
econômica, mas significa que devemos 
ser livres para amar a Deus e amando 
a Deus seremos merecedores da vida 
eterna. Devemos nos desprender de tudo 
aquilo que nos impede de amar a Deus e 
ao próximo. 
A segunda leitura é da primeira carta 
de São Paulo aos Coríntios (1Cor 1, 26-31). 
A leitura segue o que estamos ouvindo 
há alguns domingos, desde o início do 
Tempo Comum. Paulo ensina à comuni-
dade sobre a humildade, e que todos nós 
devemos nos aceitar com as nossas capa-
cidades e inteligência, pois foi assim que 
fomos chamados por Deus. Não precisa 
ser muito sábio e inteligente para falar 
de Deus. O Senhor escolhe os fracos para 
confundir os fortes e, ainda, não escolhe 
capacitados, mas capacita os escolhidos. 
O Evangelho desse domingo é de Ma-
teus (Mt 5, 1,12a). Este Evangelho é sobre as 
bem-aventuranças, iniciando o conheci-
do “Sermão da Montanha”, e é o centro 
do Evangelho de Mateus. Jesus, vendo a 
multidão, subiu ao monte e sentou-se. 
O monte é sempre o lugar do encontro 
com o Senhor e de onde, desde o Antigo 
Testamento, Deus falava com os profetas. 
Jesus sente no coração que a multidão 
que ali estava precisava de um ensina-
mento, pois muitos estavam longe de 
Deus e trilhando um caminho de peca-
do. Podemos destacar a primeira bem-
-aventurança que diz: “Bem-aventurados 
os pobres em espírito, porque deles é o 
Reino dos Céus”. Jesus com essa bem-
-aventurança não se refere apenas a algo 
material, mas devemos ser livres para 
amar a Deus, ou seja, nenhum bem mate-
rial deve nos impedir de servir ao Senhor. 
Somos pobres em espírito toda vez 
que fazemos a vontade de Deus. Um 
exemplo de pobreza de espírito é a Virgem 
Maria, que não hesitou em dizer “sim” a 
Deus, se despojou de tudo para servi-Lo. 
Sejamos dóceis à ação do Espírito Santo 
e que possamos conformar a nossa vida 
com a vontade de Deus. 
As bem-aventuranças são o caminho 
que devemos seguir para almejar a vida 
eterna. Com certeza, os santos que nos 
precederam viveram as bem-aventu-
ranças, eles são testemunhas para nós, 
e assim como eles, devemos procurar 
colocar em prática as bem-aventuranças 
no nosso dia a dia. O Evangelho das bem-
-aventuranças também é proclamado no 
dia de todos os santos, para justamente 
nos indicar que o caminho para a santi-
dade inicia aqui.
Celebremos com alegria o 4º Domin-
go do Tempo Comum e que possamos 
colocar em prática as bem-aventuranças 
e estar disponíveis para amar e servir a 
Deus e ao próximo.
4º Domingo do Tempo Comum
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. (Mt 5,3)
4 EDITORIAL 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 | TESTEMUNHO DE FÉ
Bom Samaritano, uma das mais 
famosas parábolas de Jesus. Século 
XVI. Por Jacopo Bassano. Acervo da 
na National Gallery de Londres
São com essas palavras que o 
Santo Padre, o Papa Francisco, 
dá o tom de sua mensagem para 
o 31° Dia Mundial do Enfermo, 
celebrado anualmente no dia de 
Nossa Senhora de Lourdes, por 
disposição de São João Paulo II 
desde 1992. Tais palavras nos 
reportam à parábola do Bom 
Samaritano, agora associada 
ao caminho sinodal vivenciado 
pela Igreja neste ano: “Trata 
bem dele! A compaixão como 
exercício sinodal de cura”.
O Santo Padre nos recorda 
que a celebração do Dia Mun-
dial do Enfermo em meio ao 
atual percurso sinodal é uma 
oportunidade de avaliar se 
nossa caminhada é feita em 
conjunto ou “se se vai na mesma 
estrada, mas cada um por conta 
própria, cuidando dos próprios 
interesses e deixando que os 
outros se arranjem”, e ainda nos 
convida a “refletir sobre o fato 
de podermos aprender, preci-
samente através da experiênciada fragilidade e da doença a ca-
minhar juntos segundo o estilo 
de Deus, que é proximidade, 
compaixão e ternura”. 
Chama-nos a atenção na re-
ferida mensagem a sagacidade 
do Papa reinante no que diz res-
peito às realidades mais íntimas 
do coração humano. Trata-se 
realmente de um grande pastor 
especialista em Humanidade. 
Particularmente, penso que é 
de se destacar dois aspectos da 
mensagem: quando ele fala da 
fragilidade humana e quando 
afirma que ninguém está pre-
parado para a doença. 
O Papa nos convida a refletir 
sobre o fato de que a experiência 
da fragilidade e da doença pode 
nos ensinar a caminhar juntos 
“segundo o estilo de Deus, que 
é proximidade, compaixão e ter-
nura”. Neste momento da história 
humana em que o valor de cada 
pessoa é mensurado de acordo 
com sua capacidade produtiva, 
todo ser humano quer ser forte, 
seja em nível econômico, políti-
co, intelectual ou mesmo físico, 
pois força significa produtividade 
que, por sua vez, é “sinônimo” 
de reconhecimento e aceitação. 
Afinal de contas, pessoas fortes 
gozam de prestígio junto à so-
ciedade, são pessoas de sucesso. 
Contudo, é a experiência da 
fragilidade que nos faz reconhe-
cer nossa insuficiência e total 
dependência de Deus. 
Deus mesmo conhece nos-
sas fragilidades e elas não são 
capazes de nos excluir do amor 
de Deus. Muito pelo contrário! 
Assim como um pai ou uma mãe 
costuma dar mais atenção para 
o filho mais frágil, porque mais 
carente de cuidados, Deus tem 
um olhar especialmente solícito 
para com os seus filhos mais fra-
Trata bem dele cos. É o que o Romano Pontífice quer que compreendamos quan-do afirma que “Naturalmente 
as experiências do extravio, da 
doença e da fragilidade fazem 
parte do nosso caminho: não 
nos excluem do povo de Deus; 
pelo contrário, colocam-nos no 
centro da solicitude do Senhor, 
que é Pai e não quer perder pela 
estrada nem sequer um dos 
seus filhos. Trata-se, pois, de 
aprender com Ele a ser verdadei-
ramente uma comunidade que 
caminha em conjunto, capaz 
de não se deixar contagiar pela 
cultura do descarte”.
Neste sentido, a parábola do 
Bom Samaritano nos traz uma 
lição significativa. A pessoa 
fisicamente frágil foi abando-
nada na estrada depois de ser 
roubada e espancada por alguém 
que podemos supor fisicamente 
mais forte. E aqueles que eram 
moralmente fortes perante a 
sociedade (o sacerdote e o levi-
ta) foram covardes, insensíveis 
e omissos, não aproveitando a 
oportunidade de serem frater-
nos para com aquela vítima. E 
isto lamentavelmente se repete 
hoje em muitas situações. Assim 
diz Francisco: “Com efeito, há 
uma profunda conexão entre 
esta parábola de Jesus e as múl-
tiplas formas em que é negada 
hoje a fraternidade. De modo 
particular, no fato de a pessoa 
espancada e roubada acabar 
abandonada na estrada, pode-
mos ver representada a condição 
em que são deixados tantos ir-
mãos e irmãs nossos na hora em 
que mais precisam de ajuda”. E a 
grande virada, ou superação de 
uma situação de injustiça, se dá 
a partir de um movimento inte-
rior de compaixão e caridade. E 
esta disposição vem exatamente 
de um samaritano, alguém 
considerado moralmente fraco 
e desprezível, por isso sempre 
objeto de discriminação. Na-
quele momento, o samaritano 
se fez solidário, porque a fragi-
lidade humana é o que todo ser 
humano tem de mais comum. 
O seu reconhecimento coloca 
a todos no mesmo nível e nos 
torna mais solidários uns para 
com os outros, sobretudo para 
com aqueles que são ainda mais 
frágeis que nós.
“Nunca estamos prepara-
dos para a doença; e muitas 
vezes nem sequer para admitir 
a idade avançada”, é o que ainda 
afirma o Santo Padre. De fato, 
esta nossa “geração saúde”, que 
busca a todo instante uma vida 
saudável através de hábitos ali-
mentares e práticas esportivas 
que proporcionem melhor qua-
lidade de vida corporal, não está 
preparada para a doença, para a 
decadência do vigor corpóreo, 
“tememos a vulnerabilidade, e 
a invasiva cultura do mercado 
impele-nos a negá-la”, vivemos 
em um tempo em que “não há 
espaço para a fragilidade”. Quan-
do a doença e a dor sobrevêm 
a nós, com elas vêm também a 
frustração, por vezes o abando-
no por parte dos outros, “ou nos 
pareça que devemos abandoná-
-los a fim de não nos sentirem 
um peso para eles”. O momento 
da doença é dramático para todo 
ser humano porque nos hu-
milha, oprime e nos coloca em 
condições que independem de 
nossa força, seja ela de que nível 
for. A força financeira não salva, 
a intelectual não cura, a física já 
foi comprometida. É o momento 
em que toda vaidade, orgulho 
e prepotência cedem espaço à 
fragilidade. Penso que a doença 
seja a forma mais humilhante de 
pobreza em toda plenitude de 
seu significado. É o momento 
em que até a fé, ou sobretudo 
ela, é posta à prova: “Começa 
assim a solidão, e envenena-
-nos a sensação amarga duma 
injustiça, devido à qual até o Céu 
parece fechar-se-nos”. Conforme 
ainda afirma o Papa, “sentimos 
dificuldade de permanecer em 
paz com Deus, quando se arruí-
na a relação com os outros e com 
nós mesmos”.
Ora, todos nós somos frágeis 
e vulneráveis. E a pandemia 
da Covid-19 nos provou isto 
colocando a Humanidade de 
joelhos. Ela nos provocou maior 
gratidão para com os cientistas 
e profissionais de saúde, assim 
como também nos tornou mais 
caridosos e solidários para com 
os que mais sofrem. Porém, o 
retorno à normalidade não pode 
nos provocar uma diminuição 
destes sentimentos ou valores 
tão admiráveis entre as pessoas. 
Neste sentido, a devoção a 
Nossa Senhora de Lourdes, com 
suas 18 aparições e seu piedo-
síssimo santuário nos Pirineus 
franceses, “aparece ao nosso 
olhar como uma profecia, uma 
lição confiada à Igreja no coração 
da modernidade. Não tem valor 
só o que funciona, nem conta 
só quem produz. As pessoas 
doentes estão no âmago do povo 
de Deus, que avança juntamente 
com eles como profecia duma 
Humanidade onde cada qual é 
precioso e ninguém deve ser des-
cartado”, conforme as próprias 
palavras do Papa 
Francisco.
PADRE VALTEMARIO 
S. FRAZÃO JR.
ARQUIDIOCESE TESTEMUNHO DE FÉ | 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 5
A Arquidiocese do Rio de 
Janeiro está em festa com a or-
denação de 14 novos diáconos 
permanentes, durante missa 
realizada na Catedral de São 
Sebastião, no Centro, presidida 
pelo arcebispo metropolitano, 
Cardeal Orani João Tempesta, 
no dia 21 de janeiro. 
“Neste mês intenso de ja-
neiro, em que realizamos a 
Trezena de São Sebastião e 
comemoramos solenemente a 
festa do nosso padroeiro, que 
marca a vida e a caminhada 
da arquidiocese e também da 
cidade São Sebastião do Rio de 
Janeiro, temos a oportunidade 
de ordenar 14 novos diáconos 
permanentes”, disse o arcebispo 
no início da celebração.
Os novos diáconos, forma-
dos pela Escola Diaconal Santo 
Efrém, que no próximo dia 12 
de fevereiro completa 20 anos 
de criação, são: Carlos Alberto 
dos Santos Monteiro, Eduardo 
da Costa Ramos, Elias Ferreira 
da Silva, Elias Pereira dos Santos, 
Eraldo Santana Moreira, Gilson 
Bruno Gentil, Jorge Luiz de 
Faria, José Carlos Sampaio Fer-
nandes, Marcos Moizes da Silva, 
Nirmo Antônio Araújo Filho, 
Renato Claudio de Souza Mo-
êdo, Ricardo Antônio Ximenes 
Araújo, Ricardo Lima Miranda e 
Sergio Gonçalves Alencar.
“Podemos afirmar que es-
ses homens foram escolhidos 
por Deus. Além do trabalho 
que já exercem no âmbito pro-
fissional, a responsabilidade 
com a família e de tudo o que 
representam e significam para 
a sociedade, eles assumem 
também o chamado do Senhor 
para servir a Igreja como diáco-
nos. Já serviam como ministros, 
catequistas, professores e, em 
tantas outras realidades, mas, 
a partir agora, passam a servi-la 
como diáconos permanentes”, 
disse o arcebispo na homilia.
“É um dom de Deus para a 
Igreja ver esses sinais todos se 
multiplicando na comunidade. 
Estamos justamente no Ano 
Vocacional Missionário e, claro, 
a multiplicação de ministérios 
é muito importante para que a 
evangelização chegue em todos os 
cantos também atravésdos diáco-
nos permanentes”, acrescentou. 
A missa contou com a pre-
sença de familiares, amigos e 
fiéis das paróquias de origem e 
de caminhadas dos diáconos, e 
foi concelebrada por dezenas de 
bispos e sacerdotes. 
Estavam os bispos auxiliares 
Dom Paulo Celso Dias do Nas-
cimento, Dom Tiago Stanislaw, 
Dom Juarez Delorto Secco, 
Dom Roque Costa Souza e Dom 
Célio da Silveira Calixto Filho, e 
os eméritos, Dom Assis Lopes e 
Dom Karl Josef Romer. Ainda os 
bispos eméritos de Iguatu (CE), 
Dom Edson de Castro Homem, 
e de Guanhães (MG), Dom Jere-
mias Antônio de Jesus.
Na ref lexão da primeira 
leitura da missa, dos Atos dos 
Apóstolos, Dom Orani lembrou 
que quando começou a aumen-
tar o trabalho dos apóstolos, foi 
necessário instituir os diáconos, 
homens de bem para servir às 
mesas. 
“Hoje, nossos irmãos es-
tão sendo ordenados para a 
liturgia, a palavra e a caridade, 
e assim colaborar na grande 
missão da Igreja. Os diáconos 
permanentes realizam vários 
trabalhos e ministérios em nos-
sa arquidiocese, mas ainda são 
poucos. Temos muito trabalho 
e precisamos de mais diáconos. 
Rezemos pelas vocações diaco-
nais para que a Igreja possa ser 
mais presente na sociedade, por 
toda a arquidiocese”.
“Somos chamados a ben-
dizer a Deus pelas vocações, 
pelo chamado, rezar pelos que 
estão sendo ordenados. Que 
eles vivam no Senhor e levem 
adiante, nas suas comunidades, 
nos seus trabalhos, nas suas 
realidades, o Evangelho e o 
testemunho. Peçamos ainda ao 
Senhor que dinamize, cada vez 
mais, nossa caminhada eclesial 
e arquidiocesana, de maneira 
especial para que com renovado 
ardor missionário nós vivamos 
aquilo que já é permanente, a 
nossa missão”, disse o arcebispo. 
Ainda na homilia, Dom 
Orani evidenciou que a ordena-
ção de novos diáconos é dom e 
graça que o Senhor proporciona 
para que a Igreja esteja presente 
na grande cidade através do diá-
logo com a sociedade e a cultu-
ra, e na missão evangelizadora. 
“Os diáconos permanentes 
têm a facilidade de estarem 
junto com os bispos e padres, 
participando das preocupações 
da arquidiocese, como também 
serem presentes no mundo, no 
trabalho, na escola, na comu-
nidade, na sociedade, enfim, 
em tantas outras situações que 
existem e fazem parte dessa 
preocupação da Igreja em ser 
presença em todos os cantos”, 
disse. 
“Pedimos ao Senhor que se 
multipliquem esses e outros ca-
rismas e ministérios para que a 
missão da Igreja possa continu-
ar, cada vez mais, em renovado 
ardor, além de chegar no âmbito 
geográfico e sociológico a todas 
as pessoas que habitam essa ci-
dade de São Sebastião do Rio de 
Janeiro. Diante de tantas crises, 
violências e problemas, que os 
nossos diáconos continuem 
a colaborar em tantas frentes 
de missão e evangelização, e 
que essa cidade, cada vez mais, 
transpareça o rosto de Jesus 
Cristo”, concluiu o arcebispo.
CARLOS MOIOLI
Cardeal Tempesta ordena 14 diáconos permanentes
‘Com renovado ardor vivamos o que já é permanente, a nossa missão’ 
Cardeal Tempesta e os novos diáconos permanentes ordenados no dia 21 de janeiro
GUSTAVO DE OLIVEIRA
6 ARQUIDIOCESE 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 | TESTEMUNHO DE FÉ
O diaconato, como minis-
tério permanente, foi restabe-
lecido na Arquidiocese de São 
Sebastião do Rio de Janeiro sob 
o pastoreio de Dom Eugenio de 
Araujo Sales (Ata de Reunião 
dos Diáconos Permanente, 
Livro 1 - ARDP 1, f. 41). A pri-
meira turma começou em 1984 
e ordenou nove diáconos em 6 
de junho de 1987 (ARDP 1, ff. 
1-19. 23). Homens maduros, 
profissionais, pais de família 
e empolgados com a possibi-
lidade de servirem a Deus de 
um modo, até então, inusita-
do. A primeira pergunta que 
os responsáveis pela formação 
se fizeram foi: como preparar 
(formar) um diácono?
Os primeiros a se verem 
envolvidos com esta tarefa 
foram monsenhor Narbal da 
Costa Stencel (diretor da Co-
missão Arquidiocesana para 
o Diaconato Permanente de 
1984 até 1988, até ser ordenado 
bispo e tornar-se responsável 
pela animação dos diáconos 
permanentes até o ano 2000), 
padre Bruno de Souza Gayão, 
padre Edson de Castro Homem, 
(que após ordenação episcopal 
também será bispo animador 
dos diáconos de 2005 até 2015), 
padre José Mazine Rodrigues e 
monsenhor Gilson José Macedo 
da Silveira. 
A exigência de uma boa for-
mação era cobrada por Dom Eu-
genio. Inicialmente, exigia-se 
três anos do Curso Mater Eccle-
siae, mais formação específica 
ao diaconato que ocorria em 
um dia da semana à noite e/ou 
nas manhãs de sábado. O pri-
meiro esboço dessa formação 
direcionada vemos na reunião 
de 16 de julho de 1985. Padre 
Edson propôs um curso sobre 
teologia do diaconato, o estudo 
da diaconia de Cristo e da Igreja; 
matéria sobre os ministérios 
eclesiais, a natureza do diaco-
nato, e o conceito de hierarquia; 
propunha-se, ainda, uma aná-
lise da relação entre sacerdócio 
e ministério e da relação entre 
o diácono, o presbítero e o 
bispo; a sacramentalidade do 
diaconato e sua relação com os 
leigos; por fim, um esboço sobre 
a tríplice diaconia e o perfil do 
diácono (ARDP 1, ff. 22-22v, 31, 
80 e 82.). 
Na busca de uma melhor 
formação, críticas foram feitas. 
O diácono Roberto Luiz Fer-
nandes Lima, em reunião de 14 
de setembro de 2000, afirmou 
que o Curso Mater Ecclesiae 
era insuficiente na formação de 
diáconos (ARDP 1, ff. 29-29v). 
Padre Pedro Paulo concordou 
com a colocação do diácono Ro-
berto Luiz. Falou-se da necessi-
dade da filosofia e do ensino da 
Língua Portuguesa na revisão 
curricular. Contudo, será a cria-
ção da Escola Diaconal Santo 
Efrém o salto de qualidade na 
formação do diacônio carioca.
A CRIAÇÃO DA ESCOLA 
DIACONAL SANTO EFREM
Aos 12 dias do mês de feve-
reiro de 2003, sob o pastoreio 
de Dom Eusébio Oscar Scheid, 
foi criada a Escola Diaconal 
Santo Efrém. O decreto episco-
pal traz as razões que motiva-
ram a instituição da escola: (1) 
as novas orientações formativas 
das Normas Fundamentais 
para a Formação dos Diáconos 
Permanentes e do Diretório 
do Ministério e da Vida dos 
Diáconos Permanentes; (2) o 
dever de pastor e pai de prover, 
cuidar e estimular a formação 
ao diaconato permanente; (3) 
a necessidade de acompanhar 
o itinerário da formação, dando 
aos aspirantes e candidatos o 
conhecimento espiritual, pas-
toral e teológico para o exercício 
do ministério diaconal.
Neste sentido, a Escola Dia-
conal Santo Efrém é um marco 
na história do diacônio carioca. 
É, pois, o resultado do esforço 
conjunto dos bispos animado-
res do diaconato permanente, 
da Comissão para os Diáconos 
da Arquidiocese, dos respon-
sáveis pela formação e, certa-
mente, de Dom Eusébio Oscar 
Scheid. Coube ao padre Pedro 
Nunes de Almeida, como dire-
tor, auxiliado pelo 
diácono Juranir R. 
Machado, a tarefa 
de organização es-
trutural da escola: 
disciplinas, cor-
po docente, fun-
cionalidade etc. 
(ACDP 2, f. 34v). 
Em 25 de maio de 
2002, sugeriu-se 
dois nomes para 
a instituição: Edi-
th Stein e Santo 
Efrém, que foram 
encaminhados a 
Dom Eusébio para 
que escolhesse. 
Ganhou aquele a 
que chamam de 
“Arpa do Espírito 
Santo”, sinal pro-
fético dos novos 
tempos que so-
pravam na arqui-
diocese. 
Em fevere i -
ro de 2003, teve 
início o ano letivo da Escola 
Diaconal Santo Efrém. Mas, 
Dom Eusébio queria mais in-
vestimento no capital cultural e 
simbólico do diaconato. Assim, 
em 27 de dezembro daque-
le ano, inaugurou uma sede 
própria nas dependências da 
Igreja São Joaquim, no Estácio. 
O diácono Alonso Sena Frazão, 
recém-eleito presidente dos 
Diáconos Permanentes, cui-
dou do contrato de comodato. 
Mais tarde, o arcebispo pro-
moveu, com recursos próprios, 
uma reforma no prédio, sob a 
responsabilidade do diácono 
Miguel Elias. A reinauguração 
ocorreu em julho de 2007, onde 
passou a sediar a Escola Diaco-
nal Santo Efrém, com aulas aos 
sábados. Durante o governo de 
Dom Orani João Tempesta, a 
Escola Diaconal Santo Efrém 
foi transferida para o Seminário 
Arquidiocesano de São José, no 
Rio Comprido, onde permanece 
até os dias dehoje.
A opção por um centro está-
vel de formação, com profissio-
nais especialmente destinados a 
este trabalho, foi fundamental 
para o desenvolvimento e apri-
A formação do diacônio carioca:
20 anos de criação da Escola Diaconal Santo Efrém
Restabelecimento arquidiocesano do diaconato permanente
Diáconos da Turma Nossa Senhora Aparecida
FOTOS: DIVULGAÇÃO
ARQUIDIOCESE TESTEMUNHO DE FÉ | 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 7
moramento dos candidatos 
ao ministério diaconal. Ob-
servando as dioceses do Brasil 
que restauraram o diaconato 
como ministério permanente, 
podemos concluir que as que 
mais ordenaram diáconos são 
aquelas que desenvolveram um 
programa de formação próprio 
e estável, materializado em uma 
escola diaconal. Nesse cenário, 
destaca-se a Arquidiocese do 
Rio de Janeiro, com 258 diá-
conos em pleno exercício mi-
nisterial, atualmente o maior 
diacônio do Brasil. 
Atualmente, os candidatos 
ao diaconato na Escola Santo 
Efrém apresentam bom nível 
de formação com preparação 
específica ao ministério em 
quatro anos de formação e um 
ano preparatório, o propedêu-
tico. Um perfil do candidato 
mostra quão enriquecedor é o 
diácono para a vida da Igreja. 
Em pesquisa realizada em 
2017, constatou-se com relação 
à formação primeira dos aspi-
rantes ao ministério que 67% 
possuem nível superior, com 
19% destes com pós-graduação 
lato sensu e 9% com cursos de 
mestrado, doutorado e pós-
-doutorado. As áreas de forma-
ção são variadas. Há advoga-
dos, economistas, contadores, 
professores, pesquisadores, 
médicos, também, militares, 
enfermeiros, farmacêuticos, 
empresários etc. A faixa etária 
predominante é de 36 a 45 anos 
(44,2%). Se considerarmos 
a faixa etária até os 55 anos, 
alcançaremos a cifra de 72,1% 
dos candidatos. 
A FORMAÇÃO AO MINISTÉRIO 
DIACONAL EM FASES 
POSSÍVEIS
A história da formação do 
ministério diaconal no Rio de 
Janeiro pode ser concebida 
em três fases distintas e, a 
um só tempo, engranzadas. 
A primeira corresponde ao 
governo de Dom Eugenio de 
Araujo Sales. Trata-se de um 
período de organização da 
formação, de fomento das 
diversas práticas pedagógicas, 
de incremento da concepção 
acerca do que é o diaconato, 
de maturação sobre sua fun-
cionalidade, de identificação 
de um perfil vocacional e de 
preparação das comunidades 
e do presbitério para acolher 
os novos ministros ordenados. 
Foi uma fase de experimen-
tos e de superações, com um 
crescimento moderado do 
diacônio (38 ordenações de 
1987-2000), que deu lugar a 
um processo formativo mais 
ousado e empreendedor que 
marcará o momento seguinte. 
A segunda fase formativa se 
caracteriza pelo aumento das 
vocações e pela consolidação 
e estabilidade do ministério 
diaconal na arquidiocese. Este 
momento se enleia ao governo 
de Dom Eusébio Oscar Scheid, 
que muito trabalhou para apa-
relhar o diaconato carioca. 
Instituiu uma sede própria, que 
mais tarde deixou de existir, 
Diáconos da Turma São João Damasceno
Diáconos da Turma São José
mas, principalmente, criou a 
Escola Diaconal Santo Efrém. 
Há, pois, um acelerado cresci-
mento numérico dos diáconos 
(73 ordenações de 2001-2008), 
fruto de uma formação sistemá-
tica, em formato institucional, 
com método pedagógico crítico 
e com investimento financeiro e 
humano especializado. A esco-
lha de um centro de preparação 
para os futuros diáconos foi 
imprescindível para seu pleno 
desenvolvimento, com aprimo-
ramento intelectual e prático 
daqueles ministros.
A fase atual, consoante ao 
governo de Dom Orani João 
Tempesta (212 ordenações de 
2009-2023), caracteriza-se 
por um maior conhecimento 
nas comunidades do diaconato 
permanente, consequente-
mente, por uma maior procura 
pelo ministério e, também, por 
uma significativa exigência de 
capacitação dos candidatos na 
arquidiocese. Trata-se de uma 
fase onde os diáconos são co-
nhecidos, seus trabalhos reco-
nhecidos e seus estilos de vida, 
desejados. O perfil dos candi-
datos também mudou quanto 
à faixa etária. Enquanto os pri-
meiros diáconos possuíam mais 
de 50 anos, em média. Hoje, a 
faixa etária predominante oscila 
entre os 35 e 50 anos. Quanto 
à formação, aumentou-se em 
um ano o tempo de preparação 
e cresceu o nível de exigência 
formativa. 
CELEBRAMOS 20 ANOS... 
PARA MUITOS MAIS
Ao celebrarmos 20 anos de 
sua criação, afirmamos ser a 
Escola Diaconal Santo Efrém 
uma instituição fundamental 
não apenas para a consolidação 
e a estilização formativa do 
ministério diaconal, mas estra-
tégia essencial para a própria 
construção do capital cultural 
e simbólico do diacônio carioca 
em sua identidade própria e 
percepção ministerial na arqui-
diocese. Trata-se, pois, de lugar 
de cultivo da vocação, sinal pri-
vilegiado da arte do cuidado de 
uma Igreja ministerial, que en-
tende a hierarquia como serviço 
e que, servidora e dialogal, tem 
no diácono o sinal privilegiado 
do Cristo Servo no mundo.
DIÁCONO LUCIANO 
ROCHA
DOUTOR EM 
HISTÓRIA (UERJ) E 
PÓS-DOUTORADO 
EM TEOLOGIA (PUC-
RIO)
FONTE: LUCIANO 
ROCHA. MINISTÉRIO 
DIACONAL: HISTÓRIA E TEOLOGIA. SÃO 
PAULO: PAULUS, 2020. (ADAPTADO PELO 
AUTOR).
FOTOS: DIVULGAÇÃO
8 PAPA FRANCISCO 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 202329 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 
Foi divulgada, no dia 24 de 
janeiro, a mensagem do Papa 
Francisco para o 57° Dia Mundial 
das Comunicações Sociais, que 
será celebrado em 21 de maio 
próximo com o tema: “Falar com o 
coração. Testemunhando a verda-
de no amor”.
O Pontífice inicia o texto, recor-
dando que, nos anos precedentes, 
foi refletido sobre os verbos “ir, ver 
e escutar como condição necessá-
ria para uma boa comunicação”. 
Este ano, o Papa se detém sobre 
o “falar com o coração”.
“Foi o coração que nos mo-
veu para ir, ver e escutar, e é o 
coração que nos move para uma 
comunicação aberta e acolhedora”, 
ressalta Francisco, recordando 
que “não devemos ter medo de 
proclamar a verdade, por vezes 
incômoda, mas de o fazer sem 
amor, sem coração. Só ouvindo 
e falando com o coração puro é 
que podemos ver para além das 
aparências, superando o rumor 
confuso que, mesmo no campo da 
informação, não nos ajuda a fazer 
o discernimento na complexidade 
do mundo em que vivemos. O 
apelo para se falar com o coração 
interpela radicalmente este nosso 
tempo, tão propenso à indiferença 
e à indignação, baseada por vezes 
até na desinformação que falsifica 
e instrumentaliza a verdade. Com 
efeito, «o programa do cristão – 
como escreveu Bento XVI – é “um 
coração que vê”». Trata-se de um 
coração que revela, com o seu 
palpitar, o nosso verdadeiro ser e, 
por essa razão, deve ser ouvido. 
Isto leva o ouvinte a sintonizar-se 
no mesmo comprimento de onda, 
chegando ao ponto de sentir no 
próprio coração também o pulsar 
do outro. Então pode ter lugar o 
milagre do encontro, que nos faz 
olhar uns para os outros com com-
paixão, acolhendo as fragilidades 
recíprocas com respeito, em vez de 
julgar a partir dos boatos, seme-
ando discórdia e divisões”.
JESUS FALA COM O CORAÇÃO 
AOS DISCÍPULOS DE EMAÚS
O Papa explica que “comuni-
car cordialmente quer dizer que 
a pessoa que nos lê ou escuta 
é levada a deduzir a nossa par-
ticipação nas alegrias e receios, 
nas esperanças e sofrimentos 
das mulheres e homens do nosso 
tempo. Quem assim fala, ama o 
outro, pois preocupa-se com ele e 
salvaguarda a sua liberdade, sem 
a violar. Podemos ver este estilo 
no misterioso Viandante que dia-
loga com os discípulos a caminho 
de Emaús depois da tragédia que 
se consumou no Gólgota. A eles, 
Jesus ressuscitado fala com o 
coração, acompanhando com res-
peito o caminho da sua amargura, 
propondo-Se e não Se impondo, 
abrindo-lhes amorosamente a 
mente à compreensão do sentido 
mais profundo do sucedido. De 
fato, eles podem exclamar com 
alegria que o coração lhes ardia 
no peito enquanto Ele conversava 
pelo caminho e lhes explicava as 
Escrituras”. A seguir, Papa Fran-
cisco recorda que:
Num período da história mar-
cado por polarizações e oposições 
– de que, infelizmente,nem a co-
munidade eclesial está imune – o 
empenho em prol duma comunica-
ção «de coração e braços abertos» 
não diz respeito exclusivamente 
aos agentes da informação, mas 
é responsabilidade de cada um. 
Todos somos chamados a procurar 
a verdade e a dizê-la, fazendo-o 
com amor.
FRANCISCO DE SALES, 
EXEMPLO LUMINOSO DO 
FALAR COM O CORAÇÃO
“Um dos exemplos mais lumi-
nosos e, ainda hoje, fascinantes 
deste «falar com o coração» temo-
-lo em São Francisco de Sales, 
Doutor da Igreja, a quem dediquei 
recentemente a Carta Apostólica 
Totum amoris est, nos 400 anos 
da sua morte”, ressalta o Papa. “A 
par deste aniversário importante e 
relacionado com a mesma circuns-
tância”, recorda ele, “apraz-me re-
cordar outro que se celebra neste 
ano de 2023: o centenário da sua 
proclamação como padroeiro dos 
jornalistas católicos, feita por Pio 
XI com a Encíclica Rerum omnium 
perturbationem. Mente brilhan-
te, escritor fecundo, teólogo de 
grande profundidade, Francisco de 
Sales foi bispo de Genebra no início 
do século XVII, em anos difíceis 
marcados por animadas disputas 
com os calvinistas. A sua mansi-
dão, humanidade e predisposição 
a dialogar pacientemente com 
todos, e de modo especial com 
quem se lhe opunha, fizeram dele 
uma extraordinária testemunha 
do amor misericordioso de Deus”.
“O santo bispo de Genebra nos 
recorda, através dos seus escritos 
e do próprio testemunho de vida, 
que «somos aquilo que comuni-
camos»: uma lição contracorrente 
hoje, num tempo em que, como 
Comunicar com o coração para 
promover uma cultura de paz
Coletiva de imprensa do Papa Francisco em avião durante viagem apostólica
Mensagem do Papa Francisco para o 57° Dia Mundial das Comunicações Sociais
experimentamos particularmente 
nas redes sociais, a comunicação 
é muitas vezes instrumentalizada 
para que o mundo nos veja, não 
por aquilo que somos, mas como 
desejaríamos ser. Possam os 
agentes da comunicação sentir-
-se inspirados por este santo da 
ternura, procurando e narrando a 
verdade com coragem e liberda-
de, mas rejeitando a tentação de 
usar expressões sensacionalistas 
e agressivas”, sublinha ainda o 
Pontífice.
O SONHO DO PAPA
“Como já tive oportunidade de 
salientar, ‘também na Igreja há 
grande necessidade de escutar e 
de nos escutarmos. É o dom mais 
precioso e profícuo que podemos 
oferecer uns aos outros’. Duma 
escuta sem preconceitos, atenta e 
disponível, nasce um falar segundo 
o estilo de Deus, que se sustenta 
de proximidade, compaixão e ter-
nura. Na Igreja, temos urgente ne-
cessidade duma comunicação que 
inflame os corações, seja bálsamo 
nas feridas e ilumine o caminho 
dos irmãos e irmãs.”
Sonho uma comunicação ecle-
sial que saiba deixar-se guiar pelo 
Espírito Santo, gentil e ao mesmo 
tempo profética, capaz de encon-
trar novas formas e modalidades 
para o anúncio maravilhoso que é 
chamada a proclamar no terceiro 
milênio.
DESARMAR OS ÂNIMOS 
PROMOVENDO UMA 
LINGUAGEM DE PAZ
A seguir, o Papa lembra que 
“hoje é necessário falar com o co-
ração para promover uma cultura 
de paz, onde há guerra; para abrir 
sendas que permitam o diálogo e 
a reconciliação, onde campeiam o 
ódio e a inimizade. No dramático 
contexto de conflito global que 
estamos a viver, urge assegurar 
uma comunicação não hostil. É 
necessário vencer «o hábito de 
denegrir rapidamente o adversário, 
aplicando-lhe atributos humilhan-
tes, em vez de se enfrentarem num 
diálogo aberto e respeitoso».” 
Segundo o Papa Francisco, 
“precisamos de comunicadores 
prontos a dialogar, ocupados na 
promoção dum desarmamento 
integral e empenhados em des-
mantelar a psicose bélica que se 
aninha nos nossos corações, como 
exortava profeticamente São João 
XXIII na Encíclica Pacem in terris: 
«a verdadeira paz entre os povos 
não se baseia em tal equilíbrio [de 
armamentos], mas sim e exclusi-
vamente na confiança mútua»”.
“Uma confiança que precisa 
de comunicadores não postos à 
defesa, mas ousados e criativos, 
prontos a arriscar na procura dum 
terreno comum onde encontrar-
-se. Também agora, como há 60 
anos, a humanidade vive uma hora 
escura temendo uma escalada 
bélica, que deve ser travada o mais 
depressa possível, inclusivamen-
te em termos de comunicação. 
Fica-se apavorado ao ouvir com 
quanta facilidade se pronunciam 
palavras que invocam a destruição 
de povos e territórios; palavras que, 
infelizmente, se convertem muitas 
vezes em ações bélicas de celerada 
violência. Por isso mesmo há que 
rejeitar toda a retórica belicista, 
assim como toda a forma de pro-
paganda que manipula a verdade, 
deturpando-a com finalidades 
ideológicas. Em vez disso seja 
promovida, a todos os níveis, uma 
comunicação que ajude a criar as 
condições para se resolverem as 
controvérsias entre os povos.”
“Como cristãos, sabemos que 
é precisamente na conversão do 
coração que se decide o destino da 
paz, pois o vírus da guerra provém 
do íntimo do coração humano. 
Do coração brotam as palavras 
certas para dissipar as sombras 
dum mundo fechado e dividido e 
construir uma civilização melhor 
do que aquela que recebemos. É 
um esforço que é exigido a todos 
e cada um de nós, mas faz apelo 
de modo particular ao sentido de 
responsabilidade dos agentes da 
comunicação a fim de realizarem 
a própria profissão como uma 
missão”, conclui o Papa.
VATICAN NEWS
VATICAN NEWS
PAPA FRANCISCO TESTEMUNHO DE FÉ | 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 9
No dia 25 de janeiro, foi publicada 
a Mensagem do Papa Francisco para o 
97° Dia Mundial das Missões que será 
celebrado em 22 de outubro. 
O Papa inicia recordando o tema 
deste ano que se inspira na história 
dos discípulos de Emaús, narrada por 
Lucas no seu Evangelho (cf. 24, 13-35): 
“Corações ardentes, pés ao caminho”. 
Francisco observa que “os dois discípulos 
estavam confusos e desiludidos, mas o 
encontro com Cristo na Palavra e no Pão 
partido acendeu neles o entusiasmo para 
pôr os pés ao caminho rumo a Jerusalém 
e anunciar que o Senhor tinha verdadei-
ramente ressuscitado”. 
Em seguida, fala sobre a transfor-
mação dos discípulos narrada pelo 
Evangelho, a partir de algumas imagens 
sugestivas: “corações ardentes pelas 
Escrituras explicadas por Jesus, olhos 
abertos para O reconhecer e, como ponto 
culminante, pés ao caminho. Afirmando 
em seguida que meditando sobre estes 
três aspectos, que traçam o itinerário 
dos discípulos missionários, “podemos 
renovar o nosso zelo pela evangelização 
no mundo de hoje”.
CORAÇÕES ARDENTES PELAS 
ESCRITURAS
O primeiro aspecto: Corações arden-
tes, “quando nos explicava as Escrituras”. 
A Palavra de Deus ilumina e transforma 
o coração na missão, recorda que assim 
“como no início da vocação dos discí-
pulos, também agora, no momento da 
frustração, o Senhor toma a iniciativa 
de Se aproximar dos seus discípulos e 
caminhar ao lado deles. Na sua grande 
misericórdia, Ele nunca Se cansa de estar 
conosco, apesar dos nossos defeitos, dú-
vidas, fraquezas e não obstante a tristeza 
e o pessimismo nos reduzam a “homens 
sem inteligência e lentos de espírito”, 
pessoas de pouca fé. Hoje como então, 
o Senhor ressuscitado está próximo dos 
seus discípulos missionários e caminha 
ao lado deles, sobretudo quando se sen-
tem frustrados, desanimados”. 
Dirigindo-se aos missionários afirma: 
“Em Cristo, expresso a minha proximida-
de a todos os missionários e missionárias 
do mundo, especialmente àqueles que 
atravessam um momento difícil: caríssi-
mos, o Senhor ressuscitado está sempre 
convosco e vê a vossa generosidade e 
os vossos sacrifícios em prol da missão 
evangelizadora em lugares distantes. 
Nem todos os dias da vida são cheios 
de sol, mas lembremo-nos sempre das 
palavras do Senhor Jesus aos seus ami-
gos, antes da Paixão: “No mundo, tereis 
tribulações; mas tende confiança: Eu já 
venci o mundo!” “Portanto”, acrescenta, 
‘O anúncio deve ser dado sem 
exclusões e com alegria’
Mensagem do Papa Francisco para o 97° Dia Mundial das Missões
“deixemo-nos sempre acompanhar pelo 
Senhor ressuscitado que nos explicao 
sentido das Escrituras. Deixemos que Ele 
faça arder o nosso coração, nos ilumine 
e transforme, para podermos anunciar 
ao mundo o seu mistério de salvação 
com a força e a sabedoria que vêm do 
seu Espírito.
OLHOS QUE “SE ABRIRAM E O 
RECONHECERAM”
O segundo aspecto: Olhos que “se 
abriram e O reconheceram” ao partir o 
pão. Jesus na Eucaristia é ápice e fonte da 
missão, é “o elemento decisivo que abre 
os olhos dos discípulos”, continua Fran-
cisco, “é a sequência de ações efetuadas 
por Jesus: tomou o pão, pronunciou a 
bênção, partiu-o e deu-lhe. São gestos 
comuns de qualquer chefe de família ju-
dia, mas, realizados por Jesus Cristo com 
a graça do Espírito Santo, renovam para 
os dois comensais o sinal da multiplica-
ção dos pães e, sobretudo, da Eucaristia, 
o Sacramento do Sacrifício da cruz”. 
Porém, continua, precisamente no 
momento em que reconhecem Jesus 
naqu’Ele-que-parte-o-pão, “Ele desa-
pareceu da sua presença”. “Este fato”, 
explica, “faz compreender uma realidade 
essencial da nossa fé: Cristo que parte 
o pão torna-Se agora o Pão partido, 
partilhado com os discípulos e, depois, 
consumido por eles. Tornou-Se invisível, 
porque agora entrou dentro do coração 
dos discípulos para fazê-los arder ainda 
mais, impelindo-os a retomar sem de-
mora o seu caminho para comunicar a 
todos a experiência única do encontro 
com o Ressuscitado! 
Assim, Cristo ressuscitado é aqu’Ele-
-que-parte-o-pão e, simultaneamente, 
o Pão-partido-para-nós. E, por con-
seguinte, cada discípulo missionário 
é chamado a tornar-se, como Jesus e 
n’Ele, graças à ação do Espírito Santo, 
aquele-que-parte-o-pão e aquele-que-é-
-pão-partido para o mundo”. Concluindo 
este aspecto recorda aos missionários: “A 
propósito, é preciso ter presente que, se 
o simples repartir o pão material com os 
famintos em nome de Cristo já é um ato 
cristão missionário, quanto mais o será o 
repartir o Pão eucarístico, que é o próprio 
Cristo? Trata-se da ação missionária por 
excelência, porque a Eucaristia é fonte e 
ápice da vida e missão da Igreja”.
Pés ao caminho, com a alegria de 
proclamar Cristo Ressuscitado
Quanto ao terceiro aspecto destacado 
na mensagem aos missionários: pés ao 
caminho, com a alegria de proclamar 
Cristo Ressuscitado. A eterna juventude 
de uma Igreja sempre em saída, Francis-
co recorda: “Depois de abrir os olhos ao 
reconhecerem Jesus na fração do pão, os 
discípulos partiram sem demora e volta-
ram para Jerusalém. Este sair apressado 
para partilhar com os outros a alegria do 
encontro com o Senhor, mostra que ‘a 
alegria do Evangelho enche o coração e 
a vida inteira daqueles que se encontram 
com Jesus. Quantos se deixam salvar por 
Ele, são libertados do pecado, da tristeza, 
do vazio interior, do isolamento. Com Je-
sus Cristo, renasce sem cessar a alegria’”. 
“Não se pode encontrar verdadeiramente 
Jesus ressuscitado”, observa, “sem se 
inflamar no desejo de o contar a todos. 
Por isso, o primeiro e principal recurso 
da missão são aqueles que reconheceram 
Cristo ressuscitado, nas Escrituras e na 
Eucaristia, e que trazem o seu fogo no 
coração e a sua luz no olhar. Eles podem 
testemunhar a vida que não morre ja-
mais, mesmo nas situações mais difíceis 
e nos momentos mais escuros.
TODOS TÊM DIREITO DE RECEBER O 
EVANGELHO
Depois de refletir sobre a imagem de 
pôr “os pés ao caminho”, o Papa sugere: 
“aproveito esta ocasião para reiterar 
que ‘todos têm o direito de receber o 
Evangelho. Os cristãos têm o dever de 
o anunciar sem excluir ninguém, e não 
como quem impõe uma nova obrigação, 
mas como quem partilha uma alegria, 
indica um horizonte estupendo, oferece 
um banquete apetecível’. A conversão 
missionária permanece o principal ob-
jetivo que nos devemos propor como 
indivíduos e como comunidade, porque 
‘a ação missionária é o paradigma de toda 
a obra da Igreja’”.
Papa Francisco conclui recordando os 
aspectos destacados em sua mensagem: 
“Saiamos também nós, iluminados pelo 
encontro com o Ressuscitado e animados 
pelo seu Espírito. Saiamos com corações 
ardentes, olhos abertos, pés ao caminho, 
para fazer arder outros corações com a 
Palavra de Deus, abrir outros olhos para 
Jesus Eucaristia, e convidar todos a ca-
minharem juntos pelo caminho da paz 
e da salvação que Deus, em Cristo, deu 
à Humanidade”.
JANE NOGARA
VATICAN NEWS
Papa Francisco: “Saiamos com corações ardentes, olhos abertos, pés ao caminho, para fazer arder outros corações com a Palavra de Deus, abrir outros 
olhos para Jesus Eucaristia, e convidar todos a caminharem juntos pelo caminho da paz e da salvação que Deus, em Cristo, deu à Humanidade”
VATICAN NEWS
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ARQUIDIOCESE TESTEMUNHO DE FÉ | 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 11
A então Capela São Sebas-
tião, situada em Inhoaíba, rece-
be todos os anos, desde 2010, a 
visita da imagem peregrina do 
padroeiro da cidade e da arqui-
diocese, dentro da programação 
da Trezena de São Sebastião, 
conduzida pelo arcebispo do 
Rio de Janeiro, Cardeal Orani 
João Tempesta.
Neste ano, a visita foi es-
pecial. Dom Orani elevou a 
capela, cuja comunidade de 
fiéis existe desde a década de 
1920, à condição de paróquia, 
dedicada ao mesmo padroeiro. 
É a paróquia de número 36 do 
governo de Dom Orani e a de 
número 287 da arquidiocese.
“A Paróquia São Sebastião 
nasce no contexto da Trezena do 
nosso padroeiro, que neste ano 
tem como tema: ‘São Sebastião, 
vocacionado à missão’, e dentro 
do Ano Vocacional Missionário. 
O Papa Francisco também co-
meçou a falar em suas catequeses 
nas audiências de quartas-feiras 
da paixão pela evangelização”, 
disse o arcebispo.
“A evangelização é a gran-
de preocupação da Igreja. Ser 
missionário é algo permanente 
na Igreja. Ou somos missioná-
rios ou não somos Igreja. Ser 
missionário é anunciar, teste-
munhar, é contagiar pela vida 
as pessoas que estão perto ou 
longe de nós”, acrescentou. 
O decreto de criação da 
Paróquia São Sebastião foi lido 
pelo vigário episcopal do Vica-
riato Campo Grande, cônego 
Dom Orani instala a Paróquia
São Sebastião, em Inhoaíba
Luiz Carlos Pereira, no início da 
celebração eucarística de insta-
lação da paróquia, realizada no 
dia 11 de janeiro. 
O território pastoral da nova 
paróquia foi desmembrado da 
Paróquia Santa Sofia, em Cos-
mos, da qual estava vinculada, 
e da Paróquia Santa Teresinha 
do Menino Jesus, em Campo 
Grande, que cedeu a Capela 
São Miguel, também situada 
em Inhoaíba. 
Na mesma celebração, Dom 
Orani deu posse ao primeiro 
administrador paroquial, padre 
Felipe de Souza Pertence, até 
então, vigário paroquial da Pa-
Cardeal Tempesta, cônego Luiz Carlos, padres Felipe, Fábio, Alan Dias e demais concelebrantes
róquia Santa Sofia, em Cosmos. 
O trabalho de preparação para 
instalação da nova paróquia 
foi conduzido pelo pároco de 
Santa Sofia, padre Fábio Santos 
de Mello, que se empenhou na 
criação e o fortalecimento das 
pastorais, reformas estruturais 
dos prédios da comunidade e 
o início da construção da casa 
paroquial.
Na homilia, ao refletir sobre 
o episódio da cura de Pedro e da 
ação missionária de Jesus (Mar-
cos 1,29-39), Dom Orani lem-
brou aos fiéis que a comunidade 
não deve esperar que as pessoas 
venham até a paróquia. O arce-
bispo lembrou – como narra o 
Evangelho -, que a sogra de Simão 
estava de cama, com febre, e Jesus 
se aproximou, segurou sua mão e 
ajudou-a a levantar-se. Então, a 
febre desapareceu, e ela começou 
a servi-los.
“A ‘Igreja em saída’ que 
tanto falamos é ir ao encontro 
das pessoas onde elas estão, e 
não esperar que venham até a 
comunidade. Inclinar-sesobre 
as pessoas significa ressuscitar, 
trazer à vida. A nossa missão de 
ir às casas para proclamar a Boa 
Notícia às pessoas é para que 
elas se levantem de suas mortes 
e passem a viver como homens 
e mulheres novos”, disse. 
“O nosso anúncio deve levar 
as pessoas a fazer uma verdadei-
ra experiência do amor a Deus. 
Ao serem evangelizadas e terem 
experimentado a libertação em 
suas vidas, elas devem passar 
também a colocar-se a serviço 
dos outros. A experiência de 
sentir o amor de Deus deve le-
var a contagiar as pessoas com 
o bem, a buscar a vida que se 
encontra somente em Jesus, o 
único que tira todos os males do 
coração”, destacou o arcebispo.
Dom Orani concluiu sua 
homilia convidando os fiéis a 
serem missionários itinerantes, 
irem a todos os lugares geográ-
ficos ou não que necessitam 
de evangelização, de anunciar 
a Palavra de Deus. “Peço a 
Deus que esse espírito e ardor 
missionário coloquem todos a 
caminho para que as pessoas 
desta região da cidade possam 
fazer uma bela experiência do 
amor de Deus em suas vidas”.
CARLOS MOIOLIPadre Felipe faz a profissão de fé e o juramento de fidelidade
FOTOS: GUSTAVO DE OLIVEIRA
12 ARQUIDIOCESE 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 | TESTEMUNHO DE FÉ
A então Capela São Se-bastião, em Inhoaíba, hoje Paróquia São Se-
bastião, criada e instalada no 
dia 11 de janeiro de 2023 pelo 
arcebispo do Rio de Janeiro, 
Cardeal Orani João Tempesta, 
foi criada oficialmente no dia 
20 de janeiro de 1930 com a 
presença de Dom Benedet-
to Aloisi Masella, na época 
núncio apostólico do Brasil, 
residente no Rio de Janeiro. A 
compra do terreno, com escri-
tura, onde se encontra locali-
zada a capela foi feita em 1923 
pela quantia de 200 mil réis.
Antes dessa data, já exis-
tiam atividades pastorais na 
capela sob os cuidados da 
Paróquia Nossa Senhora do 
Desterro, em Campo Grande, 
da qual era vinculada.
Em 1º de janeiro de 1945, 
com a criação da Paróquia 
Santa Sofia, em Cosmos, a ca-
pela passou a pertencer a esta 
paróquia, que teve como seu 
primeiro pároco o padre José 
Avelino Fernandes Quadra, 
que recebeu a provisão canô-
nica no dia 13 de abril de 1951. 
De acordo com anotações 
do livro de Tombo da Paró-
quia Santa Sofia, percebe-se o 
grande “fascínio que o glorioso 
mártir exerce sobre nossa gen-
te”. Tais aspectos demonstram 
a grande devoção da população 
pelo santo padroeiro da comu-
nidade.
Vale destacar a presença 
das Pias Filhas de Maria como 
um grande serviço espiritual 
da capela. Outro forte ponto de 
evangelização são as aulas de 
catecismo nas escolas do bair-
ro e as primeiras comunhões 
dos alunos.
No dia 18 de agosto de 1955, 
é concedida a autorização para 
a permanência do Santíssimo 
Sacramento na Capela São 
Sebastião.
Por volta do ano de 1975, 
começaram a serem formados 
os primeiros grupos de Círcu-
los Bíblicos em Inhoaíba com o 
apoio do pároco, o então padre 
Geraldo Barcelos. 
Em 1978, a comunidade 
começou a contar com a pre-
sença de seminaristas que 
muito auxiliaram e continuam 
Paróquia São Sebastião, em Inhoaíba
auxiliando no trabalho pasto-
ral. Vale destacar o apoio de 
Domingos Ormonde e Gustavo 
Auler, com a supervisão do 
padre José dos Santos Almeida, 
que muito dinamizaram os 
cuidados pastorais no tempo 
em que aqui se dedicaram. No 
ano seguinte, em julho de 1979, 
o terreno da capela começou a 
ser murado.
Uma grande tentativa de 
aumentar o sentido de res-
ponsabilidade e união comu-
nitária foram os chamados 
“Encontros de Base”, que 
começaram a ser realizados 
em 1978, e a “Assembleia 
Comunitária”. Junto com o 
conselho comunitário, tais 
encontros favoreciam um 
senso de responsabilidade e 
de comunidade para os fiéis. 
No início, ta is encontros 
e conselhos não possuíam 
muita adesão, mas graças a 
insistência e perseverança 
do padre José dos Santos foi 
possível e importante a reali-
zação dos mesmos.
Em março de 1982, acon-
teceram as primeiras Vias-
-Sacras pelas ruas do bairro 
de Inhoaíba.
Em setembro de 1982, acon-
teceu a chamada “Semana 
Alicerce” na Matriz de Nossa 
Senhora da Conceição, em 
Santa Cruz, a nível vicarial. 
Tal iniciativa foi realizada pela 
primeira vez em outubro do 
mesmo ano a nível paroquial. 
A experiência foi muito im-
portante para a formação dos 
leigos da comunidade.
Já em 1983, a Capela São Se-
bastião contava com a existên-
cia de dez grupos de Círculos 
Bíblicos e 28 catequistas. 
Em 1984, as festas do pa-
droeiro da Capela São Sebas-
tião começaram a ser prepara-
das por uma equipe. Em 1985, 
ficou evidente a necessidade 
de uma preparação espiritual 
para a festa do padroeiro de 
São Sebastião. Tal preparação 
é feita no ano de 1986, com 
uma semana devocional antes 
do dia do padroeiro.
Em 1989, assumiu a paró-
quia o padre Parampathu Ku-
riakose Kuncherya, conhecido 
como padre Tiago, falecido no 
dia 20 de setembro de 2014, 
que muito contribuiu para o 
crescimento da fé da comu-
nidade, incentivando “mais a 
oração que as falas”. Ainda em 
1989, deu-se início a algumas 
obras de reformas na Capela 
São Sebastião.
Em 1990, foi criado o Grupo 
de Oração Boa-Nova, vincula-
do à Renovação Carismática 
Católica. Pelos relatos da visita 
pastoral realizada em 1993, 
o referido grupo possuía em 
média 120 membros. Na última 
sexta-feira do mês, era realiza-
da uma vigília com a participa-
ção de cerca de 200 pessoas.
A partir das experiências 
vivenciadas em sua terra natal, 
em 1992, padre Tiago criou o 
grupo denominado “Pequenos 
Missionários” com as crianças 
da comunidade. O mesmo 
tinha como objetivo, além da 
perseverança na vida de ora-
ção, arrecadar donativos nas 
casas das pessoas da comuni-
dade em prol dos mais neces-
sitados. 
Em setembro de 1993, o 
bispo auxiliar do Rio Dom Karl 
Josef Romer, ao realizar a visita 
pastoral, ficou impressionado 
com a “formação que o povo 
mostra ter, pelo espírito de 
comunidade e sensibilidade 
eclesial”, destacando que, bre-
vemente, a capela poderia se 
tornar paróquia.
Visando tal perspectiva, 
em 1996, foi feita uma reforma 
em algumas salas da cate-
quese e elaborado um projeto 
para construção de uma casa 
paroquial, mas por motivos 
diversos a criação da paróquia 
não foi possível.
Em dezembro de 1996, foi 
provisionado o diácono Nelson 
Primitiva capela na década de 1930
Fachada da capela em 1993 Em obras no ano 2000
FOTOS: DIVULGAÇÃO
ARQUIDIOCESE TESTEMUNHO DE FÉ | 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 13
Soares Filho para auxiliar os 
serviços pastorais, principal-
mente na Capela São Sebas-
tião.
Na visita pastoral de 1997, 
foi relatada a existência de 17 
catequistas e seis auxiliares 
na Capela São Sebastião com 
a frequência de aproximada-
mente 350 catequizandos. 
Além de já contar com uma 
considerável vida pastoral, que 
igualava a vivência comunitá-
ria e de evangelização de sua 
matriz.
Em 1998, foi terminada 
a construção da quadra de 
eventos na capela. No grande 
Ano do Jubileu de 2000, mais 
exatamente em março, foi 
dado o início da construção 
do atual templo da Capela São 
Sebastião, tendo em vista que 
a construção existente já não 
comportava o número de 350 
fiéis (em média) que participa-
vam das missas, além do esta-
do precário que se encontrava 
a construção com infestação 
de cupim no forro e nas estru-
turas de madeira da mesma.
Com a ajuda dos fiéis e de 
amigos, padre Tiago conseguiu 
terminar uma primeira fase da 
obra no dia 18 de novembro, fi-
cando a torre para a finalização 
no ano seguinte. A construção 
de um viaduto em frente à 
capela, inaugurado em 18 de 
dezembro de 2011, desfavore-
ceu a visibilidade da fachada 
da igreja. 
Em agosto de 2014, foi 
realizada a primeira tarde de 
louvor na Capela São Sebas-
tião com animação do então 
vigário paroquial, padre Fábio 
de Mello. No mês seguinte, em 
meio aos festejos da padroeira 
da matriz, faleceu o padre 
Tiago, que muito marcou o 
território paroquial com seu 
ardor missionário.
Padre Fábio Santos de 
Mello, ordenado em 10 de maio 
de 2014, assumiu entãocomo 
pároco da Paróquia Santa Sofia 
e continua o cuidado e o apos-
tolado junto aos fiéis.
Ao longo do tempo, a capela 
Fachada da Capela São Sebastião, em Inhoaíba
Visita da imagem de São Sebastião
foi adquirindo suas tradições e 
dinâmicas próprias, bem como 
alguns eventos tradicionais, 
tais como: a citada tarde de 
louvor, a visita da imagem 
peregrina durante a Trezena 
do padroeiro da arquidiocese, 
o “Jantar com Maria”, o “Arraiá 
do Tião”, entre outros. 
Com as diversas atividades 
e eventos foi possível realizar 
algumas melhorias na comuni-
dade, como por exemplo, uma 
obra de reforma e pintura do 
templo e adjacências realiza-
das em 2016. Além do aspecto 
físico é notável o crescimento 
espiritual e o cuidado pastoral 
ao longo de todo o histórico da 
comunidade.
A Capela São Sebastião pos-
sui um terreno de aproximada-
mente 1.750m². O templo mede 
330m² com uma pequena 
sacristia e a Capela do Santíssi-
mo. Há ainda um prédio pasto-
ral de dois andares com 165m² 
(em cada andar), contendo no 
térreo duas salas, uma cantina, 
uma sala para paramentos; e 
no segundo andar há quatro 
salas para catequese e dois 
banheiros. Consta ainda 
em nosso terreno: dois banhei-
ros, uma cozinha e depósito, 
além de uma quadra para even-
tos com aproximadamente 345 
m² e um pátio descoberto com 
aproximadamente 390 m² que 
funciona como estacionamen-
to e é utilizado como área de 
evento nas grandes festas. 
SÃO MIGUEL ARCANJO
A Capela São Miguel, si-
tuada na Rua Ponte de Pedra, 
Aguiar Torres, em Inhoaíba, 
foi inaugurada no dia 19 de 
Dom Orani e padre Tiago na Trezena de 2012
novembro de 2005, ano que 
foi comprado o terreno, pelo 
pároco da Paróquia Santa Te-
resinha, em Campo Grande, 
na época, padre Jorge Pereira 
Bispo.
Construída em um período 
de muita violência urbana, o 
padre Jorge invocou a inter-
cessão do arcanjo, pois “só 
São Miguel pode entrar nessa 
guerra”. 
As atividades se iniciaram 
com um grupo dos Círculos 
Bíblicos organizado na casa de 
dona Dóia, e, depois, na sede 
da associação de moradores.
Com a aquisição do terreno 
localizado na Rua Ponte de 
Pedra, a comunidade começou 
a se reunir no local, onde já 
havia uma construção. Assim 
foi colocado o telhado e o 
contrapiso no galpão, sendo 
posteriormente feitas as me-
lhorias no local.
Até a criação da Paróquia 
São Sebastião, a Capela São 
Miguel Arcanjo pertencia à 
Paróquia Santa Teresinha 
do Menino Jesus, em Campo 
Grande.
CARLOS MOIOLI 
Primeira missa de padre Felipe na capela em maio de 2022 Interior da capela durante Trezena do padroeiro
FOTOS: DIVULGAÇÃO
ARQUIDIOCESE TESTEMUNHO DE FÉ | 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 15
Para celebrar o Domingo 
da Palavra de Deus, instituí-
do pelo Papa Francisco no 3º 
Domingo do Tempo Comum, 
a Arquidiocese do R io de 
Janeiro convocou para o dia 
22 de janeiro os que estão 
diretamente na missão e no 
serviço da Palavra de Deus: 
catequistas, agentes de Pas-
toral e coordenadores dos 
Círculos Bíblicos. 
A Pastoral da Pessoa com 
Deficiência (Pasped) também 
se fez presente com repre-
sentantes do Mov imento 
Ecumênico da Fraternidade 
Cristã (FCD), Catequese Di-
Pasped participa, na Catedral do Rio,
do Domingo da Palavra Deus
Representantes da Pastoral da Pessoa com Deficiência na Missa do Domingo da Palavra de Deus, realizada na Catedral de São Sebastião
Dom Antonio Catelan e os intérpretes em Libras
ferenciada, Pastoral do Cego 
e Pastoral do Surdo. 
A manhã solene iniciou-se 
às 9h com a Oração da Igreja, 
Liturgia das Horas e momen-
to de grande silêncio para que 
a Palavra de Deus proclamada 
penetrasse nas mentes e nos 
corações. A Catedral era as-
sembleia orante! 
Em seguida, deu-se início 
a celebração eucarística das 
10h, presidida pelo arcebispo 
metropolitano, Cardeal Orani 
João Tempesta, e concelebra-
da pelo bispo auxiliar Dom 
Antônio Catalan e demais 
sacerdotes. 
Na Liturgia da Palavra, a 
primeira leitura do profeta 
Isaías foi proclamada em brai-
le por um membro da Pastoral 
do Cego e toda a celebração foi 
interpretada por quatro intér-
pretes da Língua Brasileira de 
Sinais (Libras) das comunida-
des do Méier, Lagoa, Penha e 
São João de Meriti. 
As comunidades de surdos 
da Arquidiocese do Rio pre-
sentes foram as paróquias do 
Imaculado Coração de Maria, 
no Méier, Santa Margarida 
Maria, na Lagoa, Bom Jesus 
da Penha, na Penha, Nossa Se-
nhora do Desterro, em Campo 
Grande, Nossa Senhora de 
Fátima, no Pechinha, São João 
Bosco, no Riachuelo, e São 
Francisco Xavier, na Tijuca.
Da Arquidiocese de Nite-
rói, a Paróquia Santana, na 
Porciúncula, e da Diocese de 
Duque de Caxias, a Paróquia 
de São João Batista, de São 
João de Meriti. 
Da FCD estiveram presen-
tes o Núcleo da Tijuca, duas 
cadeirantes, voluntárias e 
grande número da Catequese 
Diferenciada com as catequis-
tas e coordenação. 
Após a Sagrada Comu-
nhão, Dom Orani entregou a 
cada representante dos nove 
vicariatos da arquidiocese e 
aos representantes da Cate-
quese Diferenciada e da Pas-
toral do Surdo exemplares da 
Bíblia, ratificando a missão de 
uma Igreja permanentemente 
missionária e evangelizadora. 
Ainda, no final toda a assem-
bleia recebeu um versículo bí-
blico das mãos dos sacerdotes. 
Dom Catelan anunciou, no 
final da missa, que a arquidio-
cese está preparando material 
e todo o rito de preparação 
a todos os catequistas, que, 
a partir de então, serão um 
ministério dentro da Igreja.
O Papa Francisco insti-
tuiu, recentemente, o mi-
nistério de catequista: uma 
necessidade urgente para 
a evangelização no mundo 
contemporâneo. 
Ainda destacou que a Pa-
lavra de Deus deve estar nos 
corações das pessoas, em 
todos os lugares e em todas 
as situações humanas, refor-
çando que a Palavra é sempre 
luz no caminho do cristão.
Louvemos a Deus por esse 
domingo celebrado com fé, 
alegria e esperança em nossas 
comunidades e pastorais. 
PROFESSOR CESAR BACCHIM
COORDENADOR ARQUIDIOCESANO DA 
PASPED
FOTOS: DIVULGAÇÃO
16 ARQUIDIOCESE 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 | TESTEMUNHO DE FÉ
“Estamos reunidos no Dia 
do Senhor, a páscoa semanal 
dos cristãos, para ouvir o Se-
nhor que nos fala ao coração 
e que também nos convida a 
colocar em prática a Palavra 
de Deus em nossa vida”, disse 
o arcebispo do Rio de Janeiro, 
Cardeal Orani João Tempesta, 
na acolhida da missa do Do-
mingo da Palavra de Deus, na 
Catedral de São Sebastião, no 
Centro, no dia 22 de janeiro.
Segundo explicou Dom 
Orani, o Domingo da Palavra 
de Deus, que neste ano teve 
como tema: ‘Nós vos anuncia-
mos o que vimos’ (1 Jo 1,3), foi 
instituído pelo Papa Francisco 
há quatro anos, para ser cele-
brado no 3º Domingo do Tempo 
Comum, com a finalidade de 
valorizar a Palavra de Deus na 
comunidade. 
“O Senhor passa hoje no 
meio de nós para confirmar a 
nossa caminhada de comunhão 
e de unidade. Como é bonito ver 
representantes da Iniciação à 
Vida Cristã, Círculos Bíblicos, 
Novas Comunidades e de tantas 
outras pastorais e ministérios 
que exercem a missão com o 
Envio de agentes pastorais em missão marca 
o Domingo da Palavra de Deus na arquidiocese
O Domingo da Palavra de Deus foi instituído pelo Papa Francisco com a finalidade de valorizar a Palavra de Deus na comunidade
Diácono Artur, padre Allexsandro e agentes pastorais junto com as Bíblias doadas 
anúncio da Palavra de Deus”, 
disse o arcebispo, anuncian-
do que no próximo ano, na 
mesma celebração, irá investir 
com o caráter de ‘ministério’ 
os catequistas que servem com 
dedicação a Igreja.
Entre os concelebrantes esta-
vam o bispo auxiliar e animador 
da Iniciação à Vida Cristã, Dom 
Antônio Luiz Catelan Ferreira, 
o coordenador arquidiocesano 
de pastoral, cônego Cláudio dos 
Santos, o vigário episcopal do 
Vicariato Norte, cônego Aldo 
de Souto Santos, e os padres 
Allexsandro Martins Valente e 
Vanderson de Oliveira.
A celebração eucarística, 
que pôde ser acompanhada em 
braile e pela Língua Brasileira 
de Sinais (Libras), contou com 
o ícone da Visitação de NossaSenhora que está em visita nos 
vicariatos da arquidiocese de 20 
de janeiro até 19 de março, para 
incentivar e dinamizar a ação 
missionária. 
Durante a celebração, Dom 
Orani deu a bênção de envio 
para os agentes pastorais repre-
sentantes dos noves vicariatos 
episcopais da arquidiocese, 
entregando para cada um, de 
forma simbólica, um exemplar 
da Bíblia. Antes da missa, os 
moradores em situação de rua 
atendidos pela Pastoral Social 
da Catedral de São Sebastião, 
durante o café da manhã, tam-
bém receberam cada um exem-
plar da Bíblia. 
Na homilia, ao refletir a li-
turgia do dia, Dom Orani convi-
dou os fiéis a fazerem memória 
de quando Cristo os chamou 
para segui-Lo: “onde estáva-
mos? Jogando ou consertando 
as nossas redes?” O arcebispo 
incentivou a todos para não 
perder tempo, que a missão é 
permanente e sempre é preciso 
para dar um passo a mais para 
bem realizar a missão.
“Sempre há necessidade 
de dar um passo a mais para 
responder as necessidades da 
evangelização. O mundo é 
uma galileia de pagãos que aos 
poucos perde os valores cristãos 
e também estão cansados e 
abatidos com tantas situações. 
Como Igreja, precisamos rea-
vivar o dom de Deus em nossas 
vidas, e, com renovado ardor, 
contagiar as pessoas com a Boa 
Notícia da salvação”, disse. 
“É preciso deixar que a Pala-
vra de Deus nos fale ao coração, 
à nossa vida e nos impulsione 
em anunciar Jesus Cristo as pes-
soas que estão perto ou longe. 
Ele é a nossa salvação e razão 
de nossa existência. Enquanto 
FOTOS: PASCOM
ARQUIDIOCESE TESTEMUNHO DE FÉ | 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 17
Igreja façamos a diferença no 
mundo que necessita de tes-
temunhas. Sejamos aqueles 
que semeiam e sejam um sinal 
de esperança e confiança no 
mundo”, concluiu o arcebispo. 
TESTEMUNHOS
Contemplar o rosto de Jesus
“Nosso Papa, ao instituir o 
Domingo da Palavra de Deus, 
nos ensina que a Palavra de 
Deus sempre deve estar no 
início, quer das celebrações, 
do ano, da vida”, disse Agar 
Vinagre, da Animação Bíblica 
de Pastoral do Rio de Janeiro 
(ABPRJ), da Paróquia São Ra-
fael Arcanjo, em Vista Alegre.
“Desde a véspera, ao or-
ganizar com amigas algumas 
das bíblias a serem doadas aos 
assistidos pela Catedral durante 
o café da manhã, manuseando 
uma a uma, numa prévia de 
tudo que estava por vir neste 
Domingo da Palavra de Deus, 
não imaginava os rostos nem 
as reações, mas no dia 22 de 
janeiro, eu contemplei o rosto 
de Jesus”, disse.
“Abençoado domingo no 
qual pude experimentar nova-
mente o amor de Deus mais de 
perto, vendo o próprio Jesus nos 
irmãos assistidos da Catedral, 
eles que receberam com alegria 
as Sagradas Escrituras. Pude 
falar com alguns, incentivando 
a ler e crer na Palavra de vida, a 
ouvir Deus através das Escritu-
ras, que os ama incondicional-
mente”, destacou Agar Vinagre.
Gratidão
“Eu louvo, bendigo e agra-
deço ao Senhor pelo Domingo 
da Palavra de Deus. Foi uma 
manhã maravilhosa, meu co-
ração ardia de tanta alegria e 
gratidão a Jesus pela sua infinita 
misericórdia de se fazer precisar 
de mim, de eu ser um canal do 
Dom Orani com ministros extraordinários da Sagrada Comunhão e membros da Comissão Arquidiocesana da Iniciação à Vida Cristã 
Dom Catelan com agentes pastorais do Vicariato Norte Agentes pastorais do Vicariato Suburbano
seu amor, da sua graça aos teus 
filhos amados tão necessitados 
de vós, de ver em cada um deles 
a tua presença, foi um momen-
to de levar, partilhar e também 
receber a tua Palavra”, partilhou 
Sueli Farias, da Paróquia Nossa 
Senhora do Amparo e Santa 
Maria Goretti, em Cascadura.
Consciência de ser 
missionários 
Para Maria Helena da Silva, 
do Santuário da Divina Mise-
ricórdia, em Vila Valqueire, 
a celebração proporcionou a 
participação de todos, “na qual 
nós, enquanto membros da 
Igreja, fomos exortados a assu-
mir a consciência de que somos 
missionários desde o nosso 
Batismo. Pois sem a dimensão 
missionária, a Igreja perde a sua 
razão de ser”.
“É muito importante ter-
mos a Bíblia como referência, 
falar da vida à luz da Palavra 
de Deus. A preocupação em 
coletar bíblias e distribuí-las, 
principalmente para os assis-
tidos, favorece ainda mais a 
ação evangelizadora. Pois cria 
condições para que o Evangelho 
seja melhor vivido a cada dia. E 
colaborando com essa vivên-
cia, estão os Círculos Bíblicos, 
caminho eficaz para o exercí-
cio da atividade missionária”, 
destacou Maria Helena da Silva.
Sede de Deus
Jeferson Macedo, que parti-
cipa da Animação Bíblica de Pas-
toral do Rio de Janeiro (ABPRJ) 
na Paróquia Nossa Senhora do 
Desterro, no Vicariato Campo 
Grande, contou ser gratificante 
participar do café da manhã 
com os assistidos em situação de 
vulnerabilidade e ver o quanto 
eles se sentiram acolhidos, como 
eles estavam sedentos do pão da 
Palavra de Deus.
“Eles receberem o exemplar 
da Bíblia e não se apressavam 
em ir embora. Pelo contrário, 
muitos ficaram dialogando 
conosco sobre seus anseios; e 
também o zelo e carinho pelos 
companheiros que não con-
seguiram chegar para receber 
uma Bíblia”, acrescentou. 
Jeferson Macedo desta-
cou três momentos que foram 
marcantes na distribuição dos 
exemplares da Bíblia: “uma ges-
tante que emocionada chorou 
ao receber a Bíblia, pois era o 
primeiro presente que recebia, 
e que iria ler a Palavra de Deus 
todos os dias para o seu filho”. 
Também “um idoso que ficou 
muito feliz em receber uma 
Bíblia nova, pois a sua já estava 
muito rasgada e ele já não con-
seguia ler direito, e aproveitou 
para pedir uma com letras graú-
das”. Ainda “um jovem que pe-
diu para escolher na mesa uma 
Bíblia grande dizendo que tem 
muito interesse em conhecer 
mais a Palavra de Deus”.
Semeadores da Palavra de 
Deus
Os coordenadores dos Cír-
culos Bíblicos da Paróquia 
Santa Teresinha do Menino 
Jesus, em Botafogo, no Vica-
riato Sul, Marco Antonio de 
Araújo e Margarete Araújo, 
ficaram felizes – a convite de 
José Virginio, coordenador 
dos Círculos Bíblicos, em 
Campo Grande –, em partici-
par da celebração com todos 
os anunciadores das Palavras 
de Deus.
Ambos externaram, por es-
crito, suas satisfações: “Mesmo 
sem saber qual seria a missão, 
disse ‘ eis-me aqui’. Tal qual 
não foi a minha surpresa, nós 
os 11 representantes dos Círcu-
los Bíblicos, fomos levados ao 
presbitério e não ao altar onde 
acontece toda a ação de graças, 
onde se recorda o mistério de 
Cristo, que se entregou e deu 
a vida por nós. No fim da mis-
sa, fomos levados à presença 
do Dom Orani, onde fomos 
presenteados, cada um de nós, 
com uma Bíblia, ou seja, com a 
Palavra de Deus para semearmos 
em todos os lugares”.
“Foi para nós um dia muito 
gratificante! Nos sentimos muito 
bem acolhidos tanto pelos or-
ganizadores, pelo presidente da 
assembleia, assim como por seus 
auxiliares e, também, pela assem-
bleia onde conhecemos gente 
nova e tivemos a oportunidade 
de fazermos novas amizades”, 
destacou Marco Antonio Araújo.
CARLOS MOIOLI
FOTOS: PASCOM
18 ARQUIDIOCESE 29 DE JANEIRO A 4 DE FEVEREIRO DE 2023 | TESTEMUNHO DE FÉ
O Concílio Vaticano II aborda o 
tema da vocação como um clamor 
dirigido a todos, ligado à missão da 
Igreja e relacionado com o chamado 
universal à santidade, como aparece, 
por exemplo, na Constituição 
Dogmática Lumen Gentium (cf. LG 
39.51).
Cada fiel deve buscar a perfeição 
da caridade, edificando o próximo 
pela prática dos conselhos 
evangélicos: castidade, obediência, 
pobreza.
Na Constituição Pastoral Gaudium 
et Spes surge com mais evidência 
o caráter comunitário: diante do 
chamado de Deus, cada pessoa 
responde à própria vocação graças ao 
encontro com os irmãos e irmãs, no 
diálogo e no serviço mútuo (cf. GS 
24-25).
Já o Decreto Apostolicam 
Actuositatem ressalta a missão do 
laicato, entendendo o apostolado 
como qualquer atividade que ordene 
o mundo para Cristo (cf. AA 7). As 
comunidades cristãs devem promover 
todas as vocações, testemunhando 
uma espiritualidade de comunhão.
A leitura do Documento de 
Aparecida, com as conclusões

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