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AV1 - Direito Tributário I veiga de Almeida

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Disciplina: Direito Tributário I 
	
	Docente: Raphael Cabral Teixeira
	
	Turma: 1JUR18A
	A1 ( ) A2 ( x) A3 ( ) A4 ( )
	Aluno(a): Gabriela de Souza Felisberto Oliveira de Freitas
	Matrícula: 20151113593
	Data: 26/05/2020
	Nota da Prova:
	Nota de Trabalho(s):
	Nota Final:
	Instruções: 
Prezado(a) aluno(a) a prova é individual e a interpretação faz parte do contexto geral da prova. 
Cada questão discursiva vale 2,0 pontos.
Cada questão objetiva vale 1,0 ponto.
Você poderá utilizar até o limite de 10 linhas, para as respostas (tanto das questões discursivas, como das questões objetivas). 
As respostas das questões objetivas também deverão ser justificadas.
O aluno deverá postar o arquivo com as respostas no trabalho avaliativo individual até 16/06/2020.
QUESTÕES DISCURSIVAS
1) O Município de Teresópolis instituiu, por meio de lei municipal, uma taxa de limpeza cujo fato gerador é, exclusivamente, o serviço público de coleta, remoção e tratamento de lixo domiciliar de imóveis no município. A lei também determinou a utilização da área do imóvel como base de cálculo da taxa. Diante desse quadro fático, responda aos itens a seguir.
a)   O fato gerador da taxa determinado pela lei municipal violou a Constituição da República?
Resposta: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo proveniente de imóveis não viola o Art. 145, inciso II, da CRFB/88, por possuírem tais serviços caráter específico e divisível, conforme a Súmula Vinculante 19 do STF, sendo assim, não viola a Constituição Federal.
b)   A base de cálculo adotada pelo Município de Teresópolis violou regra constitucional? 
Resposta: Não viola a regra constitucional, porque é permitido a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra, conforme a Súmula Vinculante 29 do STF.
2) O estado de Pernambuco pretende realizar obras de saneamento básico, contudo não dispõe em caixa da totalidade dos recursos necessários para sua realização. Diante desse contexto, o Governador foi orientado a editar lei para disciplinar a cobrança da futura contribuição, já que a obra irá gerar valorização imobiliária dos particulares. Assim, foi editada a lei que instituiu a contribuição de melhoria e delimitou como contribuintes da exação todos aqueles que possuíam imóveis localizados em áreas urbanas no estado de Pernambuco, próximos ou não ao local das obras. Ademais, a referida lei determinou que o custo total da obra deveria ser dividido igualmente entre todos os contribuintes para que fosse respeitado o princípio da isonomia tributária, por fim, todo o valor arrecadado com a contribuição foi destinado à realização da obra de saneamento. Salete, moradora do estado de Pernambuco, recebeu, antes mesmo do início da realização da obra, notificação para o pagamento da contribuição de melhoria. Ressalte- se que seu imóvel está em área não beneficiada pela obra pública. Com base nessas informações, comente se é legítima a atuação do estado de Pernambuco. Justifique sua resposta, tanto em caso positivo quanto em caso negativo e responda se Salete deverá proceder o pagamento dessa exação fiscal? Aponte fundamentos legais que embasam a sua resposta.
Resposta: A atuação do Estado é ilegítima, visto que a característica da contribuição de melhoria é a realização de uma obra pública, com a valorização imobiliária do imóvel que seja proveniente da obra e não somente a mera expectativa de valorização, não podendo, portanto, a cobrança prévia ser realizada e muito menos de um indivíduo que não tenha a citação do seu imóvel. O custo total da obra na contribuição de melhoria não poderia ser dividido igualmente entre todos os contribuintes, tendo em vista que devem ser considerados os limites globais e individuais cumulativamente. A receita da contribuição de melhoria é não vinculada, todavia, nada impede que o valor seja destinado à efetivação da obra. Por fim, a cobrança feita antes mesmo do início da realização da obra é indevida, tanto pelo momento em que foi cobrada quanto pelo imóvel de Salete se encontrar em área não beneficiada pela obra, ficando esta desobrigada a realizar o pagamento da exação fiscal.
3) O deputado federal João da Silva apresentou dois projetos de lei ordinária. O primeiro pretende alterar o Código Tributário Nacional (CTN) no que se refere aos artigos que tratam de responsabilidade tributária (obrigação tributária) e o segundo pretende instituir uma taxa de limpeza de vias e logradouros públicos, cuja base de cálculo é o valor venal dos imóveis urbanos.
a) Examine a constitucionalidade do primeiro projeto de lei apresentado pelo deputado.
Resposta: O CTN, Lei Ordinária n° 5.172/66, foi recepcionado pela CF/88 como lei complementar, uma vez que estabelece normas gerais em matéria de legislação tributária, sendo assim, a alteração do CTN, principalmente se tratando à responsabilidade tributária, deve ser feita por lei complementar, conforme o artigo 146, III, “b”, da CF/88, tornando o projeto de lei inconstitucional.
b) A taxa a ser instituída é constitucional? Justifique.
A taxa não é inconstitucional, pois a limpeza de vias e logradouros públicos tem caráter “uti universi”, ou seja, não há possibilidade de limitar, determinar os usuários que se beneficiarão com a ação, de modo individual. Ademais, a base de cálculo das taxas não pode ser a mesma que a dos impostos, neste caso concreto, esta base de cálculo é a mesma do IPTU.
4) Certa empresa de produtos químicos recebeu notificação do Município de Volta Redonda para que pagasse um imposto por ele instituído no ano de 2013. O fato gerador do imposto era o ato de poluir o meio ambiente e a sua base de cálculo era a quantidade de lixo produzida. Com base em tais fatos, responda aos itens a seguir.
a) Pode o fato gerador de um imposto ser o ato de poluir o meio ambiente? Justifique.
Resposta: De acordo com o Art. 3º do CTN é da essência de um tributo não ter natureza sancionatória, sendo assim, a resposta é negativa.
b) O Município de Volta Redonda teria competência constitucional para criar um novo imposto? Justifique sua resposta.
Resposta: Não, pois só a União tem competência para instituir impostos residuais, ou seja, impostos não indicados na própria Constituição da República, conforme o Art. 154, inciso I, da CRFB/88.
QUESTÕES OBJETIVAS
5) Os Estados costumam apreender mercadorias e não permitir a emissão de notas fiscais a quem deve para o Fisco. Examine as assertivas abaixo e assinale a CORRETA. Justifique sua resposta, indicando dispositivos legais e jurisprudência pertinentes.
a) São inconstitucionais os procedimentos referidos, já assim declarados mais de uma vez pelo STF.
Justificativa: conforme a Súmula 323 STF – É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos.
DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SANÇÃO POLÍTICA COMO MEIO COERCITIVO PARA PAGAMENTO DE TRIBUTOS. INCONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES. 1. Nos termos da jurisprudência da Corte, é inconstitucional a sanção política visando ao recolhimento de tributo, tal como ocorre com o ato de condicionar a expedição de notas fiscais à prestação de fiança, garantia real ou fidejussória por parte do contribuinte(AI n. 623.739-AgR, Relator o Ministro Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 26.8.2015).
b) O procedimento de apreensão é o correto, pois muitas vezes se a fiscalização permitir que a mercadoria passe, mesmo com tributo recolhido a menor, poderá ocorrer de o Estado não mais conseguir cobrar.
c) O procedimento de apreensão é incorreto, mas é possível interditar o estabelecimento comercial do sujeito em débito com a Fazenda Pública.
d) Apreender as mercadorias é correto, mas impedir a empresa de emitir notas fiscais ou vender produtos não.
e) Não há incidência de ICMS na circulação de mercadorias.
6) O município de Cabo Frio instituiu, por lei ordinária, taxa decoleta e remoção de lixo para os imóveis urbanos situados em seu território, estabelecendo como base de cálculo do tributo a área construída do imóvel, que, multiplicada pelo valor de R$ 2, resultaria no valor do tributo devido pelo contribuinte. Acerca dessa situação hipotética e dos preceitos constitucionais pertinentes ao poder de tributar, assinale a opção correta. Justifique sua resposta, indicando dispositivos legais e jurisprudência pertinentes.
a) A utilização da área construída do imóvel como parte da base de cálculo do tributo em questão, por também compor a base de cálculo do IPTU, torna inconstitucional
a instituição do mencionado tributo.
b) A restrição constitucional para que haja identidade da base de cálculo atinge apenas as contribuições, e não as taxas, sendo, portanto, constitucional o tributo em questão. 
c) O serviço de coleta e remoção de lixo em questão pode adotar um dos elementos de base de cálculo de impostos, desde que não haja identidade completa e o valor pago pelo contribuinte seja proporcional ao serviço que lhe é prestado.
Justificativa: conforme a Súmula Vinculante 29 – É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no sentido da constitucionalidade da cobrança de taxa de coleta de lixo domiciliar, com base de cálculo atrelada à área do imóvel.
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO: BASE DE CÁLCULO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS, S.P. I. - O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU - a metragem da área construída do imóvel - que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel, certo que a alíquota não se confunde com a base imponível do tributo. Tem-se, com isto, também, forma de realização da isonomia tributária e do princípio da capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, § 1º. II. - R.E. não conhecido.” (RE 232393, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, DJ 05.04.2002)
d) A coleta e remoção de lixo é serviço público inespecífico e indivisível, por beneficiar toda a coletividade, sendo, portanto, inconstitucional a instituição da referida taxa.
e) É inconstitucional a taxa que visa remunerar a coleta de lixo domiciliar, por ser um serviço indivisível.
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