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DESCRIÇÃO Protocolos em tomografia computadorizada e seus diversos fatores, como anamnese do paciente, posicionamento e utilização ou não do meio de contraste para os estudos tomográficos de aplicabilidade diagnóstica. PROPÓSITO Reconhecer os principais protocolos utilizados em tomografia computadorizada e aplicá-los de acordo com as necessidades e características do paciente, além das demandas do serviço hospitalar e de imagem, buscando o diagnóstico avançado apoiado pela imagem tomográfica. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar as técnicas para exames do crânio MÓDULO 2 Identificar as técnicas para exames do tórax MÓDULO 3 Identificar as técnicas para exames do abdome e pelve MÓDULO 4 Identificar as técnicas para exames da coluna vertebral INTRODUÇÃO Os protocolos tomográficos descrevem na prática como realizar o exame. Dentre os parâmetros e critérios principais, estão as informações sobre posicionamento do paciente, a quantidade de contraste utilizado (se for necessário), os parâmetros de exposição, a espessura de corte, o campo de visão e o pitch , além das características da janela de densidades. É muito importante observar que os critérios para a utilização dos diversos protocolos em tomografia computadorizada (TC) dependem do tipo de aparelho utilizado, da rotina do serviço de radiodiagnóstico, dos critérios clínicos e demais critérios de urgência ou de nível ambulatorial. No Brasil, quem regula os protocolos é o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), que serve de orientação básica para os diversos setores de imagem, sempre adequando às principais literaturas do tema. Neste conteúdo, serão abordados os protocolos das principais regiões: o crânio, o tórax, o abdome e pelve e a coluna vertebral. MÓDULO 1 Identificar as técnicas para exames do crânio PROTOCOLOS PARA CRÂNIO Os protocolos para crânio ou cabeça são aplicados de acordo com a possível patologia a ser estudada. Após análises e critérios clínicos, deve-se ou não utilizar a administração do meio de contraste e algoritmos de reconstrução adequados. Fonte: Shutterstock.com Os principais estudos tomográficos da região são: Crânio Seios paranasais Face (estudo dos ossos) Essas são as principais indicações clínicas para o estudo tomográfico do crânio: Detectar sangramento em lesões de cérebro e fraturas de crânio em casos de trauma. Detectar coágulo ou sangramento cerebral em pacientes com sintomas agudos de AVC. Detectar AVC através da utilização da TC de perfusão. Avaliar a extensão de danos nos ossos e tecidos moles em traumas faciais. Planejar cirurgias odontológicas ou médicas de reconstrução da face. Detectar sangramento em pacientes com dor de cabeça súbita devido à ruptura de aneurisma cerebral. Detectar tumores e demais alterações cerebrais. Diagnosticar doenças auditivas associadas a alterações de configuração do osso temporal. Detectar inflamações e demais alterações anatômicas nos seios da face. Auxiliar no planejamento para posterior tratamento radioterápico. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal PRINCIPAIS ACESSÓRIOS UTILIZADOS NO POSICIONAMENTO TOMOGRÁFICO PARA CRÂNIO E FACE SUPORTE DA CABEÇA PADRÃO Usado durante o estudo do crânio, com o paciente em supino (decúbito dorsal). Deve-se usar a cinta da cabeça e a correia do queixo com cuidado para não apertar muito e/ou incomodar excessivamente. ALMOFADA DO APOIO DA CABEÇA Deve-se colocar esta almofada sobre o apoio da cabeça padrão para amortecer a cabeça e fixá-la em uma só posição durante todo estudo. CINTA DA CABEÇA Deve-se colocar a área larga da cinta da cabeça entre o apoio da cabeça e a almofada, com a correia presa nos dois lados do apoio da cabeça antes de deitar o paciente sobre a mesa. CINTA DO QUEIXO Deve-se centralizar o espaço da cinta sobre o queixo do paciente e fixar como a “queixeira” de um capacete militar, com a finalidade de manter a estabilidade da região durante o estudo. Fonte: Shutterstock.com Mesa de exames com suporte de cabeça padrão e almofada. PLANEJAMENTO SEQUENCIAL DO PROCEDIMENTO TOMOGRÁFICO Anamnese (entrevista) Preparo do paciente Planejamento dos fatores técnicos Realização dos cortes Processamento e documentação da imagem Pós-processamento com análise do exame Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal A ANAMNESE (ENTREVISTA) Serve basicamente para obter informações que levem à indicação da tomografia, para orientação da equipe técnica e médica que irá conduzir o exame e alcançar a efetividade do diagnóstico por TC. Durante a anamnese: Devem ser coletados exames anteriores relacionados com a região de interesse. É necessário informar ao paciente a finalidade do exame e de como deverá portar-se durante a realização. Deve-se obter informações sobre cirurgias, tratamentos recentes e patologias pré- existentes. Relatar sobre o exame contrastado, ou seja, orientar o paciente sobre todas as informações quanto à ação desses produtos, riscos e efeitos colaterais adversos, além das orientações gerais para cada caso. Deve-se orientar e tranquilizar o paciente, inclusive, no pós-exame. Fonte: Shutterstock.com Existem diversos modelos de anamnese que são utilizados de acordo com cada serviço de radiodiagnóstico, a critério clínico e da chefia dos setores. POSICIONAMENTO DO PACIENTE PARA O EXAME DE CRÂNIO Orientação do paciente em head first (cabeça primeiro em relação ao gantry ), em supino: Topograma: crânio em perfil Linha de referência: LOM (Linha orbitomeatal) Limites de varredura: são definidos pelo forame magno até o limite superior do crânio Fossa posterior: cortes de 2 mm / 5 mm (reduz a magnitude dos artefatos produzidos pela massa óssea densa correspondente à porção petrosa do osso temporal) Supratentorial: cortes de 7 mm /10 mm Inclinação do gantry : definido pela linha que passa do forame magno ao limite superior da órbita Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Fonte: Shutterstock.com Imagem do topograma de crânio à esquerda e de um corte axial intracraniano à direita. O posicionamento pode variar entre diferentes serviços a critério clínico ou da condição atual do paciente. No entanto, a convenção mais aceita estabelece como parâmetro os cortes paralelos à linha orbitomeatal (LOM). PROTOCOLO DE CRÂNIO Helicoidal single slice Topograma: lateral Alta tensão: 120 kV Corrente: 250 mA Tempo de rotação do tubo: 1 s Fator mAs: 250 Espessura do corte: 5 mm Pitch: 1 Passo da mesa: 5 mm Distância da varredura: 150 mm FOV: 250 mm Tempo de varredura: 30 s Multislice Topograma: lateral Alta tensão: 120 kV Corrente: 250 mA Tempo de rotação do tubo: 0.8 s Fator mAs: 200 Espessura do corte: 4 x 2,5 mm Pitch: 1 Passo da mesa: 10 mm Distância da varredura: 150 mm FOV: 250 mm Tempo de varredura: 15 s Existem algumas variações de protocolo de acordo com a hipótese diagnóstica (HD), havendo a necessidade de administração de meio de contraste e adição de mais de um algoritmo de reconstrução e planos de corte (filtro para visualização da janela óssea – bone, por exemplo). Principais indicações para uso de contraste iodado: Cefaleia Crise convulsiva Neoplasias e tumores cerebrais Má-formação vascular Controle de processo inflamatório Trombose do seio venoso Principais contraindicações ao uso do contraste iodado: Hipersensibilidade ao meio de contrate iodado Diabetes mellitus Asma e outros distúrbios respiratórios Mieloma múltiplo (condição maligna dos plasmócitos da medula óssea) Feocromocitoma (tumor da medula adrenal) Anemia falciforme Uso de Glucophage (Metformin) Desidratação acentuada Doença renal ou hepática aguda ou crônica O Metformin é um medicamento usado no tratamento de diabetes não insulinodependente. Os pacientes tomando Metformin não devem receber contrastes iodados, uma vez que a combinação dos dois aumenta o risco de falênciarenal aguda induzida pelo meio de contraste. Fonte: Shutterstock.com ATENÇÃO É necessário fazer todo o procedimento para o exame sem contraste e, logo após a injeção do meio de contraste, realiza-se a fase contrastada. Fonte: Shutterstock.com Sequência de imagens do crânio axial com ação do meio de contraste. SEIOS PARANASAIS INDICAÇÕES CLÍNICAS SEM CONTRASTE Sinusites Desvio de septo nasal Má-formação Osteoma Osteocondroma Plasmocitona Displasia fibrosa COM CONTRASTE Tumores Metástases Polipose Cisto de retenção PROTOCOLO DE SEIOS PARANASAIS Sistema helicoidal single slice : deve ser feito em dois planos, o axial e o coronal. Sistema multislice : deve cortar no axial e faz a MPR no coronal. Realizar a MPR para osso nos 3 planos: axial, coronal e sagital. Para partes moles, somente axiais. FOV de 15 a 20 cm (150 a 200 mm). Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Fonte: EnsineMe. Corte de seios da face axial retirada do RPACS. Fonte: Shutterstock.com POSICIONAMENTO DO PACIENTE Decúbito dorsal (Multislice ) ou decúbito ventral (helicoidal single slice ). Fonte: Shutterstock.com TOPOGRAMA Crânio (face) em perfil. Fonte: Shutterstock.com LIMITES DE VARREDURA São definidos pelo limite anterior dos seios frontais até o limite posterior dos seios esfenoidais (cortes paralelos ao palato duro, com início em um plano abaixo dos recessos alveolares e ultrapassando o limite superior dos seios frontais). Fonte: Shutterstock.com INCLINAÇÃO DO GANTRY Em conformidade com os limites anteriores dos ossos da face. Protocolo Helicoidal Single Slice Topograma: lateral Alta tensão: 120 kV Corrente: 125 mA Tempo de rotação: 0,8 s Fator mAs: 100 Espessura do corte: 2 mm Pitch: 1,5 Passo da mesa: 3 mm Distância da varredura: 80 mm FOV: 200 mm Tempo de varredura: 22 s Protocolo Multislice Topograma: lateral Alta tensão: 120 kV Corrente: 200 mA Tempo de rotação: 0,5 s Fator mAs: 100 Espessura do corte: 4 x 1 mm Pitch: 1 Passo da mesa: 4 mm Distância da varredura: 80 mm FOV: 200 mm Tempo de varredura: 10 s TOMOGRAFIA DA FACE Planejamento: inclui os planos axial e coronal Indicação: tumores, abscessos e sialolitíase (com uso de contraste - em média 80 ml) e nos traumas faciais (sem uso de contraste) Posicionamento do paciente: preferencialmente, em decúbito dorsal. Topograma: crânio (face) em perfil Limites de varredura: limite superior do seio frontal até o limite inferior da mandíbula Inclinação do gantry : em conformidade com a linha que sai do centro da órbita até o meato auditivo externo Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Fonte: EnsineMe. Topograma do crânio/face em perfil para planejamento de cortes extraído do RPACS. Protocolo Helicoidal Single Slice Topograma: lateral Alta tensão: 120 kV Corrente: 200 mA Tempo de rotação: 0,8 s Fator mAs: 100 Espessura do corte: 2 mm Pitch: 1,5 Passo da mesa: 3 mm Distância da varredura: 180 mm FOV: 200 mm Tempo de varredura: 48 s Protocolo Multislice Topograma: lateral Alta tensão: 120 kV Corrente: 250 mA Tempo de rotação: 0,5 s Fator mAs: 125 Espessura do corte: 4 x 1 mm Pitch: 1 Passo da mesa: 4 mm Distância da varredura: 180 mm FOV: 200 mm Tempo de varredura: 23 s SELA TÚRCICA Objetivo: avaliação dos tumores que acometem a hipófise e as patologias que afetam a integridade do arcabouço selar. Tumores mais frequentes: microadenomas e macroadenomas. Cuidado especial: evitar que os cortes passem pelo plano das obturações dentárias, o que causaria artefatos do tipo strike . Contraste: o exame é normalmente realizado com cortes coronais feitos diretamente com meio de contraste. Aquisição dos cortes: aproximadamente 15 segundos do início da injeção. Volume injetado: 1 ml/kg. Bomba infusora: velocidade média de 2 a 3 ml/s. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal PROTOCOLO TC HELICOIDAL SINGLE SLICE POSICIONAMENTO DO PACIENTE Coronal (decúbito dorsal ou ventral). Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal TOPOGRAMA Scout : perfil Inclinação: perpendicular à sela túrcica. Início: 1 cm anterior à sela túrcica Término: após a sela túrcica Espessura: 2 mm (1 a 3 mm) Incremento: 2 mm Gantry : inclinado FOV: 8 a 12 cm Filtro: partes moles Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal PROTOCOLO TC MULTISLICE Objetivo: avaliação de tumores na hipófise e as patologias do arcabouço selar. Tumoração: microadenomas e macroadenomas são os tumores mais frequentes. Estudo: aquisição no plano axial e MPR no plano coronal (sagital: opcional). Cortes: de 1 a 3 mm, mas é fundamental reconstruir com espessura menor que 0,5 mm. Scout : em perfil com o paciente em decúbito dorsal. Aquisição das imagens: só se realiza a fase com contraste. Bomba infusora: uso obrigatório. Injeção rápida: 2 a 3 ml/s. Volume de contraste: 1 ml/kg. FOV: 8 a 12 cm. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Existem protocolos para estudo dos ossos temporais (área do ouvido), das órbitas e demais protocolos da região do crânio e da face que são menos comuns nos serviços de radiodiagnóstico. No módulo seguinte, você vai compreender e identificar os principais protocolos de tórax. TOMOGRAFIA DO CRÂNIO VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. O PLANEJAMENTO SEQUENCIAL DOS EXAMES TOMOGRÁFICOS POSSUI VÁRIOS PASSOS PARA A REALIZAÇÃO DOS EXAMES QUE VAI DESDE SUA FASE INICIAL ATÉ A FASE DE PÓS-PROCESSAMENTO DAS IMAGENS. MARQUE ABAIXO A ALTERNATIVA QUE CONTÉM UMA FASE DESSE PLANEJAMENTO: A) Realização dos cortes. B) Ligar o aparelho. C) Executar o comando de warm up . D) Realização de testes entre os atendimentos diários. E) Executar o comando de air calibration . 2. QUAL É A POSIÇÃO DO TOPOGRAMA (SCOUT ) PARA OS EXAMES TOMOGRÁFICOS DA SELA TÚRCICA PARA O ESTUDO DA HIPÓFISE? A) Oblíqua. B) PA. C) Não há topograma para a série de crânio. D) AP. E) Perfil. GABARITO 1. O planejamento sequencial dos exames tomográficos possui vários passos para a realização dos exames que vai desde sua fase inicial até a fase de pós-processamento das imagens. Marque abaixo a alternativa que contém uma fase desse planejamento: A alternativa "A " está correta. A realização dos cortes (slices ) é parte integrante do planejamento sequencial dos exames tomográficos e está inserido no centro das etapas. 2. Qual é a posição do topograma (scout ) para os exames tomográficos da sela túrcica para o estudo da hipófise? A alternativa "E " está correta. O perfil é a visualização ideal para a referência no estudo dos exames da sela túrcica, pois, anatomicamente, é a posição mais clara para selecionar o planejamento de cortes da região. MÓDULO 2 Identificar as técnicas para exames do tórax PROTOCOLOS PARA TÓRAX Os protocolos para tórax possuem como principais objetivos: a análise do parênquima pulmonar, a análise da distribuição vasobrônquica, a análise das estruturas mediastinais e hilares, a análise dos grandes vasos e área cardíaca, a pesquisa de tromboembolia pulmonar (TEP) e a integridade do arcabouço ósseo torácico. Fonte: Shutterstock.com A tomografia do tórax pode ser tecnicamente dividida em: Tórax de rotina Tórax em alta resolução Estudo de vasos Estudo de tromboembolia pulmonar (TEP) SEM CONTRASTE Bronquiectasias Escleroderma Lúpus Dermatomiosite Doenças mistas do tecido conjuntivo COM CONTRASTE Lesão focal (nódulos ou massas) Estudo da aorta TEP Helicoidal single slice Topograma: frontal Alta tensão: 120 kV Corrente: 230 mA Tempo de rotação do tubo: 1 s Fator mAs: 230 Espessura do corte: 5 mm Pitch: 1,5 Passo da mesa: 8 mm Distância da varredura: 300 mm FOV: 400 mm Tempo de varredura: 37 s Multislice Topograma: frontal Alta tensão: 120 kV Corrente: 300 mA Tempo de rotação dotubo: 0,5 s Fator mAs: 150 Espessura do corte: 4 x 1 mm Pitch: 1,5 Passo da mesa: 6 mm Distância da varredura: 300 mm FOV: 400 mm Tempo de varredura: 13,8 s EXAME DE ROTINA A indicação para os exames de rotina do tórax ocorre quando o paciente não tem definido o quadro de sua patologia, geralmente, pulmonar, nos check-ups de rotina e nos rastreamentos de metástases. Outras realizações de exame de tórax estão, às vezes, relacionadas à alta de pacientes em setores fechados, como UTI e internações, por exemplo. Também podem estar associadas à internação do paciente, oriunda de um setor de urgência/emergência, visando analisar o estado global do indivíduo, e relacionadas a retiradas de dúvidas vindas de outros exames de imagem, como as radiografias de tórax, as ultrassonografias e até mesmo exames cardiológicos, tais como o eletrocardiograma e o ecocardiograma. Ainda é muito visível as adequações para análises de outras patologias com correlações às patologias dos pulmões e da área do mediastino. Protocolo Posição do paciente: decúbito dorsal com os braços acima da cabeça, se possível Topograma: tórax em AP Respiração: apneia, se possível durante todo planejamento dos cortes Espessura dos cortes: 7 mm (helicoidal single slice ) e 1 mm (multislice ) Limite de varredura: plano superior dos ápices pulmonares até as adrenais direita e esquerda Contraste iodado: a critério do radiologista assistente, relevando o peso do paciente, com entrevista prévia, se possível Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal A fase contrastada é feita, normalmente, com o mesmo planejamento utilizado na fase sem contraste. Deve ser administrado por meio de bomba injetora a uma velocidade de 2 a 3 ml por segundo. Os cortes tomográficos são adquiridos aproximadamente com 30 segundos do início da injeção. Fonte: Shutterstock.com Topograma sem o planejamento dos cortes à esquerda e com o planejamento à direita. TOMOGRAFIA DE TÓRAX DE ALTA RESOLUÇÃO (TCAR) Este exame permite obter detalhes anatômicos do pulmão e é indicado, principalmente, na avaliação de doenças intersticiais ou estudo de nódulos. São utilizados cortes finos com a espessura em exames de TCAR variando de 1 a 2 mm e filtro para parênquima “LUNG”. O exame deve ser realizado com o paciente em decúbito dorsal, em inspiração máxima e, se possível, em apneia, durante todo procedimento. Esteticamente, é um exame ideal para a maior parte dos estudos parenquimatosos do tórax, levando-se em conta a definição intersticial pulmonar e a visibilidade dos pulmões em comparação com a área do mediastino. Muitos radiologistas seguem o padrão de alta resolução como rotina de estudo pulmonar para as solicitações de tomografia computadorizada do tórax, de acordo com a clínica do paciente e capacidade do equipamento. Fonte: EnsineMe. Imagem do tórax em alta resolução axial. Protocolo Espessura dos cortes: muito reduzida, normalmente, de 1 mm, com espaçamento a cada 10 mm, cobrindo toda a região pulmonar (aproximadamente 25/30 cortes), dependendo do serviço de radiodiagnóstico. Algoritmo: utilizado para reconstrução das imagens deve ser o de alta resolução, para a maior clareza das áreas de estudo. Tempo: ideal é de 1 segundo ou inferior a isto. Filtro: duro (Sharp). Matriz: 512 x 512. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal ESTUDO DOS GRANDES VASOS O estudo do coração e dos grandes vasos da base como são um segmento à parte do estudo do tórax. Protocolo Utilização de bomba injetora: com velocidade rápida de infusão, administrando-se de 2 a 4 ml por segundo. Espessura do corte: normalmente, 3 a 5 mm (helicoidal single slice ) ou 0,5 mm (multislice ). Espessura do corte: normalmente, 3 a 5 mm (helicoidal) ou 0,5 mm (multislice ). Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal A aquisição no modo helicoidal permite que os cortes possam ser reconstruídos a incrementos menores do que a espessura do corte. Este procedimento é especialmente útil quando há interesse na reconstrução de modelos tridimensionais ou para técnicas de navegação no interior dos vasos. Cortes finos produzem melhores modelos de reconstrução. No entanto, este procedimento aumenta a dose de exposição no paciente e também o tempo total de aquisição das imagens. Se o tempo total for demasiadamente longo, poderá não haver uma contrastação uniforme dos vasos. ANEURISMA DE AORTA Protocolo Limite de varredura: limite superior do arco aórtico e ultrapassa os limites da área cardíaca. Bomba injetora: 3 ml/s. Aquisição dos cortes: 30 segundos após o início do contraste, utilizando-se de técnica helicoidal. Respiração: apneia, se possível em todo planejamento dos cortes. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal ATENÇÃO Após a aquisição da fase principal do exame, convém acrescentar cortes de forma a cobrir o restante dos campos pulmonares. COMENTÁRIO É importante observar o tempo de exame, pois, como os cortes são finos, poderá não haver um contraste uniforme nos vasos. A documentação para aneurisma aórtico necessita de janela de mediastino, janela de parênquima pulmonar e documentação tridimensional especial. TEP (TROMBOEMBOLISMO PULMONAR) A tomografia computadorizada helicoidal, principalmente, se realizada em aparelhos do tipo “multislice ”, é um método rápido, não invasivo, com boa sensibilidade e especificidade na avaliação do tromboembolismo pulmonar (TEP) agudo. A TC helicoidal é considerada por muitos como o método de imagem de escolha na avaliação desta condição clínica. Ela também é mais eficaz que a cintilografia, além de ser disponível na maior parte dos grandes centros, inclusive em situações de urgência e emergência. Nos últimos anos, o advento de aparelhos do tipo “multislice ” tem permitido a realização dos exames de modo rápido, com apneias curtas (inferiores a 10 segundos) e ótima qualidade de imagem, possibilitando a detecção de trombos subsegmentares e a realização de reconstruções multiplanares, aumentando a eficácia da TC na realização dos diagnósticos avançados da patologia. Protocolo Tipos de cortes: finos (máximo 3 mm). Início e final dos cortes: cortar prioritariamente 1 cm acima do arco aórtico até as porções superiores do diafragma. Depois, concluir com os ápices e as bases pulmonares para deixar dentro do estudo todo contexto de imagens comparativas. Orientação de corte: axial, sem angulação. Equipamento ideal: multislice . Incremento: 5 a 7 mm. Pitch: 1 a 1,5. FOV: adequar à região de interesse, fechando até a região do gradil costal. Kv: 120 a 140. mAs: 120 a 240. Contraste: iodado. Via de administração: endovenosa. Bomba injetora: 2 a 4 ml/s - (injetar pelo MSE, segundo o CBR). Aquisição dos cortes: cerca de 30 segundos após o início do contraste, a critério clínico do radiologista. Respiração: apneia. Reconstrução: partes moles/standard. Delay : 15 segundos. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal RECOMENDAÇÃO DE PROTOCOLOS E PRÁTICAS Para a pesquisa de TEP, deve-se incluir uma varredura de cortes do abdome até os músculos gastrocnêmios (região da panturrilha) para pesquisa de origem dos trombos em membros inferiores (MMII), sendo os cortes dos membros realizados – cerca de 2 minutos após a aquisição dos cortes principais contrastados – com a finalidade de uma busca avançada do diagnóstico prévio. As recomendações para o estudo de TEP contemplam cortar de baixo para cima para evitar artefatos de movimentos respiratórios e de hiperdensidade do contraste, fotografar o exame de cima para baixo. Para pacientes dispneicos deve-se utilizar a faixa torácica para minimizar movimentação respiratória, atentando sempre para a segurança e comodidade do paciente, que pode estar consciente ou não. ATENÇÃO É importante evitar multiformatação no estudo de TEP. A documentaçãopara TEP necessita de janela de mediastino, janela de parênquima pulmonar e documentação tridimensional especial, assim como no estudo do aneurisma aórtico. No próximo módulo, você vai compreender e identificar os principais protocolos de abdome e pelve e correlacionar as principais patologias abdominais à utilização do protocolo ideal, verificando o uso do meio de contraste, nos casos que haja necessidade e valoração radiológica. TOMOGRAFIA DO TÓRAX VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. QUAIS SÃO OS LIMITES DE VARREDURA PARA OS EXAMES TOMOGRÁFICOS DO TÓRAX EM UM PLANEJAMENTO EM AP (TOPOGRAMA OU SCOUT )? A) Superior: clavículas e inferior: seios cardiofrênicos B) Superior: hilo pulmonar e inferior: mediastino C) Superior: logo acima dos ápices pulmonares e inferior: na região das adrenais D) Superior: clavículas e inferior: seios costofrênicos E) Superior: ápices pulmonares e inferior: mediastino 2. PARA A PESQUISA DE TEP, DEVE-SE INCLUIR UMA VARREDURA DE CORTES DO ABDOME ATÉ OS MÚSCULOS ______________ PARA PESQUISA DE ORIGEM DOS TROMBOS EM MEMBROS INFERIORES (MMII). COMPLETE A AFIRMATIVA COM O NOME DOS MÚSCULOS QUE COMPLETA CORRETAMENTE A LACUNA: A) Tibiais anteriores B) Adutor da coxa C) Sartórios D) Sóleos E) Gastrocnêmios GABARITO 1. Quais são os limites de varredura para os exames tomográficos do tórax em um planejamento em AP (topograma ou scout )? A alternativa "C " está correta. Os limites superior e inferior da área de estudo torácica devem contemplar toda região funcional do tórax, sendo assim, a parte superior da varredura deve ficar logo acima dos ápices pulmonares e a parte inferior, na região das adrenais (suprarrenais). 2. Para a pesquisa de TEP, deve-se incluir uma varredura de cortes do abdome até os músculos ______________ para pesquisa de origem dos trombos em membros inferiores (MMII). Complete a afirmativa com o nome dos músculos que completa corretamente a lacuna: A alternativa "E " está correta. Os músculos gastrocnêmios (panturrilha) deverão ser incluídos nos cortes tomográficos para a pesquisa de TEP, com a finalidade de analisar possíveis trombos originados na região da perna. MÓDULO 3 Identificar as técnicas para exames do abdome e pelve PROTOCOLOS PARA ABDOME E PELVE Os protocolos para abdome e pelve possuem como principais buscas: traumas, hemorragias, infecções, doenças vasculares, rastreamento e estadiamento de tumores, abscessos, abdome agudo (apendicite/ colecistite/ abscesso/ perfuração de vísceras ocas, entre outros), rins e vias urinárias (litíase, malformações e variações anatômicas), pâncreas (pancreatite/ lesões focais – pseudocistos e neoplasias/ coledocolitíase) e fígado (lesões focais/ hemangioma/ cirrose). Seus principais estudos são: o abdome superior, a pelve e o abdome trifásico (angio TC). INDICAÇÕES CLÍNICAS E VIA DE ADMINISTRAÇÃO DO CONTRASTE SEM CONTRASTE Apendicite Litíase renal (cálculo) Fraturas da pelve (estudo ortopédico) COM CONTRASTE ENDOVENOSO Pancreatite Cisto renal Nódulo hepático Aneurisma da aorta Estudo funcional dos rins COM CONTRASTE ORAL Linfoma Adrenal (ou EV) Feocromacitoma MEIO DE CONTRASTE O estudo do abdome e pelve possui muitas indicações clínicas que necessitam da contrastação das estruturas de interesse e, em alguns casos, de regiões próximas: Contraste iodado parenteral (EV) Contrate iodado oral Contraste iodado endocavitário (retal) Contrastação com bário CONTRASTE ORAL Normalmente, é utilizado para destacar o estômago e as estruturas do intestino (delgado e grosso) em relação às demais da cavidade abdominal. A maioria das vezes pode-se distender o intestino com água para melhor avaliação. O contraste oral é diluído (para cada 1 litro de água, 40 ml de contraste). A administração do contraste oral vai variar de acordo com o estudo em questão, por exemplo, o contraste é administrado 30 a 40 minutos antes do início do exame para permitir a opacificação do intestino delgado; uma dose adicional de 20 ml do mesmo contraste é ingerida imediatamente antes da varredura, para opacificar o estômago e a região proximal do intestino delgado (HENWOOD, 2003). Para opacificação do cólon, o tempo de administração antes do exame será maior. CONTRASTE RETAL A administração do contraste retal (sulfato de bário) é realizada para destacar as paredes do intestino grosso mais rapidamente. Também é uma alternativa quando o paciente não consegue realizar a ingestão do iodo, via oral. OBSERVAÇÕES PARA TC DE ABDOME E PELVE USO DO CONTRASTE ORAL Com o advento de equipamentos de múltiplas fileiras de detectores (multislice ), reduziu-se a necessidade do uso de contraste oral positivo. Muitas vezes, pode-se distender o intestino com água para melhor avaliação. O contraste positivo pode ser útil em casos de pesquisa de fístula com o trato digestivo ou em casos de pacientes mais delgados ou crianças. FASES UTILIZADAS NO PACIENTE COM TRAUMA A avaliação dos segmentos pode ser feita através de uma série sem contraste e venosa. Destaca-se que, na avaliação do segmento abdominal, pode-se incluir as fases arterial e tardia, dependendo da suspeita clínica, particularmente útil nos casos de acometimento urinário. PROTOCOLOS DE REDUÇÃO DE DOSE DE RADIAÇÃO Ressalta-se que existem muitas opções para se reduzir a dose de radiação derivada da TC. POSSIBILIDADES DE POSICIONAMENTO DO PACIENTE Paciente em decúbito dorsal ou decúbito ventral (dúvida de cálculo dentro ou fora da bexiga) Mesa com suporte para tronco Braços estendidos sobre a cabeça, a fim de evitar artefatos de imagem promovidos pelos membros superiores (MMSS) Cortes axiais Linhas de referência: frontal – processo xifoide – lateral – linha médio-lateral do abdome Decúbito dorsal entrando com os pés: facilita a punção do acesso venoso no membro superior pela equipe de enfermagem. Decúbito dorsal entrando com a cabeça: pacientes politraumatizados que serão submetidos aos rastreamentos do tórax, crânio e coluna cervical para um estudo mais completo (protocolo do acidentado). Topograma: abdome em AP ou PA. LIMITES DE VARREDURA Abdome Total: diafragma (5 cm acima do processo xifoide) até a sínfise púbica. Abdome Superior: diafragma até a extremidade superior da crista ilíaca. Pelve: extremidade superior da crista ilíaca até a extremidade inferior do ísquio. Fígado: diafragma até o limite inferior da região caudal do órgão. Rins: limite superior das glândulas suprarrenais e vai até o limite inferior do rim. Colo: diafragma até a sínfise púbica. PARÂMETROS BÁSICOS – DOR ABDOMINAL Apneia respiratória. Início: acima das cúpulas diafragmáticas. Término – abdome superior: bifurcação da aorta (crista ilíaca). Espessura de corte: 3 mm (mesmo incremento). FOV: de 30 a 50 cm. kVp: 120. mA: 150 - 250 (modulando a dose). Algoritmo de reconstrução: standard. Fluxo de contraste ≈ 2 a 3 ml/s. Jelco: 18 (G). INDICAÇÕES CLÍNICAS Avaliar o abdome inferior. Detectar eventuais alterações da bexiga em ambos os sexos. A TC da pelve feminina possibilita avaliar o útero e ovários, enquanto a TC pélvica masculina nos permite avaliar a próstata e as vesículas seminais. Patologias que possuem indicação para a realização da TC da pelve: endometriose, miomas uterinos ou cistos dos ovários, tumores benignos ou malignos (cancro), DIP (doença inflamatória pélvica), entre muitas outras. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O ESTUDO DO ABDOME Delay – é o tempo entre a administração de contraste e a aquisição de imagens. Dose de radiação. Tipo de equipamento. Janelamento adequado. INTERVALO DAS FASES CONTRASTADAS (DELAY ) Arterial vascular: melhor visualização no interior dos vasos – 25 segundos. Arterial visceral (rim, baço, fígado): melhor visualização dos vasos e tecidos viscerais – 35 segundos. Pancreática: cerca de 40 segundos. Venosa: opacificação das veias hepáticas e rins – 75 segundos. Nefrográfica: 90 segundos, também chamada de nefrograma, visibiliza os contornos renais.Equilíbrio: distribuição do meio de contraste entre fígado e rim – 3 minutos. Excretora: excreção pelas vias urinárias – 5 a 7 minutos. TRAUMA ABDOMINAL - ADULTO PARÂMETROS BÁSICOS Região anatômica Abdome Indicação Trauma abdominal – Adulto Aparelho A partir de 16 canais KV / mAs 120 / Automática Colimação 1.5 (mm) Espessura de Reconstrução (mm) 5.0 ou 3.0 Imagens no plano coronal e sagital com 3 mm Reconstruções de 1mm podem auxiliar em avaliação vascular. Filtro Partes Moles – Variado por fabricante Contraste Oral Na maioria das vezes pode ser feito sem contraste oral. Em pacientes de baixo índice de massa corporal (geralmente menor de 21), o contraste oral positivo pode ajudar, neste caso usar como especificado no protocolo de Dor Abdominal Contraste Venoso 1,5 a 2,0 ml/Kg (concentração de 300 mg Iodo/ml) Velocidade de injeção 2-3 ml/sec Fases Pré-contraste Arterial (25 segundos de retardo) Venosa (90 segundos de retardo) Tardia (3-5 minutos de retardo). CBR, 2015. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal ABDOME TRIFÁSICO Abdome em 3 fases (arterial–venosa–tardia) consiste na varredura para várias avaliações, pois consideramos uma varredura simples sem contraste e outras varreduras examinando o sistema arterial, o sistema venoso do paciente e, em alguns casos, a excreção tardia do meio de contraste. EXEMPLO Nódulos hepáticos (hemangiomas, Carcinoma Hepatocelular), melanoma, câncer de rim, avaliações pancreáticas e doença neoplásica com metástase hipervascular são indicações clínicas para estudo com aquisição arterial. PARÂMETROS BÁSICOS Apneia respiratória. Início - acima das cúpulas diafragmáticas Término - abdome superior: bifurcação da aorta (crista ilíaca) - abdome total/pelve: abaixo dos trocânteres femorais Espessura de corte - 3 mm (mesmo incremento) FOV- de 30 a 50 cm kVp- 120 mA: 150 - 250 (modulando a dose) Algoritmo de reconstrução - Standard Fluxo de contraste ≈ 2 a 3 ml/s Jelco 18 (G) DELAY Fases sem contraste: 1º FASE 2º FASE 3º FASE 1º FASE Arterial (somente nos casos selecionados em que há possibilidade de metástases hipervasculares): realizada 30/40 segundos após o início da injeção do meio de contraste 2º FASE Portal (com contraste): realizar as aquisições das imagens cerca 60 a 70 segundos após injeção do meio contraste 3º FASE Equilíbrio (tardia): deverá ser realizada de 3 a 5 minutos após a injeção do meio de contraste (só para algumas indicações). Ex.: verificação de litíase Fonte: EnsineMe. Imagens do abdome axial com contraste. PROTOCOLOS DE ABDOME E PELVE ROTINA ONCOLÓGICA Região anatômica Abdome Indicação Rotina oncológica Aparelho A partir de 16 canais KV / mAs 120 / Automática Colimação 1.5 (mm) Espessura de Reconstrução (mm) 3.0 Imagens no plano coronal e sagital com 3 mm Filtro Partes Moles – Variado por fabricante Contraste Oral Na maioria das vezes pode ser feito sem contraste oral ou com contraste negativo (água) Contraste Venoso 1,5 a 2,0 ml/Kg (concentração de 300 mg Iodo/ml) Velocidade de injeção 2-3 ml/sec Fases Na maioria dos casos as fases Pré-contraste e venosa (90 segundos de retardo) são suficientes, destacando-se que algumas neoplasias são hipervascularizadas e podem ser melhor identificadas na fase arterial (retardo de 35 segundos), como: Tumores neuroendócrinos Alguns Tumores de tireoide A maioria dos tumores renais Melanoma Carcinoma Hepatocelular (ver indicação direcionada) Destaca-se que na primeira avaliação tomográfica do paciente oncológico pode ser benéfico o uso da fase arterial de rotina. A fase de equilíbrio pode trazer dados adicionais em uma pequena parte dos pacientes, principalmente no caso de dúvida na fase venosa. CBR, 2015. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal ROTINA ONCOLÓGICA Metástases de melanoma. Exame de TC demonstrando lesões sólidas e hipodensas, com possível necrose central, difusamente distribuídas pelo parênquima hepático, com realce periférico pelo meio de contraste. Fonte: EnsineMe. Imagem de corte de abdome axial com contraste. CARCINOMA HEPATOCELULAR PROTOCOLO BÁSICO Região anatômica Abdome Indicação Carcinoma Hepatocelular Aparelho A partir de 16 canais KV / mAs 120 / Automática Colimação (mm) 1.5 Espessura de Reconstrução (mm) 3.0 Imagens no plano coronal e sagital com 3 mm Filtro Partes Moles – Variado por fabricante Contraste Oral Na maioria das vezes pode ser feito sem contraste oral ou com contraste negativo (água) Contraste Venoso 1,5 a 2,0 ml/Kg (concentração de 300 mg Iodo/ml) Velocidade de injeção 3-5 ml/sec Fases Pré-contraste Arterial (35 segundos de retardo) Venosa (80 segundos de retardo) Equilíbrio (3-5 minutos de retardo). CBR, 2015. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal VOCÊ SABIA O Carcinoma Hepatocelular (CHC) é um dos tumores mais comuns do mundo, sendo considerada a neoplasia maligna do fígado mais comum entre pacientes adultos. Pode ser considerado o câncer primário do fígado, pois deriva dos hepatócitos (células hepáticas). A maioria dos pacientes com CHC tem cirrose e disfunção hepática subjacente, o que complica a clínica. A infecção pelo vírus da Hepatite B está relacionada com um de seus principais fatores de risco. Para determinar a extensão da doença e a resposta terapêutica, a TC representa um dos principais procedimentos de diagnóstico de escolha. Dentre as características no aspecto da imagem desta patologia, podemos destacar: 1 – O CHC possui maior ocorrência no lobo direito do fígado e, por geralmente ser vascularizado, é suprido pelo sangue da artéria hepática, o que caracteriza aspecto hiperdenso na fase arterial. Enquanto isso, o parênquima hepático recebe o sangue arterial da veia porta. 2 – Na fase portal do fígado, os tumores são geralmente menos densos que o parênquima realçado pelo contraste, que chega através da veia porta e não irriga o tumor. 3 – Na fase pré-contraste, o CHC geralmente é hipodenso, podendo apresentar alguns pequenos focos hemorrágicos hiperdensos. 4 – No caso das metástases ainda avasculares (sítios ativos), a melhor fase é a portal, pois manifestam-se como nódulos hipo/isodensos no meio do parênquima hepático normal, que estará totalmente contrastado (hiperdenso). Fonte: EnsineMe. Imagens de hepatocarcinoma multicêntrico mais destacadas após injeção do meio de contraste. PROTOCOLO DE ABDOME E PELVE - NEOPLASIA PANCREÁTICA Região anatômica Abdome Indicação Neoplasia Pancreática Aparelho A partir de 16 canais KV / mAs 120 / Automática Colimação (mm) 1.5 Espessura de 3.0 Reconstrução (mm) Imagens no plano coronal e sagital com 3 mm Filtro Partes Moles – Variado por fabricante Contraste Oral Usar contraste negativo (água – 3-4 copos imediatamente antes do exame para distender o duodeno) Contraste Venoso 1,5 a 2,0 ml/Kg (concentração de 300 mg Iodo/ml) Velocidade de injeção 2-3 ml/sec Fases Pré-contraste Pancreática (40 segundos de retardo) Venosa (80 segundos de retardo) Em alguns casos de neoplasias neuroendócrinas a fase arterial mais precoce, em torno de 20 a 30 segundos pode ajudar a identificar o tumor. CBR, 2015. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal PARÂMETROS BÁSICOS – PÂNCREAS Apneia respiratória. Início - acima das cúpulas diafragmáticas Término - abdome superior: bifurcação da aorta (crista ilíaca) - abdome total/pelve: abaixo dos trocânteres femorais Espessura de corte - 3 mm (mesmo incremento) DFOV- de 30 a 50 cm kVp- 120 mA: 150 - 250 (modulando a dose) Algoritmo de reconstrução - Standard Fluxo de contraste ≈ 2 a 3 ml/s Jelco 18 (G) DELAY Pré-contraste. Pancreática (40 segundos de retardo). Venosa (80 segundos de retardo). Em alguns casos de neoplasias neuroendócrinas, a fase arterial mais precoce, em torno de 20 a 30 segundos, pode ajudar a identificaro tumor. PARÂMETROS BÁSICOS – UROTOMOGRAFIA (URO- TC) Região anatômica Abdome Indicação Urotomografia Aparelho A partir de 16 canais KV / mAs 120 / Automática Colimação (mm) 1.5 Espessura de Reconstrução (mm) 3.0 Imagens no plano coronal e sagital com 3 mm Filtro Partes Moles – Variado por fabricante Contraste Oral Geralmente dispensável. O uso de hiper-hidratação previamente ao exame pode ajudar na distensão do sistema coletor além de conferir proteção renal ao contraste. Pode-se utilizar cerca de 1000 ml de água administrada em 60 minutos antes do exame. Contraste Venoso 1,5 a 2,0 ml/Kg (concentração de 300 mg Iodo/ml) Velocidade de injeção 2-3 ml/sec Fases Pré-contraste Nefrográfica (90 segundos de retardo) Tardia (5-10 minutos de retardo) – É muito importante virar o paciente na mesa, em pelo menos 360 graus para homogeneizar o contraste no interior da bexiga e não formar nível. Em pacientes jovens (abaixo de 40 anos), o uso de técnicas de divisão de contraste para redução de radiação, nestes casos: Injetar 30% da dose, esperar 10 minutos Injetar 70% restante e cortar Abdome total com retardo de 90 segundos. O objetivo é obter uma fase nefrográfica e excretora juntas. Em casos de neoplasias renais, a fase ARTERIAL (25-35 segundos) é útil para ajudar na diferenciação dos tumores e para planejamento cirúrgico (avaliação dos ramos arterial) CBR, 2015. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal ABDOME TOTAL SEM CONTRASTE Abdome superior fase corticomedular: delay de 25-35s após o início da injeção de contraste (neoplasias renais) Abdome superior fase nefrográfica: delay de 90s após o início da injeção de contraste Abdome total fase excretora: delay de 5 minutos após o início da injeção de contraste ATENÇÃO A fase excretora pode ser feita com maior delay , pois pode haver algum fator que retarde a eliminação do meio de contraste, sempre lembrando que o decúbito ventral pode ajudar, pois facilita a drenagem pelos ureteres. Em caso de litíase renal, fazer o exame todo sem contraste e, se for necessário, injetar contraste e adquirir imagens nas fases nefrográficas e tardia. Quando a queixa for de hematúria, fazer o exame sem contraste até o púbis. PARÂMETROS BÁSICOS – ANGIO TC Região anatômica Abdome Indicação Angiotomografia Aparelho A partir de 16 canais KV / mAs 120 / Automática Colimação (mm) 1.5 Espessura de Reconstrução (mm) 3.0 Imagens no plano coronal e sagital com 3 mm Reconstrução de 1mm para avaliação em Estações de trabalho Filtro Partes Moles – Variado por fabricante Contraste Oral Geralmente sem contraste. Contraste Venoso 1,5 a 2,0 ml/Kg (concentração de 300 mg Iodo/ml) Velocidade de injeção 3-5 ml/sec Fases Fase arterial (25 segundos). O uso da fase pré-contraste pode auxiliar em casos de síndromes aórticas agudas (particularmente em hematomas intramurais). A fase tardia (1 minuto) pode auxiliar em casos de avaliação de endoprótese, particularmente em casos de endoleaks de baixo fluxo. A avaliação venosa deve ser realizada em casos específicos, podendo ser obtida em 70 segundos no caso da circulação portal ou mesmo 120 segundos na circulação sistêmica. Região anatômica Tórax Indicação Suspeita de Embolia Pulmonar CBR, 2015. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal O próximo e último módulo de protocolos de exames em TC ensina sobre o estudo segmentado da coluna vertebral, suas condições patológicas, os posicionamentos e demais fases do protocolo, além de esclarecer a necessidade de uso do meio de contraste, em alguns casos. TOMOGRAFIA DO ABDOME E PELVE VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. QUAL DAS PESQUISAS PATOLÓGICAS ABAIXO SE REFERE À UMA TC DE ABDOME SEM UTILIZAÇÃO DO MEIO DE CONTRASTE IODADO? A) Litíase renal (cálculo renal) B) Pancreatite C) Cisto renal D) Linfoma E) Nódulo hepático 2. EM QUE SITUAÇÃO OS PACIENTES DEVEM SUBMETER-SE AO EXAME TOMOGRÁFICO DE ABDOME E PELVE EM DECÚBITO DORSAL, ENTRANDO COM A CABEÇA (HEAD FIRST ) EM RELAÇÃO AO GANTRY ? A) Para os pacientes politraumatizados que serão submetidos aos rastreamentos do tórax, crânio e coluna cervical, para um estudo mais completo (protocolo do acidentado). B) Para os pacientes com sintomatologias hepáticas pré-existentes. C) Para os pacientes renais crônicos que não podem ser submetidos ao uso do meio de contraste iodado. D) Para os pacientes idosos com dificuldade de posicionamento. E) Para os pacientes com trauma abdominal isolado e que apresentam dor difusa em toda região abdominal. GABARITO 1. Qual das pesquisas patológicas abaixo se refere à uma TC de abdome sem utilização do meio de contraste iodado? A alternativa "A " está correta. A busca pela litíase renal não necessita da utilização do meio de contraste iodado venoso, pois sua atuação é incompatível com a clarividência do cálculo renal. 2. Em que situação os pacientes devem submeter-se ao exame tomográfico de abdome e pelve em decúbito dorsal, entrando com a cabeça (head first ) em relação ao gantry ? A alternativa "A " está correta. Os traumas em pacientes que envolvem a área do abdome, do tórax e da coluna, principalmente a cervical, devem ser submetidos ao exame de abdome posicionados em decúbito dorsal, entrando com a cabeça em relação ao gantry, para facilitar o rastreamento das regiões adjacentes para compor o protocolo do acidentado – na ordem: cervical, tórax e abdome/pelve. MÓDULO 4 Identificar as técnicas para exames da coluna vertebral PROTOCOLOS PARA COLUNA VERTEBRAL Em tomografia computadorizada, os protocolos voltados ao estudo da coluna vertebral devem sempre ser montados de acordo com a hipótese diagnóstica (HD), pois é a partir dela que iremos determinar o início e término da varredura, os algoritmos de reconstrução e os tipos de reformatações a serem empregadas pós-aquisição. Qualquer que seja o nível da coluna a ser avaliado, devemos levar em consideração o equipamento utilizado e o objetivo do exame. As imagens podem ser adquiridas no modo axial (por espaço) ou helicoidal (em bloco). A aquisição das imagens por espaço (modo axial) não permitirá uma reconstrução em outros planos, devido às diferentes angulações utilizadas, acompanhando o plano de corte (disco vertebral). A aquisição das imagens em bloco deverá ser realizada em cortes finos, quando o objetivo for a reconstrução em outros planos. Quando o interesse no estudo da coluna está voltado para tumores, traumas, ou processos infecciosos, o estudo poderá ser feito em bloco (uma única angulação do gantry ), com um número de cortes suficientes para cobrir toda a região de interesse. Nestes casos, é conveniente a aquisição helicoidal para que se possa trabalhar com modelos de reformatações multiplanares e, eventualmente, reconstruções tridimensionais. Fonte: Shutterstock.com No estudo da coluna vertebral, serão contemplados os segmentos: Cervical Torácico Lombar Sacro e cóccix INDICAÇÕES DO EXAME O exame de TC da coluna é indicado nos casos de: Trauma Hemorragia Infecção/inflamação Doenças degenerativas Estudo vascular Hérnia de disco Osteófitos Avaliação cirúrgica para colocação de próteses Dor crônica ou aguda SEGMENTO COLUNA CERVICAL Os exames tomográficos da coluna cervical fazem análises detalhadas sobre fraturas, avaliação da extensão dos arcos posteriores, doença degenerativa da coluna, fragmentos ósseos no interior do canal vertebral e o grau de compressão da medula espinhal. Determina também medidas anormais na distância entre os pedículos dos processos espinhosos e de alinhamento. É importante também na avaliação pré e pós-operatória, quando utilizadas as osteossínteses (material metálico, parafusos e placas). ATENÇÃO Para o rastreamento da coluna cervical, o paciente não pode deglutir durante a aquisição dos cortes, para evitar os artefatos de movimento. POSICIONAMENTO DO PACIENTE O usuário deve ficar em decúbitodorsal, com a cabeça apoiada no encosto apropriado, corpo alinhado com a mesa que será introduzida no interior do gantry , que deverá estar sem inclinação. Os braços devem estar estendidos ao lado do corpo ou posicionados sob a região abdominal, com os ombros ligeiramente tracionados para região inferior do corpo, retirando a superposição dos ombros com relação à transição cervicotorácica. PROTOCOLO BÁSICO DA COLUNA CERVICAL Posição do paciente: decúbito dorsal (supinação) head first . Com a cabeça em direção ao gantry . O plano sagital mediano deve estar perpendicular à mesa de exames. Topograma: Lateral (90°) e frontal (0°) Limite superior: forame magno Limite inferior: T1 kV: 120 mA: 200 FOV: 120 mm a 150 mm Aquisição de dados: cortes (hélice) no plano axial Angulação do gantry : 0º Espessura de corte: 2,0 mm (entre 0,5 mm e 2,0 mm) Incremento/ intervalo: ≤ a espessura, NUNCA maior Pitch : 1,5 Filtro: Standard Matriz: 512 x 512 PARÂMETROS DE RECONSTRUÇÃO (RECONSTRUÇÃO) Filtros: Bone e Standard (para reconstrução 3D) Planos: Coronal, sagital e 3D Reconstrução: 1 mm Imagens de referência Fonte: EnsineMe. Imagens de topograma da coluna cervical em AP e em perfil. UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE CONTRASTE Se houver a necessidade de injetar contraste, é preciso fazer primeiro a fase sem contraste. Indicações clínicas comuns para o uso de contraste são tumores e processos infecciosos. A varredura deve começar entre 40 s a 60 s após a injeção de contraste. Bomba injetora com o fluxo de ≈ 3,5 ml/s. Meio de contraste iodado, a critério do radiologista, dose de 2 ml/kg ou em adultos acima de 70 kg: 100 ml. ATENÇÃO Nos casos de trauma, não há necessidade da utilização do meio de contraste. SEGMENTO COLUNA TORÁCICA O estudo tomográfico da coluna torácica é geralmente realizado com uma varredura em todos os níveis vertebrais torácicos (T1 à T12), com cortes de espessura entre 3 a 5 mm. ORIENTAÇÃO DO PACIENTE A orientação do paciente em relação ao gantry pode ser em head first (cabeça primeiro), ou feet first (pés primeiro), tudo vai depender de como foi montado o protocolo e as condições do cliente. Isso em casos de politraumatizados, porém, usualmente, utiliza-se em feet first , com MMSS abduzidos acima da cabeça. PROTOCOLO BÁSICO DA COLUNA TORÁCICA Posição do paciente: decúbito dorsal (supinação) com a cabeça em direção ao gantry . O plano sagital mediano deve estar perpendicular à mesa de exames. Topograma: Lateral (90°) e frontal (0°) Limite superior: borda inferior do corpo de C7 Limite inferior: borda superior do corpo de L1 kV: 120 mA: 250 FOV: 18 cm PARÂMETROS DE AQUISIÇÃO Aquisição de dados: cortes (hélice) no plano axial Angulação do gantry : 0º Espessura de corte: 3 a 5 mm Incremento/ intervalo: ≤ a espessura, nunca maior Pitch: 1,5 Matriz: 512 x 512 Filtro: standard PARÂMETROS DE RECONSTRUÇÃO (RECONSTRUÇÃO) Filtros: Bone e Standard (para reconstrução 3D) Planos: Coronal, sagital e 3D Reconstrução: 1 mm Imagens de referência Fonte: EnsineMe. Imagens de topograma da coluna torácica em AP e em perfil. UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE CONTRASTE Se houver a necessidade de injetar contraste, é preciso fazer primeiro a fase sem contraste. Indicações clínicas comuns para o uso de contraste são tumores e processos infecciosos. A varredura deve começar entre 40 s a 60 s após a injeção de contraste. Bomba injetora com o fluxo de ≈ 3,5 ml/s. Meio de contraste iodado a critério do radiologista dose de 2 ml/kg ou em adultos acima de 70 kg: 100 ml. SEGMENTO COLUNA LOMBAR O exame de rotina da coluna lombar compreende os três últimos segmentos, os níveis L3-L4, L4-L5 e L5-S1, geralmente, para achados discais. Normalmente, os segmentos L1-L2 e L2-L3 só são realizados quando solicitados ou se apuradas suspeitas nestes níveis por ocasião da entrevista, ou ainda se observadas alterações importantes no scout nestes níveis, além das buscas oriundas de traumas lombares. Em cada articulação, é feito um planejamento de forma a se obter cortes paralelos ao disco de interesse. Aproximadamente, de 8 a 10 cortes são feitos por nível, cobrindo todo o forame intervertebral (do pedículo de uma vértebra ao pedículo da vértebra adjacente). IMPORTANTE Realizar o exame nas direções head first ou feet first de acordo com a rotina do serviço ou das condições clínicas atuais e limitações do paciente. PROTOCOLO BÁSICO DA COLUNA LOMBAR Posição do paciente: decúbito dorsal (supinação) head first . Com a cabeça em direção ao gantry . O plano sagital mediano deve estar perpendicular à mesa de exames. Topograma: Lateral (90°) e frontal (0°) Limite superior: borda inferior do corpo de T12 Limite inferior: borda superior do corpo de S1 (incluir as articulações sacroilíacas) kV: 120 mA: 250 FOV: 14 cm Matriz: 512 x 512 PARÂMETROS DE AQUISIÇÃO Aquisição de dados: cortes (hélice) no plano axial Angulação do gantry : 0º Angulação do gantry : ⁄⁄ ao espaço interdiscal estudado Espessura de corte: 2,5 mm Incremento/ intervalo: ≤ a espessura, nunca maior Pitch: 1,5 Filtro: standard PARÂMETROS DE RECONSTRUÇÃO (RECONSTRUÇÃO) Filtros: Bone e Standard (para reconstrução 3D) Planos: Coronal, sagital e 3D Reconstrução: 1 mm Imagens de referência Fonte: EnsineMe. Imagens de topograma da coluna lombar em AP e em perfil. UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE CONTRASTE Se houver a necessidade de injetar contraste, é preciso fazer primeiro a fase sem contraste. Indicações clínicas comuns para o uso de contraste são tumores e processos infecciosos. A varredura deve começar entre 40 s a 60 s após a injeção de contraste. Bomba injetora com o fluxo de ≈ 3,5ml/s. Meio de contraste iodado a critério do radiologista dose de 2 ml/kg ou em adultos acima de 70 kg: 100 ml. SEGMENTO SACRO E CÓCCIX Paciente em decúbito dorsal, com o corpo apoiado e alinhado com a mesa de exames no interior do gantry que deverá estar sem inclinação. Os braços deverão estar estendidos para o alto da cabeça para não sobrepor à região de interesse, evitando artefatos. Cabeça acomodada entre os braços, podendo fazer uso de um anteparo (travesseiro); suporte para as pernas para promover o alinhamento das curvaturas da coluna. PROTOCOLO BÁSICO DO SACRO E CÓCCIX Topograma: Lateral (90°) e frontal (0°) Angulação do gantry : sem angulação. Aquisição: helicoidal multislice . Limite superior: borda inferior do corpo de L5. Limite inferior: final do cóccix. Filtro Aquisição: partes moles e ósseas. FOV: adequar para região em estudo, entre 20 e 25 cm. Espessura de corte: 1,0 a 3,0 mm. Espaçamento entre cortes: deve ser menor ou igual à espessura de corte. Incremento/ intervalo: ≤ a espessura, NUNCA maior Pitch : 1 a 1,2. Matriz: 512 x 512 kV: aproximadamente 120 mAs: mais baixo possível para obtenção de uma boa qualidade de imagem, aproximadamente 80. Tipo de reconstrução: alta resolução. PARÂMETROS DE RECONSTRUÇÃO (RECONSTRUÇÃO) Filtros: Bone e Standard (para reconstrução 3D) Planos: Coronal, sagital e 3D Reconstrução: 1 mm UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE CONTRASTE Se houver a necessidade de injetar contraste, é preciso fazer primeiro a fase sem contraste. Indicações clínicas comuns para o uso de contraste são tumores e processos infecciosos. A varredura deve começar entre 40 s a 60 s após a injeção de contraste. Bomba injetora com o fluxo de ≈ 3,5ml/s. Meio de contraste iodado a critério do radiologista dose de 2 ml/kg ou em adultos acima de 70 kg: 100 ml. TOMOGRAFIA DA COLUNA VERTEBRAL VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. QUAIS SÃO OS TOPOGRAMAS UTILIZADOS PARA O ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL NO SEGMENTO CERVICAL? A) AP e oblíqua B) PA e oblíqua C) AP e perfil D) PA e AP E) PA e perfil 2. QUAIS SÃO OS SEGMENTOS VERTEBRAIS ESTUDADOS NOS EXAMES TOMOGRÁFICOS DE ROTINA DA COLUNA LOMBAR? A) L3-L4 e L4-L5 B) L3-L4, L4-L5 e L5-S1 C) L1-L2, L2-L3 e L4-L5 D) L4-L5 e L5-S1 E) L1-L2, L2-L3 e L3-L4 GABARITO 1. Quais são os topogramas utilizadospara o estudo da coluna vertebral no segmento cervical? A alternativa "C " está correta. Os topogramas AP e perfil são utilizados como parâmetros do estudo da coluna cervical para o planejamento dos cortes, o AP é utilizado para a localização em relação às estruturas adjacentes e o perfil é adotado na contagem das vértebras cervicais. 2. Quais são os segmentos vertebrais estudados nos exames tomográficos de rotina da coluna lombar? A alternativa "B " está correta. Os segmentos L3-L4, L4-L5 e L5-S1 são os mais importantes na pesquisa de lesões discais, logo, sendo os mais recorrentes nos exames de rotina. Se a pesquisa for para trauma, todo segmento lombar ou lombossacro pode ser contemplado no estudo, além disso, outras alterações podem incluir os segmentos L1-L2 e L2-L3 na busca por imagens tomográficas. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Os quatro módulos estudados atestaram a importância e a relevância dos parâmetros dos protocolos em TC das principais regiões anatômicas do corpo (cabeça, tórax, abdome e coluna vertebral) para a busca do diagnóstico por imagem tomográfica. Os protocolos demonstram o passo a passo do exame tomográfico e servem de referência para o operador do aparelho na orientação quanto aos fatores técnicos, na maneira em que o paciente se posiciona na mesa de exames, na utilização ou não do meio de contraste, nas reconstruções de imagens, dentre outros fatores complementares relevantes dos exames. Por fim, a observância dos métodos, parâmetros e orientações, contidos nos protocolos, visam a agilidade do exame, a comodidade do paciente, a destreza no manuseio do equipamento, a utilização da capacidade plena do aparelho em relação a cada especificidade de região estudada e a busca incessante do melhor diagnóstico possível, sempre observando a segurança dos envolvidos. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS CBR. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Protocolos de Tomografia Computadorizada CBR – 2015. São Paulo: CBR, 2015. Consultado em meio eletrônico em: 30 nov. 2020. DOS SANTOS, E. S.; NACIF, M. F. Manual de técnicas em tomografia computadorizada. Rio de Janeiro: Rubio, 2009. HENWOOD, S. Técnicas e prática na tomografia computadorizada clínica. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. MOURÃO, A. P. Tomografia Computadorizada: tecnologias e aplicações. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2015. NÓBREGA, A. I. Manual de Tomografia Computadorizada. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. RPACS Cloud. Manual do Usuário – Network Medical. São Paulo, 2020. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos explorados neste tema, assista: Ao vídeo “Tomografia Protocolo de Cranio Mix ídeo 2018 ”, do professor André Spindola Maciel, disponível no YouTube. CONTEUDISTA Henrique Luz Coelho CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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