Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS V ALÉXIA ALEXANDRINA POSSIDONIO ALMEIDA 5º PERÍODO ATIVIDADE ACADÊMICA TIC´s – INTERNAÇÃO HOSPITALAR – SEMANA IV GUANAMBI/BA 2023 PERGUNTAS: Quando está indicado a internação de paciente psiquiátrico? E quais situações esta prática é vedada? A ampla maioria dos casos é tratada em nível ambulatorial. Constantes tensões entre a observância dos princípios da autonomia, da beneficência e da não maleficência ocorrem na hipótese de hospitalização de alguém que padece com transtorno psiquiátrico. Muitos pacientes, em função de sua condição psíquica, podem realizar atos prejudiciais a si próprios e/ou a terceiros, além de se exporem social, financeira e/ou sexualmente, baixa adesão ao tratamento ou comportamentos. Nesses casos, as restrições da autonomia são eticamente permissível, a internação psiquiátrica poderá ser necessária. A capacitação de recursos humanos em saúde mental e em psiquiatria deve ser feita de acordo com um modelo de serviço de saúde comunitária que recomenda a internação psiquiátrica – quando necessária – em hospitais gerais, de acordo com os princípios básicos que fundamentam esta reestruturação. Apesar da inexistência de menção expressa na Lei, a Portaria MS/GM nº 2.391/20025 trata da internação voluntária que se torna involuntária, que ocorre quando o paciente hospitalizado voluntariamente – e, portanto, com o direito de receber alta no momento em que a solici tasse – opõe-se a continuar hospitalizado. Entretanto, em face da presença dos riscos que autorizam uma internação involuntária, será mantido hospitalizado contra a sua vontade. A comunicação de internação psiquiátrica voluntária que se torna involuntária (IPVI) deverá ser feita pelo Ministério Público em até 72 horas após a caracterização da involuntariedade da permanência do paciente no hospital. As internações determinadas em decorrência de doença mental são previstas na Lei nº 10.216/2001,4 di vidindo-se em: voluntária, isto é, com o consentimento do paciente; involuntária, realizada sem seu consentimento, sendo suficiente a indicação médica, devendo, contudo, ser minuciosamente registrada em prontuário, bem como comunicada ao Ministério Público; e, por fim a compulsória, quando determinada pela Justiça. Atualmente, a internação em decorrência do abuso de substâncias psicoativas está tratada em norma própria, Lei nº 13.840/2019,6 que trata das internações voluntária e involuntária, sendo de igual modo reservada àquelas hipóteses em que as outras espécies de intervenção se mostrarem insuficientes. Uma grande ressalva ética que deve ser considerada no atendimento de emergências é que nenhum estabele cimento de hospitalização ou de assistência médica em geral, público ou privado, pode recusar atendimento médico sob a alegação de que o indivíduo tem doença mental. Não deve o paciente psiquiátrico ser tratado de forma diferente dos demais. Uma atitude frequente é sobrepor a doença mental perante outras doenças e queixas físicas, muitas vezes o real motivo da busca pelo atendimento. REFERÊNCIAS: Nardi, Antonio, E. et al. Tratado de Psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2021. Cantilino, Amaury, e Dennison Carreiro Monteiro. Psiquiatria clínica. Disponível em: Minha Biblioteca, MedBook Editora, 2017.
Compartilhar