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LIVRO - FUNDAMENTOS DO TURISMO

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Prévia do material em texto

Fundamentos 
de Turismo
João Paulo Leite Barbosa
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
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pelos seus mantenedores. Sendo assim, a Editora não se responsabiliza pelo conteúdo de terceiros.
Presidência 
Rodrigo Galindo
Vice-Presidência de Produto, Gestão 
e Expansão
Julia Gonçalves
Vice-Presidência Acadêmica
Marcos Lemos
Diretoria de Produção e 
Responsabilidade Social
Camilla Veiga
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Gerência Editorial
Fernanda Migliorança
Editoração Gráfica e Eletrônica
Renata Galdino
Luana Mercurio
Supervisão da Disciplina
Larissa Maria Palacio dos Santos
Revisão Técnica
Daniele Candido da Costa
Larissa Maria Palacio dos Santos
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 Barbosa, João Paulo Leite 
B238f Fundamentos de turismo / João Paulo Leite Barbosa. – 
 Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2020.
 152 p.
 
 ISBN 978-85-522-1662-9
 
 1. Turismo. 2. Desenvolvimento territorial. 3. Sistema 
 Turístico Brasileiro. I. Título. 
 
CDD 338.791
Jorge Eduardo de Almeida CRB-8/8753
Sumário
Unidade 1
Aspectos fundamentais do turismo ............................................................ 7
Seção 1
Conceitos essenciais para compreensão 
da atividade turística ........................................................................10
Seção 2
Oferta turística ..................................................................................18
Seção 3
Espaço geográfico e operadores do mercado turístico ................29
Unidade 2
O mercado turístico ....................................................................................41
Seção 1
Fundamentos conceituais do mercado turístico...........................44
Seção 2
Segmentação do mercado turístico ................................................52
Seção 3
Segmentação da oferta e formação 
de clusters no turismo ......................................................................61
Unidade 3
Sistema de turismo ......................................................................................75
Seção 1
Teoria sistêmica aplicada ao turismo .............................................78
Seção 2
Objetivos do SISTUR e o conjunto das relações ambientais ......85
Seção 3
Conjunto da organização estrutural...............................................97
Unidade 4
Relações do turismo .................................................................................111
Seção 1
As estratégias de regionalização e roteirização 
no turismo brasileiro .....................................................................114
Seção 2
Metodologia de roteirização ........................................................123
Seção 3
Pesquisas mercadológicas em turismo .......................................132
Palavras do autor
Prezado aluno, bem-vindo à disciplina Fundamentos do Turismo! O turismo se apresenta como um ramo de atividades em constante crescimento, o que se percebe por meio do número de turistas que 
visitam os diversos destinos brasileiros, o qual cresce ano a ano. Segundo 
o Sebrae, houve um aumento de 8% no volume de turistas estrangeiros que 
visitaram o Brasil entre os anos de 2017 e 2018, assim como o faturamento 
com a venda de viagens a turistas brasileiros teve um aumento de 18%. Esses 
números, dentre outros indicadores expressivos, demonstram o potencial 
de crescimento das atividades turísticas em nosso país, assim como uma 
demanda crescente por pessoas devidamente qualificadas para atuar no setor.
 Nesta disciplina, você terá a oportunidade de conhecer todos os aspectos 
fundamentais necessários para exercer atividades de gestão no setor turís-
tico em qualquer região do Brasil. A intenção do presente livro é fornecer os 
conhecimentos básicos necessários para que você, aluno, comece a olhar este 
setor a partir de um novo ponto de vista, fundamentado em conhecimentos 
teóricos que lhe permitam realizar análises com alto nível de profissionalismo.
Na primeira unidade, é realizada uma apresentação conceitual sobre o 
turismo, expondo a terminologia dos principais elementos utilizados pelos 
profissionais e estudantes que atuam na área. Tais conceitos e premissas são 
embasados em relevantes publicações da área, divulgadas segundo orien-
tações da Organização Mundial do Turismo. São abordados os conceitos e 
as terminologias necessários para atuar no setor turístico, tanto em âmbito 
acadêmico, ampliando o conhecimento científico na área, quanto em âmbito 
profissional, atuando nos setores público e privado.
Na segunda unidade, é apresentado o mercado turístico, demonstrando 
as relações de troca entre oferta e demanda, as quais dão forma e continui-
dade ao mercado. São tratadas, também, as técnicas de análise mercadológica 
direcionadas ao levantamento de informações e enriquecimento do conheci-
mento sobre a demanda e a oferta turística. 
Na terceira unidade, é retratado o sistema turístico, segundo o modelo 
referencial desenvolvido pelo expoente autor da área no Brasil: Mario Carlos 
Beni. Neste modelo, denominado SISTUR, são contemplados os grandes 
conjuntos de elementos que determinam a realização de atividades turís-
ticas, quais sejam: das relações ambientais, da organização estrutural e das 
ações operacionais.
Por fim, à medida que você está mais habituado com os elementos e as 
relações que determinam as atividades turísticas, são mostradas estratégias 
de gestão do turismo desenvolvidas e aplicadas pelas instituições relacio-
nadas ao Ministério do Turismo, em conjunto com a iniciativa privada, em 
todas as regiões brasileiras. 
Ao final da disciplina, espera-se que você se sinta capacitado e motivado 
a exercer as atividades turísticas embasado em sólidos conceitos e práticas 
mercadológicas. 
Bons estudos!
Unidade 1
Aspectos fundamentais do turismo
Objetivos de aprendizagem da unidade
• Entender os conceitos que definem os elementos essenciais das ativi-
dades turísticas.
• Compreender a demanda turística e as definições de turista, visitante, 
viajante e excursionista.
• Compreender a oferta turística e os elementos que a compõem, 
como o atrativo turístico, os produtos e serviços, a infraestrutura e os 
produtos turísticos.
• Compreender o conceito de destino turístico e as classificações dos 
espaços geográficos onde são praticadas atividades turísticas.
• Compreender o papel das operadoras de turismo como agentes facili-
tadoras na conexão entre oferta e demanda e atuantes na distribuição 
do produto turístico.
Seção 1 | Conceitos essenciais para compreensão da ativida-
de turística.
Conceitos de turismo e apresentação dos elementos básicos que compõem 
a atividade turística. Descrição conceitual da demanda turística.
Seção 2 | Oferta turística.
Apresentação dos conceitos que definem a oferta turística, perpassando o 
atrativo turístico, serviços, infraestrutura e produto turístico.
Seção 3 | Espaço geográfico e operadores do mercado turístico.
Apresentação do conceito de destino turístico e da classificaçãodos 
espaços geográficos onde são praticadas atividades turísticas. Apresentação 
da função das operadoras do mercado turístico.
Introdução à unidade
Prezado aluno, incialmente, seja bem-vindo à jornada de aprendizagem 
sobre os fundamentos do turismo. Ao longo desta primeira unidade, preten-
demos proporcionar um sólido embasamento sobre os conceitos fundamen-
tais que determinam o turismo e as atividades turísticas. Para todo profis-
sional da área de turismo é importante conhecer conceitualmente as discus-
sões conduzidas na área, para que possa desenvolver estudos e aprofundar 
seu conhecimento na área turística. Além disso, a base conceitual permite 
que os estudos na área possuam uma referência terminológica internacional, 
permitindo a comparação entre os dados e a realização de análises estatísticas.
Inicialmente, trataremos do conceito básico de turismo, apresentando os 
elementos fundamentais para que as atividades turísticas possam ser reali-
zadas. A partir da apresentação desses elementos, caracterizados por demanda 
turística, oferta turística, espaço geográfico e operadoras de turismo, condu-
ziremos discussões mais aprofundadas sobre cada um, identificando como 
são constituídos conceitualmente, tomando como base principal as orien-
tações da Organização Mundial do Turismo (OMT), publicadas na língua 
portuguesa, em 2001. Também, traremos argumentos de autores renomados 
na área, a fim de permitir uma visão abrangente dos conceitos apresentados 
e que você, aluno, conheça autores de referência.
O primeiro elemento descrito na primeira seção é a demanda turística, 
evidenciando os diferentes atores que fazem parte dela e quais deles podem 
efetivamente ser classificados como turistas; para tanto, também apresenta-
remos as definições de viajante, visitante e excursionista, as quais são funda-
mentais para a compreensão dos estudos publicados na área.
Já na segunda seção abordaremos a oferta turística, demonstrando que 
ela não é composta somente de produtos e serviços oferecidos aos turistas, 
existem outros elementos fundamentais para que estes tenham suas necessi-
dades atendidas, por exemplo, a matéria-prima do turismo, que é constituída 
pelos atrativos turísticos. Ainda, tratando da oferta turística, demonstra-
remos como é composto o produto turístico, o qual agrega tanto os atrativos 
quanto os produtos, serviços e a infraestrutura necessária para o atendimento 
das necessidades dos turistas.
Por fim, na terceira seção, trataremos do espaço geográfico, no qual são 
realizadas as atividades turísticas, demonstrando a complexidade na definição 
deles e as formas de classificação propostas para delimitá-los. Ainda nessa 
seção, discutiremos o papel das operadoras de turismo na conexão entre a 
demanda e a oferta turística e na distribuição do produto turístico; assim 
como proporemos uma breve discussão sobre como a tecnologia vem impac-
tando a forma como os turistas planejam e executam suas viagens.
Bons estudos!
10
Seção 1
Conceitos essenciais para compreensão da 
atividade turística
Introdução à seção
Caro aluno, nesta primeira seção do livro Fundamentos do Turismo, 
trataremos dos conceitos básicos que definem o termo turismo e a ativi-
dade turística. Você compreenderá como está fundamentado o conceito de 
turismo, conforme definido pela Organização Mundial do Turismo (OMT), 
visando demonstrar a proposta de um conceito único e padronizado, para 
que estudiosos e profissionais da área encontrem uma referência robusta e 
unificada sobre o conceito de turismo no momento de desenvolver análises 
estatísticas e estudos de cunho econômico, social ou cultural. Você também 
conhecerá os elementos básicos que constituem a atividade turística, tema 
que continuará sendo trabalhado nas próximas seções desta unidade, porém, 
nesta seção, daremos ênfase ao primeiro desses elementos, que é a demanda 
turística, assim, você entenderá as características que definem um turista, um 
viajante, um visitante e um excursionista
1.1 Conceitos essenciais para compreensão da atividade 
turística
A área do turismo tem sido alvo de estudos em diversos campos acadê-
micos e também fora da academia. Esse assunto atrai estudiosos e disciplinas 
de diferentes áreas, pois, a partir do século XX, as atividades turísticas se 
expandiram exponencialmente em todo o globo terrestre, impulsionadas pelo 
predomínio do modo de produção capitalista, pelo aumento da população e 
da concentração urbana e pela busca de maneiras cada vez mais alternativas 
de satisfação pessoal. Apesar de o turismo não ser considerado uma neces-
sidade básica, como saúde, educação ou alimentação, as atividades turísticas 
têm sido realizadas por um número cada vez mais expressivo de pessoas que 
buscam satisfazer suas necessidades relacionadas, principalmente, à cultura 
e ao lazer.
Segundo Fayos (1993), o aumento das atividades turísticas por uma 
ampla parcela da população pode também ser atribuído a diferentes transfor-
mações de cunho econômico, técnico e sociocultural, relacionadas ao desen-
volvimento do transporte aéreo, das telecomunicação e de novos procedi-
mentos de gestão e ao surgimento de novos destinos turísticos, junto a uma 
melhora geral da qualidade de vida da população nos países desenvolvidos e 
11
ao aumento do tempo livre, promovendo a introdução do consumo genera-
lizado do turismo. É importante ressaltarmos, porém, que tais mudanças 
representam potenciais impactos positivos e negativos à sociedade e ao meio 
ambiente, conforme poderá ser percebido ao longo deste livro.
Os primeiros estudos acadêmicos relevantes na área de turismo tiveram 
início na década de 1920, após o fim da Primeira Guerra Mundial, condu-
zidos por economistas europeus originários da chamada Escola de Berlim, 
da qual merecem destaque alguns autores, como Glucksmann, Schwink ou 
Bormann (OMT, 2001). Considerando a evolução exponencial do potencial 
econômico do turismo, muitos estudiosos propuseram formas distintas e 
complementares para delimitar o conceito de turismo, sendo realizada, em 
1991, a Conferência sobre Viagens e Estatísticas de Turismo, em Ottawa, no 
Canadá. O principal objetivo dessa conferência foi atender à necessidade de 
padronização nas terminologias relacionadas ao turismo, para criação de 
estudos e análises estatísticas confiáveis tanto no âmbito acadêmico quanto 
no âmbito dos profissionais de setores públicos e privados que atuam na área 
(OMT, 2001).
Para saber mais
Não é possível determinar desde quando se realizam atividades turís-
ticas, entretanto, existem relatos de atividades turísticas sendo desen-
volvidas desde a Antiguidade, passando pela Idade Média e Idade 
Moderna. Para saber mais como esses povos tratavam o turismo e 
realizavam atividades turísticas, leia o capitulo Antecedentes Históricos, 
do livro Fundamentos do Turismo, de Luiz Renato Ignarra, disponível na 
Biblioteca Virtual. 
IGNARRA, L. R. Fundamentos do Turismo. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: 
Cengage Learning, 2013.
Após a Conferência de Ottawa, em 1991, as discussões se estenderam até 
1994, quando a OMT adotou oficialmente o conceito de turismo que rege 
os estudos e estatísticas realizados na área, conforme descrito a seguir: “O 
turismo compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas 
viagens e estadas em lugares diferentes ao seu entorno habitual, por um 
período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou 
outras” (OMT, 2001, p. 38).
Analisando essa definição, inicialmente, percebemos a importância 
de descrever o significado de “entorno habitual”, uma vez que, segundo a 
afirmação da OMT, as atividades turísticas são aquelas realizadas “em lugares 
diferentes ao seu entorno habitual”, assim, “O entorno habitual de uma pessoa 
DEFINIÇÃO: TURISMO
OMT= ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO
12
consiste em certa área que circunda sua residência mais todos aqueles lugares 
que visita frequentemente” (OMT, 2001, p. 38).
A fim de possibilitar a ampla compreensão dadefinição de turismo adotada 
pela OMT, é necessário realizarmos algumas análises complementares, tais como:
• A estada no destino deve ser por um período determinado de, no máximo, 
um ano, tempo relativamente longo, considerando o tempo médio de 
duração dos vistos emitidos pelos governos para viagens de turismo, que 
gira em torno de três meses, e o tempo para um turista passar a ser consi-
derado um residente habitual, que gira em torno de seis meses.
• O turismo compreende atividades que podem ser realizadas tanto durante 
a viagem até o destino quanto durante a estada, incluindo, também, os 
produtos e serviços destinados a atender às necessidades dos turistas.
Neste momento, é importante ressaltar que a definição descrita anteriormente, 
apesar de amplamente utilizada para padronização dos estudos e das análises turís-
ticas, não é a única e não pode ser considerada hegemônica entre os estudiosos da 
área, cabendo a cada autor ou analista da área adotar a definição que achar mais 
adequada para seus estudos e argumentos. Todavia, a definição da OMT servirá de 
base para as análises e considerações apresentadas no presente livro.
Apresentada a definição de turismo, direcionaremos nossa atenção para 
os elementos básicos envolvidos nas atividades turísticas. Esses elementos 
ou fatores básicos que constituem as atividades turísticas estão em constante 
relação e devem sempre ser considerados em conjunto, de forma que se 
influenciam diretamente. Segundo a OMT (2001), são quatro os elementos 
básicos que constituem o conceito de atividade turística:
• Demanda turística: contempla todos os consumidores ou possíveis 
consumidores que consomem bens e serviços turísticos.
• Oferta turística: considera todos os produtos, serviços e organizações 
públicas ou privadas envolvidos ativamente nas atividades turísticas.
• Espaço geográfico: local físico ondea oferta e a demanda turísticas 
se encontram; também, é onde se situa a população residente, um 
importante fator que deve sempre fazer parte do planejamento da 
atividade turística, pois é capaz de agregar valor à oferta turística ou 
influenciar negativamente a escolha por parte da demanda turística.
• Operadores de mercado: organismos de caráter público ou privado 
que têm a função de facilitar a relação entre oferta e demanda turís-
tica. Podem ser considerados as agências de viagens, as companhias 
de transporte, os aplicativos de suporte às atividades turísticas e os 
demais órgãos que atuam na organização e/ou promoção do turismo.
ESTADA NO DESTINO 
4- ELEMENTOS / FATOS BÁSICOS ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES TURÍSTICAS
1-
2-
3-
4-
13
A demanda turística pode ser classificada em três grupos de pessoas, 
sendo eles: os viajantes, os visitantes e os turistas (OMT, 2001), de forma 
que cada grupo possui especificidades em termos sociodemográficos e em 
relação às motivações para o consumo de produtos e serviços turísticos. 
Logo, a compreensão das características de cada grupo se mostra essencial 
na elaboração de estratégias eficazes de marketing e vendas.
Dentre esses três grupos de pessoas, o que possui uma amplitude de 
pessoas maior, englobando os outros dois grupos, é o dos viajantes, o qual 
pode ser definido como “qualquer pessoa que viaje entre dois ou mais países 
ou entre duas ou mais localidades em seu país de residência habitual” (OMT, 
2001, p. 40). Dentre os viajantes, podemos considerar dois grupos distintos: os 
visitantes e os outros viajantes. Aqueles são “todos os tipos de viajantes relacio-
nados ao turismo” (OMT, 2001 p.40) e, por conseguinte, estes são pessoas que 
viajam por motivos alheios ao turismo e, por isso, não podem ser considerados 
estatisticamente como praticantes de turismo, enquanto os visitantes definem 
estatisticamente o conceito básico das pessoas que praticam turismo. 
A partir dessas definições, compreendemos que todos os turistas fazem 
parte do grupo dos visitantes. Além deles, os excursionistas também fazem 
parte desse grupo, todavia, a diferença básica entre os turistas e os excursio-
nistas consiste no fato de que os aqueles devem pernoitar no local visitado 
pelo menos uma noite, enquanto estes, que também podem ser denominados 
como “visitantes de um dia”, não pernoitam no local visitado, deixando-o 
em até 24 horas após o momento da chegada. A relação entre os elementos 
citados pode ser melhor compreendida na Figura 1.1.
Figura 1.1 | Relação entre viajantes
Viajantes
Outros viajantes Visitantes
Excursionistas
(visitantes de um dia)
Turistas
(visitantes que pernoitam)
Fonte: adaptada de OMT (2001, p. 41).
DEMANDA TURÍSTICA 
são “todos os tipos de viajantes relacionados ao turismo, são pessoas que viajam por motivos alheios ao turismo e, por isso, não podem ser considerados estatisticamente como praticantes de turismo.
os visitantes definem estatisticamente o conceito básico das pessoas que praticam
turismo. 
os excursionistas também fazem 
parte desse grupo dos visitantes
14
A OMT ainda propõe uma classificação dos viajantes segundo o propó-
sito de realização da viagem, explicitando aqueles que podem ser conside-
rados visitantes e, portanto, podem ser incluídos nas estatísticas de turismo, e 
aqueles que não podem ser considerados visitantes e, consequentemente, não 
podem ser considerados nas estatísticas referentes à área do turismo. Essa 
classificação pode ser observada na Figura 1.2 a seguir.
Figura 1.2 | Classificação dos viajantes
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1. Tripulação de barcos ou aviões estrangeiros em reparos ou escala e que 
utilizam os alojamentos.
2. Pessoas que chegam a um país num barco de cruzeiro (tal como define a 
Organização Marítima Internacional (OMI), 1965) e que estejam alojados a 
bordo, ainda que desembarquem para realizar visitas de um ou mais dias. 
3. Tripulação que não é residente no país visitado e permanece nele durante o dia.
4. Visitantes que chegam e saem no mesmo dia por lazer, recreação ou férias; 
visitas a parentes e amigos; negócios ou motivos profissionais; tratamento de 
saúde, religião/peregrinações; outros motivos, incluindo trânsito de visitantes 
de um dia que vão e voltam de seus países de origem.
CLASSIFICAÇÃO DOS VIAJANTES
15
5. Conforme tem sido definido pelas Nações Unidas nas recomendações sobre 
estatísticas de Migrações Internacionais (1980).
6. Que não abandonam a área de trânsito do aeroporto ou do porto, incluindo 
o traslado entre estes.
7. Conforme definido pela Alta Comissão para refugiados (1967).
8. Quando se deslocam para outros países onde estão ou inversamente (inclu-
ídos funcionários e pessoas que acompanham ou se reúnem com ele).
Fonte: adaptada de OMT (2001, p. 42).
Segundo a OMT (2001), os visitantes ainda podem ser classificados 
segundo o destino visitado, considerando os tipos internacional e interno. 
Segundo essa classificação, a expressão visitante internacional designa “[...] 
toda pessoa que viaja por um período não superior a 12 meses, para um país 
diferente daquele em que reside, fora de seu entorno habitual e cujo motivo 
principal não seja exercer uma atividade remunerada no país visitado” (OMT, 
2001, p. 41). Dentro desse grupo podemos encontrar os turistas e excursio-
nistas, conforme demonstradona Figura 1.3:
Figura 1.3 | Classificação dos visitantes internacionais
Visitantes internacionais
Excursionistas (visitantes de um dia)
Um visitante que não pernoita em um
alojamento cole�vo ou privado do 
país visitado. Essa definição inclui os 
passageiros de cruzeiro, que são 
pessoas que chegam a um país num 
barco de cruzeiro e que voltam à noite 
para seu barco para pernoitar, ainda 
que este permaneça no porto durante 
vários dias. Estão compreendidos 
nesse grupo, por extensão, proprietá-
rios ou passageiros de iates e aqueles 
que par�cipam de programas de 
grupo e estão alojados em um trem.
Turistas (visitantes que pernoitam)
Um visitante que permanece uma 
noite pelo menos em um meio de 
alojamento cole�vo ou privado no
país visitado.
Fonte: adaptada de OMT (2001, p. 41).
16
Pode ser considerado visitante interno: “[...] toda pessoa que reside num 
país e que viaja, por um tempo não superior a 12 meses, para um lugar dentro 
de seu país diferente de seu entorno habitual e cujo motivo principal não 
seja o de exercer uma atividade remunerada no lugar visitado” (OMT, 2001, 
p. 41). Segundo essa classificação é possível dividir os visitantes internos em 
dois grupos, seguindo os conceitos de turistas e excursionistas, conforme 
descritos na Figura 1.4.
Figura 1.4 | Classificação dos visitantes internos
Visitantes internos
Excursionistas (visitantes de um dia)
Visitantes que não pernoitam num 
alojamento cole�vo ou privado no 
lugar visitado.
Turistas (visitantes que pernoitam)
Visitantes que permanecem num 
alojamento cole�vo ou privado uma 
noite pelo menos.
Fonte: adaptado de OMT (2001, p. 41).
Nesta primeira seção, apresentamos os principais conceitos relacionados 
ao turismo, os elementos básicos que constituem as atividades turísticas e as 
noções que definem o primeiro desses elementos, que é a demanda turística, 
promovendo a compreensão das diferenças existentes entre viajante, visitante, 
turista e excursionista. Na próxima seção, daremos continuação às explana-
ções acerca dos elementos básicos que compõem as atividades turísticas.
Questões para reflexão
1. O turismo, conforme exposto no texto, teve seu conceito padro-
nizado pela OMT a partir da definição oficial divulgada em 1994. 
Porém, outros autores e instituições, como a Organização Mundial 
do Comércio, adotam suas próprias definições de acordo com os 
objetivos de cada estudo desenvolvido. Qual é a importância de 
se ter um conceito padronizado do termo turismo nas instâncias 
acadêmicas, econômicas e sociais?
2. Existe uma significativa diferença entre os conceitos de turista e 
excursionista, pautada no tempo de permanência do visitante no 
local de destino. Quais são as principais razões para se realizar 
essa distinção entre turistas e excursionistas?
VISITANTE INTERNO
2 GRUPOS:
17
Atividade de aprendizagem da seção
1. Segundo a OMT (2001), o turismo compreende as atividades que as 
pessoas realizam durante suas viagens e estadas em lugares diferentes do 
seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com 
finalidade de lazer, negócios ou outra. Os elementos ou fatores básicos que 
constituem as atividades turísticas estão em constante relação e devem 
sempre ser considerados em conjunto, uma vez que se influenciam direta-
mente. Quando afirmamos que é o organismo de caráter público ou privado, 
como as agências de viagens, as companhias de transporte, os aplicativos de 
suporte às atividades turísticas e os demais órgãos que atuam na organização 
e/ou promoção do turismo, estamos nos referindo a qual elemento ou fator 
básico do turismo?
Assinale a alternativa correta:
a. Demanda turística.
b. Oferta turística.
c. Espaço geográfico.
d. Autoridade aeroviária.
e. Operador de mercado. 
2. A demanda turística pode ser classificada em três grupos de pessoas, sendo 
eles, os viajantes, visitantes e turistas (OMT, 2001). Cada grupo possui especifici-
dades em termos sociodemográficos e em relação às motivações para o consumo 
de produtos e serviços turísticos, e a compreensão das características de cada grupo 
se mostra essencial na elaboração de estratégias eficazes de marketing e vendas.
Como designamos uma demanda composta por uma pessoa que partiu 
com seu iate para um cruzeiro pela Grécia e, lá chegando, desembarcou e 
permaneceu em visitação numa ilha durante o dia, mas não pernoitou em 
alojamento privado ou coletivo, mesmo que tenha permanecido no porto 
da ilha durante vários dias? Assinale a alternativa correta:
a. Visitante interno turista.
b. Visitante interno excursionista.
c. Visitante internacional excursionista.
d. Visitante internacional turista.
e. Outros visitantes.
18
Seção 2
Oferta turística
Introdução à seção
Caro aluno, nesta segunda seção, discutiremos os conceitos que definem 
o segundo elemento essencial para a realização das atividades turísticas: 
a oferta turística. Você poderá entender como ela é definida pela OMT 
(2001) e que é muito mais do que somente produtos e serviços oferecidos 
aos turistas. Apresentaremos os principais elementos que compõem a oferta 
turística, como o atrativo turístico, que pode ser considerado a matéria-
-prima do turismo em um determinado local ou destino; também, o conceito 
de produto turístico, considerando uma visão integrada de elementos que, 
quando analisados individualmente, podem ter baixo valor para a oferta turís-
tica, porém, quando analisados em conjunto, formam um valioso produto 
turístico. Aprofundando a análise acerca do produto turístico, mostraremos 
as três dimensões fundamentais do produto turístico, compostas pelos 
recursos turísticos, pela infraestrutura básica e pelos serviços, os quais, em 
conjunto, têm a missão de atender às necessidades e aos desejos de turistas e 
demais visitantes.
2.1 Oferta turística
Na última seção, apresentamos os elementos básicos que compõem as 
atividades turísticas, considerando a demanda turística, a oferta turística, 
o espaço geográfico e os operadores de turismo e abordando com maior 
profundidade os conceitos inerentes aos elementos da demanda turística. 
Dando sequência à discussão conceitual acerca dos elementos que compõem 
as atividades turísticas, agora, abordaremos as definições sobre a oferta turís-
tica, a qual se relaciona de forma dinâmica e constante com a demanda, para 
que as atividades turísticas possam acontecer. 
Seguindo ainda os conceitos propostos pela OMT para padronização dos 
termos utilizados na atividade turística, a oferta turística pode ser definida 
como: “O conjunto de produtos turísticos e serviços postos à disposição do 
usuário turístico num determinado destino, para seu desfrute e consumo” 
(OMT, 2001, p. 43). Ela não pode ser resumida somente aos produtos e 
serviços colocados à disposição dos turistas, é necessário considerar todos os 
elementos que a compõem, como a paisagem natural do destino turístico, as 
políticas públicas locais de incentivo e suporte ao turismo, a infraestrutura 
local disponível ao turista, entre outros aspectos. 
DEFINIÇÃO: OFERTA TURÍSTICA
CLASSIFICAÇÃO BASEADA NO CONCEITO DE GASTOS TURÍSTICOS: 
De acordo com isso, a oferta turística é classificada segundo os tipos de produtos ou serviços que são comercializados na atividade turística.
19
Com o intuito de categorizar os diferentes tipos de oferta turística, a 
OMT propôs, em 1996, uma classificação baseada no conceito de gastos 
turísticos, que pode ser descrito como: “todo gasto de consumo efetuado 
por um visitante ou por conta de um visitante, durante seu deslocamento 
e sua estada no local de destino” (OMT, 2001, p. 44). De acordo com isso, a 
oferta turística é classificada segundo os tipos de produtos ou serviços que 
são comercializados na atividade turística. 
Vale ressaltar que essa classificação não é estagnada no tempo, pois, à 
medida que novos produtos e serviços são implementados na oferta turística, 
alterando a forma como esse elemento da oferta é consumido pelo visitante, 
novas categorias podem surgir.Também, um tipo de gasto pode estar 
presente em mais de uma categoria, como um museu que ofereça alimentos 
e bebidas, além de atividades culturais. 
O quadro a seguir apresenta alguns exemplos das principais categorias da 
oferta turística, segundo o conceito de gastos turísticos descrito pela OMT (2001):
Quadro 1.1 | Categorias de oferta turística segundo o conceito de gastos turísticos
Categoria Exemplos de gastos
Alojamento
Acampamento 
Hotel 
Motel 
Resort 
Castelo 
Pensão, Apartamento, Trailer
Alimentação
Restaurante 
Lanchonete 
Feira 
Barraca/Trailer 
Bares 
Padaria 
Mercados
Lazer, cultura, 
atividades esportivas
Atividades recreativas 
Visitas a atrações, como parques, museus, feiras, 
estádios, entre outras 
Convenções 
Festivais e eventos 
Estudos 
Esportes
PRINCIPAIS CATEGORIAS DA OFERTA TURÍSTICA:
20
Categoria Exemplos de gastos
Compras
Lojas de souvenir 
Lojas de artesanato 
Feiras locais 
Lojas de materiais esportivos 
Shopping center
Transporte
Navio 
Bicicleta 
Avião 
Trem 
Táxi 
Automóvel 
Motoristas de aplicativo
Fonte: elaborado pelo autor com base em OMT (2001, p. 44).
Ao analisar a oferta turística, é importante considerar os principais fatores 
motivadores que atraem os turistas para determinado local, dessa forma, o 
atrativo turístico constitui o fator principal que motiva o deslocamento de 
turistas para um determinado destino, ou seja, é a matéria-prima do turismo 
daquele local, sem a qual não existiria a oferta turística nele. 
Em linhas gerais, é possível dividir os atrativos turísticos em naturais e 
culturais. Aqueles são todos os que já existem naturalmente, ou seja, não 
foram produzidos pelo homem; e estes são atrativos criados e constru-
ídos pelo homem, tanto com a intenção de atrair turistas, como é o caso 
de parques temáticos, cassinos ou museus, quanto sem essa intenção, mas 
acabam se tornando atrativos turísticos com o passar do tempo, como é o 
caso catedrais, igrejas e demais monumentos históricos. 
Segundo o Manual de Inventário da Oferta Turística (BRASIL, 2011), 
os atrativos turísticos podem ser classificados em naturais, culturais, ativi-
dades econômicas, realizações técnico-científicas e eventos programados. Os 
três últimos atrativos citados também fazem parte do grupo dos atrativos 
turísticos culturais. É possível verificar, no quadro a seguir, alguns exemplos 
de atrativos turísticos classificados segundo a proposta do Ministério do 
Turismo (BRASIL, 2011).
ATRATIVOS TURÍSTICOS 
21
Quadro 1.2 | Classificação dos atrativos turísticos
Categoria Exemplos de atrativos
Naturais
Montanhas 
Planaltos e planícies 
Costas ou litoral 
Terras insulares 
Hidrografia 
Quedas d’água 
Fontes hidrominerais e/ou termais 
Unidades de conservação 
Cavernas, grutas e furnas 
Áreas de caça e pesca 
Flora 
Fauna
Culturais
Sítios históricos 
Edificações 
Obras de arte 
Esculturas e monumentos 
Instituições culturais 
Festas e celebrações 
Gastronomia típica 
Artesanato 
Música e dança 
Feiras e mercados
Atividades econômicas
Agropecuária 
Extrativismo 
Indústria
Realizações técnico-científicas
Parque tecnológico 
Parque industrial 
Museu tecnológico 
Centro de pesquisa 
Usina hidrelétrica / Barragem / Eclusa 
Planetário 
Aquário 
Viveiro 
Exposição técnica 
Exposição artística 
Ateliê 
Zoológico 
Jardim Botânico
Eventos programados
Congressos e convenções 
Feiras e exposições 
Realizações diversas
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
Os atrativos turísticos também podem ser classificados de acordo com 
sua importância para o contexto turístico dos locais onde se situam, de forma 
que, na maior parte das vezes, os atrativos mais valiosos são aqueles mais 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
22
singulares ou originais, ou seja, aqueles que só podem ser encontrados em 
determinados locais e, portanto, atraem uma quantidade significativa de 
pessoas de outros locais para visitação. É importante ressaltar que a impor-
tância dos atrativos turísticos pode variar de acordo com as preferências de 
cada turista, por exemplo, um templo religioso, o qual pode ser um grande 
motivador para turistas de uma determinada religião, porém não ser atrativo 
para pessoas de crenças diferentes. 
Os atrativos turísticos também podem ser hierarquizados segundo crité-
rios, como o estado de conservação, a segurança do local, as condições de 
visitação, o preço, as características do entorno, a localização, os meios de 
acesso, o tempo necessário para conhecer o local, entre outros. Os guias de 
turismo servem como fontes de orientação aos turistas sobre a importância 
e a qualidade dos atrativos turísticos, porém ressaltamos que cada guia pode 
utilizar o conjunto de critérios que considera mais adequado para realizar 
sua própria classificação.
Ainda existem muitas discussões conceituais a respeito da diferenciação 
entre atrativos turísticos e produtos turísticos. Para fins desta obra, adotamos 
o conceito apresentado pelo Estudo de Competitividade de Produtos Turísticos 
(2011), publicado pelo SEBRAE, em parceria com o Ministério do Turismo e 
a Fundação Getúlio Vargas. Segundo esse estudo, à medida que os atrativos 
turísticos passam a ser explorados estrategicamente pelos gestores locais 
para obtenção de renda oriunda de atividades turísticas, é necessário que 
eles passem a ser formatados como produtos turísticos, ou seja, para que 
os atrativos turísticos possam gerar valor econômico ao destino turístico é 
necessário que a infraestrutura, os serviços e os equipamentos que poderão, 
em conjunto, satisfazer às necessidades e aos desejos dos turistas naquele 
local sejam incorporados a eles. De acordo com esse conceito, a oferta é 
composta por um conjunto de elementos que, quando agrupados, consti-
tuem um produto turístico. Tais elementos teriam pouco ou nenhum valor se 
observados individualmente, porém, quando agrupados, podem constituir 
um valioso produto turístico (IGNARRA, 2013).
Barbosa (2009) realiza uma análise dos diversos conceitos apresentados 
por estudiosos da área acerca do produto turístico. Dentre os que foram 
analisados, estão os propostos por Valls (1996), Acerenza (1990), Kotler et al. 
(1997), Muñoz (1994), entre outros autores. Para Barbosa (2009), existem três 
dimensões fundamentais do produto turístico, sendo elas: Recursos Turísticos 
(naturais e socioculturais); Infraestruturas (transportes, comunicações e 
demais facilidades); e Serviços (oferecidos pelas empresas de serviços).
IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
ATRATIVOS TURÍSTICOS HIERARQUIZADOS
ATRATIVOS TURÍSTICOS E PRODUTOS TURÍSTICOS
3 DIMENSÕES FUNDAMENTAIS DO PRODUTO TURÍSTICO:
23
Para saber mais
O produto turístico é alvo de diversas discussões entre os estudiosos 
da área do turismo. Muitas definições foram propostas, sempre 
havendo pontos convergentes e divergentes entre elas. Alberto Josefá 
Barbosa realiza uma análise bastante robusta e interessante a respeito 
das diversas definições dadas ao produto turístico, demonstrando os 
aspectos comuns entre elas e promovendo uma rica discussão sobre o 
assunto. Leia seu artigo, disponível no link a seguir, e conheça melhor o 
produto turístico.
BARBOSA, Alberto Josefá. Reflexões sobre o conceito de produto turís-
tico e sua gestão integrada. Desafios para o produto turístico “Santo 
Antão”. Revista Tur y Des, v. 2, n. 6, nov. 2009. Disponível em: http://
www.eumed.net/rev/turydes/06/ajb.htm. Acesso em: 12 jul. 2019.
É possível depreender, dos conceitos apresentados nesta seção, que o produto 
turístico é composto pelo atrativo turístico acrescido da infraestrutura e dos 
serviços e equipamentos que possibilitam o atendimento das necessidades e dos 
desejos dos turistas; também, que as três dimensões fundamentais que compõem 
o produto turístico são os recursos turísticos, a infraestrutura e os serviços. 
Então, surge a dúvida sobre as diferenças conceituais entre o atrativo turístico e 
os recursos turísticos. Essa questão ainda é motivo de argumentações divergentesentre os estudiosos da área, porém, para fins deste estudo, adotamos o argumento 
apresentado pela OMT (2001, p. 121), segundo o qual se entende que “os recursos 
em sua forma original não são mais que a matéria-prima dos futuros atrativos”. 
Assim, percebe-se que a distinção entre atrativo turístico e recurso turístico se 
dá na forma como os recursos se apresentam no destino turístico, uma vez que 
configuram elementos capazes de atrair visitantes, mas que ainda não os recebem 
por falta de divulgação ou estrutura mínima, ou seja, são atrativos turísticos 
em potencial.
A segunda dimensão fundamental do produto turístico é caracterizada pela 
infraestrutura disponível para atendimento das necessidades e dos desejos dos 
turistas. As estruturas que possibilitam o desenvolvimento e o funcionamento 
dos atrativos turísticos são essenciais para a realização das atividades turísticas 
e podem ser consideradas uma pré-condição para que a exploração do produto 
turístico seja viável. 
No quadro a seguir, são exemplificados alguns tipos de infraestrutura básica 
necessária para atendimento das necessidades dos visitantes. Vale ressaltar que, 
além dos exemplos citados, ainda podem existir diversos tipos de infraestrutura 
necessária para o desenvolvimento do turismo, os quais variam de acordo com a 
formatação do produto turístico que se pretende ofertar.
Depreender significa: chegar ao conhecimento de alguma coisa; perceber; deduzir; concluir.
PRODUTO TURÍSTICO
24
Quadro 1.3 | Infraestrutura básica
Tipos de Infraestrutura Exemplos
Acessos
Rodovias
Ferrovias
Fluviovias
Terminais de passageiros aéreos, rodoviários, ferroviá-
rios, marítimos e fluviais
Saneamento
Captação, tratamento e distribuição de água
Coleta, tratamento e despejo de esgotos
 Coleta e tratamento de lixo
Energia Produção e distribuição de energia
Comunicações
Rede de telefonia fixa e celular
Antenas de captação de rádio e televisão
Serviços de correios
Postos telefônicos
Distribuição de gás
Fonte: adaptado de Ignarra (2013, p. 70).
A terceira dimensão fundamental que faz parte do produto turístico é 
caracterizada pelos serviços, os quais, incialmente, podem ser classificados 
em serviços turísticos, à medida que são formatados para serem ofertados 
ao público de turistas e demais visitantes, porém, os turistas, para o atendi-
mento completo de suas necessidades, utilizam serviços que não são necessa-
riamente turísticos, pois são formatados para utilização de todos, residentes 
ou turistas. Assim, os serviços que compõem o produto turístico podem ser 
turísticos e os demais serviços disponíveis no destino turístico.
Os serviços também podem ser diferenciados entre públicos e privados. 
Aqueles, na maior parte das vezes, são mais básicos e têm como principal 
objetivo o atendimento das necessidades da população local, porém, também 
são essenciais para que as atividades turísticas possam ser realizadas em 
determinados locais. Assim, “os serviços são muito importantes para viabi-
lizar fluxos turísticos e diferem dos serviços turísticos por não ter nos turistas 
seus únicos usuários. São serviços de suma relevância tanto para a população 
local como para a população visitante” (IGNARRA, 2013, p. 69). No quadro 
a seguir, estão relacionados os principais tipos de serviços públicos que 
INFRAESTRUTURA BÁSICA NECESSÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
25
funcionam como apoio à realização das atividades turísticas e à oferta do 
produto turístico.
Quadro 1.4 | Serviços públicos de apoio ao turismo
Tipos de Serviço Exemplos
Transportes
Ônibus, metrô, teleférico, bonde, trem, transporte 
aquático, serviços disponíveis em aeroportos, ferroviá-
rias, rodoviárias e portos.
Serviços bancários Agências bancárias, caixas eletrônicos e serviços de câmbio.
Serviços de saúde Farmácias, prontos-socorros, hospitais, clínicas e maternidades.
Serviços de segurança Polícia, Corpo de Bombeiros e serviços de salva-vidas.
Serviços de informação Posto de informações turísticas, sinalização turística, totens de informação, mapas e guias turísticos.
Serviços de comunicação Postos telefônicos, orelhões, rádio, televisão e internet.
Serviços de apoio a motoristas Postos de abastecimento, oficinas mecânicas, borracha-rias e lojas de autopeças.
Comércio turístico Lojas de conveniência, lojas de artesanato e lojas de produtos típicos.
Fonte: adaptado de Ignarra (2013, p. 67).
O Quadro 1.4 apresentou alguns exemplos de serviços públicos que 
podem fazer parte do produto turístico, porém, vale lembrar que muitos 
outros serviços públicos podem estar atrelados ao atendimento a turistas, de 
acordo com a administração pública responsável por apoiar a oferta turística.
Complementando o pacote de serviços públicos, existem os serviços que 
atendem os turistas por meio da iniciativa privada. Eles são essenciais ao 
produto turístico e, muitas vezes, responsáveis pela maior parte dos gastos 
dos visitantes. É importante destacar que um mesmo serviço pode ser 
ofertado pela iniciativa pública ou privada, de acordo com as políticas e estru-
turas de gestão do destino turístico. No quadro a seguir, são apresentados os 
principais tipos de serviços que compõem a maior parte dos produtos turís-
ticos ofertados atualmente, sempre destacando que eles não se esgotam nos 
apresentados neste trabalho, havendo uma série de outros diferentes sendo 
criados e ofertados a todo momento.
SERVIÇOS PÚBLICOS DE APOIO AO TURISMO
26
Quadro 1.5 | Principais serviços que compõem o produto turístico
Tipos de Serviço Exemplos
Meios de hospedagem
Hotéis, resorts, flats, pousadas, pensões, pensionatos, 
lodges, hospedarias, albergues, B&B, navios de cruzeiro, 
campings, colônias de férias, imóveis de aluguel.
Alimentação Restaurantes, lanchonetes, sorveterias, docerias, padarias, bares, quiosques, barracas.
Transportes turísticos Aéreo, rodoviário, ferroviário, aquático.
Locações de veículos e 
equipamentos
Carros, motos, bicicletas, embarcações, equipamentos 
esportivos.
Eventos Feiras, shows, convenções, palestras, encontros, eventos esportivos, eventos culturais.
Entretenimentos
Boates, danceterias, clubes, estádios, ginásios, cinemas, 
teatro, parques de diversão, boliches, pistas de patinação, 
campos de golfe, hipódromos, velódromos, autódromos, 
marinas, mirantes.
Informação turística Guias, mapas, postos de informação, jornais, revistas.
Comércio turístico Lojas de souvenirs, lojas de conveniência, lojas de artesana-to, joalherias.
Fonte: adaptado de Ignarra (2013, p. 64).
Nesta seção, explanamos conceitos relevantes a respeito da oferta turís-
tica, considerando as definições dos elementos essenciais que compõem 
a oferta, como o atrativo turístico e o produto turístico, perpassando 
elementos, como os recursos turísticos, a infraestrutura básica e os serviços. 
Vale ressaltar que esta seção teve o intuito de apresentar conceitualmente 
os principais elementos da oferta turística, porém destacamos que muitos 
autores citam diversos outros elementos inerentes à oferta turística, como 
a gestão integrada do produto turístico, a imagem da marca e as estratégias 
de precificação.
Na próxima seção, analisaremos os demais elementos básicos que consti-
tuem o conceito de atividade turística: o espaço geográfico e os operadores 
de mercado.
27
Questões para reflexão
1. Os atrativos turísticos podem ser considerados a matéria-prima do 
turismo, pois a partir deles são formatados os produtos turísticos, 
para que as atividades turísticas possam ser realizadas. Muitas 
regiões possuem atrativos turísticos fechados para visitação. Quais 
são os principais motivos que impedem a exploração turística de 
atrativos inexplorados? Esses motivos são justificáveis?
2. Nesta seção, apresentamos os elementos básicos que compõem 
o produto turístico: recursos, infraestrutura e serviços. Porém, 
muitos autores atribuem diferentes elementos a esse conceito, 
como a imagem da marca, o preço, a gestão integrada, ente outros. 
Após ler o artigode Barbosa, discorra sobre quais seriam, em sua 
opinião, os elementos essenciais que compõem o produto turístico.
Atividade de aprendizagem da seção
1. A oferta turística é um elemento essencial para a realização das atividades 
turísticas e se relaciona de forma dinâmica e constante com a demanda, 
para que as atividades turísticas possam acontecer. A oferta é um conceito 
complexo, formado por diversos elementos.
Analise as asserções a seguir e identifique as corretas:
I. O atrativo turístico constitui o fator principal que motiva o desloca-
mento de turistas para um determinado destino, ou seja, a matéria-
-prima do turismo daquele local, sem a qual não existiria a oferta 
turística naquele destino turístico.
II. Os atrativos classificados como atividades econômicas, realizações 
técnico-científicas e eventos programados também fazem parte do 
grupo dos atrativos turísticos culturais.
III. A importância dos atrativos turísticos pode variar de acordo com as 
preferências de cada turista.
É correto o que se afirma em:
a. I, II e III.
b. I e II, apenas.
c. II e III, apenas. 
d. I e III, apenas.
e. I, apenas.
28
2. A oferta turística é composta por um conjunto de elementos que, quando 
agrupados, constituem um produto turístico. Esse conjunto de elementos, os 
quais teriam pouco ou nenhum valor se considerados individualmente, quando 
são agrupados, podem constituir um relevante e valioso produto de turismo.
Avalie as asserções a seguir, verifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) e 
escolha a alternativa correspondente:
( ) O produto turístico é composto pelo atrativo turístico acrescido da infra-
estrutura e dos serviços e equipamentos que possibilitam o atendimento das 
necessidades e dos desejos dos turistas.
( ) A distinção entre atrativo turístico e recurso turístico se dá na forma 
como os recursos se apresentam no destino turístico, uma vez que confi-
guram elementos capazes de atrair visitantes, mas que ainda não os recebem 
por falta de divulgação ou estrutura mínima, ou seja, são atrativos turísticos 
em potencial.
( ) A infraestrutura disponível para atendimento das necessidades e dos 
desejos dos turistas possibilita o desenvolvimento e o funcionamento dos 
atrativos turísticos, porém não é uma estrutura considerada essencial para a 
realização das atividades turísticas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a. V – V – V.
b. V – V – F.
c. V – F – V.
d. F – V – V.
e. V – F – F. 
29
Seção 3
Espaço geográfico e operadores do mercado 
turístico
Introdução à seção
Caro aluno, na terceira seção, você conhecerá conceitualmente os 
espaços turísticos, sendo capaz de entender como são organizados os 
diversos tipos de espaços geográficos onde são realizadas as atividades turís-
ticas. Considerando que essas atividades não respeitam limites geográficos 
formais, como municípios, estados ou regiões, propomos formas de classifi-
cação que refletem os espaços geográficos direcionados para atividades turís-
ticas, por exemplo, os núcleos turísticos, centros turísticos, complexos turís-
ticos, entre outros. Você também entenderá como funcionam os operadores 
do mercado turístico na função de agentes facilitadores na comercialização 
do produto turístico, assim como a importância desses agentes na realização 
das atividades turísticas, as quais, muitas vezes, não seriam possíveis sem a 
intervenção desses agentes facilitadores. Por fim, apresentaremos uma breve 
discussão sobre o impacto da tecnologia como transformadora do processo 
de comercialização e consumo do produto turístico.
3.1 Espaço geográfico e operadores do mercado turístico
Ao longo das duas seções iniciais, apresentamos os elementos básicos que 
compõem a atividade turística, a qual “[...] é composta por uma combinação 
de produtos e serviços ofertados para satisfazer às expectativas dos visitantes 
durante sua experiência turística” (OMT, 2001, p. 46). Incialmente, desta-
camos a demanda turística; em seguida, a oferta turística; e agora, concluindo 
esta unidade, o espaço geográfico e as operadoras do mercado turístico. 
Para que a experiência turística possa acontecer, é essencial que o visitante 
se desloque de seu entorno habitual para um determinado espaço geográ-
fico, um determinado local ou destino. A chegada ao destino turístico está 
relacionada ao objetivo principal do visitante, ou seja, “o destino turístico é o 
lugar para onde tem de se deslocar a demanda, a fim de consumir o produto 
turístico [...] esse destino constitui o objetivo do turista” (OMT, 2001, p. 47).
A determinação do espaço geográfico que constitui o destino turístico pode 
ser muito complexa, uma vez que as atividades turísticas nem sempre respeitam 
os limites geográficos formais definidos pelo homem, como bairros, municí-
pios ou estados. Assim, com o intuito de se definir termos que representem 
30
esses espaços, mostraremos alguns conceitos que remetem ao espaço geográ-
fico onde são realizadas atividades turísticas ou espaços turísticos. 
Segundo Boullón (1997, p. 66), o espaço turístico pode ser definido como 
“a consequência da presença e distribuição territorial dos atrativos turísticos 
que, não se deve esquecer, são a matéria-prima do turismo”. Assim, partindo 
desse conceito, apresentamos as definições a seguir, baseadas nas definições 
relacionadas por Ignarra (2013).
• Núcleo turístico: compreende um conjunto de atrativos turís-
ticos, sempre inferior a 10 atrativos, os quais não se comunicam 
com outros núcleos, ou seja, é um conjunto pequeno e isolado de 
atrativos turísticos.
• Complexo turístico: são atrativos turísticos que já não estão isolados 
e dispõem de alguma infraestrutura de apoio às atividades turísticas, 
como alimentação, hospedagem e entretenimento, mas ainda não 
constituem um centro urbano.
• Centro turístico: consiste em um aglomerado urbano que contém 
atrativos turísticos em seu território ou raio de influência. 
• Área turística: consiste em um território circundante a um centro 
turístico, contendo vários atrativos, estrutura de transporte e comuni-
cação ligando todos os elementos ao centro. Alguns autores deter-
minam um mínimo de 10 atrativos turísticos para se constituir uma 
área turística.
• Zona turística: caracterizada por um território mais amplo, onde 
estão inseridos mais de um centro turístico.
Além dos conceitos descritos acerca dos espaços turísticos, Ignarra 
(2013) também apresenta algumas variações deles, as quais, muitas vezes, 
os complementam, pois constituem espaços onde são realizadas atividades 
turísticas. Dentre esses conceitos complementares, podemos citar:
• Corredores turísticos: vias que interligam vários centros turísticos 
ou áreas turísticas; também, podem interligar portões de entrada das 
zonas turísticas e os seus respectivos centros turísticos. Esse conceito 
vai além das simples vias de acesso, são faixas territoriais que servem 
de ligação entre elementos da oferta turística e que, muitas vezes, 
constituem um atrativo turístico por si só. Como exemplo, podem 
ser citadas estradas litorâneas, as quais, por sua beleza e oferta de 
produtos e serviços turísticos em seu entorno, podem ser conside-
radas um atrativo turístico, além de ligar os centros turísticos das 
cidades litorâneas.
DEFINIÇÃO: ESPAÇO TURÍSTICO - IGNARRA 2013
31
• Polo turístico: caracteriza o ponto central de uma área ou zona turís-
tica, trata-se do centro turístico mais equipado em termos de serviços 
e infraestrutura, que tem o papel de atrair a demanda turística e, a 
partir dele, irradiá-la por toda a região em seu entorno.
• Portões de entrada: locais onde está concentrada a entrada e/ou saída 
de turistas de uma determinada zona turística, geralmente, são locais 
com disponibilidade de aeroporto, porto ou posto de fronteira. Muitas 
vezes, o portão de entrada pode também caracterizar um centro turís-
tico ou polo turístico.
• Cluster turístico: conjunto de atrativos com significativo diferen-
cial turístico, com equipamentose serviços de qualidade, estrutura 
gerencial integrada e profissionalizada, concentrado em um espaço 
geográfico bem definido. Normalmente, é ofertado como um produto 
turístico diferenciado.
O último elemento básico que compõe as atividades turísticas é definido 
pelas operadoras do mercado turístico, ou operadoras de turismo. A definição 
conceitual pode ser observada a seguir:
As operadoras de turismo são aqueles agentes que parti-
cipam da atividade turística, geralmente, na qualidade de 
intermediários entre o consumidor final (o turista, a demanda 
turística) e o produto turístico (bem ou serviço, destino turís-
tico), ainda que possam estender sua ação mediadora ao 
resto da oferta complementar (alimentação, hotel, conjunto 
de oferta de alojamento, etc.). (OMT, 2001, p. 47)
A partir dessa definição, é possível depreender que as operadoras de 
turismo, na qualidade de intermediárias entre a demanda e a oferta turís-
tica, atuam como um agente de distribuição do produto turístico, ou seja, 
são agentes facilitadores que aumentam a propensão das pessoas viajarem 
e praticarem atividades turísticas, pois facilitam o aceso dessas pessoas às 
informações, pessoas, empresas e demais elementos inerentes ao processo 
de comercialização dos produtos turísticos, para que os potenciais turistas 
possam tomar as melhores decisões no momento de definirem suas viagens. 
Pode-se considerar aqui todas as modalidades de operadoras de turismo, 
como as agências de viagem e centrais de reserva.
É característica das operadoras de turismo a facilitação do consumo do 
produto turístico e, geralmente, a responsabilidade de torná-lo possível, 
porém é importante destacar que, de acordo com sua função, as operadoras 
CLUSTER
OPERADORAS DO MERCADO TURÍSTICO OU OPERADORAS DE TURISMO
32
não fazem parte da oferta turística ou do produto turístico em si. Os 
turistas relacionam o consumo do produto turístico às experiências vividas 
no destino turístico, ou muitas vezes até ao processo de deslocamento até 
o destino, porém o transporte em si e a operadora que comercializa esse 
produto ficam à parte da experiência e assim devem permanecer, conside-
rando que o consumo do produto turístico se realize conforme planejado 
previamente pelos turistas.
 Existem casos em que operadoras turísticas de grande porte, além de 
realizarem a comercialização do produto turístico, também se inserem na 
oferta turística quando, por exemplo, são sócias de uma rede hoteleira ou de 
uma rede de restaurantes, atuando de maneira ativa na forma como produtos 
e serviços são ofertados aos turistas. Nesses casos, as operadoras passam a 
fazer parte também da gestão da oferta turística.
 Por fim, é importante destacar o papel da tecnologia como modificadora 
do processo de comercialização dos produtos turísticos. Atualmente, muitos 
sistemas e aplicativos facilitam a conexão entre os turistas e os produtos e 
serviços necessários para realizarem suas viagens, diminuindo a dependência 
junto às operadoras. Percebe-se, então, que o processo comercial do produto 
turístico está mudando, e tendências indicam pela maior independência das 
pessoas no processo de planejamento e no consumo de produtos turísticos. 
Podemos citar como exemplo de sistema o aplicativo Airbnb, que conecta 
os visitantes aos meios de hospedagem disponíveis no destino, os quais, na 
maioria das vezes, são caracterizados por imóveis particulares; também, há 
sites, como Trivago, que conecta o visitante aos meios de hospedagem comer-
ciais que existem no destino, facilitando o processo de pesquisa e tomada de 
preços, assim com o Decolar, que facilita o processo de pesquisa e tomada de 
preços no processo de compra de passagens aéreas.
Para saber mais
Nesta seção, mostramos diversas formas de se classificar os espaços 
geográficos onde são realizadas atividades turísticas. Para conhecer 
melhor como eles são organizados, visite os sites indicados a seguir, nos 
quais você poderá ver um exemplo real de um espaço turístico com as 
características de cada termo apresentado. 
Núcleo turístico: www.valledeiruelas.com. Acesso em: 2 set. 2019.
Complexo turístico: www.costadosauipe.com.br. Acesso em: 2 set. 
2019.
Centro turístico: www.centrocomercialdaexpoville.com.br. Acesso em: 
2 set. 2019.
Zona turística: www.turismosantos.com.br. Acesso em: 2 set. 2019.
33
Corredores turísticos: www.maisrio.com.br/o-corredor-tur%C3%ADstis-
co/%E2%80%A2-o-corredor-tur%C3%ADstico-da-cidade-do-rj. Acesso 
em: 2 set. 2019.
Polo turístico: www.bahiassol.com. Acesso em: 2 set. 2019.
Portões de entrada: http://observatorio.turismo.ba.gov.br/noticias/
chegadas-de-turistas-ao-brasil-por-via-aerea-e-portoes-de-entrada/. 
Acesso em: 2 set. 2019.
Cluster turístico: www.discoverpuertoplata.com/es/. Acesso em: 2 set. 2019.
Questões para reflexão
1. As operadoras de turismo se fundamentam na distribuição dos 
produtos turísticos, facilitando o acesso da demanda a eles. Com 
o intuito de promover a venda deles, muitas operadoras montam 
um pacote turístico que inclui todas as etapas necessárias para 
que o turista possa viver a experiência turística. Quais são as 
etapas que compõem o pacote turístico e como ele facilita a 
comercialização do produto turístico?
2. Ao final desta seção, realizamos uma breve explanação a respeito 
das novas tecnologias que promovem mudanças na forma como 
o produto turístico é comercializado, impactando diretamente 
na atuação das operadoras de turismo. Citamos alguns exemplos 
de novas tecnologias que aproximam a demanda turística dos 
produtos e serviços que são necessários para realizar as atividades 
turísticas que desejam. Quais outros sistemas e aplicativos, que 
facilitam a aproximação entre demanda e oferta turística, podem 
ser citados? Existem processos relacionados à comercialização de 
produtos turísticos que ainda podem ser automatizados?
Atividade de aprendizagem da seção
1. É essencial que o visitante se desloque de seu entorno habitual para um 
determinado espaço geográfico, local ou destino, para que a experiência 
turística possa acontecer. O objetivo principal do visitante é a chegada ao 
destino turístico, que é o lugar para onde tem de se deslocar a demanda, a 
fim de consumir o produto turístico. O destino turístico possui os atrativos 
turísticos, que são a matéria-prima do turismo..
Assinale a alternativa que corresponde à correta descrição de um complexo 
turístico:
http://www.maisrio.com.br/o-corredor-tur%C3%ADstico/%E2%80%A2-o-corredor-tur%C3%ADstico-da-cidade-do-rj
http://www.maisrio.com.br/o-corredor-tur%C3%ADstico/%E2%80%A2-o-corredor-tur%C3%ADstico-da-cidade-do-rj
http://observatorio.turismo.ba.gov.br/noticias/chegadas-de-turistas-ao-brasil-por-via-aerea-e-portoes-de-entrada/
http://observatorio.turismo.ba.gov.br/noticias/chegadas-de-turistas-ao-brasil-por-via-aerea-e-portoes-de-entrada/
34
a. Consiste em um território circundante a um centro turístico, contendo 
vários atrativos, estrutura de transporte e comunicação ligando todos 
os elementos ao centro.
b. Compreende um conjunto de atrativos turísticos, sempre inferior a 10 
atrativos, os quais não se comunicam com outros núcleos, ou seja, é 
um conjunto pequeno e isolado de atrativos turísticos.
c. São atrativos turísticos que não estão isolados e dispõem de alguma 
infraestrutura de apoio às atividades turísticas, como alimentação, hospe-
dagem e entretenimento, mas ainda não formam um centro urbano.
d. Consiste em um aglomerado urbano que contenha atrativos turísticos 
em seu território ou raio de influência.
e. Caracteriza-se por ser um território mais amplo, onde estão inseridos 
mais de um centro turístico.
2. As operadoras de turismo são os agentes que participam da atividade 
turística, geralmente, na qualidade de intermediários entre o consumidor 
final (o turista, a demanda turística) e o produto turístico (bem ou serviço, 
destino turístico). Analise as asserções a seguir, a relação entre elas e escolha 
a alternativa correta:
I. As operadoras de turismo,na qualidade de intermediárias entre a 
demanda e a oferta turística, atuam como um agente de distribuição 
do produto turístico.
PORQUE
II. As operadoras de turismo são agentes facilitadores que aumentam 
a propensão das pessoas viajarem e praticarem atividades turísticas, 
pois facilitam o aceso dessas pessoas às informações, empresas e 
demais elementos inerentes ao processo de comercialização dos 
produtos turísticos, para que os potenciais turistas possam tomar as 
melhores decisões no momento de definirem suas viagens.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II justifica a I.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não justifica a I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II, falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II, verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas.
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Fique Ligado!
Nesta unidade, você aprendeu os conceitos que fundamentam os estudos 
e as discussões na área de turismo, dentre eles, a demanda e a oferta turística, 
os espaços geográficos e os operadores do mercado turístico, perpassando os 
aspectos que definem o turista, o produto turístico e o destino turístico. Com 
certeza, você compreendeu bem os pontos aqui relacionados, para que possa 
se tornar um profissional bem embasado conceitualmente na área de turismo.
Para concluir o estudo da unidade
Prezado aluno, nesta unidade, você observou os principais conceitos que 
embasam os estudos na área de turismo. Com o domínio deles, você estará apto 
a discutir assuntos relacionados à área em níveis acadêmico e profissional, assim 
como desenvolver seus próprios estudos, produzindo artigos, manuais, guias e 
demais produções textuais acadêmicas e/ou profissionais. Esses conceitos são 
essenciais para todo e qualquer profissional ou acadêmico que atue na área do 
turismo, porém não são únicos, havendo outros diversos autores e estudiosos 
que apresentam argumentos valiosos para o aprofundamento do conhecimento 
na área. Portanto, não pare seus estudos sobre os aspectos conceituais do turismo, 
você pode aprofundar seu conhecimento analisando os argumentos de outros 
autores, além dos apresentados nesta unidade. Nas referências apresentadas ao 
final desta unidade, você já possui alguns exemplos de estudiosos com propostas 
de discussões muito interessantes. Portanto, continue estudando e aprimorando 
seu conhecimento sobre o turismo!
Atividade de aprendizagem da Unidade
1. O turismo é um fenômeno que envolve perspectivas de agentes diversos. Para 
o turista, está relacionado à busca de experiências e satisfações pessoais; para os 
prestadores de serviço, é um modo de obter resultados financeiros; para o governo, 
é considerado um fator de geração de riqueza para a região sob sua jurisdição; e 
para a comunidade do destino turístico, é uma atividade geradora de emprego e 
renda (IGNARRA, 2013).
No que se refere à atividade turística, esta é constituída de alguns elementos 
básicos. Analise as alternativas a seguir e assinale a que possui os elementos 
básicos da atividade turística segundo a definição da OMT (2001):
a. Demanda turística, espaço geográfico, negócios turísticos e opera-
dores de mercado. 
b. Demanda turística, oferta turística, espaço geográfico e operadores 
de mercado. 
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c. Demanda turística, complexo turístico, espaço geográfico e entorno 
habitual. 
d. Complexo turístico, oferta turística, negócios turísticos e operadores 
de mercado. 
e. Complexo turístico, oferta turística, espaço geográfico e entorno 
habitual.
2. Leia atentamente o texto a seguir:
“Responsável por injetar R$ 15 bilhões na economia de diversas cidades 
brasileiras, o turismo religioso no Brasil movimenta cerca de 20 milhões 
de viagens todos os anos. No mês de outubro, das 185 atrações e festi-
vidades inscritas no Calendário Nacional de Eventos do Ministério do 
Turismo, 49 estão relacionadas a romarias, círios, procissões, peregrina-
ções e missas. [...] no Sudeste, Aparecida do Norte (SP) é famosa entre 
os turistas religiosos por abrigar o Santuário Nacional de Nossa Senhora 
Aparecida, segundo maior do mundo, atrás apenas da Basílica de São 
Pedro, no Vaticano. [...] Com 143 mil m² de área construída, a basílica 
recebe mais de 12 milhões de romeiros por ano.”.
BRASIL. Turismo religioso movimenta calendário de outubro. 2018. Disponível em: http://www.
brasil.gov.br/noticias/turismo/2018/10/turismo-religioso-movimenta-calendario-de-outubro. 
Acesso em: 18 jul. 2019.)
Alguns destinos turísticos brasileiros têm movimento predominante de 
excursionistas. No que se refere à demanda turística e sua classificação, 
assinale a alternativa que melhor define o excursionista:
a. O excursionista é qualquer pessoa que viaja entre dois ou mais países ou 
entre duas ou mais localidades em seu país de residência habitual, por um 
período não superior a 12 meses. 
b. O excursionista é qualquer pessoa que viaja por motivos alheios ao turismo 
e, por isso, não pode ser considerado estatisticamente como praticante de 
turismo.
c. O excursionista é aquele que pernoita no local visitado por, pelo menos, 
uma noite, independentemente do motivo da visita. 
d. O excursionista, também denominado como visitante de um dia, não 
pernoita no local visitado, deixando-o em até 24 horas após o momento 
da chegada.
e. O excursionista é aquele que viaja por conta própria para locais desconhe-
cidos ou pouco conhecidos, fugindo das grandes massas de turistas. 
37
3. Os atrativos turísticos constituem a oferta turística diferencial de uma 
determinada região turística, pois são responsáveis por promover os fluxos 
turísticos. O consumidor escolhe o destino que visitará, em função da experi-
ência turística que esse destino oferece (SEBRAE, 2017).
Considerando a classificação dos atrativos turísticos em naturais e culturais, 
relacione os exemplos listados a seguir com suas respectivas categorias:
( ) Maior cajueiro do mundo
A imensidão do verde em um dos pontos turísticos de Parnamirim (RN) traz a 
impressão de que o turista está visitando uma verdadeira floresta em meio à cidade. 
Mas não se engane! O local é abrigo de uma única árvore: “O Maior Cajueiro do 
Mundo”. A gigantesca planta, ocupa 8.500 metros de extensão. [...] Para se ter uma 
ideia, se comparar com o tamanho e a produção de um cajueiro convencional, 
equivaleria a 70 árvores destas ocupando um mesmo espaço. O tamanho da planta 
também é compatível com a beleza que o ponto turístico oferece ao visitante. 
(Texto adaptado de: http://www.turismo.gov.br/%C3%BAltimas-not%C3%ADcias/12463-conhe%C3%A7a-a-
tra%C3%A7%C3%B5es-tur%C3%ADsticas-que-viraram-s%C3%ADmbolos-dos-destinos.html. Acesso em: 19 
jul. 2019.)
( ) Sanduíche com nome de cidade
Se é gastronomia com fartura que você quer, então faça as malas e vá para Bauru 
(SP) experimentar o “sandubão” que leva o nome da cidade. O lanche, foi popula-
rizado graças à Casemiro Pinto Neto, conhecido como “o Bauru”, que ao pedir um 
sanduíche em uma lanchonete, sugeriu uma combinação diferente de ingredientes: 
mistura de pão francês (também conhecido como “de sal” ou “cacetinho”), queijo, 
carne e tomate. Na mesma noite, outros frequentadores pediram o novo sanduíche, 
dizendo que queriam “igual ao do Bauru”. E assim nascia um dos mais famosos 
lanches do Brasil, hoje conhecido nacional e internacionalmente. 
(Texto adaptado de: http://www.turismo.gov.br/%C3%BAltimas-not%C3%ADcias/12463-conhe%C3%A7a-a-
tra%C3%A7%C3%B5es-tur%C3%ADsticas-que-viraram-s%C3%ADmbolos-dos-destinos.html. Acesso em: 19 
jul. 2019.)
( ) Maior aquário da América do Sul
O Rio de Janeiro inaugurou, nesta segunda-feira (31), o maior aquário 
marinho da América do Sul. Localizado no Porto Maravilha, o AquaRio 
conta com um espaço de 26 mil metros quadrados, que abriga 4,5 milhões 
de litros de água salgada divididos em 28 tanques e reúne cerca de oito mil 
animais de 350 espécies. [...] Entre as espécies exposta estãopeixes da costa 
brasileira, do Caribe e do Indo-Pacífico, como tubarões, arraias, moreias e 
cavalos-marinhos entre outros. 
N
C
C
38
(Texto adaptado de: http://www.turismo.gov.br/%C3%BAltimas-not%C3%ADcias/7205-rio-inaugura-maior-a-
qu%C3%A1rio-marinho-da-am%C3%A9rica-do-sul.html. Acesso em: 19 jul. 2019.)
( ) Piscininha de Brasil 
Uma piscina natural na ilha de Areia Vermelha, em Cabedelo (PB), está 
entre as curiosidades do destino por ter o contorno do mapa do Brasil. Os 
“buracos” desenhados pelos arrecifes no mar, carinhosamente chamados de 
piscinas naturais, são, por si só, um convite para não querer mais ir embora 
dali – as águas são mornas, em tons de verde e os peixinhos não têm nenhum 
receio de se aproximar dos visitantes. 
(Texto adaptado de: http://www.turismo.gov.br/%C3%BAltimas-not%C3%ADcias/12463-conhe%C3%A7a-atra%-
C3%A7%C3%B5es-tur%C3%ADsticas-que-viraram-s%C3%ADmbolos-dos-destinos.html. Acesso em: 19 jul. 2019.)
4. Leia a seguinte matéria:
Segundo balanço do governo federal, a Copa do Mundo do Brasil gerou gasto 
de R$ 25,6 bilhões. [...] Os principais investimentos foram para obras viárias 
de transporte público, 33,6% do total, reforma e construção de estádios, 
27,7%, e aeroportos, 26,5%. A expectativa do governo é que este valor gasto, 
ou parte considerável dele, seja recuperada através do turismo, já que o 
torneio atrai pessoas do mundo inteiro. 
(Texto adaptado de: https://www.otempo.com.br/hotsites/copa-do-mundo-2014/copa-do-mundo-gerou-
-gastos-de-r-25-6-bilhoes-para-o-brasil-1.844311. Acesso em: 19 jul. 2019.)
A respeito da infraestrutura básica, analise as afirmativas a seguir:
I. A infraestrutura básica de uma destinação turística é um elemento 
fundamental para a viabilização da atividade turística. 
II. A infraestrutura básica não é uma pré-condição para o desenvol-
vimento turístico, sendo possível operar sem a sua implantação, 
independentemente da localidade. 
III. O envolvimento do setor público é fundamental para viabilizar 
soluções com relação à infraestrutura básica.
IV. Temos como exemplos de tipos de infraestrutura básica: acessos, 
saneamento, energia, comunicações e abastecimento de gás.
N
39
5. 
As tendências demográficas e sociais do mundo estão criando 
um novo turista que pode ser caracterizado como experiente, 
sofisticado e exigente. Isso significa dizer que as tradicionais 
férias da família, geralmente passadas em um resort do litoral, 
podem ser substituídas por viagens de múltiplos interesses 
e com uma gama de experiências criativas e inovadoras de 
viagens. O novo consumidor de turismo é mais instruído, tem 
mais capacidade de discerni- mento, busca participação na 
formatação de sua viagem e valoriza ainda mais a qualidade. 
A idade média dos turistas está aumentando e as motivações 
estão deixando de ser uma passiva busca pelo sol para se 
tornar uma busca incessante pelos novos conhecimentos e 
novas experiências. (IGNARRA, 2013, p. 216)
A respeito dos operadores de mercado, analise as afirmações a seguir e 
assinale com V, para verdadeiro, e F, para falso:
( ) As agências de turismo constituem parte relevante do setor, atuando 
como intermediárias entre a demanda e a oferta turística. 
( ) É característica das operadoras de turismo facilitarem a viagem, o 
consumo do produto turístico e, muitas vezes, até serem responsáveis por 
torná-la possível.
( ) Atualmente, existem muitos sistemas e aplicativos que facilitam a conexão 
entre os turistas e os produtos e serviços necessários para a realização das 
viagens, no entanto, a tecnologia ainda não tem papel fundamental no 
processo de comercialização dos produtos turísticos. 
( ) Embora as agências de turismo estejam na base, suas atividades não 
impactam diretamente o turismo e não são sensíveis às influências das 
mudanças de comportamento do consumidor.
Assinale a alternativa com a sequência CORRETA:
a. V – V – F – F.
b. V – V – V – F.
c. V – V – V – V.
d. V – F – V – F.
e. V – F – F – F. 
v
v
F
F
Referências
BARBOSA, A. J. Reflexões sobre o conceito de produto turístico e sua gestão integrada. Desafios 
para o produto turístico “santo antão”. Revista Tur y Des, v. 2, n. 6, nov. 2009. Disponível em: 
http://www.eumed.net/rev/turydes/06/ajb.htm. Acesso em: 12 jul. 2019.
BARBOSA, L. G. M. (org.). Estudo de Competitividade de Produtos Turísticos. Brasília: 
SEBRAE, 2011.
BOULLÓN, R. C. Planificación del Espacio Turístico. México: Trillas, 1997.
BRASIL. Ministério do Turismo. Inventário da Oferta Turística. Brasília: Ministério do 
Turismo, 2011.
FAYOS, S. E. El Turismo como Sector Industrial: la nueva política de competitividade. Economía 
Industrial, n. 292, p.163-172, 1993.
IGNARRA, L. R. Fundamentos do Turismo. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage 
Learning, 2013.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO. Introdução ao Turismo. São Paulo: Roca, 2001.
Unidade 2
João Paulo Leite Barbosa
O mercado turístico
Objetivos de aprendizagem
• Compreender os princípios que fundamentam a formação do 
mercado turístico.
• Conhecer a técnica de análise mercadológica baseada nas cinco forças 
competitivas, conforme aplicadas no mercado turístico.
• Compreender a importância de se realizar a análise de segmen-
tação do mercado como ferramenta de apoio para tomada de 
decisões estratégicas.
• Conhecer as características dos clientes observadas na análise de 
segmentação da demanda no mercado turístico.
• Compreender a importância de se desenvolver a identidade turística 
e formatar o tipo de turismo adequado, visando à maximização da 
competitividade dos produtos turísticos.
• Conhecer a técnica de análise da oferta baseada no conceito de cadeia 
produtiva do turismo.
• Compreender o conceito de formação de clusters de turismo e seu 
papel na manutenção da competitividade dos produtos, assim como 
na promoção do desenvolvimento sustentável.
Seção 1 | Fundamentos conceituais do mercado turístico
Conceitos sobre a formação do mercado e análise do mercado segundo a 
perspectiva das cinco forças competitivas de Michael Porter, com ênfase na 
análise da concorrência e competitividade do produto turístico.
Seção 2 | Segmentação do mercado turístico
Apresentação conceitual do processo de segmentação da demanda e 
oferta, sua interação com o planejamento estratégico e discussão dos princi-
pais aspectos observados na análise de segmentação da demanda.
Seção 3 | Segmentação da oferta e formação de clusters no 
turismo
Discussão acerca da definição da identidade e do tipo de turismo a ser 
ofertado e análise da cadeia produtiva das atividades turísticas, com ênfase 
nas relações de cooperação e sinergia entre os elementos. Abordagem do 
conceito de clusters no turismo e a promoção do desenvolvimento susten-
tável regional por meio do turismo.
Introdução à unidade
Prezado aluno, bem-vindo à segunda unidade do livro Fundamentos 
do Turismo! Agora que você já domina as bases conceituais que definem as 
atividades turísticas, chegou o momento de conhecer o mercado turístico. 
Inicialmente, é importante compreender quais são os fundamentos 
que permitem a formação de um mercado turístico, ou seja, como devem 
ocorrer as relações de troca entre oferta e demanda, para que se concre-
tize uma estrutura de mercado. A partir da compreensão destas relações de 
troca será possível compreender a existência de algumas forças principais 
que influenciam o desenvolvimento do mercado e que devem ser obser-
vadas por todo gestor no momento de tomar decisões sobre sua participação 
em um determinado mercado. Estas forças competitivas foram analisadas 
por Michael Porter, e as discussões promovidas por ele são comentadas 
ao longo da primeira seção, com um direcionamento para a realidade do 
mercado turístico.
Na segunda seção, é apresentada uma técnica de análise mercadológica 
essencial para todo gestor que atue no mercado turístico, a técnica de análise 
de segmentação, a qual pode ser aplicada tanto do ponto de vista da demanda 
quanto do ponto de vista

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