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Direito Constitucional

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Kamila Nogueira de Menezes 
RA 120521479786 
Teoria Geral do Direito Constitucional 
 
Unidade 1 
• Seção 1 Teoria geral do Direito Constitucional 
As primeiras noções sobre a Constituição e os conceitos que a ela podem ser 
atribuídos: Político 
 Constituição 
 Sociológico Jurídico 
• Político 
De acordo com Schmitt, a Constituição é uma decisão política fundamental, ou seja, 
ela deve refletir as decisões de governo, referindo-se a direitos fundamentais, 
princípios fundamentais e sobre a organização política do Estado. Todas as demais, 
que não se referir a essa decisão de governo, comporiam meras leis constitucionais. 
 
• Sociológico 
Lassalle considera que a Constituição escrita somente formaliza a Constituição real, sendo 
mera folha de papel se não representar efetivamente os fatores reais de poder. 
 
• Jurídico 
Conforme Kelsen, a Constituição é a norma fundamental do ordenamento jurídico, dotada 
de supremacia, compondo-se também como sendo fundamento de validade das normas 
infraconstitucionais. 
 
Elementos da Constituição: 
• Orgânicos: Como normas relativas à organização dos poderes. 
• Limitativos: Como as normas referentes aos direitos políticos, direitos de 
nacionalidade etc. 
• Socioideológicos: Tais como as normas correlatas aos direitos sociais, como 
aquelas previstas nos arts 6° e 7°, ambos da CF/88. 
• De estabilização constitucional: Como as normas relativas à jurisdição 
constitucional, previstas nos arts. 102 e 103, da CF/88 
• Formais de aplicabilidade: Como aquelas normas previstas no ADCT. 
 
• Seção 2 Fundamentos filosóficos e políticos da Constituição Federal de 1988 
Com base especialmente nos conceitos de Constituição e nas classificações analisadas, 
enfrentamos a questão da possibilidade de alteração do sistema de governo que 
adotamos, qual seja, o presidencialismo para o parlamentarismo. 
 
Primeiros quatro artigos da CF/88: 
Art. 1° A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
• Seção 3 Mutação e reforma constitucional 
A mutação constitucional é um processo informal de alteração constitucional, sendo resultado 
de uma evolução dos costumes, dos valores da sociedade, das pressões exercidas pelas novas 
exigências econômico-sociais, etc. Nesse processo, muda-se o sentido da Constituição sem 
nenhuma mudança na literalidade de seu texto. 
 
Os princípios fundamentais na CF/88* a separação de poderes e os fundamentos, objetivos e 
princípios da República Federativa do Brasil e respondemos a questão atinente à possibilidade 
de reforma da Constituição, se a democracia seria uma regra ou um princípio e se a previsão 
do Estado Democrático no preâmbulo da CF/88 tem conteúdo prescritivo ou se trata de mera 
declaração de intenções. 
 
• Seção 4 Métodos, limites, princípios e regras de interpretação constitucional. 
O art. 37, VIII, da CF/88, dispõe sobre a reserva de percentual de cargos ou empregos públicos 
para pessoas com deficiência, definindo os critérios de sua admissão. Com base no aludido 
dispositivo, as pessoas com visão monocular ingressaram na Justiça com o intuito de 
enquadrarem seu caso no conceito de deficiência. Visão monocular é caracterizado pela 
capacidade de uma pessoa conseguir olhar através de apenas um olho, com isso, possuindo 
noção de profundidade limitada. 
 
Os métodos e princípios de interpretação 
• Método jurídico: Interpreta-se o art. 37, VIII, da CF/88 como se interpreta a lei, 
levando-se em consideração os métodos tradicionais de interpretação. 
• Método tópico-problemático: Primazia do problema correlato à visão monocular 
sobre a norma prevista no art. 37, VIII, da CF/88. 
• Método hermenêutico concretizador: Pressuposto subjetivo (pré-compreensão do 
intérprete acerca da questão concernente à visão monocular) + Pressuposto objetivo 
(primazia da norma prevista no art. 37, VIII, da CF/88, sobre o problema). 
• Método científico-espiritual: Considera os valores subjacentes ao texto, integrando-os 
à realidade da comunidade, ou seja, a norma prevista no art. 37, VIII, da CF/88, objetiva a 
integração da pessoa com deficiência, atuando como facilitador, tendo em vista que ela 
possui enormes dificuldades para tanto. 
• Normativo-estruturante: A interpretação deve considerar o texto da norma, prevista 
no art. 37, VIII, da CF/88, e sua concretização na realidade, ou seja, como ele é aplicado 
aos concursos públicos. 
• Interpretação comparativa: Comparação de como a questão da visão monocular 
ingresso das pessoas que a possuem no serviço público se dá no ordenamento jurídico 
brasileiro e em outros países. 
• Princípio da unidade da Constituição: Considera que CF/88 em sua totalidade, 
aplicando ao caso, além da norma prevista no art. 37, VIII, da CF/88, princípios como a 
igualdade, a justiça e a dignidade da pessoa humana. 
• Princípio do efeito integrador: Prioriza critérios que favoreçam a integração política e 
social, favorecendo, assim, a inclusão das pessoas com visão monocular no conceito de 
deficiente. 
• Princípio da máxima efetividade: Prioriza o sentido que dê maior efetividade social 
norma prevista no art. 37, VIII, da CF/88, conferindo-lhe o maior alcance possível. 
 
 
• Princípio da justeza (conformidade funcional): 
Evita sentido que subverta a divisão funcional dos Poderes, não podendo o Judiciário, ao 
apreciar a questão da inclusão da visão monocular no conceito de deficiência, legislar 
positivamente. 
• Princípio da harmonização: 
Evita o sacrifício total do bem jurídico de inclusão social da pessoa com visão monocular em 
face da igualdade de condições para concorrer a uma vaga no serviço público 
• Princípio da força normativa da Constituição: 
Prioriza a solução para o caso que possibilite a atualização normativa, a eficácia e a 
permanência da CF/88. 
 
Unidade 2 
• Seção 1 Eficácia, aplicabilidades organização do estado 
• Aplicabilidade Constitucional: é a capacidade de uma norma jurídico-constitucional de 
produzir seus efeitos.Trata-se de ato de incidência que somente haverá a aplicação de uma 
norma constitucional se esta for eficaz. 
• Eficácia Constitucional: meio pelo qual a norma constitucional gerará seus efeitos 
jurídicos. Variará de acordo com o grau e a sua profundidade. 
• Espécies de eficácia constitucional: 
a) Normativa: trata-se da simples possibilidade de aplicação e de vinculação da norma 
constitucional. 
• A.1) Eficácia normativa de vinculação: estabelece o vinculo entre o legislador e a 
regulamentação. Exemplo:art. 226, $ 3, da CF/88: "Para efeito de proteção do Estado, é 
reconhecia a união estável entre homem e mulher como entidade familiar, devendo a lei 
facilitar sua conversão em casamento". 
• A.2) Eficácia Normativa de aplicação trata-se de norma jurídica autoaplicável. 
Citamos por exemplo, o artigo 2°, CF: "São Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário" 
As principais características da eficácia normativa constitucional são: 1) 
Imperativa; 2) Taxativa; 3) Cogente; 4) Mandamental. 
Importante salientar que, não existe norma constitucional sem sua eficácia jurídica ou 
normativa. Podemos citar, por exemplo, as normas programáticas e limitadoras, que 
possuem um mínimo de eficácia, traçando por dever do legislador regulamentar-las. 
 
• Seção 2 Estado e Federação 
• Estado unitário: 
• Caracteriza-se por um centro de poder que se estende por todo o território e pela 
população. No entanto, em todo Estado há um mínimo de descentralização,que, se 
administrativa, apenas caracteriza o Estado unitário descentralizado. 
 
• Por outro lado, se além das funções administrativas abranger a função legislativa, com 
as matérias sobre as quais pode legislar expressamente previstas na Constituição, tem-se o 
chamado Estado regional, como ocorre na Itália. 
 
• Se a descentralização da função legislativa partir das províncias, que elaboram seus 
estatutos e os enviam para Poder Central aprová-lo, tem-se o chamado Estado autonômico, 
como ocorre na Espanha. 
 
• Estado federal 
Divide o seu território em Estados-membros, que possuem autonomia administrativa, 
política e legislativa, entendida como poder de autodeterminação, conforme previsto 
constitucionalmente. Segundo aponta Manoel Gonçalves Ferreira Filho (2015, p.82-
85), o Estado federal se caracteriza por: 
 
• A estrutura federativa ser posta na Constituição como sendo imutável, como ocorre na 
CF/88, conforme art. 60, 54°, 1. 
• Os Estados-membros participam no poder central por meio do Senado, que os 
representa. 
• A reconhecida auto-organização desses Estados-membros, ante a existência de um 
poder constituinte próprio. 
 
• Seção 3 Federação na CF/88 
A federação brasileira adotou o federalismo cooperativo, em que Estados e Municípios são 
dotados de autonomia, conforme preceitua a CF/88. No entanto, o exercício da competência 
de auto-organização pelos Estados e Municípios se submete aos limites constitucionalmente 
previstos, especialmente aqueles que se encontram no art. 34, VII, da CF/88, que prevê os 
seguintes principios: 
• A forma republicana, o sistema representativo e o regime democrático. 
• Os direitos da pessoa humana. 
• Autonomia municipal. 
• Prestação de contas da administração pública direta e indireta. 
• Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, proveniente 
de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde. 
O art. 1°, da CF/88, afirma ser "A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal", constituindo-se em Estado 
Democrático de Direito. Diante disso, vamos às características mais marcantes dos entes 
federados. 
 
União: Constitui a união indissolúvel dos Estados e do Distrito Federal. Nela há o exercício 
dos três poderes, possui bens próprios e pode criar regiões, como as Regiões Integradas de 
Desenvolvimento Juazeiro-Petrolina, Grande Teresina-Timon e Entorno do DF. 
 
Estados: Possuem bens e governo próprio, exercendo ainda funções dos três poderes. 
Podem se unir ou se dividir para a criação de novos Estados ou de Territórios Federais, 
mediante a aprovação do Congresso Nacional e por meio de lei complementar. 
 
Municípios: Podem se auto-organizar, por meio de Lei Orgânica, mas não possuem poder 
constituinte derivado decorrente. Exercem apenas o Poder Executivo e o Legislativo. 
Podem ser criados, fundidos ou desmembrados, desde que observados os seguintes requisitos: 
(a) lei estadual; (b) plebiscito para ouvir a população envolvida; (c) estudo de viabilidade 
técnica; e (d) dentro do período imposto em lei complementar federal. 
 
Distrito Federal (DF): Foi criado para abrigar a União e não se confunde com o Estado nem 
com o Município, apesar de concentrar as competências legislativas de ambos. 
Rege-se por Lei Orgânica e não se subdivide em Municípios. A organização do Ministério 
Público, do Judiciário e das Polícias fica a cargo da União. Possui capacidade de autogoverno, 
autolegislação e autoadministração e também eleqe três representantes para o Senado. 
 
Territórios: Atualmente não possuímos nenhum território, mas eles podem ser criados por lei 
complementar federal, constituindo-se como descentralizações administrativas da União e 
desprovidos de autonomia. 
• Seção 4 Entes federados e Intervenção 
A Intervenção não viola o Estado Democrático de Direito, ou seja, mesmo que os entes 
federativos tenham autonomia, ela pode ser limitada em determinados casos, de modo a 
garantir a ordem e o cumprimento das normas constitucionais e legais por parte de todos os 
Estados e Municípios. 
 
Unidade 3 
• Seção 1 e 2 Direitos e garantias fundamentais 
Os direitos fundamentais são direitos protetivos, que garantem o mínimo necessário para que 
um indivíduo exista de forma digna dentro de uma sociedade administrada pelo Poder Estatal. 
Os principais direitos e garantias fundamentais, de acordo com o princípio da dignidade da 
pessoa humana. 
Uma das principais inovações da Constituição Federal de 1988, concebida após os anos de 
chumbo da ditadura militar que perdurou no Brasil durante 21 anos, é a ampla cobertura de 
direitos fundamentais e de garantias fundamentais que a mesma traz. 
Este artigo tem como objetivo expor as particularidades dos direitos e garantias fundamentais, 
previstas no título II da Constituição Federal brasileira. 
 
• Seção 3 Direitos individuais, coletivos e sociais 
Os remédios constitucionais são considerados garantias constitucionais, destinados ao gozo de 
direitos violados, gravemente ameaçados ou não atendidos. São remédios 
constitucionalmente previstos: 
• (I) habeas corpus: art. 5°, LXVIII 
• (II) mandado de segurança: art. 5°, LXIX 
• (III) mandado de segurança coletivo: art.5°, LXX 
• (IV) mandado de injunção: art. 5°, LXXI 
• (V) habeas data: art. 5°, LXXII 
• (VI) ação popular: art. 5°, LXXIII 
 
• Seção 4 Remédios 
Retomemos a situação geradora de aprendizagem 
 A saúde está contemplada na Constituição Federal de 1988 como um dos direitos sociais 
previstos no art. 6° e como um direito de todos e um dever do Estado no art. 196, além de 
outras previsões ao longo do texto constitucional. 
Os pais de uma criança portadora de uma doença rara, para a qual não existe um tratamento 
específico no país, pleitearam, em juízo, que o Governo Federal custeasse um tratamento 
experimental nos Estados Unidos, cujos resultados ainda não foram comprovados. 
Todavia, o custo desse tratamento experimental é equivalente à prestação de todos os 
serviços de saúde e tratamentos médicos e hospitalares durante um ano para toda a 
população do Estado do Maranhão. 
 
Unidade 4 
• Seção 1

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