Buscar

LOGÍSTICA REVERSA E SEU IMPACTO NO MACROAMBIENTE. 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LOGÍSTICA REVERSA E SEU 
IMPACTO NO MACROAMBIENTE 
Welington de Oliveira 
Prof. Kelly Mesquita Barroso 
RESUMO
As empresas tinham um conjunto bem definido de preocupações e estas estavam relacionadas com o aumento de vendas, otimização de estratégias de marketing, investimentos em qualidade de projeto e formas de maximizar volumes de produção. Com as mudanças na postura do consumidor, as empresas passaram, também, a ter de se preocupar mais com a gestão ambiental, pois com a diversidade de produtos que começou a ser produzidos no mercado, novos horizontes necessitavam ser estudados. Sendo assim, o trabalho apresenta o seguinte problema: A Logística reversa utilizada pela AmBev no tratamento de resíduos, poderia ser apontada como um elemento a mais a aumentar sua competitividade no mercado Brasileiro? Levando em consideração a sua Hipótese que responde de forma clara: A logística reversa se torna um diferencial para a empresa que a tem como política. Ao optar pela logística reversa, a AmBev aumenta sua competitividade no mercado alavancando sua marca, sendo assim ganhando mais credibilidade no mercado e tornando-se mais competitiva buscando novas maneiras de ajudar o meio ambiente visando à sustentabilidade dos seus processos e tem como objetivo principal analisar o processo de logística reversa da empresa AmBev. Este estudo exploratório, com abordagem qualitativa, realizado em condições ambientais reais procura levantar dados sobre a organização, que permitam diagnosticar a mesma quanto aos seus aspectos e impactos ambientais, identificar e caracterizar as ações ambientais adotadas pela empresa. A análise dos dados permite uma visão abrangente do comportamento da empresa frente as exigências do mercado valorizando sua marca e alavancando seu nome no mercado mundial.
Palavras-Chave: Logística Reversa, competitividade, produtividade, gestão ambiental 
INTRODUÇÃO
 Em grandes empresas, na maioria dos casos as multinacionais ainda não adotaram a pratica da logística reversa, Nesse caso muitas dessas organizações ainda degradam o meio ambiente de forma agressiva e devastadora. Com base nisso, as empresas adotaram o método da Logística Reversa, dando respostas rápidas e soluções para a preservação do meio ambiente. Com esse novo conceito de Logística as empresas se adaptam as mudanças visando garantir seu lugar no mercado, que a cada dia se torna mais exigente. Portanto as empresas se mostram preocupadas com sua boa aparência no mercado para destacar sua marca, assumem a responsabilidade socioambiental, levando que empresas de vários ramos busquem um alinhamento com essa logística.
 As empresas de bebidas, por exemplo, cada vez mais estão preocupadas com o retorno das garrafas de vidro, pets e lata, esses materiais são usados como insumos para reciclagem afim de diminuir os custos da produção. Este é o caso da AmBev, por exemplo.
 A AmBev surge de uma junção da sucessora Companhia Cervejaria Brahma e da Companhia Antarctica Paulista Indústria Brasileira de Bebidas Conexos ("Antarctica"), duas das cervejarias mais antigas do Brasil. A empresa foi constituída como Aditus Participações S.A. ("Aditus") em 14 de setembro de 1998. A Ambev é uma sociedade anônima brasileira, de capital aberto, constituída segundo as leis da República Federativa do Brasil
 A empresa é líder de mercado em diversos países quando falamos em vendas de cerveja e refrigerantes não-alcoólicos e não-carbonatados com marcas próprias como Guaraná Antarctica e Fusion.
Atualmente é uma empresa que possui grandes preocupações com o meio ambiente, atuando com os processos da logística reversa e a diminuição do consumo de água, onde a mesma é a principal matéria-prima. Neste contexto, a presente pesquisa busca responder o seguinte problema.
A Logística reversa utilizada pela AmBev no tratamento de resíduos, poderia ser apontada como um elemento a mais a aumentar sua competitividade no mercado Brasileiro?
Quanto a questão acima, serão considerados as seguintes hipóteses:
· A logística reversa se torna um diferencial para a empresa que a tem como política. Entretanto, num primeiro momento, a implantação dessa medida é para atender ás novas leis ambientais. Em consequência disso, as empresas descobrem que esse novo processo ajuda na redução de custo e aumenta o marketing da empresa perante os clientes. Ao optar pela logística reversa, a AmBev aumenta sua competitividade no mercado alavancando sua marca, sendo assim ganhando mais credibilidade no mercado e tornando-se mais competitiva buscando novas maneiras de ajudar o meio ambiente visando à sustentabilidade dos seus processos.
O objetivo geral desse artigo é compreender como a Logística Reversa contribuiu para o aumento da competitividade da Ambev. 
Os objetivos específicos são: 
- Analisar e descrever os métodos utilizados pela logística brasileira.
- Identificar os aspectos impactos ambientais da logística reversa.
- Descrever e avaliar os processos fabris diante da logística reversa.
- Analisar os benefícios da logística reversa para a AmBev. 
Observando os objetivos pontuados o trabalho a ser desenvolvido quanto aos fins se utilizará do método de pesquisa exploratória, quanto aos meios se fará necessária uma pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso auxiliando a realizar um embasamento teórico e balizar a linha a ser seguida.
Far-se-á também uma comparação de teorias, buscando encontrar conexões lógicas e trazer à tona detalhes das ideias dos autores. As citações consistirão em demonstrações daquilo que se pretende dizer, de forma que possa trazer ao rigor da clareza de ideias construtivas que visam a auxiliar os métodos de aperfeiçoamento do estudo com a intenção de esclarecer ao máximo toda e qualquer dúvida citado no trabalho.
2. Logística Reversa 
A Logística Reversa é a área da logística que cuida para que tudo aquilo que você consumiu retorne para o processo produtivo, visando assim o reaproveitamento de materiais no processo produtivo e consciência ambiental, com isso alcançando a sustentabilidade.
Em função da quantidade e variedade de produtos, com ciclos de vida cada vez menores, para atingir a satisfação do cliente, com isso existe a necessidade de retorno de itens ainda não consumidos e daqueles já consumidos que na maioria das vezes ainda apresentam condições de utilização, porém estão defasados mercadologicamente.
A Logística Reversa tem como objetivo agregar valor aos produtos que deverão ser devolvidos as empresas por algum motivo, ou enviar para local descarte seguro.
E uns dos motivos pelo qual existe a Logística Reversa são eles: Garantia, apresentação de defeitos; Fim do ciclo de vida; Término de campanhas promocionais; Erro no processamento do pedido; Enfim, inúmeras razões comerciais, e até mesmo legais, fazem com que os produtos tenham que voltar a sua origem.
A Logística Reversa chega como um novo conceito para as grandes empresas e sociedades de Brasil e no mundo. 
Portanto, os Fabricantes são responsável por o destino final dos seus produtos, garantindo assim que os resíduos perigosos contaminem a terra, água e o ar. E os consumidores devem descarta-los nos locais de coletas, e nunca em lixos comuns.
Segundo Andrade, Ferreira e Santos (2009), 
"Os principais fatores que motivam as empresas a implementar a Logística Reversa são: legislação, razões competitivas, melhoria da imagem coorporativa, revalorização econômica, renovação de estoques, ganhos econômicos, responsabilidade socioambiental, recuperação de ativos e/ou de valor, e prestação de serviços diferenciados".
Uma pesquisa feita pelo Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB), registrou que em 188 empresas brasileiras gastam cerca de 5% do seu faturamento com retornos em produtos. Em contra partida a Reverse Logistics Association ( RLA) apurou que os processos de logística reversa em alguns países chegam em torno de 3% à 25% do seu PIB.
Segundo Leite "Acrescenta que não existe uma mensuração exata desses processos logísticos e afirma que há um crescimento gradativo dos níveisde devolução na medida em que há um aumento da variedade de produto disponíveis no mercado por diferentes setores".
De acordo com Lacerda (2002), 
"A compressão crescente nas margens de rentabilidade acarretada pela internacionalização da economia, leva muitas empresas a buscarem oportunidades em focos não explorados por meio de operações inovadoras e mais competitivas".
Segundo Zikmund (2005,p.3), " A conceituação mais antiga de logística reversa foi estabelecida na década de 70, com objetivo de atender às necessidades de recolhimento de meterias devido ao pós-consumo e pós-venda.
Os processos de Logística Reversa já estão em prática desde a década de 70, com o objetivo de tratar apenas as necessidades dos resíduos do pós- venda e pós-consumo, já na década de 90 as definições e abordagens sobre o logística reversa ganharam uma importância a mais tendo apoio da legislação e dos órgãos fiscalizadores. Com o avanço das tecnologias e o com o aumento da competitividade do mercado fizeram surgir uma grande quantidade de produtos com preços reduzidos e com baixo ciclo de vida acarretando maior volume de resíduos nos lixões.
De acordo com Leite (2003),
"Salienta que o desenvolvimento e competitividade do mercado globalizado fizeram surgir uma maior quantidade e variedade de produtos com preços reduzidos, obsolescência acelerada e, desta forma, com ciclo de vida menor. Isso aliado a fatores como modismo, status e o avanço tecnológico, fez crescer consideravelmente o número de produtos descartados, aumentando as áreas destinadas a lixões e aterros sanitários e um consequente questionamento da população sobre os problemas deles decorrentes.
Alguns desses resíduos podem ser: Papel Higiênico, fraldas, frituras, peles, plásticos e filmes sujos. São os únicos resíduos que não temos como reciclar e deverão ser direcionados para o aterro sanitários, lá eles são enterrados e tratados e no final o lugar do aterro pode ser recuperados.
2.1 Logística Reversa Brasileira
O Brasil está entre os países que mais descartam equipamentos eletrônicos e muitas vezes de maneira inadequadas. Em nome da ecologia os fabricantes terão que reciclar parte desse material, o governo quer definir um critério mais rígidos para esse descarte.
Segundo Ballou (2001,p21), "A missão da logística é dispor a mercadoria ou o serviço certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condições desejadas, ao mesmo tempo em que fornece a maior contribuição à empresa". 
De acordo com pesquisa do Instituto Universitário das Nações Unidas para o Estudo Avançado da Sustentabilidade (UNU-IAS) e da GSMA (Sistema Global para Comunicação Móvel) "O Brasil hoje é o terceiro país que mais jogam televisões, computadores, celulares fora por ano. É um tipo de resíduos que contém substâncias perigosas na sua composição, então eles não podem ser descartados no lixo comum e a gente percebeu que já existe esse amadurecimento na conscientização do cidadão para uma causa nesse sentido". Em 2018, os latino-americanos devem jogar no lixo 4.800 quilo toneladas (*) de lixo eletrônico ou e-waste, 70% a mais do que em 2009. O percentual da América Latina é ainda maior que os 55% esperados em nível mundial.
Com o aumento da população brasileira, ocorre também um crescimento de consumo de alimentos e, consequentemente, o aumento do consumo de produtos elevando a geração de resíduos sólidos e líquido e com o avanço da tecnologia e com o crescimento acelerado do mercado para novos produtos que fazem com que as pessoas aumente seu consumo. Os resíduos incluem celulares, computadores, eletrodomésticos e equipamentos cuja existência nem se nota no dia a dia, como medidores de energia. Embora pequenos e sem metais pesados, eles podem causar riscos ambientais a partir do momento que são descartados de qualquer forma em lixões ou aterros sanitários.
De acordo com Leite (2018)
 "Não são somente fatores de sustentabilidade que requerem a Logística Reversa. Com o advento do crescimento do e-commerce (vendas pela internet) houve um aumento significativo na Logística Reversa. Atualmente, o foco das organizações é o cliente e, na tentativa de fidelizá-lo, estas empresas acabam assumindo este custo. A devolução de mercadorias no e-commerce é apoiada geralmente por legislação que permite ao cliente não aceitar o produto por diferentes motivos. Os níveis de retorno de produtos nos canais de e-commerce variam de 25% a 35% em países como Estados Unidos, sendo de 5% a 10% no Brasil".
 O governo quer que as empresas assumam parte desse trabalho, e publicou no Diário Oficial da União de 13/2/2013, o Edital de Chamamento nº 01/2013, convocando fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos eletroeletrônicos e seus componentes a apresentar ideias para reciclar, pelo menos, 17% (dezessete por cento) de tudo o que produzirem. A expectativa que o sistema comece a ser implantado no ano que vem. A ideia é criar postos de coleta no comércio, assim o consumidor levaria os aparelhos usados as lojas, assim os fabricantes recolheriam tudo lá e entregariam a empresa de reciclagem. Ainda podemos ter divergências em questões de horários. Um fator favorável no e-commerce é a possibilidade de venda 24horas por dia, porém, não há a mesma disponibilidade de recebimento dos produtos, causando o retorno para reentrega destes produtos.
 Podemos citar como exemplo a política reversa dos pneus, que o crescimento das indústria de transportes rodoviários e consequentemente da venda de veículos para realizar prestação desses serviços faz com que seja gerada uma demanda cada vez maior de pneus. Sendo descartados inadequamente esses pneus, tornam-se extremamente prejudiciais ao meio ambiente e a sociedade. A Logística Reversa dos pneus usados e inservíveis entra como fator determinante para que os descartem sejam realizados de forma correta e simples, e seja aderido pelos consumidores. Assim, como no exemplo do asfalto feito com pneus velhos, que outrora eram jogados no meio ambiente - sem qualquer cautela, com o jeans ecológico a sistemática é a mesma. 
A logística reversa trabalha de maneira idêntica. Recolhe os resíduos do meio ambiente, possibilitando que sejam reaproveitados, o que, automaticamente, diminui a retirada de mais insumos da natureza e evita sua contaminação e degradação.
 Vale ressaltar que atualmente o foco e a importância dada ao cliente, a conscientização ambiental coletiva (sociedade, organizações e governos) e as preocupações com os custos totais dos projetos, vem contribuindo com o destaque e o crescimento da logística reversa.
2.2 COMO PROJETAR UM SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA
A logística reversa já vem sendo feita a anos por empresas que reutilizam seus insumos, como no caso das garrafas de vidro que são recolhidas e reutilizadas na produção de novas garrafas, e com o passar do tempo as empresas só aumentaram a complexibilidade dos projetos nesse segmento. Com a lei dos resíduos sólidos (lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010), as empresas passaram a ser legalmente responsáveis pelo descarte de seus produtos. Por exemplo: fabricantes de refrigerante são responsáveis pelas suas latinhas mesmo depois que elas forem jogadas no lixo.
A reciclagem começa com o consumidor consciente, com o hábito da separação dos resíduos recicláveis nas residências. Os municípios devem instalar PEVs (Ponto de entrega voluntária) para entrega de resíduos pela população e fazer a coleta seletiva nas residências, prioritariamente com participação de cooperativas de catadores. Além de instalar PEVs para recebimento recicláveis, as empresas investem em educação ambiental e na capacitação e estruturação de cooperativas de catadores para aumento da triagem. 
Os catadores individuais, fornecem parte expressiva de materiais recicláveis ao setor atacadista. As cooperativas e associações de catadores, participam da coleta seletiva porta a porta e processam embalagens pós-consumo para fornecimento à indústria recicladora. Os atacadistas de materiais recicláveis recebem resíduos dos PEVs e cooperativaspara encaminhamento à indústria recicladora, que processa a matéria-prima reciclada para compor novos produtos. A partir do esforço conjunto, pode-se cumprir as metas de legislação e chegar a resultados positivos sob o ponto de vista ambiental, social e econômico, gerando benefícios para toda a sociedade.
Essas organizações em primeiro lugar criam um plano de resíduos sólidos onde passam a monitorar todo o ciclo de vida dos seus produto, sendo assim as empresas precisam dominar toda a cadeia que está relacionada a matéria prima e insumos.
Existem diferentes modos de implementar os projetos de logística reversa como coletar, reciclar embalagens e produtos que não estão aptos ao consumo ou então reutilizar esses insumos gerados. É importante ressaltar que a empresa não necessariamente reutiliza todo seus insumos na produção de novos produtos, mas o importante é garantir que todos esses insumos tenham uma nova utilidade sendo fora ou dentro da sua cadeia de suprimentos.
As organizações podem adotar uma estratégia que é considerada simples e de muita eficiência que é construir parcerias com cooperativas e catadores de matérias recicláveis, levando em consideração que essas cooperativas são as bases fundamentais para reciclagem. A integração dessas empresas tendem a gerar um potencial maior e mais viável para os fluxos reversos gerando benefícios econômicos e socioambientais.
Atualmente algumas empresas já utilizam esse modelo de estratégia por meio dessa integração de empresa x cooperativas e algumas outras criaram sua própria terceirizada como:
AmBev – Reutiliza todas a suas embalagens para novas embalagens, onde a própria empresa desenvolveu seu projeto de criação de uma fábrica de vidro que também conta com cooperativas e com seu próprio time de catadores. Ela também está desenvolvendo seu novo projeto para fábrica de latas onde todo seu processo será feito perto da maior cervejaria do Brasil, sendo assim diminuindo os impactos ambientais tanto de fabricação quanto de transportes de cargas e insumos.
As empresas que adotam a logística reversa passam a agregar maior valor competitivo e geram mais lucros e menor custos podendo aumentar seus investimentos em novos projetos e novas tecnologias. Existem algumas dicas de como se aplicar a logística reversa em beneficio a empresa e o consumidor final como:
· Estabelecer uma política de devoluções e trocas
Para que o ciclo funcione corretamente é de grande importância estabelecer uma política de devolução de troca robusta e bem eficiente para que os fornecedores, lojistas e clientes entendam de forma clara como é o processo de troca ou devolução dos produtos avariados ou resíduos.
· Desenvolver um padrão para devoluções e trocas
Essa padrão está voltado para os colaboradores da empresa que precisam estar preparados, enquanto a política de troca está voltada para parceiros e clientes e o padrão para os próprios colaboradores. O gestor imediato desses colaboradores precisa estar capacitado para desenvolver esse padrão e efetuar nas principais áreas que atuam nessa modalidade como setores da produção e atendimento ao público.
· Pratique um atendimento eficiente
Mesmo que as empresas desenvolvam uma boa comunicação da suas políticas de trocas e devoluções, ainda sim existirão os clientes com dificuldades para realizar os procedimentos corretos. Sendo assim, a empresa precisa disponibilizar diferentes canais de atendimento ao consumidor e treinar o setor para que atendam de forma clara com o objetivo de sanar quaisquer duvida do consumidor final. Devemos sempre dar atenção ao consumidor, nenhum caso deve ser ignorado atendendo da melhor forma possível independente qual seja o caso dele. Ele precisa sentir que as suas necessidades desejos estão sendo ouvidas e que o time de atendimento está focado em resolver o problema dele. Com o atendimento eficiente e todas as dúvidas sendo esclarecidas o cliente fica satisfeito com o produto.
2.3 CAUSAS PRINCIPAIS PARA O CRESCIMENTO DA LOGÍSTICA REVERSA NAS EMPRESAS
A Logística Reversa foi estabelecida através da lei 12.305 de 2 de agosto de 2010 referente a política nacional de resíduos sólidos, a qual dentro vários aspectos estabelece a responsabilidade compartilhada entre os atores envolvidos na geração de resíduos sólidos, sendo que só passou a vigorar em 2014, essa lei proporciona um mecanismo de desenvolvimento sustentável para o planeta e possibilita a redução de reutilização dos resíduos que são descartados sem o tratamento adequado.
Segundo Celso Luchezzi (2017), 
"Essa lei regulamenta e traz as responsabilidades dos fabricantes pela destinação final dos seus produtos, assim controlando os resíduos gerados. As leis exigem das empresas a execução de novas técnicas para a preservação. Visando oportunidade de se tornar referência nos aspectos ambientais através de mudanças de hábitos (organização, separação e descarte correto dos materiais)".
Logo que a lei entrou em vigor as empresas não estavam preparadas para aderir a toda essa mudança em seus processos de produção e reutilização dos resíduos, conforme as tecnologias foram ganhando espaço nas empresas, essa prática se tornou comum e assim surgiram novas oportunidades como: questões ambientais, melhoria de imagem e redução de Custos.
E assim, ao desenvolver um diferencial competitivo, é comum que ocorra o aumento das vendas e das buscas pela empresa.
De acordo com Andrade, Ferreira e Santos (2009), 
"A Logística Reversa permite que as empresas sejam responsáveis pela destinação final adequada de seus produtos e/ou embalagens, evitando que estes sejam descartados de forma inapropriada pelos consumidores, proporcionando a diminuição dos riscos associados ao descarte inadequado de produtos perigosos como lâmpadas, baterias, embalagens de agrotóxicos, resíduos de tintas, entre outros".
Quando falamos em questões ambientais, as empresas passam a se preocupar com o ciclo de vida de seus produtos tanto no pós-venda quanto no pós-consumo. Todo resíduo que é gerado passa por um processo de reutilização para que não seja jogado no meio ambiente.
A melhoria da imagem começa a acontecer quando esses processos da Logística Reversa passam a fazer parte da cultura da empresa, sendo assim os clientes preservam essa imagem sabendo que estão ajudando o meio ambiente.
A redução de custo se dá pela reutilização desses resíduos que ao invés de comprar nova matéria prima as empresas investem em tecnologia para reaproveitar plásticos, vidro, pilhas e todo material descartável.
No caso da Ambev, temos hoje o depósito de reciclagem no qual os catadores são recompensados financeiramente quando exercer sua atitude de cidadão, ou seja, retornando com os PET e as latinhas para seu consumidor final. Com isso, minimizamos os descartes desses materiais de forma incorretas. As atividades geram renda para a população e beneficia o meio ambiente de forma que os recursos naturais são reaproveitados e deixam de ser descartados para poluir a água e o solo.
2.3.1 LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS-CONSUMO
A logística de pós consumo passou vigorar em 2010, com objetivo de não gerar ou reutilizar resíduos sólidos tratando da forma mais adequada para não degradar o meio ambiente.
Com a lei sendo vigorada as empresas começaram a criar um estimulo para adotar padrões sustentáveis tanto nas industrias quanto em todo seu processo de produção até o cliente final. Essa lei sanciona que todo resíduo solido seja tratado de forme correta ao final do seu ciclo de vida e seja reutilizado o máximo de vezes possível.
"A Logística Reversa de resíduos (LRR) pós-consumo é a área de atuação da Logística Reversa responsável pela gestão e operacionalização dos fluxos físicos e de informações correspondentes aos bens descartados depois de finalizada sua utilidade original pelo primeiro possuidor, retornando ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo" (LEITE, 2009).
 Essa logística de pós-venda trouxe inovação em todas as fases do ciclo de vida do produto desde a produção até o consumidor final, onde cada responsável tem sua responsabilidadede conduzir e tratar o resíduo de forma certa e correta. As principais industrias que adotaram esse conceito inicialmente foram:
· Produtos eletrônicos e seus componentes 
· Lâmpadas Fluorescente 
· Pneus
· Pilhas 
· Garrafas de vidro e pet 
“A vida útil de um bem é entendida como o tempo decorrido desde a sua produção original até o momento em que o primeiro possuidor se desembaraça dele” (LEITE, 2003, p. 34)
Hoje o grande desafio chegar a ser a conscientização e o amadurecimento da ideia na sociedade em questões de educação ambiental, pois nos dias de hoje vemos muito descaso e desrespeito com o descarte de resíduos sólidos que degradam nosso meio ambiente. 
“Reciclagem’ é o canal reverso de revalorização, em que os materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando-se em matérias-primas secundárias ou recicladas que serão reincorporadas à fabricação de novos produtos “(LEITE, 2003, p. 7).
2.3.2 CANAIS REVERSOS DE PÓS-CONSUMO 
Existem dois tipos de canais para o pós-consumo que são: Canais de reuso e canais de desmanche e Reciclagem.
Canais de reuso fala sobre a reutilização dos produtos ou bens matérias que são denominados bens duráveis, ou seja, a sua vida útil de estende ao longo dos anos.
“Nos casos em que ainda apresentam condições de utilização podem destinar-se ao mercado de segunda mão, sendo comercializados diversas vezes até atingir seu fim de vida útil” (LEITE,2003, p. 6). 
Exemplos desses bens são as garrafas Pets que podem ser reutilizados até 4 vezes a mesma embalagem para fazer seu envasamento ou até mesmo um canal de carros usados, cujo muda o cliente mas o produto continua sendo utilizado para o mesmo fim.
Segundo Leite (2003), "Esses canais definem-se como aqueles onde há a extensão do uso de um produto de pós-consumo, mantendo-se a mesma função que desempenhava". 
O canal reverso de desmanche também é uma outra maneira de tentar aproveitar ao máximo esse produtos de pós- consumo para que sejam desmanchados e retornem partes desses resíduos ao processo industrial 
Segundo Leite (2003, p.7), 
"Desmanche pode ser definido como: um sistema de revalorização de um produto durável de pós-consumo que, após sua coleta, sofre um processo industrial de desmontagem no qual seus componentes em condições de uso ou de remanufatura são separados de partes ou materiais para os quais não existem condições de revalorização, mas que ainda são passíveis de reciclagem industrial".
Esse processo de desmanche é mais comum de ser encontrar em bens duráveis como por exemplo máquinas, carros e produtos eletrônicos de forma geral, com isso esse canal tem por responsabilidade de impedir o acumulo desses resíduos em ambientes urbanos e os resíduos que forem descartados precisam ser tratados de forma correta.
A reciclagem que é o mais comum de todos trata dos resíduos que podem ser reutilizados para a fabricação contínua do mesmo produto ou pode ser reutilizado para outros fins.
2.4 VANTAGENS COMPETITIVAS PARA A EMPRESA ATRAVES DA LOGÍSTICA REVERSA
Com as organizações praticando os processos da logística reversa, as mesmas aumentam suas vantagens competitivas e eleva sua marca no mercado. Os consumidores optam por empresas que ajudam de alguma forma o futuro do meio ambiente. Esses processos permitem a reutilização dos seus resíduos na produção de novos produtos diminuindo os custos das linhas de produção e auxilia de forma positiva a degradação do meio ambiente.
Além de emitir uma imagem sólida da organização, a tendência é de que os consumidores se conscientizem cada vez mais, buscando sempre produtos e serviços que não prejudicam o meio ambiente. Com isso a empresa passa economizar nos processos produtivos, já que os resíduos entram novamente num ciclo, diminuindo o consumo de matéria-prima.
As empresa que adotam uma boa estratégia e parceiros especializados aos processos de logística reversa tem como vantagens ampliar a rentabilidade dos seus negócios e aumentar suas margens de lucro, esses parceiros atuam juntamente com a empresa afim de fidelizar clientes e posicionar o fabricante para que atue de forma que o mercado exige dentro das normas da logística reversa.
“Empresas que possuem um processo de Logística Reversa, bem gerido, tendem a sobressair no mercado, uma vez que estas podem atender seus clientes de forma melhor e diferenciada de seus concorrentes” (BARBOSA et. al, 2005, p. 2). 
As empresas que adotam as medidas de implementação da logística reversa em seus processos de distribuição e de produção tem maior chance de se destacar no mercado, com isso elas agregam valores aos seus produtos e ganham maior visibilidade no mercado nacional e internacional.
 
Horngreen et al (2000, p315) 
"Aponta três benefícios proporcionados pela elaboração de um bom relatório de ciclo de vida do produto: a evidenciação de todo o conjunto de receitas e despesas associadas a cada produto, o destaque do percentual de custos totais incorridos nos primeiros estágios e permite que as relações entre as categorias de custo da atividade se sobressaiam".
A logística reversa também traz como benefício a redução de custos, onde as empresas que adotam essas operações passam a reduzir gastos com matéria prima e em consequência disso diminuem seus custos de produção no produto final tornando um atrativo no mercado. As reduções de custos se dá nas embalagens que são recicláveis e retornáveis.
2.5 A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA PARA O MEIO AMBIENTE
A logística reversa é uma maneira que as empresas têm, para, de certa forma, imitar o que é feito naturalmente pelo meio ambiente. Quando um animal morre ou caem as folhas das árvores, rapidamente a natureza incorpora a matéria orgânica e a transforma em outros materiais úteis. A logística reversa, é uma tentativa do homem, de fazer o mesmo com os materiais que não servem mais.
Se o homem conseguir realizar a logística com a maior parte dos materiais produzidos, isto é, coletá-los ao fim de sua vida útil e redirecioná-los à uma destinação adequada, certamente o impacto da atividade humana será reduzido ou neutralizado no meio ambiente.
Visando eficiência na execução da recuperação dos produtos, reintegrando-os aos ciclos produtivos, ou a destinação correta. A Logística Reversa contribuem na redução da quantidade de lixo nos aterros, diminuição da poluição nas ruas, auxilia na biodiversidade dos oceanos, uma vez que esse PET forem destinadas ao mar, dentre outros.
A má gestão do lixo gera inúmeros danos ao meio ambiente, além de comprometer seriamente a qualidade de vida das pessoas, animais e do planeta. A Logística Reversa existe para implementar e gerenciar o fluxo de matérias-primas que são gerados pela cadeia de distribuição.
Sendo que as imagens de garrafas PET boiando nos rios ainda é comum no Brasil, um problema ambiental que nós ainda não vencemos. Mas em uma década a reciclagem de garrafas PET no Brasil triplicou e além de abastecer mercado interno, o plástico é reaproveitado e está ganhando espaço no ambiente internacional.
Segundo Gessinger (2010,p 123), 
"A preocupação do consumidor com o meio ambiente, uma vez que possui consciência sobre os danos que os resíduos podem causar ao meio ambiente, gera uma preocupação que reflete nas organizações, que são responsabilizadas pelo aumento dos resíduos. Com isso, implementando a Logística Reversa garante à empresa bons resultados para o futuro de toda a sociedade".
Evitar ou, ao menos, minimizar essa situação é dever de todos os cidadãos. Com pequenas atitudes diárias, tanto em casa, ou na sua empresa que fazem toda a diferença. Uma da mais importante é a correta destinação do lixo.
Vale ressaltar que além de salvar o planeta, a empresa que implementar a Logística Reversa estará à frente no mercado, preservando o meio ambiente estamos preservando a vida.
2.5 A LOGÍSTICA VERDE
Diferentemente da logística reversa, a logística verde tem como principal objetivo atender as demandas dos princípios de sustentabilidade ambiental como exemplo o da produção limpa, onde cada indústriase responsabiliza pelo destino final de cada produto fabricado. A produção limpa é estabelecida para que as empresas gerem menos resíduos ao final de cada processo produtivo, ou seja, elas elaboram um planejamento para que haja menos refugos e rejeitos na linha de produção e além desse planejamento a logística verde impõe que as empresas usem materiais que sejam recicláveis, menos prejudiciais ao meio ambiente e que se decomponham de forma mais fácil. Essa logística também se preocupa em como ela vai receber a demanda de resíduos geradas pelos clientes.
Segundo Barbieri ( 2006, p 62),
 "A solução dos problemas ambientais, ou a sua minimização exigiram uma nova atitude dos empresários e administradores, que devem passar a considerar o meio ambiente em suas decisões, adotando medidas administrativas e tecnológicas que contribuam para que as empresas deixem de serem problemas e sejam parte das soluções"
A logística verde anda lado a lado com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a logística verde juntamente com a logística reversa é o ponto de partida para potencializar e elevar o ciclo de reciclagem e reaproveitamento do país. Essa lei foca na reciclagem das lâmpadas fluorescentes, produtos eletrônicos e remédios. 
As empresas entendem a importância de terem departamentos que englobam e estudam a sustentabilidade e o meio ambiente, entendendo quais os aspectos a serem melhorados visando minimizar os impactos ambientais que futuramente pode causar danos irreversíveis para a sociedade em geral. A logística verde quando bem administrada conseguem desenvolver todos os seus objetivos sem muito esforço e custo para as empresas.
Um exemplo de logística verde é a implementação da tecnologia nas operações das grandes empresas onde uma ferramenta pode contribuir imensamente para o meio ambiente como: A implementação da ferramenta T2P onde a organização troca suas cintas impressas no papel por tecnologia mobile deixando de utilizar as folhas A4 diminuindo drasticamente seu custo nos processos e ajudante o meio ambiente.
As vantagens que a logística verde proporciona pro meio ambiente e para as empresas são:
· Redução nas despesas de tecnologia da informação 
· Redução da perda de mercadorias 
· Custo x Benefício para empresa e clientes 
· Redução da emissões de CO2
· Impulsionar o desempenho dos negócios
 Dentro desse conceito de logística verde também temos o sistema de gestão ambiental (SGA), onde a partir da década de 70 após uma conferência da Nações Unidas entenderam que os países precisavam proteger o meio ambiente no qual as empresas estavam degradando de forma agressiva. Diante desse cenário aconteceram diversos surgimentos de processos e metodologias para amenizar esses impactos ao meio ambiente.
O sistema de gestão ambiental se aloca em um conjunto de procedimentos para administrar uma organização de forma sustentável e menos ofensiva ao meio ambiente e essa gestão é estabelecida pela NBR14001, onde faz parte das normas da ISO 14000. Dado início ao cenário com esses novos projetos e processos, as empresas perceberam que demonstrar essa preocupação e qualidade ambiental é um item que seus clientes dão valor na qual são as pessoas mais motivados e preocupados com o meio ambiente.
A implementação de todo esse sistema é utilizada para prevenir os danos ambientes em sua produção e dos produtos que vão para o mercado e a empresa também busca ter esse certificado de empresa altamente sustentável (selo verde) para poder gerar benefícios no mercado consumidor.
De acordo com Bonelli Jr (2006, p65), 
As empresas que almejam serem líderes de mercado no segmento de economia em que atuam não devem deixar de utilizar a gestão ambiental como parte de sua estratégia. Para isso a as ferramentas para alcançar a qualidade ambiental são, em sua essência, idênticas àquelas utilizadas pela empresa para garantir sua qualidade de produção: Treinamento, plano de ação, controle de documentação, organização e limpeza, inspeções e análises periódicas da situação.
Para implementar o SGA a empresa precisa orientar e treinar todos seus setores para estarem alinhados com os processos e objetivos do programa, sendo assim é de extrema importância que toda a alta hierarquia da organização participe da elaboração do sistema para que fiquem cientes das obrigações e que por meio dessa elaboração os seus colaboradores executem toda a metodologia através do PDCA. Os principais objetivos definidos do SGA são:
 Etapa 1. Política Ambiental
É a fase principal da implementação do sistema onde a organização elabora um documento, na qual expõem suas intenções e princípios em virtude do seu comprometimento com seu desempenho ambiental global, onde eles traçam seus objetivos e metas, segundo a ISO 14001:2004.
Etapa 2. Planejamento
Durante a elaboração do planejamento deve - se incluir tópicos nos quais serão tratados durante todo o ano como: Objetivos, metas, aspectos ambientes entre outros. A norma NBR ISO 14001 entende que a organização precisa formular um plano para cumprir sua política ambiental. 
Etapa 3. Implementação e Operação
Essa etapa do processo é recomendado que a empresa implemente a norma NBR ISO 14001 onde é necessário atender o que estava previsto em todo seu planejamento como informado no passo anterior.
Etapa 4. Verificação e Ação Corretiva
Fase onde se cria condições para ser feito um check para saber se a empresa está cumprindo o programa de gestão ambiental previamente definido e promover melhorias para tratar quaisquer ação negativa ou que não esteja de acordo tornando ações corretivas.
Etapa 5. Análise Crítica
É o momento onde a administração da auditoria identifica a necessidade de algumas modificações no planejamento da empresa para que se tenha uma melhoria sustentável e continua.
O comprometimento de todos os colaborardes que vai definir os resultados dos objetivos e metas da empresa especialmente a alta administração, se o sistema estiver funcionando de forma correta a empresa se beneficia na economia de custos, redução de consumo de água, energia e outros insumos para produção dos produtos, diminui fluentes e além disso reduz multas e penalidades pro poluição.
Além do SGA que auxilia toda na redução de danos ao meio ambiente, temos também como ferramenta de auxilio o sistema WMS. É um sistema de gestão integrada que otimiza as diferentes atividades e processos de um armazém atendendo as necessidades logísticas evitando falhas e maximizando os recursos da empresa.
A política ambiental é sempre definida pela alta administração da empresa, que assegura que a política ambiental seja apropriada à natureza, a escala, e aos impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços. De forma que inclua um comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção da poluição, e atendendo aos requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos pela organização que se relacionem a seus aspectos ambientais. Fornecer uma estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e metas ambientais. E que seja documentada, implementada, mantida e comunicada a todos que trabalhem na organização ou que atuem em seu nome, como prestadores de serviços por exemplo. E também, esteja disponível para o público que queira fazer consulta desta política ambiental. 
Tudo isso é definido pela alta administração da empresa, os objetivos e metas que estão contidos na política ambiental eles devem ser mensuráveis e coerentes com a política ambiental. Incluindo-se nisto os comprometimentos com a prevenção de poluição, com o atendimento aos requisitos legais, outros requisitos subscritos pela organização e com a melhoria contínua. Em relação a competência treinamento e conscientização também deve ser em conformidade com a política ambiental e com os requisitos do sistema da gestão ambiental, e que todas as pessoas estejam conscientes da política ambiental. 
Segundo a Conferência das Nações Unidas " Crê-se que a origem da série ISO 14000 se deuem 1972 em Estocolmo na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente Humano. Posteriormente, no relatório da Comissão Brundtland de 1987 – “O Nosso Futuro Comum”, em que é feito um apelo à indústria no sentido do desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental eletivos. Em 1993 foi criado pela ISO o Comitê Técnico TC 207 com o objetivo de desenvolver uma série de normas internacionais em matéria de ambiente. Finalmente em 1996 é publicada a ISO 14001, que vai buscar muita da sua inspiração na norma inglesa BS 7750. Em 1999 é publicada em Portugal a NP EN ISO 14001".
A análise pela administração contido na ISO 14001, as análises devem incluir a avaliação de oportunidades de melhoria e a necessidade de alterações no sistema da gestão ambiental inclusive da política ambiental, dos objetivos e metas ambientais. Diante disso, podemos perceber que a política ambiental, é a primeira fase de uma implantação no sistema de gestão ambiental, mas é pode se dizer um dos mais importantes passos dentro da implantação do sistema, porque todos os passos da implantação do sistema ambiental reportam a política ambiental lá do início.
De acordo com Arozo (2003, p136), 
"Os sistemas de gerenciamento de depósitos e armazéns, ou WMS, são responsáveis pelo gerenciamento da operação do dia-a-dia de um armazém. Sua utilização está restrita a decisões totalmente operacionais, tais como: definição de rotas de coleta, definição de endereçamento dos produtos, entre outras"
O WMS auxilia em todas a gestão de recebimento e armazenamento melhorando sua operacionalidade e otimizando seus processos gerando benefícios para a empresa. Dentro da logística reversa esse sistema ajuda na gestão de seus processos na qual as empresas hoje não dão muito valor as pequenas perdas que acontecem quando o armazém não possui uma boa gestão gerando resíduos de produtos impactando seus custos e o meio ambiente. 
Esse sistema tem proposta de melhoria em vários processos dentro de uma operação logística direta podendo ser adaptada para logística reversa de forma coerente e produtiva como: Planejamento e alocação de recursos, Portaria, Recebimento, Inspeção e controle de qualidade, Estocagem, Transferências, Expedição Inventários, Relatórios.
4 Considerações finais
A logística reversa é de grande importância para a empresa, por que tem como resultados a racionalização de custos de produção, reutilizando os resíduos que já foram utilizados em algum momento da produção. Depois que as empresas passam a adotar esses processos, os resultados são visíveis em várias áreas da empresa, para a empresa os custos de produção diminuem, a marca passa a ser mais reconhecida no mercado, os impactos ambientais são racionalizados.
Em um mercado em que a competição é acirrada e complexa ao mesmo tempo e a sociedade chamando a atenção para a responsabilidade socioambiental ou a cobrança do chamado “Desenvolvimento Sustentável”, as organizações buscam soluções para redução de custos aliada a esses fenômenos sem que haja a perda da competitividade da organização e o contrário, aumentando a participação no mercado. 
A Logística reversa vem se destacando cada vez mais por gerenciar todos os aspectos de retorno e reutilização das embalagens, tratando as áreas de pós-venda e de pós-consumo, agregando-lhes valor de natureza econômica, ecológica, legal, logística, de imagem corporativa, entre outras. Conhecida como logística de retorno
Os resultados encontrados neste estudo confirmam a necessidade de um planejamento de logística reversa para que ocorra uma gestão eficiente desta, alinhado com as estratégias e a estrutura organizacional da empresa e dos projetos que ela realiza. Para além da organização, um serviço de Logística reversa necessita de um modelo de gestão que possa auxiliar os clientes internos e externos, proporcionando assim uma dinâmica das ações organizacionais. 
A cada ano as empresas lançam novos desafios e metas para minimizar o grande impacto ambiental, programas inovadores para conscientizar os clientes e a população de que agir de forma correta quanto aos resíduos despejados no meio ambiente e prejudicial para geração atual e para geração futura.
Conclui - se que a proposta de solução em adotar os processos da logística reversa nas empresas para diminuírem os impactos ambientais e alavancarem sua marca no mercado atendem ao problema A logística reversa utilizada pela AmBev no tratamento de resíduos, poderia ser apontada como um elemento a mais a aumentar sua competitividade no mercado Brasileiro? Especificado. 
Referências bibliográficas
ANDRADE, E. M.; FERREIRA, A.C.; SANTOS, F. C. A. Tipologia de sistemas de logística reversa baseada nos processos de recuperação de valor. In: simpósio de administração da produção. Logística e operações internacionais, 12. 2009.
LACERDA, Leonardo. Logística Reversa, uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. Centro de estudos em Logística - 2002
LEITE, Paulo Roberto. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.
LEITE, Paulo Roberto. Logística reversa: sustentabilidade e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
LUCHEZZI, Celso. Logística Reversa: Um mundo de oportunidades. São Paulo: Editora Haryon, 2017.
BALLOU, Ronald H Ballou. Logística empresarial: Logística Empresarial. Transportes, Administração de Materiais, Distribuição Física. Atlas; Edição: 1ª (23 de dezembro de 1992)
BARBOSA, Adriana; BENEDUZZI, Bruno; ZORZIN, Gislaine; MENQUIQUE, João e LOUREIRO, Maurício C. Logística reversa: o reverso da logística. Fonte FAENAC, data 21/10/2004.
LACERDA, Leonardo. Logística reversa: uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. 2012.
GESSINGER, Patrícia. Artigo: Logística reversa e o meio ambiente. 29.06.2010.
BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial. Conceito, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2006
BONELLI, V.V; ROBLES JR, A. Gestão da qualidade e do meio ambiente-Enfoque econômico, financeiro e patrimonial. São Paulo: Atlas, 2006.
HORNGREEN, C T, FOSTER, G e DATAR, S M, 2000, contabilidade de custos, 9 ª Ed. Rio de Janeiro: LTC Editora
AROZO, R. Softwares de supply Chain management: Definições, principais funcionalidades e implantação por empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2003.
Logística reversa brasileira. Disponível em: https://www.manufaturaemfoco.com.br/panorama-geral-da-logistica-reversa-no-brasil/. Acesso 11/09/2019.

Continue navegando

Outros materiais