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ARTES 
 
Editora Exato 23 
HISTÓRIA DA ARTE - NEOCLASSICISMO 
1. O NEOCLASSICISMO 
Historicismo: 
1775 – Rousseau publica Discurso Sobre a Origem 
da Desigualdade Entre os Homens 
1777 – Goya pinta O Guarda-Chuva 
1789 – Início da Revolução Francesa 
1807 – França invade Portugal 
1760- Escavações arqueológicas descobrem as cida-
des de Pompéia e Herculano 
1822 – Independência do Brasil 
1826 – Fundação da Academia de Belas-Artes no 
Brasil 
1829 – Debret organiza a primeira exposição de arte 
no Brasil 
1859 – Darwin desenvolve a teoria da seleção natural 
das espécies. 
 
A partir das duas últimas décadas do século 
XVIII, uma nova tendência estética predominou nas 
criações dos artistas europeus. Denominado Neoclas-
sicismo, esse estilo surgiu como reação ao Barroco e 
ao Rococó e se caracterizou pelo desejo de recriar as 
formas artísticas da Antiguidade greco-romana. A 
Afirmação do Neoclassicismo deve-se em parte à cu-
riosidade pelo passado desencadeada pelas escava-
ções arqueológicas de Pompéia e Herculano, cidades 
romanas soterradas pela lava do vulcão Vesúvio em 
79 d.C. Os artistas, influenciados pelas idéias ilumi-
nistas (filosofia que pregava a razão, o senso moral e 
o equilíbrio em oposição à emoção) e inspirados na 
pintura renascentista, sobretudo em Rafael, substituí-
ram as linhas diagonais e curvas do Barroco pelas re-
tas firmes e equilibradas. Os neoclássicos queriam 
expressar as virtudes cívicas, o dever, a honestidade e 
a austeridade, temas que se opunham diretamente à 
frivolidade da aristocracia retratada no período ante-
rior. 
Buscavam expressar, ainda, os valores próprios 
de uma nova e fortalecida burguesia que assumiu a 
direção da sociedade européia após a Revolução 
Francesa e, principalmente, com o império de Napo-
leão. 
Para tal, retomou-se os princípios da arte da 
Antiguidade greco-romana, tornando tais princípios, 
conceitos básicos para o ensino das artes nas acade-
mias mantidas pelos governos europeus. Daí o Neo-
classicismo também ter sido denominado 
Academicismo. 
Um estilo suave mas rigoroso 
De acordo com esta tendência, uma obra de ar-
te só seria perfeitamente bela na medida em que imi-
tasse não as formas da natureza, mas as que os 
artistas clássicos gregos e os renascentistas italianos 
já haviam criado. E esse trabalho de imitação só seria 
possível através de um cuidadoso aprendizado das 
técnicas e convenções da arte clássica. Por isso, o 
convencionalismo e o tecnicismo reinaram nas aca-
demias de belas-artes, até serem questionados pela 
arte moderna. 
Arquitetura Neoclássica. 
Tanto nas construções civis quanto nas religio-
sas, a arquitetura neoclássica seguiu o modelo dos 
templos greco-romanos ou das edificações renascen-
tistas italianas. Caracterizou-se pelo uso de fachadas 
sóbrias, nas quais colunas dóricas ou jônicas susten-
tam frontões triangulares. 
 
1
2
3 
Esquema básico de uma fachada neoclássica: 1) Frontão; 
2) colunas dóricas ou jônicas; 3) escadaria. 
 
Exemplos dessa arquitetura são a igreja de 
Santa Genoveva, em Paris (transformada depois em 
Panteão Nacional, onde passaram a ser abrigados os 
restos mortais de importantes personagens da história 
francesa) e a Porta de Brandemburgo, em Berlim. 
 
Panteão Nacional, França. 
ARTES 
 
Editora Exato 24 
 
Porta de Brandemburo, Alemanha. 
 
Arco do Trunfo, Paris. 
 
Capitólio, Washington-EUA. 
Escultura Neoclássica 
A escultura neoclássica também buscou inspi-
ração na Antiguidade greco-romana. Utilizando ma-
teriais nobres como mármore e granito negro, foi 
aplicada basicamente de forma decorativa em fontes 
e mausoléus. O maior nome da estatuária neoclássica 
foi o italiano Antonio Canova(1757-1822). 
 
Estátua da deusa Hebe, de Canova. 
 
Missão Artística Francesa no Rio de 
Janeiro 
O início do século XIX no Brasil é marcado 
pela chegada da família real portuguesa, acompanha-
da por uma comitiva de 15 000 pessoas, fugindo do 
conflito entre a França napoleônica e a Inglaterra. 
No Rio de Janeiro, o soberano português começou 
uma série de reformas administrativas e culturais, pa-
ra adaptar a cidade às cidades da corte. Assim, foram 
criadas as primeiras fábricas e fundadas instituições 
como o Banco do Brasil, a Biblioteca Real, o Museu 
Real e a Imprensa Régia. A partir de então, o Brasil 
recebe forte influência da cultura européia. Oito anos 
mais tarde, a tendência europeizante da cultura da co-
lônia se afirma ainda mais com a chegada da Missão 
Artística Francesa. 
A Missão chegou ao Brasil chefiada por Joa-
chin Lebreton e dela faziam parte Nicolas-Antoine 
Taunay, Jean-Baptiste Debret e Auguste Jean de 
Montigny. Esse grupo organizou, ainda em 1816, a 
Real Escola das Ciências, Artes e Ofícios, mais tarde 
Imperial Academia e Escola de Belas-Artes. 
Taunay (1755-1830), uma das mais importan-
tes figuras da Missão, participou de várias exposições 
na corte de Napoleão e nos cinco anos que permane-
ceu no Brasil produziu cerca de trinta paisagens do 
Rio de Janeiro e regiões próximas. 
Debret (1768-1848) é o artista da Missão mais 
conhecido pelos brasileiros, pois seus trabalhos do-
cumentam a vida do Brasil no século XIX e estão re-
produzidos nos livros escolares. Já muito premiado 
na Europa, realizou no Brasil, até sua partida em 
1831, imensa obra: retratos da família real, cenários 
para o Teatro São João, ornamentações para festas 
ARTES 
 
Editora Exato 25 
públicas e oficiais e foi professor de pintura histórica 
na Academia de Belas-Artes, onde realizou a primei-
ra exposição de arte no Brasil, em dezembro de 1829. 
Seu trabalho mais importante e conhecido é uma obra 
em três volumes denominada Viagem Pitoresca e 
Histórica ao Brasil, com 150 ilustrações que docu-
mentam os usos e costumes indigenas, a sociedade e 
as paisagens do Rio de Janeiro, plantas e florestas 
brasileiras. Suas obras ilustram ainda hoje os livros 
de história do Brasil. 
Montigny (1772-1850) foi o principal arquiteto 
responsável pela alteração na arte de construir, fa-
zendo o Brasil abandonar os princípios barrocos e de-
senvolver o estilo neoclássico. Montigny projetou o 
prédio da Academia de Belas-Artes, a Casa da Moe-
da e o Palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro. 
A Academia e Escola de Belas-Artes formou 
grandes artistas nesse período, a se destacar Manuel 
de Araújo Porto Alegre, pintor, paisagista e caricatu-
rista, poeta, escritor, teatrólogo e que chegou a ser di-
retor da própria academia. Augusto Muller 
importante pintor retratista e paisagista e Agostinho 
José da Mota, famoso pintor de paisagens e nature-
zas-mortas e o primeiro artista brasileiro a obter um 
prêmio internacional, na França. 
Além dos artistas da Missão Francesa, vieram 
para o Brasil, no século XIX, outros pintores euro-
peus, motivados pela paisagem tropical e pela exis-
tência de uma burguesia rica e desejosa de ser 
retratada. Dentre eles, o mais famoso foi Johann-
Moritz Rugendas (1802-1868), de origem alemã que 
esteve no Brasil entre 1821 e 1825. Desse tempo, 
deixou um livro, Viagem Pitoresca através do Brasil, 
com cem ilustrações retratando o dia-a-dia do impé-
rio, além de retratos a óleo da família imperial. 
2. O ESTILO QUE VEIO SUBSTITUIR O RO-
COCÓ 
Nas duas últimas décadas do século XVIII e 
nas três primeiras do século XIX, uma nova tendên-
cia estética predominou nas criações dos artistas eu-
ropeus. Trata-se do Academicismo ou 
Neoclassicismo, que expressou os valores próprios de 
uma nova e fortalecida burguesia, que assumiu a di-
reção da sociedade européia após a Revolução Fran-
cesa e principalmente com o império de Napoleão. 
Esse estilo chamou-se Neoclassicismo porque 
retomou os princípios da arte da Antiguidade greco-
romana. A outra denominação - Academicismo - de-
veu-se ao fato de que as concepções artísticas do 
mundo greco-romano tornaram-se os conceitos bási-
cospara o ensino das artes nas academias mantidas 
pelos governos europeus. 
De acordo com a tendência neoclássica, uma 
obra de arte só seria perfeitamente bela na medida em 
que imitasse não as formas da natureza, mas as que 
os artistas clássicos gregos e os renascentistas italia-
nos já haviam criado. E esse trabalho de imitação só 
era possível através de um cuidadoso aprendizado 
das técnicas e convenções da arte clássica. Por isso, o 
convencionalismo e o tecnicismo reinaram nas aca-
demias de belas-artes, até serem questionados pela 
arte moderna. 
 
A Morte de Marat (1793), de Jacques Louis David. 
 
A pintura do neoclassicismo 
A pintura desse período foi inspirada princi-
palmente na escultura clássica grega e na pintura re-
nascentista italiana. 
O maior representante da pintura neoclássica é, 
sem dúvida, Jacques Louis David (1748-1825). Ele 
nasceu em Paris e foi considerado o pintor da Revo-
lução Francesa; mais tarde, tornou-se o pintor oficial 
do Império de Napoleão. 
David, sem dúvida, exerceu uma grande influ-
ência na pintura de seu tempo. Suas obras geralmente 
expressam um vibrante realismo, mas algumas delas 
exprimem fortes emoções, como é o caso do quadro 
que retrata a morte de seu amigo Marat (fig. 1.1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTES 
 
Editora Exato 26 
 
Banhista de Valpinçon (1808) 
Já no século XIX, quando outras tendências ar-
tísticas marcavam fortemente os pintores da época, 
Jean Auguste Dominique Ingres (1780-1867) conser-
vava uma acentuada influência neoclássica, herdada 
de seus mestres, sobretudo de David, cujo ateliê fre-
qüentou em 1797. 
Sua obra abrange, além de composições mito-
lógicas e literárias, nus, retratos e paisagens, mas a 
crítica moderna vê nos retratos e nus o seu trabalho 
mais admirável. Ingres soube registrar a fisionomia 
da classe burguesa do seu tempo, principalmente no 
seu gosto pelo poder e na sua confiança na individua-
lidade. 
Por outro lado, Ingres revela um inegável apu-
ro técnico na pintura do nu. Sua célebre tela Banhista 
de Valpinçon (fig. 1.2) é um testemunho disso. Nessa 
obra fica evidente o domínio dos tons claros e trans-
lúcidos para a representação da pele e o domínio do 
desenho, uma das características mais fortes de In-
gres.

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