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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO - DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO E PRIMEIRA INFÂNCIA

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Desenvolvimento do cérebro 
 
Sistema nervoso central 
• 1) cérebro. 
• 2) medula espinhal: feixe de nervos que percorre a coluna vertebral. 
• 3) rede periférica de nervos: 
o Se estende a todas as partes do corpo. 
o Através dela, mensagens sensoriais seguem para o cérebro e comandos motores 
voltam como resposta. 
 
Desenvolvimento cerebral do feto 
• O crescimento do cérebro é: 
o Um processo que dura a vida toda. 
o Fundamental para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. 
o Ocorre de forma intermitente através de surtos de crescimento. 
o Surtos de crescimento: quando diferentes partes do cérebro crescem mais 
rapidamente em diferentes momentos. 
 
Principais partes do cérebro 
• Medula espinhal e troco encefálico: 
o Responsáveis por funções corporais básicas: respiração, ritmo cardíaco, 
temperatura do corpo e o ciclo de sono e vigília. 
o Se desenvolvem em torno de 3 semanas, a partir de um tubo oco, em uma massa 
celular esférica. 
• Cerebelo: 
o Mantém o equilíbrio e a coordenação motora. 
o Cresce mais rápido durante o 1° ano de vida. 
• Encéfalo: 
o Maior parte do cérebro, divide-se em metades direita e esquerda (ou hemisférios). 
o Laterização: tendência de cada hemisfério apresentar funções especializadas. 
o Hemisfério esquerdo: funções da linguagem e do raciocínio lógico. 
o Hemisfério direito: funções visuais e espaciais. 
• Corpo caloso: espessa faixa de tecido que une os dois hemisférios e lhes permite 
compartilhar informações e coordenar comandos. 
• Cada hemisfério cerebral possui 4 lobos (ou seções): 
o Lobo frontal: trabalho criativo, raciocínio, personalidade, tomada de decisões, 
movimentação dos músculos esqueléticos etc. 
o Lobo temporal: comunicação, relacionando-se com a fala, audição e a escrita. 
o Lobo parietal: percepção de dor, frio, calor e toques. 
o Lobo occipital: processamento das informações visuais. 
 
• Região do córtex cerebral: 
o Superfície mais externa do cérebro que governa a visão, audição, orientação e 
outras informações sensoriais e motoras. 
o As regiões crescem rapidamente nos primeiros meses após o nascimento e 
amadurecem aos 6 meses de idade. 
o Exemplos: sorrir, balbuciar, engatinhar, andar e falar. 
o Todos os principais marcos sensoriais, motores e cognitivos que ocorrem até o final 
do 2° ano de vida refletem o rápido desenvolvimento do cérebro (especialmente do 
córtex cerebral). 
o Áreas do córtex frontal: pensamento abstrato, associações mentais, memória e 
respostas motoras deliberadas permanecem imaturas durante vários anos. 
• Células cerebrais: 
o O cérebro é composto de neurônios e células glias. 
o Neurônios: enviam e recebem informações (processamento). 
o Células glias: nutrem e protegem os neurônios. 
o Os neurônios dão origem aos axônios e dendritos (extensões filamentosas e 
ramificadas). 
o Os axônios enviam sinais para outros neurônios e os dendritos recebem essas 
mensagens que chegam até eles através das sinapses. 
o Sinapses: pequenas lacunas preenchidas com substâncias químicas 
(neurotransmissores) que são liberadas pelos neurônios. 
• Os neurônios se multiplicam e passam pelos processos complementares de: 
o Integração: neurônios que controlam vários grupos de músculos e coordenam suas 
atividades. 
o Diferenciação: cada neurônio assume uma estrutura e função específica e 
especializada. 
o Mielinização: boa parte do crédito pela eficiência da comunicação neural vai para as 
células glias, que revestem as vias neurais com uma substância gordurosa (mielina). 
o Processo de mielinização: permite que os sinais se propaguem mais rapidamente e 
com maior fluidez, permitindo assim um funcionamento maduro. 
 
Modelando o cérebro: plasticidade neural 
• Embora o desenvolvimento inicial do cérebro seja geneticamente orientado, ele é 
continuamente modificado pela experiência ambiental (positiva ou negativa). 
• Plasticidade: 
o Termo técnico para essa maleabilidade ou modificabilidade do cérebro. 
o Mecanismo evolucionista para possibilitar a adaptação às mudanças no ambiente. 
• A plasticidade possibilita a aprendizagem: as diferenças individuais de inteligência talvez 
reflitam diferenças na capacidade do cérebro de desenvolver conexões neurais em 
resposta à experiência. 
• As primeiras experiências podem ter efeitos duradouros na capacidade do SNC de 
aprender e armazenar informações. 
• Durante o período formativo, o cérebro é especialmente vulnerável. 
o A exposição a drogas perigosas, toxinas ambientais ou estresse materno, antes ou 
após o nascimento, podem ameaçar o desenvolvimento do cérebro e interferir no 
crescimento cognitivo normal. 
o Uma experiência enriquecida pode estimular o desenvolvimento do cérebro e até 
mesmo compensar privações passadas. 
 
 
 
 
Primeira infância 
 
• Primeira infância: nascimento até 3 anos de idade. 
• Segunda infância: 3 anos até 6 anos de idade. 
• Terceira infância: 6 anos até 11 anos de idade. 
 
Desenvolvimento físico e motor 
• Marcos do desenvolvimento humano: 
o O desenvolvimento motor é caracterizado por uma série de marcos (realizações que 
se desenvolvem sistematicamente). 
o Cada habilidade recém adquirida prepara o bebê para lidar com a próxima. 
o O aprendizado parte de habilidades simples que depois são combinadas em 
sistemas de ação cada vez mais complexos que permitem um espectro mais amplo 
(ou mais preciso) de movimentos e um controle mais eficaz do ambiente. 
o Habilidades motoras gerais: envolvem os músculos maiores (como rolar e apanhar 
uma bola). 
o Habilidades motoras finas: envolvem os músculos menores (como pegar objetos 
menores ou desenhar). 
o No progresso típico do controle da cabeça, das mãos e da locomoção, percebe-se 
que esses desenvolvimentos seguem os princípios: 
▪ Cefalocaudal: da cabeça para a cauda. 
▪ Próximo-distal: do centro para as extremidades. 
o Controle da cabeça: 
▪ Ao nascer: os bebês viram a cabeça de um lado para o outro quando estão 
deitados de costa e quando estão de bruços, muitos podem erguer a cabeça 
o suficiente para virá-la. 
▪ 2 ou 3 primeiros meses: erguem a cabeça cada vez mais alto. 
▪ 4 meses: conseguem manter a cabeça ereta quando alguém os segura ou os 
apoia em posição sentada. 
o Controle das mãos: 
▪ Ao nascer: possuem um reflexo de preensão (se a palma da mão do bebê for 
tocada, a mão fecha com firmeza). 
▪ 3 meses e meio: conseguem agarrar um objeto de tamanho moderado, mas 
têm dificuldade em segurar objetos pequenos. 
• E depois, a pegar objetos com uma das mãos e transferi-los para a 
outra, e em seguida segurar (mas não apanhar) pequenos objetos. 
▪ Entre 7 e 11 meses: mãos tornam-se suficientemente coordenadas para 
apanhar objetos pequenos usando a preensão em pinça. 
▪ Por volta dos 15 meses: um bebê sabe montar uma torre com dois cubos. 
▪ Por volta dos 3 anos: uma criança consegue copiar um círculo razoavelmente. 
o Locomoção: 
▪ Após os 3 meses: começa a rolar deliberadamente (e não acidentalmente, 
como antes). 
▪ Por volta dos 6 meses: conseguem ficar na posição sentada e sem apoio. 
▪ Por volta dos 8 meses e meio: ele mesmo consegue assumir a posição 
sentada sozinho. 
▪ Entre os 6 e os 10 meses: começam a se deslocar por conta própria 
arrastando-se ou engatinhando. 
▪ Essa nova realização de auto locomoção tem notáveis ramificações cognitivas 
e psicossociais. 
▪ Bebês que engatinham tornam-se mais sensíveis ao lugar onde os objetos 
estão, seu tamanho, se os objetos podem ser deslocados e como se parecem. 
▪ O ato de engatinhar ajuda a avaliar distâncias e a perceber profundidade. 
▪ Os bebês aprendem a olhar para os cuidadores para saber se uma situação é 
segura ou perigosa (uma habilidade conhecida como referência social). 
▪ Depois dos 7 meses: o bebê consegue ficar de pé quando tem apoio. 
▪ Por volta dos 11 meses: o bebê consegue ficar de pé sozinho. 
▪ Todos esses desenvolvimentos levam à principal realização dainfância: 
andar. 
▪ Os humanos começam a andar mais tarde que as outras espécies, 
provavelmente porque a cabeça pesada e as pernas curtas do bebê 
dificultam o equilíbrio. 
▪ Por volta de 1 ano: uma criança consegue andar razoavelmente bem. 
▪ Por volta de 2 anos: a criança começa a subir degraus, um de cada vez, mais 
tarde ela alternará os pés. 
• Só depois ela passa a descer de graus. 
• A criança corre e pula. 
▪ Aos 3 anos e meio: a criança consegue equilibrar-se brevemente em um pé 
só e começa a saltar. 
• Desenvolvimento motor e percepção: 
o A parte motora está associada com a percepção (de espaço, objetos etc.). 
o A percepção sensorial permite aos bebês aprenderem sobre si próprios e seu 
ambiente, de modo que possam fazer melhores avaliações sobre como percorrê-lo. 
o A experiência motora, junto com a consciência das mudanças que ocorrem em seus 
corpos, molda e modifica a compreensão perceptual do que provavelmente 
acontecerá se ele se movimentarem de determinada maneira. 
o Essa conexão bidirecional entre percepção e ação, mediada pelo cérebro em 
desenvolvimento, proporciona aos bebês muitas informações úteis sobre si próprios 
e sobre seu mundo. 
o Orientação visual: o uso dos olhos para guiar o movimento das mãos (ou de outras 
partes do corpo). 
o Percepção de profundidade: 
▪ Capacidade de perceber objetos e superfícies em 3 dimensões, depende de 
vários tipos de indicativos que afetam a imagem de um objeto na retina. 
▪ Esses indicativos envolvem não apenas a coordenação binocular, mas 
também o controle motor. 
o Percepção tátil: capacidade de adquirir informação pelo manuseio de objetos, 
permitindo ao bebê responder a indicativos como tamanho relativo e diferenças de 
textura. 
• Teoria ecológica da percepção: 
o O desenvolvimento locomotor depende do aumento da sensibilidade à interação 
entre suas características físicas em transformação e as novas variadas 
características do seu ambiente. 
o Com a experiência, em vez de confiar em soluções que funcionaram anteriormente, 
os bebês aprendem a avaliar continuamente suas capacidades e o entorno onde 
eles se movimentam, adaptando seus movimentos de acordo e elaborando novas 
estratégias, se necessário. 
o Esse processo de "aprender a aprender" é uma consequência tanto da percepção 
quanto da ação; envolve exploração visual e manual, testagem de alternativas e 
resolução flexível de problemas. 
• Teoria dos sistemas dinâmicos de Thelen: 
o O desenvolvimento motor é um processo contínuo de interação entre o bebê e o 
ambiente. 
o O desenvolvimento não tem uma causa única, simples. 
▪ Bebê e ambiente formam um sistema interligado, dinâmico, que inclui a 
motivação do bebê, bem como sua força muscular e posição no ambiente, 
num determinado momento. 
▪ Cada ponto do processo afeta "se" e "como" ele poderá atingir seu objetivo. 
o Por fim, emerge uma solução enquanto o bebê experimenta várias combinações de 
movimentos e seleciona e junta os movimentos que contribuem com mais eficiência 
para aquele fim. 
o A solução deve ser flexível, sujeita a modificação em circunstâncias variáveis. 
▪ Em vez de ser o único responsável por esse processo, o cérebro em 
amadurecimento é apenas parte dele. 
o Assim, o comportamento emerge num determinado momento da auto-organização 
em componentes múltiplos. 
o Essa teoria se baseia na ideia sobre as características físicas particulares e a 
experiência de cada bebê num determinado contexto, e assim explica por que 
alguns bebês aprendem a andar antes que outros e de formas diferentes. 
• Influências culturais sobre o desenvolvimento motor: 
o Embora o desenvolvimento motor siga uma sequência praticamente universal, seu 
ritmo responde a certos fatores culturais. 
o De acordo com certas pesquisas, bebês africanos tendem a ser mais avançados do 
que os norte-americanos e europeus em se sentar, andar e comer. 
o Essas diferenças, em parte, podem estar relacionadas a diferenças étnicas de 
temperamento, ou podem refletir práticas de educação infantil próprias de uma 
cultura. 
o Exemplo: algumas culturas encorajam desde muito cedo o desenvolvimento das 
habilidades motoras. 
▪ Em muitas culturas africanas e das Índias Ocidentais, onde os bebês 
demonstram um avançado desenvolvimento motor, os adultos usam rotinas 
de manuseio especiais, tais como exercícios de pulo e de marcha, para 
fortalecer os músculos dos bebês. 
 
Desenvolvimento cognitivo 
• Abordagem behaviorista: 
o Condicionamento clássico: 
▪ Processo em que a pessoa aprende a emitir uma resposta reflexa (ou 
involuntária) diante de um estímulo que originalmente não foi aquele que 
provocou a resposta. 
▪ O condicionamento clássico permite aos bebês antecipar um evento antes 
que aconteça, formando associações entre estímulos que normalmente 
ocorrem juntos. 
▪ A aprendizagem por condicionamento clássico será extinta ou desaparecerá 
aos poucos, se não for reforçada por repetição. 
▪ No condicionamento clássico, o aprendiz é passivo, absorvendo e 
automaticamente reagindo aos estímulos. 
▪ Exemplo: câmera com flash e piscar. 
o Condicionamento operante: 
▪ Quando o bebê aprende que balbuciar resulta em atenção carinhosa (o 
aprendiz opera sobre o ambiente). 
▪ O bebê aprende a responder de uma determinada maneira ao estímulo 
ambiental (balbuciando ao ver os pais) para produzir um efeito específico 
(atenção parental). 
▪ Exemplo: a "pirraça" da criança para convencer os pais. 
o Memória dos bebês: 
▪ Piaget e outros: eventos antes dos 2 anos de idade não são armazenados na 
memória, porque o cérebro ainda não está suficientemente desenvolvido. 
▪ Freud: acreditava que as primeiras lembranças estão armazenadas, porém 
reprimidas, porque são emocionalmente perturbadoras. 
▪ Outros pesquisadores sugerem que as crianças só conseguem armazenar 
eventos na memória quando podem falar sobre eles. 
▪ Pesquisas mais recentes: o processamento da memória dos bebês pode não 
ser fundamentalmente diferente do que acontece com crianças mais velhas e 
adultos, salvo que o tempo de retenção dos bebês é mais curto. 
• Esses estudos constataram que os bebês repetirão uma ação dias ou 
semanas mais tarde, se eles forem periodicamente lembrados da 
situação em que a aprenderam. 
▪ Pelo menos um importante pesquisador da memória refuta a alegação de que 
as memórias condicionadas sejam qualitativamente as mesmas das crianças 
mais velhas e dos adultos. 
▪ De uma perspectiva evolucionista do desenvolvimento, as habilidades se 
desenvolvem à medida que podem realizar funções úteis na adaptação ao 
ambiente. 
▪ A primeira infância é uma fase de grandes transformações, e é improvável 
que a retenção de experiências específicas seja útil por muito tempo. 
• Essa pode ser uma das razões de os adultos não se lembrarem de 
eventos que aconteceram quando eram bebês. 
• Abordagem da neurociência cognitiva: 
o A pesquisa recente sobre o cérebro corrobora a suposição de Piaget de que a 
maturação neurológica é um importante fator no desenvolvimento cognitivo. 
o Os surtos de crescimento do cérebro (períodos de rápido crescimento e 
desenvolvimento) coincidem com as mudanças no comportamento cognitivo. 
o Sistemas de memória de longo prazo: 
▪ Adquirem e armazenam diferentes tipos de informação. 
▪ Memória implícita: se desenvolve no começo da primeira infância, refere-se à 
recordação que ocorre sem esforço ou mesmo inconscientemente; diz 
respeito à hábitos e habilidades, por exemplo, saber como jogar uma bola (ou 
chutes de um bebê quando vê um móbile). 
▪ Memória explícita: também chamada de memória declarativa, é a recordação 
consciente ou intencional, geralmente de fatos, nomes, eventos ou outras 
coisas que podem ser enunciadas ou declaradas. 
• A demora na imitação de comportamentos complexos é evidência de 
que a memória declarativa está se desenvolvendo no final da primeira 
infância. 
o No começo da primeira infância,quando as estruturas responsáveis pelo 
armazenamento da memória não estão plenamente formadas, as lembranças são 
relativamente fugazes. 
o Durante a segunda metade do 1° ano, o córtex pré-frontal e circuitos associados 
desenvolvem a capacidade para a memória de trabalho. 
▪ Memória de trabalho: é o armazenamento de informações de curto prazo que 
o cérebro está ativamente processando ou utilizando. 
• É na memória de trabalho que as representações mentais são 
preparadas para armazenamento, ou recuperadas. 
• É um tipo de memória que mantém certas informações no nosso foco 
de atenção enquanto executa tarefas cognitivas complexas. 
• É um espaço de pensamento onde as informações necessárias para 
fazer uma tarefa ficam armazenadas por um curto espaço de tempo. 
▪ Exemplo: para poder compreender um texto você precisa manter "online" no 
seu pensamento as informações que o texto vai trazer, buscar na memória de 
longo prazo informações que tenham relação com esse assunto, e então 
integrar todas essas informações. Para isso, é preciso ter um espaço de 
pensamento, onde estas informações são mantidas, manipuladas e 
integradas, para depois serem armazenadas. 
• Abordagem sociocontextual: 
o O contexto cultural afeta as primeiras interações sociais que podem promover a 
competência cognitiva. 
o Participação guiada: 
▪ Refere-se a interações mútuas entre crianças e adultos que ajudam a 
estruturar as atividades da criança e preenchem a distância entre a 
compreensão da criança e a do adulto. 
▪ A participação guiada geralmente ocorre em brincadeiras compartilhadas e 
nas atividades normais do dia a dia, quando a criança aprende informalmente 
as habilidades, o conhecimento e os valores importantes em sua cultura. 
o O contexto cultural influencia o modo como os cuidadores contribuem para o 
desenvolvimento cognitivo: o envolvimento direto do adulto nas brincadeiras e no 
aprendizado das crianças pode estar mais bem adaptado a uma comunidade urbana 
de classe média, em que pais (ou cuidadores) dispõe de mais tempo, maior 
habilidade verbal e possivelmente mais interesse nas brincadeiras e na 
aprendizagem das crianças, do que numa comunidade rural de um país em 
desenvolvimento, onde as crianças frequentemente observam as atividades de 
trabalho dos adultos e também participam.

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