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Farmacocinética: Estudo da Administração de Medicamentos

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FARMACOCINÉTICA
Resumo Range e Dale
ELIARA ORLANDO
FISIOTERAPEUTA E ESTUDANTE DE MEDICINA
❖ Farmacocinética é o estudo do percurso que a droga faz no organismo e importante para a
definição de posologia! É o que o corpo faz com a droga!
❖ As vias de administração vão interferir na biodisponibilidade do fármaco.
➢ as medicações de via oral, uma parte deles serão inativados por conta do
mecanismo de primeira passagem; a metabolização no fígado;
❖ Biodisponibilidade é a porcentagem e velocidade de fármaco que realmente vai conseguir
atingir a corrente comparado a quantidade de fármaco que foi administrado;
➢ via oral 10 a 50 % de biodisponibilidade;
➢ via endovenosa 100% de biodisponibilidade;
❖ RECEITA: ex Amoxicilina + clavulanato 250mg/ml → 1 frasco → 5ml de 8/8hrs por 7 dias
❖ Pró-fármaco: fármaco inativo, depois de biotransformado fica ativo; pode ter ativação hepática
ou outros tecidos;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1. ENTERAL
a. ORAL: via de administração mais segura e mais comum, conveniente e
econômica; absorção limitada de alguns fármacos; alimentos podem
interferir na absorção; é necessário adesão do paciente; fármacos podem
ser biotransformados antes de serem absorvidos sistemicamente; podem ser
neutralizados com antídotos como o carvão ativado;
i. Preparações revestidas (entéricas): envoltório químico que protege o
fármaco do ácido gástrico; o envoltório se dissolve apenas no
intestino, onde o fármaco é liberado;
1. ex: omeprazol que é instável no meio ácido
2. ex: ácido acetilsalicílico que é irritante ao estômago
ii. Preparações de liberação prolongada: medicações de liberação
prolongada (LA) ou liberação lenta (LL); tem revestimento que
controlam a liberação do fármaco, permitindo uma absorção mais
lenta e uma duração mais longa; vantajosa para fármacos de meia
vida curta
1. ex morfina VO meia vida 2 a 4 hrs
b. SUBLINGUAL E BUCAL: o fármaco se difunde na rede capilar e entra
diretamente na circulação sistêmica; facilidade e rapidez administração; evita
efeito de primeira passagem e destruição pela acidez gástrica; efeitos
farmacológicos imediatos; limitada a fármacos que podem ser tomados em
pequenas doses;
2. PARENTERAL: introduz o fármaco diretamente na circulação sistêmica; fármacos
que nao pouco absorvidos no TGI (heparina) ou instáveis no TGI (insulina); usado no
paciente inconsciente ou quando quer ação rápida; maior biodisponibilidade e nao
tem biotransformação de primeira passagem; melhor controle da dose real no
organismo;
a. IV: fármacos que não são absorvidos por via oral (rocurônio); efeito rápido e
controle sobre a titulação da dose; ideal para fármacos proteicos de alta
massa molecular e peptídeos; impróprio para substâncias oleosas; não
podem ser retirados;
i. bolus: toda a dose do fármaco é injetada quase que imediatamente
ii. infusão IV: infundido por um período de tempo maior, tendo pico de
concentração plasmática menor e aumento da duração do nível do
fármaco circulante;
b. IM: fármaco se dissolve lentamente fornecendo concentração sustentada por
um período de tempo prolongado; adequada para veículos oleosos;
i. ex: haloperidol (antipsicótico)
c. SC: absorção mais lenta do que a via IV; minimiza riscos de trombose e
hemólise associados a IV; não pode ser usada por fármacos que causam
irritação tissular (risco de necrose)
i. ex: heparina e insulina;
3. OUTRAS
a. INALAÇÃO ORAL: rápida oferta do fármaco ampla superfície de contato na
mucosa trato respiratório; efeito quase tão rápido como IV; pacientes ASMA
e DPOC: o fármaco é administrado diretamente no local de ação
minimizando efeitos sistêmicos;
i. ex: salbutamol - aerolin (broncodilatador)
ii. ex: fluticasona - flixotide (corticosteróide)
b. INALAÇÃO NASAL: direto no nariz; semelhante a inalação nasal;
i. ex: fluticasona - avamys (corticosteróide)
ii. furoato de mometasona - nasonex (corticosteróide
descongestionante nasal)
iii. oximetazolina - afrin (descongestionante nasal); amina
simpaticomimética com ação adrenérgica; faz vasoconstrição
iv. desmopressina (análogo da vasopressina); diabetes insipidus
c. INTRATECAL E INTRAVENTRICULAR: a barreira hematoencefálica retarda
ou impede a entrada de fármacos no SNC; para efeitos locais e rápidos é
introduzido o fármaco no líquido cerebroespinhal;
i. ex: anfotericina B intratecal no tto de meningite criptocócica;
d. TÓPICA: efeito local do fármaco como em infecções de pele;
i. ex: clotrimazol
e. TRANSDÉRMICA: geralmente por meio de um adesivo na pele; velocidade
de absorção depende da característica física da pele e lipossolubilidade do
fármaco; mais usada para oferta prolongada do fármaco;
i. ex: nitroglicerina - nitroderm (vasodilatador); angina (vasodilatador
veias e artérias coronárias)
ii. ex: escopolamina (antiemético)
iii. nicotina
f. RETAL: 50% da drenagem do reto não passa pela circulação portal; então a
biotransformação de primeira passagem no fígado é minimizada; útil para
evitar emese; via de administração de antieméticos;
FORMAS FARMACÊUTICAS
● Comprimido
● convencional: não vem com revestimento
● revestido: invólucro no comprimido para que a medicação seja digerida e absorvida
apenas onde se deseja;
■ alguns medicamentos são inativados pelo ácido clorídrico do estômago; ex.
comprimidos de absorção entérica
■ mascarar odor ou sabor
● dispersível: dissolver o comprimido em água; ação mais rápida; + caro;
● mastigável: noripurum, albendazol;
● efervescente: vitamina C
● sublingual: ele pula o metabolismo de primeira passagem no fígado, ficando mais
biodisponível;
● uso externo: permanganato de K+; cicatrização de feridas
● vaginal: utrogestan
● liberação modificada
■ XR - liberação estendida
● cheio de polímeros de liberação lenta
■ ER ou SR - liberação sustentada; o comprimido tem uma parte externa que é
digerido e liberado mais rápido e um núcleo que é digerido lentamente,
mantendo o efeito da medicação;
● potência, rapidez de resposta
■ BD - tomar duas vezes ao dia; melhora a adesão ao tratamento;
● Drágea
● Cápsula
● grânulo
● pó
1. ABSORÇÃO
Quais fatores interferem na absorção dos fármacos? R: idade, ph, fluxo sanguíneo, solubilidade,
superfície de contato, patologias, via administração, interação fármaco-fármaco e fármaco-nutriente,
motilidade intestinal;
Como os fármacos são absorvidos? R: difusão, endocitose, transportadores de membrana,
aquaporinas;
O'Que são pró fármacos? R: só é ativado no local de atuação; pode ser uma forma de melhorar a
absorção, biodisponibilidade, seletividade do receptor e diminuir a toxicidade; ex enalapril
a. é a passagem do fármaco do ponto de absorção até a corrente sanguínea (por
barreiras fisiológicas)
b. fatores que interferem na absorção:
i. idade: microbiota diferente da criança e idoso;
ii. idoso: processo de envelhecimento e diminuição do metabolismo; utilização
de remédios naturais; polifarmácia; patologias associadas;
c. depende da via de administração: oral, retal, IM
d. as moléculas do fármaco se movem pela corrente sanguínea de duas maneiras:
i. fluxo de massa
ii. difusão
e. as moléculas pequenas atravessem a membrana celular de 4 formas:
i. difusão através dos lipídeos: lipossolúvel
ii. combinando-se a proteínas transportadoras: hidrossolúvel
iii. difusão
iv. pinocitose
f. fatores que influenciam na absorção do fármaco:
i. barreiras células:
1. difícil: ex barreira hematoencefálica, placentária;
2. fácil: renal, fígado;
ii. superfície de contato:
iii. formas farmacêuticas:
iv. solubilidade:
1. lipossolúvel: preferência por medicações lipossolúveis; são medicações
com ação mais rápida;
2. hidrossolúvel: não precisa de metabolismo hepático e facilita a excreção; é
a melhor opção para doenças hepáticas e renais;
v. Peso molecular
vi. pH: varia fisiologicamente dentro do organismo a depender do local; o ph faz
com que as enzimas tenham o local ideal para funcionar;
1. fármacos são levemente ácidos;
vii. pKa
1. ex: se o pka da medicação for 3,5, quando ela estiver no ph 3,5 ela e
viii. carga elétrica (ion)
ix. concentração
x. Interação fármaco-fármacoe fármaco-nutrientes (comida);
1. ex: vitamina lipossolúvel é melhor absorvida com alimento gorduroso
2. omeprazol deve ser tomado em jejum
MECANISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM: a droga é metabolizada antes de ser distribuída para
seu local de ação; Quando são ingeridos via oral, são absorvidos no intestino e através da veia
mesentérica superior caem na veia porta; ao passar pelo fígado eles sofrem metabolismo de
primeira passagem, podendo ser ativado, inativado ou ser tóxico e caem na circulação para atingir o
tecido alvo; isso altera a biodisponibilidade da droga;
2. DISTRIBUIÇÃO
Quais fatores podem interferir no processo de distribuição de medicamentos? Solubilidade, ph, fluxo
sanguíneo, proteínas plasmáticas (concentração delas e afinidade do fármaco por elas), idade
(metabolismo, idoso tem déficit de albumina), via administração, gradiente de concentração,
patologias
a. deslocação do fármaco pela corrente sanguínea, do local de absorção até seu tecido alvo;
i. FLUXO SANGUÍNEO: fluxo sangue para SNC, fígado e rins é alto; músculo
esquelético é baixo; tecido adiposo, pele e vísceras é ainda menor;
1. ex: Propofol: elevado fluxo sanguíneo +elevada solubilidade o propofol,
permite rápida distribuição no SNC = anestesia; a distribuição lenta nos
músculos e tecido adiposo diminui a concentração plasmática, o'que
diminui a concentração elevado no SNC e a consciência é recuperada;
ii. PERMEABILIDADE CAPILAR: depende da estrutura capilar e da natureza do
fármaco; estrutura capilar várias em termos de fração exposta da membrana basal,
com junções com frestas entre células endoteliais;
iii. LIGAÇÃO DE FÁRMACOS ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS E DOS TECIDOS:
1. Ligação a proteínas plasmáticas: albumina é a principal, outro exemplo é
a glicoproteína ácida (a1 ácida);
a. forma inativa do fármaco → ligado à proteína plasmática;
b. forma ativa do fármaco → livre no plasma;
i. a forma ativa ou inativa do fármaco na corrente sanguínea
depende da afinidade do fármaco pelas proteínas
plasmáticas;
ii. fármacos com alta interação com as proteínas plasmáticas
são mais críticos; pois o pouco que eles diminuem a
interação com a proteína plasmática, aumenta muito a
biodisponibilidade e possíveis efeitos tóxicos; ex: varfarina
iii. é importante se atentar para interação medicamentosa, pois
se um dos fármacos tiver > afinidade pelas proteínas
plasmáticas, o outro ficará mais ativo; isso pode aumentar o
risco de efeitos colaterais;
iv. a ligação do fármaco com a proteína plasmática ocorre em
um sítio silencioso, promovendo uma ligação reversível a
depender da concentração plasmática;
v. conforme o fármaco faz a perfusão para o tecido alvo, outro
fármaco se desliga da proteína plasmática, mantendo assim
a proporção de fármaco ativo e inativo na circulação; quando
tem muita diminuição da concentração plasmática do
fármaco é hora de nova dose da medicação;
c. a característica das proteínas plasmáticas (ácido-básica) vai ser
importante pra conseguir entender a afinidade com diferentes
fármacos
i. Glicoproteína ácida (a1 ácida) tem afinidade com drogas
alcalinas: ex cocaína
ii. Albumina (básica) tem afinidade com drogas ácidos: ex
barbitúricos (fenobarbital - gardenal)
2. Ligação a proteínas dos tecidos: vários fármacos se acumulam nos
tecidos por ligação a lipídios, proteínas ou ácidos nucleicos ou serem
levados ativamente; levando a concentrações mais elevadas no tecido do
que no líquido extracelular e no sangue; pode servir de reservatório
principal do fármaco e prolongar sua ação; porém pode causar toxicidade
local;
a. ex toxicidade: ciclofosfamida (quimioterápico) que libera o
metabólito acroleína, pode causar cistite hemorrágica
iv. LIPOFILICIDADE: natureza química do fármaco influencia sua capacidade
de atravessar as membranas celulares:
a. lipofílicos: lipossolúvel; facilidade de atravessar as membranas; o
principal fator que influencia na sua distribuição é o fluxo sanguíneo
b. hidrofílicos: não penetram facilmente pelas membranas celulares,
passam por junções com fendas
v. VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO: a capacidade da droga estar nos tecidos
alvo; >Vd = droga no tecido; <Vd = droga na corrente sanguínea;
3. METABOLIZAÇÃO
a. A eliminação de um fármaco acontece pelo processo de metabolização (inativação) e
excreção; sendo o fígado o principal local de metabolização, seguido dos rins e
pulmão;
b. possibilidades de metabolismo-eliminação:
i. não sofre metabolismo é é eliminado da mesma forma que entrou;
ii. sofre metabolismo, formando um metabólito que pode ou não sofrer
conjugação → fase 1 e 2
1. pode ser eliminado apenas o metabólito (fase 1) ou o metabólito
conjugado (fase 1 e 2);
iii. fármaco sofre conjugação (fase 2) sendo eliminado
c. Fase 1 e 2 da metabolização dos fármacos principalmente no fígado pelas enzimas
da família citocromo P450 e suas subfamílias da CYP
i. Fase 1 → relacionadas com a função de ativar pró-fármaco, inativar
farmaco ou gerar produtos mais reativos (metabólitos); por isso podem
ser mais tóxicos e carcinogênicos do que os fármacos; gerando produtos
mais polares que tem mais afinidade pela água, facilitando a excreção renal;
1. oxidação: principal reação;
a. microssomal:quando envolve enzimas do citocromo P450
b. não microssomal: enzimas que não fazem parte do citocromo
P450 ex álcool e aldeído desidrogenase
2. redução
3. hidrólise
ii. Fase 2 → relacionado ao preparo para eliminação; adquirindo a
característica de maior hidrossolubilidade (polar);
1. reações de conjugação: ligação com ácido glicurônico através da
glicuronil transferase; acontece no citosol;
a. reações de fase 2 tem enzimas transferases para ligar
alguma grupo químico a produto catabólico da fase 1 e
torná-lo mais fácil de ser eliminado;
i. ex glutationa transferase, sulfotransferase, metil
transferase;
d. interação dos fármacos pela indução ou inibição de enzimas do metabolismo; por
isso é necessário analisar a interação medicamentosa para trocar a medicação; se
não conseguir trocar pode-se fazer ajuste de dose;
i. fármaco que é indutor enzimático, faz com que o outro fármaco seja
eliminado mais rápido, tendo menor tempo de ação; ex barbitúricos
(fenobarbital - gardenal);
ii. fármaco que é inibidor enzimático, faz com que o outro fármaco tenha um
tempo de ação maior; ex dissulfiram (antabuse - tto etilismo);
4. EXCREÇÃO
Fatores que interferem na eliminação renal: idade, solubilidade, ph, fluxo sanguíneo, patologias,
afinidade pela proteína plasmática, interação farmacológica;
a. eliminação: leite materno, suor, ar, urina, fezes
b. a principal via de eliminação são as fezes e urina;
c. Rim
i. cápsula de bowman → filtração glomerular
ii. túbulo proximal → reabsorção de substâncias dando uma nova
biodisponibilidade ao fármaco
1. redistribuição do fármaco
iii. alça de henle → reabsorção água
iv. túbulo distal → reabsorção água

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