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3 ANO-FILOSOFIA-23

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ECM “JOSÉ DE ALENCAR 
RUA: SÃO JOSÉ,148- BAIRRO APARECIDA 
3º ano – Turma 101 – MODALIDADE CURRICULAR: FILOSOFIA 
Professor(a): ELIZIETE ONETI REBELO 
 
Tema: O que é Filosofia? 
 O MITO DA CAVERNA- Teatro 
Competências Específicas: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos 
local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, 
científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando 
diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica. 
Habilidades: EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas 
em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, 
geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais. 
Objetivos: 1. Compreender a filosofia como atividade que busca o conhecimento. 
2. Reconhecer a importância do pensamento crítico e da atitude filosófica como ferramenta de transformação 
pessoal e da sociedade 
Conteúdo: Filosofia: "amor ao conhecimento"; "Para que serve a filosofia?"; A curiosidade como característica 
humana; O pensamento crítico, o senso comum e a atitude filosófica 
Metodologia: 
1. Conversa intencional com os/as estudantes sobre a curiosidade, a vontade de saber/descobrir/conhecer. 
2. Apresentação de PowerPoint com citações de filósofos ao longo da história. 
3. Debate sobre o papel da filosofia e o que é o filosofar 
Avaliação: 
1. Autoavaliação dos/das estudantes sobre sua perspectiva sobre a filosofia, se comumente agem de forma crítica 
e se possuem a atitude filosófica. 
2. relatório individual das aulas atestando itens como “mostrou interesse em participar da aula?”, “conseguiu 
elaborar perguntas e respostas com algum grau de complexidade?”. 
Filosofia: "amor ao conhecimento"; "Para que serve a filosofia? 
1-O que é um mito na filosofia? 
 
O mito é uma “história real”, ocorrida no tempo das 
origens, que explica como nasceram todas as coisas do 
universo e como fizeram os homens, pela 
primeira vez, para comer, para se reproduzir, para 
fabricar objetos, para combater, etc. O mito fornece, 
portanto, ao homem “primitivo” ou “antigo” certos 
modelos de comportamento sempre válidos. 
As narrativas mitológicas possuem diversas chaves 
de leitura, o que faz com que seus significados sejam 
muito vastos, indo da psicologia à religião, da política à 
poética. 
A curiosidade humana levou o homem a buscar 
explicações para os fenômenos do cotidiano. Numa 
época em que não havia nenhuma fundamentação 
científica capaz de fornecer base para o conhecimento, 
o homem encontrou na mitologia grega antiga (ou 
cosmogonia) uma forma de entender o mundo que o 
cercava. Por isso mesmo, nós podemos afirmar que o 
conhecimento mitológico representou uma das 
primeiras tentativas de organizar um conhecimento 
sobre a realidade. 
Etimologicamente, a palavra MITO vem do grego 
MYTHOS e significa FÁBULA; NARRATIVA; 
PALAVRA. Na crença grega, o mito era um fato narrado 
pelo poeta- rapsodo, um escolhido dos deuses, para 
quem era revelada a origem de todas as coisas e seres, 
ficando ele incumbido de transmiti-la aos ouvintes. A 
narrativa, mesmo sendo fabulosa, incompreensível ou 
contraditória, tornava-se confiável e sagrada. Confiável 
 
devido à autoridade religiosa do narrador. Sagrada 
porque tinha origem divina. 
O que é Mitologia? 
Mitologia, ou conjunto de mitos, é a narrativa que 
explica a origem do mundo e da humanidade. O mito 
explica a origem das coisas no passado através de 
alianças e rivalidade entre divindades. Contém três 
funções: a função explicativa, umas causas no passado 
em quais os efeitos permanecem; a função organizativa 
que legitima um sistema de permissões e proibições; e 
a função compensatória que busca mostrar que os 
erros do passado foram corrigidos 
 
A importância dos mitos para a filosofia 
O professor universitário Marcus Boeira destaca três 
funções importantes dos mitos para a filosofia: 
1. levar o intelecto ao encontro com a 
consciência; 
2. fornece um conjunto de respostas acerca de 
mundos possíveis, que transcendem o 
horizonte histórico; 
3. oferecer padronização objetiva dos atos 
humanos. 
A filosofia surge de um espanto do ser humano diante 
da realidade. Um maravilhamento. Com a capacidade 
racional, o homem busca conhecer a sua existência 
para tentar responder as perguntas fundamentais, 
como: 
• Quem sou eu? 
• Por que eu existo? 
• O que é a vida? 
 
Porém, ao atuar em diversos ramos da vida, a razão 
descobre que não consegue conhecer todas as 
coisas, nem mesmo conhecer totalmente as coisas 
de que já possui alguma ciência. 
Os mitos servem para auxiliar no conhecimento das 
realidades mais complexas. 
A passagem do mito para o logos 
Com o desenvolvimento da sociedade grega, marcada 
por uma série de eventos sociais importantes, os mitos 
continuaram a florescer espontaneamente. Porém, a 
partir de meados do Século VI a.C, a Grécia começa a 
dar seus primeiros passos como expoente fundante do 
pensamento filosófico. É neste período que se inicia 
uma série de mudanças sistemáticas na sociedade 
grega. Isso faz com que surja um movimento de 
ruptura gradual no modo de pensar grego, que mais 
tarde viria a ser reconhecido como a ascensão do 
pensamento filosófico. Derivada do grego, a palavra 
logos passa a ser traduzida como razão ou capacidade 
de racionalização individual - não à toa, é o radical que 
dá base à palavra “lógica” 
 
As principais diferenças entre mitologia e filosofia 
As principais diferenças entre a mitologia e filosofia 
são: a mitologia narra coisas passadas, não se importa 
com contradições e o incompreensível, e narra à 
origem através das rivalidades e alianças das 
divindades; enquanto a filosofia busca passar a ideia de 
como e por que do passado, presente e futuro, como as 
coisas são no todo, explica a origem das coisas por 
elementos e causas naturais, e não aceita explicações 
incompreensíveis, exige coerência e lógica. 
Essas duas linhas de pensamentos já existem a muito 
tempo inseridas na sociedade, coexistindo sempre em 
grande interação e contradições ao longo dos anos. 
Muitas pessoas, acreditam em alguns mitos impostos 
ao longo da evolução da humanidade, porém, ainda 
tem na filosofia algum ceticismo, buscando respostas 
através de causas naturais ou até mesmo confrontando 
ideias do passado. 
 
2-O que é o amor para a Filosofia? 
Quando pensamos no amor sob a ótica da 
Filosofia, podemos encontrar, dentro da civilização 
ocidental – que é resultado da cultura greco-romana e 
também da cultura cristã –, três definições 
independentes de amor. 
A primeira é o amor Eros. Ele é definido por 
Platão como um amor ligado à ideia do desejo. Amar 
alguém, portanto, significa desejar fortemente aquela 
pessoa. 
 “A partir do momento que eu concretizo o 
desejo, ele deixa de existir e, desta forma, o amor 
também deixa de existir”. Ou seja, o amor Eros é o 
desejo por algo ou alguém que desaparece quando é 
satisfeito. 
A segunda definição é o amor Filos. Esse é 
defendido por Aristóteles como um amor vinculado à 
ideia de alegria. Amar alguém é sentir-se alegre com a 
pessoa que você divide a vida e os sentimentos. 
Significa que o amor só existe quando faz o casal feliz. 
Temos também, como terceira definição, o amor 
Ágape. Dentro do pensamento cristão, o amor é 
idealizado pela renúncia. Amar alguém é ter uma 
atitude de amor com o outro sem esperar nada em 
troca. “Você simplesmente renuncia em favor do outro, 
sem esperar o retorno disso”, explica o professor. 
Isso nos mostra como o amor pode ser um 
sentimento tão complexo – já que, dependendo da sua 
interpretação de mundo e da vida, você pode amar uma 
pessoa de diversos modos. Acontece que vemos 
diariamente nos filmes e na TV uma idealização do 
amor que nem sempre bate com arealizada. 
A filosofia, a sabedoria e o amor. 
A Filosofia, ao contrário do Mito, não aceita fabulação, 
contradição ou incompreensibilidade. Ela busca 
respostas lógicas, coerentes e racionais. Na Filosofia, 
a confiança não está assentada na autoridade do 
filósofo, mas na razão, que é a mesma em todas as 
pessoas. 
 
Diferenças entre o Mito e a Filosofia 
Mito Filosofia 
Fantástico, imaginário Verdadeiro, real 
Sobrenatural Natural 
Inquestionável Questionável 
Fantasia, incoerência Razão, coerência 
Irracional Lógico 
 
2.1 O QUÊ É FILOSOFIA? 
A palavra Filosofia é de origem grega, e significa “amor 
à sabedoria”. Filosofar quer dizer refletir sobre questões 
fundamentais da vida humana porque quem o faz sente 
que precisa de uma resposta a essas questões para 
viver melhor. Filosofa – mesmo sem saber o nome 
dessa atividade – quem se pergunta, por exemplo, 
como deveria ser uma sociedade justa, ou como 
distinguir entre o que verdadeiramente sabemos e o 
que apenas opinamos. Também filosofa que busca a 
maneira correta de enfrentar um dilema moral, ou quem 
quer saber se a existência humana tem um significado. 
 É a Pitágoras de Samos (571 a.C. – 496 a.C.) que 
se atribui a invenção da palavra. Este, quando 
solicitado por um rei a demonstrar seu saber, disse-lhe 
que não era sábio, mas Filósofo, ou seja, amigo da 
sabedoria. 
Ainda na Grécia Antiga, e tentando definir melhor o 
sentido da Filosofia, Platão (428 a.C. – 347 a.C.) mostra 
que o amor (Filos) é carência, desejo de algo que não 
se tem. Logo, a Filosofia é carência, mas também 
recursos para buscar o que se precisa, e o filósofo não 
é aquele que possui o saber, mas sim quem busca 
conhecer continuamente." 
"Já no período Medieval, a Filosofia tornou-se 
investigação racional posta a serviço da fé. Isso porque 
com o advento do cristianismo e sua adoção pelo 
Império Romano, bem como com o surgimento da 
Igreja Católica, desenvolveu-se um modelo de saber 
em que a razão discursiva justificaria a compreensão 
dos textos sagrados. 
No período Clássico (Renascença e Modernidade), 
a Filosofia se confundiu com o estudo da sabedoria 
entendida como um perfeito conhecimento de tudo o 
que o homem pode saber para conduzir sua vida 
(moral), para conservar sua saúde (medicina) e criar 
todas as artes (mecânica). Hoje, no período que 
chamamos de contemporâneo ou pós-moderno, a 
Filosofia recebe várias acepções, dentre as quais 
estão:" 
"- Uma correspondência do ser na linguagem; 
https://www.stoodi.com.br/materias/filosofia/
https://www.youtube.com/watch?v=82v5ETT8L_8
 
- Análise crítica dos métodos utilizados nas ciências; 
 
- Instrumento de crítica às formas dominantes de poder, 
bem como da tomada de conscientização do homem 
inserido no mundo do trabalho. 
 
Vista dessa maneira, a Filosofia não pode ser 
confundida nem com o mito, nem com a ciência. Isso 
porque ao mesmo tempo em que exige análise, crítica, 
clareza, rigor, objetividade (como a ciência) percebe-se 
que os discursos em busca do conhecimento do todo 
são construídos na história segundo modelos de 
racionalidade que vão sendo revisados e substituídos 
com o tempo (o que a aproxima do mito). Ela 
permanece numa busca constante da sabedoria." 
HOJE, a filosofia é a arte de pensar, tá ligado? Não 
um pensar vazio, sem noção, porque isso qualquer um 
ser vivente é capaz de fazê-lo. É a busca incessante, 
investigativa, das mais variadas indagações que se nos 
apresentam até os dias atuais. Principalmente as 
ciências denominadas como humanas são oriundas da 
filosofia, sem ela o ser humano não teria evoluído. Eis 
aí, então, a sua utilidade. Todo o conhecimento hoje 
existente nas mais diversas áreas do saber humano 
advém da filosofia 
 
VAMOS FILOSOFAR... 
1 – O que significa a palavra Filosofia? 
 
2 – Como as pessoas explicavam o mundo antes da 
formação pela Filosofia pelos 
gregos? Explique 
 
3 – Você pensa que é possível explicar a origem do 
mundo sem recorrer a 
nenhum mito? Explique. 
4 – Qual é a proximidade entre a Filosofia e os mitos? 
Explique. 
 
5-Explique-o (escreva como ele é, pense no porquê de 
sua existência, se precisa de mudanças, como 
funciona, qual a sua causa... Enfim, filosofe). 
 
6 – Qual foi o primeiro filósofo da história? 
 
7– Buscar o princípio das coisas é filosofar. Você 
considera que isso é feito nos meios de comunicação 
de hoje? Explique 
 
8- Qual a importância dos mitos para a filosofia? 
9- explique, com suas palavras, a seguinte afirmação: a 
Filosofia é filha da Pólis 
 
 
 
3 A importância da filosofia 
A Filosofia é a busca constante do conhecimento, da 
verdade, é um olhar para dentro de nós mesmos, está 
sempre à procura de respostas, é um ato filosófico para 
o homem refletir, criticar e argumentar o pouco 
conhecimento que possui diante desde mundo 
imperfeito e maravilhoso que vivemos. E ela nos 
desafia a despertar o espírito crítico, para que 
possamos ter uma visão clara diante dos fatos da vida 
e dos extremos da natureza humana, como a vida e 
morte 
"“a filosofia, mais rigorosamente, é a disciplina que 
consiste em criar conceitos”, ou seja, é uma área do 
conhecimento que se dedica a criar, moldar, formular e 
reformular significados para o mundo." 
A filosofia tem o condão de estimular a reflexão 
sobre a realidade em que vivem as pessoas, suas 
relações sociais e sua interação com a natureza, de 
uma forma crítica que descompromete o sujeito com 
as noções pré-concebidas do mundo, permitindo a 
investigação desta mesma realidade com a única 
finalidade de buscar sempre a verdade e o bem. 
Platão, no séc. VII a.C. já apresentava, através da 
Alegoria da Caverna (Platão, 2006), a sua visão 
acerca da condição humana no processo de alienação 
e a busca do conhecimento para a libertação. O 
pensamento filosófico considera os valores sociais, 
morais, éticos e políticos como uma base que deve 
nortear as ações humanas para a busca do bem. 
Portanto, o estudo de Filosofia é de suma 
importância para compelir a todas as pessoas a 
assumirem uma postura crítica e reflexiva em relação 
à realidade que as cerca, com vistas a agir a partir de 
uma conduta ética que transforme a realidade política 
e social em que vivem de uma forma positiva e justa. 
Neste sentido, Genro (1999) pontua: “a reflexão 
filosófica e política e sua disseminação nos diferentes 
espaços sociais, possibilita algumas alternativas 
políticas de resistência, em que o pensar a totalidade 
como um sistema aberto, não sufoque a diversidade” 
(GENRO, 1999). 
Atualmente, nesta sociedade da informação, num 
mundo marcado profundamente pelo conhecimento 
tecnológico, pelas inúmeras maneiras existentes para 
transformar a natureza em produtos e serviços, num 
mundo que pode até deixar de existir em sua 
totalidade em razão de uma hecatombe nuclear, a 
Filosofia assume um papel fundamental de produzir 
um conhecimento crítico, contra hegemônico, que dê 
às pessoas caminhos alternativos de vida. 
 
São tarefas da Filosofia: 
• desenvolver a capacidade de pensar. 
• desenvolver os pré-conceitos, torná-los conceitos 
elaborados e amplos. 
• desenvolver a capacidade de agir da melhor maneira, 
de formar valores e tornar assim o homem mais livre. 
 
4-PARA QUE SERVE A FILOSOFIA? 
 
A própria pergunta "para que serve a filosofia?" traz 
em si a reflexão, o espírito questionador e a atitude 
crítica e filosófica. A filosofia representa a fuga da 
ignorância e a busca pelo conhecimento de si e do 
mundo através do pensamento crítico. 
A própria pergunta "para que serve a filosofia?" traz 
em si a reflexão, o espírito questionador e a atitude 
crítica e filosófica. A filosofia representa a fuga da 
ignorância e a busca pelo conhecimento de si e do 
mundo através do pensamento crítico. 
Por meio de argumentos que utilizam a razão e a 
lógica, a filosofia busca compreender o pensamento 
humano e os conhecimentos desenvolvidos pelas 
sociedades. 
A filosofia foi essencial para o surgimento de uma 
atitude crítica sobre o mundoe os homens. 
Ou seja, a atitude filosófica faz parte da vida de 
todos os seres humanos que questionam sobre sua 
existência e também sobre o mundo e o universo. 
De tão importante, esse campo do conhecimento 
tornou-se uma disciplina obrigatória no currículo 
escolar, bem como foram criadas diversas faculdades 
de filosofia. 
Movidos por esse “amor ao conhecimento”, os 
primeiros filósofos buscaram romper com o senso 
comum e com a consciência mítica. A filosofia nasceu 
com o objetivo de desenvolver uma consciência crítica 
sobre o mundo, encontrando respostas não mais 
baseadas na crença e na autoridade. 
Desde então, a filosofia tornou-se uma área de 
conhecimento que tem como objetivo questionar todo e 
qualquer aspecto sobre o mundo, a vida ou o que for 
relevante para os indivíduos. Para isso, são dadas 
respostas lógicas e racionais às questões. 
A própria pergunta "para que serve a filosofia?" traz 
em si a reflexão, o espírito questionador e a atitude 
crítica e filosófica. A filosofia representa a fuga da 
ignorância e a busca pelo conhecimento de si e do 
mundo através do pensamento crítico. 
“A filosofia é diferente da ciência e da matemática. 
Diferentemente da ciência, não se baseia em 
experimentos ou na observação, mas apenas no 
pensamento. E diferentemente da matemática, não 
possui métodos formais de prova. A filosofia é feita 
simplesmente por meio do questionamento, da 
apresentação de ideias e da busca de argumentos 
possíveis contra elas, e da pergunta sobre como os 
nossos conceitos realmente funcionam”. (Thomas 
Nagel) 
 
4.1 Certo, mas para que ela serve? 
 
Com a filosofia conseguimos identificar o motivo 
pelo qual as coisas mudam, porque não é o suficiente 
ter um conhecimento técnico e/ou especializado, mas é 
essencial ter o que chamamos de conhecimento global 
para que assim possamos compreender melhor o 
mundo no qual estamos inseridos. 
Podemos dizer também que a filosofia é uma 
espécie de educação que tem ultrapassado as 
fronteiras cognitivas e todos os outros conhecimentos 
adquiridos convencionalmente, pois ela nos leva a 
refletir sobre tudo, a questionar, a debater e até a 
oferecer soluções. 
A filosofia nos faz sair da escuridão do comodismo 
e ir encontrar a luz da sabedoria das soluções. Ela nos 
faz entender o que é tido como inútil e perceber com 
clareza o que é útil. A filosofia serve para entendermos 
com clareza os conceitos usados no dia a dia, na 
ciência, nas artes, na religião, etc 
Embora muitos não saibam da sua importância. 
Ela nos ajuda desvendar os mistérios e histórias da 
nossa existência, além de compreender o porquê e a 
razão fundamental para tudo o que existe. Ou seja, a 
partir da Filosofia surge a ciência que é o 
conhecimento científico por sua própria natureza. 
"A Filosofia é um ramo do saber que procura 
entender os conceitos ou as essências de tudo o que 
existe no mundo, criando, assim, as definições 
conceituais. Os conceitos, que nascem daquelas 
definições, são, por sua vez, significados complexos 
que movimentam problemáticas. Os problemas 
também são processos pelos quais a Filosofia 
funciona." 
 
1 ATIVIDADE- AGORA É COM VOCÊ 
 
1) De onde a Filosofia originou-se? 
 
2) As ciências conhecem, e qual seria o papel da 
Filosofia? 
 
3)_O que é o amor para a Filosofia? 
 
4)-Qual a importância da filosofia na vida das pessoas? 
 
5)_Sobre o que é filosofia, assinale V para as 
sentenças verdadeiras e F para as falsas: 
( ) Filosofia é a área do conhecimento que oferece todos 
os tipos de respostas com precisão absoluta que 
podem ser aceitas universalmente. 
( ) A filosofia é o instrumento racional cuja finalidade é 
despertar o ser humano de seu estado de comodismo. 
( ) A filosofia possibilita que o ser humano busque sua 
realidade e construa sua própria história com 
autonomia e liberdade. 
( ) A filosofia tem como objetivo formar, na mente do ser 
humano, certezas que jamais poderão ser 
questionadas 
 
6)- Para que serve a filosofia? 
 
7)- Argumente a sua escolha em defesa da Filosofia e 
sua importância. 
 
5-A curiosidade como característica humana 
A curiosidade é uma característica natural e 
inata do ser humano. Muito importante quando se fala 
em exploração, investigação e aprendizado, a 
curiosidade pode ser considerada a grande força que 
arrancou o homem da idade da pedra para colocá-lo no 
lugar em que se encontra hoje. 
Se o homem tem em sua natureza o desejo de 
conhecer, quando ele faz perguntas, ele faz Filosofia. 
A origem da filosofia surge a partir da necessidade 
humana em querer explicar os fenômenos da natureza 
que ocorriam ao seu redor. Tudo começando com uma 
pergunta: Como surgiu o mundo? De onde vem a vida? 
Em outro momento da humanidade conduzimos as 
perguntas para uma questão mais pessoal, voltada 
para o próprio homem. 
 
A Filosofia é aquela capaz de criar subterfúgios e 
caminhos para que o pensamento continue avançando, 
que a humanidade continue questionando-se e 
tentando entender o mundo e o seu próprio 
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-logica/
pensamento de maneira crítica e racional. É a Filosofia 
que oferece ferramentas para as ciências ao mesmo 
tempo em que questiona a validade das teorias 
científicas. É a Filosofia que oferece subsídios teóricos 
para a política, ao mesmo tempo em que questiona as 
ações políticas. É a Filosofia que estrutura a ética e o 
modo como o ser humano deve agir. Nesse ponto, a 
Filosofia tem a sua utilidade e a sua importância no 
mundo. É a Filosofia que tem a capacidade de derrotar 
a ignorância por intermédio de um pensamento livre, 
crítico e autônomo. 
A Filosofia é aquele ramo do saber que quanto mais se 
conhece, mais se fica insatisfeito, já que ela é feita para 
perturbar, para espantar. A Filosofia não quer gerar 
conforto, mas quer tirar as pessoas da zona de 
conforto. É isso que mantém o pensamento em 
movimento e é isso que gera a evolução intelectual do 
mundo, mesmo que vagarosamente. 
 
6- O pensamento crítico, o senso comum e a atitude 
filosófica 
Conhecer a verdade não é o mesmo que amá-la e amar 
a verdade não equivale a deleitar-se com ela. 
 
Senso comum, atitude filosófica e consciência 
crítica 
 
A atitude filosófica é assim marcada por uma maneira 
de estar e viver o mundo que se opõem à maneira que 
o senso comum está e vivencia o mundo. Por senso 
comum entende-se as opiniões ou explicações que 
fazem parte do nosso cotidiano e permeiam nossas 
conversas diárias, que são transmitidas de boca em 
boca e através de gerações. Essas opiniões quando 
transmitidas via jornais, revistas, televisão e internet 
podem ganhar o status de verdades absolutas, sendo 
naturalizadas, uma vez que são amplamente aceitas 
por diversos segmentos da sociedade. Exemplos de 
opiniões de senso comum podem ser encontrados em 
ditos populares como “Deus ajuda quem cedo 
madruga”, “querer é poder”, “filho de peixe, peixinho é” 
Tais opiniões repetidas de maneira não reflexiva podem 
esconder idéias falsas, parciais ou mesmo 
preconceituosas. No entanto, o que marca o senso 
comum é a falta de fundamentação para os juízos 
expressos de maneira irrefletida pela maioria das 
pessoas ao longo da vida. Ou seja, é a falta do porquê 
das ideias expressas nas opiniões de senso comum. 
Ou ainda, é marca do senso comum a falta de exame 
crítico do conhecimento que se expressa ou repete de 
maneira automática. 
A atitude filosófica é um instrumento da filosofia, é 
tudo aquilo que é passível de ser problematizado e 
indagado, ou seja, a criação de um grande 
questionamento através de uma dúvida, sabemos que 
ter atitude é ter uma postura, preparar para fazer algo 
diferente, é conhecer uma realidade distinta, é a 
percepção. Já a filosofia é o pensamento e o 
questionamento das coisas, o amor pela sabedoria, 
sabedoria do mundo, a junção de ambas constrói uma 
atitude filosófica, mas para, além disso, saber admirar 
é a primeira virtude para filosofar, começando com o 
processo de questionar. 
A atitude filosófica é umaarma contra o senso comum, 
pois o senso comum é tudo aquilo que já está colocado 
e visto como certo, sem fundamentos lógicos e muito 
menos teórico, plausível. O senso comum é o que 
chamamos de opinião. 
O senso comum acontece no cotidiano, o falar, o 
pensar sem questionamentos, a maior inimiga da 
verdade, não é a mentira, a maior inimiga da verdade é 
a convicção. É na realidade que devemos investigar os 
problemas impostos e não tomá-los como dado, 
corretos, óbvios. 
A atitude filosófica dentro desse embaralho de 
problemáticas no cotidiano ligada ao senso comum é 
vista como levantamento de perguntas, o que é a 
verdade? O que é belo? O que é o tempo? É colocar 
em risco as certezas cotidianas, é sair da normalidade 
e do pensamento pronto, e ver que no cotidiano não há 
problemas resolvidos, é levar a atitude filosófica como 
um pensamento crítico, duvidar da realidade, conhecer 
várias crenças que não são conhecidas. 
 
 
O senso comum não se preocupa em buscar 
informações sobre os assuntos que está a julgar. 
Preocupa-se apenas em proferir uma sentença 
conclusiva, definitiva e que julga ser irrefutável. “Os 
políticos são bandidos”; “não gosto de política”. 
Pessoas que baseiam sua direção no senso comum 
não se preocupam em pesquisar o que os políticos de 
sua câmara de vereadores, por exemplo, fazem todos 
os dias. 
Em contrapartida, a atitude filosófica pode ser 
descrita como a busca de justificação das nossas 
opiniões e ideias sobre os mais diversos assuntos. Por 
isso mesmo a indagação, o questionamento, é a 
marca registrada da atitude filosófica. Também é 
comum ouvirmos que a filosofia seria a ciência ou arte 
dos porquês, essa ideia de senso comum a respeito da 
filosofia nos remete a busca por fundamentação que, 
como dissemos, é o que falta ao conhecimento de 
senso comum. 
Ainda que o aluno de Ensino Médio não tenha nenhum 
interesse em tornar-se filósofo, a atitude filosófica, 
indagadora e reflexiva, pode ser de grande utilidade ao 
longo de sua vida, em situações que exijam uma 
análise mais detalhada sobre determinada opinião ou 
conhecimento que lhe é apresentado. Mas para 
desenvolver essa atitude filosófica é preciso antes 
reaprender a nos espantar com o mundo que nos 
cerca. Digo reaprender, porque quando crianças o 
espanto diante do mundo era uma atitude natural e por 
isso ouvimos tantas perguntas dos pequenos: O que é 
isso? De onde veio? Como funciona? Por que é assim?. 
E são essas perguntas que nos permitem 
familiarizarmo-nos com o mundo que antes nos era 
estranho. No entanto, é esse sentimento de 
familiaridade que acompanha nossa vida adulta que 
precisa ser superado se queremos avançar do senso 
comum para a atitude filosófica e, desse modo, 
caminhar em direção a uma consciência crítica do 
mundo. Essa consciência crítica exige de nós constante 
avaliação e exame das opiniões e ideias que 
adquirimos do senso comum em busca não da 
aparência de conhecimento, mas do conhecimento 
verdadeiro. 
 
ATIVIDADE 
1. Segundo o que vimos anteriormente, o que é senso 
comum? 
3. Como o senso comum se forma? 
 
3.O que é a Atitude Filosófica? 
 
4.Qual é a diferença entre senso comum e atitude 
filosófica? 
 
5. Conceitue a reflexão filosófica. 
 
6. Como é a atitude filosófica? 
 
7.Observe a figura: 
 
No que essa figura se relaciona a atitude filosófica? 
Justifique sua resposta 
 
 
Bibliografia 
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: 
Àtica, 2001. 
MARCONDES, danilo. Iniciação à História da 
Filosofia. 13ª ed. Rio de Janeiro, 2012. 
 
Aranha, Maria Lúcia de Arruda e Martins, Maria Helena 
Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 5ed. São 
Paulo: Moderna, 2013. 
 
Atividades de aprendizagem 
 
1. Explique as principais condições históricas para o 
surgimento da filosofia. 
 
2.Explique o que você entende por atitude crítica e 
pensamento crítico. 
Exemplifique. 
 
3. Leia as seguintes frases dos filósofos Diderot e A. 
Gratry, 
“O primeiro passo à filosofia é a incredulidade”, 
Diderot. 
“O homem que deixa de esperar, desejar e 
perguntar-se está morto” A. Gratry. 
 
 
Explique o significado dessas frases. 
 
4.Para que serve a filosofia? 
 
5. Explique fazendo a diferenças entre: “o pensamento 
crítico”, “o senso comum” e a “atitude filosófica” 
6- Leia o texto a seguir. 
 
Que terá levado o homem, a partir de determinado 
momento de sua história, a fazer ciência teórica e 
filosofia? Por que surge no Ocidente, mais 
precisamente na Grécia do século VI a.C, uma nova 
mentalidade, que passa a substituir as antigas 
construções mitológicas pela aventura intelectual, 
expressa através de investigações científicas e 
especulações filosóficas? 
(PESSANHA, J. A. M. Do Mito à Filosofia. In. Os Pré- Socráticos. 
São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos a respeito 
da passagem do Mito ao Logos, indique as 
principais condições que marcaram o surgimento 
da Filosofia. 
 
7-O que é Filosofia? Quando e como ela surge e 
qual a sua função? 
 
8. A filosofia pode ser definida como uma atividade 
de análise, de reflexão e de crítica. O que caracteriza 
essas atividades é:

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