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Pitagoras caruaru EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO JOSE EROS CAYCK RODRIGUES DOS SANTOS RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR I: INICIAÇÃO E TREINAMENTO DESPORTIVO CARUARU – PE 2022 JOSE EROS CAYCK RODRIGUES DOS Santos RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR I: INICIAÇÃO E TREINAMENTO DESPORTIVO Relatório apresentado à Universidade PITAGORAS, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina de Estágio Curricular I: Iniciação e Treinamento Desportivo. Educação Física - Bacharelado. CARUARU – PE 2022 3 INTRODUÇÃO O presente trabalho se constituiu a partir da experiência vivenciada no Estágio Obrigatório I: Iniciação e Treinamento Desportivo considerada uma fase de suma importância para nosso desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional, pois no decorrer desse percurso formativo estava implicada com a construção dos conhecimentos específicos, como também no saber-fazer da sala de aula. Nesse sentido, tomei como objetivo analisar minhas experiências enquanto graduanda na regência da Educação Infantil. Este estudo foi desenvolvido por meio de um relato de experiência embutido primeiramente numa construção teórica que garantiu o domínio dos conhecimentos específicos e na realização da regência definido como um momento de ser e tornar- se professor. Dessa forma, o estágio me possibilitou vivenciar a prática docente, estabelecer relações com os atores no âmbito escolar, exigindo um olhar mais atento e sensível a diferentes situações e especificidades do lócus educativo. Logo, essa urdidura nos fez compreender o Estágio Supervisionado como um processo de descobertas, dificuldades e prazeres do ofício docente. A construção dos resultados tomou como alicerce o conhecimento teórico adquirido no decorrer da formação, e aprimorado na disciplina Estágio, no qual foi articulado com a experiência vivenciada na sala de aula, favorecendo para a construção de competências, habilidades no processo de ser e tornar-se professor. Portanto, o Estágio contribuiu para minha formação acadêmica, profissional e investigativa, possibilitando conhecer as múltiplas relações do âmbito escolar, o alunado na sua particularidade, os desafios e dilemas existentes no ambiente da sala de aula, e fora dela, possibilitando dessa forma, o autoconhecimento da trajetória de ser e tornar-se professora e a constante reflexão da práxis e da formação. RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO LOCAL/INSTITUIÇÃO CONCEDENTE 4 O Stúdio E.N FITNESS, localizado na rua da linha, 551, no centro da cidade de xexeu, oferta a população desta localidade, os serviços de musculação, treinamento funcional, hidroginástica e aulas de natação infaltil, possui um espaço bastante amplo, com horário pré-estabelecido, tanto para musculação e treinamento funcional, quanto para as aulas de hidroginástica e natação; o mesmo é uma empresa que vem despontando no mercado, pois além de oferecer um acompanhamento diferenciado aos seus alunos, sempre está buscando inovar na oferta de serviços; motivo que me fez buscar por tal empresa, para realizar o meu estágio, por exemplo este é o primeiro ano que ofertam aulas de hidroginástica e natação infantil, sob o comando do empresário e profissional de Educação Física: Edson Cabral da Silva Neto, CREF 006626-G/PE; que sempre busca qualificar-se para ofertar um serviço com excelência a sociedade. Ofertar um serviço de excelência foi algo que me desafiou e chamou a atenção, desde o meu primeiro contato com o empresário e profissional de Educação Física, que me acompanharia, pois em nossa sociedade estamos acostumados a ver empresários que buscam muito mais a questão financeira, o lucro, que ofertar um serviço com excelência e isso além de ver no dia a dia, pude aprender um pouco, desde a chega ao local de estágio, até o acompanhar, participar e ministrar as aulas de natação infantil, pois o lidar tanto com os colaboradores e alunos é bastante diferenciado. Chegando ao Stúdio E.N Fitness, estive portando a carta de apresentação, que me identificava com aluno do 6- período de bacharelado em Educação Física da Faculdade pitagoras, mostrei-me uma pessoa que estava ali para somar, tanto para aprender, quanto para ensinar, por mais que não tivesse contato com a área da natação; sempre notei que pessoas pró ativas, são bem recebidas em empresas tanto para estágio, quanto para uma vaga na empresa. Busquei pesquisar, tanto para ser aceito, quanto para realmente ser útil e quem sabe futuramente aproveitado pela empresa. Destaquei um pouco do conhecimento sobre a história da natação, os estilos de nado, benefícios que a mesma oferta e os riscos que as atividades aquáticas oferecem. Assim, fui convidado para à princípio acompanhar algumas aulas, fazendo um estágio observacional, para em seguida 5 também intervir com as turmas, onde inicialmente eu apresentava o plano de aula que seria passado para cada turma. Foi uma experiência bastante positiva e proveitosa. RELATO DOS ARTIGOS DE METODOLOGIAS, ESTRATÉGIAS E ABORDAGENS usados NO CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL 6 O entendimento do termo treinamento é, sem dúvida, bastante amplo, tendo sido empregado nas mais variadas áreas científicas e profissionais. Treinamento é caracterizado como um processo repetitivo e sistemático composto de exercícios progressivos que visam o aperfeiçoamento do desempenho. Neste sentido, o treinamento físico pode ser compreendido como um processo organizado e sistemático de aperfeiçoamento físico, nos seus aspectos morfológicos e funcionais, impactando diretamente sobre a capacidade de execução de tarefas que envolvam demandas motoras, sejam elas esportivas ou não (BARBANTI, TRICOLI & UGRINOWITSCH, 2004). As origens das bases teóricas do treinamento físico não são recentes. Grandes pensadores da antiguidade já propunham teorias acerca do treinamento em seus trabalhos. Galeno de Pérgamo (século segundo d.C.) já ensaiava sobre conceitos que se assemelham ao que se entende atualmente por periodização. No seu tratado "Preservação da Saúde", ele discorre sobre sequências de treinamento para o desenvolvimento específico da força rápida, passando pelo uso de exercícios que priorizavam a força em detrimento da velocidade, culminando com o uso de exercícios intensos que combinavam as duas capacidades motoras. Já Filóstrato, o Ateniense, propunha também no século segundo d.C., um período preparatório para as competições Olímpicas, inclusive com a sugestão de um período destinado à preparação específica em um centro de treinamento um mês antes da competição (GARDINER, 1930; ISSURIN, 2010). Embora os exemplos acima ilustrem uma preocupação já bastante antiga com o treinamento físico voltado para o desempenho, não foi até poucas décadas atrás que a ciência do esporte realmente experimentou um avanço significativo no seu corpo de conhecimento. A ciência do esporte pode ser entendida como uma área multidisciplinar preocupada com a compreensão e aperfeiçoamento do desempenho físico-esportivo humano (BISHOP, 2008). Ainda segundo o autor, a ciência do esporte pode ser vista como o processo científico usado para guiar a prática esportiva e, em última análise, melhorar o desempenho físico. Neste sentido, a ciência do esporte tem cada vez mais contribuído para o aperfeiçoamento dos programas de treinamento físico-esportivo, através principalmente de um aumento na qualidade do treinamento proposto. 7 Assim, podemos didaticamente dividir os estudos relacionados ao treinamento físico-esportivo em quatro grandes áreas: 1) avaliação do treinamento; 2) controle do treinamento; 3) modelosde organização da carga de treinamento e 4) desenvolvimento das capacidades motoras. Entender a importância de cada uma dessas áreas para a maximização do rendimento físico-esportivo é fundamental para o profissional, pois as exigências do esporte moderno, tanto em relação às cargas de treinamento, quanto ao número de competições por temporada, fazem com que os atletas estejam mais predispostos a lesões e estados de sobre treinamento, nos quais o rendimento esportivo é negativamente afetado. RELATO DE ESTUDO DE REFERÊNCIAS ADICIONAIS 8 O desempenho físico é considerado parte integral do esporte e sua avaliação constitui um aspecto fundamental na análise da eficácia dos processos de treinamento empregados ao longo de uma temporada (KISS & BÖHME, 2003). Contudo, para que a avaliação seja efetiva, é necessário que os aspectos mais importantes para o rendimento físico-esportivo em uma determinada modalidade esportiva sejam investigados. É amplamente aceito que na vasta maioria das modalidades esportivas não há uma única capacidade motora que caracterize a modalidade, mas sim, um conjunto de capacidades que é determinante para um elevado rendimento esportivo. Quanto mais complexa for a estrutura da atividade esportiva (ex: corrida de 100 m vs. basquetebol), mais importante é a interação entre as capacidades motoras. Por isso, a avaliação deve compreender o diagnóstico de todas as capacidades envolvidas na modalidade esportiva alvo e, se possível, em condições que simulem a prática da atividade (CURRELL & JEUKENDRUP, 2008). Desta forma, muitas pesquisas têm se dedicado ao desenvolvimento de métodos que permitam identificar as capacidades motoras envolvidas em diversas modalidades esportivas. Além dos métodos mais usuais encontrados na literatura, uma contribuição muito grande vem sendo dada por sistemas de vídeo, os quais têm sido utilizados para descrever as atividades motoras realizadas durante as competições esportivas de modalidades como o futebol, o basquetebol e o voleibol (BEN ABDELKRIM, CASTAGNA, EL FAZAA & EL ATI, 2010; MOHR, KRUSTRUP, ANDERSSON, KIRKENDAL & BANGSBO, 2008; SHEPPARD, GABBETT & STANGANELLI, 2009). Adicionalmente, grande atenção tem sido dada à elaboração de testes que sejam válidos (i.e. o protocolo assemelhe-se o tanto quanto possível ao desempenho esportivo que está sendo simulado), tenham uma elevada reprodutibilidade (i.e. os resultados são consistentes ao longo do tempo) e sejam sensíveis para detectar mesmo pequenas alterações no desempenho provocadas pelo processo de treinamento (CURRELL & JEUKENDRUP, 2008; HOPKINS, 2000). A avaliação da força motora, por exemplo, tem sido amplamente utilizada tanto para inferências sobre o desempenho esportivo quanto para a obtenção de parâmetros para a prescrição do treinamento. Em relação ao desempenho esportivo, podemos citar estudos que identificaram o tempo, a magnitude e a direção da força 9 aplicada nas diversas fases da corrida de velocidade (MERO, KOMI & GREGOR, 1992). Células de carga também têm sido utilizadas para avaliar a força muscular máxima em condições isométricas (i.e. em que não há movimento externo aparente). Uma informação muito interessante obtida nos testes isométricos balísticos, nos quais a força é produzida o mais rapidamente possível, é a determinação da taxa de desenvolvimento de força (TDF) (RICARD, UGRINOWITSCH, PARCELL, HILTON, RUBLEY, SAWYER & POOLE, 2005). A TDF é considerada uma variável importante para o desempenho físico-esportivo, já que indica a capacidade do indivíduo aplicar força o mais rapidamente possível contra uma determinada resistência. Variações do salto vertical (em semi-agachamento, com contra-movimento e em profundidade) são comumente empregadas em avaliações indiretas da potência muscular de membros inferiores. Esta é normalmente inferida pela altura do salto, ou seja, quanto maior a altura, maior a produção de potência. Porém, os avanços tecnológicos permitem hoje avaliações mais completas, contemplando outras variáveis de interesse para a compreensão do desempenho. Por exemplo, o uso de plataformas de força permite avaliar tanto o efeito de diferentes históricos de treinamento quanto de modelos de treinamento na mecânica externa do salto vertical, a fim de selecionar os meios e métodos de treinamento mais eficientes para aumentar a potência de acordo com as características da modalidade esportiva em questão (UGRINOWITSCH, TRICOLI, RODACKI, BATISTA & RICARD, 2007). A combinação dos dados provenientes de plataformas de força e de filmagens permite quantificar, através de modelos matemáticos, as forças internas que incidem sobre o aparelho locomotor durante o movimento, a velocidade angular das articulações envolvidas no salto, a velocidade no instante da decolagem e a sincronia dos movimentos articulares entre outros parâmetros de interesse. 10 RELATO DA ANÁLISE DO LOCAL DE ATUAÇÃO DO ESTÁGIO No E.N Studio Fitness cada espaço de aula leva em consideração as características dos alunos, com um professor especialista em cada etapa do aprendizado. É o caso da piscina menor, por exemplo, voltada para bebês de 02 meses a 3,5 anos. A temperatura da água sempre fica entre 33º e 34ºC, condição ideal para se desenvolver as atividades; a profundidade é na medida para garantir a integridade e segurança; a piscina possui degraus, rampas, platô e corrimão; e os vestiários são totalmente adaptados. Com várias piscinas pode-se subdividir os níveis de aprendizado, aplicando o conteúdo com mais eficiência e personalizado de acordo com a necessidade de cada perfil de aluno. Uma criança de 4 anos, por exemplo, deve ser ensinada diferentemente de uma de 8 anos. Outro benefício de grande destaque da estrutura do E.N Studio Fitness está justamente em propiciar que o aluno evolua constantemente. Ele começa em uma piscina menor, com menos profundidade, e no decorrer da sua evolução vai passando por todas as outras, até chegar na piscina maior, com tamanho ideal para competição, para quem está no nível avançado. Isso é um estímulo constante, ressalta. Recentemente, a Studio Saúde Ativa recebeu diversas melhorias em sua estrutura, com destaque aos vestiários das piscinas. Uma reforma com o objetivo de modernizar os ambientes e de personalizar ainda mais de acordo com a necessidade dos alunos de cada piscina. Nosso objetivo é fazer com que cada vez mais eles tenham um ambiente adequado, bem como os professores para aplicar o conhecimento da melhor maneira. Tanto os alunos, quanto os responsáveis, apresentam laudo médico, do dermatologista, atestando que estão aptos para frequentar as aulas de forma segura e saudável. Conta com matérias que ajudam na didática das aulas como: espaguetes, flutuadores, bolas, pranchas, em quantidade significativa, para que cada aluno tenha o material a sua disposição na aula. 11 RELATO DAS METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO SUPERVISAR DE CAMPO Em relação as metodologias utilizadas pelo supervisor pude observar e considerar alguns pontos como pude perceber que o instrutor é muito receptivo com todos os alunos, independentemente de faixa etária, e isso tornava a aula sempre agradável. O mesmo repassava todas as informações necessárias antes da primeira aula prática. Procurava sempre diversifica seus ensinamentos, tendo sempre uma visão objetiva e focada na aprendizagem e desempenho os alunos. Independentemente da idade que o aluno possua, ou o nível de conhecimento que ele tinha em natação, o supervisor respeitava todas as etapas e limitações que geralmente ocorrem durante os treinos. Afinal, cada um aluno possuía um físico, um emocional e uma capacidade de resistência diferente do outro. Quando a aula de natação era pra criança, por exemplo, a forma de aprendizado erade modo mais dinâmico e divertido, utilizando brinquedos e palavras motivacionais a fim de converter a prática em um momento mais leve e descontraído. Isso porque a atividade lúdica é funcional, beneficia e incentiva a criança ao desenvolvimento e ao prazer simultaneamente. Do mesmo modo deve ocorrer com os outros níveis, como adultos, por exemplo. Para todas as idades, um bom professor pode fazer a diferença. No geral as turmas eram divididas por faixa etária. A primeira turma entra na piscina acompanhada de seus pais ou responsáveis, sempre precedida de uma aula teórica antecedendo a aula prática, montando assim um cronograma de acordo com as necessidades da turma. Os objetivos de cada aula são pensados, como aquilo que o aluno deverá saber realiza ao final de cada aula. 12 RELATO DA OBSERVAÇÃO O professor aborda os conteúdos com bastante calma e de forma divertida para que os alunos possam aprender os conteúdos propostos por cada aula, ele também tem uma postura muito relevante ao ambiente como por exemplo, em atividades teóricas ele leva o conteúdo e explica de forma clara, já nas aulas práticas eles ensina brincando com as crianças para facilitar o desempenho de todas elas. Os alunos gostam muito de brincar com os materiais que são utilizados nas aulas práticas, então durante algumas aulas teóricas eles perguntam se vão poder usar os materiais ou se terá algum outro momento divertido, mas mesmo assim se comportam e prestam atenção, a participação deles é sempre animada e com bastante momentos de perguntas e respostas, pois sempre estão querendo saber de tudo. Durante as aulas o professor observa que existem alunos que tem mais facilidade em executar alguns movimentos e outros tem mais dificuldade, desta forma ele vai ajudar aos alunos que tem mais dificuldade para que não se sintam excluídos por não conseguirem fazer o que se pede. 13 RELATO DA PARTICIPAÇÃO A participação no estágio foi algo além do esperado, visto que imaginei apenas acompanhar os alunos e ajudar o profissional/preceptor que iria me acompanhar, porém me foi dada autonomia para ministrar algumas aulas e preparar-me para minhas futuras turmas; isso sempre com a presença do profissional responsável. Em poucas aulas recebemos relatos de alguns responsáveis das turmas de iniciantes, de mudanças no comportamento de alguns bebês, como: • Melhora da coordenação motora • Aumento do apetite • Desenvolvimento do vínculo afetivo entre crianças e responsáveis • Melhora na qualidade do sono. Na parte teórica, tivemos um pouco mais de facilidade para desenvolver o conteúdo, visto que o local já dispunha de um material e o mesmo foi disponibilizado para que pudesse ser explorado e caso quisesse, acrescentar algo importante. 14 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE INTERVENÇÃO Turma: 4-6 anos Material: Focas e Espaguetes Objetivos da aula: • Flutuar na posição ventral e dorsal • Mergulhar e apanhar objetos no fundo da piscina; • Movimentar braços e pernas com auxílio do espaguete, de maneiras diferentes. Atividades: • Flutuar na posição ventral e dorsal (estrela do céu e do mar) • Mergulhar e apanhar objetos no fundo da piscina • Movimentar pernas e braços de várias maneiras com espaguete Metodologia: • Parte inicial: corrida de cachorrinho. • Parte principal: brincar de resgatar a Dona Foca que está no fundo da piscina. Estímulo a movimentação de braços em pernas com espaguete, andar de bicicleta com braço de coração e moto com bração. • Parte final: brincar de dorminhoco (quem consegue ficar realizando flutuação ventral e dorsal por mais tempo) e cinco minutos para as crianças brincarem livremente. 15 RELATO DOS APONTAMENTOS DO SUPERVISOR DE CAMPO No período entre 03/10 e 31/10 do corrente ano, eu, Edson Cabral da Silva Neto, recebi em meu espaço, E.N Studio Fitness, no período matutino, o aluno/estagiário: Jose Eros Cayck Rodrigues dos Santos, aluno do 6- período do curso em bacharelado em educação física, da Pitagoras Caruaru. O mesmo apresentou um desempenho significativo, nas aulas de natação infantil, em especial com as turmas iniciais. Sempre buscou transmitir da maneira mais simples, o conteúdo a ser explorado, transmitindo conhecimento e confiança para aqueles que estavam sob sua supervisão; fatores que o condicionam a ser um profissional qualificado para a profissão que busca exercer. Grato; Edson Cabral da Silva Neto CREF 006626-G/PE 16 RELATO DE INTERVENÇÃO A natação é entendida como um esporte complexo, tendo em vista que não se caracteriza apenas como um esporte, mas também como um aparato de desenvolvimento psicomotor avançado, assim, apresenta um amplo leque de abordagem, associado prática esportiva e lazer a desenvolvimento pessoal. Contudo, infelizmente, nem todas as escolas e crianças dispõe dos recursos necessários para o desenvolvimento das atividades, por mais que estivesse estagiando em um espaço privado, onde as pessoas pagam para frequentar e participar das aulas pude observar que em vários casos, os responsáveis não dão a importância necessária à prática esportiva; acredito que alguns desconhecem o fato de que, quanto mais cedo expomos a criança à determinado estímulo, mais facilmente ela irá desenvolver o mesmo, é como se as mesmas estivessem levando seus filhos(a), netos(a), mais por uma questão de socialização, depois das mesmas ficarem por um bom tempo sem ter contato com outras crianças, devido ao isolamento proporcionado pela pandemia da COVID-19; o esporte, neste caso a natação também ajuda nesse sentido. Outra situação, que observei foi a questão das roupas apropriadas; já neste ponto acredito que seja algo que irá se organizar com o avançar do tempo, pois uma parcela das crianças utilizaram suas roupas de praia, que também servem, mas a prática esportiva, exige vestimentas próprias para tal. Outro fator que consta para que ainda aconteça esse tipo de situação, é que esse é primeiro ano das aulas de natação. Enquanto estagiário, minha maior dificuldade, foi não ter passado por nenhuma disciplina que explore a modalidade natação, em minha atual formação acadêmica, e foi um fator determinante, para que eu buscasse esse campo para estagiar, pois acredito que ter o contato com a modalidade, será um diferencial em minha formação, tendo em vista que em nossa localidade, ainda falta a mão de obra específica para dar aulas de natação. Atualmente, acredito que em toda região mata sul do estado, o E.N Stúdio Fitness, seja o único que venha desenvolvendo tais atividades. Após o estágio, pude sentir que a natação é um campo, que enquanto futuro profissional de Educação Física, posso buscar uma maior qualificação para tentar inserir-me; já que a resposta do público, é bastante positiva e estão tentando inserir suas crianças cada vez mais cedo, pois por mais que alguns estejam nas aulas por motivos não esportivos, eles 17 observaram que a natação vai além de um esporte e que é de extrema necessidade que seja colocada como modalidade prática cada vez mais nas escolas, adequando/alocando grupos de alunos, para que seja alcançado por todos os benefícios relacionada à prática esportiva. 18 ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE AS ETAPAS DE CAMPO O estágio supervisionado por ser o momento, por excelência, do contato do estagiário com a prática, contribui para o conhecimento sobre a profissão, o modo como ela acontece na prática, como também para a construção e reafirmação da identidade profissional, ou ainda, para a percepção da não identificação com a docência. Para que o estágio seja esse espaço de conhecimento acerca da profissão e construção da identidade profissional, é necessário que se desenvolva na perspectiva de estágio enquanto campo de pesquisapara que o estagiário possa relacionar os conhecimentos teóricos com a prática, analisar e refletir sobre a realidade da escola campo de estágio, podendo perceber os limites e as possibilidades de trabalho. Essa perspectiva se baseia na concepção do professor como intelectual em processo de formação e a educação como um processo dialético de desenvolvimento do homem historicamente situado (PIMENTA & LIMA 2008, P. 47). Nesse sentido, o estagiário atua enquanto sujeito que reflete sobre a escola, a educação e os condicionantes do trabalho desenvolvido na mesma, assumindo uma postura crítico-reflexiva e construindo a sua identidade profissional. O estágio deve possibilitar ao estagiário conhecer o movimento do trabalho pedagógico e não o momento de reproduzir um modelo de ensinar copiado a partir de uma observação limitada das aulas do (a) professor (a), pois nessa perspectiva o estagiário por vezes critica a prática do professor colaborador sem considerar o que condiciona tal prática como: estrutura física da escola, condição social da comunidade na qual está inserida a escola, concepção de educação que o professor tem, objetivos pretendidos por ele, condições de trabalho disponíveis, políticas destinadas à educação, enfim, é preciso que se tenha uma olhar atento para a escola como um todo em movimento.. É buscando compreender essas relações que o estágio se configura enquanto campo de pesquisa que possibilita ao estagiário conhecer a teia de relações que há no espaço escolar, compreendendo assim, a dinâmica da instituição de ensino, percebendo os limites e as possibilidades para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, é por meio do olhar sensível que o estagiário poderá contribuir para a qualidade do processo ensino-aprendizagem, deixando a sua marca, pois é através desse olhar que poderá descobrir caminhos e possibilidades condizentes com a realidade e as necessidades da escola. 19 É por meio do conhecimento da dinâmica da escola e sua teia de relações que o estagiário poderá construir a sua identidade profissional de maneira significativa, pois terá conhecimento da escola como um todo, ou ainda, poderá perceber que não se identifica com a docência. É na perspectiva do estágio como campo de pesquisa que o estagiário pode construir sua identidade profissional. O estágio nos possibilita adentrar na realidade da escola e por meio da postura crítico reflexiva, lançar um olhar sensível ao espaço escolar, tanto para os que já são professores quanto para os que não atuam enquanto docentes. “O estágio, ao promover a presença do aluno estagiário no cotidiano da escola, abre espaço para a realidade e para a vida e o trabalho do professor na sociedade”. (PIMENTA & LIMA 2008, P. 67-68). Diante disso, o estagiário, tem a possibilidade de conhecer a profissão, articular os conhecimentos e saberes que tem, construindo a sua identidade profissional e entender a importância da prática do estágio que perpassa o ambiente escolar e vai para além da sala de aula se configurando como um espaço de pesquisa. 20 APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS PEDAGÓGICOS 21 22 23 24 25 26 27 28 CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização deste trabalho nos possibilitou perceber, por meio dos estudos realizados e da análise da experiência do estágio supervisionado, que este pensado e sistematizado enquanto campo de pesquisa contribui para o conhecimento da profissão docente de maneira situada e interligada aos aspectos sociais inerentes à profissão, contribuindo para a construção da identidade profissional docente e para a relação dos conhecimentos teóricos com a prática, de modo que os conhecimentos adquiridos nas demais disciplinas viabilizam o entendimento das relações que se estabelecem, que na perspectiva do estágio como campo de pesquisa é vista como um todo. Com relação à nossa experiência no estágio supervisionado, pudemos perceber que o estágio como campo de pesquisa contribui para que tivéssemos uma visão ampla acerca da profissão docente, ao passo que analisamos a observação e desenvolvemos a nossa prática de maneira crítica e reflexiva, pois buscamos refletir sobre o que havia por trás das situações encontradas e perceber que o trabalho pedagógico realizado recebe influências múltiplas da concepção de ensino- aprendizagem que o professor tem e que os laços estabelecidos ou não entre professor-aluno interferem na qualidade do processo ensino aprendizagem, enfim o estágio nos possibilitou conhecer a dinâmica como um todo em movimento e contribuiu para a constatação da nossa identificação com a docência como campo de atuação profissional que requer constante reflexão para ser sempre modificado, buscando melhorar a qualidade do ensino. 29 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 30 REFERÊNCIAS • BARBANTI, V.J.; TRICOLI, V.; UGRINOWITSCH, C. 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