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Dieta Vegetariana

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NUTRIÇÃO 
BRUNA MENDONÇA - C190ID-
MARIA DE TEREZA - D69338-7
VEGETARIANISMO :
 Dieta Ovolactovegetariana
 NOTA:______
SÃO PAULO
2019
BRUNA MENDONÇA - C190ID-8
MARIA TEREZA - D69338-7
t
VEGETARIANISMO:
 Dieta Ovolactovegetariana. 
Trabalho de atividade prática supervisionada – APS 
com foco na matéria Ciclo da vida, do curso de 
nutrição, na Universidade Paulista – UNIP. 
SÃO PAULO
2019
Sumário
1 Introdução	4
2.Objetivo	8
13
1 Introdução 
Vegetarianismo é o padrão alimentar segundo o qual nada que implique sacrifício de vidas animais deve servir à alimentação. Assim, os vegetarianos são aqueles que não consomem carnes e seus derivados, mas podem incluir em sua alimentação, laticínios e ovos. O termo utilizado vegetarianismo, não se origina de alimentação vegetal e, sim do latim vegetus que significa “forte”, “vigoroso”, saudável. (WINCKLER, 2004).
Há três tipos de dieta vegetariana: a pura, ou restrita, ou total, que não utiliza nenhum produto de origem animal como alimento (esse tipo é também denominado de vegan); a lactovegetariana, que tem como produtos de origem animal somente o leite e seus derivados; e a ovolacto, que permite também a ingestão de ovos (SOARES EDA et al.,1990).
As dietas vegetarianas têm classificações que incluem veganos, semivegetarianos, lactovegetarianos, ovovegetarianos, ovolactovegetarianos. Cada tipo exclui ou inclui certos alimentos (LI, 2014).
A prática do vegetarianismo é antiga e já era realizada há 5 milhões de anos. No passado a população se alimentava somente de frutas, folhas e sementes, vivendo em harmonia com os menores animais. Porém, essa realidade mudou a partir do momento em que o fogo e a evolução das armas começam a dominar. Em grupo, caçavam animais de grande e pequeno porte e aproveitavam cuidadosamente de cada parte do corpo desses animais. Com a evolução os humanos começaram a criar culturas de vegetais fixas, que atraiam animais como cães, ovelhas, cabras, ratos, felinos de porte pequeno, que foram sendo cuidados, educados e alguns deles eram mortos para o consumo (RODRIGUES, 2005).
Ao longo da história, vários foram os seguidores e/ou defensores desta dieta. Ilustres como Sócrates, Platão, Silvester Graham, John Harvey Kellogg, e Pitágoras que dizia se praticar uma dieta sem carne por três motivos: respeito religioso, saúde física e responsabilidade ecológica (ROE, 1986 E SOUZA et al., 2010).
Benjamim Franklin, no século XVIII, foi entre os cientistas, médicos e filósofos, o mais famoso a apoiar as dietas vegetarianas. Porém, só no século XIX, com a formação de sociedades, centros de saúdes, publicação de livros e novos restaurantes, promovendo as dietas vegetarianas, o vegetarianismo se expandiu de maneira considerável. E no século XX ocorreu uma expansão maior ainda com o interesse e o conhecimento sobre o assunto (JOHNSTON, 2003).
A adesão ao vegetarianismo tem se tornado crescente nos últimos tempos. Muitas são as razões que levam a essa prática, geralmente ligadas a filosofia de vida, preocupações com a degradação do meio ambiente, compaixão para com os seres animais, cuidados com a saúde ou motivos religiosos (COURCEIRO et al.,2008).A adesão ao vegetarianismo pode ser justificada por diversos fatores, sendo o principal deles a saúde. A dieta vegetariana relaciona-se com menores prevalências de diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão e cânceres como câncer de mama e de cólon (COURCEIRO et al., 2008).
O interesse e a adesão ao vegetarianismo têm sido crescentes. Um levantamento feito em 1994 atestou que aproximadamente 12,4 milhões de pessoas nos Estados Unidos denominavam-se vegetarianas. Isso corresponde a cerca de 7% da população e a quase o dobro do número de vegetarianos descritos ao longo de um período de oito anos (JOHNSTON PK.,2003).
A dieta vegetariana difere da dieta onívora em aspectos que vão além da simples supressão de produtos cárneos. Os vegetarianos fazem um consumo elevado de vegetais, frutas, cereais, legumes e nozes, além de sua dieta conter menor quantidade de gordura saturada e, relativamente, maior quantidade de gordura insaturada, carboidratos e fibras (KEY TJ et al.,1999)
Por ser uma alimentação com alta ingestão de derivados de frutas, hortaliças, cereais integrais, leguminosas, nozes, soja e vários produtos, tem baixo teor de gorduras totais e ácidos graxos saturados; possui alto conteúdo de fibras alimentares, fitoquímicos incluindo fitoesteróis, compostos fenólicos, carotenóides, flavonóides e saponinas (CRAIG, 2010).
Durante as últimas décadas, estudos epidemiológicos têm documentado importantes e significativos benefícios do vegetarianismo e de outras dietas baseadas em alimentos vegetais para a saúde humana (BEESON LA, 1999)
Atribuem o menor risco de surgimento ou a melhora das enfermidades crônicas entre os vegetarianos às propriedades das fibras alimentares, defendendo a idéia de que os vegetarianos, por ingerirem mais deste componente do que onívoros, são menos propensos à hiperlipidemia, doença arterial coronariana, diabetes mellitus, entre outras doenças. Obviamente, os autores não descartam a contribuição de outros fatores dietéticos, como o menor consumo energético e lipídico, e a maior ingestão glicídica, na promoção de um perfil de saúde geralmente privilegiado entre vegetarianos.(ANDERSON et al.,1994)
O vegetarianismo está associado à diminuição do risco de algumas condições patológicas crônicas entre os seus adeptos, podendo-se citar hipertensão arterial, doença isquêmica do coração (KEY et al., 1996; MELBY et al., 1994).
As dietas vegetarianas trazem resultados benéficos na prevenção e no tratamento de diversas doenças crônico-degenerativas não transmissíveis. Não há estudos demonstrando aumento de doenças em grupos vegetarianos. Populações vegetarianas têm risco reduzido de cardiopatias, câncer, diabetes, obesidade, doenças da vesícula biliar e hipertensão. Estudos demonstram que as populações vegetarianas têm 31% a menos de cardiopatias, 50% a menos de diabetes, vários cânceres a menos, sendo 88% a menos de câncer de intestino grosso e 54% a menos de câncer de próstata. (American Dietetic Association, 2003).
A literatura é divergente quanto às repercussões da dieta vegetariana sobre a saúde. Vários estudos ressaltam que as implicações nutricionais destas dietas sobre os momentos fisiológicos de indivíduos ou populações tanto podem ser positivas quanto negativas (SOARES, 1990). 
Os vegetarianos adotam diferentes tipos de práticas dietéticas com implicações distintas para a saúde. Não são atípicos indivíduos que se dizem vegetarianos consumirem carne. As várias práticas dietéticas resultam em ingestões nutricionais diferentes, fazendo com que o profissional de saúde se torne necessário para verificar o que é ingerido e acompanhar a dieta (JOHNSTON, 2003).
2.Objetivo
2.1 Objetivo Geral 
Conhecer as características das dietas vegetarianas, e como principal a dieta ovolactovetariana.
2.2 Objetivo Especifico 
Aprender sobre a dieta ovolactovegetariana.
Conhecer os benefícios e quais os riscos de uma dieta vegetariana.
Aprender quais os alimentos são utilizados, e como evitar a deficiência de micronutrientes .
3. Desenvolvimento 
3.1 Razões para ter uma Dieta Ovolactovegetariana 
De acordo com Couceiro, existem inúmeros motivos para se aderir à dieta do vegetarianismo. As razões para essa adoção de dieta incluem fatores racionais e emocionais. Muitos acreditam que uma dieta vegetariana seja mais saudável, outros alegam que há uma conexão entre a alimentação que se escolhe e o estado do meio ambiente, da fome no mundo e da economia. As razões mais comuns são: 
Saúde 
A saúde é a principal razão, fora do Brasil, pela qual as pessoas se tornam vegetarianas. Há um forte consenso de que a dieta vegetariana é mais saudável do que a dieta queinclui alimentos de origem animal. Durante os últimos 20 anos, estudos epidemiológicos têm documentado importantes e significativos benefícios do vegetarianismo, e outras dietas baseadas em alimentos vegetais, reduzindo o risco para muitas doenças crônicas não-transmissíveis, como também para o risco de mortalidade total (SABARE,2003)
Enquanto a ingestão de carne tem sido relacionada ao aumento do risco de uma gama de doenças crônicas não-transmissíveis, como doença isquêmica do coração e alguns cânceres, o abundante consumo de alimentos essenciais da dieta vegetariana, como frutas e hortaliças, leguminosas, alimentos não-refinados e nozes, tem sido consistentemente associado a um menor risco de contração dessas doenças e, em alguns casos, a um aumento da expectativa de vida(Key,1999)
Ética e direitos dos animais: 
Para muitas pessoas, o vegetarianismo é uma declaração contra violência e a crueldade. Essas pessoas afirmam que tirar a vida de outra criatura é fundamentalmente errado. Todos os anos, nos Estados Unidos, mais de sete bilhões de animais (com exceção dos peixes) são abatidos para serem usados na alimentação. No Brasil, segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira, cerca de 50% das pessoas se tornam vegetarianas por esse motivo (COURCEIRO et al., 2008)
Meio ambiente:
 Há uma reação sem precedentes de nossa sociedade com relação ao estado do meio ambiente. Para muitas pessoas, a decisão de tornar-se vegetariano é uma forma de reduzir ainda mais a destruição ao meio ambiente, já que a criação industrial de animais traz profundos impactos ambientais principalmente ligados ao desmatamento e à contaminação de mananciais aqüíferos, dentre outros; (COURCEIRO et al., 2008)
Fome: 
A fome mundial é um problema de proporções gigantescas. Quase um quarto da população do mundo não dispõe do suficiente para comer. Dentre esse número, de 40 a 60 milhões de pessoas morrem de fome ou de doenças relacionadas todos os anos. Muitos dos que optam por uma dieta vegetariana o fazem para contribuir de alguma forma com a redução da fome mundial, já que para cada quilograma de carne produzida são necessários cinco de grãos. ( COURCEIRO et al., 2008)
 Economia: 
Boa parte da população mundial subsiste com dietas vegetarianas, ou quase vegetarianas, simplesmente porque não pode comprar carne. 
A economia pode moldar as decisões políticas e ditar a escolha dos alimentos. Para alguns, a economia é outra força que os compele a adotar uma dieta vegetariana (COURCEIRO et al., 2008)
 Religião: 
Embora seja importante mencionar a religião como uma razão pela qual as pessoas se tornam vegetarianas, na maioria dos casos, os motivos que levam uma instituição religiosa a recomendar esse regime alimentar baseiam-se em questões de Saúde ou na crença de que matar é estritamente errado. ( COURCEIRO et al., 2008)
3.2 O que é uma dieta Ovolactovegetariana ?
Segundo Couceiro Os padrões alimentares dos vegetarianos variam de maneira considerável. A alimentação dos ovolactovegetariana é baseada em cereais, leguminosas, hortaliças, frutas, amêndoas e castanhas, laticínios e ovos e exclui carne, peixe e aves.
No cardápio da dieta ovolactovegetariana estão permitidos todos os alimentos de origem vegetal, como os cereais, farelos, flocos, grãos, legumes e frutas, e alimentos com ovos, leites e derivados
No entanto, esse tipo de vegetariano consome diversos outros alimentos, incluindo ovos, laticínios (leite, queijos, iogurte e outros) e mel, além de produtos que não são de origem animal, como todos os vegetais, algas e fungos.
3.3 Pirâmide alimentar vegetariana 
A primeira pirâmide alimentar foi elaborada pelo Departamento de Agricultura Norte-americano em 1916 e tinha como objetivo orientar sobre uma alimentação equilibrada e saudável. No entanto, esta não apresentava informações suficientes para o planejamento de dietas vegetarianas (COUCEIRO et al, 2008). Com o passar dos anos, foram desenvolvidos instrumentos para o planejamento de refeições para os vegetarianos. Um desses instrumentos é o guia vegetariano que foi criado pela Universidade de Loma Linda, na Califórnia (figura 1) (SABATÉ, 2001). 
A pirâmide é composta por nove grupos alimentares. Os cinco maiores grupos que são os cereais integrais, leguminosas, hortaliças, frutas e oleaginosas, formam a base da pirâmide e são característicos da alimentação vegana. No topo, os quatro últimos grupos que são opcionais para o consumo, são óleos vegetais, laticínios, ovos e doces, além de recomendar atividade física, ingestão de água, exposição ao sol e suplementação de vitaminas B12 (SABATÉ, 2001).
Figura 1. Guia alimentar da alimentação vegetariana
Tanto vegetarianos quanto não vegetarianos devem conhecer os grupos de alimentos e aprender a combiná-los para a melhor obtenção de nutrientes. Os grupos alimentares podem ser divididos em:
CEREAIS - arroz, trigo, centeio, milho, aveia, quinua, amaranto e produtos feitos com eles, como pães, massas de tortas, macarrão etc.
LEGUMINOSAS - todas as variedades de feijões, grão-de-bico, soja (de preferência, na forma de tofu), lentilhas, ervilhas, favas e assemelhados.
OLEAGINOSAS - nozes, amêndoas, castanhas, pistache, macadâmia e sementes (girassol, abóbora, gergelim, linhaça etc). 
AMILÁCEOS - inhame, batata, cará, mandioca, batata doce e outros. 
LEGUMES - abobrinha, chuchu, pimentão, berinjela, cogumelos etc. 
VERDURAS - couve, rúcula, agrião, brócolis, mostarda, escarola, alface, taioba, algas e muitas outras.
FRUTAS - caqui, banana, manga, maçã, pera, figo, uva, melancia etc. 
ÓLEOS - azeite de oliva e óleos de soja, girassol, linhaça, entre outros. Na dieta equilibrada deve haver consumo diário de todos os grupos citados acima, sendo opcional o consumo de oleaginosas e amiláceos.
3.4 O que substitui a carne ?
 
As leguminosas são ideias para se fazer a troca pela carne,, isso inclui grão-de-bico, ervilhas, lentilhas, favas, soja e todos os tipos de feijão. Por serem mais nutritivas e ricas em proteínas, são escolhas mais adequadas do que a PVT (proteína vegetal texturizada, conhecida como “carne de soja”). Não é obrigatório o consumo da soja como muitos acreditam. Qualquer feijão é um substituto para o consumo das carnes. O tofu entra como parte do grupo dos feijões, por ser derivado da soja. Ele é uma boa opção, pelo seu alto teor de proteínas e por conter cálcio.
3.5 Benefícios da dieta Ovolactovegetariana
Durante as últimas décadas, estudos epidemiológicos têm documentado importantes e significativos benefícios do vegetarianismo e de outras dietas baseadas em alimentos vegetais para a saúde humana (SABATÈ , 2003)
A literatura científica tem examinado diversos benefícios na prevenção ou tratamento de doenças crônico-degenerativas por meio da dieta vegetariana. Estudos mostram associações do vegetarianismo à pressão arterial ao controle de peso e a todas as causa de mortalidade (APPLEBY PN , 2002)
Sementes, cereais integrais e legumes fornecem grande variedade de fitoquímicos e antioxidantes que reduzem o risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, câncer (NEWBY PK,2005)
A principal vantagem são as vitaminas, fibras e outros nutrientes que uma dieta baseada em alimentos de origem vegetal pode oferecer. Tudo isso faz bem para a saúde e favorece não somente a perda de peso, como também previne o desenvolvimento de doenças cardiovasculares já que mantêm os níveis de gorduras sanguíneas baixos.
O risco elevado de câncer e doenças cardiovasculares em populações onívoras, em comparação aos vegetarianos, pode ser devido não só a um excesso de energia, ao total de gordura saturada e a outros nutrientes, mas também a uma deficiência ou ao consumo escasso de fitoquímicos e outros nutrientes encontrado nos vegetais. (COURCEIRO et al.,2008).
Há também estudos que mostram que o consumo de flavonóides e fitoquímicos oferecem proteção cardiovascular contra a agregação plaquetária e a coagulação do sangue (LIU, 2003; PEREZ et al, 2006).
Segundo a Academia de Nutrição e Dietética americana, o uso terapêutico de uma dieta vegetarianaé eficaz para tratar o excesso de peso e tem melhor desempenho que dietas onívoras (MELINA et al, 2016).
Observou-se que os valores de Índice de Massa Corporal (IMC) em vegetarianos foram mais baixos que em onívoros. Duas meta-análises mostraram os grupos que adotaram a dieta vegetariana teve uma perda de peso maior que os grupos que foram submetidos às dietas controles (BARNARD et al, 2015; HUANG et al, 2015).
O alto consumo de vegetais, frutas e uma dieta pobre em gorduras saturadas podem contribuir para o controle do peso corporal e do perfil metabólico (FRASER, 19 1999). Dietas ricas em vegetais estão relacionadas a uma redução de 35% nos níveis de colesterol LDL sérico (BRADBURY et al, 2014). 
Os benefícios da dieta vegetariana nas doenças crônicas estão associados ao tempo de adesão dessa dieta. Em longo prazo, vegetarianos apresentam menor índice de obesidade e doenças crônicas quando comparados aos onívoros (SZETO et al, 2004; BRATHWAITE et al, 2003).
Quando comparados com onívoros, os vegetarianos apresentam um risco menor de desenvolver diabetes tipo 2. (MELINA et al, 2016).
Segundo Yokoyama e col. , foram analisados seis estudos na qual a dieta vegetariana foi associada à melhora significativa dos níveis de hemoglobina glicada em pacientes diabéticos (YOKOYAMA et al, 2014)
Risco de câncer está aumentado nos onívoros devido ao excesso de energia, gordura saturada e colesterol e a carência ou consumo reduzido de fitoquímicos e outros nutrientes encontrados nos vegetais (COUCEIRO et al, 2008).
É observado que o consumo de carne vermelha processada é associado ao câncer colorretal. Houve uma redução de 25% no risco de câncer colorretal em vegetarianos devido a maior ingestão de fibras alimentares (BINGHAM et al, 2003)
Outro estudo aponta que mulheres vegetarianas apresentam um menor risco de câncer de mama. Dietas que tem como base o consumo de vegetais, frutas, grãos integrais e outras plantas, atuam na prevenção e controle do câncer mamário, reduzindo o impacto dessa patologia, em virtude dos compostos fitoquímicos que são excelentes agentes quimiopreventivos, e são encontrados frequentemente nesses alimentos (THOMSON et al, 2002).
Frutas e vegetais ricos em vitamina C e fibras exercem papel protetor contra o câncer de pulmão e no trato gastrointestinal, já frutas ricas em licopeno, agem contra o câncer de próstata (EUA, 2007). As fibras estimulam o trânsito intestinal fazendo com que as paredes do cólon não fiquem por muito tempo expostas às substâncias causadoras de câncer (WHITNEY et al, 2008).
3.6 Existem risco na dieta Ovolactovegetariana?
Couceiro, Slywitch & Lenz demonstraram em artigos que os vegetarianos que ingerem ovos e/ou laticínios regularmente podem atingir os valores de referência de vitamina B12. 
Portanto uma dieta ovolactovegetariana não é, necessariamente, deficiente em nutrientes. Contudo é necessário atenção especial em micronutrientes no planejamento da alimentação dos adeptos ao vegetarianismo.
3.7 A importância do acompanhamento nutricional
O profissional nutricionista tem papel fundamental no apoio aos pacientes: para controle do planejamento de dietas vegetarianas, para auxiliar aqueles que desejam adotar tal prática dietética; para algum caso clínico específico, além da possibilidade da clientela procurar o profissional devido a problemas ligados a más opções alimentares. (WINCKLER,2004).
As diversas razões para a adesão ao vegetarianismo e a variação do padrão alimentar entre os vegetarianos configuram-se como alguns dos aspectos importantes a serem considerados por um profissional da Saúde quando responsável pela orientação dietética do indivíduo. Isso aponta para a necessidade de uma abordagem criteriosa e individual a fim de direcionar o indivíduo a um consumo dietético equilibrado e saudável. (COUCEIRO et al, 2008).
4. Matérias e Métodos 
Os matérias utilizados neste trabalho foram pesquisas em artigos, livros e em site com Bireme e Scielo.
Utilizamos para a produção do cardápio a tabela TBCA.
5. Cardápio 
6. Conclusão 
Concluímos que a dieta ovolactovegetariana traz grandes benefícios nutricionais a saúde do indivíduo tais como, a baixa ingestão de gorduras saturadas, colesterol e a alta ingestão de carboidratos complexos, fibras dietéticas e antioxidantes. Essa dieta está associada a diminuição no risco de doenças cardiovasculares ,diabetes entre outros. Contudo , se faz necessária variações dos alimentos, para se evitar deficiências de vitamina B12, cálcio, ferro e zinco. 
Appleby PN, Davey GK, Key TJ. Hypertension and blood pressure among meat eaters, fish eaters, vegetarians and vegans in EPIC-Oxford. Public Health Nutr. 2002;5(5):645-54. 
 Newby PK, Tucker KL, Wolk A. Risk of overweight and obesity among semivegetarian, lactovegetarian, and vegan women. Am J Clin Nutr. 2005;81(6):1267-74.
Appleby PN, Key TJ, Thorogood M, Burr ML, Mann J. Mortality in British vegetarians. Public Health Nutr. 2002;5(1):29-36.

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