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Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes Me. Anderson Katsumi Miyatake Me. Bianca Burdini Mazzei Me. Paulo Pardo DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho, Pró- Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho, Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha, Direção de Operações Chrystiano Mincoff, Direção de Mercado Hilton Pereira, Direção de Polos Próprios James Prestes, Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida, Direção de Relacionamento Alessandra Baron, Gerência de Produção de Contéudo Juliano de Souza, Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo, Coordenador de Contéudo Alexandre Gimenes da Cruz,Projeto Gráfico e Editoração Jaime de Marchi Junior e José Jhonny Coelho, Designer Educacional Camila Zaguini, Revisão Textual Ana Caroline de Abreu e Yara Martins Dias, Ilustração André Onishi e Bruno Pardinho, Fotos Shutterstock e Istockphoto. NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050- 900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 “Promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, forman- do profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” Missão C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; MIYATAKE, Anderson Katsumi; MAZZEI, Bianca Burdini, PARDO, Paulo Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes. Anderson Katsumi Miyatake; Bianca Burdini Mazzei; Paulo Pardo Maringá-Pr.: Unicesumar, 2022. 158 p. “Graduação em Gastronomia - EaD”. 1. Gastronomia. 2. Hospitalar. 3. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-2241-4 CDD - 22ª Ed. 658 Impresso por: CIP - NBR 12899 - AACR/2 3 pa la vr a do re it or Reitor Wilson de Matos Silva 02511306 https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/17299 Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Comunidade do Conhecimento. Essa é a característica principal pela qual a UNICESUMAR tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, atemporal, global, demo- cratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais. De fato, as tecnologias de informação e comuni- cação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da educação por meio da conec- tividade via internet, do acesso wireless em diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. As redes sociais, os sites, blogs e os tablets acelera- ram a informação e a produção do conhecimento, que não reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em segundos. A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está disponível. Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, equipa- mentos e aplicações estão mudando a nossa cultura e transformando a todos nós. Priorizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância (EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos em infor- mações e interatividade. É um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. bo as -v in da s Pró-Reitor de EaD Willian V. K. de Matos Silva 5 bo as -v in da s Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou pro- fissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando opor- tunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transfor- mação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pe- dagógica, contribuindo no processo educacional, complementando sua formação profissional, desen- volvendo competências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de ma- neira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cresci- mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, as- sista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza- gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica. Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Diretoria de Graduação e Pós Kátia Solange Coelho Diretoria de Design Educacional Débora do Nascimento Leite Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes Ap re se nt aç ão d o Li vr o Professor Mestre Anderson Katsumi Miyatake Professora Mestre Bianca Burdini Mazzei Professor Mestre Paulo Pardo Olá, caro(a) acadêmico(a), é com enorme prazer que apresentamos a você o livro da dis- ciplina Empreendedorismo. Elaboramos com bastante cuidado para que você conheça uma parte do mundo do Empreendedorismo e tenha curiosidade para complementar os seus estudos. Sou o professor Anderson Katsumi Miyatake, graduado e mestre em Administração, na área de concentração de Empreendedorismo, Inovação e Mercado pela Universidade Estadual de Maringá – UEM, especialista em educação a distância, professor e pesquisador na área de Empreendedorismo, em que tenho muita paixão e interesse. Sou a professora Bianca Burdini Mazzei, graduada e mestre em Administração na área de concentração em Gestão de Negócios pela Universidade Estadual de Londrina – UEL, confesso que sou apaixonada pelo tema e muito interessada em contribuir para a sua formação empreendedora. Sou o professor Paulo Pardo, professor e pesquisador, mestre em Administração na área de Gestão e Sustentabilidade pela Universidade Estadual de Londrina – UEL, temas que estão totalmente alinhados ao Empreendedorismo, afinal, ao pensar em organizações, devemos pensar em como elas terão condições de se autossustentar nos aspectos econômicos, sociais e ambientais. Juntos, poderemos construir o conhecimento necessário para a sua formação empreendedora. O objetivo, ao escrever este livro, não foi apresentar um modelo pronto de em- preendedorismo e a receita de como obter sucesso. Isso ocorre porque não há certeza absoluta do sucesso, o mercado não funciona dessa maneira. Por isso, trataremos osdiversos assuntos que fazem parte do mundo do empreendedorismo voltado para a 7G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Gastronomia, promovendo reflexões, possibilidades e alguns caminhos que podem ser utilizados para aumentar as chances de sucesso na área. O principal componente é e continuará sendo o indivíduo que quer empreender, ou seja, o empenho e a dedicação na busca do conhecimento é o que fará a diferença em sua vida. Dessa forma, incentivamos você a fazer anotações das dúvidas e procurar a equipe de apoio da nossa instituição, realizar as atividades de autoestudo, participar dos fóruns e, também, do chat da aula ao vivo, ler este livro, assistir as aulas conceituais, explorar as indicações de leitura e pesquisar em diversas fontes a respeito do tema. Nosso livro é composto de três unidades em que procuramos apresentar alguns dos principais aspectos do Empreendedorismo na área da Gastronomia. Na unidade I, apresentaremos alguns pontos-chave para compreender essa área das Ciências Sociais Aplicadas. Vamos abordar algumas definições utilizadas nesse campo, para que você compreenda a abrangência, e isso será complementado ao apresentarmos os inúmeros campos de estudo e tipos de empreendedorismo existentes na área. Por fim, destacaremos o papel social e econômico do empreendedorismo, ou seja, os benefícios de indivíduos empreendedores em uma sociedade não só do ponto de vista da geração de renda, mas, também, em aspectos sociais. Na unidade II, são apresentados dois importantes aspectos que envolvem o Empreendedorismo: o empreendedor e a oportunidade. Elaboramos essa divisão para que você compreenda que nem tudo depende somente do empreendedor, mas de uma análise mais completa da oportunidade. Na primeira parte, apresentaremos caracterís- ticas e perfis dos empreendedores, não no intuito de criar um modelo ideal, porém são alguns atributos importantes para quem pretende empreender. Esse é um dos mitos ou falácias que existe a respeito do empreendedorismo e que abordaremos nessa unidade. Na segunda parte, o foco é explicar a oportunidade, pois o empreendedorismo ocorre por meio de ideias transformadas em algo concreto. No decorrer da unidade, apresen- taremos as fontes que inspiram novas ideias, o processo que o empreendedor percorre desde o momento que tem a ideia até quando obtém sucesso. Na unidade III, trataremos do Plano de Negócios (PN), que é uma importante ferra- menta de apoio ao empreendedor para analisar de forma mais consistente as próximas Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes ações ou para ajudar na elaboração dos primeiros passos do negócio. Abordaremos a definição, a importância, os principais interessados, as informações que não devem ser esquecidas e erros capitais na elaboração. Optamos por mostrar os tópicos genéricos que podem fazer parte de um Plano de Negócio, como o Sumário Executivo, que é uma parte essencial desse documento. Você também conhecerá a Análise Estratégica e a Análise de Mercado, pontos essenciais para embasar a elaboração das estratégias de cada área do negócio. Posteriormente, trataremos da elaboração do Plano de Marketing, Plano Operacional, Plano de Recursos Humanos e Plano Financeiro. Ao final do livro, esperamos que esteja preparado(a) para lidar com o instigante mundo do empreendedorismo, pois passaremos por aspectos essenciais. Buscamos oferecer uma visão abrangente para ajudar na sua formação. Esperamos, assim, que possa aproveitar bem as informações contidas no livro e que possa colocar em prática esses ensinamentos, fazendo as devidas adaptações conforme a situação. Com isso, esperamos despertar o espírito empreendedor e contribuir para que os negócios criados ou gerenciados por você possam obter sucesso. Bom estudo! SUMÁRIO UNIDADE 1 Introdução ao Empreendedorismo 15 Definindo Empreendedorismo e Empreendedor 21 Tipos de Empreendedorismo 35 O Papel Social e Econômico do Empreendedorismo UNIDADE 2 O Empreendedor e a Oportunidade 59 Características e Perfil do Empreendedor 67 Mitos sobre Empreendedores e Empreendedorismo 75 Oportunidade e Necessidade Empreendedora UNIDADE 3 Introdução ao Plano de Negócios 93 Compreendendo Plano de Negócios 103 Iniciando a Elaboração do Plano de Negócios 115 Partes do Plano de Negócio dica do chef habilidades Legendas de Ícones recapitulando saiba mais fatos e dados minicaso reflita Dica do Chef: dicas rápidas para complementar um conceito, detalhar procedimentos e proporcionar sugestões. Habilidades: elo entre as disciplinas do curso. Mão na massa: indicação de atividade prática. Fatos e Dados: complementação do conteúdo com informações relevantes ou acontecimentos. Minicaso: aplicação prática do conteúdo. Reflita: informações relevantes que proporcionam a reflexão de determinado conteúdo. . Recapitulando: síntese de determinado conteúdo, abordando principais conceitos. Saiba mais: Informações adicionais ao conteúdo. mão na massa Introdução ao Empreendedorismo ANDERSON KATSUMI MIYATAKE BIANCA BURDINI MAZZEI A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Definindo empreendedorismo e empreendedor. • Tipos de empreendedorismo. • O papel social e econômico do empreendedorismo. • Conceituar e contextualizar o empreendedorismo • Compreender os tipos de empreendedorismo • Estabelecer a importância socioeconômica do empreendedorismo Plano de Estudo Objetivos de Aprendizagem Introdução Seja muito bem-vindo(a) à primeira unidade do livro de Empreendedorismo. Nossa intenção é apresentar e conduzir você ao fascinante mundo do Empreendedorismo na Gastronomia. No decorrer da unidade, apresentaremos alguns conceitos que permitirão compreender a abran- gência, os mitos e as falácias que são ditas pelo senso comum e que nem sempre correspondem ao que é estudado pelos pesquisadores e praticado pelos empreendedores. Você entenderá que existem diversos tipos de empreendedorismo, ou seja, os empreende- dores podem iniciar a jornada nos negócios de diferentes formas e isso influencia a maneira como se percebe os negócios. Como no Brasil o número de empreendedores alcança o patamar de milhões, sendo que milhares obtêm sucesso nos negócios, é possível verificar a dificuldade em estabelecer um perfil ideal de empreendedor. Acreditamos que, com isso, poderemos des- mistificar a existência de um único perfil. Outro ponto bastante relevante da unidade é o papel social e econômico do empreende- dorismo. Isso acontece porque, como você verá ao longo deste material, ideias transformadas em produtos concretos e que tenham viabilidade transformam uma região, promovendo o movimento da economia, envolvendo as pessoas, os recursos e a sociedade. Levando em con- sideração que mais de 90% dos negócios são micro e pequenos, sendo que muitos atuam de forma local, é possível compreender a associação com o social e o econômico e a relevância dos empreendedores para uma região. Esperamos que você goste dos assuntos abordados nesta unidade e aproveite a disciplina da melhor forma. Vamos aos estudos! Boa leitura! 13 Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes 15G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Definindo Empreendedorismo e Empreendedor Seja muito bem-vindo(a) à primeira unidade. Esperamos que goste do nosso material que foi preparado com carinho, pensando em você. O empreendedorismo é uma área de estudos bastante abran- gente. De modo geral, é considerado erroneamente como abertura de empresas e algo que envolve muito dinheiro em negócios ino- vadores, ou, como alguns consideram, como sinônimo de plano de negócio. No decorrer do livro, abordaremos mais a respeito de mitos sobre o tema. Para você ter uma ideia, há diversas possibili- dades e perspectivas de compreender o assunto. Entre os campos de estudo, podemos estudar jovens, mulheres, mortalidade, em- preendedorismo social, cultura,além de outros existentes e novos temas emergentes, porque empreendedorismo estuda fenômenos sociais, o que faz surgir novas possibilidades de estudo, como, em- preendedorismo para pessoas com deficiência e, especificamente, para o seu curso, que é a Gastronomia. Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes Compreendida a abrangência da área, agora vamos apresentar a você alguns dos concei- tos utilizados para que conheça o que já foi e é abordado sobre o assunto. Primeiro, é essen- cial entender a origem da palavra. Conforme Dornelas (2005, p. 29), “a palavra empreende- dor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo”. Ou seja, o termo está ligado diretamente a alguém que realiza coisas diferentes, interme- diando o produto/serviço com os clientes, por isso, corre riscos nesse processo. Nós afirmamos que o empreendedor é aquele que possui uma ideia e a coloca em prática, seja sozinho ou com um conjunto de pessoas. Essa definição pode ser complementada conforme Lacombe e Heilborn (2008, p. 128): “pessoa que percebe oportunidades de oferecer no mercado novos produtos, serviços e processos e tem cora- gem para assumir riscos e habilidades”. O empreendedorismo vem crescendo nos últimos anos e tem sido criado um ecossis- tema para apoio e fortalecimento de iniciati- vas empreendedoras. Um estudo feito pelo Sebrae (2013) realizou um mapeamento para conhecer centros de empreendedo- rismo no país e os dados mostraram que existem 33 centros espalhados pelo Brasil, a maioria presente no Sudeste, sendo que a nossa instituição está na lista. Os grupos têm, em média, 3,6 anos, enquanto nos Estados Unidos a média é de 14 anos com 108 cen- tros. Com isso, podemos perceber que o país ainda tem muito campo para criar e incen- tivar centros de empreendedorismo para produzir um ecossistema empreendedor. Fonte: Hashimoto (2013, online). O empreendedor é aquele que assume responsa- bilidade e tem iniciativa para buscar algo diferen- te, seja uma invenção ou aperfeiçoamento de um produto. Vale ressaltar que o empreendedor pode ter a ideia e transformar um negócio sozinho ou também com a ajuda de mais pessoas. Ainda nesta unidade, abordaremos com mais detalhes o empre- endedor, apresentando os seus tipos, e também, na próxima unidade, explanaremos a respeito do perfil e das características do empreendedor. 17G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Os conceitos mais utilizados nos dias atuais focalizam a abordagem para as oportunidades, como veremos adiante. Dessa forma, o foco mudou e as características foram deixadas para segundo plano. Não estamos querendo dizer que são irrelevantes os estudos, mas que somente as características do empreendedor não devem ser consideradas como elementos importantes. Para exemplificar essa explicação, apresenta- mos um conceito clássico dessa abordagem apre- sentada por Baron e Shane (2010, p. 6), com base em um artigo de Shane e Venkataraman (2000): Empreendedorismo, como uma área de negócios, busca entender como surgem as oportunidades para criar algo novo (produtos ou serviços, mercados, pro- cessos de produção ou matérias-primas, formas de organizar as tecnologias); como são descobertas ou criadas por indivíduos específicos que, a seguir, usam meios diversos para explorar ou desenvolver coisas novas. Alguns pontos interessantes que podemos ana- lisar desse conceito é que ele não menciona ca- racterísticas do empreendedor. Depois, trata a área como negócio e isso se justifica porque o empreendedor tem que propor iniciativas que tenham viabilidade comercial, principalmente em um sistema de mercado em que o retorno financeiro é importante. Na área social, somen- te o lucro não é levado em consideração, mas fundações e associações também funcionam como negócios. Segundo esse conceito apresentado pelos autores, envolvem-se diferentes formas de empreender, como produtos, serviços, mercados, processos de produção ou matérias-primas e formas de organi- zar a tecnologia. Isso representa as possibilidades que os empreendedores podem ter quando empre- endem, seja nos negócios próprios ou de terceiros. Outro ponto relevante é apresentar que os indivíduos descobrem ou criam oportuni- dades de negócio e isso é importante porque nem todos compreendem o ambiente da mesma forma. Para exemplificar, em um cenário de crise econômica, determinada pessoa considera como improvável empreender e outra pessoa abre um negócio e obtém sucesso ao explorar uma possi- bilidade que ninguém considerou no momento. O último ponto é que, a partir da descoberta de uma ideia que possa ser transformada em coisas concretas de sucesso, os empreendedores utilizam meios diversos, como os recursos, a rede de contatos, o conhecimento que possuem e que vão buscar para explorar novas atividades que não fizeram até o momento. Como o empreendedorismo estuda fenôme- nos sociais que constantemente se modificam, uma abordagem única não seria suficiente para considerar todos os elementos. Vamos partir do pressuposto de que o empreendedorismo só é possível por meio de oportunidades, como consideram Shane e Venkataraman (2000). Isso porque é mediante uma oportunidade que o empreendedor coloca em prática uma novidade. Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes Uma ideia precisa de viabilidade comercial para ser transformada em oportunidade. Nos negócios, um ou mais indivíduos com uma ideia agem para combinar recursos e gerar uma oportunidade lucrativa. Fonte: os autores. Para sintetizar essa perspectiva, uma citação de Read et al. (2011, p. 17-18) é bastante pertinen- te para compreendermos uma oportunidade. Ideia = alguma coisa + você. Oportunidade = ideia + ação. Ação = função (interação) do dinheiro, produto e parceiros. Viabilidade = oportunidade + comprometimento. Dessa forma, uma oportunidade depende de uma ideia e ação dos indivíduos. Para que ocorra essa ação, são necessários recursos e comprome- timento dessas pessoas para tornar algo viável. Para Dornelas (2005), o momento atual pode ser chamado de “a era do empreendedo- rismo”, pois são os empreendedores que estão renovando conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e gerando riqueza para a sociedade. Por isso, torna-se relevante compre- ender as características do empreendedorismo para que você seja um empreendedor e possa contribuir com iniciativas empreendedoras. Apesar de a citação ser antiga, o contexto é atual, porque foram desenvolvidas novas pos- sibilidades de negócios, formas de apoio aos negócios e ampliação das formas de apoiar as organizações, como veremos mais para frente. Com isso, se você está com a ideia de abrir um negócio, tem muito mais possibilidade de dar certo, mas também pode ser que não seja bem sucedido, porque dependerá da forma como planejar, organizar e aplicar os recursos. Esperamos que você tenha compreendido o que significa empreendedorismo, que é uma área com muita prática, porém é necessário com- preender um pouco de teoria para saber explicar e praticar ações empreendedoras. A seguir, explicaremos os tipos de empreen- dedores para que você aprofunde mais os seus conhecimentos nesse processo tão dinâmico que é o empreendedorismo. 19G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Leia as histórias e verifique se os casos são exemplos de empreendedorismo. Primeiro caso Marcio sempre foi uma pessoa muito criativa que gostava de novidades. Fez uma graduação em Gastronomia e, logo quando iniciou o curso superior, conseguiu um estágio em um restaurante. Assim, adquiriu experiência e começou a se destacar. Depois de formado, ele optou por ter o próprio restaurante no centro da cidade. Segundo caso Cassiana sempre pensava em ideias diferentes e como poderia contribuir com os chefs das empresasque trabalhou. Era considerada uma pessoa acima da média, porém não tinha costume de compartilhar suas receitas com os chefs porque acreditava que ninguém iria ouvi-la. Por isso, escrevia-as e deixava guardadas em um caderno. O primeiro caso pode ser considerado como empreendedorismo, porque Marcio transformou uma ideia que tinha em algo concreto. O segundo exemplo não é empreendedorismo, porque Cassiana teve uma ideia, mas não seguiu adiante com planos concretos. Fonte: os autores. O Brasil é considerado um dos países com maior taxa de atividade empreendedora conforme o Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Nas pesquisas desenvolvidas por essa entidade, é possível notar uma mudança na característica do empreendedorismo brasileiro. Até início dos anos 2000, a maioria dos em- preendedores abria o negócio sem planejar por uma necessidade, como o desemprego. Com isso, o índice de mortalidade de empresas também era alto. A partir da segunda metade da mesma década, o panorama mudou e a maioria das empresas, hoje, é criada por oportunidade, ou seja, os indivíduos identificaram uma ideia e se prepararam para colocá-la em prática. Fonte: adaptado de GEM Brasil (IBPQ). Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes 21G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Tipos de Empreendedorismo Como mencionamos anteriormente, os empreendedores podem se inserir no mundo do empreendedorismo de diferentes manei- ras. Dessa forma, podemos classificar algumas tipologias que nos ajudam a compreender a heterogeneidade. Conforme Dornelas (2007), os empreendedores podem ser classificados quanto aos seguintes tipos: Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes EMPREENDEDOR NATO (MITOLÓGICO) Em sua maioria, são imigrantes ou filhos destes, são visionários, 100% comprometi- dos com seu sonho, otimistas, normalmente começaram do nada e cedo adquiriram ha- bilidade de negociação e venda. 1 EMPREENDEDOR SERIAL (CRIAR NOVOS NEGÓCIOS) É uma pessoa apaixonada por empreender, assim, não consegue estar à frente de seu negócio até que se torne uma grande corpo- ração, por isso, está sempre interessado em novos negócios. Sua maior habilidade é identi- ficar oportunidades e não descansar enquanto não conseguir viabilizar sua implementação. 3 EMPREENDEDOR QUE APRENDE (INESPERADO) É uma pessoa que, quando menos espera- va, descobriu uma oportunidade, então, ele mudou a vida e resolveu abrir o próprio negó- cio. Normalmente, demora a tomar a decisão de empreender e a se acostumar com ela. 2 EMPREENDEDOR SOCIAL Tem como missão de vida a construção de um mundo melhor para as pessoas. É um em- preendedor como os outros, com a diferença de não buscar construir um patrimônio pró- prio, mas prefere compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento humano. 5 EMPREENDEDOR POR NECESSIDADE Cria seu próprio negócio, porque não tem outra alternativa, está fora do mercado de trabalho e não resta outra opção a não ser trabalhar por conta própria. Praticamente não tem acesso à formação, ou recursos e a uma maneira estruturada de empreender, por isso, normalmente, trabalha na informa- lidade e de maneira pouco planejada, o que favorece o não sucesso do empreendimento. 6 EMPREENDEDOR CORPORATIVO São, geralmente, grandes executivos, assu- mem riscos e possuem grande habilidade de comunicação e negociação, já que quase sempre não possuem 100% de autonomia para a ação. Também chamados de intra- empreendedores, são indivíduos, em uma organização, que consideram algo podendo ser feito de modo diferente e melhor. Cabe às organizações criarem uma estrutura e um clima organizacional que explorem essas potencialidades. Todos os colaboradores podem fazer a diferença, entretanto é ne- cessário, por parte da organização, propor- cionar condições para que isso ocorra. Uma organização com indivíduos intraempreen- dedores estimula a cooperação, proporcio- na liberdade e autonomia para estimular a criatividade. 4 EMPREENDEDOR POR HERDEIRO (SUCESSÃO FAMILIAR) Herdam o negócio da família e, normalmente, aprendem cedo a ter responsabilidades e como o negócio funciona. Atualmente, a família tem se preocupado com a preparação do sucessor familiar e com a profissionalização da gestão. 7 EMPREENDEDOR “NORMAL” (PLANEJADO) Esse é o empreendedor que faz a lição de casa, buscando minimizar os riscos do negócio por meio do planejamento de suas ações. Como o planejamento tem sido um pré-requisito para os empreendedores com história de su- cesso, acredita-se ser normal a sua utilização, embora não seja o caso da maioria. 8 Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes É importante deixar claro que não há um melhor ou mais completo tipo, mas diferentes maneiras de empreender, cada um com suas particulari- dades e contextos próprios. Degen (2009) também considera que as franquias representam outra forma de empre- ender, pois ocorre a abertura de negócio, com auxílio e conhecimento de um franqueador que já possui uma marca conhecida no mercado. O sistema de franquia tem sido uma im- portante alternativa ao empreendedorismo. Conforme Ferreira et al. (2010), franchising é uma palavra de origem francesa que significa: fran – concessão de um privilégio ou de uma autorização. Atualmente, franchising refere-se à filiação a uma empresa líder mediante um contrato de prestação de serviços. Ainda ca- racteriza-se como um modo de organização em que uma empresa com um produto/serviço bem estabelecido no mercado (franqueador) licencia sua marca, sua tecnologia e sua forma de fazer negócios a outras empresas ou indivíduos (fran- queados), em troca de um direito de entrada e do recebimento de royalties. Outra explicação bastante consistente é a de Stanworth (2004 apud GIGLIOTTI, 2012, p. 5) e que optamos por fazer a citação na íntegra: Franchising é um negócio que essencialmente consiste de uma organização (o franqueador) com um pacote de negócio testado em mercado, centrado num produto ou serviço, entrando em um relacionamento contratual com franqueados, tipicamente pequenas firmas autofinanciadas e autogeridas, operando sob a marca registrada do franqueador para produzir e/ou comercializar bens e serviços de acordo com um formato especificado pelo franqueador. A legislação brasileira, que se pauta na lei 8995, de 1994, no artigo segundo, define tal tema da seguinte forma: Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição ex- clusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implan- tação e administração de negócios ou sistema operacional, desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante re- muneração direta; sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício (BRASIL, 1994). Pelo fato de o empreendedor se filiar a uma empresa com produtos e serviços já existentes, há uma parceria que deve ser bem solidificada, porque duas partes estão diretamente envolvi- das, o detentor do negócio e aquele que deseja a autorização para representar a empresa que, em troca, paga remuneração, sem que, necessa- riamente, exista vínculo empregatício. 25G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R De acordo com Ferreira et al. (2010), uma fran- quia, em geral, pode ser: • De produtos e marcas – o franqueador concede ao franqueado o direito/a obri- gação de comprar os seus produtos e utilizar a sua marca. • De negócios – o franqueador propor- ciona ao franqueado a “fórmula” para fazer o negócio, além de formação, trei- namento de colaboradores, publicidade e outras formas de assistência técnica e de marketing. Como consiste em um contrato de prestação de serviços, o sistema de franquias estabelece obri- gações tanto por parte do franqueado como do franqueador, conforme descrito no Quadro 01. Nosúltimos anos, as franquias têm sido boas oportunidades de negócios, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising. Em 2003, o faturamento era de 29 bilhões de reais e em 2014 atingiu praticamente 129 bilhões. O número de redes era 678 em 2003 e próximo a 3000 unidades em 2014, gerando mais de 1 milhão de em- pregos diretos. Há 23 franquias com selo de excelência na área de alimentação, res- taurantes e cafés com investimento entre R$ 30.000,00 a R$ 800.000,00. Fonte: Associação Brasileira de Franchising (2015, online). Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes Como se nota no Quadro 01, as franquias exigem responsabilidades de ambas as partes. Não é fácil franquear e nem ser franqueado, é um conjunto de responsabilidades que cada agente tem. Por parte do franqueador, é fundamental que tenha um produto ou serviço bem consolidado que possa ser replicado para outras regiões além de que possua estrutura para dar apoio aos franqueados com treina- mentos e manuais para que a franquia mante- nha a proposta. O franqueado, por outro lado, tem que cumprir todos os acordos acertados com o franqueador, investir o dinheiro e geren- ciar o negócio para recuperar o investimento e tornar a franquia lucrativa. Parece algo sim- ples, mas somente aquele que já passou pela experiência sabe como é. Por isso, enfatizamos a necessidade de parceria e transparência no relacionamento. Obrigações do Franqueador Obrigações do Franqueado • Testar o potencial de sucesso do negócio durante um período, de modo a mostrar que pode ser rentável imagem da marca. • Apresentar um negócio baseado em um know-how distintivo como uma vantagem competitiva diante da concorrência. • Transmitir o know-how aos franqueados por meio de manuais e programas de formação. • Administrar o negócio no dia a dia, selecionar a equipe de colaboradores, tomar decisões, desenvolver ações de comunicação e publicidade. • Realizar o investimento necessário. • Fazer o pagamentos acordados. • Cumprir as regras da rede sobre a formação de operação e garantir a uniformidade do serviço. Quadro 01: Obrigações do franqueado e do franqueador Fonte: adaptado de Santos (2002 apud FERREIRA et al., 2010). 27G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Uma franquia precisa ser bem estruturada para que possa crescer com consistência. Para enfatizar esse aspecto e na onda dos programas do tipo reality show, há um pro- grama chamado Virada de Mestre, que mostra como os processos dos franqueadores podem ser frágeis e precisam ser melhorados para que possam conseguir e manter bons resultados. Dentre os aspectos analisados por empresas específicas, está a gestão financeira, a estrutura do Marketing, a comunicação com os franqueados, o treinamento dos colaboradores, a escolha do público, a maximização do ponto comercial e a análise de informações geográficas. O comprometimento do franqueador ao tratar o negócio com seriedade é fundamental para lidar com as adversidades que surgem no gerenciamento do negócio. Ter uma pos- tura séria e gerência profissionalizada permite que a interação com os franqueados seja satisfatória, evitando uma séria de problemas. No ano de 2014, uma franqueadora que atua no segmento alimentício foi contemplada e, apesar dos bons resultados que obteve no decorrer do programa, o franqueador notou que muitos processos deixavam a desejar e que poderia comprometer o negócio. Assista ao programa que foi realizado em 2013 e 2014. Virada de Mestre 2013 Disponível em: <http://www.portaldofranchising.com.br/videos-do-franchising/area/ virada-de-mestre/>. Acesso em: 16 out. 2015. Virada de Mestre 2014 Disponível em: <http://www.viradademestre.com.br/videos>. Acesso em: 01 nov. 2015. Fonte: os autores. http://www.portaldofranchising.com.br/videos-do-franchising/area/virada-de-mestre/ http://www.portaldofranchising.com.br/videos-do-franchising/area/virada-de-mestre/ http://www.viradademestre.com.br/videos Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes Esse formato de negociação também prevê al- gumas vantagens e desvantagens tanto para o franqueado como para o franqueador. Primeiro, Vantagens Desvantagens Rapidez de expansão. Perda parcial do controle sobre os atos dos franqueados. Redução de custo: centralização das compras e de distribuição. Potencial de criação de concorrente. Maior participação no mercado, dado o crescimento da rede. Insuficiência nos serviços de abastecimento e consultoria, dada uma expansão acelerada. Maior cobertura geográfica, com o atendimento a clientes e mercados antes não exploradas. Seleção inadequada dos franqueados. Possibilidade de encontrar franqueados estimulados para maximizar as vendas reduzir os custos, para aumentar o lucro. Potencial menor de lucro, em comparação com o crescimento interno por meio de filiais. Gerar rendimento dos royalties e das taxas de franquia sem investir em novas instalações. Potenciais atritos com os franqueados, em particular quando violam termos do contrato. Acesso a ideias e sugestões. Quadro 02: Principais vantagens e desvantagens para o franqueador Fonte: adaptado de Santos (2002 apud FERREIRA et al., 2010). vamos abordar o lado do franqueador, conforme o Quadro 02. Nos últimos anos, tem sido comum os empreen- dedores franquearem os negócios para obtenção de lucro. Entretanto ressaltamos a relevância de ter um negócio pronto que já esteja dando certo no mercado para, a partir desse momento, pensar na possibilidade de franquear. Existe a necessida- de de dar a devida assessoria para que o franque- ado não acabe com a reputação do negócio e, para prestar o auxílio, o próprio franqueador precisa estar convicto do negócio, das dificuldades e do que pode ser feito para solucionar os problemas. 29G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Muito se fala sobre franquias como ótimas oportunidades de negócios, porém poucas notícias abordam o fechamento. Gigliotti (2012) afirma que o índice de mortalidade de empresas tradicio- nais no segundo ano é por volta de 42%, enquanto nas franquias esse número é de 17%, sendo que uma das justificativas é a falta de conhecimento e a franquia tem essas barreiras quanto aos consumidores, concorrentes, fornecedores e de gestão já conhecidas, podendo ajudar você a lidar com as dificuldades. Por isso, há a importância de buscar no franqueador um parceiro para que possa criar uma relação sustentável e lucrativa para ambos. Fonte: os autores. Vantagens Desvantagens Maior probabilidade de sucesso: adota um produto/serviço conhecido e testado no mercado e com uma rede e marca bem-sucedidas. Controle sobre as operações: auditorias frequentes e controle das vendas e do cumprimento de procedimentos e normas. Apoio Contínuo do franqueador: experiência de gestão, treino e consultoria. autonomia e criatividade limitadas: implementar modelo existente. Potencial de maiores lucros: se beneficia de economias de escala e de marca conhecida. Restrições no encerramento da atividade e na cessão/venda da propriedade. Proteção da concorrência de outros franqueados da mesma rede: direitos territoriais exclusivos. Custo do franchising pode ser mais elevado do que em um negócio independente. Permite aprender com as experiências de outros franqueados. Fraco desempenho de outros franqueados pode ter efeitos na reputação de toda a rede. Quadro 03: Principais vantagens e desvantagens para o franqueado Fonte: adaptado de Santos (2002 apud FERREIRA et al., 2010). Agora, vamos abordar as vantagens e desvantagens para o franqueado, conforme o Quadro 03. Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes Os candidatos ou aqueles que são franqueados possuem responsabilidades e precisam estar cientes. Ao assistir depoimentos de franquea- dores de sucesso, eles sempre comentam que o sucesso do negócio está na mão do franqueado em mais de 70%. Isso porque precisaassegurar que todos os processos pré, durante e pós-fun- cionamento da franquia funcionem diretamen- te, envolvendo processos logísticos, de recursos humanos, marketing e financeiros. Segundo Ferreira et al. (2010), o perfil do franqueado envolve os seguintes aspectos: • Aceitar que há um risco: a franquia não evita o risco, ainda que esse possa ser menor do que em um negócio independente. • Capacidade de iniciativa: a franquia não é uma fórmula que funciona sozinha, uma vez que as decisões do dia a dia de- terminam o sucesso ou o fracasso do franqueado. • Incentivar os colaboradores: cabe ao empreendedor estimular, liderar e criar ambiente de trabalho agradável. • Trabalhar com menos autonomia: ca- racterística mais marcante que diferen- cia o empreendedor independente do franqueado. Para ajudá-lo(a) a refletir sobre os principais pontos a serem avaliados por quem deseja ser um franqueado, apresentamos a seguinte tabela. 31G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Estrutura física É essencial saber o espaço físico necessário para as instalações bem como todas as especificidades para o funcionamento. Recursos financeiros Importante avaliar o investimento necessário para adquirir a autorização para abrir uma unidade franqueada. Recursos humanos O número de funcionários necessário para funcionar bem como as qualificações necessárias para exercer o cargo. Planejamento Mesmo sendo uma franquia, o cuidado com o planejamento é necessário. Para abrir uma unidade, precisa-se pensar bem e também após a abertura do negócio. Autoanálise pessoal Antes de pensar em ter um negócio para trabalhar menos ou pelo fato de a franquia ser mais fácil que uma empresa, tome cuidado. Você precisa avaliar se tem o perfil para empreender, se realmente está disposto a correr riscos e, no caso da franquia, se está preparado para seguir padrões impostos pelo franqueador, inibindo sua liberdade para criar ou implementar processos e atividades. Avaliação de mercado O momento das franquias é muito bom. Entretanto é interessante avaliar o tipo de segmento que se deseja abrir e conhecer a região para saber se existe potencial para o local. Retorno do investimento É claro que todo mundo deseja o retorno do investimento no menor tempo possível, até porque os valores investidos são altos. Entretanto é preciso saber a média de tempo e os esforços necessários para tal feito. Conhecimentos gerais e gerenciais Não importa o tipo de negócio, o conhecimento gerencial é fundamental. Conhecer um pouco de Marketing, Finanças, Produção e Recursos Humanos é essencial para gerenciar a unidade franqueada. Manuais de procedimentos Toda franquia tem procedimentos que devem ser seguidos, seja na operação, na parte financeira, no layout ou na forma de atender. Por isso, o franqueado deve analisar essas informações, porque, se é uma franquia, deve possuir manual de procedimento. Contatos da rede Conversar com franqueados da rede é importante para saber como realmente funciona o negócio e as exigências necessárias. Suporte e assessoria Cada rede de franquia oferece serviços diferenciados, como planejamento estratégico, treinamento de recursos humanos, assessoria em marketing, entre outros. Cabe ao candidato avaliar o que a franquia disponibiliza. Dedicação ao negócio A dedicação faz diferença em uma franquia. Se for somado a isso o conhecimento gerencial e habilidades interpessoais, as chances de sucesso aumentam. Processo seletivo O candidato a franqueado precisa conhecer os procedimentos necessários para ser selecionado. É importante coletar informações prévias e se adequar as etapas de instruções. Circular de Oferta de Franquia (COF) Toda franquia deve ter e disponibilizar antecipadamente ao interessado para que possa avaliar todas as informações, exigências e procedimentos para saber se está preparado e compatibilizado com as expectativas do franqueador. Filiação a ABF É comum as franquias serem filiadas com a Associação Brasileira de Franchising - ABF que costuma premiar as melhores franquias com um selo de excelência. Se não for associado, procure conhecer os motivos e as justificativas. Tabela 01: Pontos de reflexão para o franqueado Fonte: os autores. Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes As franquias têm sido utilizadas como importan- te forma de ampliação do negócio, uma vez que propiciam uma grande rede de atuação, sem im- plicar na concentração de esforços e de recursos para o empreendedor franqueador. E, para o em- preendedor franqueado, tem possibilitado maior segurança e conhecimento acerca do negócio As franquias são modelos atrativos para os jovens, porque se tratam de organizações com marca conhecida, apoio do empreen- dedor, troca de experiências com outros franqueados e franqueador. O mercado de franquias teve um salto de 398% no fatu- ramento de 2003 a 2013. A pouca experi- ência profissional pode ser compensada por um formato de negócio pronto para os jovens, porém os jovens não podem ser considerados como acomodados, mas como indivíduos que querem ter o negócio próprio e inovar. Convido você a ler a reportagem na íntegra sobre os jovens empreendedores acessan- do o link disponível em: <http://maringa. odiario.com/empregos/2015/04/franquias- -ganham-a-atencao-de-jovens-empreende- dores/1298563/>. Acesso em: 16 out. 2015. Fonte: adaptado de Bertola (2015, online). que se propõe a iniciar. Todavia é fundamental ter consciência das responsabilidades, das vantagens e das desvantagens desse tipo de negócio. Como você pode notar, não há um tipo de empreendedor. Diversas são as possibilidades de uma pessoa identificar uma ideia e transfor- mar em oportunidade de negócio. Demos uma atenção às franquias porque têm chamado a atenção, mas não precisa seguir esse formato como carreira, é possível apostar em outras possibilidades, visto que ambas possuem van- tagens e desvantagens. O mais importante é ser empreendedor conforme o seu estilo e ao seu ritmo, tomando as decisões conforme se sentir preparado para lidar com as consequências e superar as dificuldades que surgirão em diversas áreas, como a parte financeira, o marketing, a gestão de pessoas e o processo operacional. É fundamental estar preparado, porque, para me- lhorar o desempenho dos negócios, você precisa ter conhecimento. http://maringa.odiario.com/empregos/2015/04/franquias-ganham-a-atencao-de-jovens-empreendedores/1298563/ http://maringa.odiario.com/empregos/2015/04/franquias-ganham-a-atencao-de-jovens-empreendedores/1298563/ http://maringa.odiario.com/empregos/2015/04/franquias-ganham-a-atencao-de-jovens-empreendedores/1298563/ http://maringa.odiario.com/empregos/2015/04/franquias-ganham-a-atencao-de-jovens-empreendedores/1298563/ 33G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes 35G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R O Papel Social e Econômico do Empreendedorismo O empreendedorismo tem aparecido como um importante fator promotor do desenvolvimento local. No entanto é importante destacar a diferença entre os conceitos de crescimento econômico e desenvolvimento. O crescimento econômico se refere apenas a dados econômicos e quantitativos de uma determinada localidade. Assim, podem ser considerados como referências de crescimento econômico o aumento do PIB, a redução da inflação, a melhoria do poder aquisitivo da população, entre outros. Por outro lado, o conceito de desenvolvimento é mais amplo, pois envolve, além do crescimento econômico, os aspectos sociais e ambientais. Dessa forma, só é possível falar em desenvolvimento quando há ganhos quantitativos e qualitativos, como a qualidade de vida de uma população, a geração de trabalho e renda e os cuidados com o meio ambiente. Por isso, são muitos os benefícios gerados pelo empreendedorismo por meio da criação de novos negócios,como os apontados por Stoner e Freeman (1999): • Contribui para o crescimento econômico. • Promove ganhos com a produtividade, utilizando melhor os recursos produtivos. • Realiza investimentos em pesquisas e desenvolvimento, gerando novas tecnologias, produtos e serviços. Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes Também é importante destacar que os estu- dos sobre a evolução do empreendedorismo mostram grandes possibilidades de se trans- formarem na mola propulsora da integração do desenvolvimento regional e mundial como possível solução para os problemas econômi- cos, políticos e sociais (BARBOSA; BARBOSA, 2009). Para isso, a gestão dos negócios precisa se pautar sob uma conduta ética que se preocupa com seu entorno, formando redes e parcerias em prol das sociedades em que atuam as orga- nizações criadas, preocupando-se com todos os grupos que se relacionam e têm interesse no negócio em andamento (stakeholders). Para Mello Neto e Froes (2002), existe uma corrente que apresenta o empreendedorismo como estratégia de desenvolvimento local, pois tem as seguintes características: • O objetivo de difundir as políticas de desenvolvimento local por meio do empreendedorismo. • O foco no maior desenvolvimento econômico e social em nível local, cujo lócus são as agências e fóruns de desenvolvimento local. Além disso, conforme discute Dornelas (2005), é preciso estimular o empreendedorismo por oportunidade, de maneira a planejar adequa- damente a estrutura do negócio, reduzindo a possibilidade de riscos e aumentando a possi- bilidade de sucesso de cada empreendimento. Assim, é possível gerar trabalho e renda e atuar por meio de uma conduta sustentavelmente comprometida. Vale destacar que a maior parte dos negó- cios é formada por micro e pequenos que geram grande parte dos empregos. Por isso, a relevân- cia de iniciativas e práticas empreendedoras para o desenvolvimento das regiões, porque impac- tam social e economicamente. É importante o papel deles, uma vez que geram trabalho e renda para os colaboradores e é o meio de subsistência dos empreendedores. Quando saímos de casa, em todos os locais ao redor, vemos pequenos negócios. É necessário estar atento a esses em- preendimentos que, mesmo com dificuldades e ainda falta de preparo adequado, superam inúmeros obstáculos e são responsáveis pelo desenvolvimento do país. Julien (2010) considera que deve existir o olhar mais voltado ao local, pois é importante incentivar o desenvolvimento da região e o atendimento de demandas locais. Se a região não oferece condições propícias, os empreen- dedores locais terão dificuldade em manter o negócio aberto e outras possíveis organizações migrarão para outro local, comprometendo o futuro da região. Se a região for mais dinâmica e ter mais opções, pode abrigar essas entidades. O empreendedorismo se torna importante para qualquer local, porque não tem impacto apenas sobre a empresa, mas também sobre o mercado, o meio e a sociedade. 37G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Luís Carlos mora em uma cidade grande, sempre estava na correria e não conseguia se alimentar adequadamente. Ele percebeu que é a realidade de muitas pessoas e resolveu trocar o emprego por um negócio. O modelo de negócio é interessante porque o cliente fechava um pacote em que teria café da manhã, almoço, café da tarde e jantar preparados por uma equipe de profissionais especializados. O cliente fazia cadastro e consulta para estabelecer a refeição mais adequada. Durante a semana, a pessoa poderia optar por entrega no próprio local, retirar na empresa ou também comer nas instalações da empresa. A prefeitura estava preocupada com os altos índices de pessoas obesas e com problemas de saúde e começou a incentivar a criação desses tipos de negócios para melhorar a qualidade de vida da alimentação. Logo, a quantidade de pessoas doentes diminuiu e a procura por serviços de saúde também, permitindo que a fila de espera por consulta praticamente não existisse e, assim, o prefeito pôde direcionar recursos para a área da educação. Fonte: os autores. Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes Conforme descrito anteriormente, vivemos na era do empreendedorismo. Hoje, existem possibilidades que estão mais acessíveis a nós. De acordo com Degen (2009), o empreendedo- rismo pode ser considerado como uma carreira, ao empreendermos no setor de agronegócio, construção, consultoria, franquias, hospitali- dade, manufatura, serviços, serviços profissio- nais, terceirização, varejo, comércio eletrônico, vendas, adquirindo negócio. Podemos acres- centar que isso se dá tanto naquele indivíduo que empreende como também naquele que intraempreende. A situação para o empreendedorismo no Brasil, hoje, é mais favorável porque existem organizações como o SEBRAE, a Endeavor, além de iniciativas públicas e privadas que incentivam e promovem iniciativas empreendedoras. A situação ainda está longe de ser ideal, mas o acesso ao crédito, hoje, é mais fácil e existem diferentes modalidades e valores à disposição. Existem entidades como incubadoras, aceleradoras, empresas juniores, além de con- sultores e mentores que auxiliam os empreen- dedores no desenvolvimento do negócio. Para buscar financiamento, além das tradicionais linhas de crédito, encontramos financiamen- to coletivo e anjos. Vamos explicar de forma sucinta cada um dos tipos de entidades para que você conheça e saiba qual recorrer quando tiver o seu negócio. O SEBRAE é uma entidade que atende micro e pequenos empreendedores. Ao longo dos anos, vem ganhando relevância no cená- rio nacional porque estão atendendo com mais efetividade os pequenos negócios em diversas regiões. Procure uma unidade ou escritório de apoio na sua cidade. Também não deixe de consultar os materiais gra- tuitos que estão disponíveis em: <www. sebrae.com.br>. Acesso em: 26 out. 2015. Outra importante organização é a Endeavor que visa promover o empreendedorismo por meio de cursos, materiais e relatos. No site, é possível encontrar amplo repertório que o ajudará a se preparar para empre- ender. Acesse: <www.endeavor.org.br>. Acesso em: 26 out. 2015. Fonte: os autores. As incubadoras são organizações criadas para o desenvolvimento dos negócios. Com uma equipe especializada, essas entidades propor- cionam a ajuda necessária para o produto e o empreendedor amadurecer no início das ativi- dades. Dolabela (2006) considera que pode ser chamada de fábrica de empresa porque propor- ciona suporte às pessoas para transformar pro- jetos em produtos concretos. Dornelas (2005) http://www.sebrae.com.br http://www.sebrae.com.br http://www.endeavor.org.br 39G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R afirma que essas organizações são mantidas por entidades governamentais, universidades, grupos comunitários, entre outros, proporcio- nando suporte e orientação prática. Nos dias atuais, as incubadoras atuam em vários setores, desde a área tecnológica, agroindústria, confec- ção, cultural, social, cooperativa, rural, entre outras. Fornecendo instalações físicas e serviços a preços subsidiados, em sua maioria, permite durante cerca de dois anos que o empreende- dor formate o negócio e esteja precavido para enfrentar um período muito crítico que são os primeiros anos no mercado. A proposta da aceleradora é, em pouco tempo, proporcionar todo o conhecimento do mercado necessário para que as empresas comecem a ter o retorno do investimento, ala- vancando a proposta do negócio, por isso, a metodologia é diferenciada. Não é necessário enviar Plano de Negócio para participar, mas ter um modelo de negócio claro. As acelera- doras são formadas por empreendedores ou especialistas de negócios que investem nos empreendimentos e, em troca, tornam-se acionistas da empresa. Comoessas pessoas possuem experiência com negócios e o capi- tal é privado, possuem mais liberdade para elaborar formas próprias de diálogo com os empreendedores. As parcerias de negócios são fundamentais e cada aceleradora tem propos- tas específicas para a maturação de o negócio ocorrer de forma rápida. De acordo com Spina (2013), se a empresa pre- cisa de mais tempo para crescer e não necessita de investimentos, a incubadora poder ser uma opção mais viável. Caso contrário, uma acele- radora é mais recomendada. Ainda destaca que pode haver uma combinação das duas, ou seja, começar pela incubadora e, depois, partir para aceleradora ou vice-versa, todavia é necessário fazer uma análise para investigar se o perfil da incubadora e da aceleradora está alinhado com a estratégia do negócio. É comum as pessoas confundirem a atuação dos dois tipos de organizações. Por isso, utilizamos a abordagem de Matos (2013) para explicar as diferenças. Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes Podemos perceber que as incubadoras têm um perfil mais voltado à maturação do negócio, fornecendo todo tipo de infraestrutura em troca de taxas acessíveis, enquanto as aceleradoras são voltadas a investir dinheiro para ajudar negó- cios com alto potencial de retorno em troca de participação na empresa. As empresas juniores são, de acordo com a Federação das Empresas Juniores do Estado do Paraná – FEJEPAR (2015, online), como uma as- sociação civil, sem fins econômicos, constituída e gerida exclusivamente por alunos de graduação de estabelecimentos de ensino superior, que prestam serviços e desenvolvem projetos para empresas, entidades e sociedade em geral, nas suas áreas de atuação, sob a orientação de pro- fessores e profissionais especializados. Incubadora Aceleradora Modelo de negócio Sem fins lucrativos, mantida por outras instituições Com fins lucrativos, mantida por investidores privados que esperam ganhar dinheiro com o retorno da venda das ações das empresas apoiadas Oferta de serviços Focada em infraestrutura e espaço físico Focada na gestão do negocio, mentoria e networking Tempo de apoio 1 a 3 anos 4 a 6 meses Investimento Não investe capital no negócio Investe capital inicial no negócio, de R$ 20 mil a R$ 100, em geral Contrapartidas Pagamento de taxas, geralmente subsidiadas, pela empresa incubada Cessão de um percentual de participação acionária da empresa para a aceleração Processo seletivo Normalmente, com pouca competição Muito concorrido Quadro 04: Diferenças entre incubadora e aceleradora Fonte: Matos (2013). Outra forma de ajudar as organizações é o financiamento coletivo, uma forma que tem expandido no Brasil, em que o objetivo é con- tribuir para que terceiros possam realizar os projetos. O termo em inglês utilizado é crow- dfunding e, por meio da internet, as pessoas arrecadam recursos para negócios, atividades filantrópicas, viagens, entre outros. É uma maneira acessível de pessoas, como artistas, ativistas, empreendedores, dentre outras, ar- recadarem fundos para realizarem os objetivos que tenham. Um aspecto interessante é que qualquer pessoa pode contribuir para os proje- tos que consideram mais interessantes e ainda recebe recompensas pela ajuda, as quais podem ser prêmios, brindes, inclusão do nome, como patrocinador, dentre outros. 41G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Os anjos são, geralmente, empreendedores que apostam em novas ideias, fornecendo recursos em troca de participação no negócio. Além do fato do apoio financeiro, que varia de R$ 50 mil a R$ 1 milhão, segundo Moreira (2015), o investidor anjo visa orientar o empreendedor, contribuindo na formatação do modelo de negócio. Por isso, é muito Você pode, a qualquer momento, optar pelo financiamento coletivo. Se preten- de abrir um negócio, realizar um projeto social para levar comida para pessoas com necessidades, criar campanhas de cons- cientização de boas práticas ou mesmo a importância da alimentação saudável, escrever um livro de receitas, saiba que é possível, utilizando esses sites. Com uma boa ideia e divulgação, conseguirá os re- cursos necessários para realizar os sonhos. Acesse o site para ver um exemplo de pro- jeto na área: <http://www.kickante.com.br/ gastronomia>. Acesso em: 26 out. 2015. Conheça uma plataforma, cujo objetivo é estimular a criação de restaurantes, por meio do link disponível em: <http://www. gastronomiaycia.com/2014/10/31/pla- taforma-de-crowdfunding-para-montar- -restaurantes/>. Acesso em: 26 out. 2015. Fonte: os autores. importante procurar aqueles que tenham a mesma proposta que a sua e queiram orientá-lo(a), para que o negócio obtenha resultado positivo, ou seja, não busque apenas um investidor, mas um parceiro. De acordo com Botelho (2015, online), os investidores anjo são formados por pessoas físicas que investem recursos em ideias de negócios com possibilidades de crescimento e, em troca, tornam-se sócios mino- ritários, geralmente 10 a 20%. Os anjos investem quando os negócios estão em processo de forma- ção. Por isso, escolhem empreendedores que não estejam muito distantes, para que possam fazer o acompanhamento mais de perto. Esses tipos de organizações são relevantes para aumentar as chances de sucesso dos negócios e, como afirmamos anteriormente, quanto mais os negócios prosperam, melhor para a região. Para que você esteja mais preparado, vamos apresentar as principais causas de mortalidade nos negócios. Os fatores de mortalidade podem ser altera- dos conforme a região em que você está. Existem diversos pesquisadores e entidades que fazem o mapeamento local, por isso a dificuldade em generalizar em um país tão grande e diversifi- cado como é o Brasil. Outro aspecto que pode indicar mudanças nos índices de mortalidade é o setor de negócio (comércio, indústria e servi- ço), sendo que, em uma região, pode nem haver indústrias, por exemplo, então não há como ter mortalidade. O que fizemos foi levantar as causas de forma geral para que você conheça o que tem feito os negócios fecharem. http://www.kickante.com.br/gastronomia http://www.kickante.com.br/gastronomia http://www.gastronomiaycia.com/2014/10/31/plataforma-de-crowdfunding-para-montar-restaurantes/ http://www.gastronomiaycia.com/2014/10/31/plataforma-de-crowdfunding-para-montar-restaurantes/ http://www.gastronomiaycia.com/2014/10/31/plataforma-de-crowdfunding-para-montar-restaurantes/ http://www.gastronomiaycia.com/2014/10/31/plataforma-de-crowdfunding-para-montar-restaurantes/ Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes A taxa de mortalidade vem diminuindo nos últimos 10 anos e, em julho de 2013, a so- brevivência chegou a 76%. Há dez anos, esse índice era de 50%. A atual taxa mostra uma melhor capacidade das micro e pequenas empresas para superar dificuldades nos primeiros dois anos do negócio. Nesse período inicial, a empresa ainda não é conhecida no mercado, não possui carteira de clientes e, muitas vezes, os empreendedores ainda têm pouca experiência em gestão. É o período mais crítico porque a empresa está se lançando no mercado e, muitas vezes, o empreendedor não tem experiência na gestão de um negó- cio, mas qualquer taxa de sobrevivência acima de 70% já pode ser considerada positiva. Fonte: Fenacon (2015). De forma geral, conforme aponta o Sebrae (2014), as principais causas de mortalidade são: a falta de planejamento prévio, gestão empresarial ineficiente e comportamento empreendedor inadequado. No que se refere ao planejamento prévio, 46% não sabiam o número de clientes e os hábitos de consumo, 39% não sabiam o capital de giro inicial e 38% não sabiam o número de concorrentes que teriam. Em relação à gestão empresarial, os negócios que fecham prematuramente se preocupavam em menor grau, se comparados às empresas que se mantêm abertas, sendo os aspectosmais preocupantes: a falta de investimento em propaganda e divulgação, acompanhar as estratégias dos concorrentes, investir continuamente em capacitação e rever e atualizar o plano de negócio (quando existente). No aspecto comportamento empreendedor, concluiu-se que os negócios que fecham tinham como características o fato de o empreendedor pouco se antecipar aos fatos, não buscar intensamente informações e evitar enfrentar riscos. Fonte: adaptado de Sebrae (2014). 43G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R O cuidado para expor os motivos de mor- talidade tem uma justificativa. De acordo com o site Empresômetro, temos, no Brasil, mais de 200 atividades econômicas que compõem 18 milhões de empresas. Como nosso país tem uma extensão territorial grande e muita diversidade, nem sempre conseguimos generalizar as informações e apontar um fator como preponderante. Os aspectos que influenciam as estatísticas são a metodologia utilizada, a amostra, o local, a atividade econômica e o perfil da empresa. Fonte: os autores. Para conhecer dados atualizados da sua região, procure instituições ou programas locais de in- centivo ao empreendedorismo que podem passar dados mais concretos e atualizados. A Associação Comercial do município, o Sebrae, instituições de ensino superior, programas locais de incentivo ao empreendedorismo possuem informações mais detalhadas das características da sua região. A seguir, vamos apresentar as causas mais encon- tradas nos estudos de mortalidade. • Condições do mercado desfavoráveis – um dos pontos que deve ser analisado pelo empreendedor é o mercado. Não adianta tentar empreender em locais des- favoráveis ou mesmo quando o produto está em declínio. Um exemplo simples é tentar abrir um negócio envolvendo máquina de escrever. Insistir não é algo recomendado, no ambiente de negócios, é difícil dizer impossível, mas há muitas outras possibilidades em empreender, como em aplicativos de celular. Outra forma de exemplificar é tentar imple- mentar um restaurante de alto padrão em pequenas cidades do interior. Não subestimando essas cidades que repre- sentam a grande maioria dos municípios brasileiros, mas, se o poder aquisitivo da população for baixo e houver pouco número de pessoas que seriam poten- ciais interessados na cidade e mesmo na região, fica difícil obter retorno. • Falta de conhecimento do mercado – para abrir e manter um negócio nos dias de hoje, é importante conhecer o mercado. Isso porque as mudanças acontecem de forma cada vez mais rápida e, se você não estiver preparado para agir, quando se deparar com o problema no nível operacional, ou seja, no caixa decrescente, pode ser muito tarde. Ainda mais se não houver um bom gerenciamento do fluxo de caixa, a situação se agravará ainda mais, aumentando as chances de o negócio fechar. Se para quem conhece o mercado Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes e tem recursos já está difícil, para os mi- croempreendedores que representam mais de 95% dos negócios no Brasil, que têm poucos recursos para investir e não podem se dar ao luxo de errar, a situação é bem pior. A falta de clientes no estabe- lecimento pode ser justamente pela falta de conhecimento do comportamento dos consumidores, seja na questão de hábitos, vitrines que atraem e práticas feitas pelos concorrentes e fornecedores. • Carência de legislações – apesar de al- gumas medidas nos últimos tempos, com a criação de secretarias municipais e estaduais, o MEI, o Supersimples, entre outros, a legislação brasileira possui inú- meras especificidades, o que dificulta a atuação das empresas. A carga tributária também é outro ponto que dificulta os empreendedores e que deve ser repen- sada pelo Poder Público. Os impostos são importantíssimos para serviços essenciais disponibilizados para a po- pulação e para manter a atual forma de governo que temos, mas o que poderia ser repensado é a forma de cobrança e a unificação de processos. A legislação também não regula ou não tem orienta- ções para inúmeras áreas, o que dificulta os empreendedores. Outro aspecto é que há muitas exigências em alguns setores, o que representa uma dificuldade a ser contornada. Essa complexidade leva a outro fator: o desconhecimento dos im- postos que são cobrados e o que pode ser feito dentro da legalidade para diminuir os valores recolhidos. • Incapacidade de pagamento – este é outro ponto bastante relevante e que deve ser bastante destacado, visto que é um problema financeiro. A incapacidade de pagamento é apenas um efeito da falta de controle do empreendedor, causado seja pela desorganização ou pela carência de conhecimento gerencial. O problema da incapacidade de pagamento ocorre quando existem mais despesas e gastos em comparação às receitas. Caso a situação seja sazonal, pode ocorrer por situações e momentos inesperados, mas, quando a situação perdura e leva ao fechamento do negócio, o problema é mais sério. A falta de receita ou o aumento dos valores que sai do negócio devem ser sinais de alerta quando começarem a ocorrer. A situação é diagnosticada no início, quando há o controle das finanças, e pode ser mudada. Outro ponto que deve ser analisado para evitar a incapacidade de pagamento é considerar que existem maus pagadores, ou seja, aqueles que atrasam os valores ou não pagam, seja por má-fé ou falta de condição financeira. O controle financeiro permitirá minimizar esse problema. 45G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes • Habilidades sociais – este é um ponto bas- tante sério, já que está relacionado ao tra- tamento com as pessoas. Cada vez mais as tecnologias estão disponíveis para todos e o que faz a diferença é o atendimento. O empreendedor tem todo o mérito de ter uma boa ideia e transformar em algo concreto, porém, se não souber tratar bem os colaboradores que fazem o negócio funcionar todo dia, executando tarefas administrativas e fazendo contato com os consumidores, haverá muitas queixas de ambos os públicos. É essencial também saber lidar com os consumidores, o que não é uma tarefa fácil, que exige paciência, firmeza e poder de negociação. Mesmo que não tenha realizado o planejamento, é ao público que deve atender, porque abriu um negócio e não tem sentido tratar mal. Outros agentes importantes são os forne- cedores, a mídia, o sindicato, os sócios e o Poder Público. Como os negócios são for- mados e gerenciados por pessoas, é funda- mental saber conviver com as diferenças humanas e com os diferentes interesses que cada agente tem no negócio. • Falta de qualificação e experiência dos gestores – aqueles que vão gerenciar o ne- gócio precisam estar capacitados. É muito difícil gerenciar um negócio se você não tem nenhuma informação e conhecimen- to na área. A experiência no negócio pode diminuir a falta de qualificação, mas, se não tiver nenhum dos dois, a situação será bem complicada. A acumulação de expe- riência pode se dar de diferentes formas: quando você trabalha como colaborador em uma empresa do ramo, a família pos- suir negócio, ser sócio em um negócio. • Subestimar a necessidade de plane- jamento – o planejamento serve para todos os tipos de negócios com todos os tamanhos. Isso porque a atividade de planejar consiste em pensar nos elemen- tos e a forma de interação, entre ambos, visando minimizar riscos. A ferramen- ta Plano de Negócio é importante para qualquer negócio, evitando erros, como ponto inadequado. • Não buscar orientação para os negócios – no início, é algo bastante importante para ajudar a superar principalmente os dois primeiros anos de negócio, os quais são considerados os mais críticos. Alguns dos principais pontos ressaltados nas pesquisas de mortalidadesão a falta de plane- jamento e controle financeiro. O primeiro exige conhecimentos na área de gestão e o segundo, de organização e disciplina. Ambos podem ser resolvidos com capacitação, seja a nível de ex- tensão, técnico ou superior, por isso, novamente ressaltamos a relevância de se preparar para abrir e gerenciar um negócio. 47G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R Ainda existem muitos negócios que começam sem preparação. Não podemos apenas culpar o empre- endedor, mas a falta de instrução e a necessidade de sobreviver são pontos importantes que devem ser levados em consideração. Por isso, a impor- tância de entidades que possam fornecer apoio para os negócios, haja vista que, para um país, é importante que os negócios prosperem sempre. O empreendedor tem relevância para uma sociedade. Por isso, precisa que exista um ecos- sistema favorável para empreender, porém não é só depender desse ambiente, ele também pode se adaptar por meio da capacitação para minimizar a chance de insucesso e fechamento prematuro do negócio. Conforme os dados do GEM (2014), encon- tramos que os jovens empreendedores, principalmente mulheres, estão empreen- dendo principalmente na faixa entre 25 e 34 anos. Em negócios que estão consolida- dos, encontramos mais homens na faixa a partir de 35 anos. Ainda conforme o GEM, encontramos nos negócios estabelecidos a maior parte das pessoas sem nenhuma educação ou sem concluir o ensino médio. Nos empreendedores iniciais, há um empate técnico entre pessoas que não concluíram o ensino médio com aqueles que não ter- minaram o ensino superior e que têm, pelo menos, uma graduação. Isso demonstra que as pessoas estão se preparando mais. Por isso, incentivamos você a não parar de es- tudar, ok? Não é por causa do diploma, mas pelo conhecimento que vai adquirir. Confira dados que são atualizados anual- mente acessando os estudos do GEM Brasil no link disponível em: <http://www.ibqp.org. br/gem>. Acesso em: 19 out. 2015. Fonte: adaptado de Gem (2014). Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes co ns id er aç õe s fi na is Parabéns! Você finalizou a primeira unidade! Vamos recapitular os assuntos tratados? Primeiro, apresentamos empreendedorismo para você compreender que é uma abordagem recente, mas que sempre existiu. Não queremos apenas teorizar empreendedorismo, contudo é importante para que você desvende equívocos e esteja mais preparado para empreender. Empreender é transformar uma ideia em oportunidade e isso ocorre de dife- rentes formas. Se você já é um(a) empreendedor(a) ou conhece alguém que é, saberá que existem muitas decisões a serem tomadas, obstáculos e interferên- cias que exigem pensamento rápido e capacidade de improvisação. Isso é uma realidade, porque, se não souber lidar com as diferentes variáveis que surgem por conta dos colaboradores, consumidores, fornecedores, poder público, imprensa e sociedade, haverá dificuldade para fazer o negócio sobreviver. Outro ponto foi apresentar as diferentes formas de empreender, pois uma pessoa pode herdar negócio, abrir com ou sem planejamento ou até intraempreender. Dessa forma, notamos que não existe uma regra única a ser aplicada e é isso que torna a área tão rica de informações e relacionada com a sociedade. Demos foco para as franquias porque estas têm sido uma opção lucrativa com boas taxas de crescimento. Para finalizar, concluímos a discussão com uma reflexão da importân- cia social e econômica do empreendedorismo e do papel ético, o qual se preocupa com o entorno dos empreendedores na condução dos negócios. Apresentamos formas de assessorar os negócios para saber que a citação do professor Dornelas, enfatizando a era do empreendedorismo, não é em vão. Também apresentamos as principais causas de mortalidade visando alertá- -lo(a) para não cometer os erros que observamos. Esperamos que esses conhecimentos tenham despertado a curiosidade por essa área e que tenhamos colaborado para o seu desenvolvimento pro- fissional, possibilitando para que não seja mais um número nas estatísticas de mortalidade, mas um caso de sucesso e boas práticas. Até a próxima unidade! 49G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R at iv id ad es d e es tu do1. As franquias têm se apresentado como uma ótima opção de negócios, sendo que o indicador, como o PIB das franquias, está, nos últimos anos, crescendo pelo menos 3 vezes o valor do PIB brasileiro. Com base no que foi abordado na uni- dade a respeito das franquias, leia as afirmações e assinale a alternativa correta: I. A franquia é a única forma garantida de ter lucro nos negócios no Brasil. II. A principal vantagem do franqueador é o fato de ter total controle das operações que acontecem nas unidades. III. Uma das principais obrigações do franqueador é transmitir todas as normas e procedimentos aos franqueados. IV. Existem riscos que envolvem o franqueador e o franqueado, por isso, a relação deve ser de parceria e transparência. a. ( ) Somente I e II estão corretas. b. ( ) Somente I, II e IV estão corretas. c. ( ) Somente I, III e IV estão corretas. d. ( ) Somente II e III estão corretas. e. ( ) Somente III e IV estão corretas. 2. O empreendedorismo não se resume somente a abrir negócios ou criar grandes inovações. Existe um tipo chamado empreendedor corporativo ou intraempreen- dedor, que se refere ao indivíduo que não é o proprietário do negócio, mas aquele que contribui para o crescimento do negócio com ideias e atitudes. Considerando o assunto abordado, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O tipo intraempreendedor é o melhor dos tipos de empreendedorismo existente, conforme o que foi apresentado no material. PORQUE II. O crescimento dos negócios depende unicamente dos empreendedores que desenvolveram o negócio. Empreendedorismo e Gestão de Equipes em Restaurantes at iv id ad es d e es tu do Acerca dessas asserções, assinale a opção correta: a. ( ) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. b. ( ) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justifi- cativa da I. c. ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. d. ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. e. ( ) As asserções I e II são proposições falsas. 3. Como abordamos, o conceito de empreendedorismo está em formação, entre- tanto alguns elementos são considerados como essenciais. A partir do enten- dimento da aula e da leitura do livro, leia as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta: I. Oportunidade. II. Pessoas. III. Novos produtos. IV. Negócios. a. ( ) Somente I e II estão corretas. b. ( ) Somente I, II e IV estão corretas. c. ( ) Somente I, III e IV estão corretas. d. ( ) Somente II e III estão corretas. e. ( ) Todas as afirmações estão corretas. 51G A S T R O N O M I A • U N I C E S U M A R le it ur a co m pl em en ta r Vale a pena empreender? Empreender não é uma tarefa fácil. Quem já está nesse caminho sabe que não é uma jornada fácil. Não há hora para começar nem terminar a jornada e isso é uma opção que pode ser perigosa. Por um lado, você pode se acomodar, porque não precisa cumprir carga horária e há pessoas querendo empreender para não ter que cumprir horário fixo. Por outro lado, a pessoa pode utilizar essa liberdade a favor para gerenciar o negócio e, ao mesmo tempo, ter mais liberdade para pensar em novidades e se dedicar à família, por exemplo. A opção é sua para escolher aquilo que for mais adequado a você. Não existe um único caminho sempre certo. Existem pessoas com mais predisposi- ção a se adaptar à realidade de empreender e obter vantagens. Se tem filhos pequenos que têm problemas de saúde e necessitam de acompanhamento constante, você pode pensar em empreender.
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