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Teorias Econômicas Aplicadas a Contabilidade - aula 1 - slides

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Prof. Daniel Weigert Cavagnari
Teorias Econômicas Aplicadas 
a Contabilidade
Aula 1
Conversa Inicial
Crianças dividindo a ceia 
de Natal durante a 
Grande Depressão, após 
a quebra da Bolsa de 
Nova Iorque e a sucessão 
de falências que se 
sucedeu, em 1929, nos 
Estados Unidos
Conversa inicial
Figura 1 – Reflexos da 
Grande Depressão de 1929
Fonte: <https://www.raya.ps/news/1097630.html>
Figura 2 – Manifestação de 
1º de maio de 1919
Manifestação operária 
em 1º de maio de 1919, 
no Rio de Janeiro. Uma 
grande passeata se 
deslocou da praça Mauá 
pela avenida Rio Branco, 
encerrando-se em frente 
ao Teatro Municipal 
(imagem reproduzida da Revista da Semana, 
10 de maio de 1919)
Fonte:https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/
FatosImagens/PrimeiroMaio
Breve histórico econômico
Até 1929, éramos um país tipicamente 
agroexportador, monoculturista e 
colonialista. Estado oligárquico
Após a Crise de 1929, não ficamos melhores, 
pelo menos não economicamente – pelo 
contrário
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2
Mercadoria 1925-29 1935-39 1945-49
Café 71,7 47,1 41,8
Algodão 2,1 18,6 13,3
Cacau 3,5 4,5 4,3
Açúcar 0,4 - 1,2
Fumo 1,9 1,6 1,8
Borracha 2,9 1,1 1,0
Madeira de pinho 0,4 1,0 3,5
Outros 17,1 26,1 33,1
Tabela 1 – Exportação brasileira das 
mercadorias de 1929 até 1949 (em %)
Fonte: BNDES/Material de estudos
Tabela 2 – Exportação brasileira de 1929 
até 1949 (em %)
PAÍS 1925-29 1935-39 1945-49
Estados Unidos 45,3 36,9 44,3
França 10,3 6,9 2,3
Alemanha 9,1 15,1 -
Reino Unido 4,4 9,7 9,1
Países Baixos 5,7 3,7 2,7
Fonte: BNDES/Material de estudos
Getúlio Vargas – substituição de 
importações
Figura 3 – Getúlio 
Dornelles Vargas: 
presidente na ditadura 
de 1930 a 1945
Fonte :https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Getulio_Vargas_(1930).jpg
Créditos :Galeria de Presidentes – Governo do Brasil – Palácio do Planalto
Modelo de substituição de importações: 
pouca ciência, muita política
“Pai dos pobres”: distribuição de renda aos 
pobres
Falta de infraestrutura
Carisma em 15 anos de ditadura
Plano de metas
50 anos em 5
Conjunto de objetivos setoriais em prol da 
industrialização
Prioridade à construção de infraestrutura
Continuidade ao processo de substituição de 
importações
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Planejamento estratégico
Primeiro plano de governo sólido
Intenções com bases e metas
Resultados ímpares
Tabela 4 – Plano de metas: previsão e 
resultados (1957 a 1961)
META DO GOVERNO Previsto Realizado
% dos 
objetivos
Energia elétrica (em kW) 2.000.000 1.500.000 82
Carvão (em toneladas) 1.000 230 23
Produção de petróleo (em barris/dia) 96.000 75.000 76
Refino de petróleo (em barris/dia) 200.000 52.000 26
Ferrovias (em km) 3.000 1.000 32
Construção de rodovias (em km) 13.000 17.000 138
Pavimentação de rodovias (em km) 5.000 - -
Aço (em toneladas) 1.100.000 650.000 60
Cimento (em toneladas) 1.400.000 870.000 62
Automóveis e caminhões (em unidades) 170.000 133.000 78
Nacionalização de carros (em %) 90 75 -
Nacionalização de caminhões (em %) 95 74 -
Fonte: Lacerda et al., 2010.
Progresso sem precedentes
Capital estrangeiro
Dívida impagável
Governo mlitar
Entre 1962 e final de 1963, a economia 
decrescia e as taxas de inflação aumentavam 
constantemente
Estagflação
Programa de Ação Econômica do Governo 
(PAEG)
Criadas as Obrigações Reajustáveis do 
Tesouro Nacional (ORTNs), títulos públicos 
de longo prazo
Reforma bancária
Reestruturação do mercado de capitais
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Fonte: IBGE/Material de estudos
Ano
Crescimento
PIB (%)
Crescimento
PIB mundial
(%)
Diferença
Brasil/mundo
(%)
Crescimento 
populacional
(%)
1967 4,2 4,1 0,1 2,8
1968 9,8 4,5 5,3 2,8
1969 9,5 6,0 3,5 2,7
1970 10,4 5,0 5,4 2,7
1971 11,3 4,6 6,8 2,6
1972 11,9 5,5 6,4 2,6
1973 14,0 6,9 7,1 2,6
Tabela 6 – Crescimento real do PIB de 1967 a 1973
Milagre brasileiro
A partir de 1974
Crise mundial anunciada
Riqueza emprestada
Decrescimento sem recursos próprios
Dívida impagável
Lastro falso
Início dos anos 1980
Brasil usou todas as suas reservas 
disponíveis para contornar as crises
Suspensão do pagamento da dívida externa 
no final de 1982
1983: nova fonte de financiamento junto ao 
FMI, levando o país ao fechamento da sua 
economia e iniciando uma das maiores 
recessões da história
Dá-se início à reserva de mercado, ao atraso 
e à miséria
Planos Cruzado, Bresser, Verão 
e Collor
Inflação acima de 200% ao ano em 1985
José Sarney e o Plano de Estabilidade 
Econômica
Plano Cruzado
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Principais características do plano:
Conversão do cruzeiro (Cr$) para cruzado 
(Cz$)
Cz$ 1,00 = Cr$ 1.000,00
Gatilho salarial
Congelamento dos preços na economia
Figura 7 – Plano cruzado: “inflação zero”, prateleira vazia
Nadya So / Shuttestock
Plano Bresser e Plano Verão
No primeiro semestre de 1987, o índice de 
inflação já era de 186%. Para tentar evitar 
que essa condição se agravasse, o governo 
Sarney lança o Plano Bresser
No início de 1989, ainda com vistas à redução 
da inflação – que fechara, no ano de 1988, 
em 1.037,6% –, o governo Sarney lança o 
Plano Verão, com uma nova moeda
Cruzado novo
NCz$ 1,00 = Cz$ 1.000,00
Lembram-se da nossa passagem de ônibus, 
que custava, no início de 1986, Cz$ 2,00 
(dois cruzados)?
No início de 1989, ela já custava em torno de 
Cz$ 195,00
Agora, com o novo plano e a nova moeda, 
NCz$ 0,20
Plano Collor: o da poupança
Nova moeda, mas apenas com viés social 
(sem corte de zeros), retomando o nome da 
moeda mais tradicional, o cruzeiro (Cr$)
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Bloqueio dos ativos financeiros
Congelamento temporário dos preços e dos 
salários
Reajuste das tarifas públicas
Privatização e abertura da economia
Plano Real e atualidade
Taxa de inflação fechando em 1.157,8%
Primeiros meses do governo Itamar
Após inflação, em 1993, de 2.708,2% ao ano
Cortes nos gastos públicos, mantendo os 
programas sociais
Combate severo à sonegação fiscal
Aceleração da privatização
Criação de uma política cambial de 
sustentação da moeda
Continuidade no processo de sanificação do 
setor público, como com a lei de 
responsabilidade fiscal que viria mais tarde
O plano em março de 1994
1ª fase: criação de um fundo para 
sustentação da moeda
2ª fase: criação da unidade real de valor 
(URV)
3ª fase: conversão para a nova moeda. R$ 
1,00 = 1 URV = US$ 1,00 = CR$ 2.750,00
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Ano PIB Real (%)
Taxa de Inflação
IGP – Índice Geral de 
Preços (%)
Taxa de Câmbio (US$)
Em R$
1994 5,3 1.093,9 0,639
1995 4,4 14,8 0,918
1996 2,2 9,3 1,005
1997 3,4 7,5 1,078
1998 0,0 1,7 1,161
1999 0,3 20,0 1,815
2000 4,3 9,8 1,830
2001 1,3 10,4 2,350
2002 2,7 26,4 2,921
2003 1,1 7,7 3,078
2004 5,7 12,1 2,926
2005 3,2 1,2 2,435
Tabela 9 – Taxa de inflação e câmbio de 1994 a 2005
Fonte: IBGE
Na Prática
Leia o artigo da Folha de São Paulo, “12 
pontos para entender a crise grega”, e faça a 
seguinte atividade:
Das doze questões apresentadas pelo 
artigo, relacione pelo menos três e 
apresente as consequências do acontecido 
com um momento similar na nossa história 
econômica, apresentando partes do texto, 
desta aula ou de leitura complementar que 
demonstrem essa condição
Seja sucinto, mas não omisso, e evite 
conotações de base política ou opinião 
pessoal e de senso comum
Finalizando
Nesta aula, o objetivo proposto foi o de conhecer 
as bases dos conceitos econômicos, bem como a 
história econômica contemporânea do nosso país 
a partir da maior crise mundial, em 1929
Acerca disso, observamos as mudanças e as 
influências externas no mundo, influenciando 
toda uma economia, com consequências severas 
em todo o mundo, incluindo a América Latina e 
principalmente o Brasil, levando-nos a períodos 
graves de baixo crescimento e desenvolvimento, 
principalmente nas três últimas décadas
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Na sequência, foram abordados os planos 
econômicos, assim como seus fracassos e 
reflexosna nossa economia até uma 
estabilidade – a qual constantemente, por 
movimentos externos ou internos, deve ser 
replanejada para, assim, criar um ambiente 
permissivo às estratégias empresariais
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