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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
DIREITO
DINAMARA SANTOS CARDOSO
FERNANDA ALANA RAMOS SANTOS SOUZA
RAFAELA GOMES
POLIANA BEATRIZ GOUVEIA CASTRO
SALVADOR
2022/ 09º semestre
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
DIREITO
DINAMARA SANTOS CARDOSO
FERNANDA ALANA RAMOS SANTOS SOUZA
RAFAELA 
POLIANA BEATRIZ GOUVEIA CASTRO 
 (
Artigo apresentado ao curso de Direito como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira
)
 Orientador: Michel Possídio
 Coordenador: Mauricio Sampaio
SALVADOR
2022/ 09º semestre
DINAMARA SANTOS CARDOSO
FERNANDA ALANA RAMOS SANTOS SOUZA
RAFAELA
POLIANA BEATRIZ GOUVEIA CASTRO
[TITULO]
Artigo apresentado ao curso de Direito como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em direito pela Universidade Salgado de Oliveira.
Banca Examinadora
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Nome completo - Titulação e IES Professor da UNIVERSO
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Nome completo - Titulação e IES Professor da UNIVERSO
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Nome completo - Titulação e IES Professor da UNIVERSO
Aprovado em (dia) de (mês) de (ano)
 Resumo
O presente artigo vai discorrer, sobre uma prática pouco conhecida, porém, que vem acontecendo frequentemente, denominada como Stealthing. 
Stealthing é o termo utilizado para denominar o ato em que um agente, retira o preservativo durante o ato do sexual, sem o consentimento da parceira.
Vamos discorrer sobre o seu conceito, relatar alguns casos, sobre as consequências emocionais e físicas que ocorrem nas vitimas, e sua repercussão jurídica. Além disso, iremos abordar como nosso ordenamento jurídico alude sobre o assunto, atentando para que o mesmo reputa a pratica como uma violência sexual, mediante fraude.
Introdução
Stealthing é um termo da língua inglesa, que em português, consiste em uma conduta “furtiva”, ato de agir sorrateiramente.
O stealthing ocorre quando o parceiro retira o preservativo durante a relação sexual, sem o consentimento do outro, que apenas aceitou manter relação com o uso do preservativo. 
O objetivo principal do estudo foi demonstrar que, em termos de práticas de stealthing, a violência sexual pode ser considerada estupro, justificando assim o aborto legal. E mostrar a importância do assunto, tendo em vista a frequência com que acontece, de modo que no futuro seja criada uma lei específica para o stealthing.
Essa prática não é tipificada no nosso ordenamento jurídico, mas pode se adequar ao art. 215 do código penal – violação sexual mediante fraude e se tiver dolo, como por exemplo, a intenção de contaminar a pessoa com uma doença sexualmente transmissível se adéqua ao art 130. Ação da qual expõe a vítima em diversos riscos psicológicos e físicos. 
O stealthing deixa de ser caracterizado quando consentido pela vítima, o convencimento para a mulher abdicar de seu desejo de usar preservativo pode-se caracterizar como violência de gênero, mesmo sem a caracterização da condita sexual. 
O tema escolhido relata uma realidade bem costumeira, porém, pouco relatada no nosso cotidiano. 
O crime do stealthing, não tem muita repercussão jurídica por conta da dificuldade que a vitima encontra, em provar a veracidade do fato ocorrido. Com isso, o stealthing vai alcançando várias pessoas, e os praticantes vão ficando ilesos, e sem punição cabível para o ato cometido.
 A uma grande dificuldade na denuncia do ato, principalmente se a vitima for do sexo feminino. Apesar de existir muitos movimentos em que incentivam as mulheres a ter essa iniciativa. Muitas das vezes acontecem da vitima não ser bem recebida justamente no local que deveriam ser bem recebidas. Logo mais, vamos relatar sobre alguns casos, que evidenciam essa situação.
Desenvolvimento
Crimes sexuais 
Os crimes sexuais são aqueles que são realizados contra a liberdade sexual e dignidade da pessoa humana. Antigamente os crimes sexuais, eram denominados como Crimes contra os Costumes, que teve seu titulo alterado pela lei nº 12.015 de agosto de 2009. Podemos então dizer que, os crimes sexuais visam à proteção legal da honra do sujeito. No campo da dignidade sexual qualquer espécie de constrangimento ilegal é detestável, um ponto especifico da tutela penal é a coerção não consentida para o ato sexual. Nucci (2014) revela que, torna-se vítima de crime contra a dignidade sexual aquele que foi coagido, física ou moralmente, a participar da satisfação da lascívia do agente, sem apresentar concordância com o ato. Pode, ainda, tornar-se ofendido aquele que, para a satisfação de outro interesse do agente, foi levado a atos sexuais não aprovados. Ou seja, quando uma relação sexual consensual se transforma em uma não consensual, a vítima é persuadida a aceitar a relação sem proteção através de torturas físicas e psicológicas se torna uma violência contra dignidade sexual. 
Violência sexual mediante fraude
Em nosso Código Penal, encontram-se alguns artigos que podemos enquadrar aos casos de stealthing, como por exemplo o crime de violência sexual mediante fraude, é intitulado na doutrina como estelionato sexual, se define como ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. Melhor dizendo, o sujeito ativo do crime se vale de meios fraudulentos sem emprego de violência ou grave ameaça, no qual em muitos casos o sujeito tira a camisinha sem a vítima saber, obtendo assim vantagem sexual induzindo-as ou as mantendo em erro. A pratica destes atos, o causador do dano se favorece da fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima expondo sua integridade física ao risco.
 Os meios fraudulentos podem ser uma violência moral que age no psicológico da vítima, que se sente intimidada e perde a capacidade do desejo. O stealthing constitui o ato de retirar o preservativo durante a relação sexual, sem o consentimento da parceira, ou seja, há um rompimento da concessão, uma vez que a relação sexual havia sido condicionada ao uso do preservativo. O entanto a pratica do stealthing pode abranger várias possibilidades e cada caso deve ser analisado separadamente. 
Stealthing
	
Com origem inglesa, o stealthing, que equivale a uma conduta “furtiva”, ato de agir sorrateiramente.
O stealthing acontece, quando ocorre a retirada não consensual do preservativo durante a relação sexual. Relação essa, que apenas foi consentida com o uso do preservativo. Essa conduta acaba expondo a vitima a diversas situações, que podem causar inúmeros danos, tanto psicológicos, quanto físicos.
Essa prática ficou afamada através de um caso que ocorreu na Inglaterra, onde um indivíduo de aproximadamente 47 anos, perfurou o preservativo antes mesmo da relação sexual. Ele utilizava uma espécie de alfinete, para fazer a perfuração no preservativo, e para sua surpresa, sua parceira resolveu olhar a lixeira, após a relação, e foi surpreendida ao ver o preservativo perfurado. 
Como esse, existem outros casos que concebeu grande repercussão. Na Suíça, no ano de 2017, ocorreu a condenação de um homem, pois o mesmo retirou o preservativo sem o consentimento da sua parceira. Eles se conheceram através de um aplicativo de relacionamento (Tinder), onde a mulher acordou que só manteria relação com o uso do preservativo. O acusado foi condenado pelo crime de estupro, pelo tribunal 
ADEQUAÇÃO DO STEALTHING EM OUTROS PAISES
A Califórnia foi o primeiro estado dentre os estados dos EUA que o reconheceu como ato ilegal, e sendo assim, aprovou e sancionou emendas em seu ordenamento jurídico. 
Curiosamente na Alemanha, a justiça condenou uma mulher por agressão sexual, pois a agente furou preservativos na intenção de engravidar do seu parceiro, o qual tinha um relacionamento casual. E por entender a violação sexual mediante fraude, pois a vitima estava praticando o ato sexual acreditando estar protegido, o consentimento dele foi viciado, então ajuíza caracterizou a sentença como Stealthing.
Na Nova Zelândia, um caso em especifico entrou para história. Um homem em um bordel foi informado reiteradamente por uma profissional do sexo de que o ato deveria indispensavelmente ser protegido, e ainda assim, o agente se achou no direito de retirar o preservativo e ejacular na mulher, que ao perceber foi até o gerente do estabelecimento e chamaram a policia. A ação foi proposta e o Juiz entendeu que de fato houve abuso, e condenou o agente a três anos e nove meses de prisão. 
Atualmente na Austrália, o partido liberal luta em um projeto de lei para que haja uma mudança na legislação e que a pratica do stealthing seja criminalizado explicitamente. A líder da oposição no território, Elizabeth Lee, diz  "A incerteza e a falta de clareza no atual tratamento legislativo da agressão sexual não refletem com precisão aquilo que é considerado um comportamento inaceitável pelo público". 
De uma forma geral, esta lacuna deixa brecha para que muitos casos passem impunes no mundo, sendo assim, os estados precisam dispor uma solução para compensar essa situação. 
 
Califórnia é o primeiro estado dos EUA a banir o "stealthing”.ConsultorJuridico.12/10/2021.Disponivel em: https://www.conjur.com.br/2021-out-12/california-primeiro-estado-eua-banir-stealthing.Acesso em: 01, setembro de 2022.
Justiça alemã condena por agressão sexual mulher acusada de furar camisinhas.GZHmundo.05/05/2022.Disponivel em:https://gauchazh.clicrbs.com.br/mundo/noticia/2022/05/justica-alema-condena-poragressao-sexual-mulher-acusada-de-furar-camisinhas cl2td5l6m007h019iru0dmnh4.html.Acesso em : 01, setembro de 2022.
Preso por tirar preservativo a meio do sexo sem consentimento.JN.01/05/2021.Disponivel em:https://www.jn.pt/mundo/preso-por-tirar-preservativo-a-meio-do-sexo-sem-consentimento-13637828.html. Acesso em: 02, setembro de 2022
DO ABORTO NECESSÁRIO
Sendo confirmado o estupro, podemos nos valer do aborto previsto no artigo 128 do CP que expõe sobre a não punibilidade do aborto praticado pelo medico em situações especificas, mais precisamente em seu parágrafo II, que discorre sobre o aborto sentimental, também chamado de aborto humanitário ou ético.
Neste tipo de aborto, o mal causado a gestante é maior do que aquele que se pretende evitar, qual seja, ela conviver com uma maternidade que foi fruto de um ato que lhe causou dor, se não física, emocionais e psicológicas. 
Para realização do aborto com exclusão de sua ilicitude baseado no artigo 23 do Código Penal, o médico atuará cumprindo um dever legal, agindo no exercício regular do direito da vítima, e não precisará de uma autorização judicial, é necessário apenas um elemento sério de convicção como um boletim de ocorrência.
 Referencias bibliográficas:
Califórnia é o primeiro estado dos EUA a banir o "stealthing”.ConsultorJuridico.12/10/2021.Disponivel em: https://www.conjur.com.br/2021-out-12/california-primeiro-estado-eua-banir-stealthing.Acesso em: 01, setembro de 2022.
Califórnia é o primeiro estado dos EUA a banir o "stealthing”.ConsultorJuridico.12/10/2021.Disponivel em: https://www.conjur.com.br/2021-out-12/california-primeiro-estado-eua-banir-stealthing.Acesso em: 01, setembro de 2022.

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