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15/03/2022 1 Prof. Elizeu Luiz Brachvogel IFMT – Campus Confresa TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO PARA SOJA A Cultura da Soja (Glicyne max L.) BIBLIOGRAFIA BÁSICA 15/03/2022 2 BIBLIOGRAFIA BÁSICA https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/95489/1/SP-16-online.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/95489/1/SP-16-online.pdf 15/03/2022 3 https://www.infoteca.cnptia.embrapa. br/infoteca/bitstream/doc/1123928/1/ SP-17-2020-online-1.pdf https://www.fundacaomt.com.br/boletim-de-pesquisa https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1123928/1/SP-17-2020-online-1.pdf https://www.fundacaomt.com.br/boletim-de-pesquisa 15/03/2022 4 ITEM DADOS CICLO 85 a 135 dias TEOR DE ÓLEO NO GRÃO 20 % PRODUTIVIDADE MÉDIA (grão) 3.200 kg/ha RENDIMENTO EM ÓLEO 640 kg/ha Nome científico: Glycine max L. Principais Produtos Óleo de Soja: é um dos tipos de óleo mais consumido no mundo. Farelo de Soja (resíduo proveniente da extração do óleo): utilizado como alimento para animais, com cerca de 40 a 55 % de proteína. Farinha de Soja: pode ser usada na indústria alimentícia para enriquecer pão, biscoito, macarrão, produtos infantis, misturas para sopas. Proteína texturizada de soja (PTS): obtida "extrusão" e por "fiação". Usada no preparo de hambúrgueres, bolinhos de carne e outros produtos como carne (bife), presunto, entre outros. Extrato protéico de soja (leite de soja): possui a aparência muito semelhante ao leite de vaca. Pode ser encontrado na forma líquida ou em pó. Queijo de soja (tofu): elaborado a partir do leite de soja, com 135 calorias em 100 g e cerca de 12,5 g de proteína. Missô (pasta de soja) e shoyu (molho de soja): usados como temperos na culinária oriental. Soja torrada: possui a aparência de um amendoim torrado e pode ser consumida como tal. 15/03/2022 5 HISTÓRICO / ORIGEM Domesticada no séc XI A.C. no norte da China. O Vale do Rio Amarelo berço da civilização chinesa Um livro de medicina "Pen Ts'ao Kang Mu" (Matéria Médica), escrito pelo Imperador Shen Nung . Surge no ocidente séc. XV e XVI Navios Europeus EUA 1804 foi mencionada 1880 inicio do cultivo como forrageira 1920 76 mil há plantio p/ grãos + 300 mil há c/ past. Forrag. e Silagem Soja selvagem 15/03/2022 6 Aumento da produção em 1934 pelo fato da restrição do cultivo de trigo e algodão e a fácil colheita mecânica e rendimento NO BRASIL 1882 Bahia 1902 SP Japoneses 1914 RS professor CRAIG da UFRGS 1918 Inicio do cultivo em larga escala em Santa Rosa expandindo-se p/ as missões até 1930. . UTILIZADA Alimentação de suínos e adubação verde 15/03/2022 7 1970 Altos preços estimulam a produção e a entre safra do EUA favorece o Brasil Ai o país investe na “tropicalização” que favorece o plantio nas regiões de baixas latitudes entre o trópico de câncer e a linha do equador. 1954 0,5 % 1976 16% hoje corresponde a 30% da produção mundial 1958 Surgem as primeiras industrias daí surge a dobradinha SOJA – TRIGO *** OBSERVAÇÃO*** Programa incentivo à triticultura nacional (déc. de 50) - incentivo à cultura da soja (agronômico e econômico) - alternativa de verão A SOJA NO BRASIL: 15/03/2022 8 PRODUÇÃO e ÁREA: 1970 = consolidação do agronegócio brasileiro - 1,5 milhões de ton. ++ 15 milhões de toneladas (1979) - Expansão início no RS e posterior região Centro-Oeste ORIGEM E IMPORTÂNCIA DA CULTURA Atualmente é a principal cultura FONTE: BERGAMIN et al. (1999); EMBRAPA (2001/02-2003/04). ALGUMAS CAUSAS DA EXPANSÃO: a) ecossistema semelhante aos EUA b) estabelecimento da “Operação Tatu” no RS c) incentivos fiscais disponibilizados aos produtores de trigo d) mercado internacional em alta e) facilidades de mecanização total da cultura f) estabelecimento de agro-indústrias FONTE: EMBRAPA (2001/02-2003/04). ORIGEM E IMPORTÂNCIA DA CULTURA 15/03/2022 9 Produção das principais culturas no Brasil 1970 - 2002 EVOLUÇÃO DE CULTIVOS NO BRASIL 15/03/2022 10 DENSIDADE DA PRODUÇÃO DE SOJA http://contenidosdigitales.ulp.edu.ar/exe/geo-politica/%20 http://contenidosdigitales.ulp.edu.ar/exe/geo-politica/ 15/03/2022 11 15/03/2022 12 15/03/2022 13 15/03/2022 14 Safra Produção Área Produtividade milhões de toneladas milhões de hectares kg/ha 2004/2005 51,45 23,3 2.208 2005/2006 55,03 22,7 2.424 2006/2007 58,39 20,07 2.909 2007/2008 60,02 21,3 2.818 2008/2009 57,63 21,56 2.673 2009/2010 68,69 23,47 2.926 2010/2011 75,00 24,12 3.109 2011/2012 73,40 24,92 2.945 Produção 15/03/2022 15 HISTÓRICO área e produção de soja em MT 15/03/2022 16 Soja em números (safra 2018/19) Atualizado junho 2019. https://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1/dados-economicos Soja no mundo Produção: 362,075 milhões de toneladas Área plantada: 125,691 milhões de hectares Fonte: USDA (12/06/2019) Soja nos EUA (maior produtor mundial do grão) Produção: 123,664 milhões de toneladas Área plantada: 35,657 milhões de hectares Produtividade: 3.468 kg/ha Fonte: USDA (12/06/2019) Soja no Brasil (segundo maior produtor mundial do grão) Produção: 114,843 milhões de toneladas Área plantada: 35,822 milhões de hectares Produtividade: 3.206 kg/ha Fonte: CONAB (Levantamento de junho) Mato Grosso (maior produtor brasileiro de soja) Produção: 32,455 milhões de toneladas Área plantada: 9,700 milhões de ha Produtividade: 3.346 kg/ha Fonte: CONAB (Levantamento de junho) Paraná Produção: 16,253 milhões de toneladas Área plantada: 5,438 milhões de ha Produtividade: 2.989 kg/ha Fonte: CONAB (Levantamento de junho) Soja em números (safra 2020/21) Atualizado junho 2021. https://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1/dados-economicos Soja no mundo Produção: 362,947 milhões de toneladas Área plantada: 127,842 milhões de hectares Fonte: USDA (08/06/2021) Soja no Brasil (maior produtor mundial do grão) Produção: 135,409 milhões de toneladas Área plantada: 38,502 milhões de hectares Produtividade: 3.517 kg/ha Fonte: CONAB (Levantamento de 05/2021) Soja nos EUA (segundo produtor mundial do grão) Produção: 112,549 milhões de toneladas Área plantada: 33,313 milhões de hectares Produtividade: 3.379 kg/ha Fonte: USDA (08/06/2021) Mato Grosso (maior produtor brasileiro de soja) Produção: 35,947 milhões de toneladas Área plantada: 10,294 milhões de hectares Produtividade: 3.492 kg/ha Paraná Produção: 19,872 milhões de toneladas Área plantada: 5,618 milhões de hectares Produtividade: 3.537 kg/ha Rio Grande do Sul Produção: 20,164 milhões de toneladas Área plantada: 6,055 milhões de hectares Produtividade: 3.330 kg/há Fonte: CONAB (Levantamento de de 05/2021) https://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1/dados-economicos https://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1/dados-economicos 15/03/2022 17 Cultura da soja 15/03/2022 18 Pavimentação BR-158 Logística de transporte alterada GUSTAVO SPADOTTI A. CASTRO gustavo.castro@embrapa.br 15/03/2022 19 2006 2017 SOJA - QUANTIDADE PRODUZIDA (TONELADAS) Fonte: IBGE Censo Agropecuário 2017, CNA Confederação Nacional da Agricultura. AGROPECUÁRIA DEMANDAVA UM SISTEMA PARA SUA LOGÍSTICA 15/03/2022 20 GUSTAVO SPADOTTI A. CASTRO gustavo.castro@embrapa.br 15/03/2022 21 15/03/2022 22 15/03/2022 23 15/03/2022 24 15/03/2022 25 15/03/2022 26 15/03/2022 27 15/03/2022 28 SOJA e MILHO – LOGISTICA DE ESCOAMENTO SIMPLIFICADA SOJA e MILHO – LOGISTICA DE ESCOAMENTO SIMPLIFICADA 15/03/2022 29 https://t.co/6o6wCcK3M8?amp=1 https://journals.openedition.org/confins/docannexe/image/12592/img-1.jpg https://t.co/6o6wCcK3M8?amp=1 15/03/2022 30 https://revistacultivar.com.br/artigos/nordeste-do-mato-grosso- importante-regiao-produtora-de-soja 15/03/2022 31 https://revistacultivar.com.br/artigos/nordeste-do- mato-grosso-importante-regiao-produtora-de-soja Atoleiro em trecho na rodovia MT 322 no município de São José do Xingu. Mato Grosso, Brasil. Março de 2021. FOTO: Diego Riva (2020).15/03/2022 32 2. BOTÂNICA A) Classificação Divisão Spermatophyta Sub Divisão Angiosperma Classe Dicotiledôneae Ordem Rosales Família Fabaceae Sub Família Faboideae Tribo Phaseolae Gênero Glycine Espécie Glycine Max (L.) Merrill 15/03/2022 33 - Pivotante; - Eixo principal com grande número de raízes secundárias; - Pode chegar a até 1,80 m. A maior parte encontra-se a 15 cm de profundidade; -Presença de nódulos; B) Morfologia b1) Raiz: - 81% MS de 0-7,5cm; - 15 % MS de 7,5-15cm; - 4% abaixo de 15 cm; 0 10 20 30 40 50 60 0 1 2 3 4 5 6 Densidade do comprimento radicular, cm cm-3 P ro fu n d id a d e , c m Distribuição do sistema radicular de soja em profundidade 15/03/2022 34 https://doi.org/10.1016/B978-0-12-801536-0.00005-0 15/03/2022 35 RELAÇÕES DE ENRAIZAMENTO E CÁLCIO NO SOLO PARA ALTA PRODUTIVIDADE http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf Tabela - Absorção de água em diferentes profundidades pela soja (Adaptado de RIGHES, 1980). Profundidade (cm) Raiz (cm/cm³ de solo) Absorção de água (mm) Absorção de água (%) 0-15 0,4 2,02 18% (de 0 a 30cm de profundidade) 15-30 0,59 0,61 30-60 0,3 2,62 82% (de 30 a 150cm de profundidade) 60-90 0,28 3,12 90-120 0,25 1,54 120-150 0,3 4,36 150-180 0,18 0 180-210 0 0 Total 14,2 mm em 4 dias http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf 15/03/2022 36 http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf 15/03/2022 37 Ca++ no perfil e produtividade 80 70 60 50 40 30 20 10 0 78 78 97 100 122 126 140 141,72 Produtividade (sc/ha) 40 a 60cm 60 a 90cm 90 a 110cm 8mmolc/dm³ C ál ci o n o s o lo ( m m o lc /d m ³) Produtividade de soja em sacos por hectare em relaçãoao cálcio na camada abaixo de 40cm de profundidade. A linha em vermelha está destacado o valor de 8mmolc/dm³, valor considerado bom para o crescimento radicular. http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf Ca++ no perfil e produtividade Produtividade da soja em relação a saturação de cálcio na CTC. 60 50 40 30 20 10 0 78 78 97 100 122 126 140 141,72 Produtividade (sc/ha) 60 a 90cm 90 a 110cm Figura 5. Produtividade da soja em relação a saturação de cálcio na CTC. 20 % Sa tu ra çã o d e C a n a C TC ( % ) http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/boletim_cesb_1_rev-2.pdf 15/03/2022 38 - Ramificado, herbáceo, ereto; - Tamanho varia entre 40 e 120 cm, dependendo da variedade, do estímulo ao florescimento e hábito de crescimento; b2) Caule: OBSERVAÇÃO.: - Hábito de crescimento determinado = após florescimento para de crescer. - Hábito de crescimento indeterminado = após florescimento continua crescendo; - Primeiro par são as cotiledonares; - Primeiro par de folhas verdadeiras são UNIFOLIOLADAS, opostas e com pecíolos curtos; - As demais são alternadas, com pecíolo longo, COMPOSTAS por 3 folíolos (TRIOLIOLADAS); - A cor e o tamanho varia com o cultivar (cor: verde pálida ou verde escura; tamanho: 2,5 a 12,5 cm de comprimento); b3) Folhas: 15/03/2022 39 - Quando as vagens amadurecem, as folhas amarelecem e caem PONTO DE COLHEITA; - Quando as folhas não caem aumenta a dificuldade de colheita. A retenção de folhas pode ocorrer devido ao ataque de percevejo ou desbalanço entre Ca/Mg/K OBSERVAÇÕES NECESSIDADE DE DESSECAÇÃO 15/03/2022 40 - espécie autógama; - órgãos masculinos e femininos protegidos dentro da corola (pétalas de cor branca, rosa ou roxa – determina cultivar); - ovário com 3 a 5 óvulos; - inflorescência tipo racemo com 8 a 16 flores; (normalmente ocorre o pegamento de 4 frutos); b4) Flor: 15/03/2022 41 - Vagens ou legumes; - 1 a 5 sementes/fruto (2 a 3 é o normal); - Número de vagens por planta = 30 a 60 vagens/planta (potencial para +) - 2 a 7 cm; - Levemente curvada; achatada; pubescente; - Cor cinza, preta, amarela-palha; - Deiscência variável (deve resistir a pelo menos 2 semanas sem abrir). b5) Frutos: 15/03/2022 42 - superfície lisa; - cor amarela, verde, café ou preta; - achatada, alongada ou arredondada - tamanho variável; - massa de 100 sementes = 15 a 25 g - hilo (cicatriz formada pela inserção da semente com a vagem) não saliente e de cor variável (preta, marrom, marrom claro, amarelo); b6) Sementes: 15/03/2022 43 Estimativa de produção utilizando os índices de produtividade Massa de 100 grãos = 15 a 20 g; No de vagens por planta = 40 a 60; No de grãos por vagem = 2 a 3; No de plantas por hectare = 300 a 400 mil; Portanto: 300 mil plantas ha-1 x 45 vagens = 13.500.000 vagens ha 13.500.000 x 2 sementes vagem = 27.000.000 sementes ha 100 sementes --- 15 g 27.000.000 sementes --- x x = 4050 kg ha-1 Produção: 67 sacas por ha 15/03/2022 44 C) Hábitos de crescimento: - crescimento do caule termina com o início do florescimento se florescer cedo devido ao fotoperíodo curto ou altas temperaturas, diminuirá a produção devido aos poucos nós existentes; - caule curto, com poucos nós e grosso na extremidade superior; - haste principal com inflorescência terminal; - inflorescência terminal (racemo terminal com 7 ou mais flores); - folhas superiores grandes e com pecíolos longos; - as primeiras flores surgem no 8º ou 10º nó e segue o florescimento para cima e para baixo; C 1 - Determinado C 2 - Indeterminado - o crescimento do caule e a produção de nós e folhas continuam algumas semanas após o início da floração; - as folhas superiores tornam-se progressivamente menores a medida que se aproxima da extremidade superior; - pecíolos mais curtos; - o caule fica fino na extremidade superior; - não apresenta inflorescência terminal na haste principal; - número de vagens por nó decresce a medida que se aproxima do ápice da planta ( 3 vagens no nó terminal); - as flores surgem no 4º ou 5º nó e o florescimento segue para cima. Portanto, observa-se a parte basal com vagens e a parte apical com flores; 15/03/2022 45 D) Estádios de desenvolvimento: O tempo entre os diferentes estádios será variável conforme as variações de temperatura (altas temperaturas antecipa a floração); Deficiências nutricionais, déficits hídricos e outras condições estressantes à planta podem prolongar o tempo de duração entre os estádios vegetativos, porém, encurtam o tempo entre as fases reprodutivas. fase vegetativa e reprodutiva 15/03/2022 46 Fase Vegetativa Conta-se o número de nós do caule principal, começando a partir do nó das folhas unifolioladas. O nó da folha unifoliolada é o primeiro nó ou ponto de referência a partir do qual começa-se a contagem para identificar o número de nós foliares superiores. d 1) Fase Vegetativa (V): OBS.: as folhas devem estar desenroladas e os bordos de cada folíolo não devem estar se tocando (folíolos estendidos e na horizontal); 15/03/2022 47 FASE VEGETATIVA VE Emergência: cotilédones acima da superfície do solo VC Cotilédones expandidos, com as folhas unifolioladas abertas, de tal modo que os bordos da folha unifoliolada não estejam se tocando; V1 Primeiro nó: folhas unifolioladas expandidas, com a primeira folha trifoliolada aberta de tal modo que os bordos de cada folíolo não estejamse tocando; V2 Segundo nó: primeiro trifólio expandido, e a segunda folha trifoliolada aberta de tal modo que os bordos de cada folíolo não estejam se tocando; Início da fixação biológica de N2. V3 Terceiro nó: segundo trifólio expandido, e a terceira folha trifoliolada aberta de tal modo que os bordos de cada folíolo não estejam se tocando; Vn Enésimo (último para os cultivares de crescimento determinado) nó com trifólio aberto As reservas nutritivas armazenadas nos cotilédones suprem as necessidades da planta jovem durante os primeiros 7 a 10 dias depois do VE, ou até próximo ao estádio V1. 15/03/2022 48 V1 VE VC V2 VC 15/03/2022 49 Planta de soja no estádio V1. 15/03/2022 50 Formação de nódulos do estádio V2. Folíolos ainda se tocam. A planta ainda não mudou de estádio vegetativo. V1 ... V4 - uma nova folha se forma a cada 5 dias V5 .... - uma nova folha se forma a cada 3 dias 15/03/2022 51 V3 Fase Reprodutiva 15/03/2022 52 Baseia-se no florescimento, frutificação e maturação das vagens da haste principal (os ramos laterais são ignorados); d 2) Fase Reprodutiva (R): OBSERVAÇÃO: Marca o início da aplicação de fungicida para doenças de final de ciclo (ex. ferrugem) FASE REPRODUTIVA R1 Início da floração. Até 50% das p lantas com uma flor aberta em qualquer nó da ha ste principal. R2 Floração plena. 50% das plantas com flores tota lmente abertas. Sistema radicular totalmente desenvolvido R3 Final da floração. 50% das plantas com vagens de até 1,5 cm. R4 Maioria das vagens do terço superior com 2 a 4 cm. R5 Início de formação de sementes (as sementes podem ser consta tadas ao apalpar as vagens do terço superior com os dedos ) R5.1 Maioria das vagens com granação de até 10%; R5.2 Maioria das vagens com granação de 11 a 25%; R5.3 Maioria das vagens com granação de 26 a 50%; R5.4 Maioria das vagens com granação de 51 a 75%; R5.5 Maioria das vagens com granação de 76 a 100%; R6 Fim da granação (vagens com sementes cheias). Folhas verdes; R7 Amarelecimento das vagens e folhas (início da maturidade); R7.1 Início a 50% de amarelecimento de folhas e vagens; R7.2 Entre 51% e 75% de folhas e vagens amarelas; R7.3 Mais de 76% de folhas e vagens amarelas; R8 Desfolha (maturidade completa) R8.1 Início a 50% de desfolha; R8.2 Mais de 51% de desfolha; R9 Colheita 15/03/2022 53 R1 R1: Início da floração. Até 50% das plantas com uma flor aberta em qualquer nó da haste principal. R2 R2: Floração plena. 50% das plantas com flores totalmente abertas. Sistema radicular totalmente desenvolvido 15/03/2022 54 R3 Final da floração. 50% das plantas com vagens de até 1,5 cm. R3 Maioria das vagens do terço superior com 2 a 4 cm. R4 15/03/2022 55 R5.1 R5.2 R5.3 R5.4 R5.5 R5.1 Maioria das vagens com granação de até 10%; R5.2 Maioria das vagens com granação de 11 a 25%; R5.3 Maioria das vagens com granação de 26 a 50%; R5.4 Maioria das vagens com granação de 51 a 75%; R5.5 Maioria das vagens com granação de 76 a 100%; R6 Fim da granação (vagens com sementes cheias). Folhas verdes; R6 15/03/2022 56 R 7 R7.1 R7 Amarelecimento das vagens e folhas (início da maturidade); R7.1 Início a 50% de amarelecimento de folhas e vagens; R7.2 Entre 51% e 75% de folhas e vagens amarelas; R7.3 Mais de 76% de folhas e vagens amarelas; R7.3 15/03/2022 57 R8 Desfolha (maturidade completa) R8.1 Início a 50% de desfolha; R8.2 Mais de 51% de desfolha; R8 Desfolha (maturidade completa) R8 R9 Colheita 15/03/2022 58 R6 R7.1 R7.2 R7.3 R8.1 R8.2 R9 3) CONDIÇÕES DE CLIMA E SOLO FAVORÁVEIS A) EXIGÊNCIAS HÍDRICAS A necessidade total de água na cultura da soja, para obtenção do máximo rendimento, varia entre 450 a 800 mm/ciclo, dependendo das condições climáticas, do manejo da cultura e da duração do ciclo. Produz 1,8 g de MS para cada 1 kg de água Amendoim = 1,7 gMS/kg água Milho = 3,9 gMS/kg água Milheto = 6,6 gMS/kg água 15/03/2022 59 Tabela 1. Exigência hídrica da soja em função do estádio de desenvolvimento Períodos Evapotranspiração diária (mm) Semeadura-Emergência 2,2 Emergência-Início de florescimento 5,1 Início de florescimento – Surgimento de vagens 7,4 Surgimento de vagens – 50% de folhas amarelas 6,6 50% de folhas amarelas – Maturação 3,7 O consumo de água pela cultura aumenta até o florescimento. Com a perda das folhas no final do ciclo, a evapotranspiração diminui, reduzindo a exigência em água, sendo desejável a ausência de chuvas na maturação e colheita. Período crítico quanto à falta de água. Necessita de maior umidade do solo para iniciar a germinação quando compara-se ao milho ou arroz. • Umidade da semente para germinação: - Milho e arroz = quando atinge 30% de umidade; - Soja = quando atinge 50% de umidade; GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA EXIGÊNCIAS HÍDRICAS OBSERVAÇÃO: As sementes de milho conseguem ser embebidas com solo mais seco em relação às sementes de soja; 15/03/2022 60 tanto uma seca como um encharcamento moderado nessa fase não provocarão prejuízos na produtividade tão grandes quanto na fase reprodutiva. FASE VEGETATIVA EXIGÊNCIAS HÍDRICAS FASE REPRODUTIVA EXIGÊNCIAS HÍDRICAS É a fase com maior demanda por água A época mais crítica quanto à falta de água seria no enchimento dos grãos: 15/03/2022 61 Tabela 2. efeito de período de seca na cultura da soja. Período Produção (%) Vegetativo 88 Início do florescimento 76 Final do florescimento e formação de vagens 65 Maturação 87 OBSERVAÇÃO.: O excesso de água pode ser prejudicial: - reduz a aeração do solo e a fixação simbiótica de nitrogênio; - aumenta a incidência de ferrugem e doenças de final de ciclo; - causa abertura de vagens; - reduz a qualidade dos grãos; 15/03/2022 62 B) EXIGÊNCIAS TÉRMICAS A temperatura influencia no ciclo da soja. Temperatura para germinação: 25 a 30ºC (5 a 7 dias). Temperaturas do solo abaixo de 20ºC afetam a germinação; Temperatura para crescimento vegetativo: 20 a 35ºC. Abaixo de 20ºC o crescimento é lento, afeta a absorção de nutrientes, a fotossíntese e a fixação simbiótica de N. Temperaturas elevadas antecipam a floração e as mais baixas retardam o florescimento C) EXIGÊNCIAS FOTOPERIÓDICAS Fotoperíodo = número de horas de luz por dia (“COMPRIMENTO DO DIA”); 15/03/2022 63 15/03/2022 64 O comprimento do dia varia durante o ano. Essa variação é maior em regiões de altas latitudes e menor em regiões de baixas latitudes (Em latitude de 0o não há variação no fotoperíodo durante o ano .: 12 diurnas e 12 horas noturnas). Primavera Verão O utono Inverno Primavera 12 h 14 h 10 h Fotoperíodo 40° 30° 20° 10° 40° 30° 20° 10° 0° 22/9 21/12 21/3 21/6 22/9 0° 15/03/2022 65 15/03/2022 66 Confresa 10°39‘ S 51°34' O A soja apresenta resposta fotoperiódica quanto ao florescimento; O fotoperíodo, juntamente com a temperatura condicionam o florescimento; O que regula o florescimento é o acúmulo de horas de escuro pelos fitocromos (pigmento da planta); 15/03/2022 67 A sensibilidade ao fotoperíodo é característica variável entre cultivares, ou seja, cada cultivar possui seu fotoperíodo crítico, acima do qual o florescimento é atrasado; OBSERVAÇÃO Para a escolha do cultivar é necessário avaliar as exigências hídricas, térmicas e fotoperiódicas; A soja é considerada uma planta de dias curtos (noites longas), ou seja, o estímulo para o florescimento ocorre quando os dias começam a encurtar – início do verão (hemisfério Sul = 21/12). Variação do fotoperíodo em diferentes latitudes e representação da época de indução floral de plantas de dias curtos (PDC) e plantas de dias longos (PDL), ambas com um fotoperíodo crítico de 13h 12 h 14 h 10 h Fotoper. 30° 40° 40° 20° 10° 0° 30° 20° 10° 0° 22/9 21/12 21/3 21/6 22/9 Fotoperíodo crítico = 13h Fotoperíodo crítico = 13,5h PDL PDCOBSERVAÇÃO: Em função dessa característica, a faixa de adaptabilidade de cada cultivar varia à medida que se desloca em direção ao norte ou ao sul. 15/03/2022 68 12 h 14 h 10 h Fotoper. 40° 30° 20° 10° 0° 40° 30° 20° 10° 0° 22/9 21/12 21/3 21/6 22/9 PDC Fotoperíodo crítico = 13h PDL Fotoperíodo crítico = 13,5h Variação do fotoperíodo em diferentes latitudes e representação da época de indução floral de plantas de dias curtos (PDC) e plantas de dias longos (PDL), na latitude de 30°. Cultivares: mais precoces mais tardios Alguns cultivares possuem adaptabilidade mais ampla, possibilitando sua utilização em faixas mais abrangentes de latitudes (locais) e de épocas de semeadura. Isso ocorre porque mesmo que atinja o fotoperíodo crítico a planta apresenta-se em estado de “juvenilidade”, ou seja, insensível ao florescimento. Essa característica conhecida como “período juvenil longo”, permitiu o avanço da cultura em áreas de baixa latitude (cerrado). O período juvenil longo é resultado de melhoramento genético. 15/03/2022 69 Na fase juvenil, a soja não floresce, mesmo quando submetida ao fotoperíodo indutivo, permitindo assim maior crescimento vegetativo e evitando quebra na produção. D) EXIGÊNCIAS DE SOLO O solo ideal deve apresentar: em torno de 25% de macroporos e 25% de microporos: - boa capacidade de retenção de água e nutrientes; - boa macroporosidade para permitir a aeração do solo e a respiração das raízes e dos microorganismos. A macroporosidade também permite a infiltração de água e evita o encharcamento; 15/03/2022 70 ausência de camada compactada, permitindo o crescimento radicular em profundidade; RAÍZES PROFUNDAS APROVEITA ÁGUA EM PROFUNDIDADE IMPORTANTE PARA SOLOS ARENOSOS E COM AUSÊNCIA DE CHUVASoja em solo não compactado RAÍZES SUPERFICIAIS DÉFICIT HÍDRICO E NUTRICIONAL Soja em solo compactado -profundidade do solo de 1 a 2 metros (solos rasos são mais suscetíveis à erosão e armazenam menos água); -topografia plana, levemente ondulada ou com declive suave para facilitar a mecanização; - pH (CaCl2) entre 5,5 a 6 para melhor desenvolvimento do rizóbio e reduzir o teor de Al3+; 15/03/2022 71 4. INSTALAÇÃO DA CULTURA DA SOJA 4.1) DIAGNÓSTICO DA ÁREA A) Verificar a necessidade de correção dos atributos químicos e físicos Verificar a necessidade de adubação e calagem; Identificar possíveis camadas compactadas; Calagem: Visa elevar a saturação por bases a 60% e o teor de Mg a um mínimo de 5mmolc dm3 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 0 20 40 60 80 V (%) s c /h a BRSMT Pintado MG/BR-46 Fonte: Boletim de Pesquisa da Soja, 2005 15/03/2022 72 FIGURA 1. Efeito da saturação por alumínio sobre a produção de massa seca da parte aérea de soja.(Lima et al., 2003) FIGURA 2. Efeito da saturação por alumínio sobre a produção de massa seca da raiz de soja .(Lima et al., 2003) 15/03/2022 73 Calagem • Quanto aplicar ? – Varia de acordo com região e análise de solo – Método baseado nos teores de Ca, Mg e Al • NC (t ha-1) = Y x Al + 2 – (Ca + Mg) – Métodos que avaliam o pH ou a saturação por bases • NC (t ha-1) = [(Vdesejado– Vanálise) x CTC] / 10 x PRNT • Vdesejado para soja é de 60% Calagem • Qualidade do calcário – PRNT altos e baixos – Reatividade (antecedência de aplicação) • Aplicar o calcário antes (60 a 90 dias) da semeadura da cultura (granulometria) 15/03/2022 74 Management of the Cerrado soils of Brazil: a review Adubação: Tabela: Recomendação de adubação para a cultura da soja (Boletim 100) Produtivida de P resina, mg/dm3 K+ trocável, mmolc/dm3 esperada N 0-6 7-15 16- 40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 t/ha -----------P2O5, kg/ha--------- -- -------------K2O, kg/ha----------- 1,5-1,9 0 50 40 30 20 60 40 20 0 2,0-2,4 0 60 50 40 20 70 50 30 20 2,5-2,9 0 80 60 40 20 70 50 50 20 3,0-3,4 0 90 70 50 30 80 60 50 30 3,5-4,0 0 - 80 50 40 80 60 60 40 15/03/2022 75 15/03/2022 76 Management of the Cerrado soils of Brazil: a review http://www.iapar. br/modules/notic ias/article.php?s toryid=1342 +P -P http://www.iapar.br/modules/noticias/article.php?storyid=1342 15/03/2022 77 B o le tim d e p e s q u is a s o ja 2 0 1 7 / 2 0 1 8 – F u n d a ç ã o M a to G ro s s o Boletim de pesquisa soja 2017 / 2018 – Fundação Mato Grosso 15/03/2022 78 Boletim de pesquisa soja 2017 / 2018 – Fundação Mato Grosso 15/03/2022 79 Boletim de pesquisa soja 2017 / 2018 – Fundação Mato Grosso 15/03/2022 80 Boletim de pesquisa soja 2017 / 2018 – Fundação Mato Grosso OBSERVAÇÕES.: -A inoculação das sementes dispensa a adubação nitrogenada; -Aplicar 15kg/ha de S para cada tonelada de produção esperada; -Aplicar 5 kg/ha de Mn em solos com teor desse micronutriente inferior a 1,5 mg/dm3; -Em solos ácidos aplicar via sementes: 12 a 30 g de Mo/ha e 2 a 3 g de Co/ha. -Nas dosagens de K2O superior a 50kg/ha utilizar metade da dose em cobertura, principalmente em solos arenosos, 30 a 40 dias após a germinação, para cultivares de ciclo mais precoce e mais tardio, respectivamente. - A necessidade de calagem e adubação deverá ser determinada com antecedência para não atrasar a semeadura; 15/03/2022 81 15/03/2022 82 Fonte: Boletim de Pesquisa da Soja, 2005 Fonte: Boletim de Pesquisa da Soja, 2005 A deficiência de K aumenta a suscetibilidade a doenças 15/03/2022 83 Fonte: Informações Agronômicas, 1994 Fonte: Informações Agronômicas, 1994 15/03/2022 84 Fonte: Informações Agronômicas, 1994 Management of the Cerrado soils of Brazil: a review 15/03/2022 85 B) ESCOLHA DA CULTIVAR APROPRIADA O melhoramento genético da soja busca: - aumentar o potencial produtivo; - resistência/tolerância à pragas e doenças; - teor de proteína e óleo; - boa arquitetura (altura, ramificação, inserção de 1ª vagem, acamamento); - ciclo; - Fixação simbiótica; - qualidade de semente (vigor); - hábito de crescimento (indeterminado ou determinado); -baixa deiscência; - A exigência em fertilidade do solo; - O histórico da área (histórico de pragas e doenças); - As recomendações para cada região do país; A recomendação da cultivar apropriada deve levar em consideração: 15/03/2022 86 O fotoperíodo crítico para induzir o florescimento é característica intrínseca de cada cultivar Além disso, a temperatura irá influenciar o ciclo Duração ciclo -super precoce (menos de 100 dias); -precoce (100 a 115 dias); -semi precoce (116 a 125 dias); -médio (126 a 137 dias); -semi tardio (138 a 150 dias); -tardio (mais 150 dias); CICLO 4.2) ÉPOCA DE SEMEADURA A época de semeadura é um dos fatores que mais influenciam o rendimento da soja; Semeaduras em épocas inadequadas podem afetar o porte, o ciclo e o rendimento das plantas; Generalizando, recomenda-se a semeadura da soja a partir da segunda quinzena de Outubro até a primeira quinzena de Dezembro; Quando cultiva-se safrinha em sucessão à soja, em regiões de inverno seco, o ideal seria antecipar o cultivo de soja, para implantar a cultura seguinte ainda com as últimas chuvas de verão; Em SSD, com cultivo de plantas de cobertura antecedendo a soja, a semeadura da soja é prorrogada para Dezembro; A escolha da época semeadura, dentro da época recomendável, vai depender, além da disponibilidade de cultivares adaptados, do sistema de rotação adotado Ex.: 15/03/2022 87 SOJA DE CICLO TARDIO maior probabilidade de perdas por falta de água no enchimento dos grãos e por percevejos no final do ciclo. SOJA DE CICLO PRECOCE Baixo acúmulo de MS, plantas de porte baixo com poucos nós, inserção muito baixa de primeira vagem, não fecha entre-linha. 4.3. ÉPOCA DE SEMEADURA X CULTIVARES PARA ESCALONAMENTO DA PRODUÇÃO A instalação da cultura em diferentes épocas e com diversificação de cultivares permite o escalonamento da produção e melhora a distribuição da carga de trabalho na semeadura, na aplicação de defensivos, no controlede plantas daninhas e na colheita. O escalonamento da produção também reduz os riscos de perdas, devido à ampliação dos períodos críticos. Quando uma única cultivar ocupa uma área muito grande, no mesmo estádio de desenvolvimento, aumenta-se os riscos de perdas por falta ou excesso de água em períodos críticos como: floração, enchimento dos grãos ou maturação 15/03/2022 88 9 10 11 12 13 14 15 JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN F O TO P E R ÍO D O ( H O R A S ) 9 10 11 12 13 14 15 H O R A S D E E S C U R O Estímulo para o florescimento Instalação de cultivares com diferentes fotoperíodos críticos possibilita o escalonamento da produção Instalação da mesma cultivar em datas diferentes não altera a fase reprodutiva e a época de colheita 9 10 11 12 13 14 15 JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN F O TO P E R ÍO D O ( H O R A S ) 9 10 11 12 13 14 15 H O R A S D E E S C U R O Estímulo para o florescimento Exemplo da recomendaçã o de cultivar, influenciada pelo local, ciclo, exigência em fertilidae, etc. 15/03/2022 89 354 Escolha da Cultivar Vantagens de cultivares transgênicas RR: Flexibilidade dose e época aplicação, “Facilidade de controle” L.L. Mota & E.L. Brachtvogel. Ação de bioestimulantes em cultivares comerciais de soja na região Norte do Vale Araguaia MT, safra 2020/2021. http://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/agro/article/view/1146 A 8 7 ,0 2 A 6 7 ,8 2 A 9 0 ,5 7 A 9 0 ,1 8 B 8 7 ,6 5 A 8 7 ,2 8 A 8 5 ,0 9 A 6 7 ,3 8 A 8 9 ,4 9 A 9 1 ,9 3 A 9 8 ,4 9 A 9 3 ,6 3 B 7 8 ,8 3 A 6 1 ,7 2 B 7 0 ,2 9 A 8 7 ,6 7 B 8 7 ,3 1 A 9 2 ,5 2 B 7 0 ,8 3 A 5 7 ,4 7 A 8 4 ,0 4 A 7 9 ,5 6 A 9 7 ,7 9 B 7 6 ,5 6 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 M 8644 IPRO NS 7901 IPRO M 7739 IPRO CZ 48B32 IPRO HO CRISTALINO TMG 2185 IPRO Produtiv idade de grãos de soja (sc/ha) Proggib® Stimulate® Biozyme® Testemunha http://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/agro/article/view/1146 15/03/2022 90 4.5 TRATAMENTO DE SEMENTES COM FUNGICIDAS é recomendável porque grande parte das doenças da soja são transmitidas via sementes infectadas. as condições de umidade do solo no momento da semeadura nem sempre são as desejáveis, retardando a germinação e aumentando a possibilidade de contaminação pelos fungos do solo. 15/03/2022 91 MICRONUTRIENTES (COBALTO + MOLIBIDÊNIO) A aplicação de Co e Mo via sementes aumenta a eficiência das bactérias fixadoras de nitrogênio, pois o Co e o Mo são constituintes da enzima nitrogenase, presente no microorganismos, que tem a função de reduzir o N2 (atmosfera) em NH3. COM INOCULANTES A fixação simbiótica de nitrogênio, por meio das bactérias do gênero Bradyrhizobium, fornece quase todo o N que a soja necessita (65 a 85%). O inoculante fornece as estirpes de Bradyrhizobium mais eficientes em fixar N2. A dose de inoculante varia em torno de 200 a 250 g/100 kg de sementes. Fungicida / inseticida Inoculante à base de Bradyrhizobium japonicum (último) Micronutrientes Co e Mo. (primeiro) 15/03/2022 92 CUIDADOS COM A INOCULAÇÃO Fazer a inoculação todos os anos para que a nodulação ocorra com as estirpes presentes no inoculante e não com aqueles presentes no solo; Aumentar a dose do inoculante quando se faz a aplicação conjunta com fungicidas; Dobrar a dose do inoculante para o primeiro ano do cultivo de soja; Manter a semente inoculada protegida do calor excessivo, para manter o número de bactérias viáveis aderidas à semente; Inocular somente a quantidade de sementes a serem semeadas no dia, semear o mais rápido possível; Para a aplicação do fungicida, micronutrientes e inoculante, pode-se utilizar betoneiras, tambor giratório com eixo excêntrico ou máquinas específicas para tratar sementes. Não deve-se tratar sementes diretamente na caixa de sementes da semeadora. Deve-se sempre aplicar primeiro o fungicida e por último o inoculante. Quando as formulações forem via seca, recomenda-se umedecer antecipadamente as sementes com 300 ml de água por 50 kg sementes CUIDADOS COM O TRATAMENTO DE SEMENTES 15/03/2022 93 15/03/2022 94 15/03/2022 95 Tratador sementes on farm Faz. Ouro Verde, safra 2019/2020 Fotos: Elizeu L. Brachtvogel Tratador sementes on farm Faz. Ouro Verde, safra 2019/2020 Fotos: Elizeu L. Brachtvogel 15/03/2022 96 Tratador sementes on farm Faz. Ouro Verde, safra 2019/2020 Fotos: Elizeu L. Brachtvogel Injetor tipo “Micron”. Fotos: Orion Sistemas 15/03/2022 97 Injetor tipo “Micron”. Fotos: Orion Sistemas Injetor tipo “Micron”. Fotos: Orion Sistemas 15/03/2022 98 Adaptações a nível de produtor Faz. Sr. Giovane (Confresa), safra 2019/2020 Fotos: Elizeu L. Brachtvogel 15/03/2022 99 • POPULAÇÃO E DENSIDADE DE PLANTAS 5. SEMEADURA Em média recomenda-se uma população de, aproximadamente, 320 mil pL /ha, distribuídas em linhas espaçadas de 40 a 50 cm. De modo geral, cultivares de porte alto e de ciclo longo requerem populações menores. O inverso também é verdadeiro. Esse número de plantas pode variar em função da cultivar, do regime de chuvas da região, da fertilidade do solo, e da data de semeadura. Em áreas mais úmidas e/ou em solos mais férteis, a população pode ser reduzida (240-260 mil plantas) Em condições extremamente desfavoráveis de solo, clima e época de semeadura pode-se aumentar a população para 350 a 400 mil pL/ha • UMIDADE DO SOLO NO MOMENTO DA SEMEADURA O solo deve apresentar umidade suficiente para embebição da semente A semeadura em solo seco (“no pó”) retarda a germinação e reduz a velocidade de crescimento da plântula, aumentando a possibilidade do ataque de pragas e microorganismos patogênicos. Por outro lado, solo com umidade excessiva dificulta a operação de semeadura, dificulta a deposição uniforme da semente no sulco, e aumenta os riscos de compactação. 15/03/2022 100 • CUIDADOS ESPECIAIS PARA SEMEADURA a) Regular previamente a semeadora para distribuir o número desejado de sementes. Atenção especial deve ser dada ao “disco dosador de sementes”. Utilizar discos com diâmetro dos furos adequado ao tamanho das sementes. b) A velocidade de deslocamento da semeadora influi na uniformidade de distribuição e nos danos provocados às sementes, especialmente pelos discos dosadores. A velocidade ideal de deslocamento está entre 4 km/h e 6 km/h. c) O adubo deve ser distribuído ao lado e abaixo da semente, pois o contato direto prejudica a absorção da água pela semente. 15/03/2022 101 d) Profundidade de semeadura varia de acordo com o tipo de solo e manejo Em solo seco, arenoso, com dificuldade de manutenção da água, recomenda-se semeaduras mais profundas, ou seja, de 4 a 7 cm, garantindo maior umidade para germinação. Em solos com maior manutenção da água (argilosos, maior % MO ou com palha na superfície) pode-se fazer a semeadura mais superficial, ou seja, de 3 a 5 cm. • SEMEADURA EM “SISTEMA SEMEADURA DIRETA” b) Necessidade de semeadoras que possuam discos de corte da palha, facilitando a abertura do sulco, a deposição da semente na profundidade adequada e o fechamento do sulco, sem ocorrer arraste de palha e embuchamento (linhas desencontradas tb é importante). a) Devido às irregularidades do terreno é importante que a semeadora possua as linhas de semeadura independentes e com rodas limitadoras de profundidade em cada linha c) Devido ao adensamento superficial que ocorre em SSD, pode-se acoplar à semeadora facões escarificadores para romper essa compactação somente na linha de semeadura, permitindo o crescimento radicular em profundidade. 15/03/2022 102 Cultura da soja 382 Semeadora adequada Uma semeadora para cada caso! Cultura da soja 383 Semeadora adequada = Semeadura adequada 15/03/2022103 Cultura da soja 384 Semeadora para PD em palhada Cultura da soja 385 15/03/2022 104 Cultura da soja 386 Cultura da soja 387 15/03/2022 105 Cultura da soja 388 15/03/2022 106 COLHEITA 15/03/2022 107 Laminas de corte COLHEITA Umidade menor que 13% dano mecânico imediato; Ideal = 14% (difícil de conseguir a campo no MT) Umidade maior que 16% dano latente (não é perceptível mas afeta o poder germinativo da semente); 15/03/2022 108 Cultura da soja Colheita Depois da maturidade fisiológica (estádio fenológico R8), planta atinge ponto de colheita (15% de umidade no grão) em 10 a 15 dias, dependendo do clima. Cultura da soja R7 Inicio da Maturidade uma vagem normal na haste principal que tenha atingido a cor de vagem madura, normalmente marrom ou palha, dependendo do cultivar. 15/03/2022 109 Planta de soja no estádio R8 e seqüência de maturação das vagens e grãos . R6 R7 R8 INÍCIO DE R7 INÍCIO DE R8 15/03/2022 110 Cultura da soja Colheita Atenção para a correta regulagem da colhedora Determinação perdas por coleta dos grãos em 2 m2 Perda tolerada = Até 1 sc/ha. 15/03/2022 111 FATORES QUE AFETAM A COLHEITA - Preparo do solo ruim; - Época inadequada de semeadura (reduz altura de plantas e a inserção de primeira vagem perdas na colheita); - Espaçamento e densidade de plantas reduz altura de plantas ou aumenta o acamamento; - Plantas daninhas; - Atraso da colheita; - Umidade inadequada dos grãos; - Regulagem da máquina Perdas na colheita - 80% plataforma de corte (molinete e barra de corte); - 12% mecanismos internos (trilha, separação e limpeza); - 3% deiscência natural; 15/03/2022 112 Cultura da soja
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