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Ancylostoma → causador de ancilostomose animal e inflamação cutânea no homem (larva migrans) → INTESTINO DELGADO NEMATÓIDE Espécie: Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliense (menor); ● 3 pares de dentes marginais pontiagudos e um par de dentes ventrolaterais → caninum ● 2 pares de dentes dorsais grandes e dentes ventrais muito pequenos → braziliense Ovos: Formato de barril e casca fina e lisa. Hospedeiros Ancylostoma caninum Ancylostoma braziliense Cães Cães Raposas Raposas Humanos (Acidental) Gatos Humanos (Acidental) Ciclo Ao chegarem no ambiente através das fezes, os ovos tornam-se larvados (L1) e, após, liberam as larvas rabditóides (L2). Uma vez no solo, a L2 leva por volta de uma semana para tornar-se larva filarióide (L3) ou infectante. Essa penetra a pele dos animais e, acidentalmente, a pele do homem. A infecção dos hospedeiros pode ser por via oral, infecção passiva, a mais comum, ou por via cutânea, infecção ativa, a mais rara. As larvas ingeridas penetram nas glândulas gástricas e depois de um curto período, migram para a luz do intestino delgado onde atingem a maturidade. Na infecção ativa, via cutânea, as L3 atingem a circulação linfática ou vasos sanguíneos e através dela vão ao coração direito, pulmões, perfuram os capilares dos alvéolos pulmonares, chegando à traquéia, laringe e faringe. Quando chegam à faringe as larvas podem ser deglutidas ou expectoradas, as que forem deglutidas chegam ao intestino delgado e tornam-se adultos (Ciclo de Looss). O ciclo pulmonar ou ciclo de Loss acontece em alguns parasitas que têm em seu ciclo de vida a necessidade de maturação das larvas no pulmão. Tais agentes incluem: Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides. O local preferencial de instalação no intestino é no final do duodeno (intestino delgado), mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco (em infecções maciças), onde torna-se o verme adulto (L4). O período pré-patente varia de cinco a sete semanas. No homem, entretanto, a infecção fica limitada na maioria dos casos à inflamação da pele, chamada de "bicho-geográfico". Raramente ocorre alguma migração tecidual, não causando doença intestinal. O terceiro tipo de infecção é a pré-natal, onde as larvas atingem o feto pela circulação das mães. Entretanto, os ancilóstomos só chegam à maturidade por ocasião do nascimento dos filhotes e após 10 a 12 dias já são encontrados ovos em suas fezes. Há ainda a infecção através do colostro, onde as L3 que se encontravam inativas na musculatura das mães, voltam a atividade devido a queda de imunidade do hospedeiro, migram para a glândula mamária e são eliminadas no leite por um período de mais ou menos três semanas após o parto. http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ancylostoma%20caninum.htm#1 http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ancylostoma%20caninum.htm#3 http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ancylostoma%20caninum.htm#4 Sinais clínicos Dificuldade respiratória (dispneia); diarreia sanguinolenta (melena); anemia (apatia) Nos animais podem provocar bronquite/alveolite, nos pulmões; no intestino a hisitiofagia e hematofagia provocam erosão da mucosa, levando a formação de úlceras intestinais, seguindo-se anemia microcítica hipocrômica e também hipoproteinemia. Os animais jovens podem apresentar perda de sangue grave (melena, sangue fecal vivo e/ou anemia) e diarréia. Os filhotes de cinco a 10 dias podem vir a óbito antes que os ovos apareçam nas fezes. Os animais mais velhos dificilmente apresentam a doença exclusivamente pelo Ancylostoma e, além disto, nestes animais a resposta medular compensa a perda de sangue. Diagnóstico O diagnóstico se dá pela identificação de ovos nas fezes (Técnica de Willis Mollay; Faust; Hoffman; TF-teste) e pelo exame hematológico para constatação da anemia. Tratamento Na ancilostomíase são indicados os anti-helmínticos a base de pirantel e praziquantel. Deve-se tratar cadelas prenhes, uma vez durante a prenhes e os lactentes com 1 a 2 semanas de idade, repetindo após 2 semanas. Prevenção e controle O uso de calçados nos locais infestados, assim como o tratamento dos animais parasitados ou a proibição de sua circulação em locais públicos, como praças e praias, reduzem as chances de infecção do homem. O piso dos canis não deve ter frestas e deve ser mantido seco, a cama (se houver) descartada diariamente, as áreas livres de cimento devem ser mantidas limpas e secas. Remover as fezes com uma pá antes de jogar água com a mangueira, são medidas que ajudam na prevenção desta e outras parasitoses Referências http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ancylostoma%20cani num.htm http://www.adivaldofonseca.vet.br/Helmintoses/Companhia/Leituracomplementar/Par asitoses%20de%20Caes%20e%20Gatos.pdf http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/KnOys9URO6TFxcW_ 2013-6-14-14-56-29.pdf http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ancylostoma%20caninum.htm http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ancylostoma%20caninum.htm http://www.adivaldofonseca.vet.br/Helmintoses/Companhia/Leituracomplementar/Parasitoses%20de%20Caes%20e%20Gatos.pdf http://www.adivaldofonseca.vet.br/Helmintoses/Companhia/Leituracomplementar/Parasitoses%20de%20Caes%20e%20Gatos.pdf Toxocara → causador de toxocaríase (larva migrans visceral) → INTESTINO DELGADO NEMATÓIDE Espécie: Toxocara canis e Toxocara mystax ou Toxocara cati; ● Adultos → Verme grande de coloração branca/creme. Ovos: Coloração castanho-escura , são subglobulares, com casca espessa, rugosa e pontilhada (parece um “ovo frito”). Hospedeiros Toxocara canis Toxocara mystax ou Toxocara cati Cães Gatos Raposas Humanos (Acidental) Humanos (Acidental) Ciclo Os ovos de Toxocara chegam ao meio ambiente junto com as fezes do hospedeiro. Na massa fecal as larvas se desenvolvem (no ovo) até a fase infectante (L3). Quando os ovos embrionados são ingeridos por um cão eclodem no intestino e liberam as larvas, que penetram na parede intestinal. Em cães jovens, através da circulação vão ao coração direito, pulmões, perfuram os capilares dos alvéolos pulmonares, chegando à traquéia, laringe e faringe. Quando chegam à faringe as larvas podem ser deglutidas ou expectoradas, as que forem deglutidas chegam ao intestino delgado e tornam-se adultos. Vermes fêmeas depositam ovos adultos no intestino delgado. Embora cães idosos possam ser infectados do mesmo modo, as larvas são mais propensas a encistar em tecidos. Estágios encistados são reativados em cadelas durante a gestação tardia e infectam os filhotes, por via transplacentária ou transmamária. Como resultado, os vermes adultos estabelecem-se no intestino delgado dos filhotes (a principal fonte de contaminação do ambiente). Os seres humanos são hospedeiros acidentais que são infectados pela ingestão de ovos infectantes em solo contaminado ou hospedeiros de transporte infectados. Após a ingestão, os ovos eclodem em larvas. As larvas penetram na parede intestinal e são difundidas para vários tecidos (p. ex., fígado, coração, pulmões, cérebro, músculos, olhos). A lesão típica é o granuloma alérgico. A incubação dura de semanas a meses. Manifesta-se comumente em crianças por sintomas inespecíficos, podendo ocorrer febre, eosinofilia, leucocitose, manifestações pulmonares, cardíacas, hepatomegalia, lesões cerebrais, síndrome de Loeffler (tosse, febre, infiltrado pulmonar e eosinofilia). Sinais clínicos Abdome abaulado; Falha em ganhar peso; Vômito; Diarreia; Secreção nasal espumosa; Tosse; Aumento da FR. Hemorragias focais nos pulmões; Pneumonia (Infecções intensas); Edema pulmonar (Infecções intensas); Enterite mucóide; Oclusão parcial ou completa do intestino. Diagnóstico O diagnóstico se dá pela identificação de ovos nas fezes (Técnica de Willis Mollay; Faust; Hoffman; TF-teste) e pelo exame hematológico para constatação da anemia. Em seres humanos o diagnósticoé feito por dados laboratoriais e provas imunológicas (imunofluorescência, ELISA). Tratamento Na ancilostomíase são indicados os anti-helmínticos a base de pirantel, fembendazol e ivermectina. Deve-se tratar cadelas prenhes, uma vez durante a prenhes e os lactentes com 1 a 2 semanas de idade, repetindo após 2 semanas. ● Fêmeas - última semana de gestação → Cadelas - 42 dias de gestação e 2º dia da lactação. ● Tratamento aos 15, 30 e 60 dias de vida (tratar também as mães). Tratar com fembendazol, pois é muito seguro e é um vermífugo de amplo espectro. O correto seria acompanhar a fêmea e os filhotes para ver se tem os parasitos, mas muitas vezes é inviável. ● Adultos: tratamento a cada 4 meses (ou exame positivo) durante toda a vida. Mais indicado para animais com maior contato com a rua a cada 4 meses. ● Cães e gatos que não saem de casa: a cada 6 meses. O ideal seria fazer o exame coproparasitológico, observar o parasito e administrar o anti-helmíntico indicado. Prevenção e controle A prevenção consiste em tratar os animais domésticos, dar destino adequado às fezes desses, cuidados com crianças em bancos de areia que podem conter fezes de animais domésticos. Cliente Riscado Dioctophyma renale → causador da DIOCTOFIMÍASE. Verme gigante do rim (maior parasita nematódeo de animais domésticos, silvestres e humanos). CESTÓDEO Localização: rim direito; esquerdo; cavidade abdominal; bolsa escrotal, ureteres; bexiga e estômago. Morfologia: Apresenta uma coloração vermelho-escura conferida provavelmente pela hematofagia ao parasitar o hospedeiro definitivo. Ovos: bioperculados, elípticos, coloração castanho-amarelada e apresentam casca espessa e enrugada, tampões bipolares com uma a duas células em seu interior. Hospedeiros Intermediários Paratênicos Definitivos Lumbriculus variegatus Sapos Canídeos silvestres e domésticos (errantes) Minhoca Rãs Furão; Lontra; Quati; Mão pelada Peixes de água doce Gato Humanos (por comerem peixe cru) Bovinos Ciclo Os ovos são eliminados pela urina do hospedeiro definitivo em ambiente aquático, sendo que, no momento da eliminação, o ovo já contém o primeiro estágio larval (L1).Passado um mês no meio, em temperatura 14 aproximada de 20° C, há o desenvolvimento do segundo estágio larval (L2). Após ser consumido pelo hospedeiro intermediário, os ovos são incubados no trato digestivo por dois a três meses e eclodem no terceiro estágio larval (L3). Depois, há dois caminhos que podem ocorrer: (1). O hospedeiro definitivo ingere o hospedeiro intermediário. Após a ingestão, as larvas migram do estômago para o rim passando pelo fígado e cavidade abdominal no caminho. As L3 passam para o quarto estágio larval (L4) após 45 dias e chegam a forma adulta (L5) depois de seis meses da infecção no hospedeiro final. (2). O hospedeiro intermediário é consumido por um hospedeiro paratênico. As larvas não se desenvolvem e encistam na musculatura, estômago e fígado do animal. Se o hospedeiro definitivo consumir esse animal, as larvas encistadas migram do estômago para o rim passando pelo fígado e cavidade abdominal. As L3 passam para o quarto estágio larval (L4) após 45 dias e chegam a forma adulta (L5) depois de seis meses da infecção no hospedeiro final. O PPP é de 2 anos Patogenia O helminto causa lise dos tecidos em decorrência da secreção de glândulas esofagianas e com isso ocorre destruição do parênquima renal, resultando em destruição progressiva das camadas cortical e medular, reduzindo o órgão a uma cápsula fibrosa com helmintos e conteúdo sanguinolento. Além disso, o parasito também pode levar a hidronefrose por obstrução do o óstio uretral interno. Geralmente o animal é assintomático, pois o outro rim terá uma hipertrofia compensatória para suprir as demandas do rim afetado (mais comumente o direito). Sinais clínicos Assintomático; disúria (dificuldade ao urinar); hematúria; dor lombar. Relutância em caminhar, poliúria, polidipsia, anorexia, vômitos, aumento do volume da região inguinal, aumento de volume da região subcutânea em decorrência da migração errática do parasito e emagrecimento progressivo. Diagnóstico O diagnóstico se dá pela identificação de ovos bioperculados na urina, pois é o único parasito com ovo na urina. Tratamento O tratamento consiste em remoção cirúrgica, visto que ele não seria facilmente removido do interior do rim dada sua espessura e tamanho. Não há opção farmacológica parasitária eficaz para o tratamento do D. Renale. Prevenção e controle Identificação e tratamento (retirada do rim acometido) dos animais infectados, evitar ofertar minhocas, rãs e peixes crus ou pouco cozidos especialmente em áreas endêmicas para cães e consumo próprio e evitar exposição dos cães em regiões costeiras. Além disso, realizar o controle para animais domésticos de vida semi domiciliar. Referências file:///C:/Users/Cliente/Downloads/dioctophyma-renale-revisatildeo.pdf Dirofilariose – Cardiopatia parasitária Espécie: Dirofilaria immitis Epidemiologia - Distribuição cosmopolita ● Antigamente era restrita a áreas litorâneas, mas com o desmatamento passou a se disseminar para outras áreas. ● Locais com muitos cães errantes e com vetores são mais propensos. ● Machos de grande porte são mais propensos (talvez pela maior superfície corporal). ● Cães de guarda também são mais propensos, pois não ficam dentro de casa. Localização: Os adultos estão presentes no ventrículo direito e artéria pulmonar do HD. As larvas estão presentes no sangue, como L1 (microfilárias) no HD. O adulto libera essas larvas L1 na circulação. Morfologia: São vermes grandes, longos (2 a 50 cm) e altamente patogênicos. Hospedeiros Intermediários Definitivos Culex spp. Canídeos Aedes spp. Felídeos Anopheles spp. Humanos Ciclo Os L5 ficam no ventrículo direito e artéria pulmonar no hospedeiro definitivo e copulam para produzir a L1 (microfilárias), que irão cair na circulação. As L1 são espoliadas por mosquitos (HI) durante o repasto sanguíneo e nos túbulos de malpighi do mosquito as larvas passam de L1 para L3. Depois de 14 dias as larvas L3 migram para hemolinfa e em seguida para o aparato bucal do mosquito. Esse mosquito vai espoliar outro HD, inoculando a L3. Nele a larva se diferencia para L4 depois de 1 semana. É aqui que a medicação preventiva age, por isso a medicação preventiva deve ser contínua. Cerca de 6 meses depois as larvas L4 vão para o coração, onde se diferenciam em L5 (larva adulta). A longevidade da L5 no coração do cão é de 5-8 anos. Para o gato é só 1-2 anos. OBS: O gato não é um hospedeiro tão bom para a Dirofilaria e normalmente o gato morre antes por morte súbita. Isso porque o cão pode ter até 100 dirofilarias e o gato apenas de 1-4. A longevidade da L1 no cão é de 2-3 anos e no gato de apenas 1 mês. As microfilárias aumentam seu número na circulação ao entardecer e possuem seu pico nas primeiras horas da madrugada e depois vão decrescendo. A teoria é que elas se depositam em órgãos em geral durante o dia. Então, por exemplo, o cão chega na clínica durante o dia para fazer um exame, mas não serão vistas as microfilárias, dando um diagnóstico falso negativo, pois as larvas estão depositadas em órgãos. Patogenia Síndrome cardio vasculo pulmonar: ocorre um traumatismo do endotélio pela presença física dos vermes, o que resulta em descamação e exposição do subendotélio e com isso infiltração de polimorfonucleares, macrófagos e plaquetas, resultando em inflamação e formação de trombo, que pode obstruir vasos através de embolismo. Síndrome cava posterior: um aumento do número de dirofilárias no ventrículo direito pode comprometer o átrio direito, somado ao fato da formação do trombo pode comprometer então as veias cavas e causar insuficiência cardíaca congestiva direita, levando a hipóxia hepática e ascite. Síndrome glomerular: ocorre deposição de imunocomplexos nos glomérulos, resultando em insuficiência renal. Normalmente ocorre em uma fase terminal da doença. Sinais clínicos Forma subclínica (classe 1) → os animaissão assintomáticos, mas em um raio X são detectadas pequenas deformidades nas artérias pulmonares. Forma moderada (classe 2) → os animais apresentam tosse pós exercício. No raio X observa-se hipertrofia ventricular direita e dilatação da artéria pulmonar. Forma grave (classe 3) → animal apresenta ICCD com tosse persistente, polipneia, dispneia e ascite. Diagnóstico O diagnóstico se dá com base no histórico: animais que vão com tutores à praia, por exemplo. E também em exames laboratoriais: técnica de Knott (se observa as dirofilárias); SNAP 3DX (teste para erliquiose, doença de Lyme e dirofilariose); SNAP 4X (teste para dirofilariose, Lyme, anaplasmose e erliquiose). Tratamento Cães com as classes II e III da clínica possuem riscos inerentes ao tratamento. Existe uma chance altíssima de desenvolvimento de tromboembolismo. Importante dosar proteínas e plaquetas. As plaquetas vão para a lesão para formar o trombo e com isso há trombocitopenia. Para proteínas se dosa para observar proteinúria. ALT, AST (aspartato transferase), FA (fosfatase alcalina), PT, albumina são proteínas hepáticas. Importante avaliar a função hepática, pois o fígado vai metabolizar o fármaco. Realizar também um raio x. Classe 1 e 2 Classe 3 → Dihidrocloridrato de melarsomina (IMMITICIDE): dose 2,5 mg/kg (IM) repete após 24h. Deixar o cão em repouso relativo. → AS (ácido acetilsalicílico): 5mg/kg/dia por 21 dias antes e 30 dias após. → Mesma dose, mas repete depois de 1 mês e depois desse 1 mês repetir no outro dia. O animal deve ficar internado por 15 dias (já depois da 1ª dose) e depois repouso relativo de 15 dias. → AS (ácido acetilsalicílico): 5mg/kg/dia por 21 dias antes e 30 dias após. Além do IMMITICIDE, realizar o tratamento com o AS impede agregação plaquetária e proliferação de vilos arteriais (atua contra a formação dos trombos). Confirmar a eliminação 30 dias pós tratamento (ELISA). Tratamento e/ou preventivo ● Ivermectin: 0,6 µg/kg/mês → As lactonas macrocíclicas (como ivermectin) potencializam a ação inibidora neuronal mediada pelo GABA – hiperpolarização do neurônio, inibindo a transmissão nervosa (paralisia flácida); ● Advantage duo ®: imidacloprid (contra pulgas) + ivermectina (contra dirofilariose). ● Cardomec plus ®: ivermectin + pirantel. ● Endogard ®: drontal plus (pirantel + praziquantel + febantel) + ivermectin; Obs.: pirantel age contra nematódeos, praziquantel contra cestódeos e febantel contra Trichuris. Não administrar Endogard ® mensalmente, pois causa resistência. ● Preventivo Selamectina (Revolution): é uma avermectina sintética – 6 mg/kg/mês. É segura em gestantes e filhotes. Advocate ®: moxidectina (é uma avermectina) + imidacloprid (anti pulgas). ● ProHeart ®: é uma injeção SC com microesferas de moxidectina injetadas e liberadas ao longo do tempo, tendo duração de 12 meses com uma única injeção. Prevenção e controle Coleiras anti mosquitos: Scalibor ®, Seresto ® por exemplo. Referências https://www.scielo.br/j/cr/a/jkFwpYWrkmjLWvQfzbdWV6S/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/cr/a/jkFwpYWrkmjLWvQfzbdWV6S/?lang=pt&format=pdf Dipylidium spp → causador da Dipilidiose → INTESTINO DELGADO CESTÓDEO Ovos: Cápsula ovígera – até 30 ovos. Ovos coloração castanho - amarelada e quase sub esféricos. Morfologia: É um verme chato, que possui 4 ventosas em seu escólex e um rostelo com ganchos em sua porção anterior. Mais curto que a Taenia, comprimento máximo de 50 cm. As proglótides gravídicas nas fezes parecem grãos de arroz ou sementes de pepino. Hospedeiros HI HD Pulgas (Ctenocephalides spp., Pulex irritans) Cães Piolhos (Trichodectes canis) Raposas Gatos Humanos (Acidental) Ciclo O hospedeiro definitivo elimina as proglótides gravídicas (que se desprendem do parasito) pelas fezes. No ambiente as proglótides gravídicas liberam as cápsulas ovígeras que com o tempo liberam os ovos. Larvas de pulga (HI) ingerem os ovos (as larvas porque só elas podem mastigar, os adultos não). Dentro da larva da pulga são eliminadas larvas do ovo do parasito, que evoluem para larva cisticercóide. As larvas de pulga viram pulgas adultas e parasitam o cão ou gato e eles se coçam e se lambem, ingerindo a pulga acidentalmente, que morre, mas a larva cisticercóide do parasito sobrevive, evoluindo para se aderir ao intestino delgado, onde desenvagina o escólex e fixa-se na mucosa intestinal (verme adulto). No cão ou gato o parasito adulto no intestino delgado elimina proglótides, reiniciando assim o ciclo. Pouco patogênico: muitas centenas podem ser toleradas sem efeitos clínicos. Sinais clínicos Desconforto anal, prurido (pela pulga), dor por obstrução das glândulas anais. Os cães esfregam o ânus no chão (“cão em trenó''). Diagnóstico O diagnóstico se dá por Teste de Willis (flutuação: pega ovos leves), Teste de Faust (centrífugo-flutuação), Hoffman (sedimentação). Além disso, a presença de proglótides (semelhantes a sementes de pepino ou grão de arroz) na região perianal e nas fezes também sugerem o diagnóstico de dipilidiose. Tratamento Na dipilidiose são indicados os anti-helmínticos a base de praziquantel ou nitroscanato. Recomenda-se uma dose de reforço após 15 dias para matar a forma larval. Prevenção e controle O controle de pulgas e piolhos (pulverização do ambiente e controle no animal) e a destruição das proglótides nas fezes (substâncias cáusticas ou incineração) são as medidas profiláticas contra essa helmintose. Trichuris spp → “Verme chicote” causador da tricuríase → INTESTINO GROSSO NEMATÓIDE Espécie: Trichuris vulpi Ovos: Os ovos possuem formato de limão, com casca grossa e lisa, paredes laterais ligeiramente em formato de barril e bioperculado. Morfologia: Os adultos possuem extremidade posterior larga e espessa que se afunila rapidamente (formato de chicote): a extremidade anterior é longa e filamentosa. Hospedeiros HD → Ciclo monoxeno Cães Raposas Gatos Ciclo O hospedeiro definitivo elimina ovos não larvados pelas fezes. No ambiente os ovos se tornam larvados e param na L1. O HD ingere esse ovo, se infectando e liberando a larva L1 que penetra na mucosa do intestino grosso. Ela sai da mucosa para se tornar a forma adulta e libera ovos no ambiente. Infecção branda e assintomática, porém, em casos graves causa colite hemorrágica (o parasito tem propriedade hematófaga). A porção afinada do parasito penetra na mucosa para se alimentar de sangue. Sinais clínicos Em infecções intensas o animal apresenta diarreia aquosa com sangue, anemia e perda de peso. Sinais são inespecíficos. Apresenta também eosinofilia. Diagnóstico O diagnóstico se dá por Teste de Willis (flutuação: pega ovos leves), Teste de Faust (centrífugo-flutuação), Hoffman (sedimentação). Tratamento Na tricuríase são indicados os anti-helmínticos a base de pró-benzimidazóis e benzimidazóis (Febendazole, mebendazol e febantel) ou nitroscanato. Recomenda-se uma dose de reforço após 15 dias para matar a forma larval. Prevenção e controle Realizar a higiene do ambiente (recolher as fezes do ambiente, recolher matéria orgânica, lavar o ambiente, limpar a caixinha de areia do gato diariamente, desinfecção do ambiente) é a principal medida profilática contra essa helmintose. Physaloptera preputiales → causador da fisalopteriose → ESTOMÂGO → Maior ocorrência em gatos errantes. NEMATÓIDE Morfologia: Os machos possuem de 1,3 a 4,5 cm, enquanto as fêmeas possuem 2 a 6 cm. Ambos possuem uma projeção na extremidade posterior semelhante a um prepúcio, sendo um diferencial para os ascarídeos. Ovos: muito pequenos e claros, de difícil visualização. Hospedeiros HI HD Coleópteros coprófagos Caninos Grilos Felídeos Baratas Ciclo Helmintos adultos no estômago do HD (canídeos e felídeos) liberam ovos larvados nas fezes. Os HI (besouros, baratas e grilos) ingerem os ovos com L1 em seu interior e ocorre a transformação de L1 para L3, formando cistos. Gato ou cão (HD) se infectam por infecção passiva através da ingestão do HI junto com o alimento, havendo a liberação de L3que se fixa na mucosa gástrica se transformando até L5 (verme adulto). O PPP é de 60 a 90 dias. O parasito fica altamente aderido na mucosa gástrica. Muito semelhante ao Toxocara (semelhante aos ascarídeos), mas a Physaloptera fica na mucosa gástrica. Leva a uma gastrite catarral, pois os parasitos se locomovem e lesam a mucosa gástrica, podendo ter erosão e hemorragia também. Sinais clínicos Anorexia, êmese (pode vomitar parasitos adultos), melena (fezes de coloração enegrecida por sangue, visto que os vermes são hematófagos) e emagrecimento. Diagnóstico A necropsia é o padrão-ouro, pois se observa o parasito adulto fixado na mucosa gástrica (ascarídeo), visto que nem sempre os ovos são liberados nas fezes para que sejam utilizados outros métodos diagnósticos. TF-test: melhor diagnóstico, mas se não forem encontrados os ovos nas fezes não se descarta a possibilidade de haver o verme adulto. Portanto, os coproparasitológicos são falhos. Além disso, os ovos são muito pequenos e claros, de difícil observação. Tratamento Na fisalopteriose são indicados os anti-helmínticos a base de febendazole, mas os gatos são resistentes a esse tratamento. Por isso, recomenda-se ivermectina ou pirantel. OBS: O Drontal ® possui pirantel (atinge nematódeos, como o Physaloptera), praziquantel (atinge cestódeos, como Dipylidium). Já o Drontal plus ® possui pirantel, febantel (atinge Giardia) e praziquantel. Geralmente os anti-helmintos com “plus” no nome possuem febantel. Prevenção e controle O ideal seria impedir a ingestão do HI e realizar o combate contra eles, no entanto isso não é fácil de se realizar. Spirocerca lupi → causador da Espirocercose → ESTOMAGO, ESOFAGO E AORTA (ERRATICO) NEMATÓIDE Morfologia: Os machos possuem 3 a 5,5 cm e as fêmeas 5,5 a 8 cm. É um verme robusto e avermelhado com duas extremidades afiladas. Ovos: ovo com dupla camada, transparente e alongado. Hospedeiros HI HD HP Coleópteros coprófagos Canídeos (principal) Aves Felídeos Suínos Roedores Morcegos Sapos Lagartos Ciclo Os HD (canídeos e felídeos) com o verme adulto dentro de nódulos nas paredes do estômago e esôfago eliminam os ovos larvados do parasito nas fezes. Os HI (besouros coleópteros coprófagos) ingerem os ovos larvados e ocorre a transformação de L1 para L3, formando cistos. Os hospedeiros paratênicos ingerem o besouro, liberando a L3 que fica encistada nas vísceras. O HD pode se infectar ingerindo os hospedeiros paratênicos ou o HI (besouro). No HD, as larvas L3 são absorvidos no estômago e por via sanguínea migram para artéria celíaca e aorta (3 meses). Algumas larvas permanecem em nódulos na parede da Aorta (minoria) e outras (a maioria) migram sob a mucosa através dos tecidos adjacentes vindo a se instalar na parede do esôfago e estômago novamente (3 meses), onde formam nódulos e se desenvolvem de L3 para L5 (vermes adultos). Os nódulos estão na parede externa de esôfago e estômago e possuem um orifício (fístulas) que faz comunicação com a luz do trato digestivo, então se houver ruptura do tecido ocorre a liberação dos ovos que saem nas fezes. O PPP é de 5 a 6 meses. Sinais clínicos Nódulos esofágicos → A presença deles ocasiona regurgitação, vômito, sialorréia, tosse, pirexia (febre), disfagia, apatia e letargia. São sinais sugestivos, mas não patognomônicos. Animais podem ser assintomáticos, sendo apenas um achado de necropsia. Massa granulomatosa → Dor e disfagia (obstrução) e anorexia (emagrecimento). Pode também induzir a formação de neoplasias, principalmente osteossarcoma, mas também condrossarcoma. Essas neoplasias podem metastizar também. Pode ocorrer aneurisma (quando o parasito está na aorta ele forma nódulos e a torna mais enrijecida, podendo até ocorrer sua ruptura), levando à hemorragia (hemotórax) e morte por hipovolemia. Diagnóstico Coproparasitológico: Ovo bem pequeno (bem menor que Physaloptera) e claro, sendo muito difícil o diagnóstico. Pode ser pelo método de Willis-Mollay. Além disso, nem sempre os ovos são eliminados nas fezes, então muitas vezes o diagnóstico é por sinais clínicos: dificuldade de ingestão de alimentos, vômitos frequentes, anorexia e emagrecimento e observação dos nódulos por radiologia. Necropsia (padrão-ouro): presença dos nódulos e dos vermes no estômago e esôfago. Tratamento Na espirocercose são indicados os anti-helmínticos a base de pirantel (dose única) e doramectina. Prevenção e controle Não administrar vísceras cruas de aves (galinhas) aos cães. Não deixar eles soltos e não permitir que eles cacem. Platinossomose → “Fascíola hepática dos gatos” → FÍGADO TREMATODA Espécie: P. fastosum Morfologia: É um platelminto de 2,9 a 6,7 mm x 0,9 a 1,7 da classe Trematoda. Ovos: Epidemiologia: O parasito é encontrado em regiões tropicais e subtropicais. Os felinos com mais de dois anos são mais acometidos, pois é um ciclo bem complexo, sendo difícil ocorrer rapidamente. Também acomete mais os felinos de vida livre. As fêmeas, pelo seu hábito de predação, têm 95% a mais de chance de infecção. Hospedeiros 1º HI 2º HI HD HP Caramujos Isópodes Felinos Sapos Lesmas Besouros Lagartixas Baratas Rãs Ciclo O HD é o felino e o helminto se localiza no fígado e ductos biliares e raramente dos ductos pancreáticos dele. Nesses locais os vermes liberam ovos embrionados com miracídios em seu interior via fezes na água. Os miracídios eclodem dos ovos na água e são ingeridos pelo 1º HI (caramujos e lesmas). No 1º HI, ocorre três transformações do miracídio: esporocisto mãe, esporocisto filha e esporocisto filha maduro, rédias e cercárias. A cercária é ingerida por um isópode, ou besouro e barata (2º HI). Dentro desse 2º HI, a cercária se transforma em metacercária encistada. Esse 2º HI é ingerido por lagartixas, sapos e rãs (são hospedeiros paratênicos), liberando metacercárias livres que vão até a vesícula e ducto biliar desses animais. Os hospedeiros paratênicos são ingeridos pelo HD, ocorrendo a liberação das metacercárias livres no sistema digestório e migração das mesmas para o ducto biliar e vesícula biliar por meio da papila duodenal até o ducto hepático comum ou pode atingir o ducto pancreático (não é muito comum) também, onde evoluem até a forma adulta. O PPP é de 8 a 12 semanas. Ocorre uma inflamação local nas seguintes estruturas: ● Ductos biliares: colangite, fibrose e obstrução do ducto biliar e colangiocarcinoma; ● Fígado: hepatite, cirrose hepática; ● Pâncreas: lesão pancreática. Sinais clínicos Dependem da intensidade da infecção (número e tamanho dos parasitos). Então, muitas vezes, os animais podem ser assintomáticos. Mas também podem ocorrer sinais inespecíficos: êmese, adpsia (sem sede), desidratação, anorexia (muito parasito causa obstrução do ducto biliar), fezes acólicas (fezes esbranquiçadas por ausência de bile, que ocorre pela obstrução dos ductos biliares. É um sinal um pouco mais característico, podendo ser uma suspeita), diarreia e emagrecimento (por causa da anorexia) Como sinais graves temos icterícia (pós-hepática, pois há a obstrução) e até o óbito. Diagnóstico Hemograma: eosinofilia (ocorre pela presença de helmintos); Bioquímico: elevação das enzimas hepáticas: ALT, AST e de bilirrubina (comprometimento da vesícula biliar); Necropsia: adultos no ducto e vesícula biliar; Detecção do parasito: Técnica de Willis; Exame direto; Faust, Sheater; Formol-éter; TF-test. Obs.: se houver obstrução do ducto biliar, não há liberação de ovos nas fezes! Ultrassonografia: dilatação dos ductos biliares e presença de estrutura hiperecóica no interior dos ductos. Tratamento Na espirocercose são indicados os anti-helmínticos a base de praziquantel (repetir após três meses, se ainda sobrou helmintos seria a duração do PPP para eliminar o resto dos parasitos). Mecanismo de ação: afluxo de cálcio na membrana das células musculares, causando vacuolização e fragmentação do tegumento do helminto. Utilizado contra cestodas (Dipylidium, por exemplo) e trematodas. Prevenção e controle Tratamento dos animaisdoentes; Vermifugação dos animais (ideal realizar exame parasitológico antes); Impedir o contato de felinos com lagartixas e outros HP. Helmintoses em ruminantes. As helmintoses são as maiores causas de perdas econômicas, mas os produtores não dão importância, pois as verminoses são “silenciosas" (98% das infecções são subclínicas). Diminuem de 30 a 60 kg por ano de ganho de peso em gado de corte, retardo da puberdade de novilhas, menor número de crias, redução da produção de leite (e o produtor nem percebe). Por isso é importante a sanidade do animal para que eles possam expressar seu potencial genético, garantindo maior produtividade. Trichostrongylidae Haemonchus, Ostertagia, Trichostrongylus, Cooperia e Nematodirus ● Ovos de casca fina e todos iguais, só se diferenciam por coprocultura; ● O helminto macho adulto desta família possui uma bolsa copuladora desenvolvida com dois espículos. Ciclo geral → PPP: 2 a 3 semanas. Os parasitos estão no abomaso ou intestino delgado do HD (ruminante), onde realizam a cópula. A fêmea adulta elimina ovos nas fezes que liberam a larva L1. A larva L1 se desenvolve até L3 com boas condições de temperatura e umidade nas pastagens. A L3 possui uma cutícula dupla, não conseguindo se alimentar nesse período, mas pode permanecer no ambiente (pastagem) por muito tempo, tendo maior proteção A L3 infectante nas pastagens é ingerida pelo HD, se desenvolvendo até L4 (adulto) no abomaso ou intestino delgado. A vida parasitária no ambiente ocorre com temperatura ideal de 22 a 28º C (ou 18 a 26º C) e umidade de 80%. Síndrome Anêmica → causada por Haemonchus → ABOMASO Espécie: Haemonchus placei, H. similis, H.contortus Características: helminto hematófago espoliador. Ao espoliar o hospedeiro ele libera enzimas anticoagulantes, causando sangramento. O H. contornus (de pequenos ruminantes) espolia cerca de duas gotas de sangue por dia. Então 5000 Haemonchus espoliam 250mL de sangue por dia por meio de sucção e sangramento, sendo altamente patogênico. Os ovinos apresentam as conjuntivas perláceas (em infecção por pelo menos 1500 Haemonchus), sendo uma anemia intensa. Sinais clínicos A perda de sangue causa anemia e mucosas hipocoradas ou perláceas. As fezes são escurecidas com estrias de sangue digerido (não há diarreia!), fétidas, pequenas síbalas. Há também gastrite hemorrágica. Diagnóstico Necrópsia: Úlceras e hemorragias (petéquias e sufusões) no abomaso (gastrite hemorrágica), presença do parasito de coloração vermelha na mucosa. Síndrome Gastroentérica → causada por Trichostrongylus, Cooperia, Ostertagia, Nematodirus e Oesophagostomum → se alimentam de quimo (massa formada no estômago). Trichostrongylus → ABOMASO Espécies: T.axei (abomaso) e T. colubriformis (intestino delgado) Morfologia: Tem 0,2 – 0,9 cm (dificilmente visíveis numa necropsia), a bolsa copuladora é o único ornamento cuticular e possuem espículos curtos e grossos, além de um sulco excretor na região esofágica. Formam placas salientes no abomaso decorrente de infecção por T. axei Pode causar morte. Cooperia → INTESTINO DELGADO Espécies: C. puntacta (bovinos), C. pectinata (bovinos), C. oncophora e C. curticei (pequenos ruminantes). Morfologia: Tem 0,5-1 cm, infectando intestino delgado. Seu bulbo tem dilatação cuticular com estrias transversais (mola). Oesophagotomum → INTESTINO GROSSO Espécies: O. radiatum, O. columbianum e O. venulosum. Morfologia: Tem 1-2 cm, infectando intestino grosso. Possui vesícula cefálica e a cápsula bucal com uma dilatação entre elas bem característica. Forma nódulos. Ostertagia → ABOMASO Espécies: O. ostertagi (bovinos), O. trifurcata (ovinos e caprinos) e O. circumcincta (ovinos e caprinos). Morfologia: É típica de regiões frias (Sul), acometendo o abomaso e possuem 0,5 a 1cm. A lesão característica é a hipertrofia das glândulas gástricas. Nematodirus → INTESTINO DELGADO Espécies: N. spathiger e N. ficolis (típico de regiões frias) Morfologia: Possuem um espículo pontiagudo bem característico, infectando intestino delgado e tamanho de 1-3 cm. Sinais clínicos Os helmintos são quimivoros e os principais sinais clínicos são diarreia, anorexia, dor abdominal e desidratação, diminuindo o desenvolvimento e crescimento do animal. OBS: Pode ocorrer tanto síndrome anêmica (por Haemonchus) como síndrome gastroentérica (demais helmintos), pois, geralmente os animais são infectados por vários gêneros de parasitos (infecção mista). Diagnóstico Nas fezes se observa ovos indistinguíveis da família Strongyloidea (exceção é Nematodirus, que tem tamanho e desenvolvimento larval diferente), portanto, não é possível identificar o gênero dos parasitos. Para isso, é necessário realizar a coprocultura para identificação de L3. Epidemiologia Fatores que irão influenciar → sobrevivência das larvas; idade do hospedeiro; imunidade; padrões raciais; resistência individual; cobertura vegetal As larvas sobrevivem nas pastagens por todo ano (temperatura ideal e umidade elevada ocorre sempre. Mesmo na seca, se chover algum dia já tem umidade mínima, causando infecção constante. Abaixo de 10º C não ocorre desenvolvimento larval, mas os ovos ficam viáveis. No verão, a maior parte dos vermes (90%) estão nas pastagens e 10% estão nos animais. No inverno é o contrário (90% estão nos animais), sendo então o melhor período para o tratamento, para pegar mais vermes. Quanto mais jovem, mais suscetível A imunidade vai se desenvolvendo no animal até se estabelecer em 18 a 24 meses, mas qualquer tipo de estresse (transporte, cirurgia, mudança de alimentação, etc.) pode interferir nessa imunidade também, aumentando a susceptibilidade às helmintoses. Vacas, ovelhas e cabras quando se aproximam do parto têm o fenômeno periparto, abaixando a sua resistência, com isso elas são infectadas e eliminam mais ovos nas fezes (OPG aumenta), contaminando a pastagem e podendo infectar sua cria após o parto, sendo muito perigoso. Ovelhas com dieta com alto teor de proteína e energia auxilia no combate contra helmintoses, pois aumenta a imunidade. Existem diferenças de resistência e susceptibilidade em algumas raças de ovinos. Alguns animais podem eliminar vários ovos nas fezes, mas continuarem bem saudáveis e com bom escore, sendo chamados de resilientes. Porém, isso acaba por manter o helminto na propriedade, podendo infectar os demais animais e causar sinais clínicos nos não resilientes. Portanto, é importante coletar as fezes de todos os animais do rebanho para realizar o tratamento adequado. Capins altos protegem as larvas com umidade e sombra. Porém, são mais utilizados como capineira, então não tem muito problema. Capins baixos são menos perigosos, porém o animal pasta nesse local, então acaba sendo mais perigoso mesmo. Controle ✓ Transferência de animais para uma pastagem segura. Ex.: um pasto que estava com milho plantado por 1 ano é seguro; ✓ Realizar pastoreio alternado: existem vários piquetes que os animais de uma determinada espécie (como ovinos) vão rodiziando. Depois do rodízio dos ovinos coloca outra espécie animal (como bovinos), pois serão resistentes aos helmintos de ovinos; ✓ Colocar os animais em piquetes pastejados por animais resistentes (como vaca falhada (vazia)). Esses animais podem até ingerir os ovos, mas quando têm larvas no organismo elas são degradadas, pois possuem imunidade. Então depois você pode colocar o bezerro jovem, pois não terá ovos na pastagem. ✓ Confinamento: é recomendado, se dentro dos padrões de higiene. Tratamento ● Tratamento tático: tratar o animal com sinais clínicos suspeitos de verminose. ● Tratamento preventivo extensivo: administrar o anti-helmíntico na água ou cocho por vários dias. Não se sabe quanto o animal está ingerindo. ● Tratamento estratégico: baseado no conceito que 90% dos vermes estão nos animais no inverno. Então, administrar os anti-helmínticos em maio, julho e setembro (meses de seca). Também pode adicionar novembro, pois é onde se vacina para febre aftosa (meses de maio e novembro). Ideal: realizarexame coproparasitológico e vermifugar apenas quando necessário. OBS: Além disso, utilizar, por exemplo, no ano 1 benzimidazol, no ano 2 avermectina e no ano 3 imidazotiazol. Os três são de amplo espectro, então vai alternando para não ter resistência. No ano 4 volta para benzimidazol. Sempre regulando por meio de exame de fezes. Não utilizar benzimidazol, imidazotiazol e avermectina juntos, pois são de amplo espectro e teriam resistência contra os três. Benzimidazóis Mecanismo de ação: interferem no metabolismo gerador de energia. Os princípios ativos de maior importância são: ● Albendazole – 5 mg/kg (GI, P) 10 mg/kg (F). Carência de 14d na carne e 5d no leite; ● Oxfendazole – 5 mg/kg (GI, P). Carência de 14d na carne e 5d no leite; ● Fembendazole – 5 mg/kg (GI, P). Carência de 8d. na carne e 3d. no leite; ● Triclabendazole – 12 mg/kg de PV (B) 10 mg/kg de PV (PR) (F). Carência de 28d na carne e 10d no leite. Também age contra Fasciola! Muito utilizado em filhotes (tanto para grandes como pequenos animais), pois é de amplo espectro e muito seguro. Utilizar com duas semanas, 1 mês, 45 dias e 2 meses de vida. Atuam em ovos e cestódeos também, sendo importante aplicar quando o animal entra na propriedade e deixar em um curral por dois dias, para eliminar os ovos no curral e depois disso, colocar o animal na pastagem. Com isso, não há eliminação de ovos no pasto. Imidazotiazóis Mecanismo de ação: interrompem a coordenação motora dos parasitos pelo acúmulo de acetilcolina na fenda sináptica – paralisia neuromuscular. Os princípios ativos de maior importância são: ● Cloridrato de Levamisol – 3,75 mg/kg de PV. Carência de 7d abate e 1d leite; ● Fosfato de Levamisol – 1,8 mg/kg de PV. Carência de 7d abate e 1d leite. Cliente Realce Não atuam em ovos e cestódeos. Age sobre vermes pulmonares, nematódeos e é imunoestimulante (aumenta linfócitos T). Avermectinas Mecanismo de ação: são agonistas de GABA, inibindo a transmissão nervosa (paralisia). Não atua em cestódeos e ovos. Os princípios ativos de maior importância são: ● Ivermectina 1% (21 dias de carência); ● Ivermectina 3% (120 dias de carência); ● Abamectina (28 dias de carência); ● Doramectina (35 dias de carência); ● Eprinomectina (sem resíduo no leite); ● Moxidectina (35 dias de carência). A dose para todos eles é de 200 mcg/kg. Salicilanidas Mecanismo de ação: inibição da fosforilação oxidativa (respiração celular). O princípio ativo é o Closantel – 5mg/kg de PV – GI – Haemonchus. Carência de 30d para o abate. É de pequeno espectro, sendo direcionado para Haemonchus. Substitutos fenólicos Mecanismo de ação: inibição da fosforilação oxidativa. Princípios ativos: ● Disofenol – 10 mg/kg de PV – Bunostomum, Haemonchus; ● Nitroxinil – 10 mg/kg de PV – Haemonchus. Organofosforados Mecanismo de ação: Inibem a acetilcolinesterase, causando paralisia espástica do parasito. ● Triclorfon – 50 mg/kg de pv – Haemonchus. Monepantel Molécula derivada do amino-acetonitrilo (AAD). Age na subunidade Hco – MPTL-1 dos receptores acetilcolina nicotínicos específicos dos nematódeos (é um agonista colinérgico). Gastroenterite Verminótica Equina. Habronemose → ESTÔMAGO Tricostrongilose → ESTÔMAGO Ascaridiose → INTESTINO DELGADO Estrongiloidose → INTESTINO DELGADO Anoplocefalose → INTESTINO DELGADO Estrongilose → INTESTINO GROSSO Ocorre por grandes estrôngilos: Strongylus vulgaris, S. edentatus, S. equinus e Triodontophorus spp. e pequenos estrôngilos (ciatostomíneos): Trichonemas spp. Grandes estrôngilos: Os vermes adultos são hematófagos e as larvas histiofagas. São vermes migratórios, com exceção de Triodontophorus. S. vulgaris: migração para artéria mesentérica cranial (cólica tromboembólica). S. edentatus: migração para o fígado, via portossistêmica. Pequenos estrôngilos: não são migratórios, suas larvas são hematófagas e os adultos são histiófagos. Formam vários nódulos na mucosa intestinal. Ciclo S. vulgaris Vermes adultos machos e fêmeas estão no intestino grosso do equino, onde realizam a cópula e liberam ovos nas fezes. No ambiente o ovo eclode e as larvas L1 mudam para L2 e L3. A L3 é ingerida pelos equinos, caindo no TGI. No intestino delgado, a L3 penetra na mucosa e atinge os vasos sanguíneos mesentéricos e depois a artéria mesentérica cranial (ao penetrar na túnica íntima dos vasos mesentéricos, a larva vai passando e se alimentando do endotélio até alcançar a artéria mesentérica cranial, onde fica por 3 meses. Lembrando que as larvas são histiófagas). A larva causa lesão ao subir na túnica íntima e na artéria mesentérica cranial, podendo ocorrer a formação de um trombo nas arteríolas mesentéricas ou na artéria mesentérica cranial. O trombo pode se desprender e formar um êmbolo que interfere no fluxo sanguíneo das alças intestinais por obstrução, causando isquemia, depois hipóxia e anóxia e, por fim, necrose, que resulta em cólica tromboembólica. Nessa artéria ocorre a muda de L3 para L4 e depois volta ao intestino delgado pelo fluxo sanguíneo. No intestino ela forma um nódulo, rompe esse nódulo e cai na luz intestinal para migrar no intestino grosso, onde ela sofre a maturidade sexual. Patogenia Grandes estrôngilos: O parasito adulto (S. vulgaris) causa lesões na mucosa intestinal para se alimentar de sangue (anemia) e tem uma substância anticoagulante que resulta em hemorragia local (fezes com sangue). S. edentatus: as larvas migram para o fígado, então há lesões hepáticas. S. equinus: migram para fígado e pâncreas, causando lesão nos dois órgãos. Pequenos estrôngilos: larvas formam nódulos e dentro dos nódulos as larvas causam lesões para se alimentar de sangue e esses nódulos mantêm as larvas resistentes a medicamentos. Dentro do nódulo muda de L3 para L4 e depois adulto, mas esses adultos são histiófagos, causando lesão na mucosa que reduz as microvilosidades. Larvas e adultos na parede intestinal comprometem o peristaltismo, podendo levar a cólica por compactação de alimentos (pela ausência de peristaltismo). As larvas são mais patogênicas que os adultos. Oxiurose → INTESTINO GROSSO O Oxyuris equi se localiza no ceco e cólon, mas as fêmeas no momento da ovipostura migram ao ânus do animal, onde realizam a ovipostura e também liberam uma secreção gelatinosa que causa prurido anal e perineal e alopecia da cauda e região perineal. O prurido faz com que os animais se coçam em porteiras e estacas, havendo contaminação das instalações e formação de lesões traumáticas. Ciclo O macho e fêmea no intestino grosso copulam e a fêmea migra ao ânus para realizar a postura dos ovos. A fêmea pode ser defecada junto as fezes também e muitas vezes pode ser observada na região anal. Os ovos no ambiente desenvolvem L1 em seu interior e depois mudam para L2 e L3. Os animais podem se infectar por alimentos contaminados com ovo com L3 em seu interior ou ao passar a região bucal em cercas e estacas contaminadas com ovos (onde os equinos tentaram se coçar e liberar ovos). No estômago o ovo é rompido, liberando a L3 que chega ao intestino delgado, penetrando na mucosa para fazer a muda para L4. Depois volta para luz intestinal para alcançar o intestino grosso onde sofre maturidade sexual. Síndrome Verminótica Geralmente a infecção não ocorre por apenas um parasito, e sim por vários (como por todos esses gêneros e espécies citados), que causam lesão em vários locais. Sinais clínicos Cargas parasitárias leves: podem ser assintomáticos, sendo então reservatórios. Cargas moderadas a severas: diarreias, pelos eriçados e secos (tegumento não recebe nutrientes, pois ele está em falta, já que o parasito está se nutrindo desses nutrientes), mucosas pálidas, queda no desempenho do animal, retardo no crescimento, emagrecimento progressivo, prurido anal, cólica, peritonite e pode evoluir para a morte. Diagnóstico ● Através dos sinais clínicos (triagem) ● Por exames coproparasitológicos (OPG) faz o diagnóstico, identificando os ovos. Mas alguns ovos são parecidos, então faz a coprocultura para identificação. Outro problemaé que é difícil achar Habronema e Draschia no OPG, existindo outro diagnóstico para eles, o xenodiagnóstico: pega as fezes do hospedeiro e acrescenta as larvas de moscas. Se for positivo, a mosca adulta terá larva L3 no aparato bucal, então pega a mosca, esmaga sua cabeça e avalia a probóscide no microscópio para observar larvas de Habronema e Draschia. Com relação ao Oxyuris, também pode fazer a identificação da fêmea adulta nas fezes. Tratamento O tratamento é feito com medicamentos à base de mebendazol e febendazol (panacur) Não só fornecer o medicamento, como também avaliar a eficácia dele e a resistência do parasito. Para isso: realizar o exame parasitológico antes da aplicação do medicamento e depois de alguns dias fazer outro exame para ver quantos ovos há. Prevenção e controle ● Limpeza do ambiente: coleta das fezes das baias e limpeza diária; lavar os bebedouros. ● Pastejo integrado entre espécies: como bovinos, pois a maioria dos parasitos são espécies específicas (exceto T. axei). ● Tratar as fêmeas na estação de monta para não ter transmissão transplacentária e nem transmamária. Pneumonia Verminótica. Mais comum em animais jovens e em confinamentos. ● Suínos domésticos (criados de forma extensiva ou semi-intensiva) e selvagens → Metastrongylus spp. ● Bovinos (viviparus) e equinos (arnfieldi) → Dioctyocaulus spp. ● Ovinos e caprinos → D. filaria Localização: Pulmões → Infecções moderadas: brônquios e bronquíolos; Infecções severas: até na traqueia. Ciclo nos ruminantes → monoxeno Os ovos são depositados nos brônquios e bronquíolos e pelo tapete mucociliar chegam até a faringe ( nesse momento já ocorre secreção nasal, que é uma via de contaminação), são deglutidas, vão para o TGI e saem para o ambiente via fezes. O ovo possui a L1, sofre eclosão e a larva se desenvolve até L3 (possui cutículas que a impedem de se alimentar) e também não é capaz de se mover facilmente (dispersão por ventos, chuvas e um fungo especifico). A larva é ingerida, penetra na mucosa intestinal e cai na circulação linfática até os linfonodos mesentéricos, onde se transforma em L4, ganha a circulação sanguínea, chega ao coração, pulmão e atinge os alvéolos e rompe os capilares alveolares, onde o ciclo recomeça. https://www.google.com/search?q=dioctyocaulus+spp.&tbm=isch&hl=pt-BR&nfpr=1&bih=722&biw=1492&sa=X&ved=2ahUKEwjO3J_i9ef5AhUdiJUCHalnDr0QvgV6BAgBEEg IMPORTANTE: A passagem pela mucosa GI (destruição dos enterócitos) causa aumento da motilidade e diarréia. Sendo que esses sintomas podem anteceder os sinais respiratórios. O pulmão fica enfisematoso devido ao colabamento alveolar e a epitelização alveolar, que ocorre por conta das cutículas do helminto que se desprendem dele e se tornam um antígeno. Além disso, também há edema pulmonar, visto que a infecção leva a liberação de prostaglandina, que causa vasodilatação e com isso, diminuição da pressão hidrostática. Ciclo em suínos → heteroxeno (aqui o fungo não auxilia na dispersão, pois a larva está no HI) O ovo possui a L1, sofre eclosão e é ingerido pelo HI (minhoca). No HI a larva se desenvolve até L3. O porco ingere o HI e a L3 é liberada nas alças intestinais, penetra as mucosas e chega aos linfonodos mesentéricos via circulação linfática. Nos linfonodos mesentéricos se transforma em L4, ganha a circulação sanguínea, chega ao coração, pulmão, atinge os alvéolos e rompe os capilares alveolares, onde o ciclo recomeça. Os ovos são depositados nos brônquios e bronquíolos e pelo tapete mucociliar chegam até a faringe ( nesse momento já ocorre secreção nasal, que é uma via de contaminação), são deglutidas, vão para o TGI e saem para o ambiente via fezes. Patogenia A larvas têm capacidade de ficar em hipobiose, o que contribui para que no confinamento, onde há imunossupressão, se inicie a sintomatologia clínica. Pode levar a infecções secundárias por bactérias piogênicas, como a Staphylococcus spp → pneumonia supurativa secundária a pneumonia verminótica. Sinais clínicos - Secreção nasal; - Dispnéia; - Tosse; - Febre → indica pneumonia supurativa secundária; - Aumento dos linfonodos regionais; - Diarréias. Diagnóstico Se dá com base nos sinais clínicos e exames laboratoriais. - Hemograma com eosinofilia; - LPB - larvas por gramas de pastagem; - OPG - contagem de ovos por grama de fezes. Tratamento O tratado se dá com anti-helmínticos à base de benzimidazóis, levamisol e ivermectina. Controle ● Diagnóstico e tratamento dos doentes; ● Pastejo rotacionado; ● Pastejo integrado com outras espécies.
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