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1 
 
 
TÉCNICAS DE ORATÓRIA 
1 
 
 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO .............................................................................. 2 
1. O que é oratória ...................................................................... 3 
1.1 Origem da oratória .................................................................. 4 
1.2 Para que serve a oratória ........................................................ 5 
1.3 Importância da oratória ........................................................... 7 
1.4 Tipos de oratória ..................................................................... 8 
2. A comunicação: sua forma e conteúdo ................................. 11 
2.1 Linguagem corporal ............................................................... 17 
2.2 Técnicas Comunicação corporal ........................................... 20 
2.3 Dicção, postura e ênfase ....................................................... 22 
2.4 Nervosismo ao falar em público ............................................ 23 
2.5 Como organizar uma apresentação ...................................... 25 
3. Formas de apresentação ...................................................... 27 
3.1 Recursos audiovisuais .......................................................... 29 
CONCLUSÃO ............................................................................. 36 
REFERÊNCIA ............................................................................. 37 
 
 
2 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Falar em público é um dos grandes desafios que podemos enfrentar. Algumas 
situações podem nos levar até a desistir de projetos e tarefas pelo temor de falar em 
público. 
 Há, contudo, no ato de apresentar-se para uma plateia mais do que 
dificuldades, pois é também uma oportunidade de se ter mais visibilidade em 
todos os aspectos, sejam profissionais ou pessoais. Em uma apresentação, várias 
pessoas analisam o nosso perfil e comportamento e formam uma imagem 
sobre nós baseadas no modo como expressamos nossas ideias. Para que 
tenhamos êxito, podemos nos apoiar em diversas técnicas de apresentação 
que serão de grande ajuda para obter o sucesso desejado 
Oratória: trata-se de método de DISCURSO. Arte de como falar em público. 
Conjunto de regras e técnicas que permitem apurar as qualidades pessoais de quem 
se destina a falar em público. Na GRÉCIA ANTIGA, e mesmo em ROMA, a oratória 
era estudada como componente da RETÓRICA (ou seja, composição e 
apresentação de discursos), e era considerada uma importante habilidade na vida 
pública e privada. 
A oratória é composta por técnicas que envolvem a qualidade da fala, a 
dicção e a postura corporal. Já a retórica está mais ligada à capacidade mental do 
orador. Ela se preocupa essencialmente com o conteúdo e tem como função 
persuadir o interlocutor. 
Essencialmente, o bom orador conhece o assunto sobre o qual está falando e 
tem um ritmo de fala adequado. Portanto, para desenvolver o conhecimento sobre o 
tema a ser tratado, ele deve estudá-lo e organizá-lo. 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. O que é oratória 
 
De acordo com o dicionário Michaelis, oratória é a arte e prática de falar em 
público; retórica. 
Classificar a oratória como arte pode deixar a impressão de que se trata de 
um dom, uma habilidade inata que não pode ser aprendida. 
No entanto, vale recordar que existem várias definições para o conceito de 
arte, incluindo estudos do famoso filósofo Platão, que descreve a arte como forma 
de conhecimento ou atividade humana racional e utilitária. 
Nesse sentido, a arte está sujeita a regras, se opõe ao acaso ou ao natural – 
o que engloba a ciência e filosofia e se aproxima do significado da palavra “técnica”. 
Podemos, então, dizer que a oratória corresponde a um conjunto de 
técnicas que auxiliam a composição e declamação de discursos envolventes. 
A oratória também é um dos segmentos de expressão da retórica, campo que 
emprega a linguagem para persuadir ou transmitir uma mensagem de forma 
convincente. 
 
Assim como muitas outras coisas, a oratória tem seu desenvolvimento na 
Grécia Antiga 
 
4 
 
 
1.1 Origem da oratória 
 
Há diferentes teorias sobre a origem do estudo sobre os discursos. 
Algumas linhas de pensamento afirmam que a oratória nasceu no Antigo 
Egito, junto ao poder de persuasão dos faraós. 
Porém, os primeiros registros sobre técnicas para falar em público vêm 
da Grécia Antiga, o que sugere que a prática da oratória se iniciou integrada à 
retórica. 
Para explicar melhor, a retórica não se restringe ao discurso falado. Ela 
também se aplica à literatura, publicidade e formatos de arte, como a pintura e a 
música. 
Assim, a oratória se refere à aplicação da retórica em apresentações, 
palestras e falas para transmitir mensagens, argumentar ou simplesmente distrair o 
público. 
Tudo começou no século V antes de Cristo, quando a retórica ganhou 
atenção entre os gregos de Atenas e da Sicília. 
Na época, cidadãos interessados em melhorar sua argumentação 
contratavam sofistas, que eram como professores que ensinavam a influenciar 
ouvintes em audiências públicas. 
Até então, o estudo da oratória (componente da retórica) tinha somente o 
objetivo de convencer o público a concordar com as ideias daquele que discursava. 
Essa perspectiva passou por transformações a partir das teorias 
de Sócrates e Aristóteles, que consideravam a retórica uma importante ferramenta 
da filosofia. 
Nos séculos seguintes, a oratória recebeu um sentido mais amplo, sendo 
referenciada como a prática de falar em público e servindo a diversos propósitos. 
 
Falar em público e conseguir cativar as pessoas são fins da oratória 
5 
 
 
1.2 Para que serve a oratória 
 
De forma resumida, a oratória dá suporte para quem deseja falar bem em 
público. 
Segundo o filósofo e educador escocês George Campbell, a retórica 
(incluindo a oratória) serve a quatro objetivos principais: 
o Instigar a imaginação 
o Favorecer a compreensão 
o Despertar paixão 
o Influenciar a determinação. 
Vamos tomar como exemplo um aluno que tem dificuldades para entender e 
aplicar conceitos de Física. 
Se ele tiver um professor que se prende apenas às fórmulas, dificilmente 
vai conseguir aprender essa matéria. 
Por outro lado, se o professor explicar de onde as fórmulas vêm e porque 
devem ser aplicadas a certo contexto, pode atrair a atenção e despertar a 
curiosidade do aluno, dando suporte para que ele supere as dificuldades. 
Dominar os fundamentos da oratória ajuda nesse processo, pois dá base para 
que o educador formule apresentações claras, simples e interessantes para suas 
aulas. 
A arte de falar em público também contribui para a conquista de 
patrocínios, vagas de trabalho, melhoria do relacionamento interpessoal e integração 
de equipes, através da propagação de ideais políticos, religiosos e sociais. 
Ao longa da história, grandes oradores mostraram como o discurso pode ser 
empregado para mobilizar o público em prol de diferentes objetivos, desde os mais 
nobres até os mais obscuros. 
O ativista e pastor Martin Luther King Jr. é um exemplo de liderança que 
usou a oratória para disseminar uma mensagem de igualdade de direitos nos 
Estados Unidos. 
Ele ganhou fama mundial por apresentações como o discurso “I Have a 
Dream”, sendo premiado com o Nobel da Paz em, 1964 por sua larga contribuição 
no combate ao racismo sem recorrer à violência. 
Já o ditador nazista Adolf Hitler é conhecido por cativar sua audiência com 
ideias preconceituosas a respeito de judeus, negros e homossexuais, também por 
meio de discursos. 
6 
 
 
Suas apresentações e atitudes resultaram em atrocidades e na morte de 
milhões de soldados e civis durante o Holocausto e a Segunda Guerra Mundial. 
 
É inegável a importância da oratória no desenvolvimento de uma carreira 
profissional 
 
 
7 
 
 
1.3 Importânciada oratória 
 
Embora não esteja presente na grade curricular da maioria das escolas e 
faculdades brasileiras, a oratória é reconhecida por entidades internacionais, como a 
Universidade de Cambridge. 
Referência mundial em diversas áreas do saber, a instituição inglesa oferta 
cursos rápidos para ajudar pesquisadores a estruturar suas apresentações em 
público e realizar discursos interessantes. 
Afinal, sem uma divulgação eficiente, mesmo grandes pesquisas podem ser 
deixadas de lado ou até interrompidas por falta de investimento. 
Além disso, pesquisadores capazes de se expressar bem abrem as portas 
para oportunidades promissoras de trabalho. 
O mesmo raciocínio vale para profissionais de outros setores, que, uma hora, 
vão precisar falar em público para engajar suas equipes, conquistar novas parcerias, 
anunciar mudanças em um departamento ou simplesmente defender sua opinião em 
uma entrevista de emprego. Daí a importância da oratória. 
Sem esse recurso, conteúdos relevantes podem se tornar monótonos, 
funcionários e parceiros podem se sentir desestimulados e excelentes profissionais 
podem perder uma vaga para colegas que se comunicam melhor. 
Observe que dominar a arte da oratória agrega benefícios para profissionais 
de todos os setores e em todos os momentos da carreira. 
 
8 
 
 
1.4 Tipos de oratória 
 
Aristóteles foi um dos filósofos que se dedicou ao estudo da retórica e da 
oratória. Para ele, existem três gêneros do discurso ou tipos de oratória: 
o Judiciária – realizada no tribunal, tem como meta defender ou acusar um 
suspeito de crime 
o Deliberativa – originada na Assembleia ou Senado, aconselha o público a 
escolher o que se considera a atitude mais conveniente 
o Epidíctica – se vale da censura ou elogio de exemplos (pessoas ou situações) 
para que o público reflita e tire lições para tomar decisões assertivas no 
presente. 
Contudo, essa classificação foi questionada por pensadores 
como Cícero e Quintiliano, especialmente porque a maioria dos discursos não se 
encaixa em apenas um gênero. 
Mas o estudo de Aristóteles inspirou classificações modernas, que 
consideram a finalidade e público-alvo. 
Confira, abaixo, os quatro principais tipos de oratória estudados em cursos 
atuais: 
Oratória pedagógica 
 
Tem como premissa o compartilhamento de conhecimentos através de 
apresentações simples e didáticas. 
Por isso, é a modalidade mais utilizada em salas de aula, apresentações 
interativas, workshops, seminários e palestras. 
Oratória religiosa 
9 
 
 
 
Empregado principalmente na difusão de valores morais e conselhos sobre 
conduta, esse tipo de oratória costuma adotar um tom brando e discurso reflexivo. 
 
10 
 
 
Oratória política 
 
Gênero popular entre estadistas, vendedores e lideranças, a oratória política 
combina vivacidade, persuasão e entusiasmo, a fim de convencer os ouvintes sobre 
os benefícios de determinada atitude. 
Oratória forense 
 
Semelhante à oratória judiciária de Aristóteles, se vale de raciocínio lógico, 
provas, argumentação e demonstrações para defender um ponto de vista. 
 
 
11 
 
 
2. A comunicação: sua forma e conteúdo 
 
 Comunicação corporal 
É importante saber controlar o corpo para que este reforce as palavras e não 
distraia ou incomode nossos espectadores. 
 
 
O bom comunicador apresenta uma forma eficaz e um conteúdo amadurecido 
ao se expressar em público. Em relação à forma e conteúdo, podem ocorrer as 
seguintes situações. Primeira: a pessoa que fala bem, mas possui um conteúdo 
fraco, pode ser bem avaliada no final da apresentação caso o público não tenha um 
bom nível intelectual para julgar esse mesmo conteúdo. Segunda: a pessoa que 
sabe muito de um assunto, tendo assim um excelente conteúdo, porém não se 
expressa bem, pode ser tachada como um comunicador chato e não empolgar a 
plateia com suas ideias. O fator (P)* – ‘Público’ – é essencial na avaliação da nossa 
performance como comunicador, então devemos falar pensando e analisando essa 
importante variável da comunicação. 
 
PRINCÍPIOS DA ORATÓRIA 
A oratória possui três princípios que o bom comunicador 
deve se submeter se quiser que sua mensagem seja captada com clareza pelo 
ouvinte: 
I - Na oratória, os detalhes fazem a diferença; 
 II - De vez em quando, tudo pode. Desde que não seja um erro grosseiro; 
III - Tudo que se repete incomoda e/ou distrai o ouvinte. 
 
AS QUATRO GRANDES TÉCNICAS DE ORATÓRIA 
 
1a técnica: Variação de voz e fala 
12 
 
 
 
O ideal para um comunicador é ter uma voz forte e alta para falar em público. 
Apesar disso, o volume da voz deve ser adaptado ao tamanho da sala em que 
estamos falando. Em alguns casos devemos utilizar o microfone, pois ele amplifica 
nossa voz proporcionando ao ouvinte um conforto para receber nossa mensagem. 
Variar a voz, ou seja, falar alto e baixo no decorrer da apresentação, torna a 
transmissão da mensagem menos monótona e mais vibrante, passando ao ouvinte a 
sensação de segurança do comunicador ao abordar o tema e agregando, assim, 
credibilidade a nossa comunicação 
O que caracteriza a comunicação na atualidade é a velocidade com que a 
informação é transmitida. Sendo assim, prefira na maior parte do tempo falar numa 
velocidade mais rápida, porém, logicamente, de forma que todos possam entender 
as palavras pronunciadas. Apesar disso, existem momentos em que se podem fazer 
pausas na nossa fala – existem silêncios que dão ao público a oportunidade de 
refletir sobre o que falamos, e isso tem um valor na nossa comunicação. Produza 
sua fala com precisão, ou seja, realizando movimentos precisos dos lábios e língua 
ao emitir as palavras, isto significará uma boa dicção e facilitará ao interlocutor a 
captação da informação que se quer transmitir. 
 
 
13 
 
 
2 ª técnica: Contato visual 
 
O contato visual é muito importante porque prende a atenção do espectador. 
Procure ter as seguintes atitudes em relação a essa técnica: 
 
 Enquanto estiver falando, distribua o olhar pelo público; 
 Segure o olhar por dois segundos em cada região da sala; 
 Fique atento às extremidades da sala; 
 Evite o olhar rápido, de forma a ter o olho perdido; 
 Aos ouvintes mais próximos, olhe no olho; aos mais distantes, olhe em qualquer 
ponto do rosto, assim todos em volta também se sentirão olhados; 
 Não fixe o olhar em apenas um ouvinte ou região da sala, principalmente quando 
estiver emitindo um julgamento; 
 Quando alguém da plateia fizer uma pergunta, inicie a resposta olhando para ele, 
depois distribua o olhar um pouco e finalize a resposta em quem perguntou; 
 O ouvinte ideal é aquele que olha para quem fala, dando feedback verbal e/ou com 
a cabeça; 
 Esteja preparado para ‘ver de tudo’ e continuar falando. 
 
 
 
14 
 
 
3ª técnica: Gesticulação 
 
 
Outra técnica da oratória é a gesticulação, que consiste em expressar-se por 
meio de gestos representativos, ou seja, gestos que combinem com o conteúdo da 
fala. Sendo assim, fique atento os seguintes aspectos: 
 
 Forme um ângulo de 90 graus entre o braço e o antebraço; 
• De vez em quando relaxe, quebrando os 90 graus; 
• Realize gestos representativos, que combinem com o conteúdo da fala; 
• Inicie a fala com os braços relaxados e aos poucos os levante; 
• Apoie as mãos no centro do corpo, na altura da barriga; 
• Apoie discretamente as mãos (evite rodar anel, mexer no relógio, estalar ou 
apertar dedos, esfregar as mãos); 
• O apoio ideal é abraçar uma mão na outra e variar esse abraço das mãos ou 
simplesmente encostar uma na outra; 
• Tenha cuidado com a caneta; • Abaixe o polegar, vulgo “dedão”; 
• Cuide para não quebrar a munheca quando gesticular; 
• Deixe as mãos à disposição dos gestos, livres; 
• Não prenda as mãos, nem os braços; 
• Não coloque as mãos no bolso; 
• Movimente as duas mãos. Isso confere simetria aos gestos; 
 Tenha cuidadocom gestos obscenos; 
15 
 
 
• Imagine-se dentro de um tubo enorme de PVC, gesticule no espaço livre dentro 
do tubo, ou seja, realize gestos próximos do corpo; 
• Tenha em mente que a maior parte dos nossos gestos representativos não é 
planejada. 
 
 
4ª técnica: Movimento/Postura 
 
O corpo fala! Dessa forma, cuidado com sua postura ao falar, mantenha a 
elegância e fique atento também às seguintes orientações: 
 
 Fale parado e às vezes saia do lugar enquanto fala; 
• Movimentar-se muito incomoda o ouvinte; 
• Os movimentos podem ser para frente, para trás, laterais e/ou diagonais; 
• Evite falar do fundo da sala; 
• Não se apoie em uma perna só, nem balance/dance enquanto fala. 
 
CUIDE DA GRAMÁTICA: Um erro gramatical, dependendo de sua gravidade, 
poderá atrapalhar a sua fala em seu conteúdo e destruir a imagem que deseja 
demonstrar. Toda gramática precisa ser correta, mas principalmente, faça uma 
revisão de concordância e conjugação de verbos. Lembre-se de que a leitura é uma 
excelente fonte de aprendizado. 
16 
 
 
TENHA INÍCIO, MEIO E FIM: Toda fala precisa ter início, meio e fim. No 
início, procure conquistar o ouvinte desarmando suas resistências e conquistando 
seu interesse e atenção com cortesia. No meio, prepare o que vai ser abordado. No 
final, faça uma breve recapitulação em apenas uma ou duas frases, faça o resumo e 
verifique se foi entendido. O tamanho e a intensidade dos gestos devem atender ao 
tipo de auditório que você enfrenta. 
REGRA GERAL: Quanto maior o auditório ou mais inculto, maiores e mais 
largos deverão ser os gestos; quanto menor o auditório ou mais bem preparado, 
menores e mais moderados deverão ser os gestos. Os gestos devem ser indicados, 
representados em parte, quase nunca completados. 
A CABEÇA: O semblante é a parte mais expressiva de todo o corpo. 
Funciona como uma tela onde as imagens do nosso interior são apresentadas em 
todas as dimensões. Trabalha também como identificador de coerência e de 
sinceridade das palavras. Deve demonstrar exatamente aquilo que se está dizendo. 
A BOCA: A boca comunica tanto quando fala, quanto quando cala. É ela que 
determina a simpatia do semblante. 
A IMPORTÂNCIA DO SORRISO: O sorriso poderá quebrar barreiras 
aparentemente intransponíveis. Ele desarma adversários, conquistam inimigos, 
muda opiniões, abre vontades e corações. É um elemento especial na comunicação 
e deve ser largamente utilizado. 
 A COMUNICAÇÃO VISUAL: De todo o semblante, os olhos possuem 
importância mais evidenciada para o sucesso da expressão verbal. 
 
 
 
17 
 
 
2.1 Linguagem corporal 
 
 
 
A linguagem corporal corresponde a todos os movimentos gestuais e de 
postura que fazem com que a comunicação seja mais efetiva. A gesticulação foi a 
primeira forma de comunicação. Com o aparecimento da palavra falada os gestos 
foram tornando-se secundários, contudo eles constituem o complemento da 
expressão, devendo ser coerentes com o conteúdo da mensagem. 
A expressão corporal é fortemente ligada ao psicológico, traços 
comportamentais são secundários e auxiliares. Geralmente é utilizada para auxiliar na 
comunicação verbal, porém, deve-se tomar cuidado, pois muitas vezes a boca diz uma 
coisa, mas o corpo fala outra completamente diferente. 
A linguagem corporal não é única e numerável, ou seja, ela sofre influências 
culturais, estaduais, sociais e ambientais. O nível cultural influência em três fatores 
predominantes, postura física, movimento físico, senso de espaço onde o nível cultural 
torna mais suave ou não influenciado pelo nível cultural Físico (local) ou pelo nível 
cultural comportamental e psicológico (pessoal ou influenciado por uma segunda ou 
terceira pessoa). 
A classe social influência em quatro fatores predominantes: Valores financeiros; 
Exibicionismo; Vaidade pessoal; Autoconfiança. Ela limita ou acentua fatores chaves. 
Por exemplo: pode inibir um indivíduo, intimidando-o pela sua classe social. 
18 
 
 
A cultura local ou nacional influência uma pessoa em sua linguagem corporal, 
principalmente em movimentos típicos de uma região em especial. Por exemplo, 
orientais em geral possuem uma tendência em levar a mão á boca em diversas 
ocasiões em uma comunicação. Dominar fatores culturais, sociais, comportamentais 
e psicológicos criam uma sólida base para a leitura corporal. 
Contrariando o raciocínio lógico, a leitura corporal é uma ferramenta de 
comunicação poderosa equivalente ao poder da palavra, onde cria uma ligação com 
as informações ocultas psicologicamente. Desta forma, devemos levar em 
consideração o estado emocional do indivíduo, ele preserva as informações 
verdadeiras em um sincronismo com a linguagem corporal. 
 Para entender a leitura corporal de forma ampla, muitas pessoas que dominam 
a técnica recomendam aos estudiosos um convívio social-visual variado, evitando 
tornar-se homogêneo ao ambiente e suas tendências sociais, buscando observar e 
não participar de forma efetiva e clara. A leitura corporal é mais acentuada no sexo 
feminino por possuir um nível de vaidade mais elevado do que o masculino. 
O sexo masculino busca ser o receptor da linguagem corporal e o sexo feminino 
busca ser o emissor da linguagem corporal, este comportamento é mais intenso na 
vida social e inibido na vida profissional, onde o ambiente traça regras 
comportamentais e psicológicas limitando a linguagem corporal involuntária. A leitura 
corporal é umas das opções mais eficaz em entrevistas, pré-entrevistas e avaliação 
pessoal, ligada diretamente a dois pontos predominantes, a conquista e a avaliação, 
buscando traçar objetivos comportamentais e psicológicos para executar uma boa 
escolha entre candidatos. 
Porém, devemos ter como relevância o fator julgamento, onde o prejulgamento 
é descartado como forma de decisão final e o julgamento é substituído pela leitura 
corporal onde oferece resultados satisfatórios em um primeiro contato. A leitura 
corporal é usada em situações criticas ou arriscadas, onde as decisões sofrem fortes 
influências da falta de informação. 
Muitos especialistas definem a leitura corporal como a linguagem esquecida 
que busca uma comunicação com alguém que não conhecemos, mas nos avalia, nos 
conquista, que sempre resulta em duas frases; “eu te amo” ou “você está contratado”. 
Mantenha uma adequada postura corporal, pois facilita a projeção vocal e a 
articulação precisa, transparecendo naturalidade e uma boa estética. 
 
19 
 
 
 
 
20 
 
 
2.2 Técnicas Comunicação corporal 
 
 
 
A linguagem corporal está relacionada à comunicação não-verbal. Ela aparece 
na nossa postura, nos gestos, no quão próximo estamos de outra pessoa ao conversar 
com ela, nas expressões faciais e até no movimento que nossos olhos fazem. 
É através da linguagem corporal, muitas vezes, que podemos identificar o real 
significado de uma mensagem ou transmiti-la da maneira que não gostaríamos. 
E não é difícil de entender como esse processo acontece. 
Quando estamos diante de uma pessoa, não temos acesso apenas ao que ela fala, 
mas também àquilo que o seu corpo mostra. 
Tudo isso nos ajuda a entender o que o interlocutor quer dizer com as palavras 
que saem da sua boa. 
 
Técnicas de comunicação corporal na oratória: 
 
1- Manter ângulo de 90° entre a ponta do queixo e o pescoço; 
2- Os pés devem estar apoiados de forma que o peso do corpo seja distribuído 
a toda a base dos pés. 
3- Ao sentar, pés inteiramente apoiados ao chão, costas inteiramente apoiadas 
no encosto da cadeira e joelhos fazendo ângulo de 90°; 
4- Em pé, os joelhos nunca devem estar totalmente travados. Deve-se 
posicioná-los de forma levemente flexionada evitando alterações 
musculares na região lombar e cervical; 
21 
 
 
5- Devemos alinhar o ombro e os quadris durante a movimentação. Ombros 
sempre relaxados favorecendo o correto posicionamento dos braços, o 
relaxamentodos músculos respiratórios, evitando má postura e tensão da 
região superior do corpo; 
6- Nuca alongada para facilitar o posicionamento reto da cabeça com olhar na 
horizontal; 
7- Cabeça sempre reta. Cabeça inclinada para os lados ou para baixo pode 
induzir a afirmação ou negação de determinadas mensagens, além de 
demonstrar insegurança; 
8- Olhar sempre para onde desejamos induzir a voz. Desta maneira refletimos 
segurança e persuasão; 
9- Ao se apresentar, aproxime-se do interlocutor inclinando o corpo levemente 
em sua direção, assim sinalizando abertura e disposição para a 
comunicação. 
 
 
 
 
 
22 
 
 
2.3 Dicção, postura e ênfase 
 
 Falar pausadamente, foi dito, ajuda a controlar o nervoso. Mas é preciso 
também falar em voz alta com pronúncia articulada. O mais belo discurso, se não for 
audível, não existe; se algumas de suas palavras, mesmo que sejam poucas, não 
forem entendidas, perde a beleza. 
 A postura é também algo a observar. A expressão corporal ajuda a 
expressão verbal. Um orador estático, rígido, mecânico, não comunica. É preciso 
ilustrar o que se diz com uma dose razoável de movimentos corporais. Dependendo 
do tipo de comunicação, pode ser recomendável fazer gestos, erguer a mão com 
polegar estendido, balançar negativamente a cabeça. 
Uma falha bastante comum em oradores inexperientes é a ausência de 
ênfase, produzindo um discurso sem ritmo, no mesmo tom de uma corda só — blá, 
blá, blá, blá. Há que dar cor ao discurso, elevar e abaixar o tom da fala, mudar a 
velocidade e tom. Procure ouvir um programa de rádio e observar a habilidade com 
que os locutores profi ssionais, falando para uma platéia que não vêm, utilizam esse 
recurso. 
A dicção tem, sempre, que ser correta e é fácil de avaliar. É uma questão de 
pronunciar correta e completamente as palavras. Já defi nir quais sejam a postura e 
ênfase ideais varia em cada caso. Só as circunstâncias, a sensibilidade e o bom 
senso são capazes de chegar à dose certa, evitando exageros. 
 
 
 
23 
 
 
2.4 Nervosismo ao falar em público 
 
 Muitos se queixam, com razão, do nervosismo, como sendo um fator 
dificultador para o controle da performance ao falar em público. Porém, 
percebemos que é possível de se controlar a maior parte das causas 
que gera o nervosismo, ou seja, podemos conter o nervosismo e não 
deixar que ele nos domine a ponto de impedir que expressemos nossas 
ideias em público. 
 Uma ou mais das seguintes causas podem gerar o nervosismo que 
acomete o orador: 
• Falta do domínio do assunto – a sensatez diz que só devemos aceitar 
falar sobre assuntos que dominamos. Ser convocado para falar de 
improviso sobre temas que não dominamos certamente nos deixará em 
apuros e o nervosismo pode ser tanto a ponto de não conseguirmos 
sequer pronunciar uma frase; 
 Impacto do olhar alheio – quando estamos falando em público somos o 
‘centro das atenções’ e devemos estar preparados para receber o olhar 
de muitos ouvintes ao mesmo tempo e saber que nem todos 
apresentarão um comportamento de ‘ouvinte ideal’, ou seja, olhando 
para nós com uma fisionomia amistosa e concordando com o que 
estamos falando; 
• Público/Local – falar em locais pomposos, chiques e para pessoas com 
bom nível socioeducacional, ou com cargos hierárquicos maiores que o 
24 
 
 
nosso nos deixa mais nervosos e preocupados. Apesar disso, devemos 
valorizar o preparo que fizemos para desenvolver o assunto e seguir 
adiante na nossa tarefa de comunicador; 
• Problemas com a autoimagem – culturalmente existe um padrão de 
beleza. O fato da nossa imagem corporal não se enquadrar nesse 
padrão pode atrapalhar nossa exposição em público. Então devemos 
sim nos preocupar em melhorar nossa imagem. O que não der para 
melhorar, devemos aceitar e mesmo assim conseguir ser o ‘centro das 
atenções’; 
• Experiência prévia de falar em público – quem já esteve em frente ao 
público falando em trabalhos voluntários ou no mundo corporativo, 
mesmo sem ter um curso de oratória no currículo, acaba tendo mais 
facilidade de lidar com o nervosismo; 
• Falta de domínio da infraestrutura – é fundamental chegarmos antes ao 
local da apresentação para testarmos todo o equipamento que vamos 
utilizar. Se pudermos fazer uso do nosso microfone, o nosso 
computador, enfim, os nossos equipamentos, teremos mais controle do 
seu uso; 
• Desconhecimento das técnicas de oratória – saber o que fazer com o 
corpo e estar treinado para falar em público certamente diminui o grau 
de nervosismo; 
• Falta de domínio do tempo da apresentação – não treinar o tempo de 
desenvolvimento da fala e ser surpreendido pelo pouco ou muito tempo 
que falta para terminar a exposição pode desconcertar o comunicador e 
alterar o grau de nervosismo que o envolve; 
• Herança familiar/estudantil/cultural – existem pessoas que foram criadas 
em famílias problemáticas no que se refere ao trato com a comunicação 
ou que viveram experiências traumáticas no âmbito educacional, sendo 
vítimas de chacota em público. Tudo isso gera um bloqueio emocional 
que demandará muito treino de oratória e reflexão para ser superado. 
 
 
25 
 
 
2.5 Como organizar uma apresentação 
 
Pré-fala 
 
Existe um momento inicial, denominado ‘pré-fala’, ao qual se deve estar 
atento. O comunicador transmite uma impressão para o público antes mesmo de 
começar a falar, por isso, além de testar os equipamentos e preparar tudo para a 
apresentação, ele deve ficar atento ao próprio comportamento e à linguagem 
corporal, transmitindo uma impressão segura a quem o observa. 
Antes de iniciar a montagem dos slides que vão acompanhar a apresentação, 
deve-se pensar no que quer falar. Fazer um mapa mental, enumerar os argumentos 
que serão expostos e organizar a ordem de aparecimento deles é fundamental para 
o palestrante chegue com tudo organizado e execute o que já está planejado. 
 
Introdução – Preparação – Assunto Central – Conclusão 
 
A introdução da fala ocorre com um cumprimento adequado ao ambiente e ao 
público. Logo após agradecer ao organizador do evento a oportunidade de falar, 
devemos traduzir implicitamente em nossas palavras as vantagens que obterão os 
ouvintes com nossa apresentação. Em seguida, expor os argumentos que justificam 
o tema da apresentação, gerenciar as perguntas que podem ou não aparecer 
durante a apresentação, desenvolver os argumentos planejados e concluir com uma 
reflexão interessante. Também é necessário saber se comportar quando ocorrerem 
aplausos. 
Essa sequência treinada, ensaiada, vista e revista por nós mesmos e por 
outras pessoas que podem nos ajudar com sua opinião, fará com que nossa fala 
26 
 
 
seja mais assertiva e permitirá um bom entendimento pelo público que irá nos ouvir. 
Além disso, certamente esse preparo refletirá o nosso domínio no uso da palavra e 
exercerá uma influência positiva nos nossos ouvintes. 
 
Pós-fala 
Depois de concluir sua fala, prepare-se para os aplausos. Receba-os com um 
sorriso no rosto e distribua o olhar pelo público. 
O tempo de aplauso pode ser rápido ou demorado, tudo depende da 
performance do comunicador. Aproveite o tempo após sua apresentação para 
continuar interagindo com o público. Algumas perguntas também podem ser 
respondidas neste momento. Reserve um horário para o "pós-fala". 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
3. Formas de apresentação 
 
Há várias formas de se estabelecer uma comunicação em público. Nesta 
seção trataremos da fala espontânea planejada, da fala memorizada e da fala 
improvisada. 
 
Fala espontânea planejada 
 
Entender bem do assunto sobre o qual se quer falar e explicá-lo ao público 
com um ordenamento didático coerente: isso caracteriza a fala espontânea 
planejada, que é a melhor forma de apresentação e a que mais respeita o estilo 
próprio de cada comunicador. Pode- -se, em alguns casos, escrever os tópicos que 
se querfalar e levar esse papel, que é uma espécie de "cola" para nos acompanhar 
na apresentação. Mas falar sem a "cola" transmite mais credibilidade ao 
comunicador. Então, se for utilizar o papel no desenvolvimento da fala espontânea 
planejada, faça de forma rápida e com moderação. 
 
Fala memorizada 
 
Esse tipo de fala exige de nós, além de uma memória bastante confiável, uma 
interpretação que faça o público ter a impressão de que estamos fazendo uma fala 
espontânea planejada. Se isso não ocorrer, nossa fala memorizada ficará muito 
visível e poderemos parecer um robô falando, prejudicando assim nossa interação 
com o público. Outro problema para quem fala de forma memorizada são os 
imprevistos, que exigem uma interrupção do que estamos falando. Nesse caso, o 
comunicador pode ter dificuldade para retomar, do ponto em que parou, o 
desenvolvimento da fala memorizada e assim ter toda a sua apresentação 
comprometida. 
Algumas vezes, de tanto falarmos de forma espontânea sobre um mesmo 
assunto, acabamos por memorizar alguns trechos da nossa apresentação e utilizar a 
28 
 
 
fala memorizada. Se isso ocorrer, pode valer a pena memorizar alguns trechos que 
tenham um bom impacto no desenvolvimento do nosso raciocínio para falarmos na 
hora certa e provocar nos ouvintes um bom efeito. 
 
Fala improvisada 
 
A fala improvisada é uma forma de apresentação muito requisitada no 
ambiente profissional e pessoal. Em algumas situações, pode acontecer de alguém 
nos cutucar dizendo “vai lá na frente e fala!” e, não tendo como negar, encaramos o 
público sem um preparo prévio. Nesse caso, ao começar a falar, cumprimente o 
público, fale o que todos esperam ouvir, agradeça e se despeça. 
Durante a apresentação podem acontecer imprevistos que exigem de nós 
uma fala improvisada. Neste momento demonstre muita calma, não apele com o 
imprevisto, seja bem humorado e resolva o problema com um comportamento que 
não assuste a plateia. Apesar de todo o preparo e testes realizados antes da 
apresentação, existem problemas que podem ocorrer durante nossa fala. O público 
sabe disso e, muitas vezes, entende nossa situação e até colabora conosco na 
solução do problema. 
Se em uma atividade social você tem uma colocação profissional de 
liderança, representa um órgão de classe ou uma instituição, ou se em um evento 
sua presença merece destaque, como, por exemplo, no casamento de um familiar 
querido, prepare-se para falar, mesmo que sua fala não tenha sido encomendada 
com antecipação. Transforme assim o que seria uma fala improvisada em uma fala 
espontânea planejada ou em uma fala memorizada. 
 
 
 
29 
 
 
3.1 Recursos audiovisuais 
 
Hoje em dia, com o avanço tecnológico, o comunicador tem como parceiro 
equipamentos cada vez mais sofisticados, além de outros mais tradicionais, como o 
flip chart e o quadro branco. É importante saber que o recurso audiovisual não deve 
atrapalhar, nem anular, a presença humana do comunicador. Daí a necessidade de 
aprender a utilizá-los como colaboradores e não como protagonistas das 
apresentações. 
 
Datashow 
 
 
Um dos recursos mais utilizado atualmente, o datashow projeta o que está no 
nosso computador e não apenas arquivos do Power Point®; 
 Permite realizar links com filmes e inserir fotos: isso exigirá atenção do 
comunicador para gerenciar a iluminação do auditório ou sala onde 
estiver falando. Prefira sempre apagar o mínimo de luzes possível; 
 Local do equipamento na sala: se não estiver fixo no teto, verifique a 
melhor posição do projetor para que ele não atrapalhe a movimentação 
de quem fala e ao mesmo tempo seja visível para todos os ouvintes; 
 O que é projetado funciona como um roteiro para o desenvolvimento da 
fala espontânea planejada. Sendo assim, o comunicador deve projetar 
tópicos e imagens para nortear seu raciocínio; 
30 
 
 
 Slide com excesso de texto faz com que o comunicador prenda o seu 
contato visual na projeção; assim ele acabará lendo o slide em vez de 
explicá-lo; 
 Treine o sincronismo entre sua fala e o que está projetado. Um slide com 
poucas informações visuais colaborará didaticamente com sua 
apresentação: os ouvintes prestarão atenção exclusivamente no que 
você diz e não terão que ler e ouvir ao mesmo tempo; 
 Projetou, tem que falar! O que está projetado é para ser comentado pelo 
comunicador e visto pelos ouvintes. Portanto, fique atento ao tamanho e 
formato das letras e também ao contraste de cores utilizado; 
 Determinados tamanhos e cor de letra facilmente visíveis ao criador da 
apresentação em sua tela de computador não causam o mesmo impacto 
quando projetados em grandes ambientes. Faça um teste prévio no local 
da apresentação; 
 Tenha e aprenda a utilizar um controle remoto para passar os slides 
durante a apresentação. Quando for passá-los, não é necessário 
apontar o controle para a tela, como se estivesse dando um tiro na 
projeção. Mantenha os braços na altura da cintura, passe o slide e vá 
em frente na sua apresentação; 
 Quando for utilizar a luz do laser para apontar alguma informação 
projetada, faça isso movimentando o ponto luminoso, pois dessa forma 
você não deixará evidente tremores que podem denunciar o seu possível 
nervosismo. A utilização do laser serve para evitar que fiquemos na 
frente da luz do projetor. Seja preciso na pontaria, rodando o ponto 
luminoso do laser apenas sobre a informação que se quer destacar, 
evitando assim que essa luz fique perdida e descontrolada sobre o slide 
e o auditório; 
 Uma dica final: uma opção para apresentar os tópicos de um slide é 
utilizar a “técnica da revelação”, ou seja, revele e comente os tópicos de 
forma que eles apareçam um por vez. 
 
 
31 
 
 
Quadro branco 
 
• É um bom e prático recurso visual, porém limitado a pequenos 
auditórios; 
• Evite ficar muito tempo escrevendo no quadro, para não prejudicar sua 
interação com o público; 
• Capriche no tamanho e forma da letra para que possam ser visíveis e 
de fácil entendimento. Alguns quadros são quadriculados, o que 
favorece a escrita de forma mais retilínea; 
• Teste os pincéis e o apagador antes de usar, pois em alguns a tinta 
costuma secar quando não são muito utilizados. 
 
 
32 
 
 
Flip Chart 
 
 
 Também é um bom e prático recurso visual, porém limitado a 
auditórios ainda menores; 
 Evite ficar muito tempo escrevendo na folha do flip chart, para não 
prejudicar sua interação com o público; 
 Capriche no tamanho e forma da letra para que possam ser visíveis 
e de fácil entendimento; 
 Se ocorrerem erros na escrita, possivelmente o comunicador terá 
que passar a folha e escrever novamente, pois apagar o que se 
escreveu errado não é viável; 
 Teste os pincéis antes de usar, pois em alguns a tinta costuma secar 
quando não são muito utilizados. 
 
 
33 
 
 
Microfone 
 
• Se possível, tente utilizar os microfones de lapela ou aqueles que ficam 
acoplados em um arco na cabeça. Eles liberam as mãos e o 
comunicador não precisa ficar regulando a altura do microfone em 
relação à boca para a captação da voz; 
• Se for utilizar o microfone sem fio de mão, posicione-o em frente ao 
queixo, sem encostar. Isso permitirá que o público tenha condições de 
confirmar o que ouve através dos movimentos dos lábios de quem fala; 
• Utilize pilhas e baterias novas ou bem carregadas no microfone, isso 
faz toda a diferença e evita problemas técnicos durante sua 
apresentação; 
• Se o microfone estiver em um pedestal, aprenda a movimentá-lo, pois 
antes de começar a falar, você deve regulá-lo para a sua altura; 
• Os microfones fixos em tribunas devem ser regulados para ficarem na 
altura do queixo do comunicador; • 
• Não gesticule com a mão que segura o microfone; 
• Atenção para não tossir ou espirrar com o microfone próximo da boca, 
pois certamente você assustará seus ouvintes; 
• Cuidado comos comentários inoportunos quando o microfone estiver 
ligado, todos ouvirão!; 
• E, por fim, faça como os cantores e artistas profissionais: chegue antes 
ao local da apresentação e ‘‘passe o som’’. 
34 
 
 
 
3.2 Apresentação pessoal 
 
 
Somos uma sociedade visual, as pessoas começam a fazer julgamentos 
baseadas em sua linguagem corporal no momento em que o veem. Dificilmente a 
lógica do seu discurso poderá desfazer uma primeira má impressão quanto à sua 
apresentação ou gestos desleixados; ao passo que boa apresentação, gestos 
seguros e um estilo confiante já o deixa com metade da batalha ganha. 
Oradores sabem que devem não apenas dominar sua apresentação verbal, 
mas também fazer com que a comunicação não verbal trabalhe para eles de uma 
forma positiva. A comunicação não verbal envolve nossa expressão facial, 
expressão corporal, movimentos, gestos e roupas. 
Ser um modelo de apresentação pessoal, não quer dizer “estar na moda”, 
nem mesmo atrativamente vestido ou “despido”. O orador trata com todo tipo de 
pessoa e, assim, deve compreender que como existe o gosto pelo livre, moderno, 
atrativo, existe também, o gosto pelo tradicional e conservador. Considerando que 
em uma plateia temos vários tipos de pessoas a atender, com gostos muito 
variados, é recomendável para a adequada apresentação pessoal do orador: 
 
VESTIMENTA: Corretamente ajustada ao corpo (nem muito colada, nem 
larga demais); Corretamente ajustada ao tamanho (nem muito curta, nem comprida 
demais); A mais sóbria possível, a roupa não deve chamar mais a atenção do que a 
pessoa; Evitar alças, decotes e excesso de transparência. 
SAPATOS: De preferência baixos, para um conforto maior; Limpos e em 
perfeito estado de conservação, o que inclui graxa e solado em boas condições. 
CABELOS Bem cortados; De preferência presos; Limpos. 
BARBA: Bem aparada. 
35 
 
 
UNHAS: Devidamente tratadas, limpas; Não se admite esmalte danificado; 
Dê preferência a cores rosadas 
MAQUILAGEM / PERFUME: Sóbria; Florais, coloniais; Desodorante seco. 
POSTURA E GESTICULAÇÃO: O orador deve através dos gestos e 
movimentos demonstrar entusiasmo e vivacidade, embora com moderação. 
Gesticulação e movimentos bem naturais dão grande variedade e vitalidade a 
conversação; não os empregando, o orador poderá parecer constrangido e se, ao 
contrário, empregá-los em excesso ou de maneira forçada chamará a atenção para 
eles e não para o assunto. 
MANEIRISMO: Evitar os maneirismos, dentre os quais o mais comum é 
brincar com qualquer objeto que esteja por perto. Portanto, o orador deve agir com a 
maior naturalidade, levando em consideração a comunicação de ideias que é mais 
importante que muitos detalhes. 
 
 
36 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A oratória trata-se de uma prática que consiste na aplicação de discursos de 
maneira mais clara e objetiva, facilitando a compreensão do público. Embora seja 
muito confundida com tentativas de enrolar as pessoas, a oratória está focada na 
consequência mais eficaz do emprego da comunicação: o convencimento. 
Manter a postura adequada é uma das táticas fundamentais da oratória. 
Quando falamos nessa característica, queremos dizer que ela envolve aspectos do 
comportamento de um bom orador. Durante uma palestra, por exemplo, é comum 
que o palestrante caminhe enquanto fala, gesticule e olhe para a plateia como um 
todo, sem fixar em um único ponto do público. Dessa forma, além de combater o 
nervosismo, você ainda demonstra que está seguro do que diz e não se sente 
intimidado com a grande quantidade de pessoas olhando-o. 
Por mais que seja recomendado aprender a ler e a escrever bem para ganhar 
mais confiança durante a apresentação, pega muito mal quando um palestrante 
deixa de olhar para o público e fica lendo os slides. Tal costume transmite às 
pessoas uma sensação de despreparo por parte do orador, e uma boa alternativa 
para resolver o problema é utilizar somente tópicos. Dessa maneira, é possível 
tornar a apresentação mais dinâmica e interativa, evitar que até o próprio público leia 
muito e atrair toda a atenção para o orador, 
O domínio das técnicas de oratória exige um grande esforço. Para se tornar 
um verdadeiro mestre, é fundamental acumular referências de sucesso de grandes 
oradores históricos e, ainda, seguir dicas práticas. Com o passar do tempo, o orador 
começará a utilizar tais recursos naturalmente. 
 
 
 
 
 
37 
 
 
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