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Anemia infecciosa equina

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@veterinariando_ 
 
Definição 
• É uma doença viral crônica, que 
acomete equinos, asininos e muares 
• É caracterizada por episódios de 
febre, anemia hemolítica, icterícia, 
depressão, edema e perda de peso 
crônica 
• É uma doença que gera embargos ao 
trânsito de equídeos, além de 
interferir em eventos esportivos 
equestres, assumindo relevância 
econômica 
 
Agente etiológico 
• Vírus que pertence a família 
Retroviridae, do gênero Lentivirus 
• São vírus envelopados 
• São inativados por solventes lipídicos, 
detergentes e pelo aquecimento a 
56ºC por 30min 
• São mais resistentes a radiação UV e 
X do que outros vírus, isso ocorre 
devido ao seu genoma diploide 
 
 
 
Epidemiologia 
• Vírus de distribuição mundial 
(cosmopolita) 
• Em áreas endêmicas a prevalência é 
de cerca de 70% dos animais adultos 
• O agente é transmitido 
primariamente por picadas de 
tabanídeos e moscas dos estábulos, 
estes atuam como vetores mecânicos 
(vírus não replica nos insetos) → o 
agente sobrevive por curtos períodos 
no aparelho bucal das mocas 
• A transmissão é mais comum em 
épocas quentes do ano, em regiões 
úmidas e pantanosas 
• Infecções iatrogênicas podem ocorrer 
com o uso de agulhas ou 
instrumentos cirúrgicos 
contaminados, transfusões ou por 
uso de aparelhos não esterilizados 
• A doença pode ser passada da égua 
prenha para o feto 
• De forma secundária a transmissão 
pode ocorrer pela ingestão de leite 
ou pela inseminação artificial 
 
Patogenia 
• Após a infecção as células alvos do 
vírus são macrófagos e monócitos 
• Fígado, baço, linfonodos, pulmões e 
rins são órgãos mais acometidos 
devido a grande quantidade de 
macrófagos 
• Há aumento de IgG e IgM contra o 
vírus, formando imunocomplexos que 
irão promover degradação de 
plaquetas por fagócitos 
mononucleares levando a 
trombocitopenia 
• Há degradação de hemácias e 
redução de eritropoiese, ocasionando 
anemia 
 
Manifestações clínicas 
• Forma aguda – febre (38,5 a 40,5ºC) 
com letargia, petéquias, fraqueza 
progressiva, perda de peso, anemia, 
edema nos membros e peito ou 
morte súbita 
• Forma subaguda – febre 
intermitente, perda de peso, edemas, 
depressão, anemia, icterícia, 
linfadenopatia, petéquias e pode 
apresentar alterações neurológicas 
• Forma crônica ou assintomática – 
mantém condição corpórea normal, 
podendo até ter algum desempenho 
atlético 
 
Diagnóstico 
• IDGA (Prova da Imunodifusão em Gel 
Agar) ou teste de Coggins → é 
amplamente utilizado para a 
detecção do agente a partir do 
antígeno viral 
• O ELISA têm sido utilizado para a 
detecção sorológica de anticorpos 
antivírus da AIE 
 
Controle 
• A doença não tem tratamento 
• Os animais doentes são 
encaminhados para eutanásia para 
não haver a contaminação dos 
animais saudáveis 
• Realizar o controle de moscas na 
propriedade 
• Em regiões endêmicas fazer o uso de 
telas nas baias e uso de repelente 
• É um doença de notificação 
obrigatória 
 
 
 
 
 
• MASELLO JUNQUEIRA FRANCO, M.; PAES, A. C. Anemia 
infecciosa equina. Veterinária e Zootecnia, Botucatu, 
v. 18, n. 2, p. 197–207, 2011. DOI: 
10.35172/rvz.2011.v18.389. Disponível em: 
https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/389. 
Acesso em: 18 mar. 2023.