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Questões de Direito Processual Penal da OAB 1 FASE 2021 e 2022

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Nayara Santos de Sá 
Instagram: nayarasantosds 
 
 
 
 
 
 
Questões de Direito Processual Penal da OAB 1ª FASE 2021/2022 
Direito Processual Penal 
Bons estudos!!! 
Gabarito no final 
 
1. Maria foi brutalmente assassinada em sua própria casa por seu vizinho, Antônio, que 
morava em frente à sua casa. Em julgamento no Tribunal do Júri, o juiz presidente, ao 
formar o 
 Conselho de Sentença, iniciou os sorteios de costume. Dentre os voluntários para a 
formação dos jurados, estavam vários outros vizinhos, inclusive o próprio filho de 
Maria, todos revoltados clamando por justiça e pela condenação de Antônio. 
Assim, segundo o Código do Processo Penal, com relação à composição do Tribunal 
do Júri, assinale a afirmativa correta. 
 
a) As hipóteses de impedimento e suspeição não se aplicam aos jurados, de forma que os 
vizinhos e o filho da vítima podem compor o Conselho de Sentença. 
b) A suspeição dos vizinhos deve ser arguída por petição dirigida ao Tribunal de Justiça, 
ao passo que o impedimento do filho da vítima deve ser reconhecido de ofício pelo Juiz 
togado. 
c) A suspeição e o impedimento do filho e dos vizinhos devem ser alegados pela parte que 
aproveita, sendo incabível ao Juiz dela conhecer de ofício. 
d) A suspeição dos jurados deve ser arguida oralmente ao Juiz Presidente do Tribunal do 
Júri. 
 
2. O prefeito do Município de Canto Feliz, juntamente com o juiz estadual e o promotor 
de justiça, todos da mesma comarca (Art. 77, inciso I, do CPP), cometeu um crime 
contra a administração pública federal - interesse da União -, delito que não era de 
menor potencial ofensivo e nem cabia, objetivamente, qualquer medida penal 
consensual. Todos foram denunciados pelo Ministério Público federal perante a 1ª Vara 
Criminal da Justiça Federal da correspondente Seção Judiciária. 
 
 
Nayara Santos de Sá 
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Recebida a denúncia, a fase probatória da instrução criminal foi encerrada, sendo que o 
Dr. João dos Anjos, que era advogado em comum aos réus (inexistência de colidência 
de defesas), faleceu, tendo os acusados constituído um novo advogado para apresentar 
memoriais (Art. 403, § 3º, do CPP) e prosseguir em suas defesas. Nessa fase de 
alegações finais, somente há uma matéria de mérito a ser defendida em relação a todos 
os réus, que é a negativa de autoria. Todavia, antes de adentrar ao mérito, existe uma 
questão preliminar processual a ser suscitada, relativa à competência, e consequente 
arguição de nulidade. 
Como advogado(a) dos réus, assinale a opção que indica como você fundamentaria a 
existência dessa nulidade. 
 
a) O processo é nulo, por ser o juízo relativamente incompetente, aproveitando-se os atos 
instrutórios. Anulado o processo, este deverá prosseguir para todos a partir da 
apresentação dos memoriais perante uma das Turmas do Tribunal Regional Federal da 
respectiva Seção Judiciária, por serem os réus detentores de foro especial por 
prerrogativa de função junto àquele órgão jurisdicional. 
b) O processo é nulo, por ser o juízo absolutamente incompetente desde o recebimento da 
denúncia, devendo ser reiniciado para todos a partir deste momento processual perante 
o Tribunal de Justiça do respectivo Estado da Federação, por serem os réus detentores 
de foro especial por prerrogativa de função perante aquela Corte estadual de justiça. 
c) O processo é nulo, por ser o juízo relativamente incompetente, aproveitando-se os atos 
instrutórios. Anulado o processo este deverá prosseguir a partir da apresentação dos 
memoriais perante o Tribunal de Justiça do respectivo Estado da Federação, por serem 
todos os réus detentores de foro especial por prerrogativa de função perante aquela 
Corte estadual de justiça. 
d) O processo é nulo, por ser o juízo absolutamente incompetente. Em relação ao Prefeito 
do Município de Canto Feliz, o processo deverá ser remetido a uma das Turmas do 
Tribunal Regional Federal da respectiva Seção Judiciária, sendo reiniciado a partir do 
recebimento da denúncia. Em relação ao Juiz estadual e ao Promotor de Justiça, há 
nulidade por vício de incompetência absoluta, com a necessidade de desmembramento 
do processo, devendo ser reiniciado para ambos a partir do recebimento da denúncia, 
sendo de competência do Tribunal de Justiça do respectivo Estado da Federação. 
 
3. No curso de inquérito que, no início da pandemia de Covid-19, apura a prática do crime 
contra as relações de consumo descrito no Art. 7º, inciso VI, da Lei nº 8.137/90, a 
autoridade policial representa pela interceptação do ramal telefônico de João, 
comerciante indiciado, sustentando a imprescindibilidade da medida para a 
investigação criminal. 
 
 
Nayara Santos de Sá 
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O crime em questão consiste na sonegação ou retenção de insumos e bens, para fim de 
especulação, e é punido com pena de detenção de 2 a 5 anos ou multa. A interceptação 
é autorizada pelo prazo de quinze dias, em decisão fundamentada, na qual o juízo 
considera demonstrada sua necessidade, bem como a existência de indícios suficientes 
de autoria. 
No caso narrado, o(a) advogado(a) do comerciante poderia sustentar a ilegalidade da 
interceptação das comunicações telefônicas, porque 
 
a) o prazo fixado pelo juiz excede o legalmente permitido. 
b) a interceptação não é admitida quando o fato objeto da investigação constitui infração 
penal punida, no máximo, com pena de detenção. 
c) a interceptação não é admitida quando o fato objeto da investigação constitui infração 
penal cuja pena máxima não seja superior a cinco anos. 
d) caberia apenas ao Ministério Público requerê-la 
 
4. Hamilton, vendedor em uma concessionária de automóveis, mantém Priscila em erro, 
valendo-se de fraude para obter vantagem econômica ilícita, consistente em valor de 
comissão maior do que o devido na venda de um veículo automotor. A venda e a 
obtenção da vantagem ocorrem no dia 20 de novembro de 2019. O fato chega ao 
conhecimento da autoridade policial por notícia feita pela concessionária, ainda em 
novembro de 2019 e, em 2 de março de 2020, o Ministério Público oferece denúncia 
em face de Hamilton, imputando-lhe a prática do crime de estelionato. Embora tenha 
sido ouvida em sede policial, Priscila não manifestou sua vontade de ver Hamilton 
processado pela prática delitiva. A denúncia é recebida e a defesa impetra habeas corpus 
perante o Tribunal de Justiça. No caso, assinale a opção que apresenta a melhor tese 
defensiva a ser sustentada. 
 
a) A ausência de condição específica de procedibilidade, em razão da exigência de 
representação da ofendida. 
b) A ausência de condição da ação, pois caberia à vítima o ajuizamento da ação penal 
privada no caso concreto. 
c) A necessidade de remessa dos autos ao Procurador-geral de Justiça para que haja oferta 
de acordo de não persecução penal. 
d) A atipicidade da conduta, em razão do consentimento da vítima, consistente na ausência 
de manifestação de ver o acusado processado. 
 
 
 
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5. Vitor respondia ação penal pela suposta prática do crime de ameaça (pena: 01 a 06 
meses de detenção ou multa) contra sua ex-companheira Luiza, existindo medida 
protetiva em favor da vítima proibindo o acusado de se aproximar dela, a uma distância 
inferior a 100m. 
Mesmo intimado da medida protetiva de urgência, Vitor se aproximou de Luiza e tentou 
manter com ela contato, razão pela qual a vítima, temendo por sua integridade física, 
procurou você, como advogado(a), e narrou o ocorrido. Nessa ocasião, Luiza esclareceu 
que, após a denúncia do crime de ameaça, Vitor veio a ser condenado, definitivamente, 
pela prática do delito de uso de documento falso por fatos que teriam ocorrido antes 
mesmo da infração penal cometida no contexto de violência doméstica e familiar contra 
a mulher. 
Com base nas informações expostas, você, comoadvogado(a) de Luiza, deverá 
esclarecer à sua cliente que: 
 
a) não poderá ser decretada a prisão de Vitor, pois não há situação de flagrância. 
b) não poderá ser decretada a prisão preventiva de Vitor, pois o crime de ameaça tem pena 
inferior a 04 anos e ele é tecnicamente primário. 
c) poderá ser decretada a prisão preventiva de Vitor, pois, apesar de o crime de ameaça 
ter pena máxima inferior a 04 anos, o autor do fato é reincidente. 
d) poderá ser decretada a prisão preventiva de Vitor, mesmo sendo tecnicamente primário, 
tendo em vista a existência de medida protetiva de urgência anterior descumprida. 
 
6. Magda é servidora pública federal, trabalhando como professora em instituição de 
Ensino Superior mantida pela União no Estado do Rio de Janeiro. Magda vem a ser 
vítima de ofensa à sua honra subjetiva em sala de aula, sendo chamada de “piranha” e 
“vagabunda” por Márcio, aluno que ficara revoltado com sua reprovação em disciplina 
ministrada por Magda. 
Nessa situação, assinale a afirmativa correta: 
 
a) Magda só pode ajuizar queixa−crime contra Márcio, imputando− lhe crime de injúria. 
b) Magda só pode oferecer representação contra Márcio, imputando−lhe crime de injúria. 
c) Magda não pode ajuizar queixa−crime nem oferecer representação contra 
Márcio, imputando−lhe crime de injúria. 
d) Magda pode optar entre ajuizar queixa−crime ou oferecer representação contra Márcio, 
imputando−lhe crime de injúria. 
 
 
 
Nayara Santos de Sá 
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7. Policiais militares, ao avistarem Jairo roubar um carro no município de Toledo (PB), 
passaram a persegui-lo logo após a subtração, o que se deu ininterruptamente durante 
28 (vinte e oito) horas. Por terem perdido de vista Jairo quando estavam prestes a 
ingressar no município de Córdoba (PB), os policiais militares se dirigiram à Delegacia 
de Polícia de Toledo para confecção do Boletim de Ocorrência. 
Antes que fosse finalizado o Boletim de Ocorrência, a Delegacia Policial de Toledo 
recebeu uma ligação telefônica do lesado (Luiz), informando que Jairo, na posse do seu 
carro (roubado), estava sentado numa mesa de bar naquele município tomando cerveja. 
Os policiais militares e os policiais da Distrital se deslocaram até o referido bar, 
encontrando Jairo como descrito no telefonema do lesado, apenas de chinelo e bermuda, 
portando uma carteira de identidade e a quantia de R$ 50,00 (cinquenta) reais. Nada 
mais foi encontrado com Jairo, que negou a autoria do crime. 
Jairo foi preso em flagrante delito e lavrado o respectivo auto pelo Delegado de Polícia, 
cujo despacho que determinou o recolhimento à prisão do indiciado teve como 
fundamento a situação de quase-flagrante, já que a diligência não havia sido encerrada 
e nem encerrado o Boletim de Ocorrência. 
Os policiais militares que efetuaram a perseguição reconheceram Jairo como o 
motorista que dirigia o carro roubado. O lesado (Luiz) também foi ouvido e reconheceu 
Jairo pessoalmente. 
A família de Jairo contratou você, como advogado(a), para participar da audiência de 
custódia na Comarca de Toledo e requerer a sua liberdade. 
Assinale a opção que indica o fundamento da sua manifestação nessa audiência para 
colocar Jairo em liberdade. 
 
a) A prisão de Jairo era ilegal, pois a perseguição, ainda que não cessada como constou 
do despacho da autoridade policial, exigia que o carro fosse apreendido para comprovar 
a materialidade do crime. 
b) A prisão de Jairo era ilegal, pois, ainda que fosse, inicialmente, uma situação de quase-
flagrante (ou flagrante imprópio), a perseguição foi encerrada em Toledo, tanto que os 
policiais militares se dirigiram à Delegacia de Polícia do município para confecção do 
Boletim de Ocorrência. Restava cessada a situação a caracterizar um flagrante delito. 
Posterior prisão cautelar somente caberia por ordem judicial. 
c) A prisão de Jairo era ilegal, pois o Código de Processo Penal somente autoriza a prisão 
em flagrante delito quando o agente está cometendo o crime, acaba de cometê-lo 
(flagrante real) ou é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou 
papéis que façam presumir ser ele o autor da infração penal (flagrante presumido). 
d) A prisão de Jairo era ilegal, pois o Código de Processo Penal autoriza a prisão em 
flagrante delito quando o agente é perseguido, logo após, pela autoridade em situação 
 
 
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que faça presumir ser autor da infração (quase-flagrante), não podendo passar a 
perseguição de 24 (vinte e quatro) horas. 
 
8. Tendo sido admitido a cursar uma universidade nos Estados Unidos da América (EUA), 
cuja apresentação deveria ocorrer em 05 (cinco) dias, Lucas verificou que o seu 
passaporte brasileiro estava vencido e entrou em contato com Bento, na cidade de 
Algarve, no Estado do Paraná, o qual lhe entregaria um passaporte feito pelo mesmo, 
idêntico ao expedido pelas autoridades brasileiras. 
Lucas fez a transferência da quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para a conta 
corrente de Bento numa agência bancária situada na cidade de Vigo (PR). Confirmado 
o depósito, Lucas se encontrou com Bento no interior de um hospital federal, onde o 
primeiro aguardava uma consulta, na cidade de Antonésia (PR). 
Já no aeroporto de São Paulo, Lucas apresentou às autoridades brasileiras o passaporte 
feito por Bento, oportunidade em que a polícia federal constatou que o mesmo era falso. 
Lucas foi preso em flagrante delito. O Ministério Público do Estado de São Paulo 
ofereceu denúncia contra Lucas pelo crime de uso de documento falso, a qual foi 
recebida pelo juízo da 48ª Vara Criminal da Comarca da Capital (SP), oportunidade em 
que foi posto em liberdade, sendo-lhe impostas duas medidas cautelares diversas da 
prisão. 
O advogado de Lucas foi intimado para apresentar resposta à acusação, oportunidade 
em que se insurgiu contra a incompetência absoluta do juízo da 48ª Vara Criminal da 
Comarca da Capital (SP). 
Assinale a opção que indica a peça processual em que o advogado de Lucas deverá 
arguir a relatada incompetência. 
 
a) Exceção de incompetência, por entender que o juízo natural seria uma das Varas 
Criminais da Comarca de Vigo (PR), onde se consumou o crime imputado, haja vista 
que a compra do passaporte se aperfeiçoou na cidade em que Bento possuía conta 
bancária e recebeu a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 
b) Na própria resposta à acusação, sustentando que o juízo natural seria uma das Varas 
Criminais da Comarca de Algarve (PR), onde o passaporte falso foi confeccionado. 
c) Na própria resposta à acusação, por entender que o juízo natural seria uma das Varas 
Criminais Federais da Seção Judiciária do Estado do Paraná, em razão de Bento ter 
entregue o passaporte falsificado no interior de um hospital federal na cidade de 
Antonésia (PR), onde Lucas aguardava uma consulta. 
d) Exceção de incompetência, por entender que o juízo natural seria uma das Varas 
Criminais Federais da Seção Judiciária do Estado de São Paulo, em razão de Lucas ter 
 
 
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tentado embarcar para os EUA manuseando o passaporte falso confeccionado por 
Bento. 
 
9. Joel está sendo processado por crime de estelionato na Vara Criminal da Comarca de 
Estoril. Na peça de resposta à acusação, o Dr. Roberto, advogado de Joel, arrolou 03 
(três) testemunhas. Dentre elas, estava Olinto Silva, residente na Comarca de Vieiras. 
O juízo da Vara Criminal da Comarca de Estoril determinou a expedição de carta 
precatória ao juízo da Vara Criminal da Comarca de Vieiras com a finalidade de ser 
ouvido Olinto Silva, notificando o Promotor de Justiça e o Defensor Público. 
Na Vara Criminal da Comarca de Vieiras, o juiz designou a audiência para oitiva de 
Olinto Silva, notificando somente o Ministério Público, não obstante haver Defensor 
Público nacomarca. 
Realizada a oitiva de Olinto Silva, a deprecata foi devolvida ao Juízo da Vara Criminal 
da Comarca de Estoril. 
Recebida a carta precatória, o Dr. Roberto tomou ciência do seu cumprimento. 
Assinale a opção que apresenta a providência que o advogado de Joel deve tomar em 
sua defesa. 
 
a) Requerer ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Estoril a declaração de nulidade da 
audiência de oitiva de Olinto Silva, que se deu na Vara Criminal da Comarca de Vieiras, 
por ter sido realizado aquele ato processual sem a intimação do Defensor Público. 
b) Requerer ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Vieiras a declaração de nulidade 
da audiência de oitiva de Olinto Silva, em razão de ter ocorrido aquele ato processual 
sem que tenha sido intimado como advogado de Joel. 
c) Requerer ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Vieiras a declaração de nulidade 
da audiência de oitiva de Olinto Silva, em razão de ter ocorrido aquele ato processual 
sem que tenha sido intimado o Defensor Público. 
d) Requerer ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Estoril a declaração de nulidade do 
processo a partir da expedição da carta precatória ao Juízo da Vara Criminal da 
Comarca de Vieiras, como também a dos atos que dela diretamente dependessem ou 
fossem consequência, haja vista que, como advogado de Joel, não foi intimado da 
remessa da referida carta ao juízo deprecado. 
 
10. Rodrigo responde ação penal pela suposta prática do crime de venda irregular de arma 
de fogo de uso restrito, na condição de preso. O magistrado veio a tomar conhecimento 
de que Rodrigo seria pai de uma criança de 11 anos de idade e que seria o único 
 
 
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responsável pelo menor, que, inclusive, foi encaminhado ao abrigo por não ter outros 
familiares ou pessoas amigas capazes de garantir seus cuidados. 
Com esse fundamento, substituiu, de ofício, a prisão preventiva por prisão domiciliar. 
Rodrigo, intimado da decisão, entrou em contato com seu(sua) advogado(a) em busca 
de esclarecimentos sobre o cabimento da medida e suas consequências. 
A defesa técnica de Rodrigo deverá esclarecer que a concessão da prisão domiciliar foi 
 
a) adequada, e o tempo recolhido em casa justifica o reconhecimento de detração do 
período de cumprimento, que deverá ser observado na execução da pena, mas não no 
momento da fixação do regime inicial do cumprimento de pena. 
b) adequada, e o tempo recolhido em casa justifica o reconhecimento de detração do 
período de cumprimento, que poderá ser observado no momento da fixação do regime 
inicial de cumprimento de pena. 
c) inadequada, pois somente admitida para as mulheres que sejam mães de crianças 
menores de 12 anos. 
d) adequada, mas não justifica o reconhecimento de detração. 
 
11. Caio, primário e de bons antecedentes, sem envolvimento pretérito com o aparato 
policial ou judicial, foi denunciado pela suposta prática do crime de tráfico de drogas. 
Em sua entrevista particular com seu advogado, esclareceu que, de fato, estaria com as 
drogas, mas que as mesmas seriam destinadas ao seu próprio uso. Indagou, então, à sua 
defesa técnica sobre as consequências que poderiam advir do acolhimento pelo 
magistrado de sua versão a ser apresentada em interrogatório. 
Considerando apenas as informações expostas, o(a) advogado(a) deverá esclarecer ao 
seu cliente que, caso o magistrado entenda que as drogas seriam destinadas apenas ao 
uso de Caio, deverá o julgador 
 
a) condenar o réu, de imediato, pelo crime de porte de drogas para consumo próprio, 
aplicando o instituto da mutatio libelli. 
b) condenar o réu, de imediato, pelo crime de porte de drogas para consumo próprio, 
aplicando o instituto da emendatio libelli. 
c) reconhecer que não foi praticado o crime de tráfico de drogas e encaminhar os autos ao 
Ministério Público para analisar eventual proposta de transação penal. 
d) reconhecer que não foi praticado o crime de tráfico de drogas e encaminhar os autos ao 
Ministério Público para analisar proposta de suspensão condicional do processo, mas 
não transação penal, diante do procedimento especial previsto na Lei de Drogas. 
 
 
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12. Natan, com 21 anos de idade, praticou, no dia 03 de fevereiro de 2020, crime de 
apropriação indébita simples. Considerando a pena do delito e a primariedade técnica, 
já que apenas respondia outra ação penal pela suposta prática de injúria racial, foi 
oferecida pelo Ministério Público proposta de acordo de não persecução penal, que foi 
aceita pelo agente e por sua defesa técnica. 
Natan, 15 dias após o acordo, procura seu(sua) advogado(a) e demonstra intenção de 
não cumprir as condições acordadas, indagando sobre aspectos relacionadas ao prazo 
prescricional aplicável ao Ministério Público para oferecimento da denúncia. 
 O(A) advogado(a) de Natan deverá esclarecer, sobre o tema, que 
 
a) enquanto não cumprido o acordo de não persecução penal, não correrá o prazo da 
prescrição da pretensão punitiva. 
b) será o prazo prescricional da pretensão punitiva pela pena em abstrato reduzido pela 
metade, em razão da idade de Natan. 
c) poderá, ultrapassado o prazo de 03 anos, haver reconhecimento da prescrição da 
pretensão punitiva com base na pena ideal ou hipotética. 
d) poderá, ultrapassado o prazo legal, haver reconhecimento da prescrição da pretensão 
punitiva entre a data dos fatos e do recebimento da denúncia, considerando pena em 
concreto aplicada em eventual sentença. 
 
13. Ao término da instrução criminal no processo em que Irineu foi denunciado pelo crime 
de homicídio doloso consumado que vitimou Alberto, o advogado de Irineu teve a 
palavra em audiência para fazer suas alegações finais (juízo de admissibilidade da 
acusação). 
No curso do inquérito policial o Delegado de Polícia representou ao juízo competente 
pelo incidente de insanidade mental, cujo laudo afirmou que, na data em que o crime 
foi praticado, Irineu era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. 
Ouvidas as testemunhas arroladas na denúncia, Roberta, cliente que estava no bar em 
que aconteceu o crime, declarou que Irineu tinha traços semelhantes àqueles da pessoa 
que efetuou o disparo de arma de fogo, mas não poderia afirmar com certeza a autoria. 
No mesmo sentido foi o depoimento de Laércio, que era garçom daquele 
estabelecimento comercial. Rui, que estava no caixa do bar, e Ana, a gerente, disseram 
não ter condições de reconhecer o réu. 
Irineu sempre negou a autoria do homicídio. 
 
 
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Você, como advogado(a) de defesa de Irineu, em alegações finais, deve sustentar a tese 
de 
 
a) nulidade do processo desde a decisão que determinou o exame de insanidade mental, 
pois o Delegado de Polícia não poderia representar pelo incidente de insanidade mental, 
por não ter qualidade de parte. 
b) absolvição sumária, em razão do laudo do exame de insanidade mental ter afirmado 
que Irineu era absolutamente incapaz, por doença mental, sem condições, à época, de 
entender o caráter ilícito do fato. 
c) impronúncia de Irineu, posto que a prova testemunhal não revelou a existência de 
indícios suficientes de autoria. 
d) despronúncia, em razão das declarações de Rui e Ana, que não reconheceram Irineu 
como autor do disparo de arma de fogo. 
 
14. Ricardo, motorista profissional e legalizado para transporte escolar, conduzia seu 
veículo de trabalho por uma rua da Comarca de Celta (MS), sendo surpreendido com a 
travessia repentina de Igor que conduzia uma bicicleta, vindo com isso a atropelá-lo. 
Igor ficou caído no chão reclamando de muita dor no peito, não conseguindo levantar-
se. 
Ricardo, diante das reclamações de dor da vítima, e com receio de agravar o seu estado 
de saúde, permaneceu no local e pediu ajuda ao Corpo de Bombeiros, ligando para o 
número 193.A polícia militar chegou, fez o teste em Ricardo para apurar a concentração de álcool 
por litro de sangue, sendo 0 (zero) o resultado de miligrama de álcool. Diante da 
situação de flagrância, Ricardo foi preso e, no dia seguinte, levado à audiência de 
custódia. 
Igor foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros constatando-se no hospital, por exame de 
imagem, que a vítima havia fraturado 03 (três) costelas e o tornozelo direito, sendo 
operado com sucesso. 
Você, como advogado(a) de Ricardo, postularia 
 
a) concessão da liberdade provisória, sem fiança, diante da legalidade da prisão, por se 
tratar de indiciado primário e de bons antecedentes, além de ter prestado imediato e 
integral socorro à vítima. 
b) somente a imposição da medida cautelar diversa da prisão, consistente no 
comparecimento periódico em juízo, diante da legalidade da prisão e considerando que 
 
 
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a custódia cautelar deve ser a última medida imposta diante do princípio da 
proporcionalidade. 
c) relaxamento da prisão de Ricardo por ser ilegal, haja vista que prestou imediato e 
integral socorro à vítima. 
d) concessão da liberdade provisória, mediante fiança, arbitrado o menor valor legal, 
diante da legalidade da prisão, por ser o indiciado primário e de bons antecedentes, bem 
como em razão da sua capacidade econômica. 
 
15. Francisco foi preso em flagrante, logo após a prática de um crime de furto qualificado, 
pelo rompimento de obstáculo. Agentes públicos compareceram ao local dos fatos e 
constataram, por meio de exame pericial, o arrombamento do fecho da janela que 
protegia a residência de onde os bens foram subtraídos. 
No interior da Delegacia, em conversa informal com a autoridade policial, Francisco 
confessou a prática delitiva, fato que foi registrado em gravação de áudio no aparelho 
celular pessoal do Delegado. Quando ouvido formalmente, preferiu exercer o direito ao 
silêncio que lhe foi assegurado naquele momento. 
Francisco, reincidente, foi denunciado, sendo juntados pelo Ministério Público, já no 
início da ação penal, o laudo de exame de local que constatou o arrombamento e o áudio 
da confissão informal encaminhado pela autoridade policial. 
No momento das alegações finais, o advogado de Francisco, sob o ponto de vista 
técnico, deverá destacar que: 
 
a) a condenação não poderá se basear exclusivamente no laudo de exame de local, 
considerando que não foi produzido sob crivo do contraditório, e o áudio acostado, 
apesar de não poder ser considerado prova ilícita, se valorado na sentença, deverá 
justificar o reconhecimento da atenuante da pena da confissão. 
b) tanto o áudio com a confissão informal quanto o laudo de exame de local são provas 
lícitas, podendo, inclusive, o magistrado fundamentar eventual condenação com base 
exclusivamente no exame pericial produzido antes da instrução probatória. 
c) a confissão informal foi obtida de maneira ilícita, devendo ser o áudio desentranhado 
do processo, mas poderá o laudo pericial ser considerado em eventual sentença, apesar 
de produzido antes de ser instaurado o contraditório. 
d) tanto o áudio com a confissão informal quanto o laudo de exame de local são provas 
ilícitas, devendo ser desentranhados do processo. 
 
16. José, primário e de bons antecedentes, foi denunciado pela prática do crime de 
receptação simples (pena: 01 a 04 anos de reclusão e multa). Após ser certificado que 
 
 
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o denunciado estava em local incerto e não sabido, foi publicado edital com objetivo de 
citá-lo. Mesmo após passado o prazo do edital, José não compareceu em juízo nem 
constituiu advogado. 
O magistrado, informado sobre o fato, determinou a suspensão do processo e do curso 
do prazo prescricional. Na mesma decisão, decretou a prisão preventiva de José, 
exatamente por ele não ter sido localizado para citação, além da produção de duas 
provas, antecipadamente: oitiva de Maria, senhora de 90 anos de idade, que se 
encontrava internada e com risco de falecer, e da vítima, Bruno, jovem de 22 anos, sob 
o fundamento de que o decurso do tempo poderia prejudicar essa oitiva e gerar 
esquecimento. José, dez dias após a decisão, veio a tomar conhecimento dos fatos e 
entrou em contato com seu advogado. 
Considerando apenas as informações expostas, o advogado de José deverá buscar o 
reconhecimento de que: 
 
a) a suspensão do processo após citação por edital foi legal, mas não a suspensão do prazo 
prescricional, já que o magistrado determinou a produção antecipada de provas. 
b) o magistrado poderia ter determinado a produção antecipada de provas em relação à 
Maria, mas não em relação à oitiva de Bruno, sendo, ainda, inadequada a decretação da 
prisão preventiva. 
c) a prisão foi decretada de maneira inadequada, mas a determinação da oitiva de Maria e 
de Bruno de maneira antecipada foi correta. 
d) não poderiam ser produzidas quaisquer provas antecipadas, já que o processo 
encontrava-se suspenso, apesar de legal a decretação da prisão preventiva. 
 
17. Matheus está sendo investigado por suposta prática de crime de uso de documento 
público falso. Após representação da autoridade policial, o juiz deferiu que fosse 
realizada busca e apreensão na residência do investigado. 
Realizadas diversas diligências e concluído o procedimento investigatório, os autos 
foram encaminhados ao Ministério Público, ocasião em que Lúcia, promotora de justiça 
junto à 5ª Vara Criminal daquela mesma comarca, ofereceu denúncia imputando a 
Matheus a prática do crime do Art. 304 (uso de documento falso) do Código Penal. 
O magistrado recebeu a denúncia oferecida, e a defesa técnica de Matheus foi intimada, 
após citação, para a adoção das medidas cabíveis. Ocorre que o advogado de Matheus 
veio a tomar conhecimento que o denunciado devia R$ 2.000,00 (dois mil reais) a 
Lúcia, pois, em momento anterior, não havia prestado um serviço contratado e pago 
pela promotora de justiça. 
 
 
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Considerando as informações narradas e de acordo com as previsões do Código de 
Processo Penal, o advogado de Matheus poderá: 
a) apresentar resposta à acusação, mas não exceção, tendo em vista que as causas de 
suspeição e impedimento do magistrado não são aplicáveis aos membros do Ministério 
Público. 
b) opor exceção de ilegitimidade da parte, diante da constatação de causa de impedimento 
do membro do Ministério Público que ofereceu denúncia. 
c) opor exceção de suspeição, diante da causa de impedimento do membro do Ministério 
Público que ofereceu a denúncia. 
d) opor exceção de suspeição, diante da constatação de causa de suspeição do membro do 
Ministério Público que ofereceu a denúncia. 
 
18. Lorena, em 01/01/2019, foi violentamente agredida por seu ex companheiro Manuel, 
em razão de ciúmes do novo relacionamento, o que teria deixado marcas em sua barriga. 
Policiais militares compareceram ao local dos fatos, após gritos da vítima, e 
encaminharam os envolvidos à Delegacia, destacando os agentes da lei que não 
presenciaram a briga e nem verificaram se Lorena estava ou não lesionada. Por sua vez, 
Lorena, que não precisou de atendimento médico, disse não ter interesse em ver o autor 
do fato processado, já que seria pai de suas filhas, não esclarecendo o ocorrido. Manuel, 
arrependido, porém, confessou a agressão na Delegacia, dizendo que desferiu um soco 
no estômago de Lorena, que lhe deixou marcas. 
A vítima foi para sua residência, sem realizar exame técnico, mas, com base na 
confissão de Manuel, foi o autor do fato denunciado pelo crime de lesão corporal 
praticada no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher (Art. 129, § 9º, 
do CP, na forma da Lei nº 11.340/06). Durante a instrução, foi juntada apenas a Folha 
de Antecedentes Criminais de Manuel, sem outras anotações, nãocomparecendo a 
vítima à audiência de instrução e julgamento. Os policiais confirmaram apenas que 
escutaram um grito de Lorena, não tendo presenciado os fatos. Manuel, em seu 
interrogatório, reitera a confissão realizada em sede policial. 
No momento das alegações finais, o novo advogado de Manuel, constituído após 
audiência, poderá pleitear 
 
a) a absolvição sumária de seu cliente, tendo em vista que não houve a 
indispensável representação por parte da vítima e a lesão causada seria de 
natureza leve. 
 
 
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b) a nulidade da decisão que recebeu a denúncia, tendo em vista que não houve a 
indispensável representação por parte da vítima e a lesão identificada foi de 
natureza leve. 
c) a absolvição de seu cliente, diante da ausência de laudo indicando a existência 
de lesão, não podendo a confissão do acusado suprir tal omissão. 
d) a suspensão condicional da pena, já que não se admite a substituição da pena 
privativa de liberdade por restritiva de direitos no crime, mas a representação 
da vítima era dispensável, assim como o corpo de delito. 
 
19. Após ter sido exonerado do cargo em comissão que ocupava há mais de dez anos, Lúcio, 
abatido com a perda financeira que iria sofrer, vai a um bar situado na porta da 
repartição estadual em que trabalhava e começa a beber para tentar esquecer os 
problemas financeiros que viria a encontrar. 
Duas horas depois, completamente embriagado, na saída do trabalho, encontra seu 
chefe Plínio, que fora o responsável por sua exoneração. Assim, com a intenção de 
causar a morte de Plínio, resolve empurrá-lo na direção de um ônibus que trafegava 
pela rua, vindo a vítima efetivamente a ser atropelada. Levado para o hospital 
totalmente consciente, mas com uma lesão significativa na perna a justificar o 
recebimento de analgésicos, Plinio vem a falecer, reconhecendo o auto de necropsia 
que a causa da morte foi unicamente envenenamento, decorrente de erro na medicação 
que lhe fora ministrada ao chegar ao hospital, já que o remédio estaria fora de validade 
e sequer seria adequado no tratamento da perna da vítima. 
Lúcio foi denunciado, perante o Tribunal do Júri, pela prática do crime de homicídio 
consumado, imputando a denúncia a agravante da embriaguez preordenada. 
Confirmados os fatos, no momento das alegações finais da primeira fase do 
procedimento do Tribunal do Júri, sob o ponto de vista técnico, a defesa deverá pleitear 
 
a) o afastamento da agravante da embriaguez, ainda que adequada a pronúncia pelo crime 
de homicídio consumado. 
b) o afastamento, na pronúncia, da forma consumada do crime, bem como o afastamento 
da agravante da embriaguez. 
c) o afastamento, na pronúncia, da forma consumada do crime, ainda que possível a 
manutenção da agravante da embriaguez. 
d) a desclassificação para o crime de lesão corporal seguida de morte, bem como o 
afastamento da agravante da embriaguez. 
 
 
 
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20. Carlos, em relatório final conclusivo de inquérito policial, foi indiciado pela prática do 
crime de receptação qualificada (Art. 180, §1º, CP – pena: 3 a 8 anos de reclusão e 
multa). Recebido o procedimento investigatório, o Promotor de Justiça verificou, na 
Folha de Antecedentes Criminais, que Carlos possuía uma única anotação e era 
tecnicamente primário, mas que teria sido beneficiado, oito anos antes da suposta nova 
prática delitiva, por proposta de suspensão condicional do processo em relação a crime 
de estelionato. 
Considerando as informações expostas, você, como advogado(a) de Carlos, deverá 
esclarecer que, de acordo com o Código de Processo Penal, 
 
a) poderá ser proposto acordo de não persecução penal, independentemente da confissão 
do indiciado, podendo, contudo, ser imposto ressarcimento do dano e prestação de 
serviço à comunidade por tempo limitado em caso de aceitação. 
b) não poderá ser proposto o acordo de não persecução penal, tendo em vista que o suposto 
autor já foi beneficiado com suspensão condicional do processo anteriormente. 
c) poderá ser proposto acordo de não persecução penal, considerando a pena e natureza 
do crime, mas Carlos necessariamente deverá confessar a prática delitiva. 
d) não poderá ser proposto o acordo de não persecução penal, em razão da pena máxima 
prevista para o delito ultrapassar quatro anos de reclusão. 
 
21. Paulo, advogado, foi intimado de duas decisões proferidas pelo juízo da execução penal 
do Rio de Janeiro, em relação a dois de seus clientes. Na primeira, foi determinada a 
perda de 1/5 (um quinto) dos dias remidos por Lúcio, considerando que foi reconhecida, 
por meio de procedimento regular, observadas as exigências legais, a prática de falta 
grave pelo mesmo. Na segunda decisão, o pedido de progressão de regime formulado 
por Paulo em relação ao apenado Flávio foi deferido, tendo o magistrado fixado, como 
condição a ser observada no regime aberto, o cumprimento de prestação de serviços à 
comunidade. 
Diante das intimações, Paulo poderá apresentar 
 
a) recurso em sentido estrito para questionar as duas decisões do magistrado, que seriam 
ilegais. 
b) agravo para questionar as duas decisões do magistrado, que seriam ilegais. 
c) agravo para questionar apenas a decisão que determinou a perda dos dias remidos, que 
seria ilegal, mas não a que fixou condições especiais para a progressão de regime. 
 
 
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d) agravo para questionar a decisão que fixou a prestação de serviço à comunidade como 
condição para a progressão para o regime aberto, não havendo ilegalidade, porém, na 
determinação da perda de 1/5 (um quinto) dos dias remidos por Lúcio. 
 
22. Bartolomeu foi denunciado e pronunciado pela suposta prática de um crime de 
homicídio qualificado. No dia da sessão plenária do Tribunal do Júri, no momento dos 
debates orais, o Promotor de Justiça iniciou sua fala lendo o teor da denúncia para que 
os jurados tivessem conhecimento sobre os fatos imputados. Após, afirmou que estaria 
presente a prova da materialidade e de autoria, passando a ler a decisão de pronúncia e 
destacar que esta demonstraria a veracidade do que assegurava sobre a prova da prática 
do crime por Bartolomeu. Por fim, o Parquet leu reportagem jornalística que apontava 
Bartolomeu como possível autor do homicídio, sendo certo que tal documentação foi 
acostada ao procedimento sete dias antes da sessão plenária, tendo a defesa acesso à 
mesma quatro dias úteis antes do julgamento. Em sua fala, a defesa técnica de 
Bartolomeu pugnou pela absolvição, negando a autoria, e consignou em ata seu 
inconformismo com a leitura da denúncia, a menção à pronúncia e a leitura da 
reportagem jornalística. O réu foi condenado. 
Considerando as informações narradas, com base nas previsões legais e sob o ponto de 
vista técnico, no momento de apresentar recurso de apelação, o(a) advogado(a) de 
Bartolomeu poderá alegar a existência de nulidade, em razão: 
 
a) da leitura da denúncia, da menção à pronúncia e leitura da reportagem jornalística. 
b) da menção à pronúncia e leitura da reportagem jornalística, apenas. 
c) da leitura da reportagem jornalística, apenas. 
d) da menção à pronúncia, apenas. 
 
23. Durante uma festa em uma casa noturna, Michele se desentende com sua amiga Flávia 
e lhe desfere um tapa no rosto, causando-lhe lesão corporal de natureza leve. Flávia, 
então, se dirige à autoridade policial e registra o fato, manifestando expressamente seu 
interesse em representar contra Michele, tendo em vista a natureza de ação penal 
pública condicionada à representação. 
Findo o procedimento policial, os autos foram encaminhados ao Juizado Especial 
competente e o Ministério Público apresentou proposta de transação penal à Michele, 
que não a aceitou. Após o oferecimento de denúncia pelo Parquet, Flávia se dizarrependida e manifesta ao seu advogado interesse em se retratar da representação 
oferecida, destacando que ainda não foi recebida a inicial acusatória. 
 
 
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Considerando os fatos acima narrados, você, como advogado(a) de Flávia, deverá 
esclarecer que 
 
a) a representação será irretratável na hipótese, por já ter sido oferecida a denúncia. 
b) a retratação da representação poderá ser realizada até o momento da sentença, não 
dependendo de formalidades legais. 
c) a retratação da representação será cabível até o recebimento da denúncia, em audiência 
perante o juiz, especialmente designada para tal finalidade. 
d) a representação será irretratável, independentemente do momento processual, por se 
tratar de ação penal de natureza pública, de modo que o Ministério Público continua 
sendo o titular da ação. 
 
24. Vanessa foi presa em flagrante, logo após cometer um crime de furto em residência. A 
proprietária do imóvel, Jurema, 61 anos, informou aos policiais que viu, pelas câmeras 
de segurança, Vanessa escalando o alto muro da residência e ingressando na casa, 
acreditando a vítima que a mesma rompeu o cadeado da porta, já que este encontrava-
se arrombado. Por determinação da autoridade policial, um perito oficial compareceu à 
residência de Jurema e realizou laudo pericial para confirmar que o muro que Vanessa 
pulou era de grande altura e demandava esforço no ato. Deixou, porém, de realizar a 
perícia no cadeado e na porta por onde Vanessa teria entrado na casa. 
Vanessa foi denunciada pelo crime de furto qualificado, sendo imputado pelo 
Ministério Público a qualificadora da escalada e do rompimento de obstáculo. No curso 
da instrução, assistida a ré pela Defensoria Pública, as partes tiveram acesso ao laudo 
pericial e, em seu interrogatório, Vanessa confessou os fatos, inclusive o rompimento 
do cadeado para ingresso na residência, bem como informou que sabia que a lesada era 
uma senhora de idade. A vítima Jurema não compareceu, alegando que não poderia 
deixar sua residência exposta, já que o cadeado da casa ainda estava arrombado, 
argumentando ser idosa, acostando sua carteira de habilitação, e destacando que as 
imagens da câmera de segurança, já juntadas ao processo, confirmavam a autoria 
delitiva. 
Você, como advogado(a), foi constituído(a) por Vanessa para a apresentação de 
alegações finais. Considerando as informações expostas, você deverá alegar que 
 
a) a perícia realizada no muro não poderá ser considerada prova, mas tão só elemento 
informativo a ser confirmado por provas produzidas sob o crivo do contraditório, tendo 
em vista que as partes não participaram da elaboração do laudo. 
 
 
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b) deve ser afastada a qualificadora com fundamento no rompimento de obstáculo, já que 
não foi produzida prova pericial, não sendo suficiente a confissão da acusada. 
c) a perícia realizada para demonstrar a escalada foi inválida, pois não foi realizada por 
dois peritos oficiais, nos termos da determinação do Código de Processo Penal. 
d) a idade da vítima não foi comprovada por documento idôneo, não podendo ser 
reconhecida agravante por tal fundamento. 
 
25. Em 14/01/2021, Valentim, reincidente, foi denunciado como incurso nas sanções 
penais do Art. 14 da Lei n º 10.826/03, cuja pena prevista é de reclusão, de 2 a 4 anos, 
narrando a denúncia que, em 10/01/2017, o denunciado portava, em via pública, arma 
de fogo de uso permitido. 
Após recebimento da denúncia e apresentação de resposta à acusação, o magistrado, 
verificando que a única outra anotação que constava da Folha de Antecedentes 
Criminais era referente a delito da mesma natureza, decretou, apesar da ausência de 
requerimento, a prisão preventiva do denunciado, destacando o risco de reiteração 
delitiva. 
Ao tomar conhecimento dos fatos, sob o ponto de vista técnico, a defesa de Valentim 
deverá argumentar que a prisão é inadequada porque 
 
a) não poderia ter sido decretada de ofício e pela ausência de contemporaneidade, apesar 
de a pena máxima, por si só, não impedir o decreto prisional na situação diante da 
reincidência. 
b) não poderia ter sido decretada de ofício, não havia contemporaneidade e porque, 
considerando a pena máxima, os pressupostos legais não estariam preenchidos. 
c) não haveria contemporaneidade, apesar da possibilidade de decretação de ofício pelo 
momento processual e com base na reincidência. 
d) não haveria contemporaneidade e considerando a pena máxima prevista para o delito, 
apesar de, pelo momento processual, ser possível a decretação de ofício. 
 
26. Caio praticou um crime de furto (Art. 155 – pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa) no 
interior da sede da Caixa Econômica Federal, empresa pública, em Vitória (ES), ocasião 
em que subtraiu dinheiro e diversos bens públicos. Ao sair do estabelecimento, para 
assegurar a fuga, subtraiu, mediante grave ameaça, o carro da vítima, Cláudia (Art. 157 
– pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa). Houve perseguição policial, somente vindo 
Caio a ser preso na cidade de Cariacica, onde foi encontrado em seu poder um celular 
produto de crime anterior (Art. 180 – pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa). 
 
 
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Considerando a conexão existente entre os crimes de furto simples, roubo simples e 
receptação, bem como a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a opção que 
indica a Vara Criminal competente para o julgamento de Caio. 
 
a) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a 
comarca de Vitória. 
b) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a 
comarca de Cariacica. 
c) A Justiça Federal, em relação ao crime de furto, e a Vara Criminal de Vitória, da Justiça 
Estadual, no que tange aos crimes de roubo e receptação. 
d) A Justiça Federal, em relação a todos os delitos. 
 
27. Vitor foi denunciado pela suposta prática dos crimes de furto e ameaça, já que teria 
ingressado em estabelecimento comercial e, enquanto subtraía produtos, teria, para 
garantir o sucesso da empreitada delitiva, ameaçado o funcionário que realizava sua 
abordagem. Considerando que o funcionário não compareceu em juízo para 
esclarecimento dos fatos, Vitor veio a ser absolvido por insuficiência de provas, 
transitando em julgado a sentença. 
Outro promotor de justiça, ao tomar conhecimento dos fatos e localizar o funcionário 
para ser ouvido em juízo, veio a denunciar Vitor pelo mesmo evento, mas, dessa vez, 
pelo crime de roubo impróprio. 
Após citação, caberá ao(à) advogado(a) de Vitor, sob o ponto de vista técnico, 
 
a) buscar a desclassificação para o crime de furto simples em concurso com o de ameaça 
no momento das alegações finais, mas não a extinção do processo, considerando que a 
absolvição anterior foi fundamentada em insuficiência probatória. 
b) requerer, em resposta à acusação, a absolvição sumária de Vitor, pois está provado que 
o fato não ocorreu. 
c) apresentar exceção de litispendência, requerendo a extinção do processo. 
d) apresentar exceção de coisa julgada, buscando extinção do processo. 
 
28. Rita foi denunciada pela suposta prática de crime de furto qualificado, pois teria, 
mediante fraude, subtraído uma bicicleta de sua amiga Regina. Ao ser citada, de 
imediato Rita procurou seu advogado, informando que, na verdade, a bicicleta seria de 
sua propriedade e que, inclusive, já era autora de ação cível na qual buscava o 
 
 
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reconhecimento da propriedade do objeto, mas que a questão não seria de simples 
solução. 
Com base apenas nas informações expostas, o advogado de Rita poderá buscar 
 
a) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial obrigatória, 
ficando, nessahipótese, suspenso também o curso do prazo prescricional. 
b) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial facultativa, e, caso 
o juiz indefira o pedido, caberá recurso em sentido estrito. 
c) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial facultativa, 
podendo o magistrado também decretar a suspensão de ofício. 
d) a intervenção do Ministério Público na ação de natureza cível, mas não a suspensão da 
ação penal, diante da independência entre as instâncias. 
 
29. Após concluído inquérito policial para apurar a prática do crime de homicídio em 
desfavor de Jonas, o Ministério Público requereu o seu arquivamento por falta de justa 
causa, pois não conseguiu identificar o(s) autor(es) do delito, o que restou devidamente 
homologado pelo juiz competente. Um mês após o arquivamento do inquérito policial, 
uma testemunha, que não havia sido anteriormente identificada, compareceu à 
delegacia de polícia alegando possuir informações quanto ao autor do homicídio de 
Jonas. 
A família de Jonas, ao tomar conhecimento dos fatos, procura você, como advogado(a) 
da família, para esclarecimentos. Diante da notícia de existência de novas provas aptas 
a identificar o autor do crime, você deverá esclarecer aos familiares da vítima que o 
órgão ministerial 
 
a) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento não 
faz coisa julgada material independentemente de seu fundamento. 
b) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento 
é imutável na presente hipótese. 
c) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois se trata de mera notícia, 
inexistindo efetivamente qualquer prova nova quanto à autoria do delito. 
d) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento fez 
apenas coisa julgada formal no caso concreto. 
 
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