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( Lesões elementares ) ( Camadas da pele ) Epiderme Avascular Camadas: Córnea, Espinhosa, Granulosa e basal Derme: Vascularizada, constituída principalmente por colágeno e fibras elásticas., vasos, nervos, glândulas Se atinge derme deixa cicatriz Hipoderme ( Anamnese dermatológica )Basicamente adipócitos e vasos sanguíneos Quando começou? Houve alteração de cor? Textura? Tamanho? Sintomas associados Sintomas sistêmicos Fez algum tratamento? Período de melhora/ piora? Fatores desencadeantes? Atenuantes? Historia de doença prévia ( Lesões elementares )Historia familiar de dermatoses Lesão primária: refere-se a lesão mais representativa e não necessariamente mais precoce. É diferenciada das alterações causadas por escoriação, eczematização, infecção ou terapia Mácula: Lesão circunscrita com alteração apenas de cor < 1 cm Mancha: Lesão circunscrita, com alteração apenas de cor > 1cm A cor da lesão depende da profundidade do pigmento: Epiderme: preto Derme: Marrom/ acastanhado Hipoderme: Azulado Pápula: Lesão elevada , Circusncrita, não vesiculosa, < 1cm. A maior parte da lesão está acima da superfície Placa: Lesão ampla, achatada, elevada em formato de disco que ocupa área > 1cm > Frequentemente formada pela confluência de pápulas Tumor: Lesão profunda, sólida, circunscrita, envolvendo pele e tecido subcutâneo , mede >2cm Nódulo: Lesão solida, elevada > 1cm Envolve a derme Maior parte da lesão encontra-se abaixo da pele Urtica: Lesão elevada, caracterizada por edema superficial e transitório. Levemente eritematosa, compressível, evanescente, desaparece em um período de 24h. Varia em tamanho e forma. Vesícula: Lesão com conteúdo liquido, elevada, bem delimitada, <1cm Bolha: Lesão com conteúdo liquido, elevada, bem delimitada > 1cm Pústula: Lesão de conteúdo liquido purulento. Pode ser infecciosa ou estéril. Abscesso: Lesão elevada , preenchida por material purulento > 1cm Comedão: Rolha de material córneo retido no folículo Túnel: Lesão linear produzida por parasita no estrato córneo Telangiectasia: Dilatação persistente de vênulas superficiais, capilares ou arteríolas na pele. Lesões secundárias: representam alterações evolutivas que ocorrem tardiamente no curso das doenças cutâneas . Embora úteis nos diagnósticos, elas não oferecem o mesmo grau de ajuda que as lesões primárias. Crosta: Restos secos de plasma, sangue ou pus provenientes de área com dano epidérmico Escama: Formada pelo acumulo de camadas compactas de estrato córneo Fissura: Clivagem na superfície cutânea , seca ou úmida, linear, frequentemente dolorosa que resulta de inflamações duradouras, de espessamento e perda de elasticidade Erosão: Lesão levemente deprimida, úmida, em que parte ou toda epiderme foi desnudada. Não se estende a derme. Cicatrização ocorre sem a formação de cicatriz. Escoriação: Perda superficial de pele traumatizada, causada por coçadura ou fricção da superfície. Úlcera: Necrose da epiderme, de parte ou toda a derme e/ou tecido subcutâneo Atrofia: Depressão da epiderme, derme ou ambas. Epiderme fina quase translúcida, perda de marcas e pregas da pele. Liquenificação: Espessamento da epiderme com exacerbação das marcas da pele. Resulta de coçadura crônica. Cicatriz: Fibrose cutânea que se desenvolve após dano a derme. Tendem a se contrair em 6 a 12 meses. ( Micoses superficiais ) As infecções fúngicas são classificadas de acordo com a profundidade do acometimento cutâneo Micoses superficias: Acometem as camadas superficiais da pele, pêlos e unhas - extrato córneo ou cutícula do pelo. Podem ser assintomáticas ou muito inflamatórias Dermatófitos: Geofílicos Zoofilicos Antropofilicos ( Tinea Capitis )Geofílicos e zoofílicos >> maior resposta inflamatória Dermatofitose mais comum da infância Infecção da pele e do couro cabeludo Principalmente crianças pré puberes (3 a 7 anos) Fungos mais comuns: T. tonsurans (mais comum dos EUA- > 90% casos)- Antropofilico M. canis - zoofilico/ geofilico Mais comum em meninos Transmissão: interpessoal, animais e fômites compartilhados . Portadores assintomáticos → reservatório e fonte de transmissão → fungos antropofílicos Apresentação clínica: Uma ou várias placas de alopécia ovaladas com pouca descamação e pouca reaçao inflamatória Pústulas Lesões múltiplas e pouco inflamatórias → Fungo antropofílico Lesão única e muito inflamatórias → Fungos Zoo e Geofílicos ( Quérion ) Apresentação inflamatória: placas infiltradas, alopécia, pústulas e frequentemente drenagem de secreção purulenta – pode levar a alopecia cicatricial. Linfadenopatia cervical e suboccipital Favus – Forma grave crônica Mais frequentemente por T. Schoenleinii Placas eritematosas recobertas por crostas supurativas Tratamento Sistêmico: medicação deve penetrar no folículo do pêlo Griseofulvina é a droga de escolha – dose 20-25mg/kg /dia por 8 semanas Boa tolerância e segurança em crianças maiores de 2 anos Mais eficaz em casos de infecção por Microsporum Terbinafina – Novos estudos demonstraram maior eficacia em crianças com infecção por T. Tonsurans – 6 semanas Aprovada para uso em maiores de 4 anos Monitorar de função hepatica Itraconazol 3-5mg/kg/ dia por 2 a 12 semanas – Boa eficacia, muita interação medicamentosa Solução oral apresenta mais efeitos gastrointestinais Fluconazol – 3-6mg/kg/dia 2 a 4 semanas Reação de hipersensibilidade papular difusa ou reação dermatifitica (ide): Pequenas pápulas liquenóides no couro cabeludo, tronco e extremidades que podem ser pruriginosas Comum apos início do tratamento Diferenciar de farmacodermia (nao interromper tratamento) ( Tinea Corporis )Farmacodermias tendem a ser mais mobiliformes, mais difusas e eritematosas Predileção por áreas glabras da face, tronco e extremidades. Principais agentes: crianças pequenas: M. canis , algumas vezes M. audouiunni e T. mentagrophytes Crianças maiores: T. rubrum, T. verrucosum, T. mentagrophtes e T. tonsurans. Infecções por T. rubrum e E. floccosum → Tinea pedis e onicomicoses sâo geralmente a fonte de infecção Apresentação clínica Distribuiçao assimétrica Uma ou mais placas anulares descamativas bem circunscritas com centro claro e borda descamativa, papular ou pustular. Quando múltiplas podem coalescer Diagnóstico: Clínico + Identificação do fungo Tratamento Tópico – casos localizados Antifungicos locais - 2x ao dia >> no mínimo 2 semanas Aplicar com 2cm de bordas da lesão Formulações prontas de antifúngico com corticoide devem ser evitados pelo risco de piora ou persistência da infecção e maior risco de efeitos adversos pelo corticoide ( Tinea da face )Não usar formulações combinadas em área de fralda. Muito comum em crianças, um subtipo da tinea corporis . Pode se apresentar com lesões anulares como a tinea corporis porém em casos onde são usados corticosteroides tópicos a apresentação clínica pode ser muito discreta. Apesar das lesões localizadas responderem ao tratamento tópico, pode ser necessario tratamento sistemico – como na tinea capitis - para resolução completa. ( Pitiriase Versicolor ) Crianças maiores e adolescentes >> androgênese e aumento de lipídios na pele Adultos de maneira geral Causada por formas fermentadoras do fungo Malassezia furfur – fazem parte da flora normal da pele Diagnóstico clinico – lesões mais evidentes no verão Podem ser hipo ou hiperpigmentadas Apresentação clinica: Múltiplas máculas , manchas e placas ovaladas descamativas na porção superior do tronco e membros superiores M. furfur produz Ácido Azelaico que inibe a ação da dopa-tirosinase, levando a hipopigmentação Diagnóstico diferencial: vitiligo, ptiriase Alba, hipo ou hiperpigmentação, pós inflamatória, pitiriase rósea Sinal de Zireli escamação furfurácea quando realizado o estiramento da pele Tratamento: Responde a diversos agentes antifúngicos tópicos Recorrências são muito comuns Importante ressaltar que as alterações da pigmentaçãopodem durar meses a anos Cetoconazol shampoo a 2%- usar por 2 a 3 semanas deixando agir diariamente ou 3x por semana Spray de Terbinafina a 1% - 1 a 2x ao dia por 1 a 2 semanas Tratamento via oral em pacientes com doença muito extensa ou muito recorrente: Esquema preferível: Cetoconazol 400mg seguida de atividade física para promover a secreção do medicamento na pele, postergar o banho por 12 a 14 horas e repetir o tratamento em 1 semana Itraconazol 400mg dose única ou 200mg dia por 7 dias Fluconazol 400mg dose única ( Tinea Nigra ) Infecção da camada córnea Fungo preto Cladosporium ou Exophiala werneckii Mácula marrom escura ou negra bem delimitada e geralmente sem descamação Assintomática Palmas, plantas e dorso das mãos Potencial confusão diagnostica com melanoma maligno Tratamento: Azólicos tópicos Terbinafina creme agentes ceratolíticos ( Exantemas virais ) · A maioria das doenças virais pode ser acompanhada de manifestações cutâneas · Podem ser a primeira manifestação da doença · Geralmente levam a procura médica · Diagnostico rápido é necessário para a devida associação sistêmica · Avaliação : padrão das lesões, distribuição, morfologia, pródromos, enantema associado, epidemiologia local. ( Varicela )Enantema: exantema na mucosa Vírus Varicela Zoster – membro da família herpes vírus Resulta da infecção primaria pelo vírus VZV Uma vez adquirida torna-se permanentemente localizada nos gânglios sensoriais de forma latente Doença auto limitada Antes da vacina quase 11.000 crianças eram hospitalizadas pela infecção. Encontrada em todo o mundo Mais frequente no inverno Altamente contagiosa principalmente durante os pródromos e os 3 primeiros dias de erupção Transmissão por gotículas O paciente é considerado contagiante por até 5 dias da infecção ou ate que todas as lesões se tornem crostosas Vacina iniciada em 1995 é considerada bastante eficaz Pródromos: febre, calafrios, cefaleia, artralgia 24-48h após as lesões se tornam evidentes Início: Face e couro cabeludo → Progressão céfalo caudal Máculas e pápulas eritematosas → vesículas A lesão completamente desenvolvida é associada a uma gota de orvalho sobre uma pétala de rosa As lesões antigas formam crostas e novas continuam a surgir ao mesmo tempo, resultando no achado patognomônico de lesões em vários estágios de evolução → polimorfismo lesional Pode haver enantema associado Se curam com hipopigmentação e cicatriz Tende a ser uma doença leve e autolimitada em imunocompetentes Mais grave em adultos e imunocomprometidos Complicação mais comum → infecção bacteriana principalmente por S. aureus (devido a coçadura) Pneumonia por varicela é uma complicação grave em adultos, rara em crianças Durante a gestação: risco maior para mãe e de transmissão para feto via placentária causando síndrome da varicela congênita Diagnóstico: Clínico Confirmação laboratorial se necessária pode ser feita via métodos virológicos ou sorológicos Tratamento: Em crianças saudáveis = suporte > controle de dor e prurido nas lesões + isolamento Terapia antiviral em casos selecionados (aciclovir) Imunocomprometidos = Terapia antiviral IV (24 a 72h do inicio – após esse prazo não há benefícios) Imunoglobulina Antivaricela zoster para imunocomprometidos com exposição e gestantes . Vacina para susceptíveis com exposição – 48 a 96h da exposição ( Monkeypox ) Doença infecto- contagiosa causada pelo vírus Monkeypox. Sintomas principais: Erupção cutânea (lesões, bolhas, crostas) em diferentes formas. Baixo polimorfismo das lesões Podem afetar todo o corpo, incluindo rosto, palmas e plantas e órgãos genitais. Outros sintomas frequentes: Febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dores musculares e falta de energia. Todas as pessoas que forem expostas ao vírus podem se infectar e desenvolver a doença, independentemente de idade, sexo ou outras características. Como é transmitida? A Monkeypox é transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com gotículas respiratórias (saliva, muco nasal), mas principalmente através do contato com lesões de pele de pessoas com monkeypox ou com objetos e superfícies contaminadas. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. Contato direto ou indireto com gotículas respiratórias (saliva, muco nasal) Contato com lesões de pele Objetos e superfícies contaminadas. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. Tratamento: suporte e isolamento. Não existe antiretroviral específico, mas é usado aciclovir em caso de interação ou imunocomprometidos ( Sarampo ) Causado pelo vírus de RNA simples da família Paramyxoviridae Inicio no epitelio da nasofaringe e menos comummente pela conjunctiva Atinge os linfonodos e linfáticos e multiplica-se no Sistema reticuloendotelial Anticorpos antisarampo → responsáveis pela proteção contra infecção futura ou reinfecção. Clínica Febre + tosse, coriza e conjuntivite Manchas de koplik geralmente durante esse período >> Pápulas puntiformes branco-acinzentadas distribuídas na mucosa oral = Patognomônico Erupção cutânea geralmente 3-4 dias após os pródromos Inicio na face – linha de implantação dos cabelos e atrás das orelhas Evolução céfalo- caudal Manchas a pápulas eritematosas a Vermelho – purpuricas que podem tornar-se confluentes Desaparecem na mesma ordem que surgiram e deixam descamação e manchas Complicações: Pneumonia Bronquite Otite Miocardite Diagnóstico: Clínico + confirmação laboratorial ( sorologia ) Tratamento: Suporte clínico Ribavirina em pacientes graves imunocomprometidos Suplementação de Vitamina A >> reduz mortalidade e gravidade Isolamento respiratório por pelo menos 4 dias do inicio do Rash ( Eritema infeccioso ) Doença muito comum da infância causada por Parvovírus B19 Único Parvovirus causador de doença humana Crianças em idade escolar Transmissão via trato respiratorio Pródromos: cefaleia, febre e calafrios comuns durante a fase virêmica Estagio I >> 2 a 3 dias após os pródromos > Face esbofeteada (eritema intenso nas bochechas) Poupa pontes nasais e áreas periorais Pacientes com os achados cutâneos de EI não são considerados infecciosos Estagio II >> eritema rendilhado nas extremidades e no tronco 1 a 4 dias seguintes ao rash facial Pode haver prurido e é auto limitada Tende a desaparecer em 2 a 3 dias Reaparecimento intermitente com estímulos ambientais incluindo luz solar, alteração de temperatura ou atividade física >> Estagio III Esse estágo dura de 1 a 3 semanas Sintomas articulares em ate 10% das crianças e em ate 60% dos adultos Pode ser transmitido para o feto via transplacentária com risco de aborto ou parto prematuro Tratamento da doença é suporte clinico. ( Exantema súbito ) Roseola Infantum Doença comum da infância causada por herpes vírus humano HHV 6 e 7 Crianças pequenas e bebês Transmissão por saliva, transmissão vertical e fezes Apresentação cássica: Febre elevada (38-40C) que dura 3 a 5 dias sem outros sintomas Desaparecimento da febre >> Rash inicialmente em tronco com generalização > > manchas e pápulas eritematosas com um halo periférico de vasodilatação Resolve-se de 1 a 3 dias Enantema em 2/3 dos pacientes >> manchas de Nagayama (pápulas eritematosas em palato mole e uvula) Diagnósticos diferenciais: sarampo e rubéola Tratamento: suporte ( Rubéola ) Causada por virus RNA da familia Togaviridae Incidencia tem diminuido com a vacinação Objetivo principal da vacinação é prevenir infecção fetal Transmissão por gotículas ou contato direto com secreção Mais de 50% sao assintomáticos Incubação 14 a 23 dias Clínica : Pródromos → febre baixa, cefaleia, mal estar , mialgia, dor ocular 2 a 5 dias antes do exantema Erupção cutânea → manchas eritematosas rosa-pink envolvendo face e tronco Evolui de maneira céfalo- caudal e involui depois de 1 a 3 dias Pode haver descamação finana resolução Linfadenopatia generalizada Artralgia e artrite são comuns Diagnostico clinico é difícil Sorologia → confirmação diagnostica Tratamento = suporte e isolamento por 7 dias após inicio do RASH ( Infecções bacterianas ) A microbiota humana é constituída por diversas espécies de bactérias e vírus O corpo humano contém 10X mais células microbianas que células humanas Colonização é mais densa em áreas intertriginosas e úmidas ( Erisipela )Estrato córneo intacto é a principal defesa do organismo Strepto B Hemolitico ( S. Pyogenes) Principalmente em MMII > porta de entrada geralmente lesões superfciais causadas por coçadura Fatores de risco: DM, alcoolismo, Câncer, linfedema crônico Acomete vasos linfáticos Clínica : Placas eritematosas brilhantes, bem delimitadas Dolorosas Pele quente e sensível Pode ter edema associado Pode haver formação de bolhas Tratamento Antibioticoterapia (Penicilinas/ Cefalosporinas ) oral ou venosa 7 a 14 dias Cultura e antibiograma Repouso e elevação de membro ( Celulite infecciosa ) Infecção disseminada aguda da derme e dos tecidos subcutâneos Área de pele avermelhada, sensível e pouco delimitada Causada principalmente pelo S. Aureus , S. Pyogenes Em crianças e em região periorbitária lembrar de Neisseria Meningitidis, Haemophilus Influenzae (menos comuns devido vacinação) Menifesta-se como uma placa pouco delimitada, edematosa muito dolorosa Tratamento Antibioticoterapia VO ou IV de amplo espectro 10 a 14 dias Repouso e elevação de membros Excluir TVP ( Impetigo ) Infecção superficial da pele causada principalmente por S. Aureus e S. Pyogenes Ocorre primariamente em crianças mas pode acometer adultos por infecção secundaria A infecção primaria ocorre em áreas adjacentes a colonização por S. aureus como narinas Infecção secundaria > dermatoses preexistentes ou feridas Quadro clínico: Erosões com crostas amareladas com aspecto de “ favo de mel” Lesões medem de 1-3cm Circinização central principalmente quando há mais de 3 semanas Lesões dispersas e isoladas que podem coalescer Impetigo bolhoso: Bolhas contendo liquido amarelo claro ou ligeriramente turvo Surgem em pele de aspecto normal Considerada forma localizada da Síndrome da pele escaldada estafilococica Com a ruptura formam-se erosões úmidas superficias Tratamento: Mupirocina creme: lesões localizadas Antibiótico oral: casos extensos (Cobertura para G+) Descolonização de familiares com Mupirocina Complicações: Sem tratamento podem disseminar e levar a sepse Glomerulonefrite (GNPE) ( Síndrome da pele escaldada estafilocócica ) S. Aureus produtor de exotoxinas esfoliativas Clivagem de desmogleína 1 na epiderme > bolhas e erosões Ocorre em recém nascidos e crianças pequenas Mucosas não são acometidas porem pode haver enantema Manifestação Clínica Forma localizada: bolhas purulentas flácidas e localizadas: Impetigo Bolhoso Frequentemente agrupadas em uma área intertriginosa Forma generalizada: inicialmente ocorre exantema escarlatiniforme maculoso ou eritema difuso Em 24h > coloração intensa e a pele se torna dolorosa Primariamente em torno de orifícios > disseminado em 24-48h Ocorre epidemólise > bolhas e erosões Sinal de Nikolsky positivo >> pele pode ser removida por uma pressão suave lateral Tratamento: Antibiticoterapia sistêmica > tratar a infecção e interromper a produção de toxinas Suporte clinico intensivo Hidratação e proteção cutânea Com tratamento adequado a pele se regenera em 3 a 5 semanas com descamação e sem formação de cicatrizes ( Escarlarina ) S. Pyogenes ( EGA B hemolítico ) e S. aureus produtor de toxina esfoliativa Ocorre após infecção de VAS: faringite, tonsilite ou infecção secundaria de dermatoses Pode haver febre alta, fadiga, cefaleia, náuseas , linfadenite cervical Quadro clínico: Face Ruborizada com palidez perioral: Sinal de Filatov Eritema finamente puntiforme inicialmente em tronco micropapular lixoso Acentuação do eritema nas dobras >> Sinal de Pastia Palmas e palntas geralmente poupados Intensidade do exantema varia de brando a moderado limitado ao tronco e que regride em 4 a 5 dias seguido de descamação fina Faringe de cor vermelho vivo Manchas vermelhas pequenas em palato duro úvula: Manchas de Forschimer Lingua em morango: 4-5 dia Sequelas : Febre reumática GNPE Psoriase Gutata Eritema Nodoso Tratamento: Antibioticoterapia sistêmica Penicilinas , azitromicina, Eritromicina, Cefalosporinas ( Síflis ) Infecção sistêmica crônica causada pelo espiroqueta T. Palidum Manifestação em quase todos os órgãos Considerada DST Homem: Único hospedeiro natural Transmissão: Contato sexual , contato com lesões infecciosa >> cancro, placa mucosa, condiloma plano, lesões cutâneas da sífilis secundaria ) 60% dos contatos de pessoas com sífilis primaria ou secundária tornam-se infectados Patogênese: Espiroquetas passam pela mucosa intacta: entram nos vasos linfáticos e sanguíneos e produzem infecção sistêmica Formação do cancro: Lesão única indolor, fundo limpo e brilhante, geralmente em mucosa genital A sífilis primaria é o estagio mais contagioso da doença Se não tratada - sífilis tardia: doença essencialmente vascular com lesões secundárias Sífilis primaria Lesões genitais ou extra genitais Em geral ulceras indolores no local de inoculação Incubação aproximadamente 21 dias Geralmente solitárias Linfadenopatia isolada, firme , unilateral Lesão desaparece sem deixar cicatrizes Tratamento: Penicilina G Benzatina IM 2.4Mi dose única ou Doxiciclina 100mg 2x ao dia por 14 dias Sífilis secundária: Surge de 2 a 6 meses após a infecção primaria 15% das vezes o cancro ainda esta presente Febre, faringite, perda de peso, mal estar, cefaleia , meningismo Lesões mucocutaneas assintomáticas Máculas e pápulas 0.5-1cm de diâmetro , redondas a ovais rosadas Erupção pode ser pápulo escamosa Lesões vesicobolhosas apenas na sífilis congênita Anulares ou policíclicas Condiloma plano geralmente na mucosa oral e anogenital Cabelos: Alopecia difusa ou de aspecto roído por traças Perda dos cílios e da lateral das sobrancelhas Acomete palmas e plantas Lesões indolores e assintomáticas Linfadenopatia generalizada Comprometimento musculoesquelético artralgias , Irite bacteriana , neurite óptica Sintomas podem durar de 2 a 6 semanas e sofrem recorrências Lesões desaparecem e entram em estado latente Tratamento: Penicilina G Benzatina 2.4Mi IM em duas doses com intervalo semanal Sífilis terciária: Lesões ocorrem após anos da infecção primária Goma: lesões nodulares, papuloescamosas, úmidas Neurossífilis Sífilis Meningea Paresia Geral Tabes Dorsalis Sífilis Cardiovascular Tratamento: Penicilina G Benzatina 2.4Mi IM 3 doses semanais Diagnóstico: Microscopia em campo escuro: Positiva no cancro primário e nas lesões papulosas da sífilis secundária Não é confiável na cavidade oral Testes sorológicos para sífilis: Positivos em qualquer infecção treponemica Sempre positivos na sífilis secundaria TSSs Não treponemicos: VDRL Não é reativo em 25% dos pacientes com sífilis primaria: Não é especifico porem muito sensível Fenômeno Prozona: títulos de anticorpos muito elevados: Teste negativo TSSs Treponemico: FTA-ABS → Especifico → Torna-se positivo pro resto da vida mesmo com a cura Para acompanhamento de tratamento → Fazer VDRL mensal → redução dos títulos ( Hanseníase ) Doença infecciosa caudada pelo bacilo de Hansen >> Mycobacterium Leprae Especial predileção pela pele e pelo sistema nervoso Rara nos EUA e ainda comum no Brasil Pode simular muitos transtornos dermatológicos e neurológicos comuns ( Transmissão )Alta Infectividade porem baixa patogenicidade Contato íntimo e prolongado com pessoa infectada Somente cerca de 10% das pessoas é susceptível a doença Apresentação clinica depende da resposta imunológica do paciente Período de incubação: 3 meses a 40 anos ( média 2 a 4 anos) Nervos periféricos geralmente comprometidos: Ulnar >> poplíteoexterno >> auricular magno Paciente pode desenvolver perturbações tróficas e paralisias Alterações sensoriais ( Clínica ) Variável Máculas hipocrômicas insensíveis Placas eritematosas infiltradas Infiltração da face, lobo das orelhas ( Faceis Leoninas) Nódulos ( Classificação )Madarose Forma Lepromatosa ou Virchowiana (MHV): Pacientes com pouca imunidade, apresenta infiltrações cutâneas, nódulos, lesões extensas e comprometimento nervoso intenso. Muitos bacilos presentes, muito contagiosa . Forma Tuberculoide (MHT): acientes tem grande imunidade ao bacilo. Poucas lesões cutâneas. Lesões hipopigmentadas insensíveis. Poucos bacilos. Pouco contagiosa Formas intermediárias (MHD) Dimorfa: Lesões variadas em numero, tamanho e formas. Comprometimento nervoso. Podem se comportar como um dos polos a depender do número de bacilos Eritema nodoso hansêmico ( Evolução e prognóstico ) Deve ser suspeitada em todo paciente proveniente de área endêmica que se apresente com lesões hipopigmentadas ou infiltrativas crônicas , anestesia da pele, nervos periféricos espessados ou queixas neurologicas como parestesias e insensibilidade de extremidades. Sem tratamento a doença é destrutiva e desfigurante ( Diagnóstico )Pode levar a sequelas e incapacidades permanentes Baciloscopia: Raspado dérmico de cotovelos e lobo das orelhas Bacilo tem afinidade por áreas frias ( Tratamento )Biópsia das lesões identificando o bacilo ou granulomas compatíveis Poliquimioterapia: Rifampicina, Clofazimina e Dapsona 6 meses de tratamento de preferencia supervisionado A primeira dose de Rifampicina elimina mais de 90% dos Bacilos ( Síndromes eczematosas )Pessoa deixa de ser infectante após a primeira semana de tratamento Eczema: pápulas e placas agudamente inflamadas, frequentemente relacionadas a secreção serosa e prurido. Em geral o diagnostico é clinico , na historia de exposição e distribuição das lesões. Biopsia: geralmente não tem muito valor diagnóstico. As principais síndromes eczematosas: Dermatite atópica Dermatite Seborreica ( Dermatite atópica )Dermatites de contato Uma das doenças cutâneas mais comuns Afeta aproximadamente 17% da população infantil Inicio nos primeiros 6 meses de vida em 45% dos casos 60% até o primeiro ano de vida 85% nos primeiros 5 anos Ligeiramente mais comum no sexo masculino. Herança ainda não definida porém observa-se que em 60% dos casos de adultos com DA apresentavam filhos com DA Principal característica: pele seca e pruriginosa Ciclo prurido – escarificação. Diagnostico clínico Frequentemente associado a historia pessoal ou familiar de rinite ou asma Fatores desencadeantes: Aeroalergenos Agentes microbianos em especial s. Aureus Streptococos e raramente fungos Autoalergenos Alimentos (raro) Estação do ano Roupas Estresse emocional Patogênese Interação complexa da barreira cutânea, dos fatores genéticos, ambientais, farmacológicos e imunológicos. Reação de hipersensibilidade tipo I (IgE mediada) > liberação de substâncias vasoativas dos mastócitos e dos basófilos sensibilizados pela interação do ag com a IgE. Inflamação aguda > IL4 e IL13 Inflamação crônica > IL 5 Diminuição da função de barreira cutânea por um comprometimento na produção de filagrina, redução nos níveis de ceramidas e maior perda transepidérmica de água. Manifestações clínicas Xerose Prurido (principal sintoma) Pápulas e placas com ou sem descamação Lesões preferencialmente em áreas flexoras em crianças Em lactentes > áreas extensoras e face Em adultos > mãos, face e áreas flexoras Outras manifestações Sintomas respiratórios: rinite, prurido ocular, prurido faríngeo, lacrimejamento Prega infraorbitaira de Dennie Morgan Pigmentação periorbitária Alopecia do terço lateral do supercilio por coçadura Liquenificação folicular Evolução e prognóstico Sem tratamento persiste por vários anos Remissão espontânea em aproximadamente 40% durante a infância Pode ocorrer recidiva durante adolescência 30-50% desenvolve asma DA de inicio no adulto geralmente apresenta curso mais grave Complicações Infecção bacteriana: S. aureus- a pele de pacientes com DA é hereditariamente favorável a colonização por S. aureus (mais comum) S. Pyogenes Infecção por Herpes simples (eczema herpético ou erupção variceliforme de Kaposi) – mais comum em crianças pequenas, é uma condição grave Molusco contagioso disseminado. Diagnósticos diferenciais Dermatite seborreica (principalmente em lactentes) Dermatite de contato Dermatite numular- lesões em formato de moeda Psoríase Histiocitise de Celulas de Langerhans Acrodermatite Enteropática Tratamento Emolientes e banhos- emoliente espesso dentro de 3 minutos após o banho para melhorar a absorção. Cremes hidratantes a base de ceramidas Orientações quanto a banho: não usar bucha, evitar banhos quentes, evitar uso de sabonetes no corpo Adição de uma xicara de sal na agua do banho torna o banho mais tolerável em situações de exacerbação intensa Uso de bandagens úmidas seguidas de roupas secas para evitar resfriamento intenso da pele pode auxiliar o sono Corticoides tópicos: considerar Potência do corticoide Veiculo utlizado- Pomadas ( para áreas mais espessas, liquenificadas e secas) Creme – área mais úmida, mais finas Halogenados são mais potentes Oclusão se necessário por curto período de tempo Evitar áreas intertriginosas ou infectadas iniciar aplicação 2x ao dia até controle da doença e após reduzir para 1x ao dia e ir retirando Inibidores da Calcineurina (Pimecrolimus e Tacrolimus) – maior segurança para áreas intertriginosas e cabeça Antihistaminicos apresentam pouco beneficio ( Pitiríase alba )Antibioticoterapia em casos de exacerbações frequentes ou em lesões infectadas Doença inflamatória benigna de causa pouco definida Lesões hipocrõmicas levemente descamativas e ásperas principalmente na face e membros superiores Mais comum em crianças e em peles de fototipos altos ( IV e V ) Se tornam mais visíveis no verão A causa principal é a xerose cutânea e a exposição solar Muito frequente em pacientes atópicos Não apresenta causa infecciosa porém há participação de fungos com a produção de ácido azelaico e consequentemente hipopigmentação Clínica: Máculas hipocrômicas Pele xerótica Bordas bem delimitadas Arredondadas Diagnostico diferencial Hanseníase indeterminada Pitiríase versicolor vitiligo. Tratamento Hidratação e umectação da pele com cremes emolientes, que podem ser associados à substâncias higloscópicas (uréia 10%; lactato de amônio 12%) Fotoprotetores Cremes ou pomadas com corticosteróides ( Dermatite seborreica )Cremes com ácido salicílico a 3% ou uréia a 10%. Erupção escamosa, eritematosa e autolimitada que ocorre primariamente em áreas seborreicas ( maior concentração de glândulas sebáceas) Face Couro cabeludo Retroauricular Pré esternal Intertriginosas Causa não muito bem entendida porem apresenta correlação com níveis hormonais aumentados no primeiro ano de vida e adolescência Correlação com andrógenos maternos Em adolescentes e adultos foi atribuída a P. Ovale (encontrada em abundancia no couro cabeludo humano) Aparece no lactente entre 2 a 10 semanas de vida com pico de incidência aos 3 meses. Apresentação clínica Em lactentes: Predominio no couro cabeludo (crosta láctea), área da fralda e se manifesta como escamas finas, eritema intenso e crostas marrons / amareladas. Pode ocorrer progressão para fronte, face, bochechas pouco prurido (ou ausente) Entre a puberdade e meia idade: Descamação seca e fina conhecida como caspa Eritema e escamas de vários graus envolvendo áreas supraorbitais, sulco nasogeniano, lábios, aurículas, áreas retroauriculares e canal aural. Blefarite: margens das pálpebras vermelhas e cobertas por escamas Pode acometer barba, bigode, costeletas Prognóstico Nos lactentes: tendência ao desaparecimento total até os 12 meses de vida Em adolescentes e adultos: tendência a períodos de crise e remissão Tratamento: Shampoos antiseborreicos incluindo de cetoconazol, Zinco, Ácido Salicilico. Aplicação de óleos para remoção de escamas no couro cabeludoem bebes Corticosteroides tópicos para diminuir inflamação local ( Dermatite de contato )Antifúngicos tópicos Erupção eczematosa produzida por exposição local a uma substância irritante primaria ( DCI) ou por resposta alérgica adquirida a uma substancia sensibilizadora ( DCA) Um alérgeno de contato pode sensibilizar porem não produz lesão na primeira exposição > Reexposição causa uma reação de hipersensibilidade tipo IV Um irritante pode ser definido como uma substancia que produz resposta eczematosa com base na irritação e não na resposta alérgica DCA ocorre em indivíduos predispostos DCI ocorre em qualquer pessoa Substancias mais comuns: Sabonetes descolorantes Detergentes Tinturas Ácidos, solventes, álcalis Alimentos Saliva, urina, fezes, Secreções intestinais A gravidade é variável e depende: Da condição da pele Tempo de exposição Potencia do irritante Localização Exposição repetida Fatores locais Dermatite de fralda é a forma mais comum de dermatite de contato na infância Pico de incidência 9 a 12 meses Em adultos a dermatite de contato por irritantes é mais comum nas mãos Tratamento: Retirar o contato com a substancia Corticosteroides tópicos Inibidores de calcineurina (em área de fralda e face) Hidratação do local ( Dermatite de contato alérgica ) A sensibilização primaria pode ocorrer na infância É uma reação de hipersensibilidade tipo IV (hipersensibilidade tardia mediada por células T) Contato do alérgeno com células de Langerhans e ativação de linfócitos T >>> Reexposição >> Sensibilização >> lesão aguda Pode ser necessário varias exposições para gerar sensibilização Após sensibilização a reação é rápida, geralmente de 8 a 12 horas do contato. Diagnostico clinico baseado na morfologia e historia de contato Teste de contato (Patch Test) Reação: eczema local com bordas bem delimitadas Pode haver reação generalizada Tratamento: Eliminar o material envolvido na causa Corticoides tópicos em loção ou creme dependendo da extensão Corticoide oral (em casos selecionados) ( Farmacodermias )Anti histamínicos As síndromes de hipersensibilidade: grupo de doenças mediadas por reações imunológicas ou de hipersensibilidade a proteínas estranhas como alimentos, drogas ou agentes infecciosos, imunizações e doenças malignas As reações de hipersensibilidade mais comuns são as reações as drogas e a pele é um alvo frequente. ( Reações alérgicas )Urticaria e reações exantemáticas são as mais frequentes Alergia: alteração adquirida específica da capacidade de um individuo reagir a um antígeno Mediada por anticorpos circulantes ou células Podem ser classificadas em: Tipo I: Mediadas por IgE– imediata, alergias e atopias. Antígenos ambientais Tipo II: Citotóxica. Mediadas por anticorpos. Antígenos de superfície celular. IgG e IgG Tipo III: Reações por imunocomplexos. Antígeno + anticorpos = imunocomplexos Tipo IV: Hipersensibilidade tardia. Mediada por células. TCD4 e TCD8 ( Urticária ) Doença sistêmica com manifestação cutânea Ocorre em cerca de 15% das pessoas em algum momento da vida Aparecimento de urticas transitórias bem delimitadas vistas como placas de edema na pele ou mucosa Muito pruriginosas e eritematosas Reação de hipersensibilidade tipo I (imediata) Proteina ou seu metabólito se liga a IgE na superfície dos mastócitos levando a ativação e degranulação e à liberação de mediadores vasoativos como a histamina, leucotrienos e as prostraglandinas Acometem palmas e plantas Lesões típicas: centro claro e edemaciado com halo eritematoso bem delimitado Variam de pápulas puntiformes a lesões de grandes dimensões. Urticas individuais duram 12 a 24h (a persistência da lesão individual deve levantar hipóteses diferenciais como a vasculite urticariforme) Duração menor que 6 semanas = aguda Duração maior que 6 semanas = crônicas Ate 10% estão relacionados a drogas e geralmente tem natureza aguda As penicilinas são as drogas mais comumente envolvidas Urticarias não mediadas imunologicamente podem ocorrer com AINES Stress pode exacerbar (e não causar) urticárias Todos os agentes infecciosos podem causar quadros de urticaria principalmente em crianças Tratamento: Retirar a causa identificada Antihistaminicos: na maioria dos casos a administração de anti H1 não sedantes é suficiente como a Cetirizina ou Loratadina Hidroxizine, Difenidramina ou outro bloqueador H1 sedante: casos refratários Manter antihistaminico por algumas semanas após resolução para evitar recidivas Corticoides sistêmicos devem ser evitados e utilizados apenas em casos selecionados e por curto período ( Erupções exantemáticas ) Exantema é uma erupção geralmente avermelhada que aparece na pele devido à dilatação dos vasos sanguíneos ou inflamação. As erupções a drogas mais comuns são as morbiliformes ou exantematosas Manchas ou pápulas eritematosas difusas Maior risco se infecção viral associada Em geral se iniciam 7 a 14 dias após o inicio de uma nova medicação Pode surgir após suspensão da droga Em caso de reexposição a reação tende a ser mais rápida Geralmente são simétrico Inicio na face com generalização posterior Mucosas geralmente poupadas Pode haver febre baixa Graus variados de prurido Descamação após resolução do quadro Drogas mais envolvidas: penicilinas, sulfas, cefalosporinas e anticonvulsivantes Eosinofilia é comum ( Reação a drogas com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) )Tratamento é principalmente de suporte e suspensão da droga envolvida. Reação exantemática a droga Febre e sintomas sistêmicos Mortalidade em torno de 10% Reação grave Ocorre 2 a 6 semanas após o inicio da droga Sintomas: Febre Mal estar Edema de face Linfadenopatia cervical Faringite Erupção cutânea – 75% dos pacientes Alterações laboratoriais: Elevação de enzimas hepáticas Eosinofilia Leucocitose com linfócitos atípicos Drogas mais associadas: Antiepiléticos aromáticos (fenitoína, carbamazepina, fenobarbital) Sulfonamidas Antimicrobianos Alopurinol Clínica Febre → Erupção na face → dermatite esfoliativa grave → edema de extremidades → simétricas Sintomas sistêmicos Alterações laboratoriais típicas Critérios diagnósticos : 1- Erupção cutânea (tempo de exposição a droga compatível) 2- Anormalidades hematológicas >> eosinofilia > 1.500 ou linfocitose atípica 3- Acometimento sistêmico (adenopatias ou hepatite , nefrite intersticial ou pneumonite) Diagóstico = 3 critérios Tratamento Suspensão da droga e internação Corticoide sistêmico 0.5mg/kg/dia Nunca utilizar esses medicamentos novamente ( Síndrome de Stevens- Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) ) Reações mucocutâneas graves e agudas Necrose e descolamento extenso da epiderme Variações da mesma doença e diferem apenas na porcentagem de superfície corporal acometida Idiopática ou induzida por droga (mais comum) Distinguem-se pela gravidade e pelo percentual da superfície corporal atingida. Stevens-Johnson: forma menos grave >> descamação da pele limitada a menos de 10% da superfície corporal. Necrólise epidérmica tóxica: forma mais grave da doença, envolvendo mais de 30% da área da superfície corporal. Quanto mais extenso for o envolvimento da pele, maior é o risco de complicações e de morte. As mucosas são afetadas quase 100% em ambos os casos Normalmente em dois ou mais locais distintos ao mesmo tempo, como mucosa dos olhos, boca, vias aéreas ou órgãos genitais. A síndrome de Stevens-Johnson tem uma mortalidade de cerca de 3% enquanto que na necrólise epidérmica tóxica a mortalidade chega a 30% dos casos. Causas Principalmente medicamentos Nas crianças, medicamentos infecção. Raramente ambas as reações podem ser desencadeadas por contato com produtos químicos, vacinação, existência de tumores, consumo de ervas naturais ou alimentos. Mais de 200 medicamentos já foram descritos como possíveis desencadeadores. Drogas mais envolvidas: Ácido Valproico. Alopurinol. Penicilinas Barbitúricos. Carbamazepina. Fenobarbital. Hidantoína. Lamotrigina. Clínica : Inicioinespecífico >> febre, dor de garganta, tosse e ardência ou coceira nos olhos. Cerca de 3 dias depois surgem as primeiras lesões na pele. No Início >> máculas eritematosas. No Stevens-Johnson as máculas são mais arredondadas, podendo a região central ser mais arroxeada. Na necrólise epidérmica tóxica as machas são mais difusas, atípicas e com bordas menos demarcadas. Em ambas as doenças lesões muito dolorosas. Lesões são habitualmente distribuídas de forma simétrica, começando sobre a face e tórax antes de se espalhar para outras áreas. O couro cabeludo é tipicamente poupado. Órgãos internos podem ser afetados, como coração, pulmão, rins e fígado. Lesão ocular pode levar à cegueira. Quando não o faz, geralmente deixa algum tipo de sequela na visão. Costuma durar de duas a quatro semanas. Regeneração – aproximadamente 4 semanas Cicatrizes, machas e irregularidades podem ser permanentes. Pelos e unhas também podem crescer de forma irregular nas áreas afetadas. Quanto mais extensas forem as lesões de pele e mucosa, maior é o risco de morte, pois o paciente fica muito susceptível a infecções oportunistas e sepse Tratamento: Retirar o agente causador Medicamentos novos >> suspenso. Quanto mais cedo a suspensao > melhor prognóstico. Suporte >> manter o paciente vivo enquanto a pele não se recupera e a extensa reação inflamatória não desaparece. Manter o paciente sempre bem hidratado (a ausência de pele provoca grave desidratação) Hipofosfatemia é bastante comum nesses pacientes. Cuidado com distúrbios hidroeletrolíticos uma vez que o liquido contido nas bolhas é rico em sódio e potássio. Uso de cristaloides é preferível – Não existe beneficio de usar líquidos coloides como albumina para expansão volêmica – manter debito urinário > 0.5ml/kg/ hr Deficiencias nutricionais estão relacionadas a aumento de mortalidade > via de alimentação preferencial: Oral > enteral > parenteral Hiperglicemia é comum e também esta relacionada a aumento da mortalidade. O manejo da dor deve ser cuidadosamente realizado pois é uma das principais causas de hospitalização prolongada. Ciclosporina 3-5mg/kg/ ( Lesões pré-malignas e carcinomas cutâneos )Etanercept SC 50mg – Anti-TNF – Beneficios comprovados em estudos recentes ( Lesões pré-cancerosas ) Os cânceres de pele não melanoma originam-se mais comumente dos ceratinocitos germinativos epidérmicos ou das estruturas anexiais Os principais de cânceres de pele não melanoma são o Carcinoma Basocelular (CBC) e o Carcinoma Espinocelular ( CEC). Com frequencia, o CEC tem a sua origem em lesões displásicas in situ identificáveis que podem ser tratadas antes que ocorra a invasão franca. CBC in situ não e conhecido, porem é comum a ocorrência de CBC superficial com invasão mínima Em indivíduos de pele clara as etiologias mais comuns dos CCNM são: Luz solar Radiação UV HPV ( Papiloma vírus humano) Ceratoses solares : lesões precursoras mais comuns dos CEC in situ e do CEC invasivo que surge em área fotoexposta Com muito menos frequência, os CCNM podem ser causados por radiação não ionizante , inflamação crônica, hidrocarbonetos e ingestão crônica de arsênico inorgânico. Esses tumores costumam ser mais agressivos que os associados a RUV ou ao HPV. ( Lesões pré-cancerosas e CEC )Na população imunossuprimida os tumores podem ser mais agressivos As lesões pré cancerosas epiteliais podem ser classificadas em: Induzidas por RUV (ceratoses solares ou actinicas) Induzidas por HPV (lesões intraepiteliais de baixo grau e papulose Bowenoide) Induzidas por arsênico (ceratoses palmoplantares, ceratoses arsenicais bowenoides) Ceratoses por hidrocarbonetos (alcatrão) Ceratoses térmicas Ceratose actínica Lesões descamativas, aderentes únicas ou múltiplas , isoladas, secas e ásperas Surgem na pele do adulto cronicamente exposta ao sol Podem evoluir para CEC Corno cutâneo Tem a aparência de um chifre de animal Base papulosa ou nodular e cobertura ceratótica de vários formatos e comprimentos Consistem em ceratoses actinicas hipertróficas Podem desenvolver-se sobre ceratoses seborreicas e verrugas porem nesses casos não são pre cancerosos Em virtude da possibilidade de CEC invasivo, devem ser sempre excisados ( CEC in situ ) Manifesta-se em forma de macula, pápulas ou placas solitárias ou múltiplas que podem ser hiperceratoticas ou descamativas Frequentemente causado por RUV ou por HPV Em geral surgem em lesões pré malignas Placas nitidamente demarcadas, eritematosas Na pele são chamadas de doença de bowen e em mucosas como pênis ou vulva são conhecidas por eritroplasia Na região anogenital geralmente e induzido por HPV e chamado papulose bowenoide Sem tratamento podem evoluir para CEC invasivo ( Doença de Bowen (CEC in situ ) )Tratamento: 5-FU tópico ( Efurix) ; Imiquimode, Criocirurgia, LASER de CO2 , Excisao cirúrgica Diagnósticos diferenciais: Eczema numular Psioríase Ceratose seborreica Verruga vulgar Verruga plana Ceratose solar CBC superficial ( CEC invasivo )Melanoma amelanotico É um tumor maligno dos ceratinócitos que se desenvolve na epiderme a partir de 55 anos homens > mulheres Em geral surge a partir de lesões pré cancerosas epidérmicas Dependendo da etiologia e do grau de diferenciação varia em sua agressividade Lesão: consiste em placa ou nódulo com graus variáveis de ceratinização Regra pratica: quanto mais diferenciado mais ceratotico Fatores de risco: RUV, infecção por HPV (16, 18, 31, 33, 35), imunossupressão, inflamação crônica, arsênico A maioria das lesões causadas por RUV é bem diferenciada e tem baixa taxa de metástase à distancia em indivíduos saudáveis CEC indiferenciados e em imunossuprimidos são mais agressivos e com maior incidência de metástases Tratamento: Cirúrgico com margens de segurança amplas Evolução e prognostico : Provoca destruição local de tecidos e tem potencial metastático Metástases dirigidas para linfonodos regionais e surgem de 1 a 3 anos após o diagnostico Taxa de metástase de 3 a 4% CEC de alto risco >> maior que 2cm , nível de invasão aproximadamente 4mm e níveis de Clark IV ou V, acometimento de nervos, ossos ou músculo Quando ocorrrem a partir de ceratoses solares tem menor potencial metastático. ( Ceratoacantoma ) Anteriormente considerado pseudocâncer Atualmente classificada como uma variante do CEC Crescimento rápido , com potencial de destruição tecidual e metástases (raras) Pode ocorrer regressão espontânea Idade de inicio a partir de 40 anos Ocorre mais em homens Clínica: Nódulo cupuliforme com tampão ceratotico central Consistência firme porém não endurecida Ligeiramente avermelhada ou marrom Predileção por área fotoexposta Nem sempre é possível excluir CEC histologicamente ( Carcinoma Basocelular )Tratamento: Excisão cirúrgica, Metotrexato injetável É o câncer mais comum em seres humanos > 40 anos homens > mulheres Raro em negros Causado pela exposição a RUV Em muitos casos há mutação no gene PTCH (supressor tumoral) Tipos clínicos diferentes: Nodular Ulcerado Pigmentado Esclerosante Superficial É localmente invasivo, agressivo e destrutivo, porem tem crescimento lento e existe tendência limitada (literalmente nenhuma) a metastatizar Fatores predisponentes: Fototipos I, II e albinos Exposição solar prolongada na juventude Ingestão de arsênico Menifestações clinicas: Habitualmente assintomática Primeiro sintoma: geralmente ulceração ou sangramento após trauma mínimo Papula ou nódulo isolado na face, superfície lisa e perolada Telangiectasias na superfície do tumor Pigmentação e pontos pigmentados (glóbulos) Diagóstico: Biópsia da lesão Tratamento: Exerese completa da lesão com margem de segurança que varia de acordo com o tipo histológico da lesão, grau de invasão e localização . Criocirurgia e eletrocirurgia são opções para lesões pequenas e de baixo grau Cirurgia micrografica de MOHS é atualmente o padrão ouro de tratamento. ( Lesões pré-malignas e carcinomas cutâneos )5-FU e Imiquimode( citostáticos) são opções para lesões superficiais. Tumor de pele mais maligno Origina-se da transformação maligna dos melanócitos na junção dermo- epidérmica ou dos NMC ou ND que se tornam invasivos. Pode ocorrer na pele, mucosas, meninges e no plexo coroide no fundo dos olhos, bem como em lugares inusitados como o trato gastrointestinal. Incidência esta aumentando principalmente em pessoas jovens Trata-se da principal doença fatal que surge na pele 80% das mortes por Ca de pele O diagnostico precoce é fator mais importante para o sucesso do tratamento. Curabilidade diretamente relacionada a profundidade e ao tamanho da lesão. 30% se originam de lesões previamente existentes 70% desenvolve-se em pele normal Importante examinar toda pele rotineiramente Lesões pigmentadas não podem passar despercebidas Regra do ABCDE- Melanoma O advento do dermatoscópio contribuiu decisivamente para o disgnóstico e tratamento precoce Permite uma ampliação da lesão de pele de 6 a 400x . struturas não visíveis a olho nu podem ser avaliadas quanto ao risco de malignidade Auxilia na diferenciação entre lesões melanocíticas e não melanociticas como ceratoses seborreicas, lesões angiomatosas, hematomas e carcinomas basocelulares pigmentados. ( Lesões precursoras ) Lesões benignas que possuem potencial de transformação maligna. Nevos melanociticos displásicos – lesões adquiridas, maiores, assimétricas e de coloração variada. Surgem geralmente na idade adulta Ocorrem esporadicamente ou no contexto de síndromes familiares Tratamento – Exérese com margem estreita e observação Nevo melanocítico congênito Lesões pigmentadas presentes ao nascimento. São benignas Todos os NMC podem ser precursores de melanoma Mais comum em NMC gigantes (raros) NMC pequenos e médios podem ser retirados ou acompanhados NMC gigantes geralmente necessitam de cirurgias extensas e desfigurantes, sendo, na maioria dos casos optado pelo acompanhamento. ( Subtipos histológicos ) Melanoma superficial: é o mais comum – 70% dos casos Corresponde a fase de crescimento radial ou horizontal Intraepidermico Clinicamente: mancha levemente elevada Melanoma Acral lentiginoso: 2-10% dos MMS Tipo mais comum em negros e em maiores de 50 anos Envolve palmas, plantas e o leito ungueal Melanoma Lentigo Maligno : 5% dos MMs Geralmente são lesões in-situ com grande área de crescimento Áreas foto expostas - maioria dos casos em face de pessoas mais idosas Melanoma Nodular: 15-30% das lesões Apresenta-se com aspecto clínico da fase de crescimento vertical ( Tratamento ) Deve ser multidisciplinar Diagnostico clínico > biópsia > estadiamento > tratamento Biópsia: A amostra deve ser retirada até subcutâneo para estadiamento correto Sempre que possível deve ser excisional Nos membros a incisão deve ser feita longitudinal Em lesões muito extensas > biopsia na porção mais significativa (elevação, ulceração) A lesão deve ser examinada e diagnosticada quanto ao tipo histoóogico e parâmetros prognósticos de acordo com padrões estabelecidos pela SBP em 1995: Tipo de melanoma Crescimento vertical ou radial Presença de ulceração Nível de Clark Breslow Índice mitótico por mm2 Infiltrado inflamatório Presença ou ausência de áreas de regressão Invasão vascular ou linfática Presença de nódulos satélites Neurotropismo Avaliação das margens Terapia cirúrgica possibilita a cura aos pacientes com estádio I e II A excisão cirúrgica com margens adequadas é a principal forma de tratamento Indicação para pesquisa de mutação do BRAF · Melanomas de alto risco de recorrência – estádio IIB, IIC, doença regional IIIA, IIIB, IIIC e IIID e nos casos de doença sistêmica ou seja IV. · Via MAPK: importante via de desenvolvimento de melanoma especialmente por meio da determinação da mutação do BRAF que leva a uma ativação continua da via e consequente proliferação celular descontrolada · Drogas capazes de inibir o BRAF mutado: Vemurafanibe a a a a a a a a a a
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