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ENSAIOS DE AGLUTINAÇÃO Professora Me.: Milena Martins Aglutinação: • Formação de redes de células ou partículas inertes interligadas por anticorpos, que se combinam simultaneamente com dois determinantes antigênicos nas superfícies de células ou partículas adjacentes. • Formação de agregados visíveis: interação de anticorpos específicos e partículas insolúveis. • Utilizado no diagnóstico de vírus, bactérias, protozoários e fungos; doenças auto-imunes; detecção de hormônios e tipagem de grupos sanguíneos. • Fácil execução (leitura visual) e baixo custo, Reação de aglutinação direta • Antígeno faz parte naturalmente da célula, e haverá aglutinação dessas células promovida por anticorpo contra esses antígenos • Hemácias, bactérias, fungos, protozoários podem ser aglutinados diretamente por anticorpo. • Ex: Sistema ABO/Rh e teste de Coombs direto Sistema ABO Sistema ABO • A definição do grupo sanguíneo de um indivíduo se dá por duas provas: • Prova Direta (ou Beth-Vincent): pesquisa dos antígenos fixados nas hemácias do paciente. Deve ser feita com soro Anti-A e Anti-B. • Prova Reversa (ou prova de Simonin): pesquisa do anticorpo no soro do paciente. Deve ser feita com hemácias tipadas A e B, com atenção para o fato de que o anticorpo B costuma ser mais fraco (título fraco) que os demais anticorpos. • A prova reversa é uma contra-prova fundamental para a conclusão do exame. Sistema Rhesus – Rh (D) • O fator Rh é um dos dois grupos de antígenos eritrocitários de maior importância clínica, estando envolvido nas reações transfusionais. Sistema Rhesus – Rh (D) • Pesquisa D fraco e Controle: devem ser feitos, quando na classificação do Rh (D) existe ausência de aglutinação (negativa). Sua finalidade é detectar o anticorpo fracamente formado, devido a sua transmissão genética. Nesta prova é necessário usar técnicas mais sensíveis (Técnica do Coombs Indireto) para confirmar sua positividade ou negatividade. • Controle Rh: é um reativo controle com ausência de anticorpo Anti-D e de qualquer outro tipo de anticorpo para todos os sistemas eritrocitários. Este reativo controle tem por finalidade detectar erros ou patogenias existentes no paciente que resulte numa reação positiva do controle. Sistema Rhesus – Rh (D) Teste de Coombs • Anticorpos anti-imunoglobulinas (Robert Coombs); • Para o diagnóstico de anemia hemolítica autoimune ou induzida por medicamentos, reação transfusional ou anemia hemolítica do recém-nascido (DHRN). • Direto: Anticorpos ligados aos eritrócitos fetais; • Indireto: Anticorpos anti-Rh não aglutinantes no soro materno. Teste de Coombs Teste de Coombs • Baseia-se na capacidade que certos antígenos virais têm de aglutinarem hemácias. Os anticorpos, se presentes na amostra, revestem as partículas virais, resultando na inibição da aglutinação, indicando um teste positivo para a presença de anticorpos • Anticorpos + Vírus = Ausência de Aglutinação (positivo para presença de Ac na amostra) • Ex.: Rubéola, Sarampo, Influenza. Inibição da hemaglutinação direta por vírus: Inibição da hemaglutinação direta por vírus: Teste de aglutinação indireta: • (Antígeno + Partícula Inerte) + Anticorpo = Aglutinação. • Partículas inertes podem ser sensibilizadas por adsorção passiva (contato direto com o antígeno solúvel), por adsorção via agente químico (ácido tânico e cloreto de cromo), por conjugação do Antígeno (ligações químicas covalentes). • Adsorção de Antígeno solúvel Hemaglutinação passiva ou indireta: • Proteínas podem ser adsorvidas a hemácias tratadas com ácido tânico e podem ser aglutinadas por Ac específicos. • Geralmente é utilizado hemácias de carneiro ou humanas do grupo O. • O teste considerado positivo: verifica formação de tapete cobrindo o fundo da cavidade da placa em “V” (título será a máxima diluição em que se observa a formação de tapete). • Enquanto que o teste será considerado negativo quando hemácias sedimentam formando “botão” compacto. • Ex.: Pesquisa de anticorpo para Trypanosoma cruzi, Toxoplasma gondii. Hemaglutinação passiva ou indireta: Hemaglutinação passiva ou indireta: Hemaglutinação passiva ou indireta: Diluições seriadas Inibição da aglutinação indireta: • Baseia-se na competição, pelos sítios de combinação do Ac, entre o Ag fixado à uma célula ou partícula e o Ag solúvel. • O grau de inibição relaciona-se com a quantidade do Ag presente na amostra e com a afinidade pelos sítios de combinação do anticorpo. • Ex.: Detecção de Ag na hepatite e na hemofilia e presenca de hCG na urina. Inibição da aglutinação indireta: Aglutinação do látex • Partículas de látex são esferas de poliestireno que podem ser utilizadas como suportes na adsorção de proteína solúvel e antígenos polissacarídicos, funcionando como sistema indicador da reação antígeno-anticorpo • Útil na pesquisa de: • Fator reumatóide; • Antígenos bacterianos (Haemaphilus influenzae, estreptococos do grupo B, Neisseria meningitidis, etc.); • Drogas e hormônios (�-HCG); • Proteína C reativa; Fator reumatóide • O termo fator reumatóide (FR) engloba um grupo de auto- anticorpos das classes IgG, IgM e IgA que tem em comum a capacidade de reagir com diferentes epítopos da porção Fc da molécula da imunoglobulina G (IgG) humana. • Típico no processo patológico da artrite reumatóide • O FR IgM pode servir como marcador precoce na AR. Fator reumatóide e prova do látex • Detecção de anticorpo IgM (pentamérico) dirigido contra a Fc do anticorpo IgG. • Emprega partículas de látex revestidas por imunoglobulina G humana que reagem contra o FR, resultando em aglutinação. • Se não houver aglutinação, resultado negativo. Reação de Waller-Rose • Hemaglutinação indireta: hemácias de carneiro, revestidas por imunoglobulina de coelho. • Teste rápido de aglutinação para a determinação qualitativa, em placa, de Fator Reumatóide. Apresenta resultados que podem ser positivo, quando na presença do Fator, ou negativo, na ausência deste. Proteína C reativa • A PCR é considerada uma proteína de fase aguda encontrada no soro em estados inflamatórios específicos ou não. • É detectada sua presença com partículas de látex contendo anticorpos anti-proteína C reativa. • Necessário fazer diluições, para evitar pró-zona. Proteína C reativa Antiestreptolisina O (ASO) • Este exame mede a quantidade no sangue da antiestreptolisina O, um anticorpo contra a estreptolisina O, uma toxina produzida por Streptococcus do Grupo A. • Os estreptococos do Grupo A (Streptococcus pyogenes) são bactérias responsáveis por faringites estreptocócicas. • Quando uma infecção desse tipo não é tratada de maneira ineficaz, podem ocorrer complicações (febre reumática e glomerulonefrite). • O soro é colocado em contato com um reagente que contém partículas de látex revestidas com Estreptolisina-O. • ASO, se presente na amostra, provoca a aglutinação visível a olho nu das partículas do látex. • A reação pode ser tanto qualitativa como quantitativa (através da técnica de diluição da amostra). Antiestreptolisina O (ASO) LIVROS
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