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Livro Texto Unidade I

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Autoras: Profa. Sabrina Grego Alves
 Profa. Sinária Rejany Nogaia de Sousa
Colaboradores: Prof. Thiago Macrini
 Profa. Jaqueline de Oliveira Santos
Recursos Tecnológicos 
Aplicados às Alterações 
Estéticas
Professoras conteudistas: Sabrina Grego Alves / Sinária Rejany Nogaia de Sousa
Sabrina Grego Alves
Professora de Educação Física graduada pela Universidade Cruzeiro do Sul (2001), esteticista formada pelo Centro 
de Estética e Cosmetologia Aplicada (2004) e mestre em Engenharia Biomédica, com atuação em instrumentação 
biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes (2012).
Atualmente, é docente na Universidade Paulista (UNIP) e membro do Comitê de Ética para Desenvolvimento de 
Pesquisas em Seres Humanos da Universidade. Atua em projetos de pesquisa relacionados principalmente à Associação 
da Cosmetologia e Eletroterapia nos Procedimentos Estéticos Corporais e Faciais.
Sinária Rejany Nogaia de Sousa
Fisioterapeuta graduada pela Universidade Bandeirante de São Paulo (2001), pós-graduada em Intervenção em 
Neuropediatria pela Universidade Federal de São Carlos (2004) e Fisioterapia Dermatofuncional pela Universidade 
Gama Filho (2008), mestre em Patologia Ambiental e Experimental pela UNIP (2014) e doutora em Patologia Ambiental 
e Experimental também pela UNIP (2018).
Atualmente, é docente na UNIP no curso de Tecnologia em Estética e Cosmética e na pós-graduação de Fisioterapia 
Dermatofuncional e Cosmetologia e Estética Funcional. Atua em projetos de pesquisa relacionados aos cursos de 
Estética e Fisioterapia Dermatofuncional.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A474r Alves, Sabrina Grego.
Recursos Tecnológicos Aplicados às Alterações Estéticas / 
Sabrina Grego Alves, Sinária Rejany Nogaia de Sousa. – São Paulo: 
Editora Sol, 2021.
212 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Corrente. 2. Fototerapia. 3. Procedimento. I. Alves, Sabrina 
Grego. II. Sousa, Sinária Rejany Nogaia de. III. Título. 
CDU 687.55
U511.28 – 21
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcello Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Deise Alcantara Carreiro – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Bruna Baldez
 Bruno Barros
Sumário
Recursos Tecnológicos Aplicados às Alterações Estéticas
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À ELETROTERAPIA .............................................................................................................. 13
1.1 Sistema internacional de medidas (SI) ........................................................................................ 16
1.2 Variáveis físicas ..................................................................................................................................... 17
2 TERMOTERAPIA E TERMORREGULAÇÃO ................................................................................................ 23
2.1 Formas de transferência de calor .................................................................................................. 24
2.2 Princípio da termorregulação ......................................................................................................... 26
Unidade II
3 RECURSOS TECNOLÓGICOS ESTÉTICOS .................................................................................................. 34
3.1 Estimulação elétrica neuromuscular (EENM) ............................................................................ 34
3.1.1 Revisão da anatomia e fisiologia do sistema musculoesquelético .................................... 34
3.1.2 Envelhecimento, linhas de força e musculatura esquelética ................................................ 37
3.1.3 Indicações e contraindicações de EENM ....................................................................................... 45
3.1.4 Método de aplicação ............................................................................................................................. 46
3.1.5 Cuidados para aplicação ...................................................................................................................... 48
3.2 Corrente farádica ................................................................................................................................. 49
3.3 Correntes de média frequência ...................................................................................................... 49
3.3.1 Modulação das correntes de média frequência ......................................................................... 51
3.3.2 Contraindicações da corrente de média frequência ................................................................ 53
3.4 Corrente russa ....................................................................................................................................... 54
3.5 Corrente aussie ...................................................................................................................................... 54
4 TERAPIA COM ONDAS SONORAS .............................................................................................................. 55
4.1 Ultrassom ................................................................................................................................................. 55
4.1.1 Histórico do ultrassom ......................................................................................................................... 55
4.1.2 História do ultrassom no Brasil ......................................................................................................... 57
4.2 Ultrassom terapêutico ........................................................................................................................ 57
4.2.1 Bases físicas do ultrassom terapêutico .......................................................................................... 59
4.2.2 Efeitos fisiológicos .................................................................................................................................. 63
4.2.3 Formas de aplicação .............................................................................................................................. 67
4.3 Fonoforese ou sonoforese ................................................................................................................. 71
4.4 Ultracavitação ........................................................................................................................................ 71
4.4.1 Equipamentos disponíveis no mercado ......................................................................................... 74
4.4.2 Mecanismo de ação ...............................................................................................................................75
4.4.3 Orientações para aplicação de ultracavitação ............................................................................ 75
4.5 Terapia combinada ............................................................................................................................... 77
Unidade III
5 RECURSOS FOTOTERAPÊUTICOS ................................................................................................................ 85
5.1 Fototerapia .............................................................................................................................................. 85
6 EQUIPAMENTOS PARA FOTOTERAPIA ...................................................................................................... 88
6.1 Laser ........................................................................................................................................................... 88
6.1.1 Reações teciduais do laser .................................................................................................................. 91
6.1.2 Potência do laser ..................................................................................................................................... 91
6.1.3 Laser de baixa intensidade .................................................................................................................. 92
6.1.4 Comprimentos de onda ........................................................................................................................ 93
6.2 Emissão de luz por diodo (LED) ...................................................................................................... 94
6.2.1 LED azul ...................................................................................................................................................... 96
6.2.2 LED verde .................................................................................................................................................... 96
6.2.3 LED amarelo .............................................................................................................................................. 96
6.2.4 LED vermelho ............................................................................................................................................ 97
6.3 Luz intensa pulsada (IPL ou LIP) ..................................................................................................... 97
6.4 Fotodepilação .......................................................................................................................................102
6.4.1 Laser de diodo ........................................................................................................................................105
6.4.2 LIP ................................................................................................................................................................108
Unidade IV
7 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS .....................................................................................................................112
7.1 Ozonioterapia .......................................................................................................................................112
7.1.1 Equipamento gerador de ozônio .................................................................................................... 114
7.1.2 Métodos de aplicação da ozonioterapia na área da estética ............................................. 115
7.2 Carboxiterapia......................................................................................................................................126
7.2.1 Velocidade do fluxo e quantidade de gás .................................................................................. 129
7.2.2 Protocolos estéticos associados à prática de carboxiterapia ..............................................131
7.2.3 Protocolos de carboxiterapia .......................................................................................................... 132
7.2.4 Eletrocarbolipólise ............................................................................................................................... 135
7.3 Criolipólise .............................................................................................................................................137
7.3.1 Apoptose adipocitária ........................................................................................................................ 138
7.3.2 Cuidados na aplicação da criolipólise ......................................................................................... 145
7.3.3 Metabolização da gordura ............................................................................................................... 146
7.3.4 O equipamento de criolipólise ........................................................................................................ 146
7.3.5 Avaliação ................................................................................................................................................. 152
7.3.6 Procedimentos manuais e tecnológicos associados à criolipólise ................................... 153
7.3.7 Procedimentos estéticos após a criolipólise ............................................................................. 154
7.3.8 Temperatura e tempo de sessão .................................................................................................... 155
7.3.9 Pesquisas ................................................................................................................................................. 156
7.3.10 Resultados ............................................................................................................................................ 157
7.3.11 Indicações ............................................................................................................................................. 159
7.3.12 Contraindicações ............................................................................................................................... 159
7.3.13 Efeitos adversos indesejados .........................................................................................................161
7.4 Ondas de choque ................................................................................................................................162
7.5 Radiofrequência ..................................................................................................................................168
7.5.1 Campo elétrico e magnético ............................................................................................................170
7.5.2 Efeitos fisiológicos e frequências ...................................................................................................171
7.5.3 Tipos de manopla ................................................................................................................................. 174
7.5.4 Efeitos fisiológicos ............................................................................................................................... 178
7.5.5 Técnicas de aplicação ......................................................................................................................... 179
7.6 Criofrequência .....................................................................................................................................183
7.7 Tecarterapia ..........................................................................................................................................185
8 ASSOCIAÇÃO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS E MANUAIS PARA ELABORAÇÃO 
DE PROTOCOLOS ESTÉTICOS .........................................................................................................................186
8.1 Protocolo de tratamento para lipodistrofia localizada .......................................................1868.2 Protocolo para lipodistrofia localizada compacta ou manutenção do 
protocolo anterior .....................................................................................................................................188
8.3 Protocolo de prevenção de FEG associado a flacidez tissular ..........................................189
8.4 Protocolo para FEG graus 3 e 4 associado a edema ............................................................190
8.5 Protocolo para FEG grau 2 do tipo compacto ........................................................................192
8.6 Protocolo de eletroestimulação neuromuscular com corrente russa ...........................193
8.7 Protocolo de peeling diamantado associado a laser de baixa potência ......................193
8.8 Protocolo para acne inflamatória graus III e IV .....................................................................195
8.9 Protocolo para terapia capilar com laser vermelho .............................................................196
9
APRESENTAÇÃO
Esta disciplina apresenta os conceitos da eletroterapia que estão por trás dos diversos equipamentos 
utilizados enquanto recursos tecnológicos e estuda as indicações e contraindicações no uso dos 
tratamentos das alterações estéticas faciais e corporais.
A eletroterapia é uma área muito reconhecida na estética. Recursos tecnológicos utilizados nos 
procedimentos estéticos estão cada vez mais em destaque, e equipamentos de alta tecnologia e grande 
porte estão sendo indispensáveis no atendimento estético. É muito importante ter conhecimento sobre 
o mecanismo de ação dos equipamentos, bem como os efeitos fisiológicos gerados por eles.
As diferentes correntes agem de maneira específica no organismo. Por isso, é necessário compreender 
o mecanismo de ação de cada uma para elaborar protocolos estéticos individualizados.
O objetivo desta disciplina é, portanto, que o profissional conheça os efeitos fisiológicos e 
terapêuticos dos recursos tecnológicos utilizados em estética, faça uso das inovações técnicas 
e científicas com segurança e desenvolva suas habilidades práticas para a aplicação de tecnologias 
básicas e avançadas nas disfunções estéticas. Para tanto, a disciplina apresenta os conceitos básicos 
da anatomia e fisiologia humana, bem como a alteração de algumas estruturas quando submetidas 
à ação de correntes elétricas.
INTRODUÇÃO
Neste livro-texto, iremos abordar temas de importância para a utilização da eletroterapia nos 
protocolos estéticos. É importante a compreensão da anatomia e fisiologia do corpo humano e dos 
mecanismos de ação de cada corrente elétrica. A partir daí, será possível elaborar protocolos específicos 
de acordo com as necessidades individuais de cada cliente.
É fundamental realizar uma ficha de anamnese minuciosa do cliente para identificar possíveis 
contraindicações aos procedimentos de eletroterapia e, se for o caso, alterar o protocolo para obtenção 
de resultados estéticos esperados. Os procedimentos manuais e a cosmetologia podem ser associados 
aos procedimentos tecnológicos para atingir resultados mais satisfatórios.
Os recursos tecnológicos utilizados na estética têm sua especificidade, indicação, contraindicação e 
parâmetros a serem aplicados. O modo de aplicação da técnica também é fundamental para alcançar os 
objetivos fisiológicos e terapêuticos. Alguns equipamentos devem ser aplicados de forma suave e lenta; 
outros com maior pressão e velocidade. Além disso, devemos conhecer os cosméticos que podem ser 
associados a cada tipo de equipamento.
O cliente de estética procura novidades em tratamentos estéticos e cosméticos. Atualmente, 
ele procura um profissional habilitado e qualificado que possa transmitir segurança, já que muitos 
equipamentos, principalmente os de alta potência, podem gerar danos, como queimadura nos tecidos.
10
O profissional de estética deve executar somente os procedimentos nos quais é habilitado. 
Procedimentos estéticos invasivos, tais como preenchimento com ácido hialurônico de forma injetável, 
aplicação de toxina botulínica e laser ablativo, são procedimentos que devem ser realizados por um médico 
dermatologista, pois, em casos de intercorrências, esse profissional pode prescrever medicamentos.
Os temas a serem abordados neste livro-texto são:
• Eletroterapia e variáveis físicas: é importante entender como as correntes elétricas se 
manifestam e como agem nos tecidos biológicos.
• Correntes excitomotoras: é preciso compreender como funciona a corrente farádica, que é uma 
corrente alternada e confortável e que tem como principais objetivos estimular nervos motores 
e sensitivos, favorecer o retorno venoso e aumentar o aporte sanguíneo; e as correntes aussie e 
russa, que têm como principal objetivo exercer a contração do ventre muscular para aumentar a 
tonicidade e diminuir a flacidez muscular.
• Ultrassom: energia sonora que tem como maior objetivo ativar a circulação sanguínea e minimizar 
edemas corporais. O acoplamento com gel é fundamental para garantir a permeação da onda nos 
tecidos. Esse recurso pode ser associado com outras terapias.
• Terapias combinadas: associação de duas ou mais terapias para realização de protocolos estéticos 
corporais e faciais.
• Radiofrequência: procedimento estético que utiliza calor para minimizar a flacidez tissular. Durante 
a aplicação, é necessário verificar a temperatura do tecido. Muito indicada para procedimentos 
faciais e diminuição das linhas de expressão. Pode ser empregada em procedimentos corporais, 
tais como protocolos para tratamento da região abdominal, região glútea e coxas. Nesse caso, 
o profissional deverá adequar os parâmetros à área a ser tratada.
• Criofrequência: é uma evolução da radiofrequência e tem como principal objetivo tratar da 
flacidez tissular, tanto facial quanto corporal. Nesse equipamento, a ponteira é resfriada, e por 
esse motivo não é necessário verificar a temperatura da pele.
• Tecarterapia: transferência elétrica capacitativa e resistiva, enquadra-se nos grupos das ondas 
eletromagnéticas, bem como a rádio e a criofrequência, e aumenta a temperatura dos tecidos 
para obtenção de resultados estéticos.
• Terapias por ondas de choque: procedimento que utiliza ondas sonoras; porém, não é 
considerado ultrassom por ter princípios diferenciados. É indicado para protocolos de lipodistrofia 
localizada e fibro edema geloide (FEG).
• Fototerapia: caracteriza-se pela utilização de luz para diversos tipos de procedimentos estéticos, 
tais como: rejuvenescimento, clareamento da pele, eliminação de pelos e hidratação. É importante 
conhecer os parâmetros adequados a cada tipo de procedimento, bem como a aplicação nos 
11
diferentes fototipos cutâneos. A luz intensa pulsada (LIP) é um tipo de tratamento com utilização 
da luz, que pode ser usada de diferentes formas na estética.
• Ozonioterapia: é o nome que se dá à técnica que utiliza ozônio (O3) para tratamentos de 
diversas disfunções estéticas e terapêuticas. Pode ser utilizada em procedimentos estéticos 
corporais e faciais.
• Carboxiterapia: consiste na aplicação do gás carbônico (CO2) nos tecidos. A aplicação do CO2 
induz a uma reação de defesa corporal que aumenta a vascularização tecidual, resultando em 
melhora da circulação. É indicada para protocolos estéticos corporais, faciais e capilares.
13
RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À ELETROTERAPIA
Sempre falamos sobre a eletricidade no dia a dia, principalmente quando citamos os equipamentos 
e as novas tecnologias. Por isso, vamos compreender melhor esse conceito.
A eletricidade é definida como uma forma básica de energia na ciência física e pode produzir diversos 
efeitos sobre os tecidos.
A eletroterapia é dita como uma forma básica de usar a tecnologia para realizar avaliação ou 
tratamento que utilize uma modalidade terapêutica, como aquecimento, resfriamento, ultrassom, 
estímulo elétrico, laser, entre outros.
Pensadores como Galeno, Plínio,Aristóteles e Platão já haviam percebido a importância da eletricidade 
no uso da descarga elétrica proveniente de enguias, raios e do peixe elétrico (figura a seguir).
Figura 1 – Peixe elétrico
Galeno, Plínio, Aristóteles e Platão perceberam que esses choques na pele, ao serem absorvidos, 
promoviam resultados terapêuticos, como a analgesia e o benefício da diminuição a dor. Estudos 
comprovaram que isso era possível porque a descarga elétrica estava modulada em torno 50 Volts a 
80 Volts em uma frequência de 200 Hertz (AGNE, 2016).
Os estudos de Galvani complementaram as informações sobre como a eletricidade era capaz de 
provocar respostas fisiológicas ao organismo humano. Isso foi fundamentado na teoria de que as 
atividades orgânicas do ser humano estão ligadas à eletricidade. Por meio dos estímulos elétricos 
aplicados na pele, ocorre o estímulo do potencial de ação, provocando mudança na polaridade da 
membrana no local de aplicação, favorecendo as trocas de nutrientes, a contração muscular e a 
homeostase (equilíbrio) (KRUEGER-BECK et al., 2011).
14
Unidade I
 Saiba mais
Para complementar seus estudos, leia:
KRUEGER-BECK, E. et al. Potencial de ação: do estímulo à adaptação 
neural. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 24, n. 3, p. 535-547, 2011.
Vamos falar um pouco mais sobre o potencial de ação, que é marcado por duas etapas: a despolarização 
e a repolarização. O íon potássio (K+) é predominante na parte interna da célula, e o meio extracelular 
tem o predomínio de sódio (Na+).
Assim que o estímulo elétrico se inicia, o potencial de ação é estimulado, e a membrana celular fica 
mais permeável aos íons de sódio. Quando ocorre a entrada de sódio para o meio intracelular, este 
fica com maior quantidade de cargas positivas até que a polaridade seja invertida. Esse processo 
fisiológico recebe o nome de despolarização celular.
A segunda fase do potencial de ação (figura a seguir) é marcada pela repolarização, na qual a 
permeabilidade celular volta ao normal, com aumento significativo na permeabilidade de íons potássio. 
Então, um grande fluxo de íons flui de dentro para fora da célula, fenômeno decorrente da grande 
quantidade de cargas positivas encontradas no interior celular, importantes para a manutenção da 
bomba de sódio e potássio.
Figura 2 – Fluxo de íons
15
RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
Para entendermos um pouco mais sobre a ação da eletricidade no corpo humano, devemos lembrar 
que toda célula é formada por átomos, que são moléculas carregadas eletricamente e formam a estrutura 
do corpo humano.
O átomo (figura a seguir) é formado pelo núcleo, onde ficam concentradas a sua massa (prótons e 
nêutrons) e as minúsculas partículas que giram ao seu redor, os elétrons, que são partículas de carga 
negativa (-) e massa muito pequena. Essas partículas elétricas presentes nas células (átomos) são similares 
à energia produzida pela corrente elétrica. Portanto, as correntes elétricas geradas pelos equipamentos 
têm afinidade com os tecidos biológicos.
Elétron
Próton
Nêutron
Figura 3 – Estrutura do átomo
 Observação
A ação da corrente elétrica sobre os átomos induz a um fluxo ordenado 
de carga (íons) de um lugar para outro por meio da matéria. Quando um tecido 
recebe um campo elétrico, as partículas se movimentam aleatoriamente 
em toda a matéria.
O uso de equipamentos elétricos desempenha um papel muito importante na medicina. Os aparelhos 
são usados para diagnósticos, em processos cirúrgicos e no tratamento de doenças. A área da fisioterapia 
faz uso de equipamentos para a reabilitação e o tratamento de diversas doenças, com objetivos de 
diminuir a dor, melhorar o quadro inflamatório, fechar feridas, entre outros. Na estética, os recursos 
tecnológicos são utilizados para cuidados com a pele no envelhecimento, manutenção da beleza, da 
jovialidade etc.
Os equipamentos utilizados na área da estética consomem a energia elétrica e a transformam em 
outro tipo de energia (figura a seguir), como a energia luminosa ou a mecânica. Estas, por sua vez, 
promovem reações fisiológicas nos tecidos humanos, como a ativação da circulação sanguínea e o 
aumento do metabolismo local.
16
Unidade I
Equipamento que 
consome energia
Energia 
elétrica
Transmite outro 
tipo de energia
Figura 4 – Transmissão de energia
É importante o conhecimento das respostas fisiológicas celulares desencadeadas pelos recursos 
tecnológicos e muita destreza durante o processo de avaliação do cliente, observando as características 
da desarmonia corporal e o mecanismo pelo qual a estimulação elétrica afeta os tecidos biológicos, 
favorecendo o resultado terapêutico.
 Observação
Os terapeutas especializados em recursos tecnológicos devem ter total 
domínio sobre as formas de eletroterapia e as alterações fisiológicas geradas 
no corpo humano por cada corrente elétrica.
 Lembrete
Os átomos (partículas elétricas) presentes nas células são similares à 
energia produzida pela corrente elétrica. Por isso, as correntes elétricas 
geradas pelos equipamentos têm afinidade com os tecidos biológicos.
1.1 Sistema internacional de medidas (SI)
O sistema internacional de medidas (SI) é uma forma de padronização de definições por diferentes 
unidades para facilitar as medições. Por isso, é o sistema mais exato e mais utilizado em todo o mundo.
Antes do SI, as mensurações eram realizadas de acordo com cada cultura, utilizando regiões corporais 
como medida; por exemplo, a polegada, o pé, entre outras.
Existem sete grandezas físicas consideradas básicas ou fundamentais. Das unidades básicas do SI, 
podem derivar todas as outras unidades de medidas existentes dessas grandezas.
Essas unidades estão apresentadas no quadro a seguir e são dimensionalmente independentes 
entre si.
17
RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
Quadro 1 – Unidades de medida
Grandeza física Unidade Símbolo
Comprimento Metro M
Massa Quilograma Kg
Tempo Segundo S
Corrente elétrica Ampere A
Temperatura termodinâmica Kelvin K
Quantidade de substância Mol Mol
Intensidade luminosa Candela Cd
1.2 Variáveis físicas
O conhecimento das variáveis físicas é extremamente importante, pois, a partir desse domínio, é 
possível escolher o melhor equipamento e as melhores modulações para as diversas disfunções estéticas, 
com base nas alterações fisiológicas e nas características clínicas de cada cliente.
Entre as variáveis físicas que envolvem a eletroterapia, destacam-se as descritas a seguir.
Campo elétrico
Qualquer região que esteja sob ação de uma força elétrica é denominada campo elétrico. Por 
exemplo, durante uma descarga de raio (se o raio cair, torna-se um campo elétrico) ou durante a 
aplicação de eletroterapia com o uso de eletrodos, a região que está entre os eletrodos é o campo 
elétrico (figura a seguir).
Figura 5 – Campo elétrico
Quanto maior a intensidade da força elétrica no campo elétrico, maior o campo eletromagnético 
ao seu redor. Temos, como exemplo, um jogo de futebol com várias pessoas no campo durante uma 
chuva. De repente, ocorre a descarga de um raio, que torna o campo de futebol um campo elétrico. 
18
Unidade I
De acordo com a intensidade, a força do raio pode atingir uma pessoa ou várias pessoas que estejam 
próximas. Sendo assim, qualquer região do espaço que esteja sob ação da força elétrica é denominada 
campo elétrico.
Carga elétrica
Carga elétrica é uma propriedade física representada pela presença de partículas, sejam elas prótons 
(positivas), sejam elas elétrons (negativas).
Intensidade da corrente elétrica
A intensidade da corrente elétrica é a quantidade de energia que passa por um condutor, por um 
determinado tempo. Essa intensidade é mensurada de acordo com o SI, como o ampere (A) e seus 
submúltiplos, miliampere (mA) e microampere (μA).
Amplitude de pulso
Amplitude de pulso (figura a seguir) é a forma de medir a velocidade de fornecimento dos elétrons 
ou o fluxo de uma corrente elétrica. Determina valores entre os pulsos noseu pico máximo e deve ser 
medida entre os pulsos. Quanto maior sua amplitude, maior a intensidade da corrente elétrica.
Am
pl
itu
de
Figura 6 – Amplitude de pulso
Largura de pulso
A largura do pulso (figura a seguir) é mensurada em microssegundos (µs) ou milissegundos (ms) e 
indica o tempo de duração da fase. Estipular adequadamente a largura de pulso evita o desconforto e a 
dor durante a terapia. Pulsos estreitos com frequências elevadas diminuem esses desconfortos.
Largura de pulso
Figura 7 – Largura de pulso
19
RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
Formas de pulso
As correntes elétricas utilizadas na prática clínica podem apresentar várias formas de pulso (também 
denominadas de ondas elétricas), do qual são decorrentes as suas denominações.
As formas de pulso ou de onda podem ser diversas, associadas ou não. As formas mais comuns são: 
corrente contínua e constante; corrente contínua ininterrupta; corrente alternada; corrente contínua e 
intervalada; corrente alternada e intervalada.
• Corrente contínua e constante: corrente contínua também conhecida como corrente direta 
ou unidirecional. É denominada dessa forma porque apresenta um fluxo constante, contínuo de 
partículas carregadas em uma única direção (figura a seguir). A corrente pode ser aplicada em 
ânodo ou cátodo. Esse é o caso das correntes polarizadas, também conhecidas como correntes 
galvânicas, muito utilizadas pela estética em diversos tipos de procedimentos corporais e faciais.
Fluxo constante
Figura 8 – Corrente contínua e constante
• Corrente contínua ininterrupta: a corrente contínua ininterrupta (figura a seguir) apresenta 
uma constância (sem pausa) na passagem da corrente, com oscilação apenas da intensidade da 
corrente elétrica.
Figura 9 – Corrente contínua ininterrupta
• Corrente alternada: na corrente alternada (figura a seguir), o fluxo de energia é caracterizado em 
dois sentidos: a polaridade dos elétrons oscila entre o positivo e o negativo de forma periódica no 
tempo determinado. O polo inicialmente positivo fornece uma corrente ao polo negativo com um 
valor que parte do zero, atinge o pico máximo e volta a zero. Então, seus pulsos são bidirecionais, 
simétricos e ininterruptos. Para simplificar o entendimento, dizemos que os pulsos se alternam 
entre as fases positiva e negativa.
20
Unidade I
+
-
Figura 10 – Corrente alternada
• Corrente contínua e intervalada: a corrente contínua e intervalada (figura a seguir) é também 
conhecida como corrente unidirecional emitida no modo pulsado, pois apresenta certa fluência 
na intensidade e nos intervalos. A pausa da corrente é percebida pelo cliente durante a aplicação.
Figura 11 – Corrente contínua e intervalada
• Corrente alternada e intervalada: a corrente alternada e intervalada (figura a seguir) apresenta 
alteração na polaridade (entre o positivo e o negativo) durante a propagação, sendo interrompida 
em determinados intervalos de tempo. É possível observar pela figura a seguir que a intensidade 
da corrente elétrica se mantém constante mesmo com a mudança de polaridade e que existe um 
tempo de pausa (repouso) entre um ciclo e outro.
+
-
Intensidade
Intensidade
Figura 12 – Corrente alternada e intervalada
21
RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
Voltagem
Voltagem também é conhecida como diferença de potencial (ddp) ou simplesmente tensão. É a 
tendência que uma carga elétrica tem de ir de um ponto a outro, gerada pela diferença de potencial 
elétrico entre os dois pontos, seja pela falta, seja pelo excesso de elétrons. A unidade de medida dessa 
diferença é o volt (V).
Resistência
É a capacidade de oposição à passagem da corrente elétrica, ou seja, a resistência gera uma dificuldade 
ou oposição para os elétrons percorrerem um condutor. Essa resistência pode ser aplicada a diferentes 
estruturas, como a pele e os eletrodos. Sua unidade de medida é ohm (Ω).
Capacitância
Capacitância é a propriedade de um isolante permitir o acúmulo de energia quando as superfícies 
opostas do isolante são mantidas sob diferença de potencial elétrico. A medida da capacitância é 
expressa em farads (F). É a proporção de carga em cada uma das superfícies do isolante em relação à 
diferença de potencial entre as superfícies.
Frequência e fase
A frequência (figura a seguir) é definida pelo número de repetições dos pulsos elétricos produzidos 
em um segundo. A unidade de medida da frequência é em hertz (Hz).
Pulso
(t)0
+
-
1 segundo
Figura 13 – Frequência
A frequência pode ser considerada baixa (1 Hz a 1.000 Hz), média (1.000 Hz a 100.000 Hz) e alta 
(acima de 100.000 Hz), conforme mostra o quadro a seguir.
22
Unidade I
Quadro 2 – Frequências
Frequência Unidade de medida Tipo de corrente
Baixa
1 Hz a 1.000 Hz 
(na prática clínica, na faixa de 1-200 Hz)
Galvânica, farádica, NMES, TENS e FES
Média 1.000 Hz a 100.000 Hz Interferencial, corrente russa e aussie
Alta Acima de 100.000 Hz Ondas curtas, radiofrequência e ultrassom
Impedância
Impedância é a oposição que um circuito elétrico faz à passagem de corrente elétrica. Fatores como 
oleosidade, temperatura baixa, maquiagem, entre outros, podem gerar dificuldade (impedância) na 
passagem da corrente elétrica.
 Saiba mais
A higienização da área submetida à corrente elétrica deve ser feita 
com produtos específicos para retirada de sujidade que possam causar 
impedância na passagem da corrente elétrica.
Aprofunde os seus conhecimentos sobre impedância cutânea com a 
leitura das páginas 40 e 41 do livro a seguir:
AGNE, J. E. Eletrotermofototerapia. 3. ed. Santa Maria: Andreoli, 2016.
Eletrodos
A estimulação elétrica por meio de eletrodos é um procedimento terapêutico não invasivo de grande 
utilização na prática clínica da estética e da fisioterapia. A função dos eletrodos é transmitir a corrente 
que está sendo gerada no equipamento para a pele do cliente.
Os eletrodos devem ser posicionados de acordo com a região a ser tratada. Eletrodos maiores devem 
ser utilizados em procedimentos corporais, e eletrodos menores, em procedimentos faciais. Os eletrodos 
de carbono são mais adequados às curvaturas corporais. O modelo do eletrodo deve ser escolhido de 
acordo com o protocolo estético que será realizado.
 Observação
Eletrodos menores que a área a ser estimulada geram grande resistência 
e podem apresentar resultados abaixo do esperado. Eletrodos grandes 
promovem maior resposta motora com menos estímulo doloroso.
23
RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
Os eletrodos podem ser de lâmina de alumínio, de silicone-carbono (figura a seguir) ou autoadesivos 
(figura adiante).
Figura 14 – Eletrodos de silicone-carbono
Figura 15 – Eletrodos autoadesivos
Os eletrodos não podem ser acoplados diretamente sobre a pele, principalmente nas correntes 
polarizadas, onde há risco de queimaduras. Os meios de acoplamento são os géis à base de água e as 
soluções iônicas.
2 TERMOTERAPIA E TERMORREGULAÇÃO
Temperatura é definida como o movimento vibratório atômico que vai gerar ou transformar energia.
A temperatura de um objeto é medida pela agitação dos átomos e das moléculas que o constituem. 
Se temos uma temperatura baixa, isso é demonstrado pela pouca agitação molecular. Podemos sentir 
isso quando vamos dormir, momento em que a agitação molecular ainda está constante pelas próprias 
respostas fisiológicas, e, algum tempo após deitarmos, começamos a sentir um pouco de frio, pois 
24
Unidade I
o repouso vai diminuindo a agitação molecular, fazendo com que a temperatura corporal diminua. 
Quando ocorre maior movimentação física, a temperatura corporal aumenta.
Como vimos, o calor é a energia resultante do movimento vibratório. Mas o calor também pode ser 
transferido entre dois corpos de temperaturas diferentes – essa é a Lei da Termodinâmica.
 Observação
A Lei da Termodinâmica diz respeito à transferência de calor do corpo 
ou objeto mais quente para o mais frio. Isso acontece quando sentimos frio 
e procuramosalguma superfície quente para nos aquecer.
2.1 Formas de transferência de calor
O calor pode ser transferido para o corpo humano de várias formas, através de convecção, condução, 
irradiação ou evaporação (figura a seguir).
Convecção
Evaporação Condução
Irradiação
Figura 16 – Mecanismo de transferência de calor
O aumento do calor ocasiona efeitos fisiológicos que são benéficos aos protocolos estéticos, 
pois causa vasodilatação e ativa a circulação sanguínea. A seguir, vamos falar sobre as formas de 
transferência de calor.
Convecção
A convecção é a transferência de calor que ocorre pela movimentação da matéria. Pode ser observada 
em materiais fluidos, como o gás, e líquidos, por exemplo, a circulação sanguínea, a hidroterapia, a 
fumaça, a massa de ar e o ar-condicionado.
25
RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
Condução
A transferência de calor por condução ocorre através do contato direto com uma superfície mais 
quente, como no caso de uma bolsa de água quente, ou da aplicação de parafina, cera quente etc.
Irradiação
A transferência por irradiação é a conversão de energia térmica através da radiação eletromagnética. 
Podemos observar isso nas câmeras de infravermelho, que captam a imagem no escuro, sendo possível 
pela sua sensibilidade ao calor (infravermelho longo). Quando vemos reportagens que filmam os animais 
na selva de noite, isso só é possível porque a câmera capta as imagens de quem irradia calor através da 
câmera com o infravermelho.
Outro exemplo é a exposição ao sol, quando aumentamos a nossa temperatura corporal pela 
captação da irradiação solar. A seguir, vamos falar um pouco mais sobre irradiação, já que é uma forma 
de transferência de calor muito utilizada na área da estética.
Qualquer tipo de energia que se propaga pelo espaço pode ser chamada de irradiação. A irradiação 
pode ser eletromagnética ou mecânica. O processo da irradiação mecânica ocorre pela doação de 
energia de uma fonte para as moléculas de um meio elástico que aceite essas vibrações. Ao receber 
a energia, as moléculas do meio aumentam seu estado vibratório, fazendo com que a energia se 
propague pelo espaço, gerando uma irradiação mecânica.
O processo de irradiação eletromagnética é produzido por dois campos de força: o campo 
elétrico e o campo magnético. Ambos vibram simultaneamente em sua própria direção e formam 
uma energia que se propaga na direção perpendicular à do plano. Essa vibração simultânea gera uma 
onda eletromagnética que será transmitida a outro corpo – a energia que se propaga é uma irradiação 
eletromagnética. Dependendo da frequência de propagação da irradiação eletromagnética, ela 
recebe uma denominação diferente (PEREIRA, 2014).
Evaporação
A movimentação das moléculas causada pelo aumento de temperatura é capaz de vencer a tensão 
superficial das substâncias e atingir o processo de evaporação. Temos como exemplo o aparelho de vapor 
de ozônio, que recebe água em seu reservatório e é submetido à elevação de temperatura, apresentando 
como resultado final o processo de evaporação, com a liberação do vapor na área de tratamento.
Conversão
Outra forma de transferência de calor é dada pela conversão, que ocorre quando se converte energia 
elétrica em energia térmica, como é o caso de aparelhos utilizados na estética, como o infravermelho e 
o de alta frequência, que promovem o aumento da temperatura local pela conversão de temperatura.
26
Unidade I
As diversas ondas eletromagnéticas formam o espectro eletromagnético. De acordo com 
o comprimento de onda, são observados (figura a seguir) um tipo de energia e uma resposta 
fisiológica diferente.
10
kHz MHz GHz
Radiação não ionizante
Micro-ondas
102 104 106 108 1010 1012 1014 1016 1018
Fr
eq
uê
nc
ia
 
ex
tr
em
am
en
te
 
ba
ix
a 
(E
LF
)
Fr
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On
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sí
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Ra
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ul
tr
av
io
le
nt
a
Figura 17 – Espectro eletromagnético
 Observação
No espectro eletromagnético, encontra-se a radiação ultravioleta 
(UVA, UVB e UVC). As radiações podem provocar diversas respostas na pele 
humana, como o favorecimento da síntese da vitamina D, o envelhecimento 
precoce, queimaduras e câncer de pele.
2.2 Princípio da termorregulação
Termorregulação é a capacidade que o organismo humano tem de equilibrar a temperatura corporal 
independentemente do meio ambiente. Para que esse controle seja realizado, o organismo promove 
respostas biológicas imediatas às necessidades de ajuste ao frio ou ao calor, favorecendo um equilíbrio 
dinâmico entre fatores que acrescentam e subtraem calor corporal.
27
RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
O organismo se aquece quando ganhamos energia em forma de calor, como em reações metabólicas, 
exposição à radiação solar, condução de energia em forma de calor, tratamentos que fazem uso da 
manta térmica, do lençol mayler, da radiação infravermelha, do equipamento de ultrassom, do aparelho 
de radiofrequência etc.
O centro controlador de temperatura do corpo humano é o hipotálamo (figura a seguir), localizado 
no eixo central do encéfalo. Além da temperatura, o hipotálamo é responsável pelo controle da fome, 
da sede e dos ciclos circadianos.
Hipófise anterior
Hipófise posterior
Tálamo
Hipotálamo
Infundíbulo
Figura 18 – Hipotálamo: centro controlador de temperatura
Os neurônios, por sua vez, agem como uma espécie de termostato, encaminhando as informações 
ao hipotálamo para que ele produza os mecanismos de reações químicas ao calor e ao frio. Observe, 
na figura a seguir, um esquema que simplifica as respostas do organismo humano à mudança 
de temperatura.
Aumento da temperatura
↓
Impulsos enviados ao hipotálamo
↓
Vasodilatação periférica
↓
Relaxamento da musculatura corporal
↓
Mecanismo de defesa ativado para manutenção 
da temperatura = maior retenção hídrica
Figura 19 – Esquematização de alterações no aumento de temperatura
28
Unidade I
 Lembrete
O calor é uma forma de energia que acelera todas as reações químicas do 
organismo, estimula as reações enzimáticas, potencializa a síntese proteica 
e a atividade metabólica, além de provocar alterações na permeabilidade da 
membrana celular, fator muito importante para a estética, principalmente 
quando o objetivo é a permeação de princípios ativos.
Conheça os efeitos fisiológicos do calor:
• Aumento do fluxo sanguíneo.
• Aumento da permeabilidade capilar superficial.
• Aumento da oxigenação e nutrição dos tecidos.
• Melhora na absorção e reabsorção de líquidos e substâncias intersticiais, como toxinas, que 
serão absorvidas pelos capilares linfáticos com maior facilidade, devido à ocorrência de 
vasodilatação periférica.
• Aumento do metabolismo celular.
• Melhora do trofismo.
• Aumento do consumo de oxigênio pelos tecidos.
• Aumento da permeabilidade de princípios ativos cosméticos através da pele.
• Analgesia.
• Relaxamento muscular.
A redução da temperatura corporal ocorre em resposta ao resfriamento, podendo ser realizada 
de forma localizada ou sistêmica. Quando o tecido é submetido ao frio, ocorre imediatamente uma 
vasoconstrição periférica. Podemos observar na figura a seguir os mecanismos desencadeados pelo 
hipotálamo quando o corpo humano é exposto a uma queda de temperatura.
29
RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
Hipotálamo
Hipotálamo
Desencadeira 
respostas: 
vasodilatação
sudorese
Hipotálamo
Desencadeira 
respostas: 
vasodilatação, 
piloereção e 
tremores
Responde a alterações da 
temperatura corporal
Figura 20 – Resposta do hipotálamo às alterações de temperatura
Na estética, utilizamos o frio para gerar reações de defesa, ativando o metabolismo energético e 
o maior consumo de energia, o que resulta em diminuição da célula adiposa, como o equipamento 
de criofrequência e criolipólise. Observe, na figura a seguir, o esquema das alterações observadas na 
diminuição de temperatura.
Diminuição da temperatura↓
Impulsos enviados ao hipotálamo
↓
Vasoconstrição e perda de calor para o meio
↓
Ativação dos músculos esqueléticos 
e eretores do pelo
↓
Aumento da temperatura corporal
Figura 21 – Esquematização de alterações na diminuição de temperatura
A utilização do frio e do calor nos protocolos estéticos apresenta resultados satisfatórios, como 
a melhora do contorno corporal. A escolha pelo resfriamento ou aquecimento nos clientes é muito 
individual, já que existem pessoas que respondem melhor aos efeitos do calor, enquanto outras 
respondem melhor aos efeitos do frio. Durante a avaliação, é possível definir qual procedimento deve 
ser aplicado no cliente para alcançar os melhores resultados.
30
Unidade I
 Resumo
Nesta unidade, foram abordados temas de muita relevância na estética, 
como o uso da eletricidade de forma terapêutica, uma vez que produz 
diversos efeitos sobre os tecidos cutâneos. Para isso, vimos que é necessário 
conhecer o mecanismo de ação dos recursos tecnológicos aplicados aos 
protocolos estéticos e a resposta fisiológica do organismo a um determinado 
estímulo elétrico.
O estudo da eletroterapia tem como base o conhecimento do sistema 
internacional de medidas (SI) e isso é importante porque influencia 
diretamente na quantidade e na profundidade de absorção da energia 
gerada pelas correntes elétricas. Cada corrente elétrica apresenta 
característica e resposta fisiológica específicas, podendo ser classificada em 
corrente contínua, corrente alternada e corrente pulsada.
Entendemos o que é a termorregulação humana, controlada pelo centro 
regulador de temperatura: o hipotálamo. Ele é responsável por desencadear 
mecanismos de defesa para aumentar ou diminuir a temperatura do 
indivíduo de acordo com a necessidade.
Essas alterações de temperatura podem trazer benefícios nos tratamentos 
estéticos, como veremos nas próximas unidades, nos equipamentos de 
criolipólise e infravermelho, por exemplo, que apresentam resultados nos 
quadros de fibro edema geloide (FEG) e lipodistrofia localizada.
Os recursos tecnológicos são utilizados em larga escala em consultórios 
e clínicas de estética, e isso leva à obrigatoriedade de total domínio das 
bases físicas dos equipamentos, da modulação do aparelho, da forma 
de uso e do modo de aplicação. A mesma importância tem o estudo das 
indicações e contraindicações e das respostas fisiológicas desencadeadas 
por essas tecnologias.
Apenas com esses conhecimentos podemos alcançar os resultados 
terapêuticos esperados, sem causar danos aos tecidos cutâneos.
31
RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
 Exercícios
Questão 1. No que se refere às variáveis físicas, leia as definições apresentadas no quadro a seguir.
Quadro 3 – Definições das variáveis físicas
Número Definição
1
É definida pelo número de repetições dos pulsos elétricos produzidos em um segundo. 
Sua unidade de medida é hertz (Hz).
2
É a capacidade de oposição à passagem da corrente elétrica, ou seja, sua ação gera 
dificuldade ou oposição para os elétrons percorrerem um condutor.
3
É uma propriedade física representada pela presença de cargas, que podem ser prótons 
(cargas positivas) ou elétrons (cargas negativas).
4
É a forma de mensurar a velocidade de fornecimento dos elétrons ou o fluxo de uma 
corrente elétrica; determina valores entre os pulsos no seu pico máximo.
5
É a tendência que uma carga elétrica tem de ir de um ponto a outro, devido à diferença 
de potencial elétrico entre eles, seja pela falta ou pelo excesso de elétrons. Sua unidade de 
medida é o volt (V).
As indicações número 1, número 2, número 3, número 4 e número 5, presentes no quadro apresentado, 
referem-se, respectivamente, aos termos:
A) Frequência, resistência, carga elétrica, amplitude de pulso e voltagem.
B) Capacitância, frequência, impedância, resistência, pulsação e eletricidade.
C) Carga elétrica, capacitação, voltagem, fluxo da corrente elétrica e carga elétrica.
D) Frequência, capacitância, pulsação, amplitude de pulso e voltagem.
E) Pulsos elétricos, resistência, voltagem, impedância e corrente elétrica.
Resposta correta: alternativa A.
Análise da questão
As indicações número 1, número 2, número 3, número 4 e número 5 estão especificadas no quadro 
a seguir.
32
Unidade I
Quadro 4 – Definições das variáveis físicas
Número Definição
Frequência
É definida pelo número de repetições dos pulsos elétricos produzidos em um 
segundo. Sua unidade de medida é hertz (Hz).
Resistência
É a capacidade de oposição à passagem da corrente elétrica, ou seja, sua ação gera 
dificuldade ou oposição para os elétrons percorrerem um condutor.
Carga elétrica
É uma propriedade física representada pela presença de cargas, sejam elas prótons 
(cargas positivas) ou elétrons (cargas negativas).
Amplitude de pulso
É a forma de mensurar a velocidade de fornecimento dos elétrons ou o fluxo de uma 
corrente elétrica; ela determina valores entres os pulsos no seu pico máximo.
Voltagem
É a tendência que uma carga elétrica tem de ir de um ponto a outro, devido à 
diferença de potencial elétrico entre dois pontos, seja pela falta ou pelo excesso de 
elétrons. Sua unidade de medida é o volt (V).
Questão 2. A termoterapia, ou seja, a aplicação de uma terapia no corpo humano com o objetivo 
de aumentar ou reduzir a temperatura dos tecidos corporais é amplamente utilizada em diferentes 
áreas da saúde. A terapia pelo calor estimula as reações químicas e enzimáticas que ocorrem no 
organismo humano, além de potencializar a síntese proteica e as atividades metabólicas. Para a estética, 
a termoterapia com a aplicação de calor tópico é indicada para o tratamento da celulite, a redução do 
peso e a modelação corporal. Nesse sentido, é importante que o profissional tenha conhecimento acerca 
dos efeitos fisiológicos dessa terapia no organismo humano.
Com relação a essa temática, avalie as afirmativas a seguir.
I – O calor tópico provoca o aumento do fluxo sanguíneo local, da permeabilidade capilar superficial 
e da oxigenação e da nutrição dos tecidos.
II – As melhoras do trofismo e da permeabilidade dos princípios ativos cosméticos pela pele são 
efeitos desejados da aplicação do calor local.
III – Caso haja analgesia local e relaxamento muscular, a aplicação da terapia deve ser suspensa pelo 
profissional em função dos riscos associados.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa D.
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RECURSOS TECNOLÓGICOS APLICADOS ÀS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: o calor tópico causa vasodilatação local, o que aumenta o fluxo sanguíneo para a 
região e favorece a permeabilidade capilar superficial.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: a termoterapia realizada por meio da aplicação de calor resulta no aumento das trocas 
metabólicas, o que favorece a absorção de produtos cosméticos pelo tecido cutâneo.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a analgesia e o relaxamento muscular são efeitos esperados da aplicação tópica de calor.

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