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1 2 SUMÁRIO AMBIENTES COMERCIAIS.......................................................................................3 TIPOS DE ACABAMENTO PARA PISO.........................................................................11 TIPOS DE ACABAMENTO PARA PAREDES.........................................................18 CORTINAS E PERSIANAS......................................................................................20 TAPETES.................................................................................................................27 VARANDA................................................................................................................31 MARCENARIA E DESIGN DE INTERIORES...........................................................36 DIFERENCIAIS DA MARCENARIA EM PROJETOS DE ARQUITETURA.............38 DESIGN DE INTERIORES E SUSTENTABILIDADE...............................................51 ESCALA DE PROJETOS.........................................................................................53 TIPOS DE PROJETO...............................................................................................56 VISTAS, TIPOS DE LINHAS E DESENHO TÉCNICO............................................59 SOFTWARES MAIS UTILIZADOS..........................................................................60 PRINCIPAIS TERMOS............................................................................................71 REFERÊNCIAS........................................................................................................86 3 AMBIENTES COMERCIAIS Plantas e um pouquinho de vida Colocar algumas plantas, independente do espaço que você possui, é sempre uma ótima forma de acrescentar cor e vida ao escritório. Existem plantas perfeitas para escritório, como as suculentas, que precisam de pouco cuidado para sobreviver e são de fácil manutenção. Alguns outros tipos de plantas que se adaptam bem ao ambiente de escritório são mini-cactos, bonsais, violetas de diversas cores e ervas aromáticas, caso você possua uma cozinha ou copa. Arte faz parte Peças de arte, quadros ou esculturas dão um ar mais sofisticado para o seu ambiente e ajudam a compor a sua decoração. E não precisa ser nada muito caro. É só ter paciência e encontrar alguma coisa bem legal. É importante que a sua escolha para as obras de arte seja consistente com a imagem profissional que você quer passar. Não vale colocar o quadro que seu filho pintou ainda no Ensino Infantil, por exemplo. 4 Iluminação Sempre que possível, faça uso da luz natural, mas assegure-se de que ninguém vá receber o sol do meio-dia direto na cara. Caso seja necessário o uso de luz artificial, as lâmpadas fluorescentes são uma opção menos impactante para o meio ambiente, além de consumir menos energia que as lâmpadas convencionais. Não necessariamente são a melhor opção, pois cada tipo de lâmpada possui um Índice de Reprodução de Cor (IRC), que define o nível a fidelidade da cor exposta (cor da parede, móveis, obras de arte, e afins) à iluminação. É preciso assegurar que a iluminação seja adequada ao ambiente de trabalho. Existe algo chamado de laudo de luminância que é um estudo realizado para avaliar se a iluminação não causará nenhum impacto na sua saúde ou na saúde dos funcionários. Iluminação em excesso pode ser tão prejudicial quanto a falta dela. Tratamento para as janelas Ao invés de optar por cortinas, escolha persianas. Elas permitem que você controle a quantidade de luz que entra, além de esconder possíveis vistas indesejáveis, como a parte de trás de um prédio, um outdoor e por aí vai. 5 Escolha da mobília A escolha da mobília é um dos pontos principais para a decoração do seu espaço comercial. A mobília certa é um cruzamento entre design, tamanho do espaço e usabilidade. Com relação ao design, é importante que o mobiliário reflita a imagem que você quer passar no seu escritório. Pode ser algo mais descontraído ou formal e sóbrio, de acordo com o seu negócio e a proposta que ele quer oferecer. Se o espaço for muito pequeno, o uso da mobília não pode ser exagerado. Um escritório que não recebe muitos visitantes não precisa se preocupar tanto com espaço para trânsito de pessoas. A mobília deve também estar disposta de maneira que os usuários tenham acesso fácil aos itens de maior uso como computadores, impressoras, máquinas de xerox e arquivos, por exemplo. Cores Cores são capazes de mexer com as nossas percepções, trazendo sensações diferentes dependendo da maneira como são empregadas no ambiente. Existe um vasto estudo no campo da psicologia sob a influência das cores no comportamento humano. Portanto, a escolha certa das cores dirá muito sobre a 6 impressão que você quer passar para os seus funcionários e visitantes. Uma combinação de cores frias e vibrantes é sempre interessante. O importante é jogar com elas e, na dúvida, recorrer à orientação profissional para não errar a mão. O branco é geralmente a cor mais adotada em escritórios e espaços comerciais por ser uma cor impessoal e que gera luminosidade ao ser combinado com outros tons. Além disso, com o uso do branco, o emprego de objetos em outras cores, dá um contraste interessante e chamativo. A pedra Nano Prime é bastante utilizada na decoração de espaços comerciais na confecção de bancadas, pisos e balcões. Por possuir um branco puro e brilhante, ela se encaixa perfeitamente com o exemplo acima e é uma excelente opção para a decoração do seu espaço comercial. Ambiente de trabalho em equipe Para cada ramo de atividade e perfil de clientes, um ambiente diferente pode ser mais ou menos produtivo no escritório. Seja na decoração da recepção, na decoração da sala de reunião ou na decoração de um escritório empresarial qualquer de sua empresa, o trabalho em equipe precisa ser valorizado. Uma empresa muito conceituada de consultoria corporativa ou um escritório de direito, por exemplo, podem preferir um ambiente bem sério, mas sem deixar de permitir alguma interação entre as equipes. Nesse caso, divisórias de vidro em estilo clássico, mas com um toque moderno, podem garantir alguma privacidade, sem inibir totalmente a interação da equipe. 7 Já uma startup de tecnologia que lida com clientes com um perfil mais tecnológico e descolado – em que seus vendedores e consultores têm ―um papo‖ de igual para igual com os clientes buscando as melhores soluções para o negócio – a equipe pode se sentir mais a vontade em um ambiente totalmente integrado e descontraído. Nesse tipo de empresa, aliás, são famosas as salas de descompressão, com mesas de pebolim e pufes coloridos. Salas de reunião Aquele brainstorming cheio de ideias, ―risos e gargalhadas‖ ou uma troca muito séria de pareceres e dados técnicos, para construir a proposta de vendas perfeita 8 para aquela grande empresa que produz bens e capital de altíssimo valor. A ―cara‖ da sua sala de reunião vai ajudar a manter a postura que você precisa de seus colaboradores e, da mesma forma, se for usada para fazer apresentações aos clientes, deve passar o posicionamento certo para eles. Decoração da recepção Impressionar o cliente que chega para uma reunião em sua empresa é fundamental. A proposta aqui é diferente da decoração do escritório de vendas. Há uma história de que quando foi feito o planejamento urbano de Washington, capital dos Estados Unidos, o objetivo era esse: impressionar os visitantes estrangeiros e mostrar que estavam chegando para conversar com o líder de uma 9 grande nação. A seguir, a abordagem de decoração de uma empresa de tecnologia, que mostra grandiosidade sem deixar de passar também modernidade e arrojo. Já em umaempresa que precisa passar total confiabilidade e tradição, o ambiente da recepção é bastante sóbrio e clássico, mas com um toque contemporâneo. Por outro lado, quem trabalha com inovação e criatividade pode optar por espaços amplos, móveis arrojados e muita cor. 10 Como decorar uma sala de descompressão Muito usada para deixar seus vendedores se relacionarem e manterem um companheirismo saudável, as salas de convivência substituem o apertado bate- papo no cafezinho. Ajudam não apenas a espairecer do stress do dia a dia, mas até mesmo a pedir sugestões ou trocar novas ideias de trabalho em um ambiente mais descontraído: 11 Pode parecer um mero detalhe, mas a decoração do ambiente de trabalho e de escritórios de vendas pode fazer toda diferença na produtividade da equipe e na impressão que sua empresa passa a um cliente que a visita. TIPOS DE ACABAMENTO PARA PISO Cerâmicas As cerâmicas são o tipo de piso mais conhecido e usado no Brasil. São encontradas de vários tamanhos (desde 20x30, 40x40, 60x60, 80x80, 100x100), texturas, qualidades e preços. Podem ser utilizadas em áreas internas e externas. A escolha para o tipo de ambiente é feita de acordo com o seu PEI –Resistência à Abrasão. 12 Porcelanatos O Porcelanato é produzido em massa única já na sua coloração e com matérias- primas nobres. Pode ser semi-polido, polido e peça rústica. Também há os porcelanatos esmaltados e os porcelanatos digitais polidos com a mais alta qualidade e com várias texturas, principalmente imitando madeiras, mármores e granitos. Laminado de madeira Esse piso tem esse nome porque são constituídos de lâminas de madeira. É um tipo de piso flutuante porque não é colado no contrapiso. São sustentáveis por serem de madeira reflorestada. 13 Granito O granito é uma pedra muito indicada para pisos devido a sua beleza, resistência e durabilidade. São utilizados desde residências até em locais com grande movimentação de pessoas como shoppings, supermercados, aeroportos, etc. Possuem várias tonalidades e quanto mais raro mais caro. Os granitos mais conhecidos são o Cinza Corumbá, Cinza Andorinha, Preto São Gabriel, Verde Ubatuba, Branco Itaúna. Mármore O mármore também é uma rocha metamórfica, composta principalmente por minerais de calcita com colaração mais uniforme e formação de veios definidos. É indicado para utilização em ambientes internos apenas. O Brasil produz pouco mármore, por isso tem um custo elevado. 14 Silestone Silestone é um material composto por grande quantidade de quartzo, outros minerais em menor escala, resina de poliéster e pigmentos. Com porosidade nula, possui várias texturas e um custo muito elevado. Piso Vinílico É um piso produzido com resina de PVC, com estampas que imitam madeiras e formatos de réguas com dimensões que variam de um fabricante para o outro, mas geralmente tem dimensões de 15cm x 90cm, 20cm x 120cm, em média. São indicados para áreas internas de menor tráfego. Alguns fabricantes têm pisos para áreas internas de alto tráfego (como academias). 15 Tábua Corrida Em madeira natural de lei, geralmente extraída da Amazônia. Conferem muita beleza e conforto, mas não são sustentáveis. A tábua corrida após instalada necessita ser raspada e sintecada (verniz que dá o brilho). Tacão Os tacos foram sucesso nos anos 1960 a 1980. Atualmente são utilizados em ambientes mais específicos e possuem custo elevado. Assim como a tábua corrida, necessitam de raspar e sintecar. As madeiras mais comuns para tacão são a grápia, cumaru e ipê. 16 Lajota ou Ladrilho Hidráulico Revestimento de muito sucesso no século XIX, principalmente os ladrilhos europeus. Hoje, estão de volta a moda, mas têm um custo muito elevado se comparado com as cerâmicas e porcelanatos. São a base de cimento e tem produção artesanal. Ardósia Piso em pedra ardósia foi largamente utilizado nos anos 1980 devido a sua durabilidade e baixo custo. Podem ser utilizadas em pisos internos e áreas externas. É um piso muito escorregadio quando molhado. 17 Cimento Queimado Solução de baixo custo para pisos e quando bem feita confere ótimo acabamento. Indicado tanto para áreas internas quanto para áreas externas. Muito utilizado em bares, boates e galpões industriais. O cimento queimado foi muito utilizado no passado juntamente com ceras coloridas conhecidas como Vermelhão, Amarelão, etc. Pedra Portuguesa Muito utilizadas em calçadas, a pedra portuguesa mais famosa do mundo é o calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro. A execução do trabalho é bastante demorada porque cada pedra é assentada uma a uma. 18 Pedra São Tomé Com vários outros nomes pelo Brasil afora, a Pedra São Tomé é o piso mais utilizado ao redor das piscinas. São vendidas em regulares 30x30cm e irregulares (retalhos). Granitina A granitina é uma massa de cimento misturada com pequenas pedrinhas de granito aplicadas no piso. Após a cura do piso, é polida com discos diamantados que conferem uma superfície lisa e brilhante. O piso em granitina é muito utilizado em áreas internas e externas de clubes, escolas, aeroportos. TIPOS DE ACABAMENTO PARA PAREDES Ladrilhos hidráulicos 19 O ladrilho hidráulico existe há muito anos, mas, de uns tempos para cá, este tipo de revestimento virou tendência. O resultado não poderia ser outro: mais gente procurando e mais opções para se encantar. A principal característica do ladrilho hidráulico são os desenhos e ornamentos que o tornam um revestimento ideal para quem gosta de um decor mais retrô. Normalmente, estes ladrilhos são usados, sobretudo em cozinhas, próximos às bancadas. No entanto, eles podem ultrapassar esta linha e invadir cômodos como varanda e banheiro. Algumas vezes, eles podem até estar no chão de tão versáteis que são. Porcelanato O porcelanato é um revestimento encantador. Disponível em várias cores, este tipo de peça tem por característica a alta resistência e a uniformidade no assentamento. Outro detalhe, ele pode ser esmaltado – o que garante um alto brilho – ou técnico – que é fosco e mais resistente a manchas. Normalmente, ele é utilizado no chão, mas, graças as texturas disponíveis, você consegue transformar o espaço todo. 20 Pastilhas Delicadas, as pastilhas nunca saem de moda e garantem lindas composições graças aos diferentes modelos e matérias-primas disponíveis. Muito utilizadas em banheiros e cozinhas, a ideia, de maneira geral, é fazer com que este revestimento apareça no espaço e se integre ao decor de uma forma completa. Com inspiração, você pode fazer uma parede inteira revestida com pastilhas ou então optar pelas faixas horizontais que separam azulejos. E hoje em dia, graças as pastilhas texturizadas, elas podem estar também em cômodos como quarto e sala. Madeira ou revestimentos que imitam madeira A madeira é uma matéria-prima muito versátil – com ela, você faz móveis e mesmo uma casa inteira. Na decoração, ela também pode se tornar um tipo de revestimento de parede, ideal para quem gosta de dar um ar natural para casa, dentro de um estilo mais rústico. CORTINAS E PERSIANAS Cortinas e persianas têm uma função muito importante no ambiente: decorar e controlar a luminosidade. Elas podem transformar a decoração de um ambiente. Por 21 mais que ele esteja perfeitamente decorado, estes itens podem estragar tudo se mal escolhidos. São itens muito importantes para dar um toque especial na decoração mesmo que não sejam necessárias. Persianas Existem as persianas horizontais e as verticais. Podem ser em PVC, alumínio, tecido ou madeira e são mais indicadas para cozinhas, áreas de serviços ou escritórios, poissão ambientes de trabalho. Ocupam menos espaço e por isso podem ser colocadas em qualquer janela. As persianas horizontais, que são recolhidas para cima, possuem a desvantagem de que, para abrirmos a cortina, não temos a opção de deixar apenas um pedaço aberto na lateral da janela. Temos que abri-la totalmente para termos visibilidade total do lado de fora 22 Cortinas Cortinas, hoje, não são consideradas apenas aquelas tradicionais de tecido. Existem modelos diversos, semelhantes também às persianas na aparência e no controle de luminosidade. Cortinas tradicionais Elas podem ser usadas em praticamente todos os ambientes, dependendo do gosto de cada pessoa. Indicam-se principalmente para os quartos, já que fazem com que o ambiente fique mais aconchegante e confortável. Dão um aspecto mais romântico aos ambientes e também podem os deixar mais luxuosos. A desvantagem é que são mais pesadas, dependendo do tecido usado, e isso dificulta um pouco na hora de manuseá-la. Podem desbotar com o tempo de exposição ao sol na janela, pegam mais pó e são mais difíceis de limpar ou lavar. Ocupam mais espaço no ambiente. Nos quartos, use um forro mais grosso ou blackout e nos outros ambientes um tecido mais leve e translúcido. Se o ―pé direito‖ (distância entre o pavimento e o teto) do ambiente for baixo, deve- se sempre usar cortinas do chão ao teto, isso faz com que a altura do ambiente pareça maior. Cortinas até o chão ficam muito mais bonitas e mais imponentes e deixam a decoração muito melhor. O legal é fazer a cortina bem maior que a largura da janela, isso amplia mais o ambiente. Caso haja alguma coisa embaixo da janela, que impeça a cortina de ir até o chão, procure deixá-la num tamanho que não atrapalhe. 23 Cortina Rolô Possui várias opções de tecido, permitindo escurecimento, visibilidade, luminosidade e privacidade. São recolhidas em um tubo superior. Cortina Romana Com variedade de tecidos, é dividida em faixas de tecidos que são recolhidos sobrepondo-se um ao outro. 24 Cortinas Celular e Plissada Com estilo sanfonado. 25 Painéis Painéis que abrem lateralmente. Cortinas que abrem e fecham suas lâminas para entrar ou não luminosidade 26 Cortinas com lâminas e tecidos que ficam parecidas com as cortinas tradicionais Enfim, os modelos de cortinas são diversos e você pode escolher o que mais agrade para compor a decoração do ambiente. Nenhuma escolha será errada, terão apenas aquelas que mais se adaptarão de acordo com a funcionalidade de cada ambiente. Manutenção Cortinas: devem ser lavadas pelo menos uma vez por ano e sua manutenção pode ser feita através do aspirador de pó uma vez por mês ou quinzenalmente, depende da exposição ao pó. Para lavagem, pode ser colocada na máquina apenas com sabão em pó e deixar secar naturalmente. Se a cortina for muito grande ou de tecido muito delicado deve ser lavada em lojas especializadas. Persianas: deve ser usado espanador de pó diariamente; e semanalmente usar um pano úmido. Se for uma persiana de alumínio ou PVC, a cada seis meses pode ser feita a limpeza com pano úmido e detergente, passando lâmina por lâmina e tirando bem o excesso de detergente, secando bem. Caso seja de outros materiais o ideal é que procure lojas especializadas. 27 TAPETES Projeto da arquiteta Anna Loyola (Foto: Julia Ribeiro) O tapete é um acessório cheio de utilidades: pode dar mais personalidade e aconchego, definir ambientes, melhorar a acústica e a sensação térmica de uma casa, por exemplo. Mas existem alguns segredos para não errar na hora de usá-lo. Tamanho Para definir o tamanho dos tapetes é preciso se basear na medida dos mobiliários e dos cômodos. Quando está sendo usado para definir um ambiente, uma sugestão é de que deve ficar de 15 cm a 20 cm maior que a área que está demarcando. Abaixo do sofá, ele deve entrar cerca de 10 cm, mas se o móvel for encostar na parede, pode ser um pouco mais. No caso de poltronas, é ideal que a peça fique inteira sobre o tapete. Para salas de jantar, é preciso calcular o espaço necessário para manejo da cadeira sem que ela enrosque na peça. 28 Definir ambientes Projeto de Milena Niemeyer (Foto: Raphael Briest) Em espaços conectados, uma tendência dos apartamentos integrados, é possível usar o acessório para demarcar ambientes. Uma peça pode definir a área da sala de jantar enquanto outra determina o estar, por exemplo. Como combinar Para coordenar os tapetes em ambientes integrados, é mais indicado que uma peça tenha mais personalidade, enquanto a outra siga um estilo mais neutro. Vale lembrar que os tapetes podem funcionar como uma base neutra para a decoração ou como ponto focal. 29 Sobreposição Sobrepor duas peças pode criar um visual diferente e a escolha delas depende muito do estilo da decoração e dos moradores. É uma tendência utilizada desde os tempos do carpete, quando o tapete vinha por cima. Não há muitas regras, mas para acertar, aposte em uma peça mais básica, de tom mais neutro ou fibra natural, e ouse no tapete que vai por cima. Peludos Opte por usar em áreas íntimas, como quarto ou sala de TV. Em espaços de alto tráfego os tapetes peludos não são indicados, pois retém muito pó e se deterioram mais rapidamente. Redondo Eles são mais difíceis de usar, já que não é fácil distribuir os móveis sobre tapetes redondos – o ideal é que ele englobe todo o mobiliário. Em espaços enxutos, vale combinar pequenas peças sem a necessidade de estarem centralizadas, criando um conceito com os acessórios. 30 Na parede Ambiente criado pela marca HKliving (Foto: Divulgação) A tapeçaria na parede virou sucesso absoluto nas redes sociais e nas feiras de design manual, e é a aposta máxima para decorar a casa, resgatando o ancestral de diferentes formas e estilos. É ideal para quem quer dar um toque mais artesanal ao décor. Pets Projeto do escritório TEJ Interiores (Foto: Renato Navarro) 31 Quem tem pet em casa deve se preocupar com a limpeza dos tapetes. Por isso, vale investir em peças mais resistentes e sintéticas, que possam ser molhadas. Sem escorregar Para deixar o tapete fixo ao chão e evitar acidentes, vale colocar um feltro embaixo ou forros que melhoram a aderência da peça ao chão. Há também fitas dupla-face especiais para tecidos que podem ser muito úteis em ambientes de alto tráfego. Cuidados A indicação dos profissionais é que os tapetes sejam levados em lugares especializados para limpeza. Mas é importante fazer a manutenção com certa regularidade, a cada seis meses ou um ano, para que a sujeira não impregne. VARANDA Ela pode ser transformada em um espaço de convivência, de relaxamento, um lugar para ler, descansar ou tomar um café com alguém, por exemplo. Algo importante a se fazer para tornar a varanda em um espaço mais funcional é fechá-la com vidro para que não tenha o risco de molhá-la com a chuva ou que tenha muita incidência de vento enquanto se está ali. Alguns condomínios de apartamentos não permitem isso, então na hora de decorar deve-se pensar em algo que não tenha interferência pelo vento ou pela chuva. Pode-se pensar na varanda como um espaço mais zen, de relaxamento e descanso e, para isso, pode-se optar por uma rede, um banco suspenso, um balanço. Quando a varanda é aberta, onde pode molhar com a chuva, é preciso pensar muito bem em que tipo de móveis serão colocados. Deve-se sempre colocar móveis próprios para áreas externas com tecidos impermeáveis. 32 Mude o piso, coloque um deck de madeira, isso já vai transformar o espaço consideravelmente. Você também pode revestir uma das paredes com deck, treliças ou vasos de madeira para algumasplantinhas. 33 Quer um espaço para tomar um café da manhã, um chá ou um refresco com uma pessoa especial? Transforme a varanda em um espaço de convivência, com uma mesinha e cadeiras ou banquetas. 34 Se o espaço é pequeno demais para colocar móveis e ser utilizado pelas pessoas que moram no apartamento, você pode decorá-lo e deixá-lo lindo e agradável trazendo harmonia e conforto visual para dentro da sua casa. Para isso coloque deck, pedrinhas, plantas em vasos bonitos e imponentes. Aplique algum material diferente em uma das paredes ou faça um jardim vertical, por exemplo. As plantas transformam o ambiente e passam tranquilidade. Essa opção é ótima para as varandas que ficam abertas, que pegam vento e chuva. 35 36 MARCENARIA E DESIGN DE INTERIORES Quando pensadas em conjunto, marcenaria e arquitetura rendem parcerias de grande sucesso, nas quais todos os envolvidos saem ganhando. Embora seja possível desenvolver excelentes projetos contando apenas com a própria expertise, geralmente, profissionais de destaque têm em comum a habilidade de estabelecer boas conexões. No entanto, para acertar na parceria, é preciso cuidar de alguns aspectos. Desenvolver um entendimento profundo das atribuições e, principalmente, da importância do trabalho desenvolvido pelo marceneiro para o sucesso do projeto arquitetônico é fundamental para estabelecer uma parceria produtiva para as duas partes. Quem faz o que na parceria entre marcenaria e arquitetura O primeiro passo para uma parceria de sucesso entre marcenaria e arquitetura é entender com clareza os limites e atribuições de cada profissional dentro do projeto. É importante compreender que embora os trabalhos estejam intimamente relacionados, eles não são, sob nenhum aspecto, concorrentes e precisam estar bem alinhados. Projeto de marcenaria e arquitetura (Foto: reprodução site Casa e Jardim) Arquiteto É o responsável por sugerir soluções para ambientes internos e externos levando em consideração aspectos como ergonomia, luminotécnica, conforto térmico e acústico. Trata-se de um profissional com formação de nível superior cujo objetivo 37 é organizar espaços para torná-los mais harmônicos e funcionais, sempre buscando a melhor relação custo x benefício para seus clientes. Designer de interiores Trata-se de um profissional de formação técnica ou superior, que tem como objetivo principal organizar ambientes internos, residenciais ou corporativos, levando em consideração, especialmente, elementos estéticos, de proporção e cores. Geralmente trabalha em conjunto com um arquiteto. Marceneiro Trata-se de um profissional com amplo conhecimento técnico e prático sobre madeiras, acessórios, ferragens e processos construtivos que o habilitam a executar o projeto apresentado pelos arquitetos e designers de interiores. É responsabilidade do marceneiro sugerir os melhores materiais e técnicas para viabilizar as soluções propostas por esses profissionais, considerando os custos e prazos fixados por eles. Em geral, os marceneiros não possuem formação superior e seu conhecimento é adquirido tanto por meio da observação de profissionais mais experientes, quanto pela prática profissional. A marcenaria como mobiliário (Foto: reprodução Mariskabloem) O trabalho conjunto desses três profissionais resulta em projetos de sucesso, pois se complementam, possibilitando mais harmonia entre questões estéticas e funcionais, priorizadas, respectivamente, pelo designer de interiores e pelo arquiteto, e técnicas, de atribuição do marceneiro. Com isso, saem ganhando o cliente, que recebe um projeto alinhado, com alta 38 durabilidade e baixo risco de desperdício de materiais, e também os profissionais, que entregam um trabalho completo, de alta qualidade. DIFERENCIAIS DA MARCENARIA EM PROJETOS DE ARQUITETURA Qualidade Em geral, projetos realizados por marceneiros apresentam melhor acabamento e maior durabilidade do que móveis comprados prontos, já que se trata de um trabalho artesanal. Segurança Ao trabalhar com um especialista, o arquiteto tem a certeza de entregar ao seu cliente um trabalho de qualidade, desenvolvido segundo as melhores técnicas, respeitando o uso adequado de materiais para cada finalidade. Flexibilidade Ao estabelecer parcerias com marceneiros, o arquiteto tem mais flexibilidade nos quesitos preço e condições de pagamento do que ao negociar com grandes empresas moveleiras. Personalização Como o trabalho de marcenaria é artesanal, o arquiteto tem mais liberdade para definir detalhes como cores, medidas, acabamentos e outros detalhes, o que não acontece nos projetos que incluem móveis pré-fabricados. Além disso, também é possível atender necessidades específicas do cliente, personalizando prateleiras, divisões internas de armários, divisórias de ambientes e outros itens específicos de cada projeto. Custo x Benefício Além da alta durabilidade, o projeto feito por um marceneiro pode ser de 30% a 50% mais barato do que o realizado por lojas de móveis pré-fabricados. Valorização Ao optar por um projeto sob medida, realizado por um marceneiro, o profissional pode valorizar cada ambiente, já que o mobiliário, acessórios e demais adornos se ajustam exatamente às particularidades do projeto. 39 Combinação de materiais (Foto: reprodução Webandi) Materiais utilizados na marcenaria e arquitetura Para poder realizar parcerias produtivas entre marcenaria e arquitetura, é importante conhecer um pouco melhor o trabalho desenvolvido por esses profissionais, especialmente no que diz respeito aos materiais utilizados por eles. Madeiras A escolha da madeira para um projeto de marcenaria e arquitetura deve levar em consideração uma série de fatores, como o tipo de ambiente para o qual o móvel ou item decorativo está sendo projetado, o orçamento do projeto, a quantidade de luz solar e umidade a que ele estará exposto e, claro, às preferências do cliente. Alguns materiais são mais frequentemente utilizados pelos profissionais de marcenaria. Carvalho Americano Madeira bastante rígida que pode ser encontrada em diversas tonalidades, como marrom, bege, castanho e mel. O Carvalho Americano é bastante utilizado na marcenaria e arquitetura para a confecção de móveis, principalmente mesas e cadeiras. No entanto, essa madeira oferece baixa resistência a fungos, cupins e outros insetos. Ela também não resiste às mudanças bruscas de temperatura, razão pela qual deve ser protegida de fontes de calor, como panelas quentes. Cedro De coloração marrom avermelhada, é bastante utilizada na marcenaria e arquitetura 40 para confecção de móveis, já que garante fácil manuseio. Com resistência média a fungos, cupins e outros insetos, o Cedro seca rápido e pode ser facilmente protegido da umidade com a aplicação de verniz ou selantes transparentes. Cumaru Um dos melhores tipos de madeira no que diz respeito à resistência, tanto à umidade quanto ao ataque de cupins, insetos e fungos, a Cumaru tem aspecto rústico e é bastante rígida, o que tona o seu manuseio bastante difícil. Muito utilizada em decks, pergolados, racks e estantes, essa madeira tem coloração clara e oferece alta durabilidade. Goiabão Pesada e de cor amarelada, essa madeira é utilizada em móveis, decorações e tacos. Com textura fina, apresenta baixa resistência ao ataque de cupins e fungos, razão pela qual exige tratamento especial. MDF Sigla para ―Medium Density Fiberboard‖, ou em português ―Placa de Fibra de Média Densidade‖, o MDF é uma espécie de painel de fibras de madeira mescladas com resinas sintéticas e aditivos, coladas umas sobre as outras. O material é bastante utilizado na fabricação de móveis que necessitam de cortes, relevo eentalhamento, com peças arredondadas e contornos. Maleável e ecologicamente correto, o MDF oferece grande variedade de acabamentos e tem média durabilidade. 41 MDP Sigla para ―Medium Density Particleboard‖, ou em português ―Placas de Partículas de Média Densidade‖, o MDP tem aparência similar à madeira maciça, mas é formado pela combinação de partículas de madeira em três camadas, sendo uma mais grossa no meio e duas mais finas nas laterais. Essa combinação confere boa durabilidade e resistência ao material, o que faz com que ele seja bastante utilizado na marcenaria e arquitetura para a construção de móveis com linhas retas e planas, como caixas e nichos, e também elementos sem cortes ou detalhes. Mogno Considerada de boa qualidade, bem resistente ao fungo e outros insetos, o Mogno é uma madeira de fácil manuseio e entalhe. Possui coloração que varia do marrom acobreado ao rosado e é bastante utilizada na confecção de móveis de alto padrão, portas e batentes. Pau-Amarelo O Pau-amarelo resiste bem ao ataque de fungos e insetos. De coloração marfim clara, esse tipo de madeira é bastante utilizado na marcenaria e arquitetura de luxo, em móveis, portas, dormentes, assoalhos e objetos torneados. Peroba Com coloração marrom clara, a Peroba é uma espécie de madeira pesada e de alta durabilidade, bastante utilizada na marcenaria e arquitetura para a confecção de móveis, esquadrias, tacos, peças torneadas e entalhadas. Pinho De coloração amarelada, com superfície lisa e lustrosa, o Pinho possui densidade 42 média e é uma madeira fácil de ser trabalhada. Por isso, ele é bastante utilizado na marcenaria e arquitetura para a fabricação de móveis diversos. Pinus Ecologicamente correto, já que se trata de um material de reflorestamento, o Pinus é resistente, durável e de fácil corte. Com tonalidade clara, é bastante utilizado na marcenaria e arquitetura para a confecção de móveis como racks e prateleiras. Ferragens Tão importante quanto a madeira na confecção do mobiliário, a ferragem ajuda a garantir o funcionamento adequado da estrutura. A qualidade das peças escolhidas é fator fundamental para o resultado final dos móveis, considerando estética e durabilidade. Ferragens de baixa qualidade podem causar problemas como o travamento de gavetas e portas ou provocar falhas em compartimentos internos que podem, inclusive, inviabilizar o uso do mobiliário. Entre as peças mais comuns de ferragens, destacam-se: Sistemas de portas de correr: como o próprio nome diz, é utilizado por quem deseja poupar espaço e evitar as tradicionais portas de abrir e fechar; Fechos: utilizados para proteger móveis específicos, podem ser encontrados em opções com cadeados, chaves, magnéticos ou códigos; Pés: são instalados para sustentar, proteger e, em alguns casos, oferecer mobilidade aos móveis; Corrediças: a ferragem é instalada para facilitar o deslizamento de gavetas e estantes; 43 Dobradiças: a ferragem é utilizada com o objetivo de facilitar a abertura das portas. Acessórios Os acessórios dão o acabamento final aos móveis e, além de funcionais, também têm função estética no projeto. Ainda que à primeira vista possam parecer mero detalhe, acessórios de baixa qualidade ou que não estão em harmonia com os móveis podem acabar comprometendo toda a estética do projeto. Entre os mais comuns, destacam-se: Puxadores; Botões; Trilhos; Alças; Tubos. Soluções da marcenaria na arquitetura Além de conhecer o material de trabalho dos marceneiros, para estabelecer uma parceria produtiva entre marcenaria e arquitetura é importante saber quais são os processos construtivos disponíveis e quais são as soluções da marcenaria na arquitetura. Assim, você pode desenvolver projetos arquitetônicos aproveitando os conhecimentos técnicos desses profissionais. Os processos construtivos da marcenaria podem dar uma roupagem totalmente nova para itens comuns em projetos de arquitetura e interiores. Racks O projeto de rack com TV embutida é funcional, pois além de proporcionar melhor aproveitamento do espaço, também escondeu a fiação, sem deixar de ser um móvel elegante. A madeira em tom mais claro favoreceu a sensação de amplitude no ambiente. 44 Projeto da dupla Joana e Manoela com rack com TV embutida Beliches Solução ideal para espaços pequenos, o beliche conjugada com armário deixou o ambiente organizado e funcional. A cômoda serve de apoio para televisão e oferece mais espaço para guardar roupas, brinquedos e livros. 45 Projeto de Katalin Stammer de quarto com beliche e armário embutido Mesas A mesa de madeira traz o contraste para o branco que predomina no ambiente e marca a divisão entre a cozinha e a sala de jantar, além de acomodar confortavelmente os convidados. Projeto MarchettiBonetti + Arquitetos Associados com mesa de refeição 46 Armários de banheiro O armário de banheiro feito em madeira clara traz elegância ao projeto de banheiro infantil masculino, ganhando destaque no ambiente colorido. Além de ser um item organizador de toalhas e produtos de higiene e beleza, ele complementa o visual da bancada. Projeto Trípolli Arquitetura – Armário de banheiro Organizadores Os projetos de marcenaria criam soluções funcionais e estéticas para organizar ambientes, como a área de serviço. Com esses recursos é possível embutir eletrodomésticos, como máquinas de lavar e secar, sem comprometer o visual do mobiliário. Projeto Greici Midori – Área de serviço com eletrodomésticos embutidos 47 Portas e Fachadas Projeto de Edgar Monteiro com fachada e porta em madeira Portas e até mesmo fachadas podem ganhar personalização e charme com projetos de marcenaria e arquitetura. Móveis diversos Projeto de Fernando Matsucuma Watanabe Projetos de marcenaria podem criar móveis diversos para tornar o espaço mais bonito e organizado, facilitando até a limpeza do ambiente. Balcões, aparadores e armários de cozinha são bons exemplos de como a parceria entre marcenaria e 48 arquitetura pode ser proveitosa em um projeto de interiores. Fases de um projeto de marcenaria Antes de partir para uma parceria entre marcenaria e arquitetura, é importante compreender como o marceneiro trabalha quando é contratado diretamente pelo cliente, de forma independente. Assim, é possível alinhar as expectativas e delimitar as atribuições entre vocês. De maneira geral, do primeiro bate-papo com o cliente até o momento em que o último acabamento é instalado, um projeto de marcenaria independente passa por cinco etapas básicas. Estudo preliminar A partir de uma conversa inicial com o cliente, com o objetivo de entender questões relativas ao ambiente e ao perfil dos habitantes do lugar — é preciso considerar, além de desejos e preferências, quantas pessoas vão ocupar o imóvel, se há portadores de necessidades especiais, crianças, animais de estimação e outras variáveis que influenciam o projeto — o profissional apresenta um estudo preliminar. Esse estudo consiste em um layout com a proposta de divisão dos ambientes e distribuição do espaço, além da sugestão de disposição do mobiliário no local. Diante desse documento, o cliente pode aprovar a proposta ou solicitar modificações. Projeto Uma vez aprovado o estudo preliminar, é chegada a hora de conceber o projeto de marcenaria propriamente dito. É nessa fase que as dimensões e medidas exatas de cada móvel são detalhadas, bem como são especificados os materiais a serem utilizados na próxima fase, como o tipo de madeira, acabamentos, puxadores e ferragens. 49 Produção É nessa etapa que o profissional inicia o corte da madeira e fabrica os móveis de acordo com o que foi concebido no projeto, deixandoo material pronto para a etapa seguinte. Execução Nessa fase, os móveis fabricados na etapa anterior são efetivamente instalados no ambiente para o qual foram projetados. Com as peças cortadas nos formatos predeterminados no projeto, o marceneiro inicia a montagem utilizando técnicas de encaixe e fixação. Acabamento Por último, com a instalação já finalizada, o marceneiro realiza os ajustes finais no projeto. É nessa etapa que são aplicados produtos de acabamento, como seladores, vernizes e ceras. Nessa fase também são instalados os acessórios, como puxadores e outros elementos decorativos especificados no projeto. Projeto que alia marcenaria e arquitetura bem pensada (Foto: reprodução Pixabay) Conhecendo melhor o trabalho desenvolvido pelo marceneiro, já é possível compreender algumas das vantagens que a parceria entre marcenaria e arquitetura pode trazer para os seus projetos. Com esse tipo de parceria, você pode se diferenciar no mercado a partir de alguns benefícios. Agilidade nas questões burocráticas Quando marcenaria e arquitetura trabalham em conjunto, a apresentação do 50 orçamento é muito mais rápida, já que não é preciso buscar outros fornecedores. Dessa maneira, o cliente tem uma ideia realista dos custos do projeto e não corre o risco de se frustrar com expectativas que não poderão ser cumpridas. Mais segurança no projeto A parceria entre marcenaria e arquitetura também deixa o projeto mais seguro para o cliente, já que serão consideradas questões relacionadas à engenharia do mobiliário, o que diminui o tempo total da obra, evita desperdício de material e, consequentemente, reduz o risco de gastos imprevistos. Assessoria completa Com a parceria entre marcenaria e arquitetura, tanto o arquiteto, quanto o marceneiro podem fornecer ao cliente informações detalhadas sobre materiais, espessuras e acabamentos possíveis. Dessa maneira, é possível analisar em profundidade as opções e fazer escolhas mais adequadas para o projeto. Fluxo de trabalho inteligente Quando marcenaria e arquitetura trabalham em conjunto, é possível entregar uma só proposta, que engloba todos os aspectos do projeto. Dessa maneira, todas as etapas da obra podem acontecer mais rapidamente, desde a aquisição dos materiais à montagem do mobiliário, já que enquanto o arquiteto desenvolve sua parte do projeto, o marceneiro pode revisar as medidas e iniciar a produção, por exemplo. 51 Montagem e instalação mais adequadas Com a parceria entre marcenaria e arquitetura, a tendência é que o mobiliário apresente menos problemas técnicos ao longo dos anos, já que a engenharia é aplicada desde a concepção do projeto, o que torna o encaixe e a montagem das peças muito mais precisos. Compreender melhor as atribuições do trabalho do marceneiro, os materiais utilizados e as etapas de um projeto de marcenaria é fundamental para estabelecer parcerias produtivas entre marcenaria e arquitetura. Essa forma de trabalho traz uma série de benefícios não só para os clientes, mas também para os profissionais envolvidos, que passam a oferecer projetos de arquitetura e interiores diferenciados, bem elaborados e executados. DESIGN DE INTERIORES E SUSTENTABILIDADE Socialmente justo, economicamente viável, ambientalmente correto. O conceito de sustentabilidade já pode estar presente no seu projeto de design de interiores. Utilizar os princípios da sustentabilidade à criação artística, priorizando o fator ambiental no ciclo de desenvolvimento do produto e reduzindo seu impacto na natureza são desafios para quem busca decorar um novo espaço sem causar impactos negativos ao meio ambiente. Além disso, é preciso considerar os elementos estéticos, funcionais e de segurança. Materiais de baixo impacto ambiental para o seu projeto de design de interiores Estão disponíveis no mercado diversos materiais projetados para gerar menos impactos ao meio ambiente e com ampla aplicação no design de interiores, especialmente se tratando de revestimentos e mobiliário. Madeira certificada ou reflorestada, madeira de demolição, materiais de revestimentos certificados e renováveis, fibras naturais, são apenas alguns dos exemplos. No entanto, a avaliação desses materiais deve ser criteriosa e levar em conta 52 não apenas o rótulo do produto, mas o processo de produção ambientalmente correto. Neste sentido, é importante considerar que se trata de um recurso renovável, se o processo de instalação e manutenção gera resíduo, se a logística de distribuição do produto consome muita energia e se possui algum tipo de certificação. Busque eficiência energética A adequação da iluminação e o conforto térmico são itens imprescindíveis para tornar um ambiente agradável. Aproveitamento da luz e ventilação natural, utilização de equipamentos com gasto reduzido de energia são apenas alguns exemplos. Investir em energia eólica ou solar também pode gerar inúmeros impactos positivos, no entanto, exigem mais investimento. Embora o selo não esteja valendo para edificações, o PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) já possui um selo para eletrodomésticos que comprovam a eficiência energética do mesmo. Investir em produtos com essa característica também é um diferencial. Qualidade e durabilidade A qualidade e a durabilidade são questões bem sensíveis quando estamos falando de design de interiores. Isso porque, muitos materiais provenientes de reaproveitamento e reutilização podem não apresentar a durabilidade e a qualidade necessária para substituir um mobiliário, por exemplo. Para esses casos, vale investir em acabamento ou mesmo revestimento, fazendo com que esses materiais fiquem aptos para a decoração. Existem muitas técnicas no mercado, como a pintura em laca para móveis, por exemplo, capaz de dar resistência a madeiras e outros móveis usados. 53 Reutilização e reaproveitamento Caixotes que se transformam em estantes e nichos. Pallets que servem de estrutura para um aconchegante futon. Pneus reaproveitados como pufe. A criatividade é o que rege quando o tema é reutilização e reaproveitamento para o design de interiores. Cada dia mais novas ideias estão surgindo com o objetivo de reaproveitar e reutilizar materiais que tinham como destino certo o descarte. Uma pintura adequada e um bom acabamento permitem que esses materiais recriem o ambiente, agregando mínimo impacto ambiental e máximo de versatilidade. Eficiência na utilização da água A água é um recurso finito e que vem ganhando destaque na mídia. Poupar é necessário e usar com consciência é fundamental. Existem vários recursos aplicáveis ao design de interiores voltados a evitar o desperdício de água. A torneira ecológica, que reduz em 60% o desperdício de água é um dos exemplos, que pode ser amplamente aplicado. Paisagismo funcional Diversos estudos no mundo já concluíram que o convívio com plantas proporciona uma vida mais tranquila e saudável, além de diminuir os níveis de stress. O paisagismo aplicado ao design de interiores, além de transformar o ambiente em um espaço de prazer, contribui para os fluxos de carbono do planeta. Outra ideia é utilizar o paisagismo funcional como hortas que decoram e dão mais sabor à cozinha. 54 ESCALA DE PROJETOS Todo aquele que se dedica ao estudo de desenho técnico, seja qual for a especialidade, deve ter amplos conhecimentos sobre escalas de projetos arquitetônicos e a prática no seu emprego. A necessidade do emprego de escalas de projetos arquitetônicos na representação gráfica surgiu da impossibilidade de representarmos, em muitos casos, em grandeza verdadeira, certos objetos cujas dimensões não permitem o uso dos tamanhos de papel recomendados pelas Normas Técnicas. Nesses casos empregados escalasde redução; quando necessitamos obter representações gráficas maiores que os objetos, utilizamos escalas de ampliação. Assim, os objetos podem ser desenhados com suas dimensões ampliadas, iguais ou reduzidas. No desenho de arquitetura, geralmente, só se usam escalas de redução, a não ser em detalhes, onde parece algumas vezes a escala real. A escolha de uma escala deve ter em vista: 1. Tamanho do objeto a representar; 2. As dimensões do papel; 3. A clareza do desenho. Cada uma dessas condições deve ser sempre respeitada, pois tem grande peso na boa apresentação do desenho. Escalas gráficas Como representar em escala uma grandeza de 20 metros. Vamos supor que possuímos um papel de formado A3; isso é, 297mm x 420mm; sendo a maior dimensão 420mm e tendo ainda menos 20mm de margem, teremos somente 400mm úteis. Sabemos, assim, que podemos representar os 20m por uma grandeza 5, 10, 20, 50 ou 100 vezes menor que a realidade, e que no nosso caso temos um limite que é a dimensão do papel. Se a fizéssemos 10 vezes menor, teríamos 20m representados por uma dimensão 10 vezes menor, ou seja, 2m, o que não seria possível, pois o papel tem no máximo 400 mm ou 40 cm. 55 Neste exemplo, a escala é redução e é representada por uma fração ordinária própria, cujo numerador é a unidade e o dominador é o número de vezes que vamos diminuir a grandeza real, isto é, 10. Temos assim, 1:10 ou 1/10. Lê-se escala 1 por 10. Cada unidade de grandeza real é representada por outra dez vezes menor; 20m serão representados por 2m, 1m ou100 cm por 10cm. Na escala de 1:50 (1 por 50) temos 1m ou 100cm reduzidos 50 vezes, ou seja, 2cm; 20m serão portanto 40cm. Quanto maior for o dominador, menos aparecerá a grandeza representada em escala. A escala real é representada (1:1), onde se lê 1 por 1. Para evitar constantes cálculos na conversão de medidas a uma determinada escala, é conveniente o uso de escalas gráficas. A construção de uma escala gráfica é uma coisa muito fácil. Vejamos: A escala escolhida é 1:50, muito utilizada nos desenhos de arquitetura. Temos: 1m ou 100cm representados por uma grandeza 50 vezes menor, ou seja, 2cm. Obtém-se este resultado com facilidade dividindo o numerador da fração pelo denominador: 100/ 50 = 0,02m Traça-se em seguida uma reta qualquer onde se marca um ponto 0 de origem e, à partir de 0 para a direita arca-se, de 0,02 em 0,02m, um pequeno traço. Cada 0,02m vale 1m. À esquerda da origem marcamos também 2cm e dividimos em 10 partes iguais, ou seja, de 0,002 m. Como 2cm valem 1m, dividimos o metro em dez partes iguais, cada uma dessas partes valerá 1dm ou 10cm; assim, cada 2mm valerá na escala de 1:50, 10 cm. Feita a escala gráfica, a sua utilização é intuitiva. Por exemplo: 3,60 na escala de 1:50 são 3 divisões de escala iguais a 1m mais seis subdivisões da parte esquerda. Escalas usadas em desenho arquitetônico O desenho de arquitetura, por sua natureza, só utiliza escalas de redução. 56 São as seguintes as escalas mínimas: a) 1:100 para plantas; b) 1:200 para coberturas; c) 1:500 para plantas de situação; d) 1:50 para as fechadas e cortes ou secções. A indicação da escala não dispensará a indicação de cotas. As cotas deverão ser escritas em caracteres claros e facilmente legíveis. Réguas escalas As réguas-escalas são de seção triangular e possuem gravadas em suas faces 6 escalas gráfica para cada caso. Réguas-escalas são de grande utilidade para o desenhista. Devemos observar com cuidado a face da régua antes de utilizá-la a fim de que não haja troca de escalas. Costumam ser pintadas de cores diferentes as partes indicadas pela seta a fim de que se possa identificar mais facilmente as escalas. As réguas-escalas não devem ser usadas no lugar dos esquadros ou das réguas comuns. TIPOS DE PROJETO Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado específico. Os projetos estão em tudo que fazemos, desde a fabricação de clipes a construção de espaçonaves. Os tipos de projetos para construção Na construção residencial, podemos definir os projetos para construção como o conjunto de documentos que descrevem como a sua casa deve ser construída. Os documentos que geralmente compõem o projeto de uma casa são: maquetes eletrônicas em 3D, planta baixa, planta de locação, planta de cobertura, quadro de esquadrias, projeto estrutural, projeto elétrico, projeto hidráulico, memorial descritivo dos materiais, entre outros. 57 Para elaborar cada um destes documentos, são feitos estudos e análises detalhadas. Assim, é possível antecipar a identificação de problemas e até ver como a casa ficará quando estiver pronta. Além de permitir quantificar todos materiais e serviços para melhorar no seu orçamento, identificar os problemas na elaboração do projeto custa muito mais barato do que durante a execução. Ou seja, um bom projeto ajuda você a economizar na sua obra. É nesta etapa que você deve colocar todas as suas ideias no papel. Por isso, anote tudo que deseja para a sua casa nova para não esquecer de falar para o seu arquiteto considerar no projeto arquitetônico. Projeto Arquitetônico O projeto arquitetônico, ou também conhecido como projeto executivo, é composto por um conjunto de desenhos técnicos que descrevem como será a sua casa. Entre todos os desenhos, o mais importante é a planta baixa, porque todos os outros projetos para construção usam ela como base. A planta baixa é um corte horizontal da sua casa, onde é possível ver de cima, com as paredes cortadas, a disposição e metragem dos cômodos, portas, janelas, escadas, entre outros elementos. Em sobrados, cada pavimento (andar) da casa deve ter a sua planta baixa. Os outros desenhos que normalmente compõem o projeto arquitetônico são: Fachadas; Planta de implantação; Planta humanizada; Cortes verticais das áreas molhadas; Pontos de eletricidade e iluminação; Pontos e elementos da parte hidráulica; Quadro de esquadrias; Paginação dos pisos e revestimentos; Planta de cobertura. 58 Projeto Estrutural Geralmente um engenheiro civil calculista irá analisar a planta baixa, a resistência do solo e todas as cargas (peso) para compor cálculo das fundações e estruturas necessárias para manter a sua casa de pé e evitar problemas futuros, como trincas, rachaduras, e até desabamentos. Normalmente, os projetos estruturais detalham a largura, comprimento, diâmetro, formas e amarração de todos os elementos estruturais da casa. Os elementos mais comuns são: Fundações: sapata, estaca, radier e viga baldrame; Superestrutura: colunas ou pilares, vigas e lajes. Geralmente, os tipos de concreto e aço e as quantidades necessárias para a execução, também são especificados no projeto. Esta informação será muito útil na hora de compras os materiais da sua obra. Projeto Legal Para iniciar uma construção, é necessário ter o alvará da obra emitido pela prefeitura da sua cidade. Sem o alvará, a sua obra corre o risco de ser paralisada e multada. O alvará também é exigido pelos bancos na hora de liberar o financiamento. Neste projeto, o objetivo é demonstrar para a prefeitura que as normas e exigências do Código de Obras Municipal foram atendidas. Geralmente, os desenhos técnicos exigidos são os mesmos do projeto arquitetônico, mas com algumas modificações na planta baixa. Cada prefeitura tem a sua regra, mas as exigências mais comuns são: taxa de ocupação, taxa de aproveitamento, área de permeabilidade, iluminação, ventilação e os recuos a serem utilizados na obra. Se você for construir em condomínio, fique atento também as regras de construção internas. 59 Projeto O que é? Outros projetos para construção Para iniciar sua obra,recomenda-se que tenha o alvará da construção e os projetos arquitetônicos e estruturais. Os projetos elétrico, hidráulico, paisagísticos e de interiores são opcionais, por isso são chamamos de projetos auxiliares. VISTAS, TIPOS DE LINHAS E DESENHO TÉCNICO O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que representa formas, dimensões e posições de um objeto de acordo com a necessidade de cada situação. Assim como as palavras de um texto ajudam a transmitir a ideia do autor, os elementos de um desenho técnico são os responsáveis por passar a ideia do projetista para a pessoa responsável pela execução do projeto. Ele é usado em áreas que abrangem a engenharia e a arquitetura, como edificações, indústrias mecânicas, detalhamentos elétricos, sistemas de infraestrutura, projetos de móveis, entre outras. Assim como a linguagem humana, uma linguagem gráfica também precisa de regras para que as pessoas consigam interpretá-la. No Brasil, o desenho técnico segue as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Elétrico Determina como são os circuitos elétricos e seus componentes (passagem de eletrodutos, tomadas, interruptores, luminárias, ventilador, ar-condicionado e automação). Neste projeto, também é especificado o quadro de distribuição com todos os seus disjuntores. Hidráulico Especifica todos os elementos, ligações e equipamentos do sistema hidráulico, inclusive as suas dimensões e capacidades. Geralmente é divido em dois projetos: Água pluvial e esgoto; água fria e quente. Paisagístico Aborda a implementação do jardim, detalhando: as espécies de plantas utilizadas e suas localizações, elementos decorativos e de suporte, iluminação e irrigação. De Interiores Demonstra como será o interior da residência, detalhando os tipos de mobiliário, cores, texturas e elementos que darão o toque pessoal a sua casa. 60 A norma geral do desenho técnico é a ABNT/NBR 10647. Ela determina as nomenclaturas utilizadas nesse trabalho, os tipos de desenhos, o grau de elaboração, o grau de especificação, o material utilizado e as técnicas de execução (à mão livre ou no computador). A diferença entre desenho técnico e desenho artístico Um desenho artístico retrata os sentimentos do desenhista. Ele pode ter diversas interpretações de acordo com o observador, ou seja, não existem informações que determinem o seu significado. Já um desenho técnico precisa ter símbolos, numerações e outros elementos que ajudem a pessoa que vai executar o projeto a entender o que deve ser feito. O desenho técnico tem que transmitir com exatidão as características de uma obra a ser construída. Por esse motivo, a matéria de desenho técnico é uma das mais importantes do curso de arquitetura. SOFTWARES MAIS UTILIZADOS A tecnologia é uma facilitadora em diversos aspectos da vida e, quando se trata de um projeto de design de interiores, é ainda melhor que existam essas ferramentas. A lista a seguir contém softwares que são ótimos para ajudar os profissionais em seus projetos. 61 Autodesk AutoCAD LT É um dos aplicativos de software mais populares usados por designers de interiores, arquitetos, engenheiros, profissionais da construção e muito mais. Este software permite que os profissionais projetem, rascunhem e documentem desenhos precisos com geometria 2D. (Divulgação/Casa.com.br) O AutoCAD LT, além de disponível na versão móvel (como um aplicativo para celular), é compatível com os sistemas operacionais Mac e Windows, e a versão mais recente também oferece conectividade em nuvem, uma funcionalidade de medições atualizada e tempo de desempenho mais rápido. SketchUp Pro (Divulgação/Casa.com.br) 62 Com o conjunto de modelagem do SketchUp Pro, os profissionais de design encontrarão modelagem 3D rápida e fácil para qualquer item – desde edifícios passivos a móveis contemporâneos. Além do software de desktop, o SketchUp também oferece uma ferramenta da Web e armazenamento em nuvem ilimitado, para que você possa armazenar, colaborar e compartilhar trabalhos com facilidade. TurboCAD (Divulgação/Casa.com.br) As últimas versões do TurboCAD oferecem software profissional para usuários experientes de CAD 2D e 3D. O conjunto de projetos de arquitetura inclui objetos de arquitetura paramétricos, seções e elevações, com maior funcionalidade para as áreas arquitetônicas e mecânicas do programa. 63 Autodesk 3ds Max (Divulgação/Casa.com.br) Compatível apenas com o Windows, esse programa é voltado para renderização. O software oferece gráficos excelentes para animações e modelos 3D, além de jogos e imagens. O renderizador Arnold, integrado e interativo, permite que os usuários visualizem imagens precisas e detalhadas enquanto trabalham. Autodesk Revit (Divulgação/Casa.com.br) Este é um software de modelagem de informações da construção compatível apenas com o Windows. Com ele, você pode capturar com eficiência e precisão a sua ideia de projeto em 3D e produzir trabalhos e documentações completos de construção baseados em modelo; atualizar automaticamente 64 plantas, elevações, seções e vistas em 3D; e pode usar a visualização 3D para ver um edifício antes de ser construído. Archicad 23 (Divulgação/Casa.com.br) Entre as opções mais populares no software de renderização arquitetônica, está o Archicad, desenvolvido pela Graphisoft. Permite que arquitetos e designers de interiores criem detalhes precisos da construção e estimam as quantidades de materiais de construção necessários. Com a capacidade de verificar o código do projeto, inserir os requisitos do cliente e integrar equipes e documentos, o Archicad continua sendo a melhor escolha em software de arquitetura e design de interiores. 65 Easyhome Homestyler (Divulgação/Casa.com.br) Com este software de design gratuito, você pode criar facilmente plantas baixas em 2D e 3D com medições precisas. Se você está com orçamento limitado, gosta de experimentar e deseja uma ferramenta simplificada e fácil de aprender, que forneça uma representação precisa de sua decoração e design, esse pode ser o aplicativo para você. Infurnia (Divulgação/Casa.com.br) O Infurnia é uma plataforma de design baseada na Web, e permite que arquitetos, designers de interiores, clientes e fornecedores colaborem e interajam durante o processo de design. Decore com móveis do catálogo de parceiros da Infurnia ou crie sua própria 66 biblioteca de materiais, papéis de parede, hardware, eletrodomésticos, móveis e muito mais. Embora o software da Infurnia seja menos robusto do que algumas outras opções, ele é fácil de aprender, para que você possa personalizar e compartilhar com facilidade. Live Home 3D Pro (Divulgação/Casa.com.br) Com o Live Home 3D Pro, você pode criar com eficiência layouts precisos e mobiliar salas – ou um edifício inteiro. Após a elaboração dos planos 2D (importar e rastrear plantas ou desenhar do zero), o software converte automaticamente seu plano em 3D. Os profissionais do setor com um orçamento menor farão bem em investir neste software acessível. 67 Substance by Adobe (Divulgação/Casa.com.br) Esse software permite que os designers criem e adicionem texturas e materiais digitais precisos aos seus projetos. Para projetos que exigem referências detalhadas, o conjunto de texturas 3D oferecido no Substance não pode ser superado. Morpholio Board (Divulgação/Casa.com.br) Lançadas por uma equipe de arquitetos, que se tornaram desenvolvedores de software, os aplicativos da Morpholio incluem ferramentas digitais para esboçar, registrar em diário e apresentar trabalhos criativos. Ele permite aos designers de interiores criar, editar e executar tarefas diárias.68 Fuigo (Divulgação/Casa.com.br) Essa é uma ferramenta para permitir que designers de interiores gerenciem tudo, desde propostas até a instalação em um só lugar. Além de ajudá-lo a organizar e planejar projetos, o Fuigo pode agendar e rastrear faturas e pagamentos. Além disso, oferece um mercado somente para negócios, com acesso a mais de 100 marcas importantes. Simplifique o fornecimento, a compra, o rastreamento e o faturamento com essa ferramenta ‗tudo em um‘, que permite que empresas de design menores acessem os recursos de empresas muito maiores. 69 Ivy (Divulgação/Casa.com.br) Criado para ajudar empresas de design de todos os tamanhos, Ivy é um programa que o ajudará a gerenciar seus negócios com mais eficiência. Se você deseja dedicar mais tempo a empreendimentos criativos e menos tempo gerenciando operações comerciais, a Ivy pode ajudá-lo a otimizar funções. CoConstruct (Divulgação/Casa.com.br) Construtores, arquitetos, designers de interiores e paisagistas podem reduzir o caos dos trabalhos de construção personalizados com o CoConstruct, que simplifica a comunicação com clientes e contratados e oferece controle financeiro sobre os projetos. Você pode economizar dias de folga nos projetos 70 agrupando gerenciamento, listas de tarefas, faturamento e muito mais com ele. Mydoma Studio (Divulgação/Casa.com.br) Criado especificamente para a indústria de design de interiores, o Mydoma Studio considerou cuidadosamente o que os designers precisam. Aqui, você pode concluir a compra de produtos, criar faturas, aceitar pagamentos e acompanhar seu tempo. Esse software de design de interiores também permite criar uma lista de fornecedores pessoais, enviar pedidos de compra com um único clique e depois convertê-los em faturas para enviar aos clientes. 71 ClickUp (Divulgação/Casa.com.br) O ClickUp foi desenvolvido para suportar qualquer setor, mas para designers de interiores, esse software pode ser realmente bom. Os modelos específicos de design são voltados especificamente para o negócio, e as ferramentas de controle de tempo do programa se integram a vários outros aplicativos. Organize com ele o fluxo de trabalho e as metas de negócios até o gerenciamento de tempo e as listas de tarefas. Ele também permite que todos da sua equipe personalizem suas próprias visões e placas, usuários individuais podem ajustar o software para melhor se adequar ao seu tipo de produtividade. O ClickUp é ideal para quem busca maximizar a produtividade. PRINCIPAIS TERMOS Arquitetura A arquitetura trata, simultaneamente, de muitos assuntos relacionados à construção e à estética de edifícios. Esses, por sua vez, são relacionados pelas condições sociais, políticas, econômicas, religiosas e psicológicas de um povo. Por consequência, surgem muitas definições e termos da arquitetura que podem ser bastante complexos, principalmente se não são usados no seu dia a dia. Aliás, alguns termos técnicos de arquitetura são usados em inglês. Outros em português, com traduções equivalentes em diversas línguas. 72 Outros termos da arquitetura, ainda, podem variar de acordo com a região em que são falados, mesmo dentro do território nacional. Estudando um pouco, logo já começa a se acostumar com todas essas palavras e a compreender os seus significados. Em seguida, uma lista especial com muitos termos técnicos de arquitetura quase como um pequeno dicionário da arquitetura. Isso vai auxiliar, principalmente, os estudantes e autodidatas nesse segmento. Principais termos Confira um mini-dicionário de arquitetura, com diversos termos técnicos e seus significados: Termos da arquitetura: Abadia Abóbada: é uma construção, em forma de arco, que cobre um determinado espaço compreendido entre muros, pilares ou colunas. Adobe: uma espécie de tijolo, feito da mistura de barro cru, areia, estrume e fibra vegetal. Uma parede feita com esse material deve ser revestida de massa de cal e areia. Aglomerado: placa composta de serragem compacta com cola e prensada entre duas placas de madeira. Água de telhado: como é chamado o plano inclinado do telhado. Água-furtada: como é chamado o vão entre as tesouras do telhado, como um sótão, com janelas que se abram num volume para fora do telhado. Alicerce: a fundação, a base, da edificação. Alinhamento: linha de borda de um terreno ou a margem frente de uma construção. 73 Almofada: peça saliente em uma porta. Alpendre: geralmente, a extensão de um telhado sobre uma porta de entrada. Aprumar: acertar a verticalidade de uma parede ou coluna por meio do prumo. Arcada: sucessão de arcos. Termos da arquitetura: arcada Arco: elemento construtivo em traçado curvilíneo destinado a reunir dois pontos de apoio. Aresta: linha de intersecção entre duas superfícies que cortam em ângulo vivo. Arquitrave: viga horizontal de sustentação que une duas colunas ou dois pilares. Átrio: pátio de entrada de uma casa. Balanço: situação em que um elemento de uma edificação possui um apoio numa extremidade, mas encontra-se sem apoio na outra, isso significa que ela está apoiada e tem contrapeso em somente um dos lados. Balaústre: pequena coluna ou pilar que sustenta um corrimão. 74 Balcão: pequena laje, frente a portas e janelas de pisos elevados, protegida por uma grade ou peitoril. Baldrame: designação genérica para alicerces de alvenaria. Bandeira: caixilho ou quadro situado na parte superior de portas e janelas, muitas vezes fechado com vidro transparente ou mosaico colorido, podendo ser aberto para ventilação de ambientes. Barrado: revestimento colocado na metade inferior das paredes. Barrote: pequena peça de madeira fixada na laje e que permite a fixação do piso de tábua. Basculante: um sistema de abertura de janela, onde a folha gira em torno de um eixo até atingir posição perpendicular ao batente ou esquadria. Beiral: parte do telhado que vai além da parede externa do edifício, ficando em balanço ou suportado por mãos francesas. Berço: uma abóbada gerada por um arco. Betão: nome dado também ao concreto, uma massa compacta feita de cimento, areia, brita e água. Bisotado: peça plana, como um espelho, cujas bordas são chanfradas. Boneca: saliência de alvenaria onde é fixado o marco da porta ou da janela. Brise: também chamado de brise-soleil ou quebra-sol, é uma peça disposta na vertical ou horizontal diante de fachadas para proteger janelas dos ventos ou luz solar excessiva. 75 Termos de arquitetura: brise Caiar: pintar uma parede ou muro usando cal diluído em água. Caibro: peça que sustenta as ripas do telhado, onde são assentadas as cumeeiras; ou soalho, onde apoiam-se os barrotes. Capitel: parte superior e mais larga de um pilar ou coluna. Caixilho: parte da esquadria de uma porta ou janela que sustenta a chapa interna da peça, que é de vidro. Calafetar: vedar pequenos buracos surgidos durante uma obra. Cerca viva: cerca ladeada de vegetação ou construída por arbustos. Termos da arquitetura: cerca viva Cisterna: reservatório de água inferior de um edifício, ligada na rede de abastecimento e que serviria como reserva, inclusive guardando água das chuvas. 76 Cobogó: elemento vazado utilizado para construção de paredes com função decorativa, não estrutural. Contraforte: corpo maciço de alvenaria aplicado à extremidade de uma parede como reforço estrutural. Cornija: ornamento saliente que fica na parte de cima de uma porta. Corte: representação gráfica da ―fatia‖ vertical de uma edificação. Cortina: uma fortificação ou um pano de muralha. Chapiscar: lançar argamassa de cimento contra uma parede crua, para facilitar a aderência das camadas seguintes de revestimento. Chumbar: fixar com cimento. Claraboia:abertura feita no alto das edificações e que serve para levar luz para dentro de interiores, geralmente, sem janelas. Termos da arquitetura: claraboia Croqui: esboço que os arquitetos usam para representar suas primeiras ideias de projeto. Cumeeira: também chamada de linha de cume ou espigão, é parte mais alta de um telhado com águas. Cúpula: abóbada em forma de ―taça posta às avessas‖. Cura: processo de secagem pelo qual passa a massa de concreto. Curva de nível: linha vista em plantas baixas e que indica as altitudes de um terreno, o seu relevo. Dilatação: aumento do volume dos corpos a partir, principalmente, da ação do calor. Duto: tudo que conduz líquidos, fios ou ar. Edícula: casa pequena localizada no fundo de um terreno. 77 Elevação: representação gráfica da fachada de uma edificação. Empena: parte superior – triangular – de uma parede externa, frontão. Entablamento: conjunto de molduras usadas para ornamentar a parte superior das fachadas. Termos da arquitetura: entablamento Espigão: aresta saliente formada pelo encontro de duas águas em um telhado. Estaca: peça longa que é cravada na terra onde é transmitido o peso da construção até as partes subterrâneas do solo. Estuque: um tipo de massa a base de cal, gesso, areia, cimento e água que serve para revestimento de paredes e forros. Fiada: fileira horizontal de pedras ou de tijolos – de mesma altura – que fazem parte da formação de uma parede. Fibrocimento: material que resulta da união do cimento comum com fibras de qualquer natureza. Frechal: componente do telhado que se apoia sobre o topo da parede, servindo de apoio à tesoura. Friso: parte do entabelamento compreendido entre a arquitrave e a cornija. Frontão: coroamento em forma triangular sobre uma parede externa e que é uma característica arquitetônica de muitas ordens clássicas. 78 Termos da arquitetura: frontão Galvanizado: peça recoberta com uma superfície metalizada, protegida da corrosão. Geminada: unidades de habitação, coladas, lado a lado, parede com parede, que possuem alguma interligação ou estrutura em comum. Guia: peça de pedra ou betão que delimita a calçada da rua. Lambri: rodapé, faixa inferior das paredes. Layout: distribuição de certos elementos, como móveis, dentro de um espaço construído. Marquise: pequena cobertura ou laje fixada na parte externa de uma edificação, sobre uma porta de entrada, geralmente em balanço. Mezanino: piso intermediário que interliga dois pavimentos, que se volta para um nível inferior com o pé-direito duplo. Misula: elemento arquitetônico saliente e de apoio em forma de ‗S‘. Montante: peça vertical, de madeira ou metálica, que serve de sustentação a elementos da construção ou de divisão entre vãos. Muro de contenção: muro que contém terras e pedras de uma encosta, impedido que deslizem além de uma margem. Muxarabi: peça feita de tramas de ripas de madeira usada para fechar janelas e varandas, permitindo, ainda sim, aproveitar a ventilação natural. Nivelar: regularizar um terreno por meio de aterro ou escavação. Ogiva: arco que marca uma aresta de uma abóbada do tipo gótica. Ombreira: peça vertical de uma porta ou janela responsável pela sustentação das vergas superiores. Orientação: posição da casa em relação aos pontos cardeais. https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/pe-direito/ 79 Ornato: elemento com função decorativa. Pano de Vidro: fachada envidraçada. Palafita: estaca que sustenta uma habitação sobre a água. Passadiço: corredor, galeria ou ponte que liga dois setores de uma construção. Patamar: piso que separa dois lances de escada. Pé-direito: distância vertical de um ambiente – do piso até o teto. Peitoril: também chamado de parapeito, parede ou grade de proteção com medida até a altura do peito, à borda de janelas, varandas e terraços. Pérgula: cobertura decorativa utilizada em jardins e formada por barrotes e pilares, às vezes rodeada por plantas. Pilotis: conjunto de colunas de sustentação de uma construção que deixa livre e sem fechamento o pavimento térreo. Pináculo: ponto mais alto de uma edificação, peça piramidal ou em cone que amortece o peso de um ponto de apoio vertical. Portal: ―porta monumental‖. 80 Termos da arquitetura: portal Pórtico: local coberto na entrada de um edifício, de um templo, de um palácio; galeria cujo teto ou abóbada são sustentados por colunas ou por arcada. Platibanda: faixa horizontal que emoldura a parte superior de uma edificação, com a função de esconder o telhado. Prumada: direção vertical de uma parede determinada por um prumo. Prumo: aparelho que verifica o paralelismo ou a verticalidade de uma parede, pilar ou coluna. Rufo: chapa que é colocada na linha de encontro entre a água do telhado com a alvenaria, protegendo o interior da construção de possíveis infiltrações de água da chuva. Saibro: areia grossa de cor avermelhada ou amarela-escura, usada na composição das argamassas. Sapata: parte da fundação, como pilastra que fica enterrada no solo e ligada a outras sapatas pelo baldrame, distribuindo as cargas dos pilares de forma isolada; ou como uma pequena laje colocada ao longo da alvenaria, distribuindo a carga da estrutura por uma faixa maior de terreno. Seixo rolado: pedra arredondada e lisa, retirada de rio ou obtida artificialmente – rolados em máquinas. Sifão: peça localizada na saída da água nos vasos sanitários, ralos e caixas de inspeção de esgoto e que impede o retorno dos resíduos sólidos, líquidos sujos e maus cheiros. Shaft: vão interno em uma construção que serve para passagem de tubulações e instalações verticais, comum em banheiros e cozinhas. 81 Talude: rampa ou inclinação de um terreno feito por meio de uma escavação. Tapume: vedação provisória feita de tábuas que separa a obra da rua. Terça: viga de madeira que sustenta os caibros do telhado. Terraplanagem: preparação de um terreno para a construção. Testada: lado do terreno voltado para o logradouro público. Tirante: cabo de ferro tensionado, que absorve empuxos laterais de parede ou abóbadas, ajuda no sustento ou na composição de uma peça estrutural, como uma laje de concreto. Treliça ou tesoura: cruzamento de ripas de madeira que ajuda na sustentação de um telhado. Verga: peça de concreto ou madeira colocada sobre os vãos de portas e janelas que apoia a continuação da parede. Vigota: pequena viga. Vitrificado: material que assume aparência de vidro. Voluta: ornato em forma de espiral. Zincado: material que foi revestido de zinco. Zoneamento: divisão de uma cidade em zonas diferenciadas, estabelecidas por um Plano Municipal. 82 Termos técnicos de arquitetura em inglês A lista a seguir mostra como é a tradução de alguns termos da arquitetura que foram citados anteriormente. Abóbada: Dome Arco: Arch Brita: Gravel Caixa d’água: Water tank Caixilho: Frame Calha: Gutter Canteiro de obra: Construction site Termos da arquitetura: canteiro de obras Cimento: Cement Cobertura: Roof Concreto armado: Reinforced concrete Corte: Section Croqui: Sketch Cúpula: Dome Dilatação: Dilation Empena: Gable Fundação: Foundation Guarda-corpo: Rail / Railing https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/altura-guarda-corpo/ 83 Janela: Window Madeira: Wood Marquise: Marquee Nível: Level Orientação: Orientation / Direction Parede: Wall Patamar: Level Pavimento: Floor Pérgola: Arbour Pilar: Pillar Plano diretor: Master plan Porta: Door Prumada: Plumb Reboco: Plaster Tábua: Board Talude: Slope Telhado: Roof Terraplanagem: Earthwork Terreno: Plot Tijolo: Brick Treliça: Lattice Varanda: Balcony Vidro: Glass Viga: Beam 84 REFERÊNCIAS ABD.ORG Agendor Archtrends Casa Abril Casa
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