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Legislaçã� Farmacêutic�
Política Nacional de Medicamentos
(Portaria GM nº 3.916/1998).
objetivo de garantir o acesso da
população a medicamentos seguros,
eficazes e de qualidade, por meio da
promoção do uso racional dos
medicamentos, da regulação do mercado
e da produção de medicamentos e da
ampliação do acesso aos medicamentos
essenciais.
A PNM estabelece diretrizes para o
desenvolvimento, produção, registro,
controle, comercialização e uso dos
medicamentos no Brasil, em consonância
com os princípios do Sistema Único de
Saúde (SUS) e da legislação sanitária
vigente.
Entre as principais medidas da PNM,
destacam-se:
● A criação do Comitê Técnico
Executivo da Política Nacional de
Medicamentos (CTE-PNM), que
tem como função coordenar e
implementar a política;
● A regulamentação do registro de
medicamentos, visando garantir a
segurança, eficácia e qualidade
dos medicamentos
comercializados no país;
● O estabelecimento de normas
para a produção e controle de
qualidade de medicamentos,
incluindo a criação de uma lista de
medicamentos essenciais para o
SUS;
● A promoção do uso racional de
medicamentos, por meio de ações
de educação, informação e
orientação aos profissionais de
saúde e à população em geral;
● A ampliação do acesso aos
medicamentos essenciais, por
meio da aquisição centralizada e
distribuição gratuita de
medicamentos pelo SUS.
Serviços farmacêuticos
Os serviços farmacêuticos desempenham
um papel crucial na atenção básica à
saúde, que é a porta de entrada para o
sistema de saúde e é responsável por
atender as necessidades de saúde da
maioria da população.
Os serviços farmacêuticos na atenção
básica à saúde incluem uma série de
atividades, como dispensação de
medicamentos, orientação aos pacientes
sobre o uso correto dos medicamentos,
monitoramento e acompanhamento de
pacientes com doenças crônicas,
prevenção de reações adversas e
interações medicamentosas, promoção do
uso racional de medicamentos, entre
outros.
Os farmacêuticos desempenham um
papel fundamental na promoção da saúde
e prevenção de doenças por meio de
ações educativas e de promoção da
adesão ao tratamento. Além disso, os
serviços farmacêuticos também podem
fornecer informações sobre vacinação,
suplementação nutricional, prevenção de
doenças sexualmente transmissíveis e
orientação sobre práticas saudáveis de
vida.
Em resumo, os serviços farmacêuticos na
atenção básica à saúde são fundamentais
para garantir o acesso da população aos
medicamentos essenciais, promover o uso
racional de medicamentos, prevenir
doenças e melhorar a qualidade de vida
dos pacientes.
O Ministério da Saúde tem diversas
ações e programas relacionados aos
serviços farmacêuticos, com o objetivo de
garantir o acesso da população a
medicamentos seguros, eficazes e de
qualidade, promover o uso racional de
medicamentos e melhorar a gestão dos
serviços farmacêuticos em todo o país.
Dentre as principais ações e programas
do Ministério da Saúde relacionados aos
serviços farmacêuticos, destacam-se:
1. Programa Farmácia Popular:
fornece medicamentos gratuitos
ou com desconto para a
população, por meio de parcerias
com farmácias privadas e unidades
próprias.
2. Programa Nacional de
Qualificação da Assistência
Farmacêutica na Atenção Básica
(QUALIFAR-SUS): visa à
qualificação dos serviços
farmacêuticos na atenção básica à
saúde, por meio de capacitação
dos profissionais, gestão da
assistência farmacêutica e
monitoramento dos indicadores de
desempenho.
3. Programa de Medicamentos
Excepcionais: fornece
medicamentos de alto custo para
doenças raras e crônicas, por meio
do Sistema Único de Saúde (SUS).
4. Programa Nacional de Controle
da Tuberculose: oferece
tratamento gratuito e
acompanhamento dos pacientes
com tuberculose, incluindo a
dispensação dos medicamentos e
o monitoramento do tratamento.
Além disso, o Ministério da Saúde
também tem outras ações relacionadas
aos serviços farmacêuticos, como a
padronização e regulação dos
medicamentos, a promoção da segurança
do paciente e a vigilância sanitária dos
medicamentos comercializados no país.
A Secretaria da Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos (SCTIE) é
responsável por coordenar e promover
políticas, programas e projetos
relacionados à ciência, tecnologia e
insumos estratégicos para a saúde.
Dentro deste contexto, os serviços
farmacêuticos são um importante
componente, uma vez que envolvem
aspectos científicos, tecnológicos e de
gestão.
Dentre as principais ações e programas
da SCTIE relacionados aos serviços
farmacêuticos, destacam-se:
1. Programa de Desenvolvimento
Produtivo em Saúde (PDP): busca
fortalecer a indústria nacional de
medicamentos, insumos e
equipamentos de saúde,
promovendo a transferência de
tecnologia e a produção nacional
de medicamentos e insumos
estratégicos para o SUS.
2. Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Institucional do
Sistema Único de Saúde
(PROADI-SUS): apoia a melhoria
da gestão dos serviços de saúde e
da assistência farmacêutica, por
meio de parcerias com instituições
públicas e privadas.
3. Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no
SUS (CONITEC): é responsável
pela avaliação de tecnologias em
saúde, incluindo medicamentos,
para subsidiar a tomada de
decisão quanto à incorporação ou
não no SUS.
4. Programa de Avaliação de
Tecnologias em Saúde (ATS): visa
a produção de evidências
científicas para subsidiar a tomada
de decisão sobre a incorporação
de novas tecnologias no SUS.
Além disso, a SCTIE também tem outras
ações relacionadas aos serviços
farmacêuticos, como a regulação de
medicamentos e insumos estratégicos, a
promoção da pesquisa e inovação em
saúde e a formação de recursos humanos
em ciência e tecnologia em saúde.
Dentre os serviços farmacêuticos em
Tecnologia e Insumos Estratégicos,
destacam-se:
1. Desenvolvimento de
medicamentos: envolve a pesquisa
e desenvolvimento de novos
medicamentos, desde a
descoberta de novas moléculas
até a fase de testes clínicos e
registro junto aos órgãos
regulatórios.
2. Produção de medicamentos e
outros insumos: abrange a
fabricação, controle de qualidade e
distribuição de medicamentos e
outros insumos, incluindo insumos
farmacêuticos ativos (IFAs),
vacinas, soros, entre outros.
3. Regulação de medicamentos e
insumos: inclui a avaliação e
aprovação de medicamentos e
outros insumos pelo órgão
regulatório competente, bem como
a emissão de normas e
regulamentos para o setor
farmacêutico.
4. Gestão da assistência
farmacêutica: envolve a
organização, planejamento,
implementação e avaliação de
políticas, programas e serviços
relacionados aos medicamentos e
outros insumos, incluindo a
seleção, aquisição,
armazenamento, distribuição,
dispensação e monitoramento do
uso de medicamentos.
5. Farmacovigilância: compreende a
detecção, avaliação, compreensão
e prevenção de eventos adversos
e outros problemas relacionados
ao uso de medicamentos, com o
objetivo de promover o uso seguro
e eficaz de medicamentos.
6. Monitoramento de resistência
antimicrobiana: envolve o
monitoramento e a avaliação da
resistência aos antimicrobianos,
bem como a elaboração de
políticas e estratégias para
prevenir e controlar a resistência
aos antimicrobianos.
Em resumo, os serviços farmacêuticos
em Tecnologia e Insumos Estratégicos
são essenciais para garantir o acesso da
população a medicamentos e outros
insumos seguros, eficazes e de
qualidade, além de promover a saúde
pública e contribuir para o
desenvolvimento científico e tecnológico
do país.
Departamento de Assistência
Farmacêutica e Insumos Estratégicos.
Brasília: Ministério da Saúde, 2014, 108 p.
– (Cuidado farmacêutico na atenção
básica; caderno 1.
O Departamento de Assistência
Farmacêutica e Insumos Estratégicos
(DAF) é uma unidade do Ministério da
Saúde responsável pela coordenação das
políticas e ações relacionadas à
assistência farmacêutica no Sistema Único
de Saúde (SUS). O DAF tem como
objetivo garantir o acesso da população a
medicamentos e outros insumos de
qualidade, promovendo o uso racional e
seguro dos mesmos.
O Caderno 1 do "Cuidado Farmacêuticona Atenção Básica", produzido pelo DAF
em 2014, apresenta uma visão geral da
assistência farmacêutica no SUS,
abordando desde a legislação e os
princípios que norteiam a assistência
farmacêutica, até a gestão e organização
dos serviços farmacêuticos na atenção
básica.
Entre os temas abordados no Caderno 1,
destacam-se:
1. Política Nacional de
Medicamentos: apresenta os
princípios e diretrizes da política
nacional de medicamentos, que
tem como objetivo garantir o
acesso da população a
medicamentos seguros, eficazes e
de qualidade, por meio de ações
de regulação, produção, pesquisa
e desenvolvimento.
2. Componentes da Assistência
Farmacêutica: descreve os
diferentes componentes da
assistência farmacêutica no SUS,
incluindo a seleção, programação,
aquisição, distribuição,
dispensação, uso racional e
monitoramento dos
medicamentos.
3. Gestão da Assistência
Farmacêutica: aborda a
organização e gestão dos serviços
farmacêuticos na atenção básica,
incluindo a estruturação da rede
de farmácias, a formação e
capacitação dos profissionais, o
uso de tecnologias de informação
e comunicação, e a participação
social na gestão.
4. Cuidado Farmacêutico: apresenta
o conceito e os princípios do
cuidado farmacêutico, que é uma
abordagem centrada no paciente,
que visa promover o uso racional e
seguro dos medicamentos, por
meio de ações como a revisão da
terapia medicamentosa, a
identificação e resolução de
problemas relacionados a
medicamentos, a promoção da
adesão ao tratamento e o
monitoramento da resposta ao
tratamento.
Em resumo, o Caderno 1 do "Cuidado
Farmacêutico na Atenção Básica" é uma
importante ferramenta de apoio para os
profissionais que atuam na assistência
farmacêutica no SUS, fornecendo
informações e orientações para a gestão e
organização dos serviços farmacêuticos
na atenção básica.
Medicamentos genéricos, similares e de
referência; exercício e a fiscalização das
atividades farmacêuticas (Lei nº
13.021/14).
A Lei nº 13.021/14, que dispõe sobre o
exercício e a fiscalização das atividades
farmacêuticas no Brasil, define os
medicamentos genéricos, similares e de
referência, estabelecendo as suas
características e exigências legais.
Os medicamentos de referência são
aqueles que passaram por testes de
qualidade, eficácia e segurança e foram
registrados na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) como
referência para os demais medicamentos.
São comercializados com a marca
comercial e têm patente de exclusividade
para a sua produção e venda por um
período determinado de tempo.
Os medicamentos genéricos são cópias
idênticas de medicamentos de referência,
com as mesmas características
farmacológicas, terapêuticas e de
segurança, mas são comercializados sem
a marca comercial e a um preço mais
baixo, uma vez que não há custos de
pesquisa e desenvolvimento. Os
medicamentos genéricos também são
registrados na ANVISA e são obrigados a
apresentar a mesma eficácia e segurança
que os medicamentos de referência.
Os medicamentos similares são aqueles
que apresentam as mesmas
características farmacológicas e
terapêuticas dos medicamentos de
referência, mas podem apresentar
diferenças em relação aos excipientes e
formulação. São comercializados com uma
marca comercial própria e não possuem
patente de exclusividade. Também são
registrados na ANVISA, mas não são
obrigados a comprovar a mesma eficácia
e segurança dos medicamentos de
referência.
Quanto ao exercício e a fiscalização das
atividades farmacêuticas, a Lei nº
13.021/14 estabelece que o farmacêutico
é o responsável técnico pela dispensação
de medicamentos e pela orientação aos
pacientes sobre o uso correto dos
medicamentos, além de ser o responsável
pelo armazenamento e conservação dos
mesmos. A lei também prevê a
obrigatoriedade da presença de pelo
menos um farmacêutico durante todo o
horário de funcionamento das farmácias e
drogarias.
A fiscalização das atividades
farmacêuticas é realizada pelos
Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs),
que têm como objetivo garantir o
cumprimento das normas e
regulamentações relacionadas à
assistência farmacêutica e à prática
farmacêutica. Os CRFs têm competência
para aplicar penalidades, como multas e
suspensão do registro profissional, em
caso de infrações cometidas pelos
farmacêuticos ou pelas empresas que
atuam no setor farmacêutico.
RDC nº 20, de 05 demaio de 2011;
A Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC) nº 20/2011 foi publicada pela
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) em 5 de maio de
2011 e estabeleceu as Boas Práticas
de Dispensação em Farmácias e
Drogarias em todo o território
nacional.
As Boas Práticas de Dispensação em
Farmácias e Drogarias têm como
objetivo garantir a segurança, a
eficácia e a qualidade dos
medicamentos dispensados, além de
assegurar a orientação correta aos
pacientes sobre o uso adequado dos
medicamentos. A RDC nº 20/2011
define que a dispensação de
medicamentos deve ser realizada por
um farmacêutico habilitado e com
registro ativo no Conselho Regional de
Farmácia (CRF), que deve estar
presente na farmácia ou drogaria
durante todo o horário de
funcionamento.
A RDC nº 20/2011 estabelece ainda
as exigências para a organização e o
funcionamento das farmácias e
drogarias, incluindo a obrigatoriedade
de ter um sistema informatizado para
controle de estoque de medicamentos
e a exigência de registro das
informações sobre a dispensação de
medicamentos. A norma também
estabelece a necessidade de que as
farmácias e drogarias tenham uma
área reservada para atendimento
farmacêutico e para a orientação aos
pacientes sobre o uso adequado dos
medicamentos.
A RDC nº 20/2011 também define as
regras para a venda de medicamentos
sujeitos a controle especial, como os
medicamentos psicotrópicos e os
entorpecentes, que devem ser
vendidos apenas com a apresentação
de receita médica e com o
cumprimento das normas
estabelecidas pela legislação
brasileira.
Por fim, a RDC nº 20/2011 estabelece
as sanções aplicáveis em caso de
descumprimento das Boas Práticas de
Dispensação em Farmácias e
Drogarias, que podem variar desde a
aplicação de advertências até a
interdição da farmácia ou drogaria
pelo órgão competente.
RDC nº 80, de 11 demaio de 2006;
A Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC) nº 80/2006 foi publicada pela
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) em 11 de maio de
2006 e estabeleceu as normas de
Boas Práticas de Fabricação para
Medicamentos.
A RDC nº 80/2006 estabelece as
diretrizes gerais para a produção, o
controle de qualidade, o
armazenamento e a distribuição de
medicamentos, com o objetivo de
garantir a segurança, a eficácia e a
qualidade dos produtos fabricados. A
norma se aplica a todas as empresas
que fabricam, embalam, rotulam,
armazenam e distribuem
medicamentos no Brasil, incluindo as
empresas nacionais e as importadoras.
Entre os principais requisitos da RDC
nº 80/2006, destacam-se a
necessidade de ter uma estrutura
organizacional adequada para o
controle de qualidade dos produtos, a
adoção de práticas de higiene e
limpeza nas áreas de produção e
armazenamento, a utilização de
equipamentos e instrumentos
calibrados e validados, a realização de
testes de qualidade durante todas as
etapas do processo de produção e a
implementação de um sistema de
rastreabilidade dos medicamentos
fabricados.
A RDC nº 80/2006 também
estabelece as diretrizes para a
validação dos processos de fabricação,
para o controle ambiental das áreas
de produção, para a qualificação dos
fornecedores de matérias-primas e
insumos farmacêuticos, e para a
elaboração e manutenção dos
documentos de qualidade, incluindo
os procedimentos operacionais padrão
(POPs) e os registros da produção e
do controle de qualidade dos
medicamentos.
A RDC nº 80/2006 tem como objetivo
garantir que todos os medicamentos
produzidos no Brasil ou importados
estejam em conformidade com as
Boas Práticas de Fabricação e com as
normas de qualidade estabelecidas
pela legislação brasileira, para que
possam ser comercializados e
utilizados com segurança pelos
pacientes.
Resolução nº 25, de 31 de agostode
2017 – Estabelece as diretrizes de
atualização da Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (Rename)
no âmbito do Sistema Único de Saúde
– SUS;
A Resolução nº 25/2017 foi publicada
pela Comissão Nacional de Incorporação
de Tecnologias no Sistema Único de
Saúde (CONITEC) em 31 de agosto de
2017 e estabeleceu as diretrizes de
atualização da Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (Rename) no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Rename é uma lista de medicamentos
considerados essenciais para atender às
necessidades de saúde da população
brasileira e que devem estar disponíveis
no SUS. A lista é atualizada
periodicamente para garantir que os
medicamentos essenciais estejam
disponíveis e acessíveis a todos os
usuários do sistema de saúde.
A Resolução nº 25/2017 estabeleceu que
a atualização da Rename deve ser feita a
partir da análise dos critérios de
segurança, eficácia, efetividade, acurácia e
custo-efetividade dos medicamentos,
considerando as necessidades de saúde
da população e as evidências científicas
disponíveis. A atualização também deve
levar em conta a existência de
alternativas terapêuticas no mercado e a
disponibilidade de recursos financeiros e
logísticos para aquisição e distribuição
dos medicamentos.
A Resolução nº 25/2017 também definiu
que a atualização da Rename deve ser
feita de forma participativa, com a
consulta a especialistas, profissionais de
saúde, gestores públicos e organizações
da sociedade civil. A atualização da lista
deve ser realizada a cada dois anos, a
partir da publicação da resolução, e deve
ser acompanhada de um plano de
implementação que garanta a
disponibilidade e o acesso dos
medicamentos essenciais em todo o país.
A atualização da Rename é uma
importante ferramenta de gestão do SUS,
que garante a oferta de medicamentos
essenciais e contribui para a promoção da
saúde e a prevenção de doenças na
população brasileira.
Portaria GM/MS nº 3.435, de 08 de
dezembro de 2021;
A Portaria GM/MS nº 3.435, de 08 de
dezembro de 2021, é uma normativa do
Ministério da Saúde que dispõe sobre a
atualização do elenco de medicamentos e
insumos para o enfrentamento da
emergência de saúde pública de
importância internacional decorrente da
pandemia da Covid-19.
A portaria estabelece a inclusão de novos
medicamentos e insumos para o
tratamento da Covid-19, como o
remdesivir, a tocilizumabe, a baricitinibe e
a sotrovimabe, além de atualizar as
recomendações para o uso dos
medicamentos já incluídos no elenco,
como a dexametasona e o oseltamivir.
Além disso, a portaria estabelece as
diretrizes para a distribuição dos
medicamentos e insumos aos estados e
municípios, que devem seguir critérios
epidemiológicos e assistenciais para
definir as necessidades de cada
localidade.
A Portaria GM/MS nº 3.435/2021 é uma
importante medida para garantir o acesso
aos medicamentos e insumos necessários
para o tratamento da Covid-19 no país,
bem como para orientar os profissionais
de saúde e gestores públicos sobre as
melhores práticas para o enfrentamento
da pandemia.
Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973.
A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de
1973, é uma norma que dispõe sobre o
controle sanitário do comércio de drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos.
A lei estabelece as atividades de
fiscalização e controle sanitário da
produção, transporte, armazenamento,
distribuição e dispensação de
medicamentos, além de regulamentar as
atividades de fabricação, importação,
exportação e comercialização desses
produtos.
A Lei nº 5.991 também prevê a
necessidade de registro prévio dos
medicamentos junto à Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) e
estabelece as regras para a rotulagem e a
publicidade de medicamentos.
A norma ainda institui a obrigatoriedade
da presença de farmacêuticos em
estabelecimentos que comercializam
medicamentos e define as atribuições
desses profissionais, como a
responsabilidade pela dispensação de
medicamentos e a orientação aos usuários
sobre o uso correto dos medicamentos.
A Lei nº 5.991 é uma importante
legislação que busca garantir a
segurança, a eficácia e a qualidade dos
medicamentos disponíveis no mercado
brasileiro, além de proteger a saúde da
população e regular as atividades do
setor farmacêutico.
Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976;
A Lei nº 6.360, de 23 de setembro de
1976, é uma norma que dispõe sobre a
vigilância sanitária de medicamentos e
outros produtos de interesse para a
saúde.
A lei estabelece as regras para o registro,
a produção, a importação, a exportação e
a comercialização de medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos, bem
como de outros produtos como alimentos,
cosméticos, produtos de higiene e
saneantes.
Entre as principais medidas previstas na
Lei nº 6.360, destacam-se:
● A obrigatoriedade de registro
prévio dos medicamentos junto à
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa);
● A exigência de estudos de
segurança, eficácia e qualidade
dos medicamentos;
● A proibição da comercialização de
medicamentos sem registro ou
com registro cancelado ou
suspenso;
● A determinação de que a produção
e o controle de qualidade dos
medicamentos devem ser
realizados em condições
adequadas;
● A exigência de rotulagem e bula
informativas para os
medicamentos;
● A criação do Sistema Nacional de
Farmacovigilância para monitorar
a segurança dos medicamentos.
A Lei nº 6.360 é uma importante norma
que busca garantir a segurança, a eficácia
e a qualidade dos produtos de interesse
para a saúde disponíveis no mercado
brasileiro, além de proteger a saúde da
população e regulamentar as atividades
do setor.
Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999
A Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de
1999, é uma norma que dispõe sobre a
pesquisa, o desenvolvimento, a produção
e a comercialização de medicamentos e
produtos farmacêuticos, além de
regulamentar a fabricação de
medicamentos genéricos.
A lei estabelece as condições para o
registro de medicamentos, prevendo a
necessidade de comprovação de sua
segurança, eficácia e qualidade, além de
estabelecer a obrigatoriedade da
realização de estudos clínicos para avaliar
a eficácia dos medicamentos.
A Lei nº 9.787 também institui a
possibilidade de registro de
medicamentos genéricos, que são aqueles
que apresentam a mesma composição
qualitativa e quantitativa em princípio
ativo, forma farmacêutica, via de
administração, posologia e indicação
terapêutica de um medicamento de
referência já registrado no país. Os
medicamentos genéricos são uma
alternativa mais acessível e econômica
para a população, pois são vendidos a
preços mais baixos do que os
medicamentos de referência.
A norma também prevê a concessão de
patentes para os medicamentos,
estabelecendo as regras para sua
proteção e a possibilidade de quebra da
patente em caso de interesse público ou
em situações de emergência sanitária.
A Lei nº 9.787 é uma importante
legislação que busca garantir a
segurança, a eficácia e a qualidade dos
medicamentos disponíveis no mercado
brasileiro, além de incentivar a produção
de medicamentos genéricos e a pesquisa
e o desenvolvimento de novos produtos
farmacêuticos.
Noções gerais da legislação vigente
sobre: financiamento da assistência
farmacêutica; medicamentos essenciais;
boas práticas de armazenamento e
distribuição de medicamentos.
Financiamento da assistência
farmacêutica:
O financiamento da assistência
farmacêutica é regulamentado pela Lei nº
8.080/1990, que dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde. De acordo com a
lei, a assistência farmacêutica é uma das
atividades integrantes do Sistema Único
de Saúde (SUS) e deve ser garantida pelo
poder público com recursos próprios,
oriundos do orçamento da saúde.
Além disso, a Portaria nº 3.992/2017
estabelece os valores de financiamento
da assistência farmacêutica pelo
Ministério da Saúde, com a finalidade de
apoiar estados e municípios na aquisição
de medicamentos e outros insumos para a
saúde.
Medicamentos essenciais:
A lista de medicamentos essenciais é
regulamentada pela RelaçãoNacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME), que
é atualizada periodicamente pelo
Ministério da Saúde. A RENAME define
quais medicamentos devem estar
disponíveis no SUS para atender às
necessidades básicas da população.
As ações de vigilância sanitária dos
medicamentos essenciais são
regulamentadas pela Resolução RDC nº
44/2009 da Anvisa, que estabelece as
diretrizes para a qualificação, seleção,
avaliação e reavaliação dos
medicamentos essenciais.
Boas práticas de armazenamento e
distribuição de medicamentos:
As boas práticas de armazenamento e
distribuição de medicamentos são
regulamentadas pela RDC nº 301/2019
da Anvisa, que estabelece os requisitos
para o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação e da
comercialização de produtos
farmacêuticos em farmácias e drogarias.
A norma estabelece, por exemplo, os
requisitos para o armazenamento dos
medicamentos, incluindo temperatura e
umidade adequadas, a necessidade de
controle de estoque e de identificação dos
medicamentos, e a obrigatoriedade de
rastreabilidade dos medicamentos, desde
a fabricação até a dispensação. Além
disso, a RDC nº 301/2019 também
regulamenta a distribuição de
medicamentos pela internet,
estabelecendo as condições e requisitos
para a venda online de medicamentos.
Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no
Sistema Único de Saúde –
Conitec, criada pela Lei nº
12.401, de 28 de abril de 2011,
que dispõe sobre a assistência
terapêutica e a incorporação de
tecnologia em saúde no âmbito do
Sistema Único de Saúde.
A Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no Sistema Único de Saúde
(Conitec) foi criada pela Lei nº
12.401/2011 com o objetivo de avaliar e
definir as tecnologias em saúde que
devem ser incorporadas ao SUS, bem
como estabelecer diretrizes para a sua
utilização.
Entre as suas atribuições, destacam-se:
● Avaliar a eficácia, a efetividade e a
segurança das tecnologias em
saúde, considerando critérios
técnicos e científicos;
● Estabelecer critérios para a
incorporação, exclusão ou
alteração de tecnologias em saúde
no SUS;
● Elaborar recomendações para o
uso racional de tecnologias em
saúde no âmbito do SUS;
● Estabelecer protocolos clínicos e
diretrizes terapêuticas para
orientar a utilização de tecnologias
em saúde;
● Realizar análises econômicas das
tecnologias em saúde e avaliar o
seu impacto orçamentário para o
SUS.
A Conitec é composta por membros
indicados pelo Ministério da Saúde, pela
Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
e pelo Conselho Nacional de Secretários
de Saúde (Conass). Além disso, conta
com a participação de representantes de
entidades médicas, de usuários do SUS
e da indústria farmacêutica.
Boas práticas farmacêuticas para o
controle sanitário do funcionamento,
da dispensação de produtos e da
prestação de serviços farmacêuticos
em farmácias; medicamentos sob
controle especial (Portaria nº 344/98 e
suas atualizações).
As boas práticas farmacêuticas são um
conjunto de diretrizes e recomendações
que visam garantir a qualidade e a
segurança dos serviços prestados pelas
farmácias, bem como a proteção da saúde
pública. Dentre as principais práticas,
destacam-se:
● Manter um ambiente adequado,
com boa iluminação, ventilação e
limpeza;
● Garantir o armazenamento
adequado dos medicamentos,
respeitando as condições de
temperatura e umidade
recomendadas pelos fabricantes;
● Controlar o estoque de
medicamentos, garantindo que os
produtos estejam dentro do prazo
de validade e que sejam
dispensados na ordem de
chegada;
● Identificar e armazenar
corretamente os medicamentos
que requerem cuidados especiais,
como os que precisam ser
mantidos refrigerados ou
protegidos da luz;
● Disponibilizar informações claras e
precisas sobre os medicamentos e
orientações adequadas para o uso
correto dos produtos;
● Garantir que os medicamentos
sejam dispensados somente
mediante a apresentação de
receita médica ou prescrição de
profissional habilitado;
● Manter um registro atualizado dos
medicamentos dispensados e das
orientações fornecidas aos
pacientes;
● Oferecer serviços farmacêuticos,
como orientações sobre
medicamentos, verificação de
pressão arterial e glicemia, e
acompanhamento
farmacoterapêutico.
Os medicamentos sob controle especial
são aqueles que apresentam risco de
abuso ou dependência, sendo
regulamentados pela Portaria nº 344/98 e
suas atualizações. Entre os principais
medicamentos sob controle especial,
destacam-se os psicotrópicos, os
anabolizantes e os opioides.
As farmácias que desejam dispensar
medicamentos sob controle especial
devem cumprir requisitos específicos de
segurança, como a adoção de medidas de
controle de acesso aos produtos, o
armazenamento em local específico e
seguro, e o registro rigoroso das
transações de compra e venda. Além
disso, é necessário que a farmácia esteja
devidamente registrada junto à Anvisa e
cumpra todas as normas e
regulamentações aplicáveis.
A Portaria nº 344/98 é uma norma que
regulamenta o controle de substâncias
psicotrópicas e entorpecentes no Brasil.
Ela estabelece as condições para a
prescrição, dispensação, controle e
fiscalização dessas substâncias e seus
medicamentos. Além disso, ela define as
categorias de medicamentos sujeitos a
controle especial e suas respectivas
exigências.
As resoluções que complementam a
Portaria nº 344/98 são:
● Resolução RDC nº 58/2007:
Estabelece os requisitos técnicos
para o funcionamento de
farmácias e drogarias que
realizam o comércio de drogas
antimicrobianas.
● Resolução RDC nº 44/2009:
Define os critérios para o registro
de empresas fabricantes,
distribuidoras e importadoras de
medicamentos e produtos para a
saúde sujeitos à vigilância
sanitária.
● Resolução RDC nº 27/2012:
Estabelece os procedimentos e
requisitos técnicos para a
regularização e fiscalização de
empresas fabricantes de
medicamentos.
● Resolução RDC nº 67/2007:
Dispõe sobre as boas práticas de
manipulação de preparações
magistrais e oficinais para uso
humano em farmácias.
● Resolução RDC nº 20/2011:
Define as boas práticas de
distribuição, armazenagem e
transporte de medicamentos.
● Resolução RDC nº 73/2016:
Estabelece as regras para a venda
de medicamentos pela internet.
Essas resoluções complementam e
atualizam as exigências estabelecidas
pela Portaria nº 344/98, com o objetivo de
garantir o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação de
produtos e da prestação de serviços
farmacêuticos em farmácias.
Algumas das principais resoluções sobre
controle especial de medicamentos
publicadas entre 2020 e 2023 são:
● Resolução RDC nº 417/2020:
Estabelece os requisitos técnicos
para a prescrição, dispensação,
monitoramento e controle dos
medicamentos que contenham
substâncias análogas aos
canabinoides, como o THC e o
CBD, para uso medicinal.
● Resolução RDC nº 424/2020:
Altera a Resolução RDC nº
222/2018 e amplia a lista de
medicamentos que podem ser
dispensados por meio de
prescrição eletrônica, incluindo
medicamentos sujeitos a controle
especial.
● Resolução RDC nº 428/2020:
Dispõe sobre as exigências para a
comercialização e a dispensação
de medicamentos controlados em
farmácias e drogarias.
● Resolução RDC nº 463/2021:
Altera a Resolução RDC nº
222/2018 e estabelece novos
requisitos para a emissão e o
armazenamento de prescrições
eletrônicas de medicamentos
controlados.
● Resolução RDC nº 475/2021:
Regulamenta a prescrição e a
dispensação de medicamentos
que contenham a substância
hidroxicloroquina para uso
exclusivo no tratamento de
pacientes com COVID-19, com
base em critérios clínicos
estabelecidos pelo Ministério da
Saúde.
● Resolução RDC nº 476/2021:
Estabelece os requisitos técnicos
para a prescrição, dispensação e
controle dos medicamentos à base
de Ivermectina, substância
utilizada no tratamento de
infecções parasitárias.
● Resolução RDC nº 498/2021:
Regulamenta a prescrição, a
dispensação e o uso do
medicamento Hidroxicloroquina
para o tratamento da malária no
Brasil.
Essas resoluções têm o objetivo de
garantir a segurançae a eficácia dos
medicamentos sob controle especial,
além de regulamentar as condições de
prescrição, dispensação e monitoramento
desses produtos. As farmácias e drogarias
devem cumprir rigorosamente todas as
normas estabelecidas para garantir o
controle sanitário desses medicamentos e
a proteção da saúde pública.
Política Nacional de Assistência
Farmacêutica (Resolução CNS nº 338).
Farmacêutica (PNAF) foi criada pela
Resolução nº 338, de 06 de maio de
2004, do Conselho Nacional de Saúde
(CNS) e tem como objetivo garantir o
acesso da população a medicamentos
seguros, eficazes e de qualidade, por meio
de ações integradas entre os diversos
setores do sistema de saúde.
Dentre os principais pontos da PNAF,
destacam-se:
1. A integralidade da assistência
farmacêutica, contemplando todas
as etapas do ciclo da assistência
farmacêutica, desde a seleção até
a dispensação dos medicamentos.
2. A participação da comunidade na
gestão da assistência
farmacêutica, por meio dos
conselhos de saúde e da
promoção do uso racional de
medicamentos.
3. A promoção do acesso aos
medicamentos de forma
equitativa, considerando as
diferenças regionais, as condições
epidemiológicas e a capacidade
econômica dos indivíduos e do
sistema de saúde.
4. A garantia da qualidade dos
medicamentos, por meio do
controle sanitário, da avaliação de
tecnologias em saúde e da
regulação dos preços.
5. A organização da assistência
farmacêutica no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS),
com a integração das ações de
vigilância sanitária, promoção da
saúde e atenção à saúde.
6. A valorização do papel do
farmacêutico como profissional da
saúde, responsável pelo cuidado
farmacêutico e pela garantia da
qualidade dos medicamentos.
A PNAF é fundamental para garantir o
acesso da população a medicamentos de
qualidade e promover o uso racional de
medicamentos, contribuindo para a
melhoria da saúde da população
brasileira.
Princípios de ética profissional –
Resolução nº 711, de 30 julho de 2021,
que dispõe sobre o Código de Ética
Farmacêutica.
Dentre os princípios de ética profissional
destacam-se:
1. Autonomia: o farmacêutico tem o
direito e a responsabilidade de
tomar decisões profissionais de
forma autônoma e consciente, com
base em princípios éticos, legais e
científicos.
2. Beneficência: o farmacêutico tem
o dever de agir em benefício dos
pacientes, promovendo a saúde,
prevenindo doenças e evitando
danos.
3. Não maleficência: o farmacêutico
tem o dever de não causar danos
aos pacientes, evitando práticas
que possam colocar em risco a
saúde ou a vida dos indivíduos.
4. Justiça: o farmacêutico tem o
dever de agir com justiça e
equidade, garantindo o acesso dos
pacientes a medicamentos e
serviços de saúde de qualidade,
sem discriminação.
5. Confidencialidade: o farmacêutico
tem o dever de manter o sigilo das
informações obtidas no exercício
da profissão, respeitando a
privacidade e a intimidade dos
pacientes.
6. Respeito à vida: o farmacêutico
tem o dever de respeitar a vida
humana em todas as suas formas,
evitando práticas que possam
prejudicar a saúde ou a
integridade física e emocional dos
pacientes.
7. Competência: o farmacêutico tem
o dever de manter-se atualizado e
capacitado para exercer sua
profissão de forma competente e
responsável, seguindo as normas
e padrões estabelecidos pelos
órgãos reguladores.
O Código de Ética Farmacêutica é
fundamental para garantir a qualidade e a
segurança dos serviços prestados pelos
farmacêuticos, contribuindo para a
promoção da saúde e a prevenção de
doenças na população.
RENAME contempla os medicamentos e
insumos disponibilizados no SUS
(Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011 e
estruturada de acordo com a Resolução
MS/GM/CIT nº 25, de 31 de agosto de 2017).
A RENAME (Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais) é uma lista de
medicamentos e insumos disponibilizados
no SUS (Sistema Único de Saúde). Foi
criada com o objetivo de orientar os
gestores do SUS na seleção, padronização
e aquisição desses medicamentos,
visando garantir o acesso da população a
tratamentos seguros e eficazes.
A RENAME foi instituída pelo Decreto nº
7.508, de 28 de junho de 2011, que
estabeleceu a Política Nacional de Saúde,
e é estruturada de acordo com a
Resolução MS/GM/CIT nº 25, de 31 de
agosto de 2017. Ela é composta por dois
grupos:
1. Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais
(RENAME) - Medicamentos e
Insumos Estratégicos para o SUS:
são os medicamentos e insumos
considerados essenciais para o
tratamento de doenças prioritárias
do SUS, como HIV/AIDS,
tuberculose, hanseníase, hepatites
virais, diabetes, hipertensão
arterial, dentre outras.
2. Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica (CEAF):
é a lista de medicamentos e
insumos utilizados no tratamento
de doenças raras ou de alta
complexidade, que necessitam de
acompanhamento especializado e
alto custo.
A RENAME é atualizada periodicamente,
levando em consideração critérios
técnicos e científicos, além da demanda e
da necessidade da população. A inclusão
de um medicamento na lista é feita após
avaliação criteriosa da eficácia, segurança
e custo-benefício, além de sua
disponibilidade e capacidade de
distribuição pelo SUS.
A RENAME (Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais) é uma lista
elaborada pelo Ministério da Saúde do
Brasil que define quais medicamentos
devem estar disponíveis no Sistema Único
de Saúde (SUS) para atender às
necessidades básicas da população. A
lista é atualizada periodicamente e
atualmente está em sua 11ª edição,
publicada
A Resolução 357, publicada em abril de
2011 pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA),
estabelece os requisitos mínimos para o
funcionamento de farmácias e drogarias
em todo o território nacional.
Entre as principais disposições da
resolução, destacam-se as seguintes:
● Definir que as farmácias e
drogarias devem ter responsável
técnico, farmacêutico
regularmente inscrito no Conselho
Regional de Farmácia
● Exige que as farmácias e drogarias
mantenham registros das
atividades e dos medicamentos
comercializados;
● Determina que os medicamentos
devem ser armazenados em
condições adequadas de
temperatura e umidade, com
controle de acesso e
monitoramento periódico;
● Estabelece que as embalagens de
medicamentos devem conter
informações claras e precisas
sobre a composição, posologia,
indicações e contraindicações;
● Determina que as farmácias e
drogarias não podem comercializar
medicamentos que estejam com o
prazo de validade vencido ou em
condições inadequadas de
armazenamento;
● Estabelece que as farmácias e
drogarias devem fornecer
informações claras e precisas aos
pacientes sobre o uso correto dos
medicamentos e possíveis efeitos
adversos;
● Exige que as farmácias e drogarias
mantenham um manual de boas
práticas de dispensação de
medicamentos, com
procedimentos e normas claras
para a dispensação e controle dos
medicamentos.
A Resolução 357/2011 é uma importante
norma regulatória para garantir a
qualidade, segurança e eficácia dos
medicamentos comercializados em
farmácias e drogarias no Brasil.
Código de Ética Farmacêutica
É um conjunto de princípios e normas
éticas que orientam a conduta profissional
dos farmacêuticos no exercício da sua
atividade. Entre as principais disposições
do código, destacam-se as seguintes:
● O farmacêutico deve pautar sua
conduta profissional pelos
princípios da ética, honestidade,
responsabilidade, competência e
respeito aos direitos humanos;
● O farmacêutico deve zelar pela
saúde e bem-estar da população,
contribuindo para a promoção,
prevenção e recuperação da
saúde;
● O farmacêutico deve respeitar e
proteger a dignidade, privacidade
e confidencialidade dos pacientes,
mantendo sigilo sobre as
informações obtidas no exercício
profissional;
● O farmacêutico deve estar
atualizado e qualificado
tecnicamente para o exercício da
profissão, buscando sempre
aperfeiçoamento e atualização
científica;
● O farmacêutico deve dispensar
medicamentos somente com
prescrição médica ou
odontológica, respeitando as
normas legais e éticas de
prescriçãoe dispensação de
medicamentos;
● O farmacêutico deve atuar em
conjunto com outros profissionais
de saúde, colaborando para a
promoção da saúde e prevenção
de doenças;
● O farmacêutico não pode receber
remuneração ou benefício
financeiro que possa comprometer
sua independência profissional ou
afetar a qualidade da assistência
prestada aos pacientes.
O Código de Ética Farmacêutica é uma
importante referência para os
farmacêuticos em sua atuação
profissional, garantindo a qualidade,
segurança e ética na prestação de
serviços farmacêuticos à população.
O controle especial de
antimicrobianos
medida regulatória adotada pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
para monitorar e controlar a
comercialização de medicamentos
antibacterianos no país. O objetivo é
prevenir o uso indiscriminado desses
medicamentos, que pode levar ao
desenvolvimento de resistência
bacteriana e à perda de eficácia no
tratamento de infecções.
As principais medidas de controle
especial de antimicrobianos incluem:
● Exigência de receita médica com
validade de 10 dias para a compra
de antimicrobianos;
● Notificação obrigatória da venda
de antimicrobianos pelos
estabelecimentos de saúde à
ANVISA;
● Registro eletrônico da venda de
antimicrobianos pelos
estabelecimentos de saúde;
● Restrição da propaganda de
antimicrobianos;
● Obrigatoriedade de informação ao
paciente sobre o uso correto de
antimicrobianos.
Essas medidas visam garantir o uso
racional e adequado dos antimicrobianos,
evitando a seleção de bactérias
resistentes e preservando a eficácia
desses medicamentos para o tratamento
de infecções. Além disso, o controle
especial de antimicrobianos também
permite a identificação de padrões de
consumo desses medicamentos,
fornecendo informações para a
elaboração de políticas públicas de saúde
e monitoramento da resistência
bacteriana.
O Programa de Saúde da Família
(PSF)
estratégia de saúde pública
implementada pelo Ministério da Saúde
do Brasil em 1994. O objetivo do
programa é proporcionar atendimento
integral e continuado à população, com
foco na prevenção e promoção da saúde,
por meio da atuação de equipes
multiprofissionais em unidades básicas de
saúde.
As equipes do PSF são formadas por
médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem, dentistas e agentes
comunitários de saúde, que trabalham em
conjunto para promover a saúde da
população de uma determinada área
geográfica. O PSF tem como princípios a
territorialização, a integralidade do
cuidado, a longitudinalidade do cuidado e
a interdisciplinaridade.
Entre as principais ações desenvolvidas
pelas equipes do PSF estão ações de
prevenção e promoção da saúde, como
vacinação, orientações sobre hábitos
saudáveis e prevenção de doenças,
acompanhamento de gestantes e
crianças, atendimento a doenças crônicas
e ações de vigilância em saúde. As
equipes também realizam visitas
domiciliares, a fim de identificar e atender
as necessidades de saúde da população
da área de abrangência.
O PSF é considerado um dos programas
mais importantes do Sistema Único de
Saúde (SUS), pois é uma estratégia que
busca promover a saúde, prevenir
doenças e atender a população de forma
integral e humanizada, com foco na
atenção básica. Além disso, o programa
tem como objetivo fortalecer o vínculo
entre a população e os serviços de saúde,
contribuindo para a melhoria da qualidade
de vida e o bem-estar das pessoas.
Atribuições profissionais na
atividade fiscalizadora sanitária,
profissional e técnica.
Essas atribuições visam garantir a
qualidade, segurança e eficácia dos
produtos e serviços relacionados à saúde,
bem como a proteção da saúde pública.
Dentre as atribuições do farmacêutico na
atividade fiscalizadora sanitária estão:
● Fiscalização do comércio,
fabricação, armazenamento,
distribuição e dispensação de
produtos sujeitos a controle
sanitário, como medicamentos,
cosméticos, produtos para saúde,
alimentos e outros;
● Inspeção de estabelecimentos que
realizam atividades relacionadas à
saúde, como farmácias, drogarias,
indústrias farmacêuticas,
distribuidoras, laboratórios de
análises clínicas, entre outros;
● Verificação da qualidade,
segurança e eficácia dos produtos
sujeitos a controle sanitário, por
meio de análises e testes
laboratoriais;
● Orientação e fiscalização do
cumprimento da legislação
sanitária e das boas práticas de
fabricação, distribuição e
dispensação de produtos
relacionados à saúde;
● Investigação de denúncias e
suspeitas de irregularidades
relacionadas à saúde, como
falsificação, adulteração e
contrabando de produtos sujeitos
a controle sanitário;
● Participação em ações de
vigilância em saúde, como controle
de surtos e epidemias,
monitoramento de doenças
transmissíveis, entre outras.
Além disso, o farmacêutico também tem
atribuições profissionais e técnicas
relacionadas à gestão da qualidade,
segurança e eficácia dos produtos e
serviços relacionados à saúde, como a
validação de métodos analíticos, o
desenvolvimento de metodologias, o
controle de qualidade, entre outras. Em
todas essas atividades, o farmacêutico
tem como objetivo garantir a proteção da
saúde pública e a promoção do uso
racional de medicamentos e produtos de
saúde.
boas práticas farmacêuticas
são um conjunto de normas e
procedimentos que visam garantir a
qualidade, segurança e eficácia dos
produtos e serviços relacionados à saúde,
bem como a proteção da saúde pública.
No contexto da dispensação,
comercialização e prestação de serviços
farmacêuticos em farmácias, as boas
práticas incluem:
1. Armazenamento correto dos
medicamentos: os medicamentos
devem ser armazenados em locais
adequados, com temperatura,
umidade e iluminação controladas,
para garantir sua qualidade e
eficácia.
2. Controle de estoque: é importante
manter um controle rigoroso do
estoque de medicamentos,
evitando a falta de produtos e a
exposição a condições
inadequadas de armazenamento.
3. Rastreabilidade: todos os
medicamentos devem ser
identificados e rastreados desde a
sua aquisição até a sua
dispensação, garantindo a
segurança do paciente e
facilitando a identificação de
possíveis problemas.
4. Dispensação responsável: o
farmacêutico deve avaliar a
prescrição médica e orientar o
paciente sobre a forma correta de
uso do medicamento, os efeitos
colaterais e possíveis interações
com outros medicamentos.
5. Registro de informações: todas as
informações relacionadas à
dispensação de medicamentos e
prestação de serviços
farmacêuticos devem ser
registradas de forma clara e
organizada, facilitando a
comunicação entre os profissionais
envolvidos e a monitorização da
qualidade do serviço prestado.
6. Capacitação dos profissionais: os
profissionais envolvidos na
dispensação, comercialização e
prestação de serviços
farmacêuticos devem ser
capacitados e atualizados
regularmente sobre as boas
práticas farmacêuticas, a
legislação sanitária e as novas
tecnologias e terapias disponíveis.
7. Monitorização e auditoria: é
importante realizar auditorias
periódicas para avaliar o
cumprimento das boas práticas
farmacêuticas e identificar
possíveis problemas e
oportunidades de melhoria.
Essas são algumas das principais boas
práticas farmacêuticas relacionadas à
dispensação, comercialização e prestação
de serviços farmacêuticos em farmácias.
O cumprimento dessas normas e
procedimentos é fundamental para
garantir a qualidade e segurança dos
produtos e serviços relacionados à saúde,
bem como a proteção da saúde pública.
prescrição farmacêutica
atividade clínica que permite ao
farmacêutico prescrever medicamentos e
outros produtos de saúde, além de
realizar ajustes de dose, intervalo de
administração e forma farmacêutica de
acordo com a necessidade do paciente. A
prescrição farmacêutica é regulamentada
pelo Conselho Federal de Farmácia e tem
como objetivo ampliar o acesso do
paciente a medicamentos e outros
produtos de saúde, garantindo maior
segurança e efetividade do tratamento.
Além da prescrição farmacêutica, o
farmacêutico também tem diversas outras
atribuições clínicas, como:
1. Acompanhamento
farmacoterapêutico:o
farmacêutico pode realizar o
acompanhamento
farmacoterapêutico do paciente,
avaliando a eficácia e segurança
do tratamento e realizando ajustes
quando necessário.
2. Atendimento clínico: o
farmacêutico pode atuar no
atendimento clínico ao paciente,
realizando a anamnese, avaliação
de sinais e sintomas, orientação
sobre medicamentos e outros
produtos de saúde, entre outras
atividades.
3. Gerenciamento de terapia
medicamentosa: o farmacêutico
pode atuar no gerenciamento da
terapia medicamentosa do
paciente, avaliando possíveis
interações medicamentosas e
orientando sobre o uso correto dos
medicamentos.
4. Cuidados em saúde: o
farmacêutico pode atuar em
cuidados em saúde, como aferição
de pressão arterial, teste de
glicemia capilar, aplicação de
vacinas, entre outras atividades.
5. Participação em equipes
multidisciplinares: o farmacêutico
pode atuar em equipes
multidisciplinares, contribuindo
para a melhoria da qualidade do
atendimento em saúde e para a
promoção da saúde e prevenção
de doenças.
Essas são algumas das principais
atribuições clínicas do farmacêutico, que
permitem uma atuação mais ampla e
integrada no cuidado em saúde. É
importante destacar que as atribuições
clínicas do farmacêutico podem variar de
acordo com a legislação de cada país e
região.
políticas públicas no Brasil têm sua
construção histórica
marcada por diferentes fases e contextos,
desde a época do Império até os dias
atuais. Algumas das principais fases e
políticas públicas relevantes são:
1. Período colonial: o sistema de
saúde no Brasil durante o período
colonial era bastante precário, com
a ausência de políticas públicas
voltadas para a saúde da
população. O atendimento era
realizado de forma improvisada,
com a utilização de ervas
medicinais e outros recursos
caseiros.
2. Período imperial: com a chegada
da família real portuguesa ao
Brasil, foram criados os primeiros
hospitais públicos, como a Santa
Casa de Misericórdia. Também
foram criados os primeiros órgãos
responsáveis pela saúde pública,
como o Conselho de Saúde.
3. República Velha: neste período, as
políticas públicas eram voltadas
principalmente para o controle
sanitário das cidades e ações para
o combate de epidemias, como a
Febre Amarela e a Varíola. Foi
criado o Departamento Nacional
de Saúde Pública, que se tornou
referência na luta contra as
epidemias.
4. Era Vargas: durante o governo de
Getúlio Vargas, foi criado o
Instituto Nacional do Serviço
Social (INSS), que tinha como
objetivo prestar assistência social
e serviços de saúde para os
trabalhadores. Também foi criado
o Ministério da Saúde, responsável
pela organização e coordenação
das políticas públicas de saúde.
5. Ditadura militar: neste período, as
políticas públicas foram marcadas
pela centralização e controle do
Estado sobre a saúde pública. Foi
criado o Sistema Nacional de
Saúde (SNS), que tinha como
objetivo unificar e controlar a
assistência médica em todo o país.
6. Nova República: com o fim da
ditadura militar, foi criado o
Sistema Único de Saúde (SUS),
que tem como princípio a
universalidade, integralidade e
equidade do acesso à saúde. O
SUS é financiado pelos recursos
públicos e tem como objetivo
oferecer serviços de saúde para
toda a população brasileira,
independentemente da sua
condição social ou econômica.
Além das políticas públicas voltadas para
a saúde, o Brasil também teve outras
políticas públicas importantes em áreas
como educação, segurança pública,
habitação, entre outras. As políticas
públicas no Brasil têm sido marcadas por
avanços e retrocessos ao longo da
história, e a luta pela garantia dos direitos
sociais continua sendo uma pauta
fundamental para a construção de uma
sociedade mais justa e equitativa.
A Constituição Federal de 1988
estabelece uma série de direitos e
garantias fundamentais relacionados à
saúde, que devem ser assegurados pelo
Estado brasileiro. Algumas das principais
disposições sobre saúde presentes na
Constituição Federal são:
1. Saúde como direito de todos e
dever do Estado: o artigo 196 da
Constituição estabelece que a
saúde é um direito de todos e
dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução
do risco de doenças e de outros
agravos, e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para
a promoção, proteção e
recuperação da saúde.
2. Organização do Sistema Único de
Saúde (SUS): o artigo 198 da
Constituição estabelece que o SUS
será organizado de acordo com as
seguintes diretrizes:
universalidade de acesso,
integralidade de assistência,
participação da comunidade,
descentralização
político-administrativa e
financiamento público.
3. Participação da comunidade: o
artigo 198 também prevê a
participação da comunidade na
gestão do SUS, por meio de
conselhos e conferências de
saúde.
4. Financiamento da saúde: o artigo
195 da Constituição estabelece
que a seguridade social, da qual a
saúde faz parte, será financiada
por meio de recursos da União,
dos estados, do Distrito Federal e
dos municípios, além de
contribuições sociais e outras
fontes de receita.
5. Atuação do setor privado: o artigo
199 da Constituição prevê a
possibilidade de atuação do setor
privado na assistência à saúde,
desde que em conformidade com o
SUS e com participação
complementar do setor público.
Essas disposições da Constituição Federal
de 1988 são fundamentais para a
garantia do direito à saúde no Brasil e
para a organização do SUS, que é
considerado um dos maiores sistemas
públicos de saúde do mundo. O
cumprimento dessas disposições depende
não apenas da atuação do Estado, mas
também da mobilização e participação da
sociedade civil na defesa dos seus
direitos.
A Lei nº 8.080/90
Lei Orgânica da Saúde, é uma lei federal
brasileira que estabelece as bases do
Sistema Único de Saúde (SUS). Ela foi
promulgada em 19 de setembro de 1990
e regulamenta o artigo 196 da
Constituição Federal de 1988, que
estabelece a saúde como direito de todos
e dever do Estado.
Entre os principais objetivos da Lei nº
8.080/90 estão:
1. A promoção da saúde e a
prevenção de doenças;
2. A assistência integral à saúde,
incluindo a recuperação e a
reabilitação de pacientes;
3. A universalidade do acesso aos
serviços de saúde, sem
discriminação ou preconceito;
4. A descentralização das ações de
saúde, com a participação da
comunidade na gestão do SUS;
5. A integração das ações e serviços
de saúde em uma rede
regionalizada e hierarquizada;
6. A utilização de tecnologias de
saúde que sejam seguras, eficazes
e de custo-efetividade
comprovada;
7. A articulação das políticas e
programas de saúde com as
políticas e programas de
desenvolvimento social e
econômico do país.
A Lei nº 8.080/90 também estabelece as
competências e atribuições das esferas de
governo (federal, estadual e municipal) no
âmbito do SUS, assim como os princípios
e diretrizes para a organização e
funcionamento do sistema. Dentre os
dispositivos mais relevantes da lei estão a
criação das instâncias colegiadas de
gestão, como os Conselhos de Saúde, e a
garantia do acesso universal e gratuito
aos serviços de saúde em todo o território
nacional.
Em resumo, a Lei nº 8.080/90 é um marco
na história da saúde pública no Brasil,
pois estabelece os princípios e diretrizes
para a construção de um sistema de
saúde mais justo, equânime e eficiente,
que possa atender às necessidades da
população brasileira em termos de
prevenção, promoção, assistência e
recuperação da saúde.
A Lei nº 8.142/90 complementa a
Lei Orgânica da Saúde (Lei nº
8.080/90)
estabelece as normas para a participação
da comunidade na gestão do Sistema
Único de Saúde (SUS). Ela foi promulgada
em 28 de dezembro de 1990 e é
considerada uma das principais leis que
regulamentam a organização e o
funcionamento do SUS.
Entre as principais disposições da Lei nº
8.142/90, destacam-se:
1. A participação da comunidade na
gestão do SUS, por meio dos
Conselhos e Conferências de
Saúde;
2. A obrigatoriedade de que as
instâncias colegiadas de gestão do
SUS tenham caráter permanente,
deliberativo e normativo;
3. Agarantia da transparência e
publicidade das informações sobre
a gestão do SUS, com a
divulgação de dados e indicadores
de saúde;
4. A exigência de que as políticas e
programas de saúde sejam
formulados e implementados de
forma descentralizada e
participativa, com a colaboração
dos diversos setores da sociedade;
5. A necessidade de que as ações e
serviços de saúde sejam
organizados em rede, integrados e
regionalizados, com o objetivo de
garantir a efetividade, eficiência e
resolutividade do SUS;
6. A criação dos Fundos de Saúde,
que têm como objetivo assegurar a
aplicação dos recursos financeiros
destinados ao SUS de forma
transparente e eficiente.
Em resumo, a Lei nº 8.142/90 busca
consolidar a participação da sociedade na
gestão do SUS, garantindo a
transparência, a efetividade e a eficiência
das políticas e programas de saúde. Além
disso, ela reforça a importância da
descentralização e da regionalização do
SUS, valorizando o papel dos municípios e
estados na gestão e financiamento do
sistema.
A Resolução nº 453/12
norma emitida pelo Conselho Nacional
de Saúde que estabelece diretrizes e
normas para a realização de atividades de
vigilância sanitária em estabelecimentos
de saúde. A resolução foi aprovada em 10
de maio de 2012 e tem como objetivo
garantir a qualidade, segurança e eficácia
dos serviços de saúde oferecidos à
população.
Entre as principais disposições da
Resolução nº 453/12, destacam-se:
1. Definição de critérios para
classificação de risco sanitário de
estabelecimentos de saúde;
2. Estabelecimento de requisitos
mínimos para o funcionamento de
estabelecimentos de saúde, tais
como a presença de profissionais
habilitados, equipamentos de
proteção individual, condições
adequadas de higiene, entre
outros;
3. Determinação de exigências para a
operação de equipamentos
médicos, diagnósticos e
terapêuticos;
4. Estabelecimento de requisitos
para a produção, armazenamento,
transporte e distribuição de
produtos para a saúde;
5. Definição de regras para a
realização de investigação e
monitoramento de eventos
adversos em estabelecimentos de
saúde;
6. Criação de critérios para a
realização de inspeções sanitárias
e avaliações periódicas de
estabelecimentos de saúde;
7. Definição de diretrizes para o
monitoramento e avaliação de
serviços de saúde.
A Resolução nº 453/12 é uma norma
importante para a regulamentação das
atividades de vigilância sanitária em
estabelecimentos de saúde. Ela
estabelece diretrizes claras e objetivas
para garantir a qualidade e segurança dos
serviços de saúde oferecidos à população,
contribuindo para a melhoria da saúde
pública no país.
O Decreto nº 7.508/2011
norma que regulamenta a Lei Orgânica da
Saúde (Lei nº 8.080/1990) e define as
responsabilidades dos entes federativos
(União, Estados e Municípios) na
organização e execução de ações e
serviços de saúde no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS).
Entre as principais disposições do Decreto
nº 7.508/2011, destacam-se:
1. Definição das competências e
atribuições das três esferas de
governo na organização e gestão
do SUS;
2. Estabelecimento de regras para a
elaboração dos planos de saúde
em cada esfera de governo, com
definição das prioridades e metas
a serem alcançadas;
3. Criação de mecanismos de
financiamento e transferência de
recursos para o SUS, com base em
critérios epidemiológicos,
demográficos e socioeconômicos;
4. Estabelecimento de diretrizes para
a regulação, controle e avaliação
de serviços e ações de saúde,
incluindo a criação de sistemas de
informação em saúde e a definição
de indicadores de desempenho;
5. Definição de regras para a
participação da sociedade no
controle e gestão do SUS, por
meio de conselhos de saúde e
conferências de saúde.
O Decreto nº 7.508/2011 é uma norma
importante para a organização e gestão
do SUS, pois estabelece as diretrizes e
responsabilidades de cada esfera de
governo na oferta de serviços e ações de
saúde à população. Com isso, busca-se
garantir o acesso universal e igualitário
aos serviços de saúde, promovendo a
melhoria da qualidade de vida e
bem-estar da população brasileira.
A Atenção Primária à Saúde
(APS)
estratégia fundamental para o
desenvolvimento de sistemas de saúde
eficientes e efetivos. Ela se caracteriza por
ser a porta de entrada preferencial dos
usuários ao sistema de saúde, sendo
responsável pelo cuidado integral e
contínuo da população. A APS é capaz de
resolver até 85% dos problemas de saúde
da população, reduzindo a demanda por
serviços de média e alta complexidade.
Os atributos essenciais da APS, definidos
pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), são:
1. Acesso: significa que os serviços
de saúde devem estar disponíveis,
geograficamente acessíveis e
financeiramente acessíveis para
toda a população;
2. Coordenação: os serviços de saúde
devem ser organizados de maneira
a garantir a continuidade do
cuidado, a integração entre os
profissionais e a comunicação
efetiva entre os diferentes níveis
de atenção;
3. Integralidade: significa que os
serviços de saúde devem abranger
ações de promoção da saúde,
prevenção de doenças,
diagnóstico, tratamento e
reabilitação, de forma a atender às
necessidades individuais e
coletivas da população;
4. Orientação para a família e a
comunidade: a APS deve
considerar as características,
necessidades e demandas da
população local, envolvendo e
fortalecendo a participação da
comunidade;
5. Responsabilização: a APS deve
garantir que os serviços prestados
sejam de qualidade, seguros e
efetivos, e que haja um
compromisso com o resultado das
ações realizadas.
A APS é composta por um conjunto de
ações e serviços que devem ser
oferecidos em todos os níveis de atenção
à saúde, sendo responsável por coordenar
e integrar a assistência em saúde. Entre
os serviços oferecidos pela APS, podemos
citar: consultas médicas, consultas de
enfermagem, visitas domiciliares, grupos
de educação em saúde, imunizações,
pré-natal, planejamento familiar,
acompanhamento de doenças crônicas,
entre outros.
A APS é considerada a base da
organização dos sistemas de saúde em
todo o mundo, sendo essencial para a
promoção da equidade e da justiça social
na saúde. Além disso, ela é capaz de
reduzir a morbimortalidade e os custos
com internações e procedimentos de
maior complexidade, garantindo uma
atenção integral e humanizada à
população.
modelos de atenção à saúde no
Brasil, que variam em termos de
conceitos e abordagens. Alguns dos
modelos de atenção à saúde mais comuns
no Brasil incluem:
1. Modelo biomédico: Este é o
modelo mais tradicional e
predominante no Brasil, que se
concentra na identificação e
tratamento de doenças individuais
por meio de exames,
medicamentos e procedimentos
cirúrgicos.
2. Modelo biopsicossocial: Este
modelo amplia o conceito de
saúde para além da mera ausência
de doença, considerando a saúde
como um estado de equilíbrio
físico, mental e social. Assim, esse
modelo aborda a saúde como
resultado da interação entre
fatores biológicos, psicológicos e
sociais.
3. Modelo de atenção básica: Esse
modelo coloca a atenção primária
à saúde no centro do sistema de
saúde, com o objetivo de prevenir
doenças e promover a saúde por
meio de intervenções simples e
efetivas. O modelo de atenção
básica é baseado em equipes
multiprofissionais e na promoção
do cuidado integral, contínuo e
acessível.
4. Modelo de atenção especializada:
Este modelo é voltado para o
tratamento de doenças mais
complexas e exigentes, com
intervenções que envolvem
técnicas e procedimentos mais
avançados.
5. Modelo de atenção integral à
saúde: Este modelo é uma
abordagem mais ampla e holística
para a saúde, que busca incluir
todas as dimensões da saúde e da
vida em geral. Ele enfatiza a
importância da participação da
comunidade, da prevenção de
doenças e da promoção da saúde
como formas de melhorar a
qualidade de vida.
Embora haja uma variedade de modelos
de atenção à saúde no Brasil, o modelo
hegemonicamente adotado é o modelo
biomédico, que se concentra
principalmente no tratamento de doenças
individuais por meio de medicamentose
procedimentos médicos. No entanto, a
tendência atual é a adoção de modelos de
atenção mais abrangentes e integrados,
como o modelo de atenção básica e o
modelo de atenção integral à saúde, que
buscam abordar a saúde de forma mais
holística e preventiva.
Epidemiologia é o estudo da
distribuição e determinantes da ocorrência
de doenças e outros eventos relacionados
à saúde em populações humanas. A
disciplina tem raízes antigas, mas foi
durante o século XIX que se desenvolveu
como um campo de estudo formal. Os
trabalhos de John Snow, um médico
britânico que descobriu a relação entre a
cólera e a contaminação da água em
Londres em 1854, são frequentemente
citados como um marco importante na
história da epidemiologia.
A epidemiologia moderna baseia-se em
princípios conceituais importantes, como a
distribuição da doença, os determinantes
da saúde e a causalidade. A distribuição
da doença refere-se à maneira como a
doença é distribuída em uma população.
Os determinantes da saúde referem-se a
fatores que afetam a saúde de uma
população, incluindo fatores genéticos,
ambientais, comportamentais e
socioeconômicos. A causalidade refere-se
à relação entre causa e efeito na
ocorrência de doenças.
Existem diferentes medidas de frequência
de doenças que são usadas na
epidemiologia, incluindo a prevalência e a
incidência. A prevalência é a proporção de
indivíduos com uma doença em uma
população em um determinado momento.
A incidência é a taxa de novos casos de
uma doença em uma população em risco
durante um determinado período de
tempo.
Os desenhos de pesquisa epidemiológica
incluem estudos observacionais e
experimentais. Os estudos observacionais
incluem estudos transversais, estudos de
coorte e estudos de caso-controle. Os
estudos experimentais incluem ensaios
clínicos randomizados.
Os estudos transversais são usados para
medir a prevalência de uma doença ou
exposição em uma população em um
momento específico. Os estudos de coorte
seguem uma população em risco ao longo
do tempo para avaliar a relação entre
exposições e doenças. Os estudos de
caso-controle comparam indivíduos com e
sem a doença para identificar possíveis
fatores de risco.
Os ensaios clínicos randomizados são
usados para avaliar a eficácia de
tratamentos e intervenções em uma
população. Os participantes são
randomizados em grupos de tratamento e
controle e a intervenção é administrada
ao grupo de tratamento, enquanto o
grupo de controle recebe um placebo ou
tratamento padrão.
Em resumo, a epidemiologia é uma
disciplina importante para o estudo da
saúde das populações humanas. Ela
utiliza diferentes medidas de frequência
de doenças e desenhos de pesquisa para
entender a distribuição e determinantes
das doenças e eventos relacionados à
saúde, e desenvolver estratégias de
prevenção e controle de doenças.

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