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Legislaçã� Farmacêutic� Política Nacional de Medicamentos (Portaria GM nº 3.916/1998). objetivo de garantir o acesso da população a medicamentos seguros, eficazes e de qualidade, por meio da promoção do uso racional dos medicamentos, da regulação do mercado e da produção de medicamentos e da ampliação do acesso aos medicamentos essenciais. A PNM estabelece diretrizes para o desenvolvimento, produção, registro, controle, comercialização e uso dos medicamentos no Brasil, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e da legislação sanitária vigente. Entre as principais medidas da PNM, destacam-se: ● A criação do Comitê Técnico Executivo da Política Nacional de Medicamentos (CTE-PNM), que tem como função coordenar e implementar a política; ● A regulamentação do registro de medicamentos, visando garantir a segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos comercializados no país; ● O estabelecimento de normas para a produção e controle de qualidade de medicamentos, incluindo a criação de uma lista de medicamentos essenciais para o SUS; ● A promoção do uso racional de medicamentos, por meio de ações de educação, informação e orientação aos profissionais de saúde e à população em geral; ● A ampliação do acesso aos medicamentos essenciais, por meio da aquisição centralizada e distribuição gratuita de medicamentos pelo SUS. Serviços farmacêuticos Os serviços farmacêuticos desempenham um papel crucial na atenção básica à saúde, que é a porta de entrada para o sistema de saúde e é responsável por atender as necessidades de saúde da maioria da população. Os serviços farmacêuticos na atenção básica à saúde incluem uma série de atividades, como dispensação de medicamentos, orientação aos pacientes sobre o uso correto dos medicamentos, monitoramento e acompanhamento de pacientes com doenças crônicas, prevenção de reações adversas e interações medicamentosas, promoção do uso racional de medicamentos, entre outros. Os farmacêuticos desempenham um papel fundamental na promoção da saúde e prevenção de doenças por meio de ações educativas e de promoção da adesão ao tratamento. Além disso, os serviços farmacêuticos também podem fornecer informações sobre vacinação, suplementação nutricional, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e orientação sobre práticas saudáveis de vida. Em resumo, os serviços farmacêuticos na atenção básica à saúde são fundamentais para garantir o acesso da população aos medicamentos essenciais, promover o uso racional de medicamentos, prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O Ministério da Saúde tem diversas ações e programas relacionados aos serviços farmacêuticos, com o objetivo de garantir o acesso da população a medicamentos seguros, eficazes e de qualidade, promover o uso racional de medicamentos e melhorar a gestão dos serviços farmacêuticos em todo o país. Dentre as principais ações e programas do Ministério da Saúde relacionados aos serviços farmacêuticos, destacam-se: 1. Programa Farmácia Popular: fornece medicamentos gratuitos ou com desconto para a população, por meio de parcerias com farmácias privadas e unidades próprias. 2. Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica (QUALIFAR-SUS): visa à qualificação dos serviços farmacêuticos na atenção básica à saúde, por meio de capacitação dos profissionais, gestão da assistência farmacêutica e monitoramento dos indicadores de desempenho. 3. Programa de Medicamentos Excepcionais: fornece medicamentos de alto custo para doenças raras e crônicas, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 4. Programa Nacional de Controle da Tuberculose: oferece tratamento gratuito e acompanhamento dos pacientes com tuberculose, incluindo a dispensação dos medicamentos e o monitoramento do tratamento. Além disso, o Ministério da Saúde também tem outras ações relacionadas aos serviços farmacêuticos, como a padronização e regulação dos medicamentos, a promoção da segurança do paciente e a vigilância sanitária dos medicamentos comercializados no país. A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) é responsável por coordenar e promover políticas, programas e projetos relacionados à ciência, tecnologia e insumos estratégicos para a saúde. Dentro deste contexto, os serviços farmacêuticos são um importante componente, uma vez que envolvem aspectos científicos, tecnológicos e de gestão. Dentre as principais ações e programas da SCTIE relacionados aos serviços farmacêuticos, destacam-se: 1. Programa de Desenvolvimento Produtivo em Saúde (PDP): busca fortalecer a indústria nacional de medicamentos, insumos e equipamentos de saúde, promovendo a transferência de tecnologia e a produção nacional de medicamentos e insumos estratégicos para o SUS. 2. Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS): apoia a melhoria da gestão dos serviços de saúde e da assistência farmacêutica, por meio de parcerias com instituições públicas e privadas. 3. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC): é responsável pela avaliação de tecnologias em saúde, incluindo medicamentos, para subsidiar a tomada de decisão quanto à incorporação ou não no SUS. 4. Programa de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS): visa a produção de evidências científicas para subsidiar a tomada de decisão sobre a incorporação de novas tecnologias no SUS. Além disso, a SCTIE também tem outras ações relacionadas aos serviços farmacêuticos, como a regulação de medicamentos e insumos estratégicos, a promoção da pesquisa e inovação em saúde e a formação de recursos humanos em ciência e tecnologia em saúde. Dentre os serviços farmacêuticos em Tecnologia e Insumos Estratégicos, destacam-se: 1. Desenvolvimento de medicamentos: envolve a pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos, desde a descoberta de novas moléculas até a fase de testes clínicos e registro junto aos órgãos regulatórios. 2. Produção de medicamentos e outros insumos: abrange a fabricação, controle de qualidade e distribuição de medicamentos e outros insumos, incluindo insumos farmacêuticos ativos (IFAs), vacinas, soros, entre outros. 3. Regulação de medicamentos e insumos: inclui a avaliação e aprovação de medicamentos e outros insumos pelo órgão regulatório competente, bem como a emissão de normas e regulamentos para o setor farmacêutico. 4. Gestão da assistência farmacêutica: envolve a organização, planejamento, implementação e avaliação de políticas, programas e serviços relacionados aos medicamentos e outros insumos, incluindo a seleção, aquisição, armazenamento, distribuição, dispensação e monitoramento do uso de medicamentos. 5. Farmacovigilância: compreende a detecção, avaliação, compreensão e prevenção de eventos adversos e outros problemas relacionados ao uso de medicamentos, com o objetivo de promover o uso seguro e eficaz de medicamentos. 6. Monitoramento de resistência antimicrobiana: envolve o monitoramento e a avaliação da resistência aos antimicrobianos, bem como a elaboração de políticas e estratégias para prevenir e controlar a resistência aos antimicrobianos. Em resumo, os serviços farmacêuticos em Tecnologia e Insumos Estratégicos são essenciais para garantir o acesso da população a medicamentos e outros insumos seguros, eficazes e de qualidade, além de promover a saúde pública e contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2014, 108 p. – (Cuidado farmacêutico na atenção básica; caderno 1. O Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF) é uma unidade do Ministério da Saúde responsável pela coordenação das políticas e ações relacionadas à assistência farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS). O DAF tem como objetivo garantir o acesso da população a medicamentos e outros insumos de qualidade, promovendo o uso racional e seguro dos mesmos. O Caderno 1 do "Cuidado Farmacêuticona Atenção Básica", produzido pelo DAF em 2014, apresenta uma visão geral da assistência farmacêutica no SUS, abordando desde a legislação e os princípios que norteiam a assistência farmacêutica, até a gestão e organização dos serviços farmacêuticos na atenção básica. Entre os temas abordados no Caderno 1, destacam-se: 1. Política Nacional de Medicamentos: apresenta os princípios e diretrizes da política nacional de medicamentos, que tem como objetivo garantir o acesso da população a medicamentos seguros, eficazes e de qualidade, por meio de ações de regulação, produção, pesquisa e desenvolvimento. 2. Componentes da Assistência Farmacêutica: descreve os diferentes componentes da assistência farmacêutica no SUS, incluindo a seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, uso racional e monitoramento dos medicamentos. 3. Gestão da Assistência Farmacêutica: aborda a organização e gestão dos serviços farmacêuticos na atenção básica, incluindo a estruturação da rede de farmácias, a formação e capacitação dos profissionais, o uso de tecnologias de informação e comunicação, e a participação social na gestão. 4. Cuidado Farmacêutico: apresenta o conceito e os princípios do cuidado farmacêutico, que é uma abordagem centrada no paciente, que visa promover o uso racional e seguro dos medicamentos, por meio de ações como a revisão da terapia medicamentosa, a identificação e resolução de problemas relacionados a medicamentos, a promoção da adesão ao tratamento e o monitoramento da resposta ao tratamento. Em resumo, o Caderno 1 do "Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica" é uma importante ferramenta de apoio para os profissionais que atuam na assistência farmacêutica no SUS, fornecendo informações e orientações para a gestão e organização dos serviços farmacêuticos na atenção básica. Medicamentos genéricos, similares e de referência; exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas (Lei nº 13.021/14). A Lei nº 13.021/14, que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas no Brasil, define os medicamentos genéricos, similares e de referência, estabelecendo as suas características e exigências legais. Os medicamentos de referência são aqueles que passaram por testes de qualidade, eficácia e segurança e foram registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como referência para os demais medicamentos. São comercializados com a marca comercial e têm patente de exclusividade para a sua produção e venda por um período determinado de tempo. Os medicamentos genéricos são cópias idênticas de medicamentos de referência, com as mesmas características farmacológicas, terapêuticas e de segurança, mas são comercializados sem a marca comercial e a um preço mais baixo, uma vez que não há custos de pesquisa e desenvolvimento. Os medicamentos genéricos também são registrados na ANVISA e são obrigados a apresentar a mesma eficácia e segurança que os medicamentos de referência. Os medicamentos similares são aqueles que apresentam as mesmas características farmacológicas e terapêuticas dos medicamentos de referência, mas podem apresentar diferenças em relação aos excipientes e formulação. São comercializados com uma marca comercial própria e não possuem patente de exclusividade. Também são registrados na ANVISA, mas não são obrigados a comprovar a mesma eficácia e segurança dos medicamentos de referência. Quanto ao exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas, a Lei nº 13.021/14 estabelece que o farmacêutico é o responsável técnico pela dispensação de medicamentos e pela orientação aos pacientes sobre o uso correto dos medicamentos, além de ser o responsável pelo armazenamento e conservação dos mesmos. A lei também prevê a obrigatoriedade da presença de pelo menos um farmacêutico durante todo o horário de funcionamento das farmácias e drogarias. A fiscalização das atividades farmacêuticas é realizada pelos Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs), que têm como objetivo garantir o cumprimento das normas e regulamentações relacionadas à assistência farmacêutica e à prática farmacêutica. Os CRFs têm competência para aplicar penalidades, como multas e suspensão do registro profissional, em caso de infrações cometidas pelos farmacêuticos ou pelas empresas que atuam no setor farmacêutico. RDC nº 20, de 05 demaio de 2011; A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 20/2011 foi publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 5 de maio de 2011 e estabeleceu as Boas Práticas de Dispensação em Farmácias e Drogarias em todo o território nacional. As Boas Práticas de Dispensação em Farmácias e Drogarias têm como objetivo garantir a segurança, a eficácia e a qualidade dos medicamentos dispensados, além de assegurar a orientação correta aos pacientes sobre o uso adequado dos medicamentos. A RDC nº 20/2011 define que a dispensação de medicamentos deve ser realizada por um farmacêutico habilitado e com registro ativo no Conselho Regional de Farmácia (CRF), que deve estar presente na farmácia ou drogaria durante todo o horário de funcionamento. A RDC nº 20/2011 estabelece ainda as exigências para a organização e o funcionamento das farmácias e drogarias, incluindo a obrigatoriedade de ter um sistema informatizado para controle de estoque de medicamentos e a exigência de registro das informações sobre a dispensação de medicamentos. A norma também estabelece a necessidade de que as farmácias e drogarias tenham uma área reservada para atendimento farmacêutico e para a orientação aos pacientes sobre o uso adequado dos medicamentos. A RDC nº 20/2011 também define as regras para a venda de medicamentos sujeitos a controle especial, como os medicamentos psicotrópicos e os entorpecentes, que devem ser vendidos apenas com a apresentação de receita médica e com o cumprimento das normas estabelecidas pela legislação brasileira. Por fim, a RDC nº 20/2011 estabelece as sanções aplicáveis em caso de descumprimento das Boas Práticas de Dispensação em Farmácias e Drogarias, que podem variar desde a aplicação de advertências até a interdição da farmácia ou drogaria pelo órgão competente. RDC nº 80, de 11 demaio de 2006; A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 80/2006 foi publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 11 de maio de 2006 e estabeleceu as normas de Boas Práticas de Fabricação para Medicamentos. A RDC nº 80/2006 estabelece as diretrizes gerais para a produção, o controle de qualidade, o armazenamento e a distribuição de medicamentos, com o objetivo de garantir a segurança, a eficácia e a qualidade dos produtos fabricados. A norma se aplica a todas as empresas que fabricam, embalam, rotulam, armazenam e distribuem medicamentos no Brasil, incluindo as empresas nacionais e as importadoras. Entre os principais requisitos da RDC nº 80/2006, destacam-se a necessidade de ter uma estrutura organizacional adequada para o controle de qualidade dos produtos, a adoção de práticas de higiene e limpeza nas áreas de produção e armazenamento, a utilização de equipamentos e instrumentos calibrados e validados, a realização de testes de qualidade durante todas as etapas do processo de produção e a implementação de um sistema de rastreabilidade dos medicamentos fabricados. A RDC nº 80/2006 também estabelece as diretrizes para a validação dos processos de fabricação, para o controle ambiental das áreas de produção, para a qualificação dos fornecedores de matérias-primas e insumos farmacêuticos, e para a elaboração e manutenção dos documentos de qualidade, incluindo os procedimentos operacionais padrão (POPs) e os registros da produção e do controle de qualidade dos medicamentos. A RDC nº 80/2006 tem como objetivo garantir que todos os medicamentos produzidos no Brasil ou importados estejam em conformidade com as Boas Práticas de Fabricação e com as normas de qualidade estabelecidas pela legislação brasileira, para que possam ser comercializados e utilizados com segurança pelos pacientes. Resolução nº 25, de 31 de agostode 2017 – Estabelece as diretrizes de atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS; A Resolução nº 25/2017 foi publicada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) em 31 de agosto de 2017 e estabeleceu as diretrizes de atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A Rename é uma lista de medicamentos considerados essenciais para atender às necessidades de saúde da população brasileira e que devem estar disponíveis no SUS. A lista é atualizada periodicamente para garantir que os medicamentos essenciais estejam disponíveis e acessíveis a todos os usuários do sistema de saúde. A Resolução nº 25/2017 estabeleceu que a atualização da Rename deve ser feita a partir da análise dos critérios de segurança, eficácia, efetividade, acurácia e custo-efetividade dos medicamentos, considerando as necessidades de saúde da população e as evidências científicas disponíveis. A atualização também deve levar em conta a existência de alternativas terapêuticas no mercado e a disponibilidade de recursos financeiros e logísticos para aquisição e distribuição dos medicamentos. A Resolução nº 25/2017 também definiu que a atualização da Rename deve ser feita de forma participativa, com a consulta a especialistas, profissionais de saúde, gestores públicos e organizações da sociedade civil. A atualização da lista deve ser realizada a cada dois anos, a partir da publicação da resolução, e deve ser acompanhada de um plano de implementação que garanta a disponibilidade e o acesso dos medicamentos essenciais em todo o país. A atualização da Rename é uma importante ferramenta de gestão do SUS, que garante a oferta de medicamentos essenciais e contribui para a promoção da saúde e a prevenção de doenças na população brasileira. Portaria GM/MS nº 3.435, de 08 de dezembro de 2021; A Portaria GM/MS nº 3.435, de 08 de dezembro de 2021, é uma normativa do Ministério da Saúde que dispõe sobre a atualização do elenco de medicamentos e insumos para o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19. A portaria estabelece a inclusão de novos medicamentos e insumos para o tratamento da Covid-19, como o remdesivir, a tocilizumabe, a baricitinibe e a sotrovimabe, além de atualizar as recomendações para o uso dos medicamentos já incluídos no elenco, como a dexametasona e o oseltamivir. Além disso, a portaria estabelece as diretrizes para a distribuição dos medicamentos e insumos aos estados e municípios, que devem seguir critérios epidemiológicos e assistenciais para definir as necessidades de cada localidade. A Portaria GM/MS nº 3.435/2021 é uma importante medida para garantir o acesso aos medicamentos e insumos necessários para o tratamento da Covid-19 no país, bem como para orientar os profissionais de saúde e gestores públicos sobre as melhores práticas para o enfrentamento da pandemia. Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, é uma norma que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. A lei estabelece as atividades de fiscalização e controle sanitário da produção, transporte, armazenamento, distribuição e dispensação de medicamentos, além de regulamentar as atividades de fabricação, importação, exportação e comercialização desses produtos. A Lei nº 5.991 também prevê a necessidade de registro prévio dos medicamentos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e estabelece as regras para a rotulagem e a publicidade de medicamentos. A norma ainda institui a obrigatoriedade da presença de farmacêuticos em estabelecimentos que comercializam medicamentos e define as atribuições desses profissionais, como a responsabilidade pela dispensação de medicamentos e a orientação aos usuários sobre o uso correto dos medicamentos. A Lei nº 5.991 é uma importante legislação que busca garantir a segurança, a eficácia e a qualidade dos medicamentos disponíveis no mercado brasileiro, além de proteger a saúde da população e regular as atividades do setor farmacêutico. Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976; A Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, é uma norma que dispõe sobre a vigilância sanitária de medicamentos e outros produtos de interesse para a saúde. A lei estabelece as regras para o registro, a produção, a importação, a exportação e a comercialização de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, bem como de outros produtos como alimentos, cosméticos, produtos de higiene e saneantes. Entre as principais medidas previstas na Lei nº 6.360, destacam-se: ● A obrigatoriedade de registro prévio dos medicamentos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); ● A exigência de estudos de segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos; ● A proibição da comercialização de medicamentos sem registro ou com registro cancelado ou suspenso; ● A determinação de que a produção e o controle de qualidade dos medicamentos devem ser realizados em condições adequadas; ● A exigência de rotulagem e bula informativas para os medicamentos; ● A criação do Sistema Nacional de Farmacovigilância para monitorar a segurança dos medicamentos. A Lei nº 6.360 é uma importante norma que busca garantir a segurança, a eficácia e a qualidade dos produtos de interesse para a saúde disponíveis no mercado brasileiro, além de proteger a saúde da população e regulamentar as atividades do setor. Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 A Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, é uma norma que dispõe sobre a pesquisa, o desenvolvimento, a produção e a comercialização de medicamentos e produtos farmacêuticos, além de regulamentar a fabricação de medicamentos genéricos. A lei estabelece as condições para o registro de medicamentos, prevendo a necessidade de comprovação de sua segurança, eficácia e qualidade, além de estabelecer a obrigatoriedade da realização de estudos clínicos para avaliar a eficácia dos medicamentos. A Lei nº 9.787 também institui a possibilidade de registro de medicamentos genéricos, que são aqueles que apresentam a mesma composição qualitativa e quantitativa em princípio ativo, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica de um medicamento de referência já registrado no país. Os medicamentos genéricos são uma alternativa mais acessível e econômica para a população, pois são vendidos a preços mais baixos do que os medicamentos de referência. A norma também prevê a concessão de patentes para os medicamentos, estabelecendo as regras para sua proteção e a possibilidade de quebra da patente em caso de interesse público ou em situações de emergência sanitária. A Lei nº 9.787 é uma importante legislação que busca garantir a segurança, a eficácia e a qualidade dos medicamentos disponíveis no mercado brasileiro, além de incentivar a produção de medicamentos genéricos e a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos. Noções gerais da legislação vigente sobre: financiamento da assistência farmacêutica; medicamentos essenciais; boas práticas de armazenamento e distribuição de medicamentos. Financiamento da assistência farmacêutica: O financiamento da assistência farmacêutica é regulamentado pela Lei nº 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde. De acordo com a lei, a assistência farmacêutica é uma das atividades integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser garantida pelo poder público com recursos próprios, oriundos do orçamento da saúde. Além disso, a Portaria nº 3.992/2017 estabelece os valores de financiamento da assistência farmacêutica pelo Ministério da Saúde, com a finalidade de apoiar estados e municípios na aquisição de medicamentos e outros insumos para a saúde. Medicamentos essenciais: A lista de medicamentos essenciais é regulamentada pela RelaçãoNacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), que é atualizada periodicamente pelo Ministério da Saúde. A RENAME define quais medicamentos devem estar disponíveis no SUS para atender às necessidades básicas da população. As ações de vigilância sanitária dos medicamentos essenciais são regulamentadas pela Resolução RDC nº 44/2009 da Anvisa, que estabelece as diretrizes para a qualificação, seleção, avaliação e reavaliação dos medicamentos essenciais. Boas práticas de armazenamento e distribuição de medicamentos: As boas práticas de armazenamento e distribuição de medicamentos são regulamentadas pela RDC nº 301/2019 da Anvisa, que estabelece os requisitos para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos farmacêuticos em farmácias e drogarias. A norma estabelece, por exemplo, os requisitos para o armazenamento dos medicamentos, incluindo temperatura e umidade adequadas, a necessidade de controle de estoque e de identificação dos medicamentos, e a obrigatoriedade de rastreabilidade dos medicamentos, desde a fabricação até a dispensação. Além disso, a RDC nº 301/2019 também regulamenta a distribuição de medicamentos pela internet, estabelecendo as condições e requisitos para a venda online de medicamentos. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – Conitec, criada pela Lei nº 12.401, de 28 de abril de 2011, que dispõe sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) foi criada pela Lei nº 12.401/2011 com o objetivo de avaliar e definir as tecnologias em saúde que devem ser incorporadas ao SUS, bem como estabelecer diretrizes para a sua utilização. Entre as suas atribuições, destacam-se: ● Avaliar a eficácia, a efetividade e a segurança das tecnologias em saúde, considerando critérios técnicos e científicos; ● Estabelecer critérios para a incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde no SUS; ● Elaborar recomendações para o uso racional de tecnologias em saúde no âmbito do SUS; ● Estabelecer protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para orientar a utilização de tecnologias em saúde; ● Realizar análises econômicas das tecnologias em saúde e avaliar o seu impacto orçamentário para o SUS. A Conitec é composta por membros indicados pelo Ministério da Saúde, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Além disso, conta com a participação de representantes de entidades médicas, de usuários do SUS e da indústria farmacêutica. Boas práticas farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias; medicamentos sob controle especial (Portaria nº 344/98 e suas atualizações). As boas práticas farmacêuticas são um conjunto de diretrizes e recomendações que visam garantir a qualidade e a segurança dos serviços prestados pelas farmácias, bem como a proteção da saúde pública. Dentre as principais práticas, destacam-se: ● Manter um ambiente adequado, com boa iluminação, ventilação e limpeza; ● Garantir o armazenamento adequado dos medicamentos, respeitando as condições de temperatura e umidade recomendadas pelos fabricantes; ● Controlar o estoque de medicamentos, garantindo que os produtos estejam dentro do prazo de validade e que sejam dispensados na ordem de chegada; ● Identificar e armazenar corretamente os medicamentos que requerem cuidados especiais, como os que precisam ser mantidos refrigerados ou protegidos da luz; ● Disponibilizar informações claras e precisas sobre os medicamentos e orientações adequadas para o uso correto dos produtos; ● Garantir que os medicamentos sejam dispensados somente mediante a apresentação de receita médica ou prescrição de profissional habilitado; ● Manter um registro atualizado dos medicamentos dispensados e das orientações fornecidas aos pacientes; ● Oferecer serviços farmacêuticos, como orientações sobre medicamentos, verificação de pressão arterial e glicemia, e acompanhamento farmacoterapêutico. Os medicamentos sob controle especial são aqueles que apresentam risco de abuso ou dependência, sendo regulamentados pela Portaria nº 344/98 e suas atualizações. Entre os principais medicamentos sob controle especial, destacam-se os psicotrópicos, os anabolizantes e os opioides. As farmácias que desejam dispensar medicamentos sob controle especial devem cumprir requisitos específicos de segurança, como a adoção de medidas de controle de acesso aos produtos, o armazenamento em local específico e seguro, e o registro rigoroso das transações de compra e venda. Além disso, é necessário que a farmácia esteja devidamente registrada junto à Anvisa e cumpra todas as normas e regulamentações aplicáveis. A Portaria nº 344/98 é uma norma que regulamenta o controle de substâncias psicotrópicas e entorpecentes no Brasil. Ela estabelece as condições para a prescrição, dispensação, controle e fiscalização dessas substâncias e seus medicamentos. Além disso, ela define as categorias de medicamentos sujeitos a controle especial e suas respectivas exigências. As resoluções que complementam a Portaria nº 344/98 são: ● Resolução RDC nº 58/2007: Estabelece os requisitos técnicos para o funcionamento de farmácias e drogarias que realizam o comércio de drogas antimicrobianas. ● Resolução RDC nº 44/2009: Define os critérios para o registro de empresas fabricantes, distribuidoras e importadoras de medicamentos e produtos para a saúde sujeitos à vigilância sanitária. ● Resolução RDC nº 27/2012: Estabelece os procedimentos e requisitos técnicos para a regularização e fiscalização de empresas fabricantes de medicamentos. ● Resolução RDC nº 67/2007: Dispõe sobre as boas práticas de manipulação de preparações magistrais e oficinais para uso humano em farmácias. ● Resolução RDC nº 20/2011: Define as boas práticas de distribuição, armazenagem e transporte de medicamentos. ● Resolução RDC nº 73/2016: Estabelece as regras para a venda de medicamentos pela internet. Essas resoluções complementam e atualizam as exigências estabelecidas pela Portaria nº 344/98, com o objetivo de garantir o controle sanitário do funcionamento, da dispensação de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias. Algumas das principais resoluções sobre controle especial de medicamentos publicadas entre 2020 e 2023 são: ● Resolução RDC nº 417/2020: Estabelece os requisitos técnicos para a prescrição, dispensação, monitoramento e controle dos medicamentos que contenham substâncias análogas aos canabinoides, como o THC e o CBD, para uso medicinal. ● Resolução RDC nº 424/2020: Altera a Resolução RDC nº 222/2018 e amplia a lista de medicamentos que podem ser dispensados por meio de prescrição eletrônica, incluindo medicamentos sujeitos a controle especial. ● Resolução RDC nº 428/2020: Dispõe sobre as exigências para a comercialização e a dispensação de medicamentos controlados em farmácias e drogarias. ● Resolução RDC nº 463/2021: Altera a Resolução RDC nº 222/2018 e estabelece novos requisitos para a emissão e o armazenamento de prescrições eletrônicas de medicamentos controlados. ● Resolução RDC nº 475/2021: Regulamenta a prescrição e a dispensação de medicamentos que contenham a substância hidroxicloroquina para uso exclusivo no tratamento de pacientes com COVID-19, com base em critérios clínicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. ● Resolução RDC nº 476/2021: Estabelece os requisitos técnicos para a prescrição, dispensação e controle dos medicamentos à base de Ivermectina, substância utilizada no tratamento de infecções parasitárias. ● Resolução RDC nº 498/2021: Regulamenta a prescrição, a dispensação e o uso do medicamento Hidroxicloroquina para o tratamento da malária no Brasil. Essas resoluções têm o objetivo de garantir a segurançae a eficácia dos medicamentos sob controle especial, além de regulamentar as condições de prescrição, dispensação e monitoramento desses produtos. As farmácias e drogarias devem cumprir rigorosamente todas as normas estabelecidas para garantir o controle sanitário desses medicamentos e a proteção da saúde pública. Política Nacional de Assistência Farmacêutica (Resolução CNS nº 338). Farmacêutica (PNAF) foi criada pela Resolução nº 338, de 06 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e tem como objetivo garantir o acesso da população a medicamentos seguros, eficazes e de qualidade, por meio de ações integradas entre os diversos setores do sistema de saúde. Dentre os principais pontos da PNAF, destacam-se: 1. A integralidade da assistência farmacêutica, contemplando todas as etapas do ciclo da assistência farmacêutica, desde a seleção até a dispensação dos medicamentos. 2. A participação da comunidade na gestão da assistência farmacêutica, por meio dos conselhos de saúde e da promoção do uso racional de medicamentos. 3. A promoção do acesso aos medicamentos de forma equitativa, considerando as diferenças regionais, as condições epidemiológicas e a capacidade econômica dos indivíduos e do sistema de saúde. 4. A garantia da qualidade dos medicamentos, por meio do controle sanitário, da avaliação de tecnologias em saúde e da regulação dos preços. 5. A organização da assistência farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com a integração das ações de vigilância sanitária, promoção da saúde e atenção à saúde. 6. A valorização do papel do farmacêutico como profissional da saúde, responsável pelo cuidado farmacêutico e pela garantia da qualidade dos medicamentos. A PNAF é fundamental para garantir o acesso da população a medicamentos de qualidade e promover o uso racional de medicamentos, contribuindo para a melhoria da saúde da população brasileira. Princípios de ética profissional – Resolução nº 711, de 30 julho de 2021, que dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica. Dentre os princípios de ética profissional destacam-se: 1. Autonomia: o farmacêutico tem o direito e a responsabilidade de tomar decisões profissionais de forma autônoma e consciente, com base em princípios éticos, legais e científicos. 2. Beneficência: o farmacêutico tem o dever de agir em benefício dos pacientes, promovendo a saúde, prevenindo doenças e evitando danos. 3. Não maleficência: o farmacêutico tem o dever de não causar danos aos pacientes, evitando práticas que possam colocar em risco a saúde ou a vida dos indivíduos. 4. Justiça: o farmacêutico tem o dever de agir com justiça e equidade, garantindo o acesso dos pacientes a medicamentos e serviços de saúde de qualidade, sem discriminação. 5. Confidencialidade: o farmacêutico tem o dever de manter o sigilo das informações obtidas no exercício da profissão, respeitando a privacidade e a intimidade dos pacientes. 6. Respeito à vida: o farmacêutico tem o dever de respeitar a vida humana em todas as suas formas, evitando práticas que possam prejudicar a saúde ou a integridade física e emocional dos pacientes. 7. Competência: o farmacêutico tem o dever de manter-se atualizado e capacitado para exercer sua profissão de forma competente e responsável, seguindo as normas e padrões estabelecidos pelos órgãos reguladores. O Código de Ética Farmacêutica é fundamental para garantir a qualidade e a segurança dos serviços prestados pelos farmacêuticos, contribuindo para a promoção da saúde e a prevenção de doenças na população. RENAME contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS (Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011 e estruturada de acordo com a Resolução MS/GM/CIT nº 25, de 31 de agosto de 2017). A RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) é uma lista de medicamentos e insumos disponibilizados no SUS (Sistema Único de Saúde). Foi criada com o objetivo de orientar os gestores do SUS na seleção, padronização e aquisição desses medicamentos, visando garantir o acesso da população a tratamentos seguros e eficazes. A RENAME foi instituída pelo Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que estabeleceu a Política Nacional de Saúde, e é estruturada de acordo com a Resolução MS/GM/CIT nº 25, de 31 de agosto de 2017. Ela é composta por dois grupos: 1. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) - Medicamentos e Insumos Estratégicos para o SUS: são os medicamentos e insumos considerados essenciais para o tratamento de doenças prioritárias do SUS, como HIV/AIDS, tuberculose, hanseníase, hepatites virais, diabetes, hipertensão arterial, dentre outras. 2. Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF): é a lista de medicamentos e insumos utilizados no tratamento de doenças raras ou de alta complexidade, que necessitam de acompanhamento especializado e alto custo. A RENAME é atualizada periodicamente, levando em consideração critérios técnicos e científicos, além da demanda e da necessidade da população. A inclusão de um medicamento na lista é feita após avaliação criteriosa da eficácia, segurança e custo-benefício, além de sua disponibilidade e capacidade de distribuição pelo SUS. A RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) é uma lista elaborada pelo Ministério da Saúde do Brasil que define quais medicamentos devem estar disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para atender às necessidades básicas da população. A lista é atualizada periodicamente e atualmente está em sua 11ª edição, publicada A Resolução 357, publicada em abril de 2011 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabelece os requisitos mínimos para o funcionamento de farmácias e drogarias em todo o território nacional. Entre as principais disposições da resolução, destacam-se as seguintes: ● Definir que as farmácias e drogarias devem ter responsável técnico, farmacêutico regularmente inscrito no Conselho Regional de Farmácia ● Exige que as farmácias e drogarias mantenham registros das atividades e dos medicamentos comercializados; ● Determina que os medicamentos devem ser armazenados em condições adequadas de temperatura e umidade, com controle de acesso e monitoramento periódico; ● Estabelece que as embalagens de medicamentos devem conter informações claras e precisas sobre a composição, posologia, indicações e contraindicações; ● Determina que as farmácias e drogarias não podem comercializar medicamentos que estejam com o prazo de validade vencido ou em condições inadequadas de armazenamento; ● Estabelece que as farmácias e drogarias devem fornecer informações claras e precisas aos pacientes sobre o uso correto dos medicamentos e possíveis efeitos adversos; ● Exige que as farmácias e drogarias mantenham um manual de boas práticas de dispensação de medicamentos, com procedimentos e normas claras para a dispensação e controle dos medicamentos. A Resolução 357/2011 é uma importante norma regulatória para garantir a qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos comercializados em farmácias e drogarias no Brasil. Código de Ética Farmacêutica É um conjunto de princípios e normas éticas que orientam a conduta profissional dos farmacêuticos no exercício da sua atividade. Entre as principais disposições do código, destacam-se as seguintes: ● O farmacêutico deve pautar sua conduta profissional pelos princípios da ética, honestidade, responsabilidade, competência e respeito aos direitos humanos; ● O farmacêutico deve zelar pela saúde e bem-estar da população, contribuindo para a promoção, prevenção e recuperação da saúde; ● O farmacêutico deve respeitar e proteger a dignidade, privacidade e confidencialidade dos pacientes, mantendo sigilo sobre as informações obtidas no exercício profissional; ● O farmacêutico deve estar atualizado e qualificado tecnicamente para o exercício da profissão, buscando sempre aperfeiçoamento e atualização científica; ● O farmacêutico deve dispensar medicamentos somente com prescrição médica ou odontológica, respeitando as normas legais e éticas de prescriçãoe dispensação de medicamentos; ● O farmacêutico deve atuar em conjunto com outros profissionais de saúde, colaborando para a promoção da saúde e prevenção de doenças; ● O farmacêutico não pode receber remuneração ou benefício financeiro que possa comprometer sua independência profissional ou afetar a qualidade da assistência prestada aos pacientes. O Código de Ética Farmacêutica é uma importante referência para os farmacêuticos em sua atuação profissional, garantindo a qualidade, segurança e ética na prestação de serviços farmacêuticos à população. O controle especial de antimicrobianos medida regulatória adotada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para monitorar e controlar a comercialização de medicamentos antibacterianos no país. O objetivo é prevenir o uso indiscriminado desses medicamentos, que pode levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana e à perda de eficácia no tratamento de infecções. As principais medidas de controle especial de antimicrobianos incluem: ● Exigência de receita médica com validade de 10 dias para a compra de antimicrobianos; ● Notificação obrigatória da venda de antimicrobianos pelos estabelecimentos de saúde à ANVISA; ● Registro eletrônico da venda de antimicrobianos pelos estabelecimentos de saúde; ● Restrição da propaganda de antimicrobianos; ● Obrigatoriedade de informação ao paciente sobre o uso correto de antimicrobianos. Essas medidas visam garantir o uso racional e adequado dos antimicrobianos, evitando a seleção de bactérias resistentes e preservando a eficácia desses medicamentos para o tratamento de infecções. Além disso, o controle especial de antimicrobianos também permite a identificação de padrões de consumo desses medicamentos, fornecendo informações para a elaboração de políticas públicas de saúde e monitoramento da resistência bacteriana. O Programa de Saúde da Família (PSF) estratégia de saúde pública implementada pelo Ministério da Saúde do Brasil em 1994. O objetivo do programa é proporcionar atendimento integral e continuado à população, com foco na prevenção e promoção da saúde, por meio da atuação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. As equipes do PSF são formadas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas e agentes comunitários de saúde, que trabalham em conjunto para promover a saúde da população de uma determinada área geográfica. O PSF tem como princípios a territorialização, a integralidade do cuidado, a longitudinalidade do cuidado e a interdisciplinaridade. Entre as principais ações desenvolvidas pelas equipes do PSF estão ações de prevenção e promoção da saúde, como vacinação, orientações sobre hábitos saudáveis e prevenção de doenças, acompanhamento de gestantes e crianças, atendimento a doenças crônicas e ações de vigilância em saúde. As equipes também realizam visitas domiciliares, a fim de identificar e atender as necessidades de saúde da população da área de abrangência. O PSF é considerado um dos programas mais importantes do Sistema Único de Saúde (SUS), pois é uma estratégia que busca promover a saúde, prevenir doenças e atender a população de forma integral e humanizada, com foco na atenção básica. Além disso, o programa tem como objetivo fortalecer o vínculo entre a população e os serviços de saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar das pessoas. Atribuições profissionais na atividade fiscalizadora sanitária, profissional e técnica. Essas atribuições visam garantir a qualidade, segurança e eficácia dos produtos e serviços relacionados à saúde, bem como a proteção da saúde pública. Dentre as atribuições do farmacêutico na atividade fiscalizadora sanitária estão: ● Fiscalização do comércio, fabricação, armazenamento, distribuição e dispensação de produtos sujeitos a controle sanitário, como medicamentos, cosméticos, produtos para saúde, alimentos e outros; ● Inspeção de estabelecimentos que realizam atividades relacionadas à saúde, como farmácias, drogarias, indústrias farmacêuticas, distribuidoras, laboratórios de análises clínicas, entre outros; ● Verificação da qualidade, segurança e eficácia dos produtos sujeitos a controle sanitário, por meio de análises e testes laboratoriais; ● Orientação e fiscalização do cumprimento da legislação sanitária e das boas práticas de fabricação, distribuição e dispensação de produtos relacionados à saúde; ● Investigação de denúncias e suspeitas de irregularidades relacionadas à saúde, como falsificação, adulteração e contrabando de produtos sujeitos a controle sanitário; ● Participação em ações de vigilância em saúde, como controle de surtos e epidemias, monitoramento de doenças transmissíveis, entre outras. Além disso, o farmacêutico também tem atribuições profissionais e técnicas relacionadas à gestão da qualidade, segurança e eficácia dos produtos e serviços relacionados à saúde, como a validação de métodos analíticos, o desenvolvimento de metodologias, o controle de qualidade, entre outras. Em todas essas atividades, o farmacêutico tem como objetivo garantir a proteção da saúde pública e a promoção do uso racional de medicamentos e produtos de saúde. boas práticas farmacêuticas são um conjunto de normas e procedimentos que visam garantir a qualidade, segurança e eficácia dos produtos e serviços relacionados à saúde, bem como a proteção da saúde pública. No contexto da dispensação, comercialização e prestação de serviços farmacêuticos em farmácias, as boas práticas incluem: 1. Armazenamento correto dos medicamentos: os medicamentos devem ser armazenados em locais adequados, com temperatura, umidade e iluminação controladas, para garantir sua qualidade e eficácia. 2. Controle de estoque: é importante manter um controle rigoroso do estoque de medicamentos, evitando a falta de produtos e a exposição a condições inadequadas de armazenamento. 3. Rastreabilidade: todos os medicamentos devem ser identificados e rastreados desde a sua aquisição até a sua dispensação, garantindo a segurança do paciente e facilitando a identificação de possíveis problemas. 4. Dispensação responsável: o farmacêutico deve avaliar a prescrição médica e orientar o paciente sobre a forma correta de uso do medicamento, os efeitos colaterais e possíveis interações com outros medicamentos. 5. Registro de informações: todas as informações relacionadas à dispensação de medicamentos e prestação de serviços farmacêuticos devem ser registradas de forma clara e organizada, facilitando a comunicação entre os profissionais envolvidos e a monitorização da qualidade do serviço prestado. 6. Capacitação dos profissionais: os profissionais envolvidos na dispensação, comercialização e prestação de serviços farmacêuticos devem ser capacitados e atualizados regularmente sobre as boas práticas farmacêuticas, a legislação sanitária e as novas tecnologias e terapias disponíveis. 7. Monitorização e auditoria: é importante realizar auditorias periódicas para avaliar o cumprimento das boas práticas farmacêuticas e identificar possíveis problemas e oportunidades de melhoria. Essas são algumas das principais boas práticas farmacêuticas relacionadas à dispensação, comercialização e prestação de serviços farmacêuticos em farmácias. O cumprimento dessas normas e procedimentos é fundamental para garantir a qualidade e segurança dos produtos e serviços relacionados à saúde, bem como a proteção da saúde pública. prescrição farmacêutica atividade clínica que permite ao farmacêutico prescrever medicamentos e outros produtos de saúde, além de realizar ajustes de dose, intervalo de administração e forma farmacêutica de acordo com a necessidade do paciente. A prescrição farmacêutica é regulamentada pelo Conselho Federal de Farmácia e tem como objetivo ampliar o acesso do paciente a medicamentos e outros produtos de saúde, garantindo maior segurança e efetividade do tratamento. Além da prescrição farmacêutica, o farmacêutico também tem diversas outras atribuições clínicas, como: 1. Acompanhamento farmacoterapêutico:o farmacêutico pode realizar o acompanhamento farmacoterapêutico do paciente, avaliando a eficácia e segurança do tratamento e realizando ajustes quando necessário. 2. Atendimento clínico: o farmacêutico pode atuar no atendimento clínico ao paciente, realizando a anamnese, avaliação de sinais e sintomas, orientação sobre medicamentos e outros produtos de saúde, entre outras atividades. 3. Gerenciamento de terapia medicamentosa: o farmacêutico pode atuar no gerenciamento da terapia medicamentosa do paciente, avaliando possíveis interações medicamentosas e orientando sobre o uso correto dos medicamentos. 4. Cuidados em saúde: o farmacêutico pode atuar em cuidados em saúde, como aferição de pressão arterial, teste de glicemia capilar, aplicação de vacinas, entre outras atividades. 5. Participação em equipes multidisciplinares: o farmacêutico pode atuar em equipes multidisciplinares, contribuindo para a melhoria da qualidade do atendimento em saúde e para a promoção da saúde e prevenção de doenças. Essas são algumas das principais atribuições clínicas do farmacêutico, que permitem uma atuação mais ampla e integrada no cuidado em saúde. É importante destacar que as atribuições clínicas do farmacêutico podem variar de acordo com a legislação de cada país e região. políticas públicas no Brasil têm sua construção histórica marcada por diferentes fases e contextos, desde a época do Império até os dias atuais. Algumas das principais fases e políticas públicas relevantes são: 1. Período colonial: o sistema de saúde no Brasil durante o período colonial era bastante precário, com a ausência de políticas públicas voltadas para a saúde da população. O atendimento era realizado de forma improvisada, com a utilização de ervas medicinais e outros recursos caseiros. 2. Período imperial: com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, foram criados os primeiros hospitais públicos, como a Santa Casa de Misericórdia. Também foram criados os primeiros órgãos responsáveis pela saúde pública, como o Conselho de Saúde. 3. República Velha: neste período, as políticas públicas eram voltadas principalmente para o controle sanitário das cidades e ações para o combate de epidemias, como a Febre Amarela e a Varíola. Foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública, que se tornou referência na luta contra as epidemias. 4. Era Vargas: durante o governo de Getúlio Vargas, foi criado o Instituto Nacional do Serviço Social (INSS), que tinha como objetivo prestar assistência social e serviços de saúde para os trabalhadores. Também foi criado o Ministério da Saúde, responsável pela organização e coordenação das políticas públicas de saúde. 5. Ditadura militar: neste período, as políticas públicas foram marcadas pela centralização e controle do Estado sobre a saúde pública. Foi criado o Sistema Nacional de Saúde (SNS), que tinha como objetivo unificar e controlar a assistência médica em todo o país. 6. Nova República: com o fim da ditadura militar, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como princípio a universalidade, integralidade e equidade do acesso à saúde. O SUS é financiado pelos recursos públicos e tem como objetivo oferecer serviços de saúde para toda a população brasileira, independentemente da sua condição social ou econômica. Além das políticas públicas voltadas para a saúde, o Brasil também teve outras políticas públicas importantes em áreas como educação, segurança pública, habitação, entre outras. As políticas públicas no Brasil têm sido marcadas por avanços e retrocessos ao longo da história, e a luta pela garantia dos direitos sociais continua sendo uma pauta fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. A Constituição Federal de 1988 estabelece uma série de direitos e garantias fundamentais relacionados à saúde, que devem ser assegurados pelo Estado brasileiro. Algumas das principais disposições sobre saúde presentes na Constituição Federal são: 1. Saúde como direito de todos e dever do Estado: o artigo 196 da Constituição estabelece que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos, e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde. 2. Organização do Sistema Único de Saúde (SUS): o artigo 198 da Constituição estabelece que o SUS será organizado de acordo com as seguintes diretrizes: universalidade de acesso, integralidade de assistência, participação da comunidade, descentralização político-administrativa e financiamento público. 3. Participação da comunidade: o artigo 198 também prevê a participação da comunidade na gestão do SUS, por meio de conselhos e conferências de saúde. 4. Financiamento da saúde: o artigo 195 da Constituição estabelece que a seguridade social, da qual a saúde faz parte, será financiada por meio de recursos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, além de contribuições sociais e outras fontes de receita. 5. Atuação do setor privado: o artigo 199 da Constituição prevê a possibilidade de atuação do setor privado na assistência à saúde, desde que em conformidade com o SUS e com participação complementar do setor público. Essas disposições da Constituição Federal de 1988 são fundamentais para a garantia do direito à saúde no Brasil e para a organização do SUS, que é considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. O cumprimento dessas disposições depende não apenas da atuação do Estado, mas também da mobilização e participação da sociedade civil na defesa dos seus direitos. A Lei nº 8.080/90 Lei Orgânica da Saúde, é uma lei federal brasileira que estabelece as bases do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela foi promulgada em 19 de setembro de 1990 e regulamenta o artigo 196 da Constituição Federal de 1988, que estabelece a saúde como direito de todos e dever do Estado. Entre os principais objetivos da Lei nº 8.080/90 estão: 1. A promoção da saúde e a prevenção de doenças; 2. A assistência integral à saúde, incluindo a recuperação e a reabilitação de pacientes; 3. A universalidade do acesso aos serviços de saúde, sem discriminação ou preconceito; 4. A descentralização das ações de saúde, com a participação da comunidade na gestão do SUS; 5. A integração das ações e serviços de saúde em uma rede regionalizada e hierarquizada; 6. A utilização de tecnologias de saúde que sejam seguras, eficazes e de custo-efetividade comprovada; 7. A articulação das políticas e programas de saúde com as políticas e programas de desenvolvimento social e econômico do país. A Lei nº 8.080/90 também estabelece as competências e atribuições das esferas de governo (federal, estadual e municipal) no âmbito do SUS, assim como os princípios e diretrizes para a organização e funcionamento do sistema. Dentre os dispositivos mais relevantes da lei estão a criação das instâncias colegiadas de gestão, como os Conselhos de Saúde, e a garantia do acesso universal e gratuito aos serviços de saúde em todo o território nacional. Em resumo, a Lei nº 8.080/90 é um marco na história da saúde pública no Brasil, pois estabelece os princípios e diretrizes para a construção de um sistema de saúde mais justo, equânime e eficiente, que possa atender às necessidades da população brasileira em termos de prevenção, promoção, assistência e recuperação da saúde. A Lei nº 8.142/90 complementa a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/90) estabelece as normas para a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela foi promulgada em 28 de dezembro de 1990 e é considerada uma das principais leis que regulamentam a organização e o funcionamento do SUS. Entre as principais disposições da Lei nº 8.142/90, destacam-se: 1. A participação da comunidade na gestão do SUS, por meio dos Conselhos e Conferências de Saúde; 2. A obrigatoriedade de que as instâncias colegiadas de gestão do SUS tenham caráter permanente, deliberativo e normativo; 3. Agarantia da transparência e publicidade das informações sobre a gestão do SUS, com a divulgação de dados e indicadores de saúde; 4. A exigência de que as políticas e programas de saúde sejam formulados e implementados de forma descentralizada e participativa, com a colaboração dos diversos setores da sociedade; 5. A necessidade de que as ações e serviços de saúde sejam organizados em rede, integrados e regionalizados, com o objetivo de garantir a efetividade, eficiência e resolutividade do SUS; 6. A criação dos Fundos de Saúde, que têm como objetivo assegurar a aplicação dos recursos financeiros destinados ao SUS de forma transparente e eficiente. Em resumo, a Lei nº 8.142/90 busca consolidar a participação da sociedade na gestão do SUS, garantindo a transparência, a efetividade e a eficiência das políticas e programas de saúde. Além disso, ela reforça a importância da descentralização e da regionalização do SUS, valorizando o papel dos municípios e estados na gestão e financiamento do sistema. A Resolução nº 453/12 norma emitida pelo Conselho Nacional de Saúde que estabelece diretrizes e normas para a realização de atividades de vigilância sanitária em estabelecimentos de saúde. A resolução foi aprovada em 10 de maio de 2012 e tem como objetivo garantir a qualidade, segurança e eficácia dos serviços de saúde oferecidos à população. Entre as principais disposições da Resolução nº 453/12, destacam-se: 1. Definição de critérios para classificação de risco sanitário de estabelecimentos de saúde; 2. Estabelecimento de requisitos mínimos para o funcionamento de estabelecimentos de saúde, tais como a presença de profissionais habilitados, equipamentos de proteção individual, condições adequadas de higiene, entre outros; 3. Determinação de exigências para a operação de equipamentos médicos, diagnósticos e terapêuticos; 4. Estabelecimento de requisitos para a produção, armazenamento, transporte e distribuição de produtos para a saúde; 5. Definição de regras para a realização de investigação e monitoramento de eventos adversos em estabelecimentos de saúde; 6. Criação de critérios para a realização de inspeções sanitárias e avaliações periódicas de estabelecimentos de saúde; 7. Definição de diretrizes para o monitoramento e avaliação de serviços de saúde. A Resolução nº 453/12 é uma norma importante para a regulamentação das atividades de vigilância sanitária em estabelecimentos de saúde. Ela estabelece diretrizes claras e objetivas para garantir a qualidade e segurança dos serviços de saúde oferecidos à população, contribuindo para a melhoria da saúde pública no país. O Decreto nº 7.508/2011 norma que regulamenta a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990) e define as responsabilidades dos entes federativos (União, Estados e Municípios) na organização e execução de ações e serviços de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as principais disposições do Decreto nº 7.508/2011, destacam-se: 1. Definição das competências e atribuições das três esferas de governo na organização e gestão do SUS; 2. Estabelecimento de regras para a elaboração dos planos de saúde em cada esfera de governo, com definição das prioridades e metas a serem alcançadas; 3. Criação de mecanismos de financiamento e transferência de recursos para o SUS, com base em critérios epidemiológicos, demográficos e socioeconômicos; 4. Estabelecimento de diretrizes para a regulação, controle e avaliação de serviços e ações de saúde, incluindo a criação de sistemas de informação em saúde e a definição de indicadores de desempenho; 5. Definição de regras para a participação da sociedade no controle e gestão do SUS, por meio de conselhos de saúde e conferências de saúde. O Decreto nº 7.508/2011 é uma norma importante para a organização e gestão do SUS, pois estabelece as diretrizes e responsabilidades de cada esfera de governo na oferta de serviços e ações de saúde à população. Com isso, busca-se garantir o acesso universal e igualitário aos serviços de saúde, promovendo a melhoria da qualidade de vida e bem-estar da população brasileira. A Atenção Primária à Saúde (APS) estratégia fundamental para o desenvolvimento de sistemas de saúde eficientes e efetivos. Ela se caracteriza por ser a porta de entrada preferencial dos usuários ao sistema de saúde, sendo responsável pelo cuidado integral e contínuo da população. A APS é capaz de resolver até 85% dos problemas de saúde da população, reduzindo a demanda por serviços de média e alta complexidade. Os atributos essenciais da APS, definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), são: 1. Acesso: significa que os serviços de saúde devem estar disponíveis, geograficamente acessíveis e financeiramente acessíveis para toda a população; 2. Coordenação: os serviços de saúde devem ser organizados de maneira a garantir a continuidade do cuidado, a integração entre os profissionais e a comunicação efetiva entre os diferentes níveis de atenção; 3. Integralidade: significa que os serviços de saúde devem abranger ações de promoção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento e reabilitação, de forma a atender às necessidades individuais e coletivas da população; 4. Orientação para a família e a comunidade: a APS deve considerar as características, necessidades e demandas da população local, envolvendo e fortalecendo a participação da comunidade; 5. Responsabilização: a APS deve garantir que os serviços prestados sejam de qualidade, seguros e efetivos, e que haja um compromisso com o resultado das ações realizadas. A APS é composta por um conjunto de ações e serviços que devem ser oferecidos em todos os níveis de atenção à saúde, sendo responsável por coordenar e integrar a assistência em saúde. Entre os serviços oferecidos pela APS, podemos citar: consultas médicas, consultas de enfermagem, visitas domiciliares, grupos de educação em saúde, imunizações, pré-natal, planejamento familiar, acompanhamento de doenças crônicas, entre outros. A APS é considerada a base da organização dos sistemas de saúde em todo o mundo, sendo essencial para a promoção da equidade e da justiça social na saúde. Além disso, ela é capaz de reduzir a morbimortalidade e os custos com internações e procedimentos de maior complexidade, garantindo uma atenção integral e humanizada à população. modelos de atenção à saúde no Brasil, que variam em termos de conceitos e abordagens. Alguns dos modelos de atenção à saúde mais comuns no Brasil incluem: 1. Modelo biomédico: Este é o modelo mais tradicional e predominante no Brasil, que se concentra na identificação e tratamento de doenças individuais por meio de exames, medicamentos e procedimentos cirúrgicos. 2. Modelo biopsicossocial: Este modelo amplia o conceito de saúde para além da mera ausência de doença, considerando a saúde como um estado de equilíbrio físico, mental e social. Assim, esse modelo aborda a saúde como resultado da interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais. 3. Modelo de atenção básica: Esse modelo coloca a atenção primária à saúde no centro do sistema de saúde, com o objetivo de prevenir doenças e promover a saúde por meio de intervenções simples e efetivas. O modelo de atenção básica é baseado em equipes multiprofissionais e na promoção do cuidado integral, contínuo e acessível. 4. Modelo de atenção especializada: Este modelo é voltado para o tratamento de doenças mais complexas e exigentes, com intervenções que envolvem técnicas e procedimentos mais avançados. 5. Modelo de atenção integral à saúde: Este modelo é uma abordagem mais ampla e holística para a saúde, que busca incluir todas as dimensões da saúde e da vida em geral. Ele enfatiza a importância da participação da comunidade, da prevenção de doenças e da promoção da saúde como formas de melhorar a qualidade de vida. Embora haja uma variedade de modelos de atenção à saúde no Brasil, o modelo hegemonicamente adotado é o modelo biomédico, que se concentra principalmente no tratamento de doenças individuais por meio de medicamentose procedimentos médicos. No entanto, a tendência atual é a adoção de modelos de atenção mais abrangentes e integrados, como o modelo de atenção básica e o modelo de atenção integral à saúde, que buscam abordar a saúde de forma mais holística e preventiva. Epidemiologia é o estudo da distribuição e determinantes da ocorrência de doenças e outros eventos relacionados à saúde em populações humanas. A disciplina tem raízes antigas, mas foi durante o século XIX que se desenvolveu como um campo de estudo formal. Os trabalhos de John Snow, um médico britânico que descobriu a relação entre a cólera e a contaminação da água em Londres em 1854, são frequentemente citados como um marco importante na história da epidemiologia. A epidemiologia moderna baseia-se em princípios conceituais importantes, como a distribuição da doença, os determinantes da saúde e a causalidade. A distribuição da doença refere-se à maneira como a doença é distribuída em uma população. Os determinantes da saúde referem-se a fatores que afetam a saúde de uma população, incluindo fatores genéticos, ambientais, comportamentais e socioeconômicos. A causalidade refere-se à relação entre causa e efeito na ocorrência de doenças. Existem diferentes medidas de frequência de doenças que são usadas na epidemiologia, incluindo a prevalência e a incidência. A prevalência é a proporção de indivíduos com uma doença em uma população em um determinado momento. A incidência é a taxa de novos casos de uma doença em uma população em risco durante um determinado período de tempo. Os desenhos de pesquisa epidemiológica incluem estudos observacionais e experimentais. Os estudos observacionais incluem estudos transversais, estudos de coorte e estudos de caso-controle. Os estudos experimentais incluem ensaios clínicos randomizados. Os estudos transversais são usados para medir a prevalência de uma doença ou exposição em uma população em um momento específico. Os estudos de coorte seguem uma população em risco ao longo do tempo para avaliar a relação entre exposições e doenças. Os estudos de caso-controle comparam indivíduos com e sem a doença para identificar possíveis fatores de risco. Os ensaios clínicos randomizados são usados para avaliar a eficácia de tratamentos e intervenções em uma população. Os participantes são randomizados em grupos de tratamento e controle e a intervenção é administrada ao grupo de tratamento, enquanto o grupo de controle recebe um placebo ou tratamento padrão. Em resumo, a epidemiologia é uma disciplina importante para o estudo da saúde das populações humanas. Ela utiliza diferentes medidas de frequência de doenças e desenhos de pesquisa para entender a distribuição e determinantes das doenças e eventos relacionados à saúde, e desenvolver estratégias de prevenção e controle de doenças.
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